Propriedades dos materiais

giselecaboclo@yahoo.com.br
Aula 4
 Densidade

• Por que estudar a densidade dos materiais???

• Indicativo de leveza!!!

2
 Densidade
• Depende de 3 fatores:
- Peso dos átomos
- Tamanho dos átomos
(não varia muito de um átomo para outro  2x10-29m3)
- Estrutura cristalina

3
Densidade dos Materiais

4
 Densidade de alguns metais
• Na tabela periódica, os valores de densidades
aumentam, nas famílias de cima para baixo e
nos períodos, das extremidades para o centro.
Desta forma, pode-se notar que os elementos
mais densos estão no centro e na parte de
baixo da tabela periódica.
Exemplos:
- Os (ósmio) – d=22,5g/mL
- Ir (irídio) – d=22,4g/mL
http://www.ptable.com/?lang=it
 CÁLCULO DA DENSIDADE
DE METAIS

 O conhecimento da estrutura cristalina

permite o cálculo da densidade ():
 = nA
VcNA

n= número de átomos da célula unitária

A= peso atômico
Vc= Volume da célula unitária
NA= Número de Avogadro (6,02 x 1023 átomos/mol)
6
Átomos Número de Parâmetro Fator de
por célula coordenação de rede empacotamento
CS 1 2R 0,52
CCC 2 4R/(3)1/2 0,68
CFC 4 4R/(2)1/2 0,74

7
PROPRIEDADES MECÂNICAS
 Resistência mecânica
É a capacidade do material de suportar
esforços sem se deformar plasticamente
METAIS
 Resistência mecânica

Materiais metálicos e (Mpa)

Aço baixo carbono 270
Aço inoxidável 350
Ferro fundido 250
Tungstênio 1000
Cobre 60
Alumínio 40
Concreto 20
PVC 45
 Resistência mecânica
Resistência mecânica  ponto de fusão ligações químicas

• Numa família, à exceção dos metais alcalinos e

alcalinos-terrosos, os pontos de fusão e de
ebulição crescem de cima para baixo e num
período das extremidades para o centro.
http://www.ptable.com/?lang=it

Resistência mecânica  arranjo atômico

Ex. Grafite, diamante, fulereno e grafeno

CERÂMICOS
Resistência mecânica

Reduzem a
resistência
teórica
 Resistência Mecânica
Cerâmicos apresentam maior resistência a compressão (tendem a fechar os
defeitos) que a tração (tendem a abrir os defeitos)
 Resistência mecânica
Influência da porosidade sobre o módulo de
elasticidade do óxido de alumínio a temperatura
ambiente
POLÍMEROS
Resistência mecânica
Resistência mecânica
Polietileno (PE) não Polietileno (PE)
reticulado reticulado
A curva A é típica de materiais plásticos (epoxi, poliéster, cloreto de polvinila)
a curva B é típica de um termoplástico parcialmente cristalino e a curva
C é típica de um elastômero (borracha)
Polietileno HD

Nylon

Teflon
Deformação macroscópica plásticos semicristalinos
Semelhante aos metais ducteis

Curva  x  para polímeros

 Resistência mecânica
material Densidade Limite Alongamento
relativa resistência na fratura %
tração MPa
Polietileno bd 0,917-0,932 8,3-31,4 100-650
Polietileno ad 0,952-0,965 22,1-31,0 10-1200
pvc 1,30-1,58 40,7-51,7 40-80
teflon 2,14-2,20 20,7-34,5 200-400
pp 0,90-0,91 31-41,4 100-600
ps 1,04-1,05 35,9-51,7 1,2-2,5
bakelite 1,24-1,32 34,5-62,1 1,5-2,0
náilon 1,13-1,18 75,9-94,5 15-300
Propriedades mecânicas x temperatura
Características mecânicas dos polímeros são muito
sensíveis a mudanças de temperatura.
Aumento de T causa diminuição módulo de elasticidade,
redução no limite de resistência a tração e melhora na
ductilidade
 Resistência mecânica

• Termoplásticos • Termofixos
- São facilmente - Não se deformam com
deformáveis com o o aumento de
aumento de temperatura
temperatura - Ligação covalente
- Ligação de Van der walls - Exemplos: Poliéster
- Exemplos: Nylon, PET e - não podem ser re-
Teflon deformados ou re-
- re-processabilidade processados
Como aumentar a resistência de um
material?????
Mecanismos de aumento de
resistência
Mecanismos de aumento de
resistência: Metais
 Resistência mecânica

 Aumento de resistência por solução sólida

Os elementos Cr, Mo, V e W ligam-se ao carbono,

formando carbonetos que contribuem para a
obtenção das propriedades requeridas nos aços.
Exemplo: Aços para ferramentas
Devem possuir elevada resistência mecânica
 DISCORDÂNCIAS E DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA
• Em uma escala microscópica a deformação plástica é o resultado do
movimento dos átomos devido à tensão aplicada. Durante este
processo ligações são quebradas e outras refeitas.
• Nos sólidos cristalinos a deformação plástica geralmente envolve o
escorregamento de planos atômicos, o movimento de discordâncias e
a formação de maclas
• Então, a formação e movimento das discordâncias têm papel
fundamental para o aumento da resistência mecânica em muitos
materiais.

A resistência Mecânica pode ser aumentada restringindo-se o

movimento das discordâncias
29
INTERAÇÃO DE DISCORDÂNCIAS
E PRECIPITADOS

30
 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA EM
MATERIAIS POLICRISTALINOS
O contorno de grão
interfere no movimento das
discordâncias
• Devido as diferentes
orientações cristalinas
presentes, resultantes do
grande número de grãos, as
direções de
escorregamento das
discordâncias variam de
grão para grão

31
 Aumento da resistência por diminuição do
tamanho de grão

• O contorno de grão funciona como um

barreira para a continuação do movimento
das discordâncias devido as diferentes
orientações presentes e também devido às
inúmeras descontinuidades presentes no
contorno de grão.
• Adição de elementos como Nb e Al promovem
um refino do tamanho de grão.
32
 Aumento da resistência por deformação plástica
Mecanismos de Aumento de
Resistência
Polímeros
Pré deformação por estiramento
Técnica mais importante para aprimorar a resistência
mecânica e o módulo de elasticidade consiste em
deformar o polímero permanentemente em tração,
chamado “estiramento” (vide fig).
Equivalente ao encruamento a frio dos metais.
Recurso empregado na produção de fibras e filmes
Fibras se tornam orientadas.
Propriedades anisotrópicas dos plásticos estirados.
Limite de resistência na direção do
estiramento aumenta até 5 x
Limite de resistência na outra direção cai.
Módulo de elasticidade
(Young)
37
 E= /  =Pa
Lei de Hooke: =E

• É o quociente entre a tensão

aplicada e a deformação elástica
resultante.
•Está relacionado com a rigidez do
material ou à resist. à deformação A lei de Hooke só é válida
P até este ponto
elástica
•Está relacionado diretamente
com as forças das ligações Tg = E
interatômicas 

38
Módulo de Elasticidade para alguns metais

Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido é o material ou

menor é a sua deformação elástica quando aplicada uma dada
tensão
MÓDULO DE ELASTICIDADE
[E]
GPa 106 Psi
Magnésio 45 6.5
AlumÍnio 69 10
Latão 97 14
Titânio 107 15.5
Cobre 110 16
Níquel 207 30
Aço 207 30
Tungstênio 407 59 39
 Polímeros x metais

polímeros metais

Módulo de de 7 MPa (elastom) De 48 a 410 GPa

elasticidade até 4 GPa
(termorrígidos)
Limite de Máx de 100 MPa Máx de 4100 MPa
resistência
Cerâmicos x metais
Ductilidade
Ductilidade
 Ductilidade

Amostra submetida a teste de tração

Ductilidade
 Ductilidade

MOVIMENTO DE DISCORDÂNCIAS

Direção de escorregamento

Plano de escorregamento
Uma distância
interatômica
46
FRAGILIDADE
 Polímeros x metais

polímeros metais

Alongamento Até 1000% Máx 100%

%
Tenacidade
Tenacidade
Tenacidade
 Tenacidade

Combinação de resistência e ductilidade

Dureza
 O que é Dureza

Dureza é a propriedade de um material que

permite a ele resistir à deformação plástica
localizada, usualmente por penetração. O
termo dureza também pode ser associado à
resistência à flexão, risco, abrasão ou corte.
 Medição da Dureza
• A dureza não é uma propriedade intrínseca do
material. Um valor da propriedade de dureza
é o resultado de um procedimento específico
de medição.
 LIMITE DE RESISTÊNCIA A TRAÇÃO E
DUREZA

• AMBOS SÃO INDICADORES DA RESISTÊNCIA

DE UM MATERIAL A DEFORMAÇÃO PLÁSTICA

LRT ( MPa)  3,45xHB

Dureza e tensão limite elástico

A dureza e tensão limite elástico

são aproximadamente
proporcionais