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3 Mat Marcacao PDF
3 Mat Marcacao PDF
EDIFICAÇÕES
Técnicas construtivas
Memória de aula 03
MARCAÇÃO DE OBRA
1. LOCAÇÃO DA OBRA
A locação de uma obra consiste em marcar no solo a posição de cada um dos elementos
constitutivos da obra, reproduzindo em tamanho natural o que a planta representa em escala
reduzida. A execução da locação, sempre na presença do engenheiro ou arquiteto, deve ser feita
com o maior rigor possível, utilizando equipamentos e técnicas que garantam o perfeito controle
das dimensões do edifício. Deve-se dar preferência a equipamentos eletrônicos (teodolitos, níveis a
laser) e materiais de boa qualidade (tábuas, pontaletes, marcos, tintas), lembrando que a locação é
o ponto de partida da obra e que definirá todo o controle da edificação.
A locação do edifício deve ser iniciada pelos elementos da fundação (estacas, tubulações, sapatas
isoladas ou corridas, entre outros). Depois de executadas, pode ser necessária a locação das
estruturas intermediárias (blocos e baldrames). Estes elementos são demarcados pelo eixo,
definindo-se posteriormente as faces, se necessário. Por exemplo, sapatas corridas, baldrames e
alvenarias.
· o alinhamento da rua;
· um poste no alinhamento do passeio;
· um ponto deixado pelo topógrafo quando
da realização do controle do movimento de
terra; ou· uma lateral do terreno.
Em quaisquer dos casos, porém, a materialização da demarcação exigirá um elemento auxiliar que
poderá ser constituído por simples piquetes, por cavaletes ou pela tabeira (também
denominada tapume, tábua corrida ou gabarito).
- teodolitos e níveis;
- nível de mangueira;
- trena metálica de 30 metros (jamais usar trena de lona, plástico ou metro de madeira);
- linhas de nylon;
- nível de pedreiro;
- Prumo;
- Arame;
- tinta esmalte (cores vermelha e branca), marreta, martelo e pregos etc.
Os alinhamentos são fixados por pregos cravados em cavaletes. Estes são constituídos de duas
estacas cravadas no solo e uma travessa pregada sobre elas.
Devemos sempre que possível, evitar esse processo, pois não nos oferece grande segurança devido
ao seu fácil deslocamento com batidas de carrinhos de mão, tropeços, etc...
Cavaletes
Depois de distribuídos os cavaletes, previamente alinhados conforme o projeto, linhas são esticadas
para determinar o alinhamento do alicerce e em seguida inicia-se a abertura das valas
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3. PROCESSO DA TÁBUA CORRIDA (GABARITO)
Como podemos observar o processo de "Tábua Corrida" é mais seguro e as marcações nele
efetuadas permanecem por muito tempo, possibilitando a conferência durante o andamento das
obras. Não obstante, para auxiliar este processo, pode-se utilizar o processo dos cavaletes.
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4. TRAÇADO
Este método nos fornece uma boa precisão, quando temos pequenos raios. No caso de grandes
curvas, podemos utilizar um método aproximado, chamado método das quatro partes. Consiste em
aplicar, sucessivamente, sobre a corda obtida com a flecha precedente, a quarta parte deste último
valor. Encontram-se assim, por aproximações sucessivas, todos os pontos da curva circular.
Portanto, com o auxílio do gabarito, inicialmente devemos locar as fundações profundas do tipo
estacas, tubulações ou fundações que necessitam de equipamentos mecânicos para a sua
execução, caso contrário podemos iniciar a locação das obras pelo projeto de forma da fundação
("paredes").
5. LOCAÇÃO DE ESTACAS
Serão feitas inicialmente a locações de estacas, visto que qualquer marcação das "paredes"
irá ser desmarcada pelo deslocamento de equipamentos mecânicos. O posicionamento das estacas
é feito conforme a planta de locação de estacas, fornecida pelo cálculo estrutural.
A locação das estacas é definida pelo cruzamento das linhas fixadas por pregos no
gabarito. Transfere-se esta interseção ao terreno, através de um prumo de centro.
No ponto marcado pelo prumo, crava-se uma estaca de madeira (piquete), geralmente de
peroba, com dimensões 2,5x2, 5x15, 0 cm.
Utilizando o gabarito, podemos passar todos os pontos das estacas para o terreno,
utilizando como já descrito a linha o prumo de centro e estacas de madeira:
Locação da estaca
Após a execução das estacas e com a saída dos equipamentos e limpeza do local podemos
efetuar, com o auxílio do projeto estrutural de formas a locação das "paredes".
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6. LOCAÇÃO DA FORMA DE FUNDAÇÃO "PAREDES"
Devemos locar a obra utilizando os eixos, para evitarmos o acúmulo de erros provenientes
das variações de espessuras das paredes.
Em obras de pequeno porte ainda é usual o pedreiro marcar a construção utilizando as
espessuras das paredes. No projeto de arquitetura adotamos as paredes externas com 25 cm e as
internas com 15 cm, na realidade as paredes externas giram em torno de 26 a 27 cm e as internas
14 a 14,5cm difícil de serem desenhadas a pena nas escalas usuais de desenho 1:100 ou 1:50, por
isso da adoção de medidas arredondadas que acumulam erros. Hoje com o uso de softwares
específicos ficou bem mais fácil.
c) Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3"x3" ou 3"x4") espaçados de 1,5 a
3,0 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces (esticar uma linha de nylon). Depois de
consolidados no terreno, os pontaletes devem ser nivelados (nível de mangueira), cortados no topo
a uma altura de 40 a 50 cm do solo (até 1 a 1,2 m) e ter pregado na sua face interna tábuas (de
boa qualidade) de 1"x6" (pode ser 1"x4") devidamente niveladas;
d) A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do gabarito, usando triângulos
retângulos (gabaritos) para garantir a ortogonalidade do conjunto (esquadro), conferindo sempre
até travar todo o conjunto com mãos-francesas e contraventamento, se necessários;
e) Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser látex);
g) Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e efetuar a
conferência (mestre, engenheiro ou arquiteto). Um bom método de conferência é o inverso, ou
seja,voltar do último ponto marcado, fazendo o caminho inverso da locação;
h) Com duas linhas de nylon n.80 (preferência arame de aço recozido n.18) esticadas a partir das
marcações do gabarito e no cruzamento das linhas transferir as coordenadas das estacas (sapata
ou elemento que venha a ser executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250 g) marcar o
ponto exato da estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco);
j) No caso da necessidade de se traçar uma curva de pequeno raio, acha-se o centro desta a partir
do cálculo do raio da curva (que pode ser feito previamente no escritório), e, com o auxílio de um
arame ou linha, traça-se a curva no terreno (como se fosse um compasso).
ANOTAÇÕES
1 - Nos cálculos dos volumes de corte e aterro, os valores são mais precisos se o número de seções
for maior.
2 - Na execução do gabarito, as tábuas devem ser pregadas em nível.
3 - A locação da obra deve, de preferência, ser efetuada pelo engenheiro ou conferida pelo mesmo.
4 - A marcação pelo eixo, além de mais precisa, facilita a conferência pelo engenheiro.
5 – Verificar os afastamentos da obra, em relação às divisas do terreno.
6 – Constatar no terreno a existência ou não de obras subterrâneas (galerias de águas pluviais, ou
redes de esgoto, elétrica ) e suas implicações.
7 – Verificar se o terreno em relação às ruas está sujeito a inundação ou necessita de drenagem
para águas pluviais.
8 – Confirmar a perfeita locação da obra no que se refere aos eixos das paredes, pilares, sapatas,
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blocos e estacas.
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