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1. A população urbana conheceu um impulso decisivo no século XIX. Como
consequência da industrialização, as cidades cresceram a um ritmo muito acelerado em
número, em superfície e em densidade populacional. Considera-se ser o
desenvolvimento de grandes cidades, de população superior a 100 000 habitantes, uma
manifestação de expansão urbana.
4. Os surtos de cólera que irrompiam nas cidades eram originados pela falta de
higiene tanto pública como pessoal, não haviam sistemas sanitários adequados nem
distribuição de água e as condições de vida da maioria da população eram degradantes.
Famílias inteiras acumulavam-se em habitações lúgubres e insalubres, que se resumiam
a um único compartimento.
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1. O novo urbanismo surgiu na década de 1980 com o objetivo de melhorar a
qualidade de vida do homem nas cidades. Até então, as cidades eram geralmente
organizadas em consideração ao pedestre. Com o desenvolvimento dos transportes o
alcance da cidade estendeu se ao longo de linhas de trânsito, com o advento de
automóveis baratos e as políticas públicas favoráveis a esta indústria começou-se a
priorizar as necessidades do carro.
O rápido crescimento económico e populacional das cidades transformou os
espaços urbanos e alterou a vida citadina. Os primeiros problemas foram a falta de
espaço e de habitações, desenvolveu-se por isso a construção em altura que substituiu as
velhas mansões familiares por prédios de rendimento. Pode-se observar este sentido de
horizontalidade no Doc. F A rua de Saint Honoré depois do meio-dia.
A sobrelotação citadina trouxe problemas de saneamento e de saúde pública.
Foram feitas assim grandes reparações de renovação urbana sobretudo nos bairros
centrais, novas vias, grandes praças e fundamentos de saneamento público.
O centro urbano tornou-se o espaço exclusivo do poder económico e politico. No
entanto, os bairros operários foram os mais carenciados, erguidos em zonas industriais,
possuíam habitações pequenas, mal divididas e insalubres.
O ferro passou a ser muito comum nas paisagens oitocentistas e novecentistas
assim comos os fumos e vapores das locomotivas. A vida social também mudou com os
novos cafés, esplanadas e teatros observáveis no Doc. E Boulevard de Capucines e
Teatro de Vaudeville, uma obra de Béraud inspirada nos boulevards de Paris.
2. A cidade oitocentista que era um microcosmo social era Paris, como se pode
observar no Doc. H No ónibus, uma pintura de Maurice Delondre, “uma variedade de
gentes que espelham as transformações sociais do tempo” encontravam-se comumente
nos transportes públicos.
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1. De acordo com os DOC.14 e 15, no século XIX existia um elevado número de
imigrantes europeus, muitos migraram para a América do Norte, portugueses e italianos
escolhiam o Brasil e os russos maioritariamente partiam para a Austrália.
Muitas pessoas de origem asiática também migravam para América do Norte,
África e América do Sul. Chineses e Japoneses preferiam as Américas enquanto os
Indianos iam para África.
2. A maior corrente migratória do século XIX foi constituída pela emigração. Na
Ásia, vários milhares de chineses alcançaram o sudeste do continente e avançaram para
a América. Trabalhadores qualificados da Escócia ou camponeses esfomeados da
Irlanda buscaram emprego na Inglaterra.
Os motivos que levaram vários Europeus a abandonar os seus países de origem
foram motivos demográficos e económicos. Na Europa do Sul e na Europa Oriental, que
arrancaram tardiamente para a industrialização, uma agricultura pouco compensadora e
um insuficiente desenvolvimento industrial incentivaram à partida. No entanto, razões
opostas conduziram os britânicos à emigração, precisamente o desemprego tecnológico
causado pela precoce e forte industrialização.
Motivos políticos e religiosos tiveram, também, a sua quota-parte no caudal
migratório europeu.
5. Os EUA exerciam uma forte atração sobre a emigração europeia pois com a
descoberta de ouro em alguns Estados milhares de pessoas mudaram-se à procura de
enriquecimento pela mineração.