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Relatório do livro
Uma contribuição para a história do
planejamento urbano no Brasil - Flávio Villaça
Ao longo do texto pude perceber que há uma tentativa de diferenciação entre plano e
projeto, havendo no primeiro momento de leitura uma certa confusão entre os dois, pois
ocorre muitas repetições sobre os dois conceitos, mas ao reler novamente pude perceber o
que Villaça quiz com essa repetições,o autor buscou ligar pontos de vai e volta na
história,para chegar em um único esclarecimento do que é plano e o que é projeto. Com isso
a distinção que Villaça faz entre Plano e Projeto é que: Plano está voltado mais para um
determinada prática e/ou discurso do Estado a respeito do espaço urbano, ao contrário de
Projeto está mais focada na área de infraestrutura onde também são incluídas nos planos
diretores, ele cita exemplos como: Plano de Rio de Janeiro; Plano de Avenida de Prestes
Maia de São Paulo; Plano de Aarão Reis para Belo Horizonte entre outros.
O autor por fim chega a uma conclusão de que há cinco correntes os planos de
infra-estrutura urbana, que foram considerados projetos: Planejamento urbano stricto sensu,
ou seja, a corrente que teve como eixo as atividades e discursos que vieram a desembocar
nos atuais planos diretores; O zoneamento; O planejamento ele cidades novas; O chamado
"urbanismo sanitarista, com isso conclui que todas essas cinco correntes se conectam entre
si mesmo havendo uma diferenciação das palavras, pois Villaça explica ao decorrer da
leitura em capítulos cada uma delas tendo assim uma análise completa mas em parte do
urbanismo sanitarista foi mais difícil de compreender no começo, mas zoneamento
especificamente Villaça relata que é uma vertente separada do planejamento strictu sensu,
apesar do autor repetir várias vezes, o zoneamento percorreu caminhos distintos deste ao
longo da história.
Notei que em um capítulo, o autor começa a discutir sobre ideologia e como ela pode
sofrer alterações de acordo com as transformações de determinadas áreas, podendo
sofrer modificação, adaptando-se às novas situaçõe, para Villaça a ideologia pode estar
submissa a constantes mudanças, tornando-se base da tecnocracia e do planejamento
urbano atual. Contudo Villaça faz uma linha do tempo historicamente de como foi o
planejamento urbano dividindo em três partes: 1ºperiodo tem relação direta ao
embelezamento da cidade, tendo como principal a cultura europeia como o urbanismo de
Versailles e a reforma de Haussmann de Paris, a maioria desses planos previam abertura
de novas avenidas, conectando partes importantes da cidade, trazendo consequência
imediata a destruição de áreas consideradas insalubres, chamados por “cortiços”.
2ºperiodo é marcado segundo o texto pela ideologia do planejamento tanto quanto as
técnicas de base científica temos como o Plano de Alfred Agache, para o Rio de Janeiro
sendo primeiro plano a apresentar a expressão “plano diretor” segundo autor. Pude
concluir juntamente com o Villaça que só através de estudos foi possível compreender
que a premissa do conceito de plano diretor está ligada a muitas outras pesquisas
prévias, sendo que o planejamento urbano é processo contínuo do plano diretor, no qual
através disso é possível saber a causa dos problemas urbanos, trazendo de certa forma
alguma solução e o 3ºperiodo é o atual, onde ainda está caminhando através das
transformações, por conta da modificação do 2º período, tornando assim o segundo
período o mais pautado, pois ainda é muito presente.