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Livro Eletrônico

Aula 22

Edificações p/ EBSERH (Engenheiro Civil) - Com Videoaulas -


Pós-Edital
Marcus Campiteli
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Fiscalização ........................................................................................................................ 2
1 – Introdução ................................................................................................................... 2
1.1 – Atividades da Fiscalização ........................................................................................................ 2
2 – Editais .......................................................................................................................... 4
3 – Projetos ....................................................................................................................... 5
4 – Caderno de Encargos .................................................................................................... 8
5 – Contratos ..................................................................................................................... 9
6 – Diário de Obras .......................................................................................................... 12
7 – Medição ..................................................................................................................... 13
7.1 – Condições Gerais .................................................................................................................... 13
7.2 – Composição das Medições ..................................................................................................... 14
7.3 – Elaboração das Medições ....................................................................................................... 14
7.4 – Critérios de Medição............................................................................................................... 15
8 – Recebimentos ............................................................................................................ 31
9 – Pagamentos ............................................................................................................... 32
10 – Reajustamento ......................................................................................................... 32
11 – Mudança de Data-base............................................................................................. 33
12 – Aditivos .................................................................................................................... 33
13 – Questões Comentadas.............................................................................................. 35
14 – Questões Apresentadas Nesta Aula .......................................................................... 56
15 – Gabarito ................................................................................................................... 64
16 – Referências Bibliográficas......................................................................................... 64

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FISCALIZAÇÃO
Olá pessoal,
Segue a aula sobre Fiscalização ou Acompanhamento de Obras.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons estudos!

1 – INTRODUÇÃO
A Fiscalização trata-se de atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus
prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e
administrativas, em todos os seus aspectos.
Deverão ser observadas as seguintes condições gerais:
- o Contratante manterá desde o início dos serviços e obras até o seu recebimento definitivo, a seu
critério exclusivo, uma equipe de Fiscalização constituída por profissionais habilitados que
considerar necessários ao acompanhamento e controle dos trabalhos;
- a Contratada deverá facilitar, por todos os meios ao seu alcance, a ampla ação da Fiscalização,
permitindo o acesso aos serviços e obras em execução, bem como atendendo prontamente às
solicitações que lhe forem efetuadas;
- todos os atos e instruções emanados ou emitidos pela Fiscalização serão considerados como se
fossem praticados pelo Contratante.

1.1 – ATIVIDADES DA FISCALIZAÇÃO

A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades:


- manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos,
incluindo o contrato, Caderno de Encargos, orçamentos, cronogramas, caderneta de ocorrências,
correspondência, relatórios diários, certificados de ensaios e testes de materiais e serviços,
protótipos e catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos serviços e obras;
- analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de serviço apresentados pela
Contratada no início dos trabalhos;
- analisar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado dos serviços e obras a serem
apresentados pela Contratada no início dos trabalhos;
- obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de Gestão de Qualidade e
verificar a sua efetiva utilização;

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- promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão sobre o andamento
dos serviços e obras, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento do contrato;
- esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas nos
desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como fornecer
informações e instruções necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos;
- solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos serviços e obras em
execução, bem como às interferências e interfaces dos trabalhos da Contratada com as atividades
de outras empresas ou profissionais eventualmente contratados pelo Contratante;
- promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre que for necessária
a verificação da exata correspondência entre as condições reais de execução e os parâmetros,
definições e conceitos de projeto;
- paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em
conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato;
- solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados defeituosos,
inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras;
- solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de
qualidade dos serviços e obras objeto do contrato;
- exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços e obras, aprovando os
eventuais ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos;
- aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados, verificar e atestar as respectivas
medições, bem como conferir, vistar e encaminhar para pagamento as faturas emitidas pela
Contratada;
- verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços solicitada pela
Contratada e admitida no Caderno de Encargos, com base na comprovação da equivalência entre
os componentes, de conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;
- verificar e aprovar os relatórios periódicos de execução dos serviços e obras, elaborados de
conformidade com os requisitos estabelecidos no Caderno de Encargos;
- solicitar a substituição de qualquer funcionário da Contratada que embarace ou dificulte a ação
da Fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja considerada prejudicial ao
andamento dos trabalhos;
- verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela Contratada, registrando todas
as modificações introduzidas no projeto original, de modo a documentar fielmente os serviços e
obras efetivamente executados.
Qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais,
especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, não poderá
ser invocado para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e obras.
A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência
oficial e anotações ou registros na Caderneta de Ocorrências.

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A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como:
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos,
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a
serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra),
com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais
do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento,
efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades
de suas subcontratadas.
As reuniões realizadas no local dos serviços e obras serão documentadas por Atas de Reunião,
elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes elementos: data, nome e
assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e responsáveis pelas providências a
serem tomadas.
É importante, também, que sejam mantidas no canteiro de obras, para rápida consulta, cópias da
documentação completa dos elementos que auxiliam no entendimento da situação do
empreendimento, como por exemplo: projetos, especificações técnicas constantes do edital,
caderno de encargos, cronogramas, correspondências, resultados dos ensaios, laudos e atas de
reunião (Altounian, 2008).

2 – EDITAIS
É importante que o fiscal detenha conhecimento básico das regras estabelecidas no procedimento
licitatório que não foram registradas no contrato, como, por exemplo, o orçamento-base definido
no edital, de modo a ter subsídios para análises de pleitos formulados pela empresa no decorrer
do contrato.
No preâmbulo do edital encontram-se:
- modalidade da licitação: convite, tomada de preço ou concorrência;
- regime de execução: empreitada por preço unitário ou por preço global;
- tipo de licitação: menor preço, melhor técnica ou técnica e preço.
Dentre os itens obrigatórios do edital, previstos no art. 40 da Lei 8.666/93, destacam-se para a
fiscalização:
- Objeto: o que se quer contratar
- Sanções
- Critérios de reajuste
- Condições de pagamento

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- Instruções e normas para recursos


- Condições de recebimento do objeto da licitação
- Anexos:
- Projeto Básico e/ou Projeto Executivo completos
- Orçamento em planilhas c/ quantidades e preços unitários
- Minuta do contrato
- Especificações complementares e normas de execução
De acordo com o art 7º da Lei 8.666/93, as licitações obedecerão à seguinte sequência:
- Projeto Básico
- Projeto Executivo
- Execução das Obras e Serviços
“§ 1º A execução de cada etapa será obrigatoriamente precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade
competente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à exceção do projeto executivo, o qual poderá ser
desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde que também autorizado pela
Administração.
§ 2º As obras e os serviços somente poderão ser licitados quando:
I - houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados
em participar do processo licitatório;
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição de todos os seus custos unitários;
[...]
§ 4º É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de fornecimento de materiais e serviços sem previsão
de quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões reais do projeto básico ou executivo.”

3 – PROJETOS
Também é importante ao fiscal conhecer a definição de Projeto Básico da Lei 8.666/93, no seu
inciso IX do art. 6º:
“Conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra
ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto
ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do
prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
elementos constitutivos com clareza;

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b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de


reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto executivo e de realização das obras e
montagem;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem
como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o empreendimento, sem frustrar o
caráter competitivo para a sua execução;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações provisórias e
condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua programação, a
estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados necessários em cada caso;
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e
fornecimentos propriamente avaliados; (grifou-se)

De acordo com Altounian (2008), o Projeto Básico é o quesito mais importante de um processo
licitatório. Projeto Básico mal elaborado é certeza de sérios problemas futuros.
E de acordo com a Lei 8.666/93, art. 6º, inciso X, projeto executivo é o conjunto dos elementos
necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
No art. 12 da Lei 8.666/93 consta que nos projetos básicos e projetos executivos de obras e
serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos:
I - segurança
II - funcionalidade e adequação ao interesse público
III - economia na execução, conservação e operação
IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes
no local para execução, conservação e operação
V - facilidade na execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do
serviço
VI - adoção das normas técnicas adequadas
VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segurança do trabalho adequadas
VII - impacto ambiental

A Resolução 361/91 do Confea, no art. 3º, alínea “f”, acerca do nível de precisão do projeto básico,
diz:
“Art. 3º - As principais características de um Projeto Básico são:
(...)
f) definir as quantidades e os custos de serviços e fornecimentos com precisão compatível com o tipo e porte
da obra, de tal forma a ensejar a determinação do custo global da obra com precisão de mais ou menos 15%
(quinze por cento)” (grifou-se)

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Sobre a responsabilidade do projeto básico e executivo, o Decreto 7.983/2013, § 4º, traz que:
Art. 10. A anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que
integrar o edital de licitação, inclusive de suas eventuais alterações.

Segundo Altounian (2008), o TCU já se manifestou pela necessidade de que o órgão contratante
“colha a assinatura dos responsáveis por cada etapa do projeto básico (cadernos de especificações,
de encargos, plantas, orçamentos etc.) [...], como forma de evidenciar autorias e atribuir
responsabilidades. Todo projeto básico deve ser respaldado por profissional habilitado,
necessariamente com a existência de ART.
Caso ocorra falha no projeto, é essencial que a fiscalização promova a responsabilidade
devidamente anotada das empresas ou profissionais que elaboraram o projeto executivo da obra,
sempre que for verificada a omissão ou insuficiência de elemento essencial do projeto.
O responsável técnico indicado pela empresa no processo licitatório que detém experiência
anterior na execução de obras com características similares, deverá apresentar a ART, em seu
nome, do empreendimento a ser executado, e participar do objeto da licitação. A fiscalização
deverá assegurar que esse responsável técnico participe de forma efetiva do acompanhamento da
obra.
O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou a terceiros,
decorrentes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou reduzindo essa
responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
Na Orientação Técnica OT - IBR 001/2006, do Instituto Brasileiro de Obras Públicas – Ibraop, consta
que o Projeto Básico deve possuir as seguintes peças técnicas:
- Desenhos
- Memorial Descritivo
- Especificações Técnicas
- Orçamento
- Cronograma Físico-financeiro
E que as pranchas de desenho e demais peças deverão possuir identificação contendo:
- Denominação e local da obra;
- Nome da entidade executora;
- Tipo de projeto;
- Data;
- Nome do responsável técnico, número de registro no CREA e sua assinatura.
O desenho é a representação gráfica do objeto a ser executado, elaborada de modo a permitir sua
visualização em escala adequada, demonstrando formas, dimensões, funcionamento e
especificações, perfeitamente definida em plantas, cortes, elevações, esquemas e detalhes,
obedecendo às normas técnicas pertinentes.

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O Memorial Descritivo é a descrição detalhada do objeto projetado, na forma de texto, onde são
apresentadas as soluções técnicas adotadas, bem como suas justificativas, necessárias ao pleno
entendimento do projeto, complementando as informações contidas nos desenhos.
A especificação técnica é o texto no qual se fixam todas as regras e condições que se deve seguir
para a execução da obra ou serviço de engenharia, caracterizando individualmente os materiais,
equipamentos, elementos componentes, sistemas construtivos a serem aplicados e o modo como
serão executados cada um dos serviços apontando, também, os critérios para a sua medição.
A Planilha de Custos e Serviços sintetiza o orçamento e deve conter, no mínimo:
- Discriminação de cada serviço, unidade de medida, quantidade, custo unitário e custo parcial
- Custo total orçado, representado pela soma dos custos parciais de cada serviço e/ou material
- Nome completo do responsável técnico, seu número de registro no CREA e assinatura.
O cronograma físico-financeiro é a representação gráfica do desenvolvimento dos serviços a serem
executados ao longo do tempo de duração da obra demonstrando, em cada período, o percentual
físico a ser executado e o respectivo valor financeiro despendido.
O Caderno de Encargos é parte integrante do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o
objeto da Licitação e do sucessivo Contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e
diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução.

4 – CADERNO DE ENCARGOS
De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, o Caderno de
Encargos é parte integrante do Edital de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da
Licitação e do sucessivo Contrato, bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes
técnicas e administrativas para a sua execução.
O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e
instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como:
- descrição e abrangência dos serviços objeto da Licitação, localização e plano ou programa de
suporte do empreendimento;
- prazo e cronograma de execução dos serviços, total e parcial, incluindo etapas ou metas
previamente estabelecidas pelo Contratante;
- Memorial Descritivo, Especificações Técnicas, Desenhos e demais elementos de projeto
correspondentes aos serviços e obras objeto da Licitação;
- Planilhas de Orçamento, contendo a codificação, a discriminação, o quantitativo, a unidade de
medida e o preço unitário de todos os serviços e fornecimentos previstos no projeto;
- regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de
medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento;

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- definição do modelo de Garantia de Qualidade a ser adotado para os serviços, fornecimentos e


produtos pertinentes ao objeto da Licitação;
- informações específicas sobre os serviços e obras objeto da Licitação e disposições
complementares do Contratante;
- relação das Práticas de Projeto, Construção e Manutenção de Edifícios Públicos Federais
aplicáveis aos serviços e obras objeto da Licitação.

5 – CONTRATOS
De acordo com a Lei 8.666/93:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
I - o objeto e seus elementos característicos
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de preços,
os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento
IV - os prazos de início de etapas de execução, de conclusão, de entrega, de observação e de recebimento
definitivo, conforme o caso
V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indicação da classificação funcional programática e da
categoria econômica
VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas
VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as penalidades cabíveis e os valores das multas
VIII - os casos de rescisão
IX - o reconhecimento dos direitos da Administração, em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77
desta Lei
X - as condições de importação, a data e a taxa de câmbio para conversão, quando for o caso
XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do
licitante vencedor
XII - a legislação aplicável à execução do contrato e especialmente aos casos omissos;
XIII - a obrigação do contratado de manter, durante toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
obrigações por ele assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação.
[...]
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.

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§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a


execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para
representá-lo na execução do contrato.
[...]
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios,
testes e demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a boa execução do objeto do contrato
correm por conta do contratado.
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em parte, obra, serviço ou fornecimento executado em
desacordo com o contrato.

De acordo com Altounian (2008), O início dos serviços fica condicionado à existência dos seguintes
documentos:
- ART dos responsáveis técnicos pelo empreendimento recolhida junto ao CREA do Estado em que
a obra será realizada
- Licença ambiental de instalação
- Ordem da Administração autorizando o início dos serviços
- Alvará de construção junto à Prefeitura Municipal
- Aprovação do projeto de prevenção e combate a incêndio pelo Corpo de Bombeiros
- Certificado de matrícula junto ao INSS
- Demais autorizações específicas
Etapas de uma contratação de obra pública:

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Fonte: Altounian (2008)

Quanto à definição dos preços referenciais e aceitação dos preços contratuais, cabe verificar
o que prevê o Decreto 7.983/2013 sobre esse assunto:
Art. 3o O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto os serviços e obras de
infraestrutura de transporte, será obtido a partir das composições dos custos unitários previstas no projeto
que integra o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes nos custos unitários de
referência do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil - Sinapi, excetuados os
itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção
civil.
Parágrafo único. O Sinapi deverá ser mantido pela Caixa Econômica Federal - CEF, segundo definições técnicas
de engenharia da CEF e de pesquisa de preço realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
IBGE.
Art. 4o O custo global de referência dos serviços e obras de infraestrutura de transportes será obtido a partir
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra o edital de licitação, menores ou iguais
aos seus correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema de Custos Referenciais de Obras - Sicro,
cuja manutenção e divulgação caberá ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT,
excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de
infraestrutura de transportes.
Art. 5o O disposto nos arts. 3o e 4o não impede que os órgãos e entidades da administração pública federal
desenvolvam novos sistemas de referência de custos, desde que demonstrem sua necessidade por meio de
justificativa técnica e os submetam à aprovação do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão.

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Parágrafo único. Os novos sistemas de referência de custos somente serão aplicáveis no caso de
incompatibilidade de adoção dos sistemas referidos nos arts. 3o e 4o, incorporando-se às suas composições de
custo unitário os custos de insumos constantes do Sinapi e Sicro.
(...)
Art. 11. Os critérios de aceitabilidade de preços deverão constar do edital de licitação para contratação de
obras e serviços de engenharia.

6 – DIÁRIO DE OBRAS
De acordo com o Manual de Obras Públicas – Edificações – Construção – SEAP, a comunicação
entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência oficial e anotações
ou registros na Caderneta de Ocorrências.
A Caderneta de Ocorrências, com páginas numeradas em 3 (três) vias, 2 (duas) destacáveis, será
destinada ao registro de fatos e comunicações que tenham implicação contratual, como:
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos,
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências a
serem tomadas pela Contratada e Fiscalização.
A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras (Diário de Obra),
com páginas numeradas em 3(três) vias, 2(duas) destacáveis, contendo o registro de fatos normais
do andamento dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento,
efetivo de pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades
de suas subcontratadas.
Segundo Altounian (2008), no caso de obra, documento de extrema relevância é o “Diário de
Obra”, livro que registra todas as informações diárias relativas ao empreendimento: equipamentos
disponíveis, condições meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de
subcontratadas, observações quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de
projeto etc. Em regra, é composto por três vias, cujas folhas são assinadas pelo representante da
Administração e da empresa contratada: a primeira permanece na obra, a segunda é destacada
pelo fiscal e a terceira pela empresa.
Segue um exemplo de Diário de Obra adotado pelo DNIT:

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7 – MEDIÇÃO
Os serviços de medição das obras de implantação têm por finalidade a apuração das grandezas dos
seus diversos elementos, de modo a permitir o seu pagamento.

7.1 – CONDIÇÕES GERAIS

Deverão ser obedecidas as seguintes condições gerais:


a) Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras
efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa

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correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo


Contratante.
b) A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pela
Contratada, registrando os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e
determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados.
c) A discriminação e quantificação dos serviços e obras considerados na medição deverão respeitar
rigorosamente as planilhas de orçamento anexas ao contrato, inclusive critérios de medição e
pagamento.
d) O Contratante deverá efetuar os pagamentos das faturas emitidas pela Contratada com base
nas medições de serviços aprovadas pela Fiscalização, obedecidas as condições estabelecidas no
contrato.

7.2 – COMPOSIÇÃO DAS MEDIÇÕES

As medições compreendem duas partes distintas: as folhas de medição, com todos os detalhes de
cálculo, contendo a memória de cálculo, com todos os esclarecimentos e detalhes e parâmetros
considerados, apresentados de forma transparente, e o resumo, onde são indicadas as
quantidades globais de cada serviço, quantidades estas extraídas das folhas de medição, nas quais
deve ser observado o que se segue:
- As medições terão sempre caráter cumulativo, isto é, devem abranger todos os serviços
executados desde o início dos trabalhos, objeto do contrato em causa.
- Nas folhas de medição, os trabalhos que já foram objeto de pagamento em medições anteriores e
que não sofreram alteração, devem aparecer apenas com os seus valores globais.
- As folhas de medição, que constituem a medição propriamente dita, devem ficar arquivadas na
Superintendência Regional do DNIT, que é o responsável pelo acerto e fidedignidade dos dados
apresentados.

7.3 – ELABORAÇÃO DAS MEDIÇÕES

As medições devem ser elaboradas a requerimento da firma empreiteira ou por iniciativa da


própria fiscalização, devendo sempre ser obedecidas as determinações contratuais, no que diz
respeito ao valor mínimo e ao prazo mínimo entre duas medições.

a) Medição resumo

Destina-se às medições contratuais, constituindo-se no resumo do desenvolvimento da medição


propriamente dita. Os diversos serviços, então executados e a serem objetos de medição, devem

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ser apresentados conforme a itenização constante na planilha de quantitativos de serviços,


estabelecida no projeto de engenharia, registrando o subtotal de cada item ou serviço.
A coluna de “Observação” deve conter todos os esclarecimentos que justifiquem os preços
unitários aplicados, cumprindo observar que ordinariamente os preços unitários adotados são os
definidos na licitação da obra correspondente e constante na respectiva “Planilha de Quantitativos
e Custos Unitários dos Serviços”.
Se houver reajustamento, o seu valor deve ser indicado de forma explícita no resumo. Em todas
as medições (parciais ou finais) deve ser verificado, na folha resumo, o cumprimento do
cronograma básico, através do confronto entre o efetivamente executado em cada período e os
respectivos valores consignados no cronograma físico-financeiro vigente, relativo ao mês em foco.

7.4 – CRITÉRIOS DE MEDIÇÃO

a) Obras Rodoviárias

Os trabalhos de medição, particularmente no que se refere aos serviços de escavação, carga e


transporte devem acompanhar o ritmo de execução da obra, para que não se verifique acúmulo de
trabalho na época do processamento das medições, com prejuízo para ambas as partes.

a.1) Medições de serviços preliminares

A medição deve ser feita na área satisfatoriamente desmatada, destocada e limpa. Deve-se medir
essa área, em m2, na projeção horizontal do corpo estradal, isto é, na superfície delimitada pelas
poligonais das estacas de amarração (off-sets) com os acréscimos laterais previstos e/ou pelas
operações executadas em empréstimos marginais e caminhos de serviços, sempre observando o
disposto nas Especificações de Serviço.
No destocamento de árvores de diâmetro superior a 15 cm, devem ser consideradas as unidades
destocadas, devidamente agrupadas em duas faixas, a saber: 0,15 m < ø ≤ 0,30 m e ø > 0,30 m,
devendo o diâmetro ø das árvores ser medido a 1,00 m de altura do solo.
A escavação dos caminhos de serviço deve ser calculada pelo processo da média das áreas. Não
devem ser objetos de medição específica os segmentos dos caminhos de serviço situados no
interior da faixa delimitadora da linha de off-set, devendo ser observado, no caso, o que dispõe a
Especificação de Serviço, do DNIT.

a.2) Medição de serviços de terraplenagem

A construção de aterros e cortes chama-se serviço de terraplenagem, ou movimento de terras,


pois se trata de transportar as terras escavadas dos cortes e dos empréstimos para aproveitá-las
na construção dos aterros, ou removê-las para fora da estrada.

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A medição de um serviço de terraplenagem compreende: medição de cortes ao longo da diretriz,


medição de empréstimos, medição de aterros, medição de bota-foras e medição de transportes.
Nota: O processo de medição de cortes ao longo da diretriz aplica-se também aos empréstimos,
porém, dependendo da configuração dos empréstimos, é usual o emprego de processos próprios
para cada uso - conforme exposto mais adiante.

Medições de cortes ao longo da diretriz


A determinação do volume dos cortes ao longo da diretriz deve ser feita pelo método da “média
das áreas”, que consiste em supor o corte dividido em vários elementos parciais V1, V2,... Vn, de
forma geométrica definida, de modo a permitir o cálculo de seus volumes por meio de fórmulas
simples.
O volume total do corte deve ser, naturalmente:

Os elementos de volume Vi devem ser limitados pela superfície natural do terreno, configurado
após as operações de desmatamento, destocamento e limpeza, pela superfície final assumida pela
plataforma e taludes e por duas seções transversais normais ao eixo da rodovia.
Portanto, para a obtenção do volume V do corte, torna-se necessária a determinação das áreas das
seções transversais que limitam o elemento e a cubação do elemento.

Determinação das áreas das seções transversais que limitam o elemento


Esta determinação inicia-se depois de feita a locação e o nivelamento do eixo da rodovia, sendo
em cada estaca levantada, a régua ou a nível, a seção transversal para fixação da superfície natural
do terreno, após a execução da operação de desmatamento, destocamento e limpeza.
Desenhadas as seções transversais em cada estaca, deve-se proceder à marcação em cada uma, da
cota do projeto do eixo, para desenho do gabarito de corte ou aterro, conforme o caso. Os
gabaritos de aterro devem ser também desenhados, com a finalidade de serem conhecidos os seus
volumes, para efeito da distribuição de terras.
Assim é que, antes do início do trabalho de terraplenagem propriamente dita, a Fiscalização deve
possuir a Nota de Serviço de terraplenagem focalizada em seção e subseção específicas deste
Manual, a qual apresenta a seção transversal em cada estaca da locação, contendo a seção natural
do terreno, o gabarito da plataforma e a posição das estacas de amarração (off-sets), distanciadas
cerca de 2 m da crista dos cortes ou dos pés dos aterros.
A abertura do corte deve ser acompanhada pela Fiscalização, para que a mesma providencie,
sempre que necessário, o levantamento de novas seções transversais, com o objetivo de
caracterizar o aparecimento de material de 3ª categoria. Estas seções devem ser desenhadas sobre

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a seção de projeto, com as anotações necessárias à perfeita delimitação de cada tipo de material
escavado. Os cortes que apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais categorias com
limites pouco definidos, devem merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a permitir
uma avaliação justa do volume de 3ª categoria no interperfil, de conformidade com o definido na
Especificação de Serviço correspondente.
Nas medições de cortes não acabados, o levantamento das seções transversais pode ser feito com
base nas estacas de amarração (off-sets), não sendo necessário o restabelecimento do eixo. Deve,
outrossim, ser considerada a seção transversal levantada após as operações de desmatamento,
destocamento e limpeza.
Para medição de cortes concluídos, deve ser relocado e nivelado o eixo, e levantadas,
obrigatoriamente, todas as seções transversais.
O levantamento das seções transversais deve ser feito a trena, tomando-se todas as medidas que
forem necessárias à reprodução das seções transversais assimiladas a polígonos. Estas medidas
devem ser tomadas, admitindo a decomposição da área de cada seção transversal do corte em
triângulos, que ficarão determinados pela medida dos seus lados, ou se um dos ângulos for
conhecido (taludes verticais), pela medida dos seus lados adjacentes. O engenheiro que executar
os serviços de medição deve ter em mente que a figura geométrica representativa da seção
transversal, a cuja medida procede, deve ficar plenamente determinada pelas dimensões por ele
colhidas no terreno.
Deve-se ter o cuidado de considerar no levantamento das seções somente a parte realmente
escavada, evitando, assim, que os depósitos de materiais acumulados nas cristas dos taludes
venham a aumentar a área da seção respectiva, ou que os acumulados dentro do corte, em
especial, o decorrente das operações de desmatamento, destocamento e limpeza, venham
diminuí-la, cumprindo ao empreiteiro fazer a limpeza dos cortes para as medições neste último
caso.
Sempre que os taludes não constituírem uma superfície desempenada, por defeito de escavação, o
engenheiro encarregado deve fazer a devida correção no levantamento da seção, considerando a
área limitada pelas tangentes à seção curvilínea dos taludes.
O registro das medidas tomadas no campo deve ser feito com o máximo cuidado e clareza em
caderneta especialmente organizada para tal fim. É imprescindível para cada seção o esboço da
figura geométrica da mesma, com todas as dimensões tomadas, indicadas com clareza. Com esta
providência, o próprio engenheiro encarregado dos serviços de medição verificará, no campo, se as
figuras geométricas representativas das seções escavadas ficaram suficientemente determinadas
pelas medidas por ele tomadas, conforme as figuras a seguir, sendo a, b, c, d, e, f, g, h, i, j as
medidas a serem tomadas.

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- 1º caso: Eixo não relocado

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– 2º caso: Eixo relocado

Colhidos estes elementos no campo e utilizado o nivelamento do eixo, devem ser os mesmos
transpostos para as seções transversais já desenhadas por ocasião da locação e, com a
superposição das seções, calcula-se a área correspondente à parte escavada. Esta área pode ser
calculada por decomposição em figuras geométricas (triângulos e trapézios) ou, de preferência,
por integração gráfica (planímetro), devendo cada seção ser planimetrada no mínimo duas
vezes, para controle dos resultados obtidos.

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A escavação do material que ficar fora da seção transversal do projeto, respeitadas as tolerâncias,
deve correr por conta do empreiteiro, salvo se se tratar de escavações adicionais inevitáveis em
rochas e autorizadas pela Fiscalização. Todos os desmoronamentos fora dos taludes regulares,
devidos a defeitos de execução, devem ser retirados pelo empreiteiro à sua conta.

Cubação dos elementos

A partir das áreas das diversas seções transversais ao longo do corte, devem ser calculados os
volumes entre as seções consecutivas. Considere-se, em primeiro lugar, o caso de um trecho
totalmente em corte, isto é, em que não haja seção mista.
O interperfil assemelha-se, com grande aproximação, a um prismoide sólido limitado por duas
seções planas e paralelas, de forma qualquer, chamadas bases, e por uma superfície regular,
gerada por uma reta que se apoia em ambas. Na realidade, nos cortes só raramente ocorre este
sólido ideal, isto porque a superfície do terreno não é uma superfície regular, o mesmo
acontecendo com os taludes e com a plataforma. Entretanto, como dissemos, todos os casos que
ocorrem na prática podem referir-se a ele, com grande aproximação.
O volume do prismoide é dado pela fórmula:

Na fórmula, d é a distância entre as bases ou altura do prismoide, Ω1, Ω2 e Ωm as áreas das bases e
da seção média.
A fórmula anterior não é de aplicação prática, pois exige o conhecimento da seção média Ωm,
conforme ilustrado na figura a seguir:

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Para simplificação, admitimos que as geratrizes do prismóide sejam paralelas a um plano diretor;
neste caso, a seção média coincide com a média das seções extremas, isto é:

Substituindo este valor na expressão do volume, obtemos:

Expressão simples, de aplicação bastante prática e conhecida como fórmula da Média das Áreas.
O erro cometido aplicando-se esta fórmula, em lugar do prismóide, pode ser positivo ou negativo,
dependendo da grandeza da seção média em relação à média das seções extremas, havendo,
portanto, no resultado geral, certa compensação.
A fórmula da média das áreas continua válida no caso de curvas, desde que se reduza o
espaçamento entre as seções, quando a curvatura for grande.

Soma dos volumes dos vários elementos consecutivos

A cubação dos elementos e a soma dos volumes são feitas em modelo específico, terraplenagem-
escavação, que contém: as estacas, as áreas de solo (1ª e 2ª categoria) e rocha (3ª categoria), a
soma das áreas, as semidistâncias, os volumes de solo e rocha e as observações.

a.3) Medição de empréstimos


Os empréstimos podem ser medidos por dois processos: o da média da área descrito
anteriormente, ou o da rede de malhas cotadas.
O primeiro processo aplica-se geralmente aos empréstimos executados no próprio corpo estradal,
isto é, os resultados de alargamentos de cortes. Neste caso, as seções do terreno natural devem
ser levantadas abrangendo, também, a área do empréstimo ou, se este não tiver sido previsto por
ocasião da locação, as seções devem ser prolongadas antes do início do trabalho das máquinas.
Quando o empréstimo for localizado fora do corpo estradal, pode-se usar o mesmo processo, isto
é, providenciando-se, previamente, a locação de uma linha-base longitudinal, situada de
preferência no centro da área, e levantando-se seções transversais, a régua, para cada lado.
Entretanto, quando o empréstimo ocupa grande área, com alturas de corte relativamente
pequenas, o método do levantamento de seções transversais a régua não apresenta precisão
suficiente, pois os erros inerentes ao processo se acumulam, resultando em apreciações finais
imprecisas. Deve-se recorrer, então, ao processo da rede de malhas cotadas, que consiste em

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dividir o volume total numa série de sólidos parciais, de base quadrada ou retangular, de 10 a 20 m
de lado, cujo volume é de fácil determinação.
Especial cuidado deve ser tomado nas vizinhanças dos taludes dos empréstimos quando se utiliza o
processo da “rede de malhas cotadas”. Se o serviço for executado por máquinas do tipo trator com
scraper ou moto-scraper, os taludes se apresentarão bastante suaves e o processo descrito
continua válido. Entretanto, sendo o serviço executado por máquinas tipo escavadeira, surgem
taludes a prumo, que podem conduzir a erros na cubação.
Conforme é ilustrado na Figura a seguir, há casos em que a projeção horizontal da linha do talude
fica entre dois nodos, e neste caso o processo continuará válido; porém, em certas situações esta
linha pode ficar próxima de um dos nodos, e então deve ser computado volume não escavado ou
vice-versa.

Nestes casos, a solução deve ser recorrer a processo gráfico, para determinar o
volume dos sólidos nas proximidades do talude. Para isso, devem ser identificadas no
campo, pelas suas três coordenadas, o pé e a crista do talude em cada situação.

a.4) Medição de aterros

O volume de aterro, para efeito de pagamento da operação de compactação, deve ser medido na
pista, após compactação e conforme a seção de projeto. Nestas condições, a medição não deve ser
feita diretamente.
Para efeito de análise, deve ser verificada a correspondência entre o volume de aterro compactado
e o volume de material escavado, através da seguinte fórmula:
Va = Vc + Ve - Vd

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Sendo:
Va = volume total de aterro compactado;
Vc = volume total dos cortes ao longo da diretriz (em materiais de 1ª e 2ª categoria);
Ve = volume total dos empréstimos;
Vd = volume total dos bota-foras.
Se for utilizada rocha proveniente dos cortes na construção dos aterros, o volume de aterro de
solos a ser compactado é:
Va = (Vc + Ve) - (Vd + Var)
Onde, Var é o volume de aterro construído com rocha extraída de corte, e os demais símbolos têm
a mesma significação vista anteriormente. O volume Var deve ser medido diretamente no aterro,
pelo processo da "média das áreas".

a.5) Medição de bota-foras

No volume de bota-fora só devem ser incluídos os volumes de solo realmente não aproveitados na
implantação da plataforma. Os volumes excedentes aplicados nos alargamentos e nas bermas de
equilíbrio dos aterros e, portanto, sujeitos à compactação, devem ser considerados como parte
integrante dos aterros. O volume de bota-foras deve ser medido compactado, (de conformidade
com a energia de compactação estabelecida), no próprio local do depósito, devendo-se
providenciar com antecedência o levantamento de seções transversais na área a ser atingida.
Os procedimentos e respectivos parâmetros de compactação de aterros e de bota-foras, inclusive
com a utilização de rocha, deve estar definido no Projeto de Engenharia.
Nota: Deve ser procedida, sistematicamente, a checagem entre os volumes escavados e os
volumes compactados de aterros e de bota-foras, considerando as seções de aterros definidas no
Projeto de Engenharia, as considerações acima expostas e mediante a devida aplicação dos fatores
de conversão, levando em conta inclusive os volumes dos materiais de 2ª e de 3ª categorias.

a.6) Medição de transporte


A distribuição de terras deve ser orientada no sentido da pesquisa da solução teoricamente mais
econômica, sob o ponto de vista de transporte, levando-se em consideração também o
aproveitamento racional dos materiais provenientes dos cortes. Para isso, a Fiscalização deve
fornecer à empreiteira, juntamente com a "nota de serviço", uma cópia do perfil de locomoção,
contendo o diagrama de massas e sua distribuição pelo método de Brückner, observada a sua
segmentação.
A determinação das distâncias de transporte de cada compensação longitudinal deve ser feita no
perfil de locação, entre os centros de gravidade de extração e depósito, localizados em decorrência
da observação do trabalho no campo, e com subsídios fornecidos pelo Brückner.

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As distâncias de transporte dos empréstimos e bota-foras devem ser, também, consideradas de


centro de gravidade de extração a centro de gravidade de depósito e medidas no campo.
A distância média de transporte de cada tipo de material escavado (1ª, 2ª ou 3ª categoria), em
determinado trecho, deve ser resultante da aplicação da seguinte fórmula:

Onde Vi e xi são o volume e a distância de transporte respectiva, de cada categoria no corte ou


empréstimo. O cálculo deve ser feito em modelo específico.
Nota: Observar que a formulação em foco tende a onerar o custo do serviço na medida em que a
equação de custo pertinente é, sensivelmente, proporcional à raiz quadrada da distância de
transporte.

a.7) Medição dos serviços de obras de arte correntes

A medição da obra de arte corrente deve ser iniciada logo após a conclusão da cava de fundação,
para determinação do volume de escavação e da classificação do material. Quando a cava de
fundação for executada conforme o projeto constante da nota de serviço, pode ser dispensada a
medição direta da escavação no campo. A escavação da cava de fundação, bem como o
preenchimento e a compactação após a colocação da obra de arte corrente, deve ser medida e
objeto de pagamento, conforme definido na Especificação de Serviço correspondente e/ou no
Projeto de Engenharia.
Todos os elementos colhidos no campo devem constar sempre de caderneta especial, reservada
para tal fim. No caso de bueiros tubulares, o comprimento da obra deve ser medido realmente, e
não apenas contando o número de tubos empregados.
Os demais elementos constituintes da obra (calçada, berço, gigante, muros, alas etc.) não devem
ser medidos diretamente, sendo os volumes respectivos retirados do próprio projeto. Cabe apenas
constatar se o projeto foi executado.
Na caderneta de medição, devem ser anotadas as distâncias de transportes dos materiais
(cimento, areia, brita, pedra, tubos etc.) empregados nos diversos serviços e observada a utilização
de agregado, quando proveniente de rocha, cuja extração já tenha sido paga na terraplenagem.
A medição dos canais de derivação (corta-rios) deve ser feita pelo processo da média das áreas
descrito anteriormente, devendo, para isto, ser levantadas as seções transversais
convenientemente espaçadas, antes e depois de concluído o trabalho de escavação.
Os procedimentos pertinentes à elaboração das medições destes serviços devem ser objeto de
detalhamento no Projeto de Engenharia e nas Especificações de Serviço.

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a.8) Medição de serviços complementares

Estes serviços, compreendendo, de uma forma ordinária, a execução de cercas de vedação da faixa
de domínio, de sinalização rodoviária, a construção de defensas e de revestimento primário, têm
seus respectivos procedimentos para medição e pagamento definidos nas competentes
Especificações de Serviço vigentes no DNIT e, complementarmente, no Projeto de Engenharia.

b) Edificações
O Caderno de Encargos conterá todos os elementos de projeto, bem como as informações e
instruções complementares necessárias à execução dos serviços e obras objeto do contrato, como
a regulamentação de Preços e Medições, contendo a definição, a composição e o critério de
medição de todos os itens das Planilhas de Orçamento.

Seguem os critérios de medição dos serviços de construção civil previstos no Manual de Obras
Públicas – Edificações – Prática SEAP – Projetos:

Serviço Critério de Medição

Levantamentos Área efetivamente levantada, medida no plano


Planialtimétricos horizontal, em m².

Sondagens - Poços de Volume efetivamente escavado e aprovado pela


inspeção Fiscalização, em m³, medido no poço.

Metro efetivamente perfurado no subsolo, entre os


Sondagens a Trado limites em que esse método de avanço for empregado
e aceito pela Fiscalização.

Metro efetivamente perfurado no subsolo aceito pela


Sondagens a
Fiscalização. O limite para medição poderá ser entre a
Percussão
superfície original do terreno e o fundo do furo.

Metro efetivamente perfurado e aceito pela


Fiscalização em rochas, matacões ou outra obstrução.
Sondagem Rotativa
O limite para a medição será entre a cota de início da
rotação e a cota final da operação de rotação.

Metro efetivamente perfurado e aceito pela


Sondagem Mista
Fiscalização.

Ensaios Por unidade de ensaio.

Canteiro de Obras – Área da edificação, descontando-se as áreas de

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Escritórios, Depósitos, beirais, iluminação e ventilação, em m².


Oficinas, Refeitórios,
Vestiários e sanitários,
Dormitórios

Área efetiva em m², considerando a altura desde o


nível do solo até a borda superior do tapume e o
Tapumes e Cercas
comprimento corrido, descontando-se portas ou
portões (se estes foram pagos à parte).

Muros Área de muros efetivamente executados, em m².

Portões Área efetiva dos portões instalados, em m².

Demolição de
Metro cúbico de concreto demolido, obtendo-se o
concreto simples e
volume através das dimensões de projeto.
armado

Peso em kg da estrutura demolida, obtido através de


Demolição de
pesagem em balança ou através dos pesos
estruturas metálicas
padronizados de tabelas.

Demolição de Volume de estrutura de madeira efetivamente


estruturas de madeira desmontada, em m³.

Metro cúbico de piso demolido, obtendo-se o volume


Demolição de pisos
através das dimensões de projeto.

Demolição de Área em projeção horizontal da cobertura demolida,


cobertura conforme projeto, em m².

Demolição de Área de revestimento ou forro efetivamente


revestimentos e forros removido, conforme projeto, em m².

Metro cúbico de piso demolido, obtendo-se o volume


Demolição de através das dimensões de projeto. No caso de
Pavimentações pavimentos articulados, a medição será efetuada por
metro quadrado de piso demolido.

Remoção das redes


hidráulicas, elétricas
Metro linear de rede efetivamente removida.
e de utilidades.

Carga, transporte, Produto do volume efetivamente transportado,


descarga e medido nos veículos de transporte, em metros

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espalhamento de cúbicos, pelas distâncias em quilômetros, em linha


materiais provenientes reta, entre os centros geométricos dos locais da
da demolição demolição e do bota-fora.

Metro quadrado, apurando-se a área de projeção de


cada edificação, medida em planta, conforme o
Locação de Edificações
projeto, descontando-se os beirais, áreas de
ventilação e iluminação.

Locação de Sistemas
Viários Internos e Vias Metro de eixo locado, medido conforme o projeto.
de Acesso

Limpeza e Preparo da
Área efetivamente capinada e roçada, em m².
Área - Capina e roçado

Destocamento de
Unidade de árvore destocada.
árvores

Escavação Volume medido no corte.

Volume compactado, medido no aterro conforme


Aterro compactado
projeto.

Transporte,
Lançamento e m3 x dam, apurando-se o volume medido no corte e
Espalhamento determinando-se a distância entre os centros de
massa dos locais de carga e descarga. O percurso será
de Material Escavado o autorizado pela Fiscalização.
até a distância de 1km

Idem na anterior, porém a medição será efetuada em


Distância > 1 km
m3 x km.

Paredes-Guias Área de parede efetivamente executada, em m².

A medição será efetuada conforme os resumos


Armadura indicados no projeto, em kg, sem qualquer acréscimo
a título de perdas e desbitolamento.

Volume de concreto aplicado, medido de acordo com


as dimensões indicadas no projeto, em m³,
Concreto
computando os volumes comuns a várias peças uma
só vez.

Estacas-prancha Área efetivamente escorada, em m².

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Instalação de bombas Produto da potência das bombas em HP pelas horas


para esgotamento de efetivamente trabalhadas e apontadas pela
valas Fiscalização.

Drenos Horizontais e
Suborizontais, e Metro de dreno executado, conforme projeto.
verticais de areia

Fundações – Volume escavado, em m³, medido no corte, cujas


Escavação de Valas dimensões em planta estão limitadas por linhas
Manual e/ou paralelas distantes de 0,50 m das faces laterais das
Mecanizada fundações.

Reaterro compactado Volume compactado em m³, medido na vala.

Escoramento contínuo
e descontínuo de Área da pranchada executada, em m².
madeira

Estacas justapostas de Metro de coluna executada conforme projeto entre a


solo-cimento cota de ponta e a cota de arrasamento.

Gabiões tipo caixa, Volume obtido das dimensões indicadas no projeto


colchão e saco em m³.

Gabiões maciços de m² do paramento efetivamente executado entre o seu


solo armado topo e a face superior de soleira.

Volume obtido através das dimensões indicadas no


Lastro de concreto
projeto, em m³.

A medição será efetuada de acordo com as dimensões


indicadas no projeto, apurando-se a área
Formas para sapatas
efetivamente em contato com o concreto, em m²,
isoladas
não sendo descontadas áreas de interseção no caso
de cruzamentos ou interferências.

Metro de estaca cravada, considerando-se o


Estaca pré-moldada de
comprimento definido pela cota de fundação na
concreto armado ou
ponta da estaca e pela cota de arrasamento, sendo
protendido e Estaca de
tolerado apenas o que exceder no comprimento, até
madeira
3,00m acima da face inferior do bloco.

Comprimentos originais das estacas utilizadas,


Estaca Metálica
independentemente da profundidade atingida.

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Comprimento de estaca efetivamente executada, em


Estaca Franki m, obtido pela soma dos comprimentos dos tubos de
revestimento.

Impermeabilização
com argamassa rígida
de cimento, areia e m³, conforme o projeto.

impermeabilizante

Impermeabilização -
Área, conforme projeto, em m², não descontando
Pintura com emulsão
áreas de interseção de alvenarias.
betuminosa

m², conforme projeto, considerando os dobramentos


Impermeabilização
verticais e descontando as áreas de vazios ou
com manta asfáltica
interferências que excederem a 0,30m².

A medição será efetuada de acordo com as dimensões


indicadas no projeto, apurando-se a área
efetivamente em contato com o concreto, em m², não
Formas para
sendo descontadas áreas de interseção no caso de
estruturas de concreto
cruzamentos ou interferências, sendo descontadas
áreas de vazios previstas no projeto, quando
superiores a 0,30 m².

Idem ao anterior, sendo que nas formas laterais não


Formas para escadas serão deduzidas as áreas dos vazios triangulares dos
degraus.

A medição será efetuada conforme os resumos


Armadura de
indicados no projeto, em kg, sem qualquer acréscimo
protensão
a título de perdas.

Bainha Metro de bainha instalada, conforme o projeto.

Ancoragem Unidade instalada, conforme o projeto.

Junta de dilatação Metro de junta executada.

Peso obtido das listas de materiais indicadas no


Estrutura Metálica
projeto, em kg.

Parafusos Unidade instalada.

Solda Metro de solda executada.

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Estrutura de madeira Volume da estrutura, conforme o projeto, em m³.

Pregos Peso de pregos, em kg

Unidade colocada, conforme as dimensões indicadas


Porta de madeira
no projeto.

Batentes e guarnições Metro de batentes e guarnições efetivamente


de madeira instalados.

Área de vidro obtida através das dimensões de cada


Vidro peça, conforme o projeto, em m², devendo ser
arredondadas para mais, em múltiplos de 0,05m.

Idem ao anterior, porém as dimensões de cada peça


Vidro aramado serão arredondadas para mais, em múltiplos de
0,25m.

Área de projeção da cobertura no plano horizontal,


Telhas
conforme projeto, em m².

Área de piso, conforme as dimensões indicadas no


Revestimentos de
projeto, em m², sendo descontadas as áreas de vazios
pisos
ou interferências que excederem a 0,50m².

Contrapiso e
m², conforme projeto.
regularização de base

A medição será efetuada por m², obtendo-se a área


Chapisco, Emboço e de acordo com o projeto, descontando-se os vãos
Reboco maiores que 2,00m², áreas de vazios ou
interferências.

Revestimento de
m², descontando-se no que exceder a 1,00m², os
Parede Cerâmico e de
vazios cujas superfícies de topo não sejam revestidas.
Azulejo

Revestimento de
Parede de Pedras,
m², conforme o projeto.
Madeira, Borracha,
Laminado Melamínico

Revestimento de m², obtendo-se a área de acordo com o projeto,


Parede com descontando-se os vãos maiores que 2,00m², áreas
Argamassas Especiais de vazios ou interferências.

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m², descontando-se, apenas o que exceder a 2,00m²,


Pinturas
áreas de vazios ou interferências.

Brises Pagamento será efetuado por m².

Cercas Metro linear de cerca pronta.

8 – RECEBIMENTOS
De acordo com a Lei 8.666/93:
Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a
adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei
§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil pela solidez e segurança da
obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos
pela lei ou pelo contrato.
§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo (entrega definitiva) não poderá ser superior a
90 (noventa) dias, salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital. “

Segundo o Manual de Obras Públicas da SEAP, o Recebimento dos serviços e obras executados
pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas:
a) na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante
uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será
efetuado o Recebimento Provisório;
Nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de
montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes
pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia.
Após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e
complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o
prazo para a execução dos ajustes.

b) na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da


Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de
Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo.

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O Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de
FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.

9 – PAGAMENTOS
De acordo com Altounian (2009), no caso de obras, a liquidação se faz com base em medição
atestada e detalhada pela fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento
dos devidos tributos e da implementação das demais condições exigidas no edital.
Na liquidação e pagamento, verificar também: correção dos cálculos dos reajustes; atentar para as
compensações financeiras e penalizações por eventuais atrasos e descontos por eventuais
antecipações de pagamentos, conforme previsto no edital; não proceder a pagamentos
antecipados, salvo em situações excepcionais e com as devidas garantias.
Segundo a Lei 4.320/64:
“Art. 62. O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular liquidação.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os
títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.”

10 – REAJUSTAMENTO
De acordo com Altounian (2009), o reajustamento tem como principal objetivo assegurar que os
preços contratuais sejam compensados em função de variações dos preços dos insumos (material,
mão de obra e equipamentos) que ocorrem em determinado período, ou seja, nada mais é do que
a atualização do poder aquisitivo da moeda em face da inflação setorial.
A conjuntura inflacionária ocasiona aumento periódico do preço dos insumos de construção civil,
exigindo, portanto, reajustamento dos preços de serviços pagos às construtoras, de modo a evitar
o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Para a atualização dos preços são geralmente utilizados índices que refletem a variação dos custos
do setor.
Segundo a Lei 10.192/2000:
“Art. 2º É admitida estipulação de correção monetária ou de reajuste por índices de preços gerais, setoriais ou
que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados nos contratos de prazo de duração
igual ou superior a um ano.
§ 1º É nula de pleno direito qualquer estipulação de reajuste ou correção monetária de periodicidade inferior a
um ano.

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Art. 3º (...)
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data limite
para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.”

11 – MUDANÇA DE DATA-BASE
Data-base: mês de referência do orçamento ou de cotação dos preços
Mudança da data-base: aplicação dos índices de reajuste específicos de cada serviço/insumo do
orçamento ou de índice geral ao total do orçamento.

12 – ADITIVOS
Conforme a Lei 8.666/93:
“Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei confere à Administração, em
relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de interesse público, respeitados os
direitos do contratado;
[...]
§ 2º Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas
para que se mantenha o equilíbrio contratual.”
[...]
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de
fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes,
mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma

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financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou


serviço;
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a
retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução
do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual. (revisão ou recomposição)
§ 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os acréscimos ou supressões
que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do
contrato, e, no caso particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por
cento) para os seus acréscimos.
§ 2º Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo:
II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes.
§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para obras ou serviços, esses serão
fixados mediante acordo entre as partes, respeitados os limites estabelecidos no § 1º deste artigo.
§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já houver adquirido os materiais e posto
no local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente
comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por outros danos eventualmente
decorrentes da supressão, desde que regularmente comprovados.
§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de
disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão
nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos, conforme o caso.
§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos do contratado, a Administração
deverá restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial.
[...]
§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido,
não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a
celebração de aditamento.”
Os comandos do Decreto 7.983/2013, sobre aditivo:
[...]
Art. 13. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço global e de empreitada integral, deverão ser
observadas as seguintes disposições para formação e aceitabilidade dos preços:
I - na formação do preço que constará das propostas dos licitantes, poderão ser utilizados custos unitários
diferentes daqueles obtidos a partir dos sistemas de custos de referência previstos neste Decreto, desde que o
preço global orçado e o de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato,
observado o art. 9o, fiquem iguais ou abaixo dos preços de referência da administração pública obtidos na
forma do Capítulo II, assegurado aos órgãos de controle o acesso irrestrito a essas informações; e

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II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a adequação
do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de falhas ou omissões em
qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e estudos técnicos preliminares do projeto
não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento do valor total do contrato, computando-se esse
percentual para verificação do limite previsto no § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
Parágrafo único. Para o atendimento do art. 11, os critérios de aceitabilidade de preços serão definidos em
relação ao preços global e de cada uma das etapas previstas no cronograma físico-financeiro do contrato, que
deverão constar do edital de licitação.
Art. 14. A diferença percentual entre o valor global do contrato e o preço global de referência não poderá ser
reduzida em favor do contratado em decorrência de aditamentos que modifiquem a planilha orçamentária.
Parágrafo único. Em caso de adoção dos regimes de empreitada por preço unitário e tarefa, a diferença a que
se refere o caput poderá ser reduzida para a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato em
casos excepcionais e justificados, desde que os custos unitários dos aditivos contratuais não excedam os custos
unitários do sistema de referência utilizado na forma deste Decreto, assegurada a manutenção da vantagem
da proposta vencedora ante a da segunda colocada na licitação.
Art. 15. A formação do preço dos aditivos contratuais contará com orçamento específico detalhado em
planilhas elaboradas pelo órgão ou entidade responsável pela licitação, na forma prevista no Capítulo II,
observado o disposto no art. 14 e mantidos os limites do previsto no § 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 1993.

13 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (120 – CEF/2011 – Cespe)
Celebrado o contrato com a administração pública, a execução desse contrato deve ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da administração especialmente designado
para tal fim, admitida a contratação de terceiros para assistir ou subsidiar o trabalho.
Comentários
A assertiva está exatamente de acordo com o art. 67 da Lei nº 8.666/93:
“Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.”
No caso do DNIT, é comum a contratação de empresa supervisora para subsidiar o representante da
administração na tarefa de fiscalização da obra.
É interessante trazer mais duas importantes informações acerca da fiscalização, previstas nos §§ 1º e 2º do
mesmo artigo:
“§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a
execução do contrato, determinando o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.”

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O registro próprio, no caso de construção civil, é o diário de obras, que possui 3 vias (uma do
contratante, uma do contratado e uma fica na obra).
Gabarito: Correta

2. (55 - TCE-RN/2015 - CESPE)


A fiscalização de obras públicas deve ser realizada por servidores do órgão ou da entidade da
administração pública contratante, sendo inadmissível a contratação de terceiros para esse
fim.
Comentários
De acordo com a Lei 8.666/93, art. 67, a execução do contrato deverá ser acompanhada e
fiscalizada por um representante da Administração especialmente designado, permitida a
contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Gabarito: Errada

(ANA/2006 – Cespe)
A fiscalização de uma obra pública consiste no acompanhamento e na verificação da
execução de cada etapa dos serviços, zelando-se pelo cumprimento dos padrões de
qualidade fixados no projeto executivo e nas especificações. Com relação a essa tarefa de
controle, julgue os itens subsequentes.
3. 96 –
A fiscalização é responsável pela análise e pela aprovação do projeto das instalações
provisórias e do canteiro de serviço apresentados pela empresa contratada no início dos
trabalhos.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, a fiscalização deverá analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de
serviço apresentados pela Contratada no início dos trabalhos.
Gabarito: Correta

4. 97 –
A fiscalização deverá fornecer à empresa contratada, ao profissional que se responsabilizará
pela execução de serviços e obras, o manual de qualidade que contém o sistema de gestão de
qualidade e verificar a efetiva utilização.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, a fiscalização deverá obter da Contratada o Manual de Qualidade contendo o Sistema de
Gestão de Qualidade e verificar a sua efetiva utilização.
Gabarito: Errada

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5. 98 –
A fiscalização pode solicitar o refazimento de qualquer serviço que não tenha sido executado
em conformidade com o projeto, a norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao
objeto do contrato, não cabendo a ela, no entanto, solicitar a paralisação desse serviço.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, a fiscalização deverá paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja
executado em conformidade com o projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável
ao objeto do contrato.
Gabarito: Errada

6. (76 – TJ-ES/2011 - Cespe)


Como suas atribuições são exclusivamente técnicas, a fiscalização não tem poder de paralisar
um serviço.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP:
“A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades:
(...)
- paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em
conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato;
(...)”
Portanto, o fiscal tem poder de paralisar a execução de qualquer serviço desconforme.
Gabarito: Errada

(TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe)

Com relação à organização do canteiro de obras e ao controle de qualidade dos materiais


utilizados em obras e serviços, julgue os itens subsequentes.
7. 71 –
O fiscal de uma obra extrapola suas obrigações se interferir na gestão do armazenamento de
materiais, já que tal tarefa cabe à construtora da obra.
Conforme vimos na questão anterior, o fiscal da obra tem por obrigação exigir o cumprimento das
especificações técnicas previstas no contrato, assim como as normas técnicas aplicáveis, em geral,
das normas da ABNT.
Gabarito: Errada

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8. (99 – MJ/2013 – Cespe)


Não cabe à fiscalização paralisar e(ou) solicitar o refazimento de qualquer serviço que não
seja executado em conformidade com o projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial
aplicável ao objeto do contrato.
Comentários
De acordo com o subitem 3.4 do Manual de Construção da SEAP, a Fiscalização deverá realizar,
dentre outras, as seguintes atividades:
(...)
- paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em
conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato;
Gabarito: Errada

9. (110 - SEGERES/2011 - Cespe)


É de competência do serviço de fiscalização a elaboração, durante a obra, dos projetos as
built (como construído), que devem retratar, de forma exata, como foi construído o objeto
contratado.
Comentários
De acordo com o item 3.4 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP:
“A Fiscalização deverá realizar, dentre outras, as seguintes atividades: (...)
- verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela Contratada, registrando todas
as modificações introduzidas no projeto original, de modo a documentar fielmente os serviços e
obras efetivamente executados.”
Logo, não é incumbência da fiscalização elaborar os projetos as built, mas verificá-los e aprová-los.
Gabarito: Errada

10. (99 – ANA/2006)


O auxílio prestado pela fiscalização na interpretação de desenhos, memoriais, especificações
e demais elementos de projeto bem como na condução dos trabalhos pode ser
legitimamente invocado para eximir a empresa contratada de responsabilidade pela
execução de serviços e obras.
Comentários
De acordo com o item 3.5 do Anexo 3 – Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP, qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação de desenhos, memoriais,
especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, não poderá
ser invocado para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços.
Gabarito: Errada

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11. (91 - STM/2011 - Cespe)


A fiscalização da obra, ao prestar auxílio para interpretação do projeto executivo, exime a
contratada da responsabilidade pela execução dos serviços.
Comentários
Conforme vimos na questão 99 do concurso da ANA/2006, de acordo com o item 3.5 do Anexo 3 –
Fiscalização do Manual de Obras Públicas – Edificações, da SEAP, qualquer auxílio prestado pela
Fiscalização na interpretação de desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de
projeto, bem como na condução dos trabalhos, não poderá ser invocado para eximir a Contratada
da responsabilidade pela execução dos serviços.
Gabarito: Errada

12. (97 – MJ/2013 – Cespe)


Qualquer auxílio prestado pela fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais,
especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, poderá
ser invocado para eximir a contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e
obras.
Comentários
De acordo com o Manual de Projetos da SEAP, a atuação ou a eventual omissão da Fiscalização
durante a realização dos trabalhos não poderá ser invocada para eximir a Contratada da
responsabilidade pela execução dos serviços.
Gabarito: Errada

13. (102 - STM/2011 - Cespe)


Toda alteração contratual, como prorrogação, aditamento ou modificação de objetivo, que
envolva obras ou prestação de serviços de engenharia obriga o responsável técnico à emissão
de uma anotação de responsabilidade técnica (ART) complementar, vinculada à ART original.
Comentários
Na data desta prova valia a LDO/2011, que previa: “Deverá constar do projeto básico a que se
refere o art. 6º, inciso IX, da Lei nº 8.666, de 1993, inclusive de suas eventuais alterações, a
anotação de responsabilidade técnica pelas planilhas orçamentárias, as quais deverão ser
compatíveis com o projeto e os custos do sistema de referência, nos termos deste artigo.”
De acordo com a Súmula TCU 260: “É dever do gestor exigir apresentação de Anotação de
Responsabilidade Técnica – ART referente a projeto, execução, supervisão e fiscalização de obras e
serviços de engenharia, com indicação do responsável pela elaboração de plantas, orçamento-
base, especificações técnicas, composições de custos unitários, cronograma físico-financeiro e
outras peças técnicas.”
E de acordo com o Decreto 7.983/2013: “Art. 10. A anotação de responsabilidade técnica pelas
planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que integrar o edital de licitação, inclusive de
suas eventuais alterações.” (grifou-se)

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Gabarito: Correta

(ABIN/2018 – Cespe/Cebraspe)
Determinada empresa foi contratada pela administração pública para construir um prédio.
Durante a construção, houve atrasos no cronograma, para os quais a empresa apresentou as
seguintes justificativas: alterações de projeto propostos pela fiscalização; dias de chuva
durante a fase de terraplenagem e fundações, atividades críticas da obra; e dificuldades de
obtenção de mão de obra qualificada na região.
No que se refere a essa situação hipotética, julgue os itens seguintes, de acordo com a
legislação vigente.
14. 120 –
Se a contratada absorver os custos oriundos da dilação de prazo de execução, não haverá
penalidades, ainda que as justificativas não sejam aceitas pela fiscalização.
De acordo com o § 1º do art. 57 da Lei 8.666, os prazos de início de etapas de execução, de
conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as demais cláusulas do contrato e
assegurada a manutenção de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra algum dos
seguintes motivos, devidamente autuados em processo:
I - alteração do projeto ou especificações, pela Administração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere
fundamentalmente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminuição do ritmo de trabalho por ordem e no
interesse da Administração;
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas no contrato, nos limites permitidos por esta
Lei;
V - impedimento de execução do contrato por fato ou ato de terceiro reconhecido pela
Administração em documento contemporâneo à sua ocorrência;
E conforme o § 2º do mesmo artigo, toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito
e previamente autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
Gabarito: Errada

15. 121 –
Como durante o processo licitatório a contratada declara ter tomado conhecimento de todas
as informações e das condições locais para a execução da obra, não pode alegar como
justificativa para os atrasos a dificuldade de obtenção de mão de obra qualificada na região.
Exato. De acordo com o art. 30 da Lei 8.666/93, dentre a documentação relativa à qualificação
técnica, encontra-se a comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de que recebeu os
documentos, e, quando exigido, de que tomou conhecimento de todas as informações e das
condições locais para o cumprimento das obrigações objeto da licitação.

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Gabarito: Correta

16. 122 –
A aceitação da justificativa para os atrasos de terraplenagem e fundações depende de a
contratada comprovar que as chuvas foram imprevisíveis ou excepcionais.
Conforme vimos anteriormente, de acordo com o § 1º do art. 57 da Lei 8.666, a superveniência de
fato excepcional ou imprevisível, estranho à vontade das partes, que altere fundamentalmente as
condições de execução do contrato é um dos motivos admitidos para a prorrogação dos contratos.
Gabarito: Correta

17. 123 –
Por se tratar de uma prática comum em obras públicas, a contratada deve considerar, nos
custos indiretos da obra, os riscos de atrasos decorrentes de alteração de projeto e
especificações, não cabendo, portanto, tal justificativa para o atraso da obra.
Conforme vimos anteriormente, a Lei 8.666/93 prevê o direito de o contratado ter o contrato
prorrogado, com manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, nos casos previstos no art. 57,
§ 1º.
Logo, não se justifica prever custo adicional para cobrir eventuais prorrogações de prazo
decorrentes dos fatos relacionados no mesmo dispositivo legal.
Gabarito: Errada

18. 124 –
Toda prorrogação de prazo de execução devidamente justificada assegura ao contratado a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
Exato, conforme vimos anteriormente.
Gabarito: Correta

(CGM-JP/2018 – Cespe/Cebraspe)
Uma das tarefas do controle interno, no que diz respeito às obras públicas, é a avaliação da
correta aplicação dos recursos públicos. Para isso, são considerados objetos de análise, entre
outros, os editais, os contratos, os termos aditivos, os projetos de engenharia, as medições e
os diários de obra. A respeito da fiscalização de obras civis, julgue os itens subsecutivos.
19. 62 –
Os incrementos de mão de obra ocasionados pela data-base de cada categoria profissional
não constituem fundamento para a alegação de desequilíbrio econômico-financeiro.
Anualmente ocorrem as convenções coletivas das diferentes categorias profissionais, situação
previsível, que não resulta em consequências incalculáveis, pois costumam seguir por referência
índices de inflação, o que afasta o pressuposto de eventual reequilíbrio econômico-financeiro.
Gabarito: Correta

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20. 63 –
Em face do crescimento anormal de insumo integrante da faixa A da curva ABC acima do
esperado e de maneira superior ao crescimento histórico do produto, terá agido
corretamente a administração que avaliar isoladamente apenas esse insumo e revisar seu
preço para os quantitativos não medidos com a finalidade de restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro da avença.
A análise de reequilíbrio econômico-financeiro deve considerar o contrato como um todo, e não
um item ou alguns itens isolados. Logo, cabe verificar o impacto do crescimento do referido
insumo sobre o restante do valor contratual para que se confirme potencial consequência
retardadora ou impeditiva de execução do contrato.
Gabarito: Errada

21. 64 –
No valor dos contratos, o prazo estipulado para correção monetária ou reajuste por índices
de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos
utilizados é de, no máximo, um ano, sempre em relação à data de apresentação da proposta.
A Lei 8.666 prevê que o critério de reajuste deverá retratar a variação efetiva do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a data do
adimplemento de cada parcela.
Gabarito: Errada

22. (71 – PF Adm/2014 – CESPE)


O caderno de encargos é parte integrante do edital de licitação e tem por finalidade definir o
objeto da licitação bem como estabelecer as diretrizes técnicas e administrativas para a sua
execução.
Comentários
De acordo com o Manual de Projetos da SEAP, o Caderno de Encargos é parte integrante do Edital
de Licitação, que tem por objetivo definir o objeto da Licitação e do sucessivo Contrato, bem como
estabelecer os requisitos, condições e diretrizes técnicas e administrativas para a sua execução.
Gabarito: Correta

(ANA/2006 – Cespe)
A medição de obras e serviços públicos executados e o pagamento relativo a esses serviços e
obras devem ser realizados de forma a atender as disposições legais vigentes. A respeito
desse assunto, julgue os próximos itens.
23. (100 – ANA/2006)
Para efeito de medição e pagamento, somente podem ser considerados os serviços e as
obras efetivamente executados pela empresa contratada.

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Comentários
De acordo com o item 3.5 do Anexo 4 - Medição e Recebimento do Manual de Obras Públicas –
Edificações, da SEAP, somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os
serviços e obras efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização,
respeitada a rigorosa correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente
aprovadas pelo Contratante.
Portanto, não basta a execução dos serviços, mas a sua aprovação pela Fiscalização.
Gabarito: Errada

24. (90 - STM/2011 - Cespe)


Somente serão considerados, para efeito de medição e pagamento, os serviços e obras
efetivamente executados pela contratada e aprovados pela fiscalização; porém, a medição
dos serviços executados baseia-se em relatórios periódicos elaborados pela própria
contratada.
Comentários
De acordo com o Anexo 4 – Medição e Recebimento do Manual de Obras Públicas – Edificações, da
SEAP:
“3.1 Somente poderão ser considerados para efeito de medição e pagamento os serviços e obras
efetivamente executados pela Contratada e aprovados pela Fiscalização, respeitada a rigorosa
correspondência com o projeto e suas modificações expressa e previamente aprovadas pelo
Contratante.”
“3.2 A medição de serviços e obras será baseada em relatórios periódicos elaborados pela
Contratada, registrando os levantamentos, cálculos e gráficos necessários à discriminação e
determinação das quantidades dos serviços efetivamente executados.”
Gabarito: Correta

25. (144 – TCU/2007)


É recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo detalhado,
indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos.
Comentários
Aí pessoal como esta questão difere da anterior, pois “recomendável” é diferente de “deve”.
No livro Obras Públicas – Licitação, Contratação, Fiscalização e Utilização, do autor Cláudio Sarian,
consta que, para reduzir os riscos de futuros problemas, é recomendável que toda medição seja
acompanhada de memorial de cálculo detalhado, indicando os setores e áreas em que o serviço
está sendo aferido.
Esse comentário ampara-se no Acórdão nº 978/2006-TCU-Plenário, por meio do qual determinou-
se que na execução dos contratos de conservação e restauração rodoviária, exija, como condição
para o pagamento das medições, que os quantitativos medidos sejam discriminados em relatório
de fiscalização que identifique, por meio de mapas lineares ou outros instrumentos, a estaca e

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posição geográfica inicial e final da execução de cada serviço e seja acompanhado por arquivo de
fotos digitais datadas e que enquadrem a indicação, com precisão mínima de uma centena de
metros, da localização em que foram obtidas, de forma a evidenciar suficientemente a situação
dos trechos concernentes antes e depois dos trabalhos e registrar inequivocamente a realização
das atividades.
Gabarito: Correta

26. (59 – TCE-PR/2016 – Cespe/Cebraspe)


Considerando que uma construtora tenha vencido a licitação para a construção de um prédio
público e a equipe de fiscalização da contratante esteja acompanhando a execução dos
serviços de engenharia de fundação, concretagem das vigas, pilares e lajes e de confecção
das alvenarias, assinale a opção correta, a respeito de responsabilidades da equipe de
fiscalização.
A) Na execução da alvenaria de elevação, a fiscalização pode permitir o lançamento de
camadas de chapisco com espessura superior à especificada, para possibilitar a correção das
imperfeições do revestimento.
B) A construtora pode alterar a posição de qualquer tipo de canalização que atravesse uma
viga para otimizar o projeto original, desde que, após a execução do serviço, informe a
alteração à equipe de fiscalização.
C) A contratada pode se eximir da responsabilidade pela execução dos serviços alegando a
participação da fiscalização na interpretação dos desenhos, especificações e demais
elementos de projeto.
D) Na execução das fundações diretas, a liberação da execução da concretagem da peça
compete ao engenheiro da contratada, e não à equipe de fiscalização.
E) Ainda que a contratada execute os serviços conforme o projeto, ela só pode faturar
quando os serviços medidos forem aprovados pela fiscalização.
Conforme vimos na nossa aula, os serviços a serem medidos devem ter sido aprovados pela
fiscalização.
Gabarito: E

27. (112 - SEGERES/2011 - Cespe)


Compete ao serviço de fiscalização verificar a alocação de instalações, equipamentos e
equipe técnica previstos na proposta e no contrato de execução dos serviços.
Comentários
O livro Obras Públicas – Licitação, Contratação, Fiscalização e Utilização, do autor Cláudio Sarian,
traz que no caso de obra, documento de extrema relevância é o “Diário de Obra”, livro que registra
todas as informações diárias relativas ao empreendimento: equipamentos disponíveis, condições
meteorológicas, número de funcionários por categoria, presença de subcontratadas, observações
quanto a irregularidades constatadas pela fiscalização, pendências de projeto etc.

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E o Diário de Obras – DO deve ser analisado e aprovado pela Fiscalização. Logo, a fiscalização
deverá ter o controle dos insumos alocados para que possa aprovar as quantidades de cada
categoria de funcionários e tipo de equipamentos registrados nos DO.
Ademais, ao aprovar uma medição, e atestar a fatura correspondente, o fiscal está atestando que
aqueles valores correspondem à execução dos serviços conforme o contrato, do qual faz parte a
proposta orçamentária.
Gabarito: Correta

28. (102 - STM/2011 - Cespe)


Toda alteração contratual, como prorrogação, aditamento ou modificação de objetivo, que
envolva obras ou prestação de serviços de engenharia obriga o responsável técnico à emissão
de uma anotação de responsabilidade técnica (ART) complementar, vinculada à ART original.
Comentários
De acordo com o Decreto 7.983/2013: “Art. 10. A anotação de responsabilidade técnica pelas
planilhas orçamentárias deverá constar do projeto que integrar o edital de licitação, inclusive de
suas eventuais alterações.” (grifou-se)
Gabarito: Correta

29. (145 – TCU/2007)


Se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os padrões de
qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado difere do previsto, o pagamento
deve ser liberado de imediato, proporcionalmente ao quantitativo executado.
Comentários
Nos casos em que a quantidade executada e medida divergem da prevista, há necessidade de
formalizar essa alteração, por meio de termo aditivo, para que o contrato reflita o real objeto, em
atendimento ao Princípio da Transparência.
Segue o art. 65 da Lei nº 8.666/1993, com relação a esse tema:
“Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I – unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei.”

Logo, o pagamento dessa fatura dependerá da aprovação do correspondente termo aditivo pela
autoridade competente.
Gabarito: Errada

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30. (146 – TCU/2007)


No caso de a executora comprovar a necessidade de recursos para pagamentos de encargos
sociais, o pagamento dos serviços pode ser liberado com base em medições provisórias, as
quais deverão ser atestadas posteriormente.
Comentários
Consta no art. 62 da Lei nº 4.320/64 que o pagamento de despesa só será efetuado quando
ordenado após sua regular liquidação.
O art. 63 da mesma lei traz que a liquidação de despesa consiste na verificação do direito adquirido
pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito.
De acordo com o livro Obras Públicas – Licitação, Contratação, Fiscalização e Utilização, do autor
Cláudio Sarian, no caso de obras, a liquidação se faz com base em medição atestada e detalhada
pela fiscalização competente, bem como pela comprovação do recolhimento dos devidos tributos
e da implementação das demais condições exigidas no edital.
Nessa linha, o parágrafo 3º do art. 40 da Lei nº 8.666/93 prevê que para efeito do disposto nesta
Lei, considera-se como adimplemento da obrigação contratual a prestação do serviço, a realização
da obra, a entrega do bem ou de parcela destes, bem como qualquer outro evento contratual a
cuja ocorrência esteja vinculada à emissão de documento de cobrança.
Reforçando mais ainda este ponto, o art. 65, inciso II, na alínea “c” da Lei nº 8.666/93, in verbis:
“Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
(...)
II – por acordo das partes:
(...)
c) quando necessária modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes,
mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma
financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço.”

Não obstante as vedações legais, consta na alínea “d” do inciso XIV do art. 40 da Lei nº 8.666/1993
a possibilidade de eventuais pagamentos antecipados mediante descontos. Cabe ressaltar que essa
possibilidade deve estar prevista, de forma objetiva, no edital, conforme comando do art. 40.
Contudo, a figura das medições provisórias pressupõe a formalização de serviços não executados
como se executados estivessem, o que representaria uma inverdade, em sentido oposto ao
Princípio da Transparência.
Portanto, resta claro que a situação descrita acima seria irregular, pois essa antecipação precisaria
estar objetivamente prevista no edital, mediante desconto, e a figura das medições provisórias
seria ilegal.
Gabarito: Errada

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31. (98 – MJ/2013 – Cespe)


Considerados os limites estabelecidos pela lei, o recebimento provisório ou definitivo da obra
não exclui a responsabilidade civil e ético-profissional, por parte da contratada, pela solidez e
segurança da obra ou do serviço e pela perfeita execução do contrato.
Comentários
De acordo com o art. 73, § 2º, da Lei 8.666/93, o recebimento provisório ou definitivo não exclui a
responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela
perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
Gabarito: Correta

32. (101 – ANA/2006)


O recebimento provisório deve ser efetuado somente após a conclusão dos serviços, a
solicitação oficial da empresa contratada e a realização de vistoria pela fiscalização e(ou) pela
comissão de recebimento de obras e serviços.
Comentários
De acordo com o item 3.5 do Anexo 4 - Medição e Recebimento do Manual de Obras Públicas –
Edificações, da SEAP, o recebimento dos serviços e obras executados pela Contratada será
efetivado em duas etapas sucessivas:
- na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante
uma vistoria realizada pela Fiscalização e(ou) Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será
efetuado o Recebimento Provisório.
Gabarito: Correta

33. 102 –
O recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve ser efetivado
pelo contratante após a apresentação, pela empresa contratada, da certidão negativa de
débito junto ao INSS, do certificado de recolhimento de FGTS e de comprovação de
pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato.
Comentários
Dando continuidade à questão anterior, de acordo com o item 3.5 do Anexo 4 - Medição e
Recebimento do Manual de Obras Públicas – Edificações, da SEAP, o recebimento dos serviços e
obras executados pela Contratada será efetivado em duas etapas sucessivas:
(...)
- na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da
Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e(ou) Comissão de Recebimento de
Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo;
- o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de

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FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.
Gabarito: Correta

34. (51 - TCE-RN/2015 - CESPE)


O recebimento provisório da obra pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização
não exime o contratado de corrigir defeitos resultantes da execução ou de materiais
empregados, desde que esse seja devidamente remunerado pelos serviços de correção
executados, de acordo com os preços constantes do contrato.
Comentários
De acordo com o § 2o do art. 73 da Lei 8.666/93, o recebimento provisório ou definitivo não exclui
a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela
perfeita execução do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato.
Conforme o Manual de Obras Públicas - Recomendações Básicas para a Contratação e Fiscalização
de Obras de Edificações Públicas, do TCU, após o recebimento provisório, o servidor ou comissão
designada pela autoridade competente, receberá definitivamente a obra, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso de prazo de observação hábil, ou vistoria
que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, ficando o contratado obrigado a
reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o
objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução
ou de materiais empregados.
Gabarito: Errada

35. (105 - MPOG – Área V/2010)


Ao ser concluída a execução de determinada obra de pavimentação rodoviária, deve ser
providenciado o seu recebimento. Para tanto, deve ser designada comissão de recebimento,
constituída por, no mínimo, cinco membros. Se o pavimento estiver em condições
satisfatórias, atendendo às especificações e ao projeto, lavra-se, então, o termo de
recebimento, a partir do qual a obra pode ser entregue ao tráfego.
Comentários
De acordo com a Lei nº 8.666/93:
“Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:
I - em se tratando de obras e serviços:
a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;
b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela autoridade competente, mediante termo
circunstanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que comprove a
adequação do objeto aos termos contratuais, observado o disposto no art. 69 desta Lei;
(...)

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§ 3º O prazo a que se refere a alínea "b" do inciso I deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias,
salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital.”

De acordo com o item 3.5 do Anexo 4 – Medição e Recebimento do Manual de Obras Públicas –
Edificações, da SEAP:
“O Recebimento dos serviços e obras executados pela Contratada será efetivado em duas etapas
sucessivas:
- na primeira etapa, após a conclusão dos serviços e solicitação oficial da Contratada, mediante
uma vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de Obras e Serviços, será
efetuado o Recebimento Provisório;
- nesta etapa, a Contratada deverá efetuar a entrega dos catálogos, folhetos e manuais de
montagem, operação e manutenção de todas as instalações, equipamentos e componentes
pertinentes ao objeto dos serviços e obras, inclusive certificados de garantia;
- após a vistoria, através de comunicação oficial da Fiscalização, serão indicadas as correções e
complementações consideradas necessárias ao Recebimento Definitivo, bem como estabelecido o
prazo para a execução dos ajustes;
- na segunda etapa, após a conclusão das correções e complementações e solicitação oficial da
Contratada, mediante nova vistoria realizada pela Fiscalização e/ou Comissão de Recebimento de
Obras e Serviços, será realizado o Recebimento Definitivo;
- o Recebimento Definitivo somente será efetivado pelo Contratante após a apresentação pela
Contratada da Certidão Negativa de Débito fornecida pelo INSS, certificado de Recolhimento de
FGTS e comprovação de pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o
objeto do contrato.”
Portanto, primeiramente haverá a entrega provisória, que será recebida pelo fiscal da obra.
Posteriormente é que haverá a entrega definitiva a uma comissão especialmente designada.
Gabarito: Errada

36. (147 – TCU/2007)


Os reajustamentos têm como principal objetivo a atualização dos preços contratuais em
função da inflação registrada no setor e somente serão permitidos se definidos nas regras do
edital, sem qualquer exceção.
Comentários
O livro Obras Públicas – Licitação, Contratação, Fiscalização e Utilização, do autor Cláudio Sarian,
traz que o reajustamento tem como principal objetivo assegurar que os preços contratuais sejam
compensados em função de variações dos preços dos insumos (material, mão de obra e
equipamentos) que ocorrem em determinado período, ou seja, nada mais é do que a atualização
do poder aquisitivo da moeda em face da inflação setorial.
Em seguida, consta, no mesmo livro, que definidas as regras no edital, não serão aceitos
reajustamentos não previstos, caso atrasos não tenham ocorrido por culpa da Administração.

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Portanto, verifica-se que há exceção a essa regra, quando, por exemplo, em um contrato de
duração menor que um ano (irreajustável – Art. 2º da Lei nº 10.192/2001) ocorrerem atrasos por
culpa da Administração, quando poderia ter direito a reajuste após decorridos 12 (doze) meses da
proposta.
Gabarito: Errada

(TCE-PR/2016 – Cebraspe – ex-Cespe)


DA REVISÃO DE PREÇOS E DO REAJUSTE
(...) Os preços unitários serão reajustados com periodicidade anual, tomando-se por base a
data-base de apresentação dos preços unitários, pela variação dos índices constantes da
revista Conjuntura Econômica da Fundação Getulio Vargas, e utilizando-se a seguinte
fórmula, em que R = valor do reajuste procurado; I = índice relativo à data do reajuste; Io =
índice inicial — refere-se ao índice de custos do mês correspondente à data de apresentação
da proposta (data-base); V = valor contratual da obra/serviço a ser reajustado.
R = ((I – Io)/ Io) x V
Os índices de custo a serem utilizados para o cálculo dos reajustamentos de cada item da
planilha de preço são os seguintes:
- canteiro de obra: INCC, média geral, série A0160868 (coluna 1 A);
- terraplanagem: índice de custo de obras rodoviárias. Terraplanagem, série A0157956
(coluna 38);
- pavimentação e sinalização horizontal: índice de custo de obras rodoviárias. Pavimentação,
série A0157964 (coluna 37);
- drenagem: índice de custo de obras rodoviárias. Obras de artes especiais, série A0157964
(coluna 36);
- balizamento noturno, sinalização vertical e equipamentos: material elétrico total, série
A0160574 (coluna 38);
- projetos: INCC, projetos, série A0205438 (coluna 78).
Acima, apresenta-se o extrato de edital de licitação para a contratação de determinada obra
pública federal. A apresentação da proposta da obra ocorreu em janeiro de 2014, a
assinatura do contrato em março de 2014 e os trabalhos iniciaram-se em julho de 2014. A
seguir, apresentam-se os índices da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a serem considerados no
reajuste anual de preço de que trata o extrato de edital.

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37. 53 –
Considerando as informações do texto 2A5BBB, assinale a opção que apresenta o valor total
reajustado devido à empresa pela execução de R$ 1.200.000 em serviços de terraplenagem e
de R$ 2.500.000 em serviços de pavimentação, a preços iniciais, executados no mês de julho
de 2016.
A) R$ 1.100.000
B) R$ 2.090.000
C) R$ 2.350.000
D) R$ 4.800.000
E) R$ 5.790.000
Comentários
De acordo com o Art. 3º da Lei nº 10.192/2001:
(...)
§ 1º A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data
limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.

No caso da nossa questão, a data-base do contrato seria a data limite para apresentação da
proposta, ou seja, jan/2014. Com isso, as datas de reajuste contratual seriam jan/2015 e jan/2016.
Contudo, a questão deixou de fornecer os índices de reajustamento de jan/2016, motivo pelo qual
esta questão foi anulada.
Mas vamos supor que o índice apresentado de jul/2016 fosse o índice de jan/2016. Com isso,
teríamos:
Rterraplenagem = ((I – Io)/Io) x V = ((170-100)/100) x 1,2M
Rterraplenagem = R$ 840.000,00
Rpavimentação = ((300-200)/200) x 2.500.000
Rpavimentação = R$ 1.250.000,00

Com isso, o valor total reajustado será de:

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Vreajustado = 1.200.000 + 840.000 + 2.500.000 + 1.250.000


Vreajustado = R$ 5.790.000,00

Gabarito Preliminar: E
Gabarito Definitivo: Anulada

38. 54 –
A partir das informações apresentadas no texto 2A5BBB, assinale a opção correta.
A) A previsão de periodicidade anual para o reajuste está equivocada, pois ele pode ser dado
a qualquer momento, desde que justificado por fatos imprevisíveis.
Comentários: Conforme vimos, de acordo com o parágrafo 1º do Art. 3º da Lei nº 10.192/2001, a
periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será contada a partir da data
limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que essa se referir.
Gabarito: Errada
B) No exemplo apresentado, o índice inicial a ser considerado para o cálculo do reajuste é o
de julho de 2014, data de início dos trabalhos.
Comentários: De acordo com o subitem anterior, no caso da nossa questão, a data-base do
contrato seria a data limite para apresentação da proposta, jan/2014.
Gabarito: Errada
C) A metodologia apresentada está errada, pois indica a utilização de diferentes índices de
reajustamento para etapas distintas da obra, o que permite o jogo de planilhas.
Comentários: Pelo contrário, é desejável que o índice de reajuste seja o mais específico possível de
modo a refletir a realidade.
Gabarito: Errada
D) A data-base do reajuste não pode ser definida antecipadamente no edital, devendo ser
acordada entre as partes, após a assinatura do contrato.
Comentários
De acordo com o art. 40 da Lei 8.666/93:
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o nome da repartição interessada
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta
Lei, o local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como para início da abertura dos
envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
(...)
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a adoção de
índices específicos ou setoriais, desde a data prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que
essa proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; (grifou-se)

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Gabarito: Errada
E) A cláusula de reajuste é obrigatória nos contratos administrativos.
Comentários: De acordo com o art. 55 da Lei 8.666/93:
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as que estabeleçam:
(...)
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, data-base e periodicidade do reajustamento de
preços, os critérios de atualização monetária entre a data do adimplemento das obrigações e a do efetivo
pagamento; (grifou-se)

Gabarito: Correta
Gabarito: E

39. (133 – TCU/2011 – Cespe)


Após a fiscalização confirmar que, no orçamento, o quantitativo de um serviço da obra está
menor que o necessário, a contratada terá direito a um acréscimo de valor, mediante
realização do termo aditivo contratual correspondente.
Comentários
Atualmente, de acordo com o Decreto 7.983/2013, art. 13, em caso de adoção dos regimes de
empreitada por preço global e de empreitada integral, deverão ser observadas as seguintes
disposições para formação e aceitabilidade dos preços:
(...)
II - deverá constar do edital e do contrato cláusula expressa de concordância do contratado com a
adequação do projeto que integrar o edital de licitação e as alterações contratuais sob alegação de
falhas ou omissões em qualquer das peças, orçamentos, plantas, especificações, memoriais e
estudos técnicos preliminares do projeto não poderão ultrapassar, no seu conjunto, dez por cento
do valor total do contrato, computando-se esse percentual para verificação do limite previsto no §
1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
Portanto, cabe aditivo, mas limitado a 10% do valor total do contrato.
Gabarito: Correta

40. (99-B – TCM-BA/2018 – Cespe/Cebraspe)


Em se tratando de obras contratadas por meio do regime diferenciado de contratação
integrada (RDCi) a partir de um anteprojeto de engenharia, podem ser realizados aditivos
para cobrir custos advindos das compensações ambientais até o limite de 5% do valor total
do contrato.
Obras contratadas a partir de anteprojeto, ou seja, em que o projeto básico e a obra ficam a cargo
do contrato, em regra, não admitem aditivo, exceto por alterações solicitadas pela Administração e
por itens cujo risco seja da Administração na Matriz de Riscos, integrante do Termo de Referência
da licitação.

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Gabarito: Errada

41. (44 – CGU/2008 – ESAF)


O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades, no qual são
estabelecidos vínculos e estipuladas obrigações recíprocas. Com relação à celebração e à
administração de contratos, assinale a opção que constitui exemplo de irregularidade.
a) Aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-
financeiro.
b) Vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à
proposta do licitante vencedor, conforme disposto no § 1° do art. 54 da Lei n. 8.666/93.
c) Supressões, nas obras ou serviços, superiores a 25% do valor inicial atualizado do contrato,
nas mesmas condições contratuais, resultantes de acordo entre as partes.
d) Alteração, unilateralmente pela Administração, respeitando os ditames legais e com as
devidas justificativas, quando houver modificações do projeto ou das especificações para
melhor adequação técnica dos seus objetivos, sem a necessidade de aditivo contratual.
e) Correção monetária prevista no contrato, com registro do fato nos autos do processo de
licitação.
Comentários
A alteração unilateral do contrato para melhor adequação técnica do objeto deve ser procedida
por meio de aditamento, assim como os demais casos previstos no art. 65 da Lei 8.666/93:
“Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas justificativas, nos seguintes
casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor adequação técnica aos seus
objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo ou diminuição
quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço, bem como do modo de
fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de circunstâncias supervenientes,
mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do pagamento, com relação ao cronograma
financeiro fixado, sem a correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou
serviço;
d) (VETADO).

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d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os encargos do contratado e a
retribuição da administração para a justa remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos
imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução
do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando álea
econômica extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)”

O parágrafo 8º do art. 65 traz os casos que não precisam de aditamento, conforme a seguir:
“§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto no próprio contrato, as
atualizações, compensações ou penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido,
não caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a
celebração de aditamento.”

Gabarito: D

42. (41 – MPU/2004 – ESAF)


Com relação à celebração e administração de contratos, considera-se irregularidade:
a) a ausência de aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto.
b) acréscimos de serviços, cujos preços unitários são contemplados na planilha original,
porém dentro dos valores praticados no mercado.
c) a subcontratação admitida no edital e no contrato.
d) a ausência de aditivo contratual, no caso de meros reajustes decorrentes de correção
monetária prevista no contrato.
e) a vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu.
Comentários
Logo no primeiro item já verificamos uma irregularidade ao descrever a ocorrência de alterações
de projeto sem a celebração dos correspondentes aditivos contratuais.
A Lei 8.666/93 prevê a necessidade de celebração de termo aditivo para quaisquer alterações no
contrato.
Gabarito: A

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14 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA


1. (120 – CEF/2011 – Cespe)
Celebrado o contrato com a administração pública, a execução desse contrato deve ser
acompanhada e fiscalizada por um representante da administração especialmente designado
para tal fim, admitida a contratação de terceiros para assistir ou subsidiar o trabalho.
2. (55 - TCE-RN/2015 - CESPE)
A fiscalização de obras públicas deve ser realizada por servidores do órgão ou da entidade da
administração pública contratante, sendo inadmissível a contratação de terceiros para esse
fim.
(ANA/2006 – Cespe)
A fiscalização de uma obra pública consiste no acompanhamento e na verificação da
execução de cada etapa dos serviços, zelando-se pelo cumprimento dos padrões de
qualidade fixados no projeto executivo e nas especificações. Com relação a essa tarefa de
controle, julgue os itens subsequentes.
3. 96 –
A fiscalização é responsável pela análise e pela aprovação do projeto das instalações
provisórias e do canteiro de serviço apresentados pela empresa contratada no início dos
trabalhos.
4. 97 –
A fiscalização deverá fornecer à empresa contratada, ao profissional que se responsabilizará
pela execução de serviços e obras, o manual de qualidade que contém o sistema de gestão de
qualidade e verificar a efetiva utilização.
5. 98 –
A fiscalização pode solicitar o refazimento de qualquer serviço que não tenha sido executado
em conformidade com o projeto, a norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao
objeto do contrato, não cabendo a ela, no entanto, solicitar a paralisação desse serviço.
6. (76 – TJ-ES/2011 - Cespe)
Como suas atribuições são exclusivamente técnicas, a fiscalização não tem poder de paralisar
um serviço.

(TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe)

Com relação à organização do canteiro de obras e ao controle de qualidade dos materiais


utilizados em obras e serviços, julgue os itens subsequentes.
7. 71 –

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O fiscal de uma obra extrapola suas obrigações se interferir na gestão do armazenamento de


materiais, já que tal tarefa cabe à construtora da obra.
8. (99 – MJ/2013 – Cespe)
Não cabe à fiscalização paralisar e(ou) solicitar o refazimento de qualquer serviço que não
seja executado em conformidade com o projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial
aplicável ao objeto do contrato.
9. (110 - SEGERES/2011 - Cespe)
É de competência do serviço de fiscalização a elaboração, durante a obra, dos projetos as
built (como construído), que devem retratar, de forma exata, como foi construído o objeto
contratado.
10. (99 – ANA/2006)
O auxílio prestado pela fiscalização na interpretação de desenhos, memoriais, especificações
e demais elementos de projeto bem como na condução dos trabalhos pode ser
legitimamente invocado para eximir a empresa contratada de responsabilidade pela
execução de serviços e obras.
11. (91 - STM/2011 - Cespe)
A fiscalização da obra, ao prestar auxílio para interpretação do projeto executivo, exime a
contratada da responsabilidade pela execução dos serviços.
12. (97 – MJ/2013 – Cespe)
Qualquer auxílio prestado pela fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais,
especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, poderá
ser invocado para eximir a contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e
obras.
13. (102 - STM/2011 - Cespe)
Toda alteração contratual, como prorrogação, aditamento ou modificação de objetivo, que
envolva obras ou prestação de serviços de engenharia obriga o responsável técnico à emissão
de uma anotação de responsabilidade técnica (ART) complementar, vinculada à ART original.
(ABIN/2018 – Cespe/Cebraspe)
Determinada empresa foi contratada pela administração pública para construir um prédio.
Durante a construção, houve atrasos no cronograma, para os quais a empresa apresentou as
seguintes justificativas: alterações de projeto propostos pela fiscalização; dias de chuva
durante a fase de terraplenagem e fundações, atividades críticas da obra; e dificuldades de
obtenção de mão de obra qualificada na região.
No que se refere a essa situação hipotética, julgue os itens seguintes, de acordo com a
legislação vigente.
14. 120 –

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Se a contratada absorver os custos oriundos da dilação de prazo de execução, não haverá


penalidades, ainda que as justificativas não sejam aceitas pela fiscalização.
15. 121 –
Como durante o processo licitatório a contratada declara ter tomado conhecimento de todas
as informações e das condições locais para a execução da obra, não pode alegar como
justificativa para os atrasos a dificuldade de obtenção de mão de obra qualificada na região.
16. 122 –
A aceitação da justificativa para os atrasos de terraplenagem e fundações depende de a
contratada comprovar que as chuvas foram imprevisíveis ou excepcionais.
17. 123 –
Por se tratar de uma prática comum em obras públicas, a contratada deve considerar, nos
custos indiretos da obra, os riscos de atrasos decorrentes de alteração de projeto e
especificações, não cabendo, portanto, tal justificativa para o atraso da obra.
18. 124 –
Toda prorrogação de prazo de execução devidamente justificada assegura ao contratado a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro do contrato.
(CGM-JP/2018 – Cespe/Cebraspe)
Uma das tarefas do controle interno, no que diz respeito às obras públicas, é a avaliação da
correta aplicação dos recursos públicos. Para isso, são considerados objetos de análise, entre
outros, os editais, os contratos, os termos aditivos, os projetos de engenharia, as medições e
os diários de obra. A respeito da fiscalização de obras civis, julgue os itens subsecutivos.
19. 62 –
Os incrementos de mão de obra ocasionados pela data-base de cada categoria profissional
não constituem fundamento para a alegação de desequilíbrio econômico-financeiro.
20. 63 –
Em face do crescimento anormal de insumo integrante da faixa A da curva ABC acima do
esperado e de maneira superior ao crescimento histórico do produto, terá agido
corretamente a administração que avaliar isoladamente apenas esse insumo e revisar seu
preço para os quantitativos não medidos com a finalidade de restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro da avença.
21. 64 –
No valor dos contratos, o prazo estipulado para correção monetária ou reajuste por índices
de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos
utilizados é de, no máximo, um ano, sempre em relação à data de apresentação da proposta.
22. (71 – PF Adm/2014 – CESPE)

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O caderno de encargos é parte integrante do edital de licitação e tem por finalidade definir o
objeto da licitação bem como estabelecer as diretrizes técnicas e administrativas para a sua
execução.
23. (100 – ANA/2006)
Para efeito de medição e pagamento, somente podem ser considerados os serviços e as
obras efetivamente executados pela empresa contratada.
24. (90 - STM/2011 - Cespe)
Somente serão considerados, para efeito de medição e pagamento, os serviços e obras
efetivamente executados pela contratada e aprovados pela fiscalização; porém, a medição
dos serviços executados baseia-se em relatórios periódicos elaborados pela própria
contratada.
25. (144 – TCU/2007)
É recomendável que toda medição seja acompanhada do memorial de cálculo detalhado,
indicando o local onde os serviços estão sendo aferidos.
26. (59 – TCE-PR/2016 – Cespe/Cebraspe)
Considerando que uma construtora tenha vencido a licitação para a construção de um prédio
público e a equipe de fiscalização da contratante esteja acompanhando a execução dos
serviços de engenharia de fundação, concretagem das vigas, pilares e lajes e de confecção
das alvenarias, assinale a opção correta, a respeito de responsabilidades da equipe de
fiscalização.
A) Na execução da alvenaria de elevação, a fiscalização pode permitir o lançamento de
camadas de chapisco com espessura superior à especificada, para possibilitar a correção das
imperfeições do revestimento.
B) A construtora pode alterar a posição de qualquer tipo de canalização que atravesse uma
viga para otimizar o projeto original, desde que, após a execução do serviço, informe a
alteração à equipe de fiscalização.
C) A contratada pode se eximir da responsabilidade pela execução dos serviços alegando a
participação da fiscalização na interpretação dos desenhos, especificações e demais
elementos de projeto.
D) Na execução das fundações diretas, a liberação da execução da concretagem da peça
compete ao engenheiro da contratada, e não à equipe de fiscalização.
E) Ainda que a contratada execute os serviços conforme o projeto, ela só pode faturar
quando os serviços medidos forem aprovados pela fiscalização.
27. (112 - SEGERES/2011 - Cespe)
Compete ao serviço de fiscalização verificar a alocação de instalações, equipamentos e
equipe técnica previstos na proposta e no contrato de execução dos serviços.
28. (102 - STM/2011 - Cespe)

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Toda alteração contratual, como prorrogação, aditamento ou modificação de objetivo, que


envolva obras ou prestação de serviços de engenharia obriga o responsável técnico à emissão
de uma anotação de responsabilidade técnica (ART) complementar, vinculada à ART original.
29. (145 – TCU/2007)
Se a fiscalização comprova que o serviço foi executado em conformidade com os padrões de
qualidade do respectivo edital, mas o quantitativo executado difere do previsto, o pagamento
deve ser liberado de imediato, proporcionalmente ao quantitativo executado.
30. (146 – TCU/2007)
No caso de a executora comprovar a necessidade de recursos para pagamentos de encargos
sociais, o pagamento dos serviços pode ser liberado com base em medições provisórias, as
quais deverão ser atestadas posteriormente.
31. (98 – MJ/2013 – Cespe)
Considerados os limites estabelecidos pela lei, o recebimento provisório ou definitivo da obra
não exclui a responsabilidade civil e ético-profissional, por parte da contratada, pela solidez e
segurança da obra ou do serviço e pela perfeita execução do contrato.
32. (101 – ANA/2006)
O recebimento provisório deve ser efetuado somente após a conclusão dos serviços, a
solicitação oficial da empresa contratada e a realização de vistoria pela fiscalização e(ou) pela
comissão de recebimento de obras e serviços.
33. 102 –
O recebimento definitivo relativo a serviços e obras executados somente deve ser efetivado
pelo contratante após a apresentação, pela empresa contratada, da certidão negativa de
débito junto ao INSS, do certificado de recolhimento de FGTS e de comprovação de
pagamento das demais taxas, impostos e encargos incidentes sobre o objeto do contrato.
34. (51 - TCE-RN/2015 - CESPE)
O recebimento provisório da obra pelo responsável por seu acompanhamento e fiscalização
não exime o contratado de corrigir defeitos resultantes da execução ou de materiais
empregados, desde que esse seja devidamente remunerado pelos serviços de correção
executados, de acordo com os preços constantes do contrato.
35. (105 - MPOG – Área V/2010)
Ao ser concluída a execução de determinada obra de pavimentação rodoviária, deve ser
providenciado o seu recebimento. Para tanto, deve ser designada comissão de recebimento,
constituída por, no mínimo, cinco membros. Se o pavimento estiver em condições
satisfatórias, atendendo às especificações e ao projeto, lavra-se, então, o termo de
recebimento, a partir do qual a obra pode ser entregue ao tráfego.
36. (147 – TCU/2007)

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Os reajustamentos têm como principal objetivo a atualização dos preços contratuais em


função da inflação registrada no setor e somente serão permitidos se definidos nas regras do
edital, sem qualquer exceção.

(TCE-PR/2016 – Cebraspe – ex-Cespe)


DA REVISÃO DE PREÇOS E DO REAJUSTE
(...) Os preços unitários serão reajustados com periodicidade anual, tomando-se por base a
data-base de apresentação dos preços unitários, pela variação dos índices constantes da
revista Conjuntura Econômica da Fundação Getúlio Vargas, e utilizando-se a seguinte
fórmula, em que R = valor do reajuste procurado; I = índice relativo à data do reajuste; Io =
índice inicial — refere-se ao índice de custos do mês correspondente à data de apresentação
da proposta (data-base); V = valor contratual da obra/serviço a ser reajustado.
R = ((I – Io)/Io) x V
Os índices de custo a serem utilizados para o cálculo dos reajustamentos de cada item da
planilha de preço são os seguintes:
- canteiro de obra: INCC, média geral, série A0160868 (coluna 1 A);
- terraplanagem: índice de custo de obras rodoviárias. Terraplanagem, série A0157956
(coluna 38);
- pavimentação e sinalização horizontal: índice de custo de obras rodoviárias. Pavimentação,
série A0157964 (coluna 37);
- drenagem: índice de custo de obras rodoviárias. Obras de artes especiais, série A0157964
(coluna 36);
- balizamento noturno, sinalização vertical e equipamentos: material elétrico total, série
A0160574 (coluna 38);
- projetos: INCC, projetos, série A0205438 (coluna 78).
Acima, apresenta-se o extrato de edital de licitação para a contratação de determinada obra
pública federal. A apresentação da proposta da obra ocorreu em janeiro de 2014, a
assinatura do contrato em março de 2014 e os trabalhos iniciaram-se em julho de 2014. A
seguir, apresentam-se os índices da Fundação Getulio Vargas (FGV) a serem considerados no
reajuste anual de preço de que trata o extrato de edital.

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37. 53 –
Considerando as informações do texto 2A5BBB, assinale a opção que apresenta o valor total
reajustado devido à empresa pela execução de R$ 1.200.000 em serviços de terraplenagem e
de R$ 2.500.000 em serviços de pavimentação, a preços iniciais, executados no mês de julho
de 2016.
A) R$ 1.100.000
B) R$ 2.090.000
C) R$ 2.350.000
D) R$ 4.800.000
E) R$ 5.790.000
38. 54 –
A partir das informações apresentadas no texto 2A5BBB, assinale a opção correta.
A) A previsão de periodicidade anual para o reajuste está equivocada, pois ele pode ser dado
a qualquer momento, desde que justificado por fatos imprevisíveis.
B) No exemplo apresentado, o índice inicial a ser considerado para o cálculo do reajuste é o
de julho de 2014, data de início dos trabalhos.
C) A metodologia apresentada está errada, pois indica a utilização de diferentes índices de
reajustamento para etapas distintas da obra, o que permite o jogo de planilhas.
D) A data-base do reajuste não pode ser definida antecipadamente no edital, devendo ser
acordada entre as partes, após a assinatura do contrato.
E) A cláusula de reajuste é obrigatória nos contratos administrativos.
39. (133 – TCU/2011 – Cespe)
Após a fiscalização confirmar que, no orçamento, o quantitativo de um serviço da obra está
menor que o necessário, a contratada terá direito a um acréscimo de valor, mediante
realização do termo aditivo contratual correspondente.
40. (99-B – TCM-BA/2018 – Cespe/Cebraspe)
Em se tratando de obras contratadas por meio do regime diferenciado de contratação
integrada (RDCi) a partir de um anteprojeto de engenharia, podem ser realizados aditivos
para cobrir custos advindos das compensações ambientais até o limite de 5% do valor total
do contrato.
41. (44 – CGU/2008 – ESAF)
O contrato administrativo é todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entidades da
administração pública e particulares, em que haja um acordo de vontades, no qual são
estabelecidos vínculos e estipuladas obrigações recíprocas. Com relação à celebração e à
administração de contratos, assinale a opção que constitui exemplo de irregularidade.

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a) Aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto ou cronograma físico-


financeiro.
b) Vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu e à
proposta do licitante vencedor, conforme disposto no § 1° do art. 54 da Lei n. 8.666/93.
c) Supressões, nas obras ou serviços, superiores a 25% do valor inicial atualizado do contrato,
nas mesmas condições contratuais, resultantes de acordo entre as partes.
d) Alteração, unilateralmente pela Administração, respeitando os ditames legais e com as
devidas justificativas, quando houver modificações do projeto ou das especificações para
melhor adequação técnica dos seus objetivos, sem a necessidade de aditivo contratual.
e) Correção monetária prevista no contrato, com registro do fato nos autos do processo de
licitação.
42. (41 – MPU/2004 – ESAF)
Com relação à celebração e administração de contratos, considera-se irregularidade:
a) a ausência de aditivos contratuais contemplando eventuais alterações de projeto.
b) acréscimos de serviços, cujos preços unitários são contemplados na planilha original,
porém dentro dos valores praticados no mercado.
c) a subcontratação admitida no edital e no contrato.
d) a ausência de aditivo contratual, no caso de meros reajustes decorrentes de correção
monetária prevista no contrato.
e) a vinculação do contrato ao edital de licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu.

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15 – GABARITO

1) Correta 12) Errada 23) Errada 34) Errada


2) Errada 13) Correta 24) Correta 35) Errada
3) Correta 14) Errada 25) Correta 36) Errada
4) Errada 15) Correta 26) E 37) Anulada
5) Errada 16) Correta 27) Correta 38) E
6) Errada 17) Errada 28) Correta 39) Correta
7) Errada 18) Correta 29) Errada 40) Errada
8) Errada 19) Correta 30) Errada 41) D
9) Errada 20) Errada 31) Correta 42) A
10) Errada 21) Errada 32) Correta
11) Errada 22) Correta 33) Correta

16 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- Brasil. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT. Manual de Implantação
Básica de Rodovia. Rio de Janeiro: 2010.
- Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP – Construção.
- Manual de Obras Públicas – Edificações – Práticas da SEAP – Projetos.
- Sarian, Cláudio. Obras Públicas – Licitação, Contratação, Fiscalização e Utilização. Editora Fórum.

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