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Definição
Convecção: modo de t ransferência de energia (calor)
ent re uma superfície e um fluido em movimento sobre
a superfície.
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2.1 O problema de transferência por
convecção
Considere a condição de escoamento da Fig. 6.1a. Um
fluido de velocidade V e temperat ura T escoa sobre
uma superfície de forma arbitrária e de área AS.
Presumimos que a superfície encont ra-se a uma
temperat ura uniforme, TS, e se TS T , sabe-se que a
t ransferência de calor por convecção irá ocorrer. O
fluido de calor local q pode ser representado como:
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Definindo um coeficiente de convecção médio (h) para toda a
superfície, a t axa t ot al de T.C. t ambém pode ser represent ada
como:
q = h AS (TS - T) (2.4)
h = 1 o h dx (2.6)
L
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Devido às condições de escoamento variarem de ponto
a ponto sobre a superfície, q e h também variam ao
longo de toda a superfície.
Da equação 2.1:
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O fluido local e/ ou a taxa de t ransferência total são de
primordial importância em qualquer problema de
convecção. Essas grandezas são determinadas a part ir
das equações 2.1 e 2.4, que dependem de h
(coeficiente de convecção local) e de h (coeficiente de
convecção médio).
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h e h dependem:
I. De diversas propriedades do fluido (massa
específica, viscosidade, condut ividade térmica e
calor específico);
II. Da geomet ria da superfície;
III. Das condições de escoamento.
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Resultados experimentais para o coeficiente de
t ransferência de calor local h x para escoamento sobre
uma placa plana com superfície ext remamente rugosa
foram encont rados de forma que correspondem à
seguinte relação:
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1. Desenvolva uma expressão para razão ent re o
coeficiente médio de t ransferência de calor h x para
uma placa de comprimento “ x” e o coeficiente de
t ransferência de calor local h x em x;
2. M ost re, de maneira qualitat iva, a variação de h x e h x
como uma função de x.
Solução...
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2.2 Camadas Limites de Convecção
2.2.1 Camada Limite Fluidodinâmica
Considere o escoamento sobre a placa plana da Fig.
6.3.
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Quando as part ículas do fluido ent ram em contat o
com a superfície, elas passam a t er velocidade zero.
Essas part ículas, então agem para retardar o
moviment o das part ículas da camada de fluido
adjacent e, que agem para retardar o moviment o na
próxima camada e assim sucessivament e at é uma
distância da superfície y = , onde o efeit o se t orna
desprezível.
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Esse retardo do moviment o do fluido é associado às
t ensões cisalhant es “ τ “ agindo em planos paralelos
à velocidade do fluido (Fig. 6.3). Com o aument o da
distância y, o component e x da velocidade do
fluido, u, deve então aumentar at é que se aproxime
do valor da corrente livre u (índice “ ” é ut ilizado
para designar condições na corrent e livre ext ernas à
camada limit e).
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A grandeza é denominada “ espessura da
camada limit e” e é, frequent ement e, definida
como o valor de y para o qual u = 0,99u . O
“ perfil de velocidade da camada limit e” refere-
se à maneira pela qual “ u” varia com y at ravés
da camada limit e.
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Assim sendo, o escoamento do fluido é caracterizado
por duas regiões dist intas: uma camada fina de fluido
(camada limite) fluidodinâmica na qual gradientes de
velocidade e tensões de cisalhamento são elevados e
uma região externa à camada limite na qual gradientes
de velocidade e tensões de cisalhamento são
desprezíveis.
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Fornece a base para determinação do coeficiente de
at rito local em escoamentos externos:
Cf = τS
(ρ.u2) 2
τS = u/ yy = 0
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2.2.2 Camada Limite Térmica
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Assim como uma camada limita de velocidade se
desenvolve quando existe escoamento sobre uma
superfície, uma camada limite térmica deve se
desenvolver se as temperat uras do fluido na corrente
livre e da superfície diferem.
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A região do fluido no qual os gradientes de
temperat ura existem é a camada limite térmica e sua
espessura T é t ipicamente definida como o valor de “ y”
para o qual a razão:
(TS T) = 0,99.
(TS T)
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A relação ent re as condições nessa camada limite e o
coeficiente de T.C. por convecção pode ser
prontamente demonst rada. Em qualquer distância x da
borda de ataque, o fluxo de calor local pode ser obt ido
aplicando-se a lei de Fourier ao fluido em y = 0.
Ou seja,
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Combinando-se a equação 2.7 com a lei de New ton do
Resfriamento (equação 2.1), temos:
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Logo, as condições na camada limit e t érmica, que
influenciam fort ement e o gradient e de t emperat ura
na parede T/ yy = 0, det erminam a taxa de
t ransferência de calor at ravés da camada limit e.
Uma vez que (TS T) é uma constant e,
independente de x, enquant o t aumenta com o
aument o de x, os gradient es de t emperat ura na
camada limit e devem diminuir com aument o de x.
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2.2.3 Camada Limite de Concentração
Assim como as camadas limites de velocidade e térmica
determinam o at rito e a T.C. por convecção em uma parede,
a camada limite de concent ração determina a t ransferência
de massa por convecção.
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Camada limite de concent ração
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A t ransferência da espécie por convecção ent re a
superfície e a corrente livre do fluido é determinada
palas condições na camada limite.
o Lei de Fick:
"
N A” = - Dab CA
Y
Onde: DAB = coeficiente de difusão binária;
NA” = fluxo molar da espécie A.
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Para placa plana (aplicando a Lei de Fick para y = 0):
N A” = - DAB CA
Y y=0
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hm = - DAB CA yy = 0
CA,S - CA,
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Resumo
C.L. de velocidade:
- (x)
- gradientes de velocidade e de tensões de cisalhamento
- pode-se calcular: Cf ou Ca
C.L. térmica:
- t (x)
- gradientes de T e t ransferência de calor T.C. por
convecção (h)
- Pode-se calcular h;
C.L. concent ração:
- c(x)
- gradientes de concentração e t ransferência de espécie
T.M . por convecção (h m )
-Pode-se calcular h m
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Para o escoamento sobre uma superfície sempre exist irá a
camada limite de velocidade e, portanto, a superfície de at rito.
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2 . 3 . Escoamento Laminar e Turbulento
O primeiro passo no t ratamento de qualquer problema de
convecção é determinar se a camada limite é laminar ou
t urbulenta.
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Fig. 6.6 – Escoament o em placa plana.
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M ovimento do fluido ao longo das linhas de corrente
componentes de velocidade nas direções x e y.
Componente de velocidade “ v” na direção normal à
superfície pode cont ribuir para t ransferência de momento,
energia ou de massa e é necessário para o crescimento da
camada limite na direção x;
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A mist ura de fluidos result ant e das flut uações faz com
que a camada limit e t urbulenta fique com a espessura
maior e os perfis da camada limit e (velocidade,
t emperat ura e concent ração) mais planos do que no
escoament o laminar.
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Variação da espessura da C.L.V. e de h para escoamento sobre placa plana.
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Na camada limite t urbulenta tem-se 3 regiões:
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Para placa plana (Número Crít ico Reynolds)
para qual a t ransição começa:
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2.4. Equações da Camada Limite
Considerando escoament o bidimensional
estacionário de um fluido incompressível viscoso em
sist ema de coordenadas cart esianas – Fig.6.8;
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Fig. 6.8 – Desenvolvimento de C.L.V, C.L.T e C.L.C.
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Aplicação da equação de conservação da energia ao V.C.:
x y x2 y2
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2.4.1 Similaridade na Camada Limite:
equações normalizadas da transferência
por convecção
• Parâmetros de Similaridade na Camada Limite:
As equações da camada limite são normalizadas
definindo-se, inicialmente, as variáveis independentes
adimensionais das formas:
x* = x e y* = y (2.10)
L L
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Além disso, variáveis dependentes adimensionais
também podem ser definidas como:
u* = u e * =
V V
(2.11)
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T* = T - TS (2.12)
T - TS
CA, - CA,S
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Tabela 6.1 Equações da camada limite
Camada Limite Equações de Conservação
(Re L) (2.14)
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A part ir das equações 2.14 a 2.16, t rês parâmet ros de
similaridade podem ser deduzidos. Parâmet ros de
similaridade são importantes porque eles permitem
aplicar os resultados obt idos para uma superfície que
experimenta uma série de condições para superfícies
geomet ricamente similares expondo condições
totalmente diferentes. Essas condições podem variar,
por exemplo, com a nat ureza do fluido, a velocidade do
fluido e/ ou tamanho da superfície (conforme
determinado por L).
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Da equação 2.14:
o Número de Reynolds:
Re L = V.L (2.17)
v
Da equação 2.15:
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Número de Prandtl:
Pr = ν (2.18)
DAB = ν . DAB = 1
V.L V.L ν Re.Sc
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Número de Schmidt :
Sc = ν
DAB (2.19)
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Camada Limite Equações de Conservação
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2.4.2 Forma funcional das
soluções
As equações anteriores são ext remamente úteis do
ponto de vista de sugerirem como os resultados
importantes da C.L. podem ser simplificados e
generalizados, com o uso dos números adimensionais.
Para a equação 2.20, a solução será da forma
funcional:
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Para a equação 2.21, a solução será:
Da equação 2.8:
h = - kf T/ yy =0
TS T
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E das variáveis adimensionais (equações 2.10 a 2.12),
obtemos:
L (TS T) L
Essa expressão sugere a definição de um parâmet ro
adimensional dependente denominado número de
Nusselt .
Nu = h .L = + T* / y* y* (2.25)
=0
kf
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Esse parâmet ro é igual ao gradiente de temperat ura
adimensional na superfície, e fornece uma medida de T.C. por
convecção ocorrendo na superfície.
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Do conhecimento de Nu, o coeficiente local de
convecção h pode ser encont rado e o fluxo de calor
local pode ser então calculado da equação 2.1 q” =
h.(Ts – T)
h.L
Nu f (Re L , Pr) (2.27)
kf
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Similarmente para TM , da eq. 2.22, tem-se:
hm = - DAB (CA, - CA,S ). CA* y* y* =0 = Dab . CA* y* y* =0
L . (CA,S - CA,) L
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Número de Sherwood (representa para C.L.C. o que Nu
represent a para C.L.T.):
Sh = f (x* , Re L, Sc)
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2.4.3 Significado físico dos
parâmetros adimensionais
Todos os parâmet ros adimensionais ant eriores t êm
int erpretações físicas que se relacionam a condições das
camadas limit es;
Pr = ν = Cp. µ
k
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- Para gases Pr é aproximadamente 1. (na realidade 0,6
maior ou igual que Pr e menor que 1,0);
- Para metal líquido Pr é muito menor que 1,0;
- Para óleos Pr é muito maior que 1,0.
/ t ~ Pr n
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3) Número de Schmidt (Sc):
Sc = ν
DAB
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4) Número de Lew is (Le):
Le = α/DAB
t / c ~ Len
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5)Número de Grashof (Gr L):
Gr = g. β.(Ts – Too).L3
ν2
Para líquidos e gases reais, β deve ser obt ido das tabelas das
propriedades apropriadas.
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