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Relatório do livro 
Uma contribuição para a história do 
 
planejamento urbano no Brasil - Flávio Villaça
 

Daiana C.G. Freitas RA:18001674 


Agosto de 2020 
 

 
 

 
 

Título:​ ​Uma contribuição para a história do planejamento urbano no Brasil

Autor:​ ​Flávio Villaça

Página de leitura : ​171 a 181

Relatório leitura Flávio Villaça 

O livro “O processo de urbanização no Brasil” Flávio Villaça disserta pontualmente​ o


processo do planejamento e os planos urbanos brasileiros de 1897 até a atualidade,
mostrando abrangentemente de como foi o processo dessa urbanização através da história
entre o passado eo presente. Ao reler novamente o texto, percebi que Villaça deixa bem claro
seu objetivo com os estudos realizados, pois contém uma temática mais teóricas, descritivas
ao mesmo tempo históricas. Villaça chama de “Planejamento strictu sensu”, cuja definição
está relacionada à elaboração de planos urbanos, essa definição contrapõe-se à de
“planejamento urbano latu sensu”, que englobaria as seguintes vertentes: Planejamento
strictu sensu; O zoneamento; O planejamento de cidades novas; O “Urbanismo sanitarista”.

Dessa forma Villaça inicia a narrativa abordando a diferenciação entre planejamento


urbano e de uma ação estatal, trazendo vários problemas para o espaço urbanos do
passado, destacando o conceito dominantes de planejamento e “organização” dos espaços
urbanos nas cidades, fazendo uma diferenciação das ações do Governo Federal nos
campos do saneamento, transportes e nas habitações nos anos 70 e 80, na qual não havia
preocupação com planejamento na cidade e nem individualmente. Em partes, o mesmo
menciona que o Estado não é de suma importância para ele, com as suas ações estatais
desvinculados a organização dos espaços urbanos ou do intraurbano como citados no
texto.

Ao longo do texto pude perceber que há uma tentativa de diferenciação entre plano e
projeto, havendo no primeiro momento de leitura uma certa confusão entre os dois, pois
ocorre muitas repetições sobre os dois conceitos, mas ao reler novamente pude perceber o
que Villaça quiz com essa repetições,o autor buscou ligar pontos de vai e volta na
história,para chegar em um único esclarecimento do que é plano e o que é projeto. Com isso
a distinção que Villaça faz entre Plano e Projeto é que: Plano está voltado mais para um
determinada prática e/ou discurso do Estado a respeito do espaço urbano, ao contrário de
Projeto está mais focada na área de infraestrutura onde também são incluídas nos planos
diretores, ele cita exemplos como: Plano de Rio de Janeiro; Plano de Avenida de Prestes
Maia de São Paulo; Plano de Aarão Reis para Belo Horizonte entre outros.

O autor por fim chega a uma conclusão de que há cinco correntes os planos de
infra-estrutura urbana, que foram considerados projetos: Planejamento urbano stricto sensu,
ou seja, a corrente que teve como eixo as atividades e discursos que vieram a desembocar

 
 

nos atuais planos diretores; O zoneamento; O planejamento ele cidades novas; O chamado
"urbanismo sanitarista, com isso conclui que todas essas cinco correntes se conectam entre
si mesmo havendo uma diferenciação das palavras, pois Villaça explica ao decorrer da
leitura em capítulos cada uma delas tendo assim uma análise completa mas em parte do
urbanismo sanitarista foi mais difícil de compreender no começo, mas zoneamento
especificamente Villaça relata que é uma vertente separada do planejamento strictu sensu,
apesar do autor repetir várias vezes, o zoneamento percorreu caminhos distintos deste ao
longo da história.

Notei que em um ​capítulo, o autor começa a discutir sobre ideologia e como ela pode
sofrer alterações de acordo com as transformações de determinadas áreas, podendo
sofrer modificação, adaptando-se às novas situaçõe, para Villaça a ideologia pode estar
submissa a constantes mudanças, tornando-se base da tecnocracia e do planejamento
urbano atual. Contudo Villaça faz uma linha do tempo historicamente de como foi o
planejamento urbano dividindo em três partes: 1ºperiodo tem relação direta ao
embelezamento da cidade, tendo como principal a cultura europeia como o urbanismo de
Versailles e a reforma de Haussmann de Paris, ​a maioria desses planos previam abertura
de novas avenidas, conectando partes importantes da cidade, trazendo consequência
imediata a destruição de áreas consideradas insalubres, chamados por “cortiços”.
2ºperiodo é marcado segundo o texto pela ideologia do planejamento tanto quanto as
técnicas de base científica temos como o Plano de Alfred Agache, para o Rio de Janeiro
sendo primeiro plano a apresentar​ a expressão “plano diretor” segundo autor. Pude
concluir juntamente com o Villaça que só ​ ​através de estudos foi possível compreender
que a premissa do conceito de plano diretor está ligada a muitas outras pesquisas
prévias, sendo que o planejamento urbano é processo contínuo do plano diretor, no qual
através disso é possível saber a causa dos problemas urbanos, trazendo de certa forma
alguma solução e o​ 3ºperiodo é o atual, onde ainda está caminhando através das
transformações, por conta da modificação do 2º período, ​tornando assim o segundo
período o mais pautado, pois ainda é muito presente.

Contudo a partir desses estudos de planos diretores, Villaça traz críticas e


questionamentos sobre não haver plano diretor em todas as cidades, de quando há um
plano e planejamento eles não são utilizados corretamente havendo armazenamento de
dados, quem deve ser responsáveis por tudo isto e de quem é a culpa ? Suponho que esta
seja a pergunta de todos os cidadãos brasileiros, a cada um que paga seus impostos
corretamente, é mais uma indignação mútua de todos que contém o conhecimento da
necessidade dessas aprovações para uma cidade, pois maioria dos planos por não foram
seguidos por sua ineficiência, havendo mais teorias do que práticas, pois não era algo
reconhecido pelo estado. Porém este processo, foi um planejamento totalmente
ideológico,de glorificação e ajudar a impor o estado e a classe alta (capitalistas), trazendo
uma exaltação de poder para uns, trazendo o valor capital de algumas áreas da cidade. Por
mais que esta preocupação exagerada pelo embelezamento e limpeza da cidade, foi através
dessa atuação que nasceu o planejamento urbano (latu sensu) brasileiro em 1875, no qual
foi produzido o primeiro documento com dois conceitos chave anteriormente indicados: o de
“plano” e o de “conjunto”, “geral” ou “global” associados ao espaço urbano. 

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