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Como Fazer PGR
Como Fazer PGR
Inventário de riscos
“4.3. Os dados das avaliações dos riscos devem ser consolidados em documento denominado Inventário de Riscos.”
As empresas terão que fazer inventários de riscos. Da mesma maneira como se faz o inventário de máquinas e equipamentos ou o
inventário de espaços confinados.
Matriz de risco
O PGR traz o conceito de matriz de risco.
Isso antes nunca havia sido mencionado em Norma Regulamentadora, embora já exista em outras normas internacionais.
Então é a primeira vez que o conceito é aplicado em NR.
“4.2.7. Para cada risco deve ser indicado o nível de risco.
4.2.7.1 O nível de risco deve ser determinado pela combinação da severidade dos possíveis danos com a probabilidade ou chance de
sua ocorrência, utilizando-se matrizes de risco ou outros procedimentos equivalentes, a critério do empregador.”
Empregados X Trabalhadores
Outro fato que chama a atenção é que no texto do PGR não encontramos nenhuma vez a palavra “empregados” mas sim
“trabalhadores”.
Ou seja, independente da relação contratual (CLT, terceirizado, etc), todos que trabalham na empresa estão contemplados.
Inclusive, o texto proposto deixa claro que não importa a natureza jurídica do contratado:
“8.1.1. A dispensa da obrigação de elaborar o PGR não alcança a organização contratante do MEI, que deverá incluí-lo nas suas
ações de prevenção e no seu PGR.”
O que são os Riscos Ocupacionais?
Riscos Ocupacionais são todos os riscos encontrados no ambiente de trabalho que possam
oferecer mal à saúde e à integridade física dos colaboradores. Assim sendo, podemos dizer que
qualquer situação que ofereça perigo ao trabalhador, é considerada risco ocupacional.
Cada setor da empresa e cada atividade profissional possui seus riscos próprios, que se
diferenciam entre si. Enquanto alguns podem ser leves, como a má postura para quem trabalha
sentado no escritório; Outros podem ser graves, como os que levam a acidentes de trabalho mais
sérios.
Dentre os riscos ocupacionais mais comuns, estão: os ruídos intensos; a exposição a gases tóxicos
ou vapores; manuseio de máquinas; temperaturas extremas; entre outros. Ou seja, tudo que possa
desencadear doença ou complicação na saúde ou integridade física do profissional.
1. Riscos físicos;
2. Químicos;
3. Biológicos;
4. Ergonômicos;
5. Acidentais.
Riscos Físicos
Os Riscos Físicos são aqueles que necessitam uma forma de energia para existirem. Por exemplo,
os ruídos, as temperaturas extremas, pressão, umidade, radiações (ionizante ou não ionizante),
vibrações, etc.
Riscos Químicos
Segundo a NR 9, os Riscos Químicos são todas as substâncias que podem ser absorvidas pelo
organismo do colaborador pela via respiratória, cutânea ou digestiva. Entre os principais exemplos,
temos as poeiras, névoas, fumos, gases, entre outros.
Riscos Biológicos
Os Riscos Biológicos são provenientes de microrganismos que apresentam algum tipo de ameaça
à saúde dos trabalhadores. Alguns exemplos claros são as bactérias, os vírus, todo tipo de fungo
e/ou parasitas.
Riscos Ergonômicos
Os Riscos Ergonômicos têm relação com as características psicofisiológicas dos colaboradores.
Ou seja, qualquer atividade que possa causar dano à sua integridade física. Alguns exemplos:
levantamento de peso, trabalho repetitivo, postura incorreta, entre outros.
Riscos Acidentais
Riscos Acidentais são aqueles que colocam o colaborador em situação de vulnerabilidade,
podendo ter seu bem estar físico ou psíquico afetado. Alguns exemplos são as máquinas sem
proteção/sinalização adequadas, possibilidade de incêndio, explosão, etc.
Todas essas situações de risco são potenciais causas de Acidentes de Trabalho. Por isso, devem
imediatamente ser avaliados e controlados.
Segundo a norma legal sobre Acidente do Trabalho e Doenças Ocupacionais, são caracterizadas
dessa forma as doenças provenientes da atividade laboral do trabalhador. Ou seja, doenças que se
desencadeiam a partir de uma atividade específica.
Doenças Profissionais;
Doenças do Trabalho.
Higiene Ocupacional
A Higiene Ocupacional é uma ciência que define um conjunto de medidas preventivas a serem
postas em prática com o intuito de preservar a saúde e a integridade física dos trabalhadores
enquanto em atividade.
Por este motivo, podemos afirmar que através dessa prática é possível antecipar, reconhecer,
avaliar e controlar os Riscos Ocupacionais existentes. Consequentemente, cria-se um ambiente
mais produtivo e com mais qualidade de vida para os colaboradores.
Prevenção;
Reconhecimento;
Avaliação; e
Controle dos Riscos;
Cada uma delas é de igual importância e deve ser levada em consideração nos momentos mais
adequados. Dessa forma, vamos ver abaixo um pouco mais sobre cada etapa.
Assim sendo, será possível definir quais as medidas poderão ser tomadas no intuito de prevenir os
riscos identificados.
É nesse estágio que entra a análise sobre todas as ferramentas que serão utilizadas; quais os
procedimentos que serão feitos; em quais instalações; com quais tipos de materiais; e etc.
É aqui que é feita a Medição e Avaliação Quantitativa, com base nos agentes que ameaçam a
saúde dos trabalhadores em conjunto com os níveis de exposição da NR 15.
Isto porque, para garantir a integridade física e saúde dos trabalhadores, devemos respeitar os
limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho (Normas Regulamentadoras) e
também pela Fundacentro, responsável por elaborar as NHOs.
Para verificar se o agente está ultrapassando o limite de exposição, devemos realizar a avaliação
quantitativa. Elas vão permitir a base para o desenvolvimento de programas que são
fundamentais para a saúde do trabalhador, como PPRA e PCMSO.
Assim, os aparelhos de medição são acionados para identificar o nível de exposição do trabalhador
à um determinado agente.
Por exemplo: o trabalhador exerce sua função em espaço confinado onde há presença de gases.
Para avaliar qual é o nível de exposição deste colaborador, é preciso medir a concentração dos
gases e substância químicas presentes.
A partir disso, podemos comparar o valor com o limite de tolerância permitido e estabelecido pela
NR 15. Assim, o profissional da segurança do trabalho poderá adotar as medidas de proteção
necessária para aquele setor.
Para cada tipo de agente, existe um aparelho de medição específico. No entanto, existem alguns
riscos que não são possíveis realizar a medição e, neste caso, só é possível realizar a avaliação
qualitativa, sem que haja a possibilidade de mensurar o nível de exposição.
Sonômetro ou Decibelímetro;
Audiodosímetro;
Luxímetro;
Detector de Gases;
Medidor de Estresse Térmico.
Por fim, para que a avaliação quantitativa seja válida, é preciso da comprovação com o Laudo de
Aferição do equipamento.
São mais de 700.000 casos por ano. Consequentemente, temos em média um acidente a cada 48
segundos. E o que é pior: uma morte em decorrência do trabalho a cada 3 horas e 50 minutos. De
quem é a responsabilidade?
De todos!
b) impor as penalidades cabíveis por descumprimento dos preceitos legais e regulamentares sobre
segurança e medicina do trabalho;
c) embargar obra, interditar estabelecimento, setor de serviço, canteiro de obra, frente de trabalho,
locais de trabalho, máquinas e equipamentos;
e) atender requisições judiciais para realização de perícias sobre segurança e medicina do trabalho
nas localidades onde não houver médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho
registrado no MTb.
Cabe ao Empregador:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina do
trabalho; (101.001-8 / I1)
b) elaborar ordens de serviço sobre segurança e saúde no trabalho, dando ciência aos
empregados por comunicados, cartazes ou meios eletrônicos. (101.002-6 / I1) (Alterado pela
Portaria SIT 84/2009).
II – os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela empresa;
III – os resultados dos exames médicos e de exames complementares de diagnóstico aos quais os
próprios trabalhadores forem submetidos;
d) permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização dos preceitos legais
e regulamentares sobre segurança e medicina do trabalho. (101.004-2 / I1)
Cabe ao Empregado:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde do trabalho, inclusive
as ordens de serviço expedidas pelo empregador;(Alterado pela Portaria SIT 84/2009).
Dessa forma, vemos que se cada um fizer a sua parte, podemos ter um mundo com menos
Riscos Ocupacionais e mais Segurança do Trabalho para todos.