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Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Assim, basta fazermos y = H, onde H é a distância na vertical


Tópico 01 do ponto de lançamento até o solo, na equação horária:
2
t 2H
H=g ⇒ tq =
2 g

CINEMÁTICA O tempo de queda de um corpo lançado horizontalmente é o


mesmo que o de um corpo abandonado da mesma altura.
Lançamento Horizontal
Alcance
Imagine um corpo lançado horizontalmente no vácuo, próximo
a superfície da Terra, supondo desprezível a resistência do ar e o campo Desejamos agora determinar o alcance de um lançamento
gravitacional uniforme. horizontal, ou seja, o quanto o móvel se desloca horizontalmente antes
De acordo com o Princípio da Simultaneidade (Galileu), de tocar o solo.
podemos decompor o movimento de tal corpo em dois movimentos inde-
pendentes: O tempo que o corpo leva para tocar o solo na vertical é o mesmo
No eixo vertical, um movimento de queda livre, pois age tempo que leva para atingir o alcance.
sobre o corpo a aceleração da gravidade. Logo, o movimento no eixo
vertical é um movimento uniformemente variado.
2H
No eixo horizontal, não há força atuante. Logo, o movimento Então, temos: A = v ox ⋅
g
é retilíneo uniforme.
A composição desses movimentos resultará, em relação à
Terra, numa trajetória parabólica. A velocidade resultante em cada ponto Equação da trajetória
será a soma vetorial da velocidade no eixo horizontal com a velocidade
no eixo vertical e será tangente à trajetória. Sabemos que a composição dos movimentos horizontal e
vertical resulta, em relação à Terra, numa trajetória parabólica.
v = vx + vy A partir das equações horárias, eliminando a variável tempo,
obtemos a equação da trajetória. Vejamos:
x
vx x = v ox t ⇒ t =
v ox

Substituindo na equação horária do eixo vertical, obtemos:


v g x 
2
vy y= 
2  v ox 
Equações de Movimento

Feitas as classificações
v0
x Efeitos da Resistência do Ar
P
dos movimentos, podemos facilmen- v
a
te obter as equações que descrevem A força de resistência do ar faz com que a aceleração não seja
os movimentos independentes que mais constante alterando o modo como varia a velocidade. A componente

FÍSICA I
compõem o lançamento horizontal horizontal da velocidade não permanece constante, enquanto a compo-
y
com velocidade vo. nente vertical da velocidade não varia linearmente com o tempo.
vox x
Tomemos o sistema de referencial Gráficos do lançamento horizontal:
orientado utilizado na figura ao lado . Decom- g
x y a
pondo o movimento nos eixos horizontal (x) e
H
vertical (y), temos para a posição qualquer P
y
no instante t:
A t t t

vx vy
No eixo horizontal, temos um MU:
x = vx.t vx = vox ax = 0

No eixo vertical, temos um MUV: t t

y = (1/2)at2 vy = gt ay = g
Questões Resolvidas
Em qualquer instante, a velocidade do corpo é dada por:

v = v 2x + v 2y
01. Um corpo é lançado horizontalmente com a velocidade de 15 m/s,
Tempo de Queda de uma altura de 20 m em relação ao solo. Determine:
a) O intervalo de tempo para que o corpo atinja o solo;
Desejamos saber o tempo que um corpo lançado horizontal- b) O alcance do lançamento;
mente leva para atingir o solo. c) A velocidade com que o móvel atinge o solo.

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05. De um ultra-leve que voa com uma



Ultra-leve V0
Solução: 0

a) Calculando o tempo de queda, obtemos: velocidade constante desprende-se um


parafuso quando uma pedra é lançada verti- 120 m
t2 2H 2.20 calmente com velocidade de 30 m/s, estando
H=g ⇒t= = = 4 = 2s
2 g 10 esta a 60 m de distância na horizontal e a 30 m / s
Pedra
b) A = vxtq = 15 x 2 = 30 m 120 m abaixo do ultra-leve. 60 m

c) vx = v0x = 15 m/s; vy = gt = 20m/s a) Depois de quanto tempo que o parafuso se desprende, a pedra se
Como a soma é vetorial, devemos usar o teorema de Pitágoras: choca com o parafuso.
v2 = vx2 + vy2 = (15)2 + (-20)2 = 625 b) A que altura se dá o encontro.
v= 25m/s Considere g = 10m/s2

02. Uma esteira lança horizontal- Questões de Vestibulares


mente produtos que devem ir direta-
mente para o container. 3,2 m

Considerando g = 10 m/s2, a resistên- Container 01. (UEMA) Imagine-se em um barranco de 5 m acima de um lago
cia do ar desprezível, determine para de 4 m de largura infestado de piranhas. Para você não ser devorado
que intervalo de valores a velocidade pelas piranhas, qual deve ser a velocidade horizontal necessária para
das caixas devem ser lançadas para pular o lago?
alcançar o container.
02. (UPE) Do alto de uma mesa a 0,8 m acima do solo uma moeda é
2,4m
4,8m
Solução:
O tempo de queda do produto é: lançada horizontalmente. Da projeção, no solo, do local onde ela abando-
na a mesa até o ponto de impacto no solo, suposto horizontal, é medida
2H 2 ⋅ 3,2
tq = = = 0,8s a distância de 1,2 m. Os módulos das velocidades, de lançamento e de
g 10
impacto com o solo, valem respectivamente, em m/s:
Durante a queda, a distância horizontal percorrida (alcance) pelo produto Adote: g = 10m/s2
é: d = votq = vo � 0,8
Porém este valor dever atender a seguinte condição: 2,4m < d < 4,8m. 03. (ITA) Uma bola é lançada horizontalmente do alto de um edifício,
Então, temos: 2,4 < vo · 0,8 < 4,8 � 3,0 < vo < 6,0 tocando o solo decorridos aproximadamente 2 s. Sendo de 2,5 m a altura
3,0m/s < v < 6,0m/s de cada andar, o número de andares do edifício é:
Adotar: g = 10m/s2
Questões Propostas a) 5 b) 6 c) 8 d) 9
e) indeterminado pois a velocidade horizontal de arremesso da bola não
foi fornecida.

01. (FEI) Uma esfera de aço de massa 200 g desliza sobre uma mesa 04. (FUVEST) Um motociclista de motocross move-se com velocidade
plana com velocidade igual a 2 m/s. A mesa está a 1,8 m do solo. A que v = 10 m/s, sobre uma superfície plana, até atingir uma rampa (em A),
distância da mesa a esfera irá tocar o solo? inclinada de 45º com a horizontal, como indicado na figura.
Despreze a resistência do ar e considere g = 10m/s2 A trajetória do motociclista deverá atingir novamente a rampa a uma

02. (UFPE/UFRPE) Um jogador de tênis quer sacar a bola de tal forma distância horizontal D (D = H), do ponto A, aproximadamente igual a:
FÍSICA I

v
que ela caia na parte adversária da quadra, a 6 metros da rede. Qual o g

inteiro mais próximo que representa a menor velocidade, em m/s, para A

que isso aconteça? Considere que a bola é lançada, horizontalmente, do H


45º

início da quadra, a 2,5 m do chão, e que o comprimento total da quadra


é 28 m, sendo dividida ao meio por uma rede. Despreze a resistência do D

ar e as dimensões da bola. A altura da rede é 1 m.

03. Um avião de socorro voa horizontalmente, a uma altura de 720 m, a) 20 m b) 15 m c) 10 m d) 7,5 m e) 5 m


a fim de lançar um fardo de mantimentos para uma população flagelada.
Quando o avião se encontra à distância de 1200 m da população, na
direção horizontal, o piloto abandona a carga.
05. (UPE) Um bombardeiro, em vôo horizontal e no instante de aban-
donar as bombas, mantém a perigosa velocidade de 288km/h. A colisão
a) Qual a trajetória do fardo, vista pelo piloto?
das bombas com o solo, horizontal, se faz segundo um ângulo de 45º. A
b) Qual a trajetória do fardo, vista por um elemento da população?
c) Quanto tempo o fardo leva até chegar aos flagelados? altura do avião, ao efetuar a operação, vale:
d) Qual o módulo da velocidade do avião?
e) Qual o módulo da velocidade do fardo quando ele chega ao solo? 06 . (UFPE/UFRPE) Um pequeno 1
bloco é arremessado do alto de uma
04. Uma bola é lançada horizontalmente do S
O

V0 escada que tem 99 degraus, com uma
2
3
ponto O pertencente a um plano inclinado com
velocidade v = 6,0 m/s, conforme a figura.
inclinação θ conforme figura ao lado. Sabendo 98
que a velocidade de lançamento é de 40m/s, h=? Cada degrau da escada possui 25 cm de
99
calcule a distância h do ponto de impacto da altura e 25 cm de largura. Determine o
A
bola com o plano inclinado em relação ao ponto θ número do primeiro degrau a ser atingido
de lançamento.
pelo bloco.
Dados: senθ = 0,6 e cosθ = 0,8
Despreze a resistência do ar e considere g = 10m/s2

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Equações horárias
Tópico 02
Determinaremos agora as equações que descrevem o movi-
mento nos eixos horizontal e vertical.

LANÇAMENTO OBLÍQUO No eixo horizontal temos um MU. Assim: x = xo + vxt

O lançamento de um projétil, no vácuo, com uma velocidade Como vx = vo cosθ, temos: x = xo + vo · cosθ · t
inicial vo, com inclinação θ em relação à horizontal, resulta na composição
de dois movimentos independentes: MRU na horizontal e queda livre, Esta equação relaciona a posição horizontal do móvel com o tempo.
na vertical.
Nesse caso, a situação será análoga à do lançamento hori- No eixo vertical, temos: y = y0 + voyt + (1/2)at2
zontal quanto à natureza do movimento:
Como voy = vo senθ e a = – g, temos: y = y0 + v0 · senθ · t – (1/2)gt2
t2
t1 t3
at2
v2
Essa equação relaciona a posição vertical do móvel com o
at3
t0 at1 v1 t4
v3 tempo.
v0 at4
at0 Podemos, ainda, adaptar a equação de Torricelli para nosso
acp1 v4
acp3 movimento vertical:
acp0 g g = acp2 g
acp4 vy2 = v0y2 – 2gΔy
g
g vy = (v0 senθ)2 – 2gΔy
2

Na verdade, o lançamento horizontal é um caso particular de Tempo de subida e tempo de descida


lançamento oblíquo, realizado acima do solo, fazendo um ângulo
nulo com a horizontal. Sabemos que no instante em que um móvel inverte o sentido
de seu movimento em um determinado eixo, o módulo de sua velocidade,
Componentes da Velocidade Inicial em tal eixo, é nulo.

Considere um corpo lançado obliquamente, com um ângulo No eixo vertical de um lançamento oblíquo, isso corresponde
θ em relação à horizontal, com velocidade inicial de módulo vo. ao ponto de altura máxima do lançamento, a partir do qual, o móvel
y começa a cair.

Iremos, agora, calcular o tempo decorrido entre o lançamento


v
y
P do móvel e seu ponto de altura máxima.
v0
g
θ

x x
Basta fazermos a velocidade vy = 0. Assim:

v0 sen θ – gt = 0
y v0 sen θ = gt

FÍSICA I
Podemos decompor sua veloci- ts = v0 sen θ / g
dade em qualquer instante da trajetória em v0
suas duas componentes: Por outro lado, o tempo gasto pelo móvel para, a partir do
v0y ponto mais alto, voltar ao ponto de lançamento tem o mesmo valor do
Façamos a decomposição para θ tempo que o móvel leva para atingir o ponto mais alto de sua trajetória.
v0x x
a velocidade: Assim:
cos θ = vox / vo sen θ = voy / vo td = v0 sen θ / g

Assim, obtemos: Assim, o tempo total que um móvel gasta para, lançado obli-
vox = vo cos θ quamente, atingir seu ponto de altura máxima, e retornar ao ponto de
voy = vo sen θ mesma altura de lançamento, é dado por:

Equações da velocidade ttotal = 2v0 sen θ / g

Vamos observar as velocidades do corpo durante o movimento. Altura Máxima


Seja adotado um sistema de referencial como o da figura:
Na horizontal (MU): vx = vox = vo cos θ Para calcular o valor da altura máxima H, podemos lançar
Na vertical (MUV): vy = voy – gt = vo cos θ – gt mão da equação de Torricelli:
vy2 = (v0 senθ)2 – 2gΔy
O módulo da velocidade do corpo em qualquer instante será Como desejamos o ponto em que vy = 0, temos:
a resultante das componentes horizontal e vertical da velocidade: 02 = (vo senθ)2 – 2gH
(vo senθ)2 = 2gH
v 2 = v 2x + v 2y
H = (vo senθ)2 / 2g

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Alcance Questões Propostas

O alcance do lançamento é o quanto o móvel se deslocou


horizontalmente antes de tocar o solo. Como já sabemos o tempo total
de vôo do móvel ttotal, basta determinarmos o quanto o móvel se deslocou
nesse intervalo de tempo: 01. (FUVEST) Uma pessoa sentada num trem, que se desloca numa
x = vo cos θ ttotal trajetória retilínea a 20 m/s, lança uma bola verticalmente para cima e a
A = vo cosθ (2v0 senθ / g) pega de volta no mesmo nível do lançamento. A bola atinge uma altura
A = [(vo2) (2senθ cosθ)] / g máxima de 0,80 m em relação a esse nível. Pede-se:
A = v02 sen2θ / g a) o valor da velocidade da bola, em relação ao solo, quando ela atinge
a altura máxima;
Para uma determinada velocidade, o alcance máximo ocorrerá b) o tempo durante o qual bola permanece no ar.
quando o termo trigonométrico for máximo. Sabemos que o valor máximo
do seno de um ângulo é 1. Logo, o alcance máximo ocorrerá quando
sen2θ = 1. Isso nos dá 2θ = 90o, ou seja, θ=45o. 02. (UFPE/UFRPE) Dois bocais de mangueiras de jardim, A e B, estão
fixos ao solo. O bocal A é perpendicular ao solo e o outro está inclinado
de 60º em relação à direção de A. Correntes de água jorram dos dois
Dois lançamentos oblíquos com mesma velocidade inicial em bocais com velocidades de módulos idênticos. Qual a razão entre as
módulo, realizados num mesmo local com ângulos de lançamentos alturas máximas de elevação da água?
distintos: θ1 e θ2. Identifiquemos a relação entre eles, para que os
alcances horizontais A1 e A2 sejam iguais:
03. (FEI-Modificada) Um objeto voa numa trajetória retilínea, com veloci-
v0
dade v = 200 m/s, numa altura h = 1500m do solo. Quando o objeto passa
v0
exatamente na vertical de uma peça de artilharia, esta dispara um projétil,
θ1 θ2 num ângulo de 60º com a horizontal. O projétil atinge o objeto decorrido o
intervalo de tempo Δt. Calcular a velocidade de lançamento do projétil e o
A1 = A2
menor intervalo de tempo Δt em que o projétil atinge o objeto.
v 02 v2 Adote: g = 10m/s2
A1 = A 2 ⇒ ⋅ 2senθ1 ⋅ cos θ1 = 0 ⋅ 2senθ2 ⋅ cos θ2
g g
� sen θ1 · cos θ1 = sen θ2 · cos θ2 � Questões de Vestibulares
� sen θ1 · cos θ1 - sen θ2 · cos θ2 = 0 � cos (θ1 + θ2) = 0
� θ1 + θ2 = 90°

Fixados os valores de v0 e g, objetos lançados com ângulos de


01. (UFPR) Um jogador de futebol chutou uma bola no solo com
velocidade inicial de módulo 15 m/s e fazendo um ângulo θ com a hori-
lançamento complementares têm o mesmo alcance horizontal.
A menos que seja dito o contrário, considere g = 10 m/s2. zontal. O goleiro, situado a 18,0 m da posição inicial, interceptou-a no ar.
Calcule a altura em que estava a bola quando foi interceptada. Despreze
a resistência do ar e considere sen θ = 0,6 e cos θ = 0,8.
Questões Resolvidas Adote: g = 10m/s2

02. (UFPE/UFPRPE) Um gafanhoto adulto pode saltar até 0,80 m, com


01. Um corpo é lançado com um ângulo de lançamento θ em relação um ângulo de lançamento de 45º. Desprezando a resistência do ar e a
ao solo, com velocidade de módulo 100 m/s. Sabendo que senθ = 0,6 e força de sustentação aerodinâmica sobre o gafanhoto, calcule quantos
FÍSICA I

cosθ = 0,8, determine:


décimos de segundo ele permanece no ar.
a) o instante em que atinge a altura máxima;
b) a altura máxima;
c) a velocidade no ponto mais alto; 03. (UFSM) Um barco se movimenta com velocidade constante em
d) o tempo total de vôo; relação à margem do rio. Uma pedra é arremessada verticalmente,
e) o alcance horizontal. para cima, de dentro do convés do barco. Para um observador fixo na
margem,
Solução: I. No instante inicial do lançamento, a velocidade horizontal da pedra é
a) ts = v0 sen θ / g = (100 x 0,6) / 10 = 6 s. igual à velocidade do barco, e a velocidade vertical é zero.
b) H = (v0 senθ)2 / 2g = (100 x 0,6)2 / (2 x 10) = 180 m II. No ponto mais alto da trajetória da pedra, o vetor velocidade tem
c) v = vx = v0 cos θ = 100 x 0,8 = 80 m/s módulo zero.
d) ttotal = 2 ts = 12 s III. A trajetória da pedra é uma parábola.
e) A = vx ttotal = v0 cos θ ttotal
Está(ão) correta(s):
A = 100 x 0,8 x 12 = 960 m
a) apenas I b) apenas II c) apenas I e II d) apenas III e) I, II e III
02. (UECE) Uma bola é lançada para cima, em uma direção que forma
um ângulo de 60º com a horizontal. Sabe-se que a velocidade da bola, 04. (UFPE/UFRPE) Numa partida de futebol, uma falta é cobrada de
ao alcançar a altura máxima, é de 20 m/s. Pode-se afirmar, então, que modo que a bola é lançada segundo um ângulo de 30° com o gramado. A
a velocidade de lançamento da bola tem módulo:
bola alcança uma altura máxima de 5,0 m. Qual é o módulo da velocidade
inicial da bola em km/h? Despreze a resistência do ar.
Solução:
Adote: g = 10m/s2
Sabemos que a velocidade da bola, ao alcançar a altura máxima, cor-
responde à componente horizontal constante de sua velocidade. Ou
seja, vx = 20 m/s. 05. (AFA) Dois projéteis, A e B, são lançados obliquamente em relação
Como vx = v0 cos θ, temos: à horizontal. Sabendo que ambos permanecem no ar durante o mesmo
v0 = vx / cos θ = 20 / 0,5 = 40 m/s. intervalo de tempo e que o alcance de B é maior que o alcance de A,

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afirma-se que: Obs.:


I. Ambos atingem a mesma altura máxima. Nesta fórmula, θ deve estar sempre em radianos. O ângulo é uma
II. A velocidade inicial de B é maior que a de A. grandeza adimensional, pois é o quociente entre duas grandezas
III. A maior altura é atingida por A que foi lançado com maior velocidade. iguais de comprimento.
É(são) verdadeira(s) apenas
a) II. b) I e II. c) III. d) I. Espaço angular

06. (UFPE/UFRPE) Um projétil é lançado do solo, segundo um ângulo A posição de um móvel executando movimento circular de raio
de 15° com a horizontal. Ele atinge um alvo no solo, que se encontra R ao passar pelo ponto P em um instante t pode ser determinada tanto
a uma distância igual ao alcance máximo que o projétil teria se fosse pelo espaço linear s quanto pelo espaço angular θ (também chamado,
lançado com uma velocidade inicial de 15 m/s e ângulo de lançamento de fase):
de 45°. Qual foi a velocidade de lançamento do projétil, em m/s? Des-
preze a resistência do ar. s
θ= , com θ em radianos.
R
Adote: g = 10m/s2

07. (UFPE/UFRPE) Uma brinca- P Velocidade Escalar Média Angular


deira de tiro ao alvo consiste em
acertar, a partir do ponto O, uma pe- Consideremos para uma partícula em ∆s
t2 s2
quena esfera de ferro presa por um v0 H movimento circular as posições ocupadas no
P2 ∆θ t1
ímã, em P, como mostra a figura. No instante t1, o espaço angular θ1 e, no instante t2,
θ2 P1 s1
instante em que é feito um disparo, a o espaço angular θ2, então a variação de espaço θ1
O D Q
esfera se desprende, sendo eventu- angular ∆θ entre t1 e t2 vale: C R 0
almente atingida durante a queda. Se um projétil é disparado a 200 m/s
e acerta o alvo, após quanto tempo, em unidades de centésimos de ∆θ =θ2 – θ1
segundos (10-2 s), o alvo é atingido? Despreze a resistência do ar.
Podemos então definir a velocidade angular média:
PQ = H = 6 m
∆θ
OQ = D = 8 m ωm = com ∆t = t 2 − t1
∆t

Relacionando a velocidade angular média com velocidade linear


Tópico 03 média:
∆s (R ⋅ ∆θ )
Vm = = = R ⋅ ωm
∆t ∆t

MOVIMENTO CIRCULAR Velocidade escalar angular instantânea

Para melhor descrever os movimentos em trajetórias circulares A velocidade escalar angular instantânea é definida como o
vamos introduzir as grandezas angulares (espaço angular, velocidade valor limite da velocidade escalar angular média quando o intervalo de
escalar angular, aceleração escalar angular) e os elementos principais tempo tende a zero:

FÍSICA I
do movimento circular uniforme (período, freqüência). ∆θ
ω = lim ωm ⇒ ω = lim
∆t → 0 ∆t → 0 ∆t

Ângulos
Velocidade escalar linear instantânea
Dada uma circunferência de centro C e raio R, temos os
seguintes elementos: P A velocidade escalar linear instantânea é definida como o valor
C: centro da circunferência s limite da velocidade escalar linear média quando o intervalo de tempo
R: raio da circunferência θ tende a zero:
θ: ângulo central C R O
∆s (R ⋅ ∆θ) ∆θ
s: comprimento do arco de circunferência esta- V = lim ⇒ V = lim = R lim ∴ V = Rω
∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆t ∆t → 0 ∆t
belecido pelo ângulo central
Sendo o espaço angular expresso em radianos e o tempo em
Definição de grau (º) e radiano (rad) segundos, a velocidade escalar angular é expressa, no SI, em rad/s.

Grau: é o ângulo central correspondente a 1/360 do ângulo de uma Aceleração escalar angular
volta completa.
Radiano: é o ângulo central para o qual o comprimento do arco s vale R. Se a velocidade escalar angular varia ao longo do tempo,
Podemos relacionar medida de um ângulo qualquer θ com a podemos expressar a aceleração escalar angular média:
medida do arco s que esse ângulo estabelece na circunferência.
∆ω
γm =
ângulo arco ∆t
1 R
1 rad → R ⇒ = ⇒ s = R ⋅ θ ∆v R ⋅ ∆ω
θ s Mas, sabemos : am = = = R ⋅ γm
θ rad → s ∆t ∆t

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Aceleração escalar angular instantânea Transmissão por correia comum

A aceleração escalar angular instantânea é definida como o Podemos transmitir o movimento circular de uma polia para
valor limite da aceleração escalar angular média quando o intervalo de outra utilizando correia ou corrente. A velocidade escalar linear é igual
tempo tende a zero: em qualquer ponto das duas polias, caso não haja escorregamento entre
a corrente e a coroa e/ou catraca.
a = lim ∆v ⇒ lim (R⋅∆ω) = R lim ∆ω = R γ
∆t →0 ∆t ∆t →0 ∆t ∆t →0 ∆t
correia

Período e freqüência
B ωB A ωA
Um movimento circular é dito periódico quando todas as ca- RB RA
racterísticas se repetem para intervalos iguais.

Assim, podemos definir: VA = VB � ωA RA = ωB RB se RA > RB � ωA < ωB.


Período (T): Menor intervalo de tempo para o móvel dar uma
volta completa.
No SI, U(T) = segundo (s). Transmissão por eixo de rotação comum
Freqüência (f): número de voltas ou rotações dadas num A
intervalo de tempo.

n B
f= , onde n é o número de rotações e ∆t é o intervalo de tempo RA
∆t
considerado. RB
No SI, U(f) = hertz (Hz)
ωA
ωB

Movimento Circular Uniforme (MCU) Quando temos duas rodas acopladas a um mesmo eixo de
rotação, estas rodas giram com a mesma velocidade angular do eixo de
O movimento circular uniforme é um caso particular do movi- rotação.
mento periódico. A velocidade angular é constante.
VA VB
ωA = ωB ⇒ = se R A > RB ⇒ VA > VB
R A RB
Logo, temos: ω = ∆θ = θ − θ0 = θ − θ0 ⇒θ = θ0 + ω⋅ t
∆t t − t0 t
Movimento Circular Uniformemente Variado (MCUV)

Esta é a equação horária do MCU, onde: Neste movimento circular a aceleração escalar instantânea é
θ é o espaço angular para um instante t; constante e diferente de zero.
θo é o espaço angular inicial; ω2
ω é a velocidade escalar instantânea e diferente de zero.
t2 ω1
FÍSICA I

Neste movimento uniforme, a aceleração é diferente de zero, t1


R
2 C
ou seja, o movimento tem aceleração centrípeta: a cp = v , onde v é a
R
velocidade escalar linear e R é o raio da circunferência.
Para deduzirmos as equações do MCUV, utilizemos as equações do MUV,
Transmissão de movimento circular dividindo as respectivas equações por R (raio da circunferência):

2 2
Vejamos algumas maneiras de transmitir o movimento circular. at s s V a t
s = s0 + v 0 ⋅ t + ( ÷R ) ⇒ = 0 + 0 ⋅t +
2 R R R R 2
2
t
Transmissão por contato: ⇒ θ = θ 0 + ω0 ⋅ t + γ ⋅
2

A
Para equação da velocidade, temos:

RA B
V V0 a
RB V = V + a ⋅ t (÷ R ) ⇒ = + ⋅t
R R R
ωB ⇒ ω = ω0 + γ ⋅ t
ωA

Para equação de Torricelli:


No ponto de contato das duas engrenagens, se não houver 2 2
2 2 2 V V0 a ∆s
escorregamento, temos que as velocidades lineares são iguais em módulo V = V0 + 2a ⋅ ∆s( ÷R ) ⇒ = +2 ⋅
2 2 R R
e de sentidos opostos: R R
2 2
VA = VB � ωA RA = ωB RB ⇒ ω = ω0 + 2γ∆θ

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Questões Resolvidas A razão ω1/ω3 entre as velocidades angulares da primeira e da terceira


engrenagem é:
a) 1/3 b) 1/2 c) 2/3 d) 1 e) 3/2

01. (UFPE/UFRPE) O eixo de um motor que gira a 3600 rotações 03. (PUCCAMP) Dois corredores percorrem uma pista circular de
por minuto é frenado, desacelerando uniformemente a 20πrad/s2, até comprimento 600m, partindo do mesmo ponto e no mesmo instante.
parar completamente. Calcule quanto tempo foi necessário, em s, para Se a percorrerem no mesmo sentido, o primeiro encontro entre eles
o motor parar completamente. acontecerá depois de 5,0 minutos. Se a percorrerem em sentidos opos-
tos, o primeiro encontro ocorrerá 1,0minuto após a partida. Admitindo
Solução: constantes as velocidades dos corredores, em módulo e em m/s, seus
f = 3600 RPM = 60 Hz valores serão, respectivamente:
γ = - 20π rad/s2 a) 5,0 e 5,0 b) 6,0 e 4,0 c) 8,0 e 6,0 d) 10 e 5,0 e) 12 e 6,0
ω = 2πf

γ=
∆ω ω − ω0 0 − 2π ⋅ 60
= = = −20π
04 . (UFPE/UFRPE) O relógio da Estação
∆t ∆t ∆t Ferroviária Central do Brasil, no Rio de Janeiro,
∴ ∆t = 6s tem ponteiros de minutos e de horas que medem,
respectivamente, 7,5m e 5,0m de comprimento.
02. (UNIFESP) Uma esfera oca, Qual a razão va/vb, entre as velocidades lineares
de raio R = 5 m, gira em torno de dos pontos extremos dos ponteiros de minutos e
seu eixo vertical, conforme a figura. de horas?
A
Seu movimento é uniforme, efetu- a) 10 b) 12 c) 18 d) 24 e) 30
ando 120 rpm. Um projétil lançado A
contra essa esfera a perfura em A,
Questões de Vestibulares
passando, então, pelo seu centro.
R
Supondo que o movimento do
projétil no interior da esfera seja
uniforme e retilíneo, calcule sua velocidade máxima para que o projétil 01. (UFC) Um automóvel se desloca em uma estrada horizontal com
saia pelo ponto A. velocidade constante de modo tal que os seus pneus rolam sem qual-
a) 10m/s b) 20m/s c) 30m/s d) 40m/s e) 80m/s quer deslizamento na pista. Cada pneu tem diâmetro D = 0,50m e um
medidor colocado em um deles registra uma freqüência de 840rpm. A
Solução: velocidade do automóvel é de:
a) 3πm/s b) 4πm/s c) 5πm/s d) 6πm/s e) 7πm/s
∆s 2R
∆t = =
V V
∆θ = 180º = π rad 02. (UFPE/UFRPE) O eixo de um motor que gira a 3600 rotações
∆θ ∆θ π 1 por minuto é frenado, desacelerando uniformemente a 20 π rad/s2, até
ω= = 2πf ⇒ ∆t = = =
∆t 2πf 2πf 2f parar completamente. Calcule quanto tempo foi necessário, em s, para
2R 120 o motor parar completamente.
Então : V = = 4Rf = 4 ⋅ 5 ⋅ = 40m / s
1 60
2f 03. (UFPE/UFRPE) A polia A’ de raio r ’ = 12cm é concêntrica à polia A,

FÍSICA I
a

ALTERNATIVA D de raio rA = 30cm, e está rigidamente presa a ela. A polia A é acoplada a


uma terceira polia B de raio rB = 20cm pela correia C, conforme indicado
Questões Propostas na figura. Qual deve ser o raio da polia B’, concêntrica a B e rigidamente
presa a ela, de modo que A’ e B’ possam ser conectadas por uma outra
correia C’, sem que ocorra deslizamento das correias ?

01. Um móvel em MCUV de raio 2 m tem sua velocidade angular correia


c
modificada de 30πrad/s para 10πrad/s em 4s. A’ correia c’ B
Calcule: B’
a) a aceleração angular
b) a aceleração escalar
c) a equação horária da velocidade angular a) 12cm b) 10cm c) 8,0cm d) 6,0cm e) 4,0cm
d) o instante em que o móvel pára
e) o número de voltas realizadas em 4s 04. (UFPE/UFRPE) Dois ciclistas percorrem uma pista circular, com
períodos iguais a 1,0min e 1,1min. Supondo que eles mantenham suas
02. (UFF) Três engrenagens de R1 R2 R3
velocidades constantes, após quanto tempo, em minutos, o atleta mais
raios R1.R2 = (3/2) R1 e R3 = (2/3) R1 rápido terá dado uma volta a mais que o outro ?
estão conectadas tal como indicado
na figura ao lado. 05. (UPE-modificada) As fotos mostram um portão corrediço e o de-
talhe do seu tracionamento. A engrenagem de 10cm de raio está fixada
ω1 ω3 ao eixo motor (30rpm) e arrasta a cremalheira que está presa ao portão.
ω2 Se a passagem tem 6m, qual o tempo (em segundos) para a abertura
completa do portão?

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Forças e Movimento

Você já deve ter notado, de sua experiência diária, que o mo-


vimento de um corpo é um resultado direto de sua interação com outros
corpos que o cercam. Um tenista golpeando uma bola, por exemplo, está
interagindo com a bola e modificando seu movimento. A essas interações
daremos o nome de força.
Podemos definir uma força, de maneira mais rigorosa, da
a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50 seguinte maneira:

06. (FMPA) A figura a seguir mostra “Força é um agente físico que produz deformações (efeito estático)
um sistema de engrenagem com três e / ou acelerações (efeitos dinâmicos) nos corpos sobre os quais
discos acoplados, cada um girando atua; É uma grandeza física vetorial”.
em torno de um eixo fixo. Os dentes (Kazuhito, Fuke & Carlos)
Y
X
dos discos são de mesmo tamanho e Z

o número deles ao longo de sua circunferência é o seguinte: A análise da relação entre forças e movimento de corpos
X = 30 dentes; Y = 10 dentes; Z = 40 dentes iniciou-se na Grécia Antiga, com Aristóteles. Para a escola grega, um
Se o disco X dá 12 voltas, o disco Z dará: corpo só estaria em movimento se fosse continuamente impelido por
a) 1 b) 4 c) 9 d) 16 e) 14401. uma força. Um exemplo clássico do pensamento grego é uma carroça:
ela só se move porque algum animal está continuamente aplicando uma
07. (UFPE/UFRPE) A figura ao lado força sobre ela.
mostra um tipo de brinquedo de um No século XVI, Galileu Galilei verificou empiricamente que
parque de diversões. As rodas menores corpos livres da ação de forças têm a tendência natural de permanecer
giram com uma velocidade angular de em repouso ou realizar um movimento retilíneo uniforme, ou seja, ainda
π/5 rad/s, independentemente da roda π /5 que não existam forças atuando sobre um corpo, ele pode realizar um
maior que gira a π/300 rad/s. Qual o movimento. Você certamente já deve ter visto um jogo muito comum em
número de voltas completas da roda π /300 centros de lazer: uma espécie de hóquei sobre uma mesa que ejeta ar
pequena que terá dado o ocupante da continuamente para reduzir o atrito do disco sobre ela mesma. Se tivés-
cadeira hachurada, inicialmente no ponto mais baixo, quando o centro semos uma mesa infinita e considerássemos que tanto o atrito como a
da roda pequena, na qual ele se encontra, atinge o ponto mais alto da resistência do ar são nulos, um disco lançado sobre a mesa continuaria
roda maior. (Esse tipo de roda gigante permite trocar os ocupantes de seu movimento indefinidamente.
uma roda menor, enquanto os demais se divertem!) No século seguinte, o físico inglês Isaac Newton, em seu livro
Philosophiae Naturalis Principia Mathematica desenvolveu as idéias de
08. (FUVEST) Um disco de raio Galileu e estabeleceu as famosas Leis de Newton. Com elas, Newton
r gira com velocidade angular ω v estabeleceu as bases do que hoje é chamada Mecânica Newtoniana. Vale
constante. Na borda do disco está A ressaltar, nesse ponto, que Newton foi um dos gênios mais brilhantes
r
presa uma placa fina de material que já houve, trabalhando em diversas áreas da Física e da Matemáti-
facilmente perfurável. Um projétil ca. Voltaire chegou a dizer que Newton seria “o maestro que regeria a
ω
é disparado com velocidade v em orquestra quando, um dia, todos os gênios do mundo se reunissem”.
FÍSICA I

direção ao eixo do disco, conforme mostra a figura, e fura a placa no Antes de estudarmos as famosas Leis de Newton, precisamos
ponto A. Enquanto o projétil prossegue sua trajetória sobre o disco, a conhecer os conceitos de Força Resultante e Equilíbrio.
placa gira meia circunferência, de forma que o projétil atravessa mais
uma vez o mesmo orifício que havia perfurado. Considere a velocidade Força Resultante
do projétil constante e sua trajetória retilínea. O módulo da velocidade
v do projétil é: Imagine um corpo sob a ação de um 
F1
a) ωr/π b) 2ωr/π c) ωr/2π d) ωr e) ωπ/r conjunto de forças Fi. 
Dizemos que a força resultante atu- F
resultante
ando sobre o corpo é a força que, sendo a única 
Tópico 04 força a atuar sobre o corpo, produz nele o mesmo
F2

efeito que as outras todas as forças Fi produzem


atuando simultaneamente.
DINÂMICA Podemos determinar a força resultante pela soma vetorial das forças Fi :
   
F = F1 + F2 + ... + Fn

Introdução
Equilíbrio
Até agora, estudamos a parte da mecânica chamada cinemática.
Isto é, ao ver um corpo caindo, próximo à superfície da Terra, apenas nos Tome uma partícula com velocidade vetorial constante em
preocupamos em descrever o movimento desse corpo. No entanto, não relação a um referencial escolhido. Dizemos que uma partícula que
respondemos uma outra questão: por que o corpo cai? São estudos desse obedece tal condição está em equilíbrio em relação a tal referencial.
tipo que faremos daqui em diante. Dinâmica é o nome dado ao estudo da
relação entre o movimento de um corpo e as causas desse movimento.

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Note que, para velocidade vetorial constante, temos duas possibilidades: O enunciado acima também nos permite obter a unidade para
o módulo da grandeza vetorial Força. Note que ela terá unidades de
 
I. v = 0 II. v = cte, v ≠ 0 grandeza de massa vezes grandeza de aceleração.
No primeiro caso, dizemos que a partícula está em equilíbrio No SI, isso equivale a kg x m/s2. Em homenagem a Isaac
estático em relação ao referencial, em repouso. Newton, a grandeza SI de força é chamada newton (N) e é definida por
1 N = 1 kg x m/s2. Outra unidade de força é o kilograma-força (kgf), que
No segundo caso, dizemos que a partícula está em equilíbrio se relaciona com o newton da seguinte maneira: 1 kgf = 9,8 N.
dinâmico em relação ao referencial. Note que, em ambos os
casos, a aceleração resultante é nula, pois a velocidade perma- Terceira Lei de Newton (Princípio da Ação e Reação)
nece constante.
“A cada ação corresponde uma reação igual e oposta, isto é, se o
As Leis de Newton corpo i exerce uma força Fij no corpo
   j, o corpo j reage exercendo
Fij = −F ji no corpo i, onde: Fij = −F ji
uma força
Agora estamos prontos para dar início ao estudo das Leis de
Newton.

É importante ressaltar que o par de forças de ação +F
Primeira Lei de Newton (Princípio da Inércia) e reação atua em corpos diferentes. Veja o exemplo:
Quando, o combustível dos foguetes queima,
“Existem certos sistemas de referência, ditos inerciais, em relação uma grande quantidade de gases é produzida. Esses ga-
aos quais toda partícula isolada, isto é, sobre a qual não atuam ses são expelidos a uma grande velocidade. O gás aplica
forças externas, descreve um movimento retilíneo uniforme ou força de reação sobre as paredes internas do foguete e é
está em repouso”. essa força que impulsiona o foguete. Note que o foguete
exerce a força sobre os gases, expelindo-os. A reação se
O enunciado acima, também conhecido como Princípio da dá sobre o foguete. Assim, o par de forças ação-reação
Inércia, reflete a tendência que um corpo possui de manter seu estado NUNCA se anula.
de MRU ou repouso, a menos que uma força externa atue sobre ele. Outra conseqüência da Terceira Lei de Newton
Note que as noções de MRU e repouso dependem do referen- é que nenhuma interação interna pode comunicar acele-
cial. Se uma partícula executa um MRU em relação a um dado referencial ração ao sistema considerado como um todo. Para isto, é 
“A”, ela estará em repouso em relação a um outro referencial “B” que absolutamente necessária uma ação externa. −F
realize um MRU idêntico em relação à “A”.
Um exemplo clássico no qual Forças de Contato
a Primeira Lei de Newton é visível é um
carro em MRU. Quando o carro é frea- A partir de agora estudaremos movimentos onde aparecem for-
do, seus ocupantes sentem-se atirados ças devido ao contato do corpo com um objeto qualquer do sistema.
para frente em relação ao automóvel,
pois eles têm a tendência de continuar em MRU em relação à Terra. Forças de Tensão

Note, também, que a Primeira Lei de Newton define os chamados Considere um corpo de massa M preso a uma corda fixa em
referenciais inerciais: são referenciais nos quais o Princípio da um ponto superior. Suponha que a massa da corda é desprezível.

FÍSICA I
Inércia é válido. 
T 
T
Segunda Lei de Newton (Princípio Fundamental da Dinâmica) 
M T
“Em qualquer referencial inercial, o movimento de uma partícula M 
P
é regido pela equação:
 
F = ma O bloco interage com a Terra, pois possui massa, e com a
corda. A corda interage com o bloco e com o teto (pois supomos sua
 massa desprezível).
onde “ a ” é o vetor aceleração da partícula, “m” sua massa e
 Vamos chamar a força peso que atua sobre o corpo de P, e de
F a força resultante a que a massa do sistema em estudo está
T a força que a corda exerce sobre o bloco. Como sabemos que o bloco
sujeita”. não está acelerado, podemos escrever a segunda lei de Newton:

A Segunda Lei de Newton, também chamada de Princípio F = P - T = ma = 0


Fundamental da Dinâmica, relaciona as forças externas aplicadas a uma ∴T = P = mg
partícula de massa constante com a aceleração que essa força provoca
A força T é chamada de tensão. Uma propriedade de cordas
na partícula.
sem massa é que a tração em toda corda tem mesma intensidade, isto
é, a intensidade da força com que a corda interage com o bloco é igual
Note que o vetor força é um múltiplo do vetor aceleração. Isso à intensidade da força com que a corda exerce sobre o teto.
implica dizer que a força produz sobre uma partícula de massa
constante uma aceleração de mesma direção e mesmo sentido Força Normal
da força.
Outro exemplo de força de contato é a força que aparece
quando um corpo está colocado sobre uma superfície.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura


Duas forças atuam sobre esse bloco: a N Existem diversas maneiras de dispor polias,
força peso, que atrai o corpo para o centro  de maneira a diminuir a força necessária para levantar
da Terra e a força de contato do bloco com  −N cargas. Uma das maneiras mais comuns é a talha
P 
a superfície que o mantêm em repouso. exponencial, mostrada na figura: F

Essa força de contato é chamada de Força n

Normal e é usualmente denotada por N.


Note que, a cada polia móvel que é adicionada ao sistema faz
Note que a força normal NÃO é a reação da força peso. Isso é com que a força com que o homem puxa a corda seja duplicada
facilmente verificável notando-se que ambas atuam sobre o mesmo em relação à próxima polia móvel. Assim, se dispusermos de n
corpo. A reação da força peso que a Terra produz sobre o corpo polias móveis, a força necessária para levantar um corpo de
é a força com que o corpo atrai a Terra. Tal força é aplicada no peso P será dada por:

centro da Terra. A reação da força normal N é a força aplicada P
pelo blocosobre o piso. F=
2n

POLIAS Note, no entanto, que, no caso acima, o trabalho da força F


aplicada é igual ao do peso da carga. Assim, podemos obter o valor do
Polias são dispositivos utilizados para a sustentação de cargas. comprimento L de fio que o homem precisará puxar para levantar o corpo
Existem dois tipos básicos de polias: as fixas e as móveis. de uma altura H, fazendo:
Vamos ver, agora, como aplicar as leis físicas a uma polia fixa.
PxH=FxL⇒PxH= ⇒ L = H x 2 n.

T Ou seja, quanto menor a força necessária para levantar o corpo,


T
m2 maior será a quantidade de fio que será necessário puxar.
m1 m1

m1g
m2 m2g Massa

a
Nesse ponto do curso, é importante diferenciarmos dois concei-
A figura representa um dispositivo conhecido como Máquina tos físicos importantes, que se confundem no cotidiano: massa e peso.
de Atwood. Ela consiste de uma polia ideal (sem massa e sem atrito com A massa de um corpo é um valor que surge na Segunda Lei
a corda) por onde passa uma corda ideal (sem massa e inextensível). O de Newton, como uma constante entre a força que é aplicada sobre
fato mais importante sobre uma polia fixa é que ela está em equilíbrio. um corpo e a aceleração que ele adquire. Note que, quanto maior for a
Como uma polia ideal é considerada sem massa, as únicas massa de um corpo, maior a força necessária para lhe aplicar uma mes-
forças que atuam na polia da figura são T e T’, como mostrado na figura ma aceleração. Ou seja, quanto maior a massa, maior a resistência do
abaixo: corpo a uma alteração em seu movimento. Por isso, a massa é também
T’
chamada de medida de inércia de um corpo.
Por outro lado, o peso de um corpo é a força que é exercida
sobre ele pela Terra.
FÍSICA I

T T Note que eles são tão diferentes em essência, que as unidades


de massa e peso são completamente diferentes.
Como a polia está em equilíbrio, temos que a força T’ é dada por:
U(P)= N; U(m) = Kg (no SI)
T’ - (T + T)= 0
∴ T’ = 2T Funcionamento de uma Balança

Podemos, então, realizar o estudo do movimento dos blocos Ao colocarmos um corpo sobre uma balança, ele atua sobre
m1 e m2. Vamos supor que o conjunto se move, a partir do repouso, de tal a balança com uma força de módulo igual à de seu peso. A balança, por
forma que m1 sobe e m2 desce. Note que, como a corda é inextensível, outro lado, reage sobre o corpo, aplicando sobre ele uma força normal
a aceleração possui o mesmo módulo “a” para os copos 1 e 2. Assim: de intensidade igual à força peso que atua sobre ela.

Fr1 =T - m1g = m1a (I) O que a balança mede, na realidade, é o


valor da força normal que ela exerce sobre
Fr2 = m2g - T = m2a (II) o corpo.

Isolando a tração nas duas equações acima:


T = m1a + m1g = m2g - m2a Ela, então, divide esse valor pelo valor da aceleração da gra-
m1a + m2a = m2g - m1g vidade que está em sua memória, e exibe o resultado como o valor da
a(m1 + m2) = g (m2 – m1) massa do corpo.
a = (m2 – m1) g/ (m1 + m2)
No entanto, há situações em que esse tipo de operação leva
(m2 −m1 )
a= g a resultados que não condizem com a realidade.
(m1 +m2 )

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Peso Aparente Solução:


Devemos isolar os dois blocos e fazer a análise do movimento de cada
Imagine que você está sobre uma balança, dentro de um um deles:
elevador. Quando o elevador estiver acelerado, o valor registrado Bloco 1: FR = T = m1 a ⇒ T = 1 ⋅ a = a (I)
pela balança será diferente do valor registrado quando o elevador não Bloco 2: FR = F – T = m2 a ⇒ F – T = 2a (I)
está acelerado, como veremos a seguir. É importante ressaltar que a Usando I em II F – T = F – a = 2a ⇒ F = 3a ⇒ 6 = 3a ⇒
variação depende da aceleração do elevador e não de sua velocidade. ⇒ a = 6/3 = 2m/s-2 como T = a, temos: T = 2N
Se o elevador estiver em movimento, com aceleração nula, não haverá ALTERNATIVA A
variação.
03. Na figura, o sistema está sujeito 
F
B

Elevador Acelerado Para Cima à ação da resultante externa , pa- A C


ralela ao plano horizontal sobre o qual
Tenha em mente que, sobre o corpo colocado sobre a balança o carrinho está apoiado. Todos os atritos são irrelevantes e as inércias
atuam duas forças: peso e normal. Portanto, qualquer resultante, virá do fio e da polia são desprezíveis. As massas dos corpos A, B e C va-
da combinação dessas duas forças. lem, respectivamente 2,0 kg, 1,0 kg e 5,0 kg e, no local, o módulo da
Suponha que o elevador está acelerado para cima, como aceleração aceleração da gravidade é 10ms-2.
de módulo a, então: Supondo que A esteja apenas encostado em C, determine a intensidade
  de F, de modo que A e B não se movimentem em relação ao carrinho C.
Fr = ma
Solução:
Como a aceleração é para cima, o módulo da força resultante vale: Podemos considerar todo o sistema como um único corpo sujeito à
Fr = N - P . Assim: força externa F. Assim:
Fr = N - P = ma F = (mA + mB + mC) a
N = P + ma Isolando o Bloco A, temos:

N = m(g + a) TA
Eixo y: FRy = T – PA = 0 ⇒ T = PA (I)
A
O valor da força normal obtido acima é chamado de “Peso  Eixo x: FRx = NA = mA ⋅ a
NA
Aparente do Corpo” para um elevador com aceleração para cima. 
PA

Elevador Acelerado Para Baixo Isolando o Bloco B, temos:



NB
Agora fica fácil determinarmos o peso aparente de um corpo 
T
num elevador acelerado para baixo. Como a aceleração é para baixo, B Eixo x: FRx = T = mB a (II)
temos Fr = P – N. Assim: 
PB
Fr = P – N = ma
N = P – ma Usando I em II: T = PA = mBa ⇒ a = mAg/mB = 2/1 ⋅ 10 = 20 m/s2.
N = m(g – a) Assim, F = (2+1+5) ⋅ 20 = 8 ⋅ 20 = 160 N.

Questões Resolvidas 04. No esquema da figura, tem-se o A


sistema locomovendo -se horizontalmen-

FÍSICA I

F
C
te, sob ação da força . Sabe-se que o B
α
sistema é ideal e que não há contato da
01. (FMIT) Um corpo de massa igual a 100 kg é atraído pela Terra, esfera B com a parede vertical.
que provoca no mesmo uma aceleração. Este corpo, por sua vez, tam- Sendo mA=10,0 kg, mB= 6,00 kg, mC=144 kg e |g|=10ms-2, determine a
bém exerce uma força sobre a Terra, comunicando-lhe uma aceleração.
intensidade de F que faz com que não haja movimento dos dois corpos
Sabendo-se que a massa da Terra tem a ordem de grandeza de 1024 kg,
calcular o módulo da aceleração que a Terra adquire, como conseqüência A e B em relação a C.
da interação com o referido corpo. Solução:
Solução: Considerando todo o sistema como um único corpo sujeito à força F,
De acordo com a Terceira Lei de Newton sabemos que a força de reação temos: F = (mA + mB + mC) a
que atua sobre a Terra tem a mesma intensidade da força peso que atua
Isolando o Bloco A:
sobre o corpo. Assim, F = mg = 100 x 10 = 1000 N = 103 N.. Aplicando 
a Segunda Lei de Newton à Terra: NA

F = m a � 103 = 1024 a � a = 103 / 1024 T
A
a = 10-21 m/s2. Eixo x: FRx = T = mA a ⇒ T = 10a (I)
 
02. (PUC-MG) Na figura, estão
PA
F
1,0kg 2,0kg
representados dois blocos de Isolando o Bloco B:

massas 1,0 kg e 2,0 kg, sobre uma superfície horizontal. O atrito é des- Ty α 
T
prezível. Os dois blocos estão ligados por um fio de massa desprezível. Eixo y: FRy = Ty – PB = 0 ⇒ Tcosα = mBg = 60 (II)

Sobre o segundo bloco, age uma força horizontal F = 6,0N.  TX Eixo x: FRx = Tx = mB a ⇒ Tsenα = 6a (III)
PB
A aceleração do sistema e a tração no fio valerão, RESPECTIVAMENTE: Ty = Tc os α
Tx = Tsenα
a) 2,0 m/s2 e 2,0 N b) 3,0 m/s2 e 6,0 N c) 6,0 m/s2 e 6,0 N
d) 3,0 m/s e 2,0 N
2

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Tsena 6a
Questões de Vestibulares
Dividindo (III) por (I): = ⇒ senα = 0,6 ⇒ cosα = 0,8
T 10a

(usando a primeira relação trigonométrica).


Usando em (II): T ⋅ 0,8 = 60 ⇒ T = 75 N; usando em (I): T = 10a ⇒ 01. (UFF-modificada) O elevador de passageiros começou a ser utili-
zado em meados do século XIX, favorecendo o redesenho arquitetônico
T 75 das grandes cidades e modificando os hábitos de moradia. Suponha que
a= = = 7,5 m/s 2
10 10
. o elevador de um prédio sobe aumentando de velocidade, com ace-
Assim, F = (10+6+144) 7,5 = 1200N. leração constante de módulo 2,0 m/s2, transportando passageiros cuja
massa total é 5,0 x 102 kg. Durante esse movimento de subida, o piso
Questões Propostas do elevador fica submetido à força, exercida pelos pés dos passageiros,
de módulo (aceleração da gravidade = 10 m/s2).
a) 5,0 x 102 N b) 1,5 x 103 N c) 4,0 x 103 N
01. (UPE) O sistema apresentado A C
d) 5,0 x 103
e) 6,0 x 10 N
3

abaixo situado num plano horizontal B

liso está submetido à ação da força 02. (PUC-RJ) Um magneto (ímã) sustentado por uma pessoa dentro
. Determine a força de contato entre A e B, em Newtons, sabendo que de um carro de ferro, é colocado à frente e externamente ao carro que
| | = 60 N, mA= 4 kg, mB= 2 kg e mc= 9 kg. estava inicialmente em repouso (veja figura). Considerando essa situação,
a) 22 b) 8 c) 24 d) 44 e) 36 podemos afirmar que:

02. No arranjo experimental da figura, A


B C
despreze os atritos e os efeitos do ar.
2
O fio e a polia são ideais e |g|=10m/s . N
D
Largando-se o bloco, o movimento do
sistema inicia-se e, nessas condições, S
a força de contato trocada entre os blocos B e C tem intensidade 20 N.
Sabendo que as massas de A, B e C valem, respectivamente, 6,0 kg,
1,0 kg e 5,0 kg, calcule: a) o carro passa a se mover para a direita com velocidade constante.
a) a massa de D; b) o carro passa a se mover para a direita com velocidade crescente.
b) a intensidade da força tensora estabelecida no fio; c) o carro não vai sair do repouso.
c) a intensidade da força de contato trocada entre os blocos A e B. d) o carro passa a se mover para a esquerda com velocidade constante.
e) o carro passa a se mover para a esquerda com velocidade crescente.
03. Um pêndulo simples está preso
03. (ITA) Um elevador está descendo com velocidade constante. Du-

θ a
ao teto de um vagão, como mostra a
figura. Considere |g| = 10ms-2 e θ = rante este movimento, uma lâmpada, que o iluminava, desprende-se do
60°. Determine, em m/s2, a aceleração teto e cai. Sabendo que o teto está a 3,0 m de altura acima do piso do
do vagão. elevador, o tempo que a lâmpada demora para atingir o piso é:
Dado: g = 9,8 m/s2
04. O carrinho da figura desliza no pla- 4 kg
a) 0,61 s b) 0,78 s c) 1,54 s
FÍSICA I

A a = 8 m/s2
no horizontal com aceleração de 8 m/s2. d) infinito, pois a lâmpada só atingirá o piso se o elevador sofrer uma
O corpo A possui 4 kg de massa e não há 30° desaceleração.
atrito entre o corpo e os planos de apoio. e) indeterminado, pois não se conhece a velocidade do elevador.
Determine a força horizontal que a parede
exerce no corpo, considerando-o em repouso em relação ao carrinho. 04. (UNESP) Uma moeda está deitada, em cima de uma folha de
papel, que está em cima de uma mesa horizontal. Alguém lhe diz que,
05. Dois blocos de massa M = 1,0 kg estão em se você puxar a folha de papel, a moeda vai escorregar e ficar sobre a
equilíbrio num sistema conhecido como máquina de mesa. Pode-se afirmar que isso:
Atwood. Põe-se cuidadosamente um terceiro bloco a) sempre acontece porque, de acordo com o princípio da inércia, a moeda
de massa m = 0,5 kg sobre um dos blocos anteriores. m
tenda a manter-se na mesma posição em relação a um referencial fixo
M
Calcule a força de contato trocada entre os dois blo- na mesa.
M
cos de massas diferentes. Dado g = 10 m/s2. b) sempre acontece porque a força aplicada à moeda, transmitida pelo
atrito com a folha de papel, é sempre menor que a força aplicada à
06. A figura representa dois blocos A e B, folha de papel.
de massas respectivamente iguais a 3,00Kg e c) só acontece se o módulo da força de atrito estático máxima entre a
1,00Kg, conectados entre si por um fio leve e moeda e o papel for maior que o produto da massa da moeda pela
A g
inextensível, que passa por uma polia ideal, fixa aceleração do papel.
no teto de um elevador. Os blocos estão inicial- 1,92 m
d) só acontece se o módulo da força de atrito estático máxima entre a
mente em repouso, em relação ao elevador, nas B moeda e o papel for menor que o produto da massa da moeda pela
posições indicadas. Admitindo que o elevador aceleração do papel.
tenha aceleração de intensidade 2,0m/s2, vertical e dirigida para cima, e) só acontece se o coeficiente de atrito estático entre a folha de papel
determine o intervalo de tempo necessário para o bloco A atingir o piso e a moeda for menor que o coeficiente de atrito estático entre a folha
do elevador. Adote |g|=10ms-2. de papel e a mesa.

12
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

05. (UPE) No teto de um elevador, está pendurado um dinamômetro 10. (UFPE/UFRPE) Uma partícula de massa m = 2,0 kg move-se,
que tem, na sua outra extremidade, um pequeno corpo de peso 1,6 N. a partir do repouso, sobre uma superfície horizontal sem atrito, sob a
O dinamômetro, no entanto, acusa 2,0 N. O elevador está ação de uma força constante cujas componentes nas direções x e y
a) subindo com velocidade constante. são, respectivamente, Fx = 30 N. As direções x e y são definidas sobre
b) em repouso. a superfície horizontal. Calcule o módulo da velocidade da partícula,
c) descendo com velocidade constante. em m/s, decorridos 3,0s.
d) subindo com velocidade crescente.
e) descendo com velocidade crescente. 11. (ITA) Uma pilha de seis blocos iguais, de mesma massa m, repousa
sobre o piso de um elevador, como mostra a figura. O elevador está
06. (UFJF) Na figura, representamos

a subindo em movimento uniformemente retardado com uma aceleração
uma esfera de massa m, presa ao teto de de módulo a. O módulo da força que o bloco 3 exerce sob o bloco 2 é
m
um vagão e em repouso em relação a este. dado por:
O vagão desloca-se em movimento retilí- 1
neo com uma aceleração para a direita 2
em relação ao solo. Do ponto de vista de um observador em repouso 3 a
em relação ao solo, qual das opções a seguir representa corretamente 4
as forças que atuam sobre a massa m? 5
   
T : Tração da corda a) T b) T c) T 6

P : Força peso m m   m
  Fcp Fcf a) 3m(g+a) b) 3m(g-a) c) 2m(g+a) d) 2m(g-a) e) m(2g-a)
 
Fcp : Força centrípeta P P P

N : Força normal

d) N 
T
e)  12. (UFRJ) O sistema ilustrado na figura é
T

m m
uma máquina de Atwood. A roldana tem massa
Fcf : Força centrífuga
 desprezível e gira livremente em torno de um
P eixo fixo perpendicular ao plano da figura, pas-
07. (PUC-RS) No estudo das leis do movimento, ao tentar identificar sando pelo centro geométrico da roldana. Uma
m
pares de forças de ação-reação, são feitas as seguintes afirmações: das massas vale m e a outra, 2m. O sistema
2m m h
I. Ação: A Terra atrai a Lua. encontra-se inicialmente na situação ilustrada
Reação: A Lua atrai a Terra. pela figura (a), isto é, com as duas massas no 2m
(a) (b)
II. Ação: O pulso do boxeador golpeia o adversário. mesmo nível. O sistema é então abandonado a
Reação: O adversário cai. partir do repouso e, após um certo intervalo de tempo, a distância vertical
III. Ação: O pé chuta a bola. entre as massas é h, figura (b).
Reação: A bola adquire velocidade. Calcule o módulo da velocidade de cada uma das massas na situação
IV. Ação: Sentados numa cadeira, empurramos o assento para baixo. mostrada na figura (b).
Reação: O assento nos empurra para cima.
13. (UFPE/UFRPE) Um pequeno
O princípio da ação-reação é corretamente aplicado bloco de 0,50 kg desliza sobre um F

a) somente na afirmativa I. d) somente nas afirmativas I e IV. plano horizontal sem atrito, sendo pu-
b) somente na afirmativa II. e) nas afirmativas I, II, III e IV. xado por uma força constante F = 10,0

FÍSICA I
c) somente nas afirmativas I, II e III. N aplicada a um fio inextensível que passa por uma roldana, conforme
a figura. Qual a aceleração do bloco, em m/s2, na direção paralela ao
08. (UFSM) A figura representa 
F B
plano, no instante em que ele perde o contato com o plano? Despreze
dois corpos A e B que, sendo em- A as massas do fio e da roldana, bem como o atrito no eixo da roldana.
purrados por uma força F, em uma a) 12,4 b) 14,5 c) 15,2 d) 17,3 e) 18,1
superfície sem atrito, movem-se com a mesma aceleração. Pode-se,
então, afirmar que a força que o corpo A exerce sobre o corpo B é, em 14. (UPE) Um elevador tem, vazio, 1000 kgf. A
módulo, carga máxima prevista é de 1000 kgf. O contra-peso
a) menor do que a força que B exerce sobre A. é dimensionado para a carga média. Se faltar ener-
b) maior do que a força que B exerce sobre A. gia e os freios falharem, o que ocorrerá (assinale V
c) diretamente proporcional à diferença entre as massas dos corpos. ou F)?
d) inversamente proporcional à diferença entre as massas dos corpos. Desconsidere o atrito).
e) igual à força que exerce sobre B. I. Se o elevador estiver subindo totalmente carrega-
do, a aceleração, após o acidente, será de – 1,4
09. (UEL) O cabo de um reboque arrebenta se nele for aplicada uma m/s2.
força que exceda 1800 N. Suponha que o cabo seja usado para rebocar II. Se o elevador estiver subindo totalmente vazio, a
um carro de 900 kg ao longo de uma rua plana e retilínea. Nesse caso, aceleração, após o acidente, será de + 1,4 m/s2.
que aceleração máxima o cabo suportaria? III. Se o elevador estiver descendo totalmente carregado, a aceleração,
a) 0,5 m/s2 b) 1,0 m/s2 c) 2,0 m/s2 após o acidente, será +1,4 m/s2.
d) 4,0 m/s2
e) 9,0 m/s2
IV. Se o elevador estiver descendo totalmente vazio, a aceleração, após
o acidente, será de – 2 m/s2.
V. Se o elevador estiver parado, totalmente vazio, subirá, após o aci-
dente, com aceleração de +2 m/s2.

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Tópico 05
h
θ
b
FORÇAS DE ATRITO
Apoiamos o bloco sobre a superfície inicialmente plana.
N
As forças de atrito são um tipo especial Lentamente, então, começamos a inclinar a superfície, até que o bloco
de força de contato. Elas aparecem devido à rugo- esteja na iminência de movimento. Quando o bloco atingir o estado de
sidade dos materiais que constituem os corpos. iminência de movimento, o coeficiente de atrito estático entre o bloco e
a superfície é numericamente igual ao valor da tangente do ângulo θ.

N P
µe= tgθ, na iminência do movimento
F Enquanto a força normal aparece perpen-
fat
dicularmente à superfície de contato, a força Fate =µeN
de atrito aparece paralelamente à superfície
P de contato. Atrito Dinâmico

É importante notar que a força de atrito só aparece quando o A partir do momento que a força de atrito de descolamento
corpo é empurrado sobre a superfície, entrando ou não em movimen- é superada, o bloco entra em movimento. No entanto, a força de atrito
to. Ou seja, ela só surge quando há escorregamento ou tendência de não desaparece após o bloco entrar em movimento. Ela apenas muda
escorregamento entre o corpo e a superfície. Iremos, agora, estudar de natureza.
detalhadamente os casos em que há e não há movimento. Passamos a lidar, a partir de agora, com a força de atrito di-
nâmica ou força de atrito cinética. Esta terá uma intensidade constante
Atrito Estático de valor dado pela expressão:
Fatc = μc N
Imagine a situação descrita pela figura acima. Note que não é
qualquer força que fará o bloco entrar em movimento. Será necessário A constante de proporcionalidade μc é chamada de coeficiente
exercer uma força F com intensidade mínima para que o bloco adquira de atrito dinâmico (ou cinético), e seu valor também depende da natureza
dos materiais atritantes.
movimento. Enquanto a força aplicada sobre o bloco tiver intensidade
É fato experimental que a intensidade da Fatc é menor que a
menor que a intensidade da força mínima ele permanecerá em repouso. intensidade da Fate. Assim, podemos esboçar o seguinte gráfico:
Ora, para que ele permaneça em repouso, ele deve estar em equilíbrio. Fat
Logo, deve haver outra força balanceando a força que estamos aplicando Fat e
sobre o bloco. É a força de atrito estática. A força mínima que precisamos
Fatc
exercer sobre o bloco para que ele adquira movimento coincide com a
máxima força de atrito estático que pode atuar entre os corpos. Ela é
chamada força de atrito de descolamento (Fatd).
Chamaremos a força que aplicamos sobre o corpo de força
0 F
solicitante. Dizemos, então, que enquanto a força solicitante possuir mó-
FÍSICA I

dulo menor ou igual à força de atrito de descolamento, a força de atrito Um último fato que merece ser ressaltado a respeito das forças
estático possuirá módulo igual ao da força solicitante. Tal afirmação é de atrito é que elas são praticamente independentes da área de contato
descrita matematicamente através da expressão: entre as superfícies.

Fat ≤ Fatd Forças Elásticas

Foi verificado que a força de atrito de destaque é diretamente Considere uma mola de massa desprezível, com uma de suas extremi-
dades fixas, como na figura a seguir:
proporcional à intensidade da força normal que a superfície exerce sobre
o corpo. A constante de proporcionalidade é denotada por μe e é chama-
da de coeficiente de atrito estático. Seu valor depende da natureza dos
y0
materiais atritantes. Assim, podemos escrever que:
ye

Fat ≤ μe N

Existe uma maneira prática de determinarmos o coeficiente de M

atrito estático, que está ilustrada nas figuras a seguir. Na situação acima y0 é o comprimento da mola quando ela não
Bloquinho
está deformada. Podemos, então acoplar à outra extremidade da mola
uma massa M. A figura anterior ilustra a situação:

Note que, agora, a mola está deformada, passando a ter um


Mesa Placa plana comprimento ye, de forma que a variação de comprimento da mola
de madeira
pode ser expressa por:
∆y = ye – y0

14
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

A Lei de Hooke, que rege tal tipo de fenômeno, diz que:


P = F1 + F2 = k1∆y + k2∆y
“Em regime elástico, a deformação sofrida por uma mola é direta- P = (k1 + k2) ∆y
mente proporcional à intensidade da força que a provoca”.
Ou seja, podemos definir a constante elástica da associação
Podemos expressá-la matematicamente da seguinte forma: em paralelo kp como kp = k1 + k2, e isto nos dará:

F = K ∆y P = (k1 + k2) ∆y = kp ∆y

A constante de proporcionalidade K é chamada de constante Podemos generalizar esse resultado para um número qualquer de molas
elástica da mola, e possui unidade de N/m. associadas em paralelo:

Tal lei nos permite fazer a seguinte proporcionalidade: kp = k1 + k2 + k3 + ... + kn

Molas em Série

A associação em série corresponde ao caso B da figura.


y
2y Note que, nesse caso, a elongação total será a soma das elongações
individuais de cada mola, ou seja: ∆y = ∆y1 + ∆y2. Note, também, que
F
as duas molas estão sob ação da mesma força. Assim:
2F
P = k1 ∆y1 = k2 ∆y2 � ∆y1 = P / k1 e ∆y2 = P / k2
Dinamômetros
Desejamos achar um ks tal que:
Uma aplicação prática do uso de
molas é o dinamômetro, um dispositivo uti- P = ks ∆y = ks (∆y1 + ∆y2)
lizado para medir a intensidade de forças.
Ele consiste basicamente de uma Usando o resultado obtido acima:
mola ligada a um cursor. Quando se aplica
uma força na extremidade livre da mola, ela se P = ks ( P / k1 + P / k2) ⇒ P / ks = P / k1 + P / k2
elonga e o cursor se move sobre uma escala 1/ks = 1/k1 + 1/k2
que indica a força que está sendo aplicada.
É importante notar que, supondo Podemos generalizar esse resultado mesma maneira que fizemos para
a massa do dinamômetro desprezível, a a associação em paralelo:
força resultante sobre ele é nula, ou seja,
suas extremidades sofrem forças opostas de mesmo módulo. Isso pode 1/ks = 1/k1 + 1/k2 + ... + 1/kn
gerar alguma confusão. O dinamômetro mede a intensidade da força
aplicada em uma das extremidades do dinamômetro. Veja o exemplo Questões Resolvidas
abaixo:

FÍSICA I
01. Os blocos A e B da figura se- 
a
guinte têm massas respectivamente

iguais a 2,0 kg e 3,0 kg e estão sen- F B
O dinamômetro registrará uma força de 500 N. do acelerados horizontalmente sob a A
ação de uma força F de intensidade
Associação de Molas 50 N, paralela ao plano do movimento.
Sabendo-se que µcinético= 0,60 e |g| = 10m.s-2, determine:
Iremos estudar A a) o módulo da aceleração do sistema;
k1 B
agora como usar molas k1 k2 b) a intensidade da força de contato entre os blocos.
em conjunto para obter k2
um fim específico. k 1∆y k 2 ∆y Solução:
As molas po- Isolando os blocos:
P
dem ser associadas basi- P 
 NA 
camente de duas maneiras: em série ou em paralelo. N AB F Eixo y: FFy = NA – PA = 0 ⇒ NA = PA (I)
A
 Eixo x: FRx = F – NAB - = mA a = 2a (II)
F ATA 
Molas em Paralelo PA


NB
A associação em paralelo corresponde ao caso A da figura. 
N AB
Eixo y: FFy = NB – PB = 0 ⇒ NB = PB (III)
B
Devemos notar o seguinte aspecto nesse tipo de associação: ambas 
Eixo x: FRx = NAB - = mB a = 3a (IV)
F ATB 
as molas sofrerão a mesma elongação ∆y. Escrevendo a equação de PB
equilíbrio para o sistema, obtemos, portanto:

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Sabemos que: 03. (UPE) No gráfico da figura, re- fat

f1
presenta-se a intensidade da força de f2 b
= µ NA = µ PA = µ mA g = 0,6 · 2 x 10 = 12 N
atrito em função da intensidade da força
a
= µ NB = µ PB = µ mB g = 0,6 · 3 x 10 = 18 N solicitadora para um bloco em repouso e,
a seguir, em movimento.
Assim, II e IV ficam: F
F – NAB - = 50 – NAB – 12 = 2a I II
NAB - = NAB – 18 = 3a 0 0 A reta a indica que o bloco está em movimento
38 – NAB = 2a 1 1 A força f 1 é a força de atrito máxima.
NAB – 18 = 3a 2 2 O ângulo que a reta a faz com a horizontal é o ângulo que o
plano inclinado, onde se encontra o bloco, faz com a horizontal,
quando este se encontra em iminência de movimento.
Somando as duas equações acima:
3 3 A força f2 é a força de atrito estática.
38 – 18 = 2a + 3a ⇒ 20 = 5a ⇒ a = 4m/s2
4 4 A reta b indica que o bloco está em repouso.
Assim:
38 – NAB = 2 · 4 ⇒ 38 – NAB = 8 ∴ NAB = 38 – 8 ⇒ NAB = 30 N
a) a = 4 m/s2 Questões de Vestibulares
b) 30 N

02. Na situação da figura, A e B têm massas B


mA = 4,0 kg e mB = 6,0 kg, a aceleração da gra- 
F
01. (UFPE/UFRPE) Um corpo de massa igual a 1,5 kg, sujeito à ação
vidade no local tem módulo 10m/s , o atrito entre
2 A de uma força horizontal de 12 N, desloca-se com velocidade constante
A e o plano horizontal de apoio é desprezível e o sobre um plano horizontal rugoso. Em um dado instante, o corpo entra
coeficiente de atrito estático entre B e A vale m = 0,50. Qual a máxima numa região perfeitamente lisa do pano horizontal e passa a executar
intensidade da força paralela ao plano, de modo que B não se movimente um movimento uniformemente acelerado.
em relação a A? Sendo a aceleração da gravidade local igual a 10m/s2, o coeficiente de
Solução: atrito cinético na primeira região e a aceleração, em m/s2, na segunda
Isolando os corpos: região valem, respectivamente:

NA
a) 0,8 e 8 b) 0,4 e 4 c) 0,8 e 4 d) 0,2 e 2 e) 0,2 e 8

F ATA Eixo y: FFy = NA – NB - PA = 0 ⇒ NA = NB + PA

A 
F
Eixo x: FRx = F – FAT = mA a (I) 02 . (UPE) O caminhão altera a
NB 
velocidade de 54 para 90 km/h num 1000kg
PA

 tempo de 10 segundos. O caixão de


NB 1000 kg não desliza sobre a carroceria.
Eixo y: FFy = PB – NB = 0 ⇒ PB = NB Qual a força de atrito, em kgf, na superfície de contato entre o caminhão
B 
F AT Eixo x: FRx = FAT = mB a (II) e o caixão?

PB a) 100 b) 80 c) 60 d) 40 e) 20

Sabemos que, na situação limite, FAT = FAT MÁX = µE · NB = µE PB = µE mB 03. (UPE) O bloco A sobre uma A

g = 0,5 · 6 x 10 = 30 N mesa tem massa 15,0kg, e o bloco


FÍSICA I

B suspenso tem massa 5,0kg. O


Assim, de II: FAT = 30 = mB a = 6 a ⇒ a = = 5 m/s2 coeficiente de atrito entre o bloco A
Usando o resultado acima em I: e a mesa vale 0,20. Considere que B

F – FAT = F – 30 = 4a = 4 · 5 = 20 ∴F = 50 N o fio utilizado para unir os blocos é


ideal (sem peso e inextensível) e que a aceleração gravitacional vale
Questões Propostas 10,0 m/s².
Analise as afirmações e assinale-as devidamente:
I II
01 . (UFPE/UFRPE) Uma mola K2 K1
F 0 0 A aceleração adquirida pelos corpos, durante seus movimentos,
de constante elástica k 1 = 24N/m é de 1,0 m/s².
é conectada a uma segunda mola 1 1 No fio ideal, a tração é de 45,0N.
de constante elástica k2 = 45N/m, 2 2 A velocidade do bloco A, após 3,0s de iniciado o movimento,
é de 30,0 m/s.
que, por sua vez, está conectada a uma parede na outra extremidade,
3 3 A distância percorrida pelo bloco A, após 3,0 s de iniciado o
conforme a figura. Uma pessoa aplica uma força F à primeira mola, dis-
movimento, é de 4,5 m.
tendendo-a em 15 cm relativo ao seu comprimento em equilíbrio. Calcule
4 4 Os blocos A e B têm acelerações diferentes.
a distensão da segunda mola, em cm.
04. (UFPE/UFRPE) Um bloco de massa m1 = 2,0 kg é colocado so-
02. (UFPE/UFRPE) Numa academia de musculação, bre outro bloco de massa m2 = 4,0 kg que está em repouso sobre uma
um equipamento de exercício é suspenso do teto por superfície horizontal lisa. Se o coeficiente de atrito estático entre os dois
k k
duas molas idênticas de constante elástica k=1600N/m. blocos é 0,1, determine a força horizontal máxima f, em Newtons, que
Se o equipamento é puxado verticalmente para baixo pode ser aplicada ao bloco de massa m1, para que não haja escorrega-
por uma força de 800 N, a distensão de cada mola, mento entre os blocos.
em cm, será de… F

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

05. (UFPE/UFRPE) Os blocos A, B e C da figura possuem a mesma intensidades que variam de 0,0 a 7,0 N, conforme figura 2 e dados:
massa m = 5,0 kg. O coeficiente de atrito cinético entre todas as super- g=10 m/s2 e µC = 0,60, pode-se afirmar que:
fícies é 0,3. Os blocos C e A estão conectados entre si por uma corda
fe’fc (N)
inextensível, por meio de duas roldanas de massas desprezíveis e sem
4
atrito. O bloco B está preso à parede da direita. Calcule o valor da força
 3
F, em Newtons, que imprima uma velocidade constante aos blocos A e F
m 2
C, desde a situação (I) até a situação (II).
1
figura 1
A A 1 2 3 4 5 6 7 F(N)
B B
figura 2
 
C F C F
Situação (I) Situação (II) 1. o coeficiente de atrito estático µe é igual a 0,80.
2. para F > 4,0 N, a força de atrito é 3,0 N e a aceleração é crescente.
06. (UFPE/UFRPE) Um bloco de m 3. para F = 7,0 N, a aceleração será 8,0 m/s2.
massa M = 2,0 kg e comprimento F 4. a linha de ação de coincide com a linha de ação de .
M
L = 1,0m repousa sobre uma superfí- L
cie horizontal sem atrito. Um pequeno
corpo, de massa m = 1,0 kg, está localizado na extremidade direita do Tópico 06
bloco. O coeficiente de atrito cinético entre o bloco e o pequeno corpo
é mcin = 0,1. Aplicando-se uma força horizontal F de intensidade 4,0N
no bloco, quanto tempo, em segundos, levará para o corpo cair na
extremidade esquerda do bloco? PLANO INCLINADO

07. (ITA) Um pequeno bloco de madeira  


L F Um sistema físico muito comum consiste N

de massa m = 2,0 kg encontra-se sobre de um móvel apoiado sobre um plano inclinado.


h
um plano inclinado fixo no chão, como na Pode haver, ou não, atrito entre o corpo e o plano.
figura. Qual é o modulo da força F com que A figura ao lado ilustra o caso em que não há atrito 
θ P
se deve pressionar o bloco sobre o plano para que o mesmo permaneça entre as superfícies:
em equilíbrio. Adote µestático= 0,4; h = 0,6m; |g| = 9,8 m/s2 e comprimento 
N
do plano L = 1,0m. 
Px

Py Podemos, então, decompor as força atuantes
08. (UNB) O coeficiente de atrito estático B
θ
sobre o corpo, como mostra a figura.
entre os blocos A e B, montados como mos- θ
 
tra a figura abaixo, é de 0,9. Considerando F A P
Solo
que as massas dos blocos A e B sejam, Da geometria da situação, obtemos que:
respectivamente, iguais a 5,0 kg e 0,4 kg
e que |g| = 10m.s-2, determine o menor valor Px = P sen θ e Py = P cos θ
da força F para que o bloco B não caia.
Analisaremos, agora, o eixo paralelo à N (eixo y) e o o eixo
09. (UFPE/UFRPE) Um corpo de massa 10 kg move-se sobre uma perpendicular a N (eixo x):

FÍSICA I
mesa com uma aceleração de 2,0 m/s2. Um segundo corpo de massa
2,0 kg escorrega sobre a face superior do primeiro com aceleração de Eixo y: Há equilíbrio. Logo, a força resultante F é dada por:
5,0 m/s2 e está submetido a uma força horizontal F. O coeficiente de
atrito cinético entre a superfície da mesa e a superfície do corpo mais Fr = 0 = N – Py � N = Py
pesado é 0,2. Calcule o módulo da força F, em N.
F Eixo x: Nesse eixo, Fr = Px = P sen θ.
2,0kg 5,0m/s2
2
10kg 2,0m/s
Podemos, então, aplicar a Segunda Lei de Newton para o eixo
x, o que nos dará:
11. (UFPE/UFRPE) Um objeto desliza sobre um plano horizontal com Fr = P sen θ = mg · sen θ = m · a
atrito. Observa-se que o objeto desliza 8,0 m em 2,0 s, desde o lança- a = g sen θ
mento até parar. Calcule o coeficiente de atrito cinético entre o objeto
e o plano, em potência de 10-1. Considere constante a força de atrito É importante salientar que o resultado obtido acima só é válido
entre o objeto e o plano, e despreze o atrito do objeto com o ar. para o caso em questão. Cada caso deve ser analisado individualmente,
fazendo o mesmo processo que fizemos acima: decompondo as forças
e analisando o que acontece em cada eixo.
12. (UFG) Assinale (C) para proposições corretas e (E) para as pro-
posições erradas. Aplica-se horizontalmente uma força de intensidade Forças em Trajetórias Curvilíneas
variável num bloco homogêneo de massa m = 0,50 kg inicialmente em
repouso sobre uma superfície horizontal, conforme figura 1. Com o Sabemos que forças são agentes responsáveis por altera-
bloco em repouso, atuam nele também as forças (peso), (normal) ções no vetor velocidade de um móvel. Até agora, o único efeito que
estudamos foi a variação do módulo do vetor velocidade, decorrente da
e (atrito estático). Ao iniciar-se o movimento, passa a atuar a força
atuação de forças sobre móveis.
de atrito cinético . A partir de agora, veremos como uma força pode atuar sobre um corpo
Analisando o gráfico das forças de atrito e , em função de F, para e modificar a direção do movimento.

17
15/05/2010 17/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Resultante Centrípeta
Fcp mv 2
tgq = = ⇒ V = Rgtg q
P mg ⋅ R
No estudo da cinemática vetorial, estudamos a aceleração .
centrípeta, que é a responsável pela alteração na direção do vetor
velocidade de um móvel. Vimos que sua intensidade é dada por: Note que Vmáximo depende de R e θ. (Quanto maior a incli-
nação da estrada maior a velocidade permitida.
acp = v2/ R = ω2R 
V

Ora, aplicando a Segunda Lei de Newton: FN


P
Fcp = m · acp = mv2/R = mω2R

Fcp = FN + P a cp
Onde Fcp é o módulo da grandeza Força Centrípeta, que nada
mais é que a componente da força resultante sobre o corpo, que atua III. Globo da morte
na direção do centro da trajetória curvilínea. Fcp = P + N

v
Note que a força centrípeta não possui existên- mv 2 R(mg + N)
v = mg + N ⇒ V =
F F R m
cia isolada, isto é, ela não é uma força adicional .
às forças do problema, mas sim o resultado
das forças que atuam no corpo numa direção Sendo R, g e m constantes, tem-se que para Vmínimo, N = 0.
diferente daquela de seu vetor velocidade, em
cada instante. Veja o exemplo ao lado: Logo, Vmínimo = x. Rg

Nesse caso, a resultante centrípeta não é outra, senão a força de


tração que a corda exerce sobre o móvel. Questões Resolvidas

Força Centrífuga
01. Em alguns parques de diversões
Você já deve ter notado que, quando você está num automóvel, existe um brinquedo chamado rotor, que R
e este executa uma curva, você se sente atirado para fora da curva. Ora, consiste em um cilindro oco, de eixo 
g
mas a força resultante deveria atuar para dentro da curva, ou você não vertical, dentro do qual é introduzida 
g
faria a curva juntamente com o carro. uma pessoa:
De fato, o que está acontecendo é que os passageiros do De início, a pessoa apóia-se sobre um
A
carro estão num referencial não inercial. Num referencial não inercial, suporte, que é retirado automaticamente
Suporte
surge a força centrífuga, que é uma força de mesmo módulo e direção quando o rotor gira com uma velocidade
da força centrípeta, porém com sentido inverso. adequada. Admita que o coeficiente de atrito estático entre o corpo da
Vale ressaltar que a força centrífuga não é a reação da força centrípeta. pessoa e a parede interna do rotor valha µ. Suponha que o módulo da
aceleração da gravidade seja g e que o rotor tenha raio R. Calcule a mí-
Note que elas atuam no mesmo corpo, o que não acontece com nima velocidade angular do rotor, de modo que, com o suporte retirado,
FÍSICA I

um par ação e reação. a pessoa não escorregue em relação à parede.

Casos Particulares Solução:



FAT
Abaixo, mostramos a aplicação dos conceitos estudados até As forças que agem na pessoa quando o suporte é
aqui em alguns exemplos clássicos. retirado são dadas pela figura ao lado:

N No eixo y, FR = 0. Logo:
I. Curva plana 
v3 FR = FAT – P = 0 ⇒ FAT = P = mg

v2
A
(I) 
P
Suporte
= (II) Fat
Fat Por outro lado, a força normal atua como resultante centrípeta. Assim:
Eixo y: (III) C

Fat v1 N = FCP – m ⋅ ω2 R ⇒ ω2 = N/mR
III e I em II, vem:
Na situação limite: FAT = M ⋅ N ⇒ N = FAT/M
mv 2 µRg
= µ mg ⇒ Vmáx=
R
FAT P mg
Como P = FAT, temos N = = =
II. Pista sobrelevada sem atrito (Daytona) M M M

Fn
θ

Fcp Finalmente: w2 = w 2 = mg ⋅ 1 ⇒ w 2 = g ⇒ w = E
c M mR mR mR
Centro de
Curvatura 
P
θ

18
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

02. (UNICAMP) Uma atração muito C


04. Um “rotor” de parque de diversões tem
popular nos circos é o “Globo da Morte”, raio de 2m. A pessoa no interior do rotor está R
 
que consiste numa gaiola de forma es- R g encostada na parede e o coeficiente de atrito g

férica no interior da qual se movimenta D B
estático entre suas roupas e a parede do rotor g
O
uma pessoa pilotando uma motocicleta. vale 0,2. Qual a menor velocidade angular do
A
Considere um globo de raio R = 3,6 m. rotor (ωmin) que permite a retirada do piso sem
Suporte
a) Faça um diagrama das forças que que as pessoas escorreguem?
atuam sobre a motocicleta nos pontos A a) 5,0 rad/s b) 4,0 rad/s c) 3,0 rad/s
A, B, C e D indicados na figura a se- d) 2,0 rad/s e)1,0 rad/s
guir, sem incluir as forças de atrito. Para efeitos práticos, considere o
conjunto piloto + motocicleta como sendo um ponto material. 05. (UPE) Um pequeno bloco desliza com velocidade constante,
b) Qual a velocidade mínima que a motocicleta deve ter no ponto C para para baixo, sobre um plano inclinado, formando um ângulo αcom a

não perder o contato com o interior do globo? Adote g = 10 m/s2. horizontal.
I II
Solução: 0 0 Entre as forças externas exercidas sobre o bloco, está a força
a) normal , perpendicular à superfície do plano inclinado, sendo

FC
ela uma força de reação ao peso, exercida sobre o bloco pelo
C plano.

P
1 1 Se a inclinação do plano for aumentada para um valor maior
α’(α’>α), a aceleração que o bloco deslizará para baixo, sobre o
mesmo plano, é dada por a = g (sen α’ + tan α · cos α’).
 
FD FB
D B
0

P 
2 2 Se o bloco for empurrado para cima, sobre o mesmo plano
P
inclinado, com velocidade inicial ν 0, a distância percorrida

FA
sobre o plano, antes de ele parar, é dada por , onde
A 
P
a = g (sen α’ - tan α · cos α’).
3 3 Na situação descrita pelo item anterior, o bloco deslizante, em
b) Na situação limite, ocorre o deslocamento em “c”, isto é, no ponto e, relação ao plano inclinado, poderá ser considerado como um
N = 0. Assim a única força atuando sobre o corpo é o peso, e ele é a referencial inercial.
resultante centrípeta. 4 4 O coeficiente de atrito, imediatamente antes do movimento do
bloco ser iniciado, é maior do que o coeficiente de atrito, quando
já há escorregamento de uma superfície sobre a outra.
Assim: P = FCP = ⇒ mg = ⇒ V2 = Rg ⇒
06. (FUVEST) duas cunhas A e B, de massa M e M respectivamente,
A B
se deslocam juntas sobre um plano horizontal sem atrito, com aceleração
constante de módulo a, sob a ação de uma força horizontal F aplicada
⇒V= = V = 6 m/s. à cunha A, como mostra a figura a seguir.
A cunha A permanece parada em relação à cunha B, apesar de não
Haver atrito entre elas e, no local, o módulo de aceleração da gravidade
Questões Propostas é igual a g.

a

01. (UFPE/UFRPE) No plano incli- F A 
g

FÍSICA I
nado da figura seguinte, o bloco de 
d
massa M desce com aceleração a=2
m
θ B
m/s2, puxando o bloco de massa m. Sa- M
30° a) determine a intensidade da força F aplicada a cunha A;
bendo-se que não há atrito de qualquer
b) determine a intensidade da força N que a cunha B aplica à cunha A;
espécie, qual o valor da razão M/m? Adote |g| = 10m.s-2.
c) Sendo θ o ângulo de inclinação da cunha B, determine a tg θ.

02. No arranjo experimental da figura, A Questões de Vestibulares


o fio e a polia são ideais, despreza-se o
30°
atrito entre o bloco A e o plano inclinado
01. (UNESP) Considere dois blocos A e

g
e adota-se g = 10 m/s2. Não levando em g
conta a influência do ar calcule: B, com massas mA e mB respectivamente,
B A
massa de A; 6,0 Kg em um plano inclinado, como apresentado B
massa de B; 4,0 Kg na figura. 30°

a) a intensidade da aceleração dos blocos; θ cos θ sen θ


b) a intensidade da força de tração do fio;
30° 3 /2 1/2

03. A figura a seguir representa um pen- 60° 1/2 3 /2


dulo cônico operando em condições ideais. θ  Desprezando forças de atrito, representando a aceleração da gravidade
θ g
A esfera pendular executa um movimento por g e utilizando dados da tabela acima.
circular e uniforme, num plano horizontal. a) determine a razão mA/mB para que os blocos A e B permaneçam em
Se o ângulo θ da figura vale π/4, r = 1 m e r equilíbrio estático.
|g| = 10 m/s2, determine o período do pêndulo. b) determine a razão mA/mB para que o bloco A desça o plano com
aceleração g/4.
Considere π2 ≅ 10.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

02. (UFG) Blocos de gelo 


v 08. (UFPR) Na figura A
de 10 kg são armazenados está esquematizada uma
em uma câmara frigorífica. Os
diversão muito comum em
blocos são empurrados para a 20° 60m
câmara através de uma rampa áreas onde existem dunas
que forma um ângulo de 20° com a horizontal, conforme a figura adiante. de areia. Sentada sobre
Suponha que a presença do atrito entre o gelo e a rampa faça com que uma placa de madeira, B C
os blocos desçam com velocidade constante de 3 m/s. Ao final da rampa,
uma pessoa desliza pela encosta de uma duna, partindo do repouso em
os blocos passam a se movimentar num trecho horizontal, iniciando o
movimento com a mesma velocidade de 3 m/s. A e parando em C. Suponha que o coeficiente de atrito cinético entre
Dados: a madeira e a areia seja constante e igual a 0,40, ao longo de todo o
aceleração da gravidade g = 10 m/s2; sen 20° = 0,34 e cos 20° = 0,94. trajeto AC. Considere que a massa da pessoa em conjunto com a placa
a) Calcule o coeficiente de atrito cinético entre a rampa e o bloco de gelo. seja de 50 kg e que a distância AB, percorrida na descida da duna, seja
b) Considerando que o coeficiente de atrito cinético entre o gelo e o trecho de 100 m.
horizontal seja o mesmo do item anterior, determine a distância que o
Em relação às informações apresentadas, é correto afirmar (assinale
bloco de gelo percorre até parar.
V ou F):
04 . (MACKENZIE) I. A força de atrito ao longo do trajeto de descida (AB) é menor que a
Dados: força de atrito ao longo do trajeto horizontal (BC).
sen 30° = cos 60° = 0,50 II. A velocidade da pessoa na base da duna (posição B) é de 15 m/s.
sen 60° = cos 30° = 0,87 III. A distância percorrida pela pessoa no trajeto BC é de 80 m.
30°
sen 45° = cos 45° = 0,71 IV. A força de atrito na parte plana é de 200 N.
Um operário da construção civil necessita arrastar um bloco de concreto V. O módulo da aceleração durante a descida (trajeto AB) é constante
ao longo de uma prancha inclinada de 30° com a horizontal. Com o ob-
e igual a 1,0 m/s2.
jetivo de evitar o rompimento da corda, o mesmo foi orientado a puxar o
corpo com velocidade constante, de forma que se deslocasse 1,00 m a VI. O módulo da aceleração na parte plana (trajeto BC) é constante e
cada 4,0 s. Seguindo essas orientações, sabia-se que a intensidade da maior que 3,5 m/s2.
força tensora no fio corresponderia a 57% do módulo do peso do corpo.
Considerando a corda e a polia como sendo ideais, o coeficiente de
atrito dinâmico entre as superfícies em contato, nesse deslocamento, é
aproximadamente: Tópico 07
a) 0,87 b) 0,80 c) 0,57 d) 0,25 e) 0,08

05 . (UFPB) Um engenheiro, ao
projetar uma estrada, decide que uma TRABALHO
determinada curva, de raio 100 m, deve
ser construída inclinada, de modo que O conceito de trabalho, na física, difere daquele que estamos
um carro se deslocando com velocidade acostumados em nosso cotidiano. Na física, o conceito de trabalho está
de 20 m/s fosse capaz de percorrê-la, associado à transferência de energia entre sistemas e à aplicação de
mesmo se o atrito com o solo fosse nulo e não contribuísse para a força forças em corpos que se movem.
centrípeta. Nesse caso, a tangente do menor ângulo q que a pista deve Considere uma força F constante, atuando num corpo que
fazer com a horizontal é sofre um deslocamento d. Suponha que o vetor que representa a força
a) 5 b) 2,5 c) 2,0 d) 0,5 e) 0,4 F faz um ângulo θ com o vetor que representa seu deslocamento d. O
trabalho da força F é definido, matematicamente, por:
FÍSICA I

06. (PUC-SP) Um avião descreve, em seu movimento, uma trajetória


circular, no plano vertical (loop), de raio R =40m, τ = F d cos θ
apresentando no ponto mais baixo de sua tra-
jetória uma velocidade de 144km/h. Note que o trabalho é uma grandeza escalar. Sua unidade, no SI, é o
R Joule (J), onde 1 J = 1 N · m.
Sabendo-se que o piloto do avião tem massa
de 70 kg, a força de reação normal, aplicada Imagine que há várias forças atuando sobre um corpo. Um
pelo banco sobre o piloto, no ponto mais baixo, resultado conhecido como Teorema de Varignon, nos garante que o
tem intensidade: trabalho realizado pela força resultante é igual à soma dos trabalhos
a) 36 988 N b) 36 288 N c) 3 500 N e) 700 N d) 2 800 N realizados individualmente por cada força.
t = t F1 + t F2 + ... + t Fn
07. (UFRJ) Uma caixa é pendurada no resultante

teto de um ônibus por meio de fios ideais O cosseno do ângulo θ nos dirá o sinal do trabalho.
presos a um dinamômetro de massa des- 
F
prezível. A figura mostra esses objetos em

equilíbrio em relação ao ônibus, enquanto θ d
65 N
ele está percorrendo um trecho circular de
uma estrada horizontal, com velocidade de Se o ângulo θ for menor que 90º, temos que cos θ > 0. Nesse
72 km/h. Nessa situação, o dinamômetro caso, o trabalho será positivo, sendo chamado de trabalho motor.
mostra que a tensão no fio é 65 N. direção 6,0 kg 
vertical F

Sabendo que a massa da caixa é 6,0 kg, calcule o raio da curva da θ d
estrada.

20
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Se o ângulo θ for maior que 90º, temos cos θ < 0. Assim, o Também é possível determinar a potência desenvolvida ins-
trabalho é negativo, sendo chamado de trabalho resistente. tantaneamente. Nesse caso: Pot = F v

F No SI, a unidade de potência é o watt (W), definido por 1W=1J/s.


d Rendimento

No caso θ = 90o, cos θ = 0. Fica evidente que o trabalho é nulo. Para que uma máquina possa operar, devemos oferecer
potência a ela. O rendimento relaciona a potência que fornecemos à
No caso de uma força não maquina com a potência que ela nos devolve.
F
constante, devemos lançar mão do gráfico Chamaremos a potência que foi fornecida à máquina de po-
F x d. A área entre a curva do gráfico e o tência total (Pott), a potência que a máquina nos devolve, de potência útil
eixo horizontal será numericamente igual A (Potu) e a potência que foi perdida, de potência dissipada (Potd). Assim,
ao valor do trabalho efetuado pela força. temos a relação: Pott = Potu + Potd
d

τ = A (numericamente) E definimos a grandeza rendimento por: r = Potu / Pott

Casos Especiais Claramente, o rendimento é uma grandeza adimensional.


É muito comum expressarmos o valor do rendimento percen-
Iremos, agora, estudar o trabalho realizado por três forças especiais. tual, isto é, r% = 100 r.

Trabalho da Força Peso Questões Resolvidas


A
A força peso é um exemplo de força 
P
conservativa, isto é, o trabalho que ela efetua II

depende apenas das posições iniciais e finais h


III
01. O gráfico abaixo representa a varia- F(N)
80 F1

do móvel, e independe da trajetória por ele ção de intensidade das duas únicas forças
efetuada. que agem num corpo que se desloca sobre 60
B
um eixo Ox. As forças referidas têm a
O trabalho da força peso num deslocamento entre dois pontos mesma direção do eixo. 40

A e B é dado por:
τ=±mgh 20

0 5 10 15 x(m)
-20
Nessa expressão, h representa o desnível vertical entre os pontos A e B. Calcule: F2

a) Os trabalhos das forças F1 e F2, enquanto o corpo é arrastado nos


Trabalho da Força Elástica primeiros 10 m;
b) O trabalho da força resultante nos primeiros 15m.
Fe
Imagine um corpo acoplado a
uma mola, realizando um movimento unidi- Solução:

FÍSICA I
mensional. Pela Lei de Hooke, o módulo da a) Num gráfico F·∆x, a área entre a curva e o
A F1
80
força elástica atuando sobre o corpo é dado eixo ∆x é numericamente igual ao valor do
0 ∆y ∆y
por F=k∆y. Uma força, portanto, variável. trabalho. 60

Fazendo o gráfico, obtemos:


(60 + 20 )10 20 A1
Assim: t 1A 1 = = 400J
2
τ = A = ∆y F / 2 = ∆y k ∆y / 2 A2 10 15
-20
F2
k∆y 2 (20 + 10)
τ= t 2A 2 = = 100J
2 2

Trabalho da Resultante Centrípeta Como F2 atua contra o sentido do movimento, pois é negativa, seu
trabalho será resistente e terá sinal negativo.
Num movimento curvilíneo, a resultante centrípeta é sempre per- Assim, t2 = - 100 J e t1 = 400 J
pendicular à trajetória, ou seja, cos θ = 0. Logo, o trabalho efetuado é nulo.
80
(80 + 20 ) 15
Potência b) Nesse caso, t 1 = A 1 = = 750 J
2
A1
Em determinadas situações, apenas a medida do trabalho 20
 5 ⋅ 20 
realizado não é suficiente. Se faz necessário, também saber com que e t 2 = −( A 2 + A 12 ) = −100 +  = −150J A2 10 A2' 15
 2  -20
velocidade o trabalho é efetuado. A potência é a grandeza que relaciona
o trabalho realizado com o tempo necessário para tal execução.
Para um processo qualquer, a potência média desenvolvida é dada por: O trabalho da força resultante é dado pela soma dos trabalhos:
Potm = τ / ∆t tR = 750J – 150J
tR = 600J

21
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

02. Uma pequena esfera, de massa 2 kg, 2,0 m


.
Questões de Vestibulares
está presa à extremidade de um fio de com-
60°
primento 2,0m. Determine o trabalho realizado A
pelo peso da esfera no deslocamento de A
para B. Adote |g| = 10m.s-2. 01. (UFRJ) Um plano está inclina- 
F = mg
m

do, em relação à horizontal, de um


Solução: ângulo θ cujo seno é igual a 0,6 (o
Como a força peso é conservativa, seu trabalho independe da trajetória ângulo é menor do que 45°). θ
do móvel. Ele é dado por: tP = mgh. Um bloco de massa m sobe nesse

plano inclinado sob a ação de uma força horizontal F , de módulo


2m
60° (2 - h) exatamente igual ao módulo de seu peso, como indica a figura.
A a) Supondo que não haja atrito entre o bloco e o plano inclinado, calcule
h o módulo da aceleração do bloco.
B F
b) Calcule a razão entre o trabalho W(F) da força e o trabalho W(P) do
peso do bloco, ambos em um deslocamento no qual o bloco percorre
Da geometria: cos 60° = uma distância d ao longo da rampa.

Assim: tP = 2 x 10 ⋅ 1 = 20 J 02. (UFPE/UFRPE) Um elevador é puxado para cima por cabos de aço
com velocidade constante de 0,5 m/s. A potência mecânica transmitida
Questões Propostas pelos cabos é de 23 kW. Qual a força exercida pelos cabos?
a) 5,7 x 104 N b) 4,6 x 104 N c) 3,2 x 104 N
d) 1,5 x 10 N
4
e) 1,2 x 10 N
4

01. (UFPE/UFRPE) Uma pessoa levanta um corpo de massa 5 kg 03. (UPE) Diversos edifícios de nossas cidades usam águas potáveis
do solo até uma altura de 1,8 m e, em seguida, abaixa-o até uma altura mediantes poços profundos. Um dos processos consiste em colocar a
final de 1,2 m. Determine, em Joules, o módulo do trabalho realizado bomba em lençol profundo (150 m). Noutro, um compressor bombeia
pela força gravitacional. ar no lençol para aumentar a pressão e possibilitar a chegada da água
em nível do piso onde, então, uma bomba “recalca” a água até a caixa
02. (UFPE/UFRPE) Uma caixa de d’água superior (100 m)
10 kg desce uma rampa de 3,0 m de Considere a densidade da água de 1000 kg/m3 e uma vazão de 0,03m3/s,
comprimento e 60o de inclinação. O em relação a esses dois processos de bombeamento, o que podemos
coeficiente de atrito cinético entre o L =3,0m estabelecer, sabendo-se que 1 HP = 750 W
bloco e a rampa é 0,4. Qual o módulo I II
do trabalho realizado sobre o bloco 60° 0 0 Usando o compressor, a potência da bomba deverá ser de
pela força de atrito, em joules? 75 HP com um rendimento de 80%.
1 1 A potência da bomba instalada no lençol será de 100 HP se o
03. (UFPE/UFRPE) v =(m/s)

2 2
rendimento for 100%
A potência do compressor deverá ser de 75 HP com um rendi-
Um barco a vela parte
FÍSICA I

2,50
mento de 80%
do repouso, em linha
3 3 É teoricamente possível bombear até a caixa d’água superior,
reta, sob efeito de uma usando apenas o compressor. Nesse caso, a potência será de
brisa constante. A for- 1,25 125 HP com um rendimento de 80%.
ça de atrito entre a 4 4 Usando o compressor, a potência da bomba deverá ser de 50HP
superfície do barco e com um rendimento de 80%.
20 40 60 80 100 120 140 160 180 x(m)
a superfície da água,
é proporcional à velocidade instantânea v do barco em relação à água, 04 . (UFAL) Uma caixa, de
sendo dada por f = Kv, em N, onde K = 1,0 kg/s. O gráfico mostra a massa 50 kg, é transportada em
dependência da velocidade do barco, em relação à água, em função da movimento uniforme para o alto 12 m
distância percorrida pelo barco. Qual o trabalho realizado pela força de por uma esteira rolante, conforme
atrito durante os 60 m. Dê a sua resposta em joules. a figura. A aceleração da gravida-
de é de 10 m/s2.
04. (UFPE/UFRPE) Um homem usa uma bomba para extrair água Analise as afirmativas seguintes relativas a essa situação.
de um poço subterrâneo a 60m de profundidade. Calcule o volume ( ) O trabalho do peso da caixa é nulo.
de água, em litros, que ele irá conseguir bombear, caso trabalhe com ( ) O trabalho da força normal à base da caixa é nulo.
potência constante de 50W durante 10 minutos. Despreze as perdas, ( ) A soma dos trabalhos sobre a caixa é nula.
adote |g| = 10 m/s2 e µágua= 1,0 kg/L. ( ) O trabalho da força da esteira sobre a caixa vale, no mínimo,
6,0×103J.
( ) Nessa operação, a caixa perde energia potencial gravitacional.

05. (UFPE/UFRPE) Um bloco de massa m = 1,0 g é arremessado


horizontalmente ao longo de uma mesa, escorrega sobre a mesma e
cai livremente, como indica a figura. A mesa tem comprimento d=2,0 m

22
15/05/2010 22/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

e altura h=1,0 m. Qual o trabalho realizado pelo peso do bloco, desde com o gráfico da figura 2. O trabalho de O a A realizado pelo atrito
o instante em que foi arremessado até o instante em que toca o chão? existente entre o bloco e a rampa é igual a 10 J, em valor absoluto.
a) 1,0 × 10-2 J Adote g = 10 m/s2. Nestas condições, a velocidade do bloco ao atingir
b) 1,5 × 10-2 J o ponto culminante A é igual a:
d
c) 2,5 × 10-2 J a) 2 m/s b) 5 m/s c) 6 m/s
h
d) 4,0 × 10-2 J d) 10 m/s e) 15 m/s
2,0m
e) 5,0 × 10-2 J
Figura 1 Figura 2

06. (UERJ) Na brincadeira conhecida como cabo-de-guerra, dois


F(N)
A
25
grupos de palhaços utilizam uma corda ideal que apresenta um nó no
seu ponto mediano. O gráfico abaixo mostra a variação da intensidade
 4m
x F
da resultante F das forças aplicadas sobre o nó, em função da sua
posição x.
O 3m 0 1 2 3 4 5 x(m)
F(N)

40 11. (UFMG) Marcos e Valério Marcos Valério

puxam, cada um, uma mala de


mesma massa até uma altura h,
com velocidade constante, como h h
0 2 6 8 9 10 11 12 x(m) representado nestas figuras:
Marcos puxa sua mala vertical-
-20
mente, enquanto Valério arrasta
Considere que a força resultante e o deslocamento sejam paralelos. a sua sobre uma rampa. Ambos
Determine o trabalho realizado por F no deslocamento entre 2,0 e 9,0m. gastam o mesmo tempo nessa operação.
Despreze as massas das cordas e qualquer tipo de atrito.
07.(UFPE/UFRPE) Um bloco de Sejam P(M) e P(V) as potências e T(M) e T(V) os trabalhos realizados
pedra, de 4,0 toneladas, desce um por, respectivamente, Marcos e Valério.
plano inclinado a partir do repouso,
deslizando sobre rolos de madeira. Considerando-se essas informações, é CORRETO afirmar que:
Sabendo-se que o bloco percorre 12 a) T(M) = T(V) e P(M) = P(V). b) T(M) > T(V) e P(M) > P(V).
m em 4,0 s, calcule o trabalho total, c) T(M) = T(V) e P(M) > P(V). d) T(M) > T(V) e P(M) = P(V).
30°
em kJ, realizado sobre o bloco pela
força resultante no intervalo de tempo considerado.

08. (UNIFESP) A figura representa o gráfico do módulo F de uma força


que atua sobre um corpo em função do seu deslocamento x. Sabe-se que
a força atua sempre na mesma direção e sentido do deslocamento.

F(N)

FÍSICA I
10

0 0,50 1,0 x(m)

Pode-se afirmar que o trabalho dessa força no trecho representado pelo


gráfico é, em joules,
a) 0. b) 2,5. c) 5,0. d) 7,5. e) 10.

09 (UFPE/UFRPE) Duas caixas


d’água cilíndricas idênticas possuem
3,0 m de altura e área da base 2,0m2.
As duas caixas contêm água até a
B
metade e estão interligadas como
mostra a figura. Determine o trabalho realizado pela bomba B, em unida-
des de 103 J, para esvaziar uma caixa e encher a outra completamente.
Despreze o volume de água contido nos dutos de conexão e os efeitos
de atrito da água.

10. (MACKENZIE) O bloco de peso igual a 10 N parte do repouso e


sobe a rampa indicada na figura 1 mediante a aplicação da força F de
direção constante e cuja intensidade varia com a abscissa x, de acordo

23
15/05/2010 23/181
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(NI: 0317) (NI: 0318)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 01 Tópico 01
Vestibulares Propostas

Questão 01 Questão 02
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.11.11 Assunto: 2.11.11

Obs.: Falta no enunciado declarar que deve-se Obs.: Corrigir o enunciado: Um jogador de tênis
desprezar o atrito e que g = 10m/s2 (conforme ori- quer sacar a bola de tal forma
ginal da prova da FEI-95)
Observe a figura a seguir:
Observe a figura:

Com a altura de 2,5m do chão a bola atinge o solo em:


2h 2 ⋅ 2,5 2
td = = = s
g 10 2
A velocidade horizontal não é influenciada pela acelera- Neste intervalo de tempo a bola deve percorrer a distân-
ção da gravidade, portanto o tempo de queda é dado por: 28
cia horizontal de: x = + 6 = 20m .
2h 2 ⋅ 1,8 2
td = = = 0,6 s
g 10 Portanto, a velocidade horizontal deve ser de:
Durante este intervalo de tempo o móvel percorreu uma Δx 20
vX = = = 20 2 ≅ 28m / s
distância na direção do solo de: Δt 2
x = v x ⋅ t d = 2,0 ⋅ 0,6 = 1,2m 2
Resposta: 1,2m Devemos observar se a bola ultrapassa a rede, portanto
quanto a bola tiver percorrido uma distância horizontal
de 14m (metade do comprimento da quadra) a bola deve
estar a pelo menos 1m de altura.
Então com a velocidade de 28m/s a bola atinge o centro
14
da quadra em: t REDE = = 0,5s
28
Neste instante a bola terá atingido uma altura de:
h = 2,5 − 5 ⋅ (0,5) = 1,25m
2

Portanto, passa acima da rede de 1m de altura e conclu-


ímos que a bola ultrapassa a rede.

Resposta: 28m/s

15/05/2010 24/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0319)
Caderno 02
Caderno 02 Física 01
Física 01 Tópico 01
Tópico 01 Propostas
Propostas
Questão 04
Questão 03 Nível: alto
Nível: médio Assunto: 2.11.11
Assunto: 2.11.11
Observe a figura a seguir:
Obs.: o enunciado deve especificar que se deve des-
prezar a resistência do ar e g=10m/s2

a) a trajetória do fardo vista pelo piloto, desprezando a


resistência do ar é igual ao abandono vertical, ou seja, o
piloto vê o fardo “acompanhando o avião” caindo verti-
calmente numa trajetória retilínea.
b) Para quem está no solo a trajetória do fardo obedece a
composição de dois movimentos: 1 – uniforme para fren-
te e 2 – uniformemente variado na vertical. Portanto o A bola deve percorre na direção horizontal uma distân-
observador no solo vê uma trajetória parabólica de con- cia x e verticalmente uma distância y. E a relação entre
cavidade para baixo. x senθ 0,6 y 3
2 ⋅ 720 x e y é: = tan θ = = ⇒ = EQI
c) t d =
2h
= = 12 s y cos θ 0,8 x 4
g 10 A distância x é dada por: x = v 0 ⋅ t d e a distância hori-
d) O fardo deve percorrer 1200m na direção horizontal
zontal é dada por: y = 5 ⋅ t d , substituindo na EQI te-
2
1200
em 12s, então: v X = = 100m / s = 360km / h . 5 ⋅ t d2 3
12 mos: = ⇒ t d = 6s .
e) Ao chegar ao solo o fardo tem a composição de duas 40 ⋅ t d 4
velocidades: a horizontal já calculada (100m/s) e a verti-
Então: h = y = 5 ⋅ 6 = 180m
2
cal dada por: v = g ⋅ t d = 10 ⋅ 12 = 120m / s . Portanto,
Resposta: 180m
por Torricelli temos:
v = 100 2 + 120 2 ≅ 156m / s
Respostas:
a)retilínea; b)parabólica; c)12s; d)100m/s; e)156m/s

(NI: 0320)

15/05/2010 25/181
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(NI: 0321) (NI: 0323)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 01 Tópico 01
Propostas vestibulares

Questão 05 Questão 02
Nível: alto Nível: fácil
Assunto: 2.11.11 Assunto: 2.11.11

Obs.: Falta no enunciado “g=10m/s2” a fim de solu- Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”
cionar o item “b”.
2 ⋅ 0,8
Observe a figura: O tempo de queda é dado por: t= = 0,4s
10
Então a velocidade de lançamento é:
x 1,2
vx = = = 3m / s
t 0,4
A velocidade que a moeda chega ao solo tem duas com-
ponentes, uma horizontal já determinada e outra verti-
cal dada por:
v y = g ⋅ t = 10 ⋅ 0,4 = 4m / s
Para que o parafuso seja atingido pela pedra, este deve
estar na mesma vertical da pedra. Como estas duas componentes são ortogonais podemos
O instante (t) de encontro deve ser comum aos dois obje- determinar a velocidade por Pitágoras:
tos e a altura y de encontro também. v = 32 + 4 2 = 5m / s
Equação referente ao parafuso y = 120 − 5 ⋅ t
2
Resposta: 3m/s e 5m/s
Equação referente à pedra: y = 30 ⋅ t − 5 ⋅ t
2
(NI: 0324)
Igualando as duas expressões temos:
a) 120 − 5 ⋅ t = 30 ⋅ t − 5 ⋅ t ⇒ t = 4 s
2 2
Caderno 02
b) para determinar esta altura substituímos o instante Física 01
do encontro em qualquer das duas equações: Tópico 01
y = 120 − 5 ⋅ 4 2 = 40m ou y = 30 ⋅ 4 − 5 ⋅ 4 2 = 40m vestibulares
Respostas: a) 4s; b) 40m
Questão 03
(NI: 0322) Nível: fácil
Assunto: 2.11.11
Caderno 02
Física 01 Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”
Tópico 01
vestibulares A altura do edifício é dada por: h = 12 g ⋅ t 2 = 5 ⋅ 2 2 = 20m
Como cada andar mede 2,5m de altura temos:
Questão 01 h 20
Nível: fácil n= = =8
Assunto: 2.11.11
handar 2,5
Resposta letra (c)
Para ultrapassar o lago, o tempo de permanência no ar
(tempo de queda) deve ser igual ou superior ao tempo de
travessia na direção horizontal, portanto:
2h 2⋅5
tq = = = 1s ⇒ t travessia ≤ 1s
g 10

Então: ⇒ v X = x 4
⇒ vX > ⇒ v X ≥ 4m / s
t travessia 1
Resposta: v h ≥ 4m / s

15/05/2010 26/181
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(NI: 0325) (NI: 0327)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 01 Tópico 01
vestibulares vestibulares

Questão 04 Questão 06
Nível: alto Nível: alto
Assunto: 2.11.11 Assunto: 2.11.11

Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2” Observe a figura:

Observe a figura:

A equação de H é dada por: H = 1


2 g ⋅ t 2 = 5 ⋅ t 2 (I)
A equação de D é dada por: D = v X ⋅ t = 10t (II)
H Como os degraus têm as medidas 25cmx25cm concluí-
Como tan 45º = 1 = , temos: mos que a inclinação da escada é de 45º. Então:
D
y = 12 g ⋅ t 2 = 5 ⋅ t 2 (I) e x = v X ⋅ t = 6 ⋅ t (II)
H 5⋅t2
=1⇒ = 1 ⇒ t = 2s Como x = y temos: 5t = 6t ⇒ t = 1,2 s
2
D 10 ⋅ t
Agora substituindo em qualquer equação I ou II temos: Substituindo na equação I temos: y = 5 ⋅ 1,2 = 7,2m
2

D = 10 ⋅ t = 10 ⋅ 2 = 20m O número de degraus será igual ao inteiro inferior da


Resposta letra (a) relação entre a altura total e a altura de cada degrau.
(inteiro posterior, pois o bloco já ultrapassou este de-
(NI: 0326) grau em questão e estará sobre o próximo degrau)
7,2
Caderno 02 n= = 28,8 ⇒ n = 29
Física 01 0,25
Tópico 01 Resposta: 29
vestibulares

Questão 05
Nível: fácil
Assunto: 2.11.11

Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”

Se o ângulo da velocidade é de 45º com a horizontal,


podemos concluir que a velocidade horizontal e vertical
vY
são iguais neste instante, pois tan 45º = 1 = ⇒ vY = v X
vX
Então v y = 288km / h = 80 m / s .
A altura pode ser determinada por Torricelli:
80 2
v 2 = 2 gh ⇒ h = = 320m
2 ⋅ 10
Resposta: 320m

15/05/2010 27/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0328) (NI: 0330)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 02 Tópico 02
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.11.11 Assunto: 2.11.11

Quando a bola atinge a altura máxima esta fica parada Para que o projétil atinja o alvo, a velocidade horizontal
em relação ao observador no trem, portanto, com a do projétil deve ser a mesma do alvo, portanto:
mesma velocidade deste, ou seja, 20m/s. v X ( projétil ) = 200 = v ( projétil ) ⋅ cos 60 º ⇒ v ( projétil ) = 400 m / s
A velocidade horizontal do trem não influencia o tempo
Admitindo que o projétil não tenha propulsão própria
que a bola fica no ar, portanto podemos calcular este
este se movimenta na direção vertical com a velocidade
intervalo de tempo da mesma forma como se o trem
estivesse parado e o lançamento fosse vertical. de: v 0Y ( projétil ) = 400 ⋅ sen 60 º ≅ 346,4m / s , portanto
O tempo de subida é igual ao tempo de descida da bola. para atingir 1500m de altura temos:
Portanto, calculando o tempo de descida, temos:
h = v 0Y t − 12 gt 2 ⇒ 1500 = 346,4 ⋅ t − 5t 2 ⇒
2h 2 ⋅ 0,8
td = = = 0,4 s t 2 − 69,3t + 300 = 0 ⇒
g 10
Tempo total de permanência no ar é dada por:
t1 = 4,64 s
t = t s + t d = 2t d = 2 ⋅ 0,4 = 0,8s t 2 = 64,7 s
Respostas: a) 20m/s; b) 0,8s O instante t2 deve ser desprezado, uma vez que o projé-
til já atingiu seu alvo em 4,64s
(NI: 0329) Resposta: 400m/s e 4,64s
Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”
Caderno 02
Física 01 (NI: 0331)
Tópico 02
Propostas Caderno 02
Física 01
Questão 02 Tópico 01
Nível: médio vestibulares
Assunto: 2.11.11
Questão 01
A componente vertical da mangueira A é a própria velo- Nível: médio
cidade inicial de A. A componente vertical da mangueira Assunto: 2.11.11
B é dada por: v yB = v B ⋅ sen30 º , uma vez que a man-
Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”
gueira B faz 60º com a direção de A (vertical), portanto
30º com a horizontal. ⇒ v 0 yB = 12 v 0 A O tempo que a bola leva para percorre os 18,0m é de:
Então a altura máxima pode ser dada por Torricelli: x x 18
t= = = = 1,5s .Neste instante a bola
v =v
2 2
− 2 gh A ⇒ v 2
= 2 gh A ⎫⎪ ⎛ v0 A ⎞
2
h v x v ⋅ cos θ 15 ⋅ 0,8
⎬ ⇒ ⎜⎜ 1 ⎟ = A ⇒ deve estar a uma altura de:
A 0A 0A
2
v yB = v02yB − 2 ghB ⇒ v02yB ⎟
= 2 ghB ⎪⎭ ⎝ 2 v0 A ⎠ hB
h = v0Y ⋅ t − 5 ⋅ t 2 ⇒ h = v ⋅ senθ ⋅ t − 5t 2 ⇒
hA
=4 h = 15 ⋅ 0,6 ⋅ 1,5 − 5 ⋅ 1,5 2 = 2,25m
hB
Resposta: 2,25m
Obs.: embora no enunciado não fique explicitado se a razão desejada é
hA hB
ou optamos pela primeira por duas razões:
hB hA
1ª – segue a seqüência natural da questão
2ª – a marcação no caderno de resposta deve ser de 00 a 99, portanto,
deveria ser marcada 04 no cartão de respostas, caso contrário a respos-
ta seria 0,25.
Resposta: 4

15/05/2010 28/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0332) (NI: 0333)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 02 Questão 03
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 2.11.11 Assunto: 2.11.11

Sendo o alcance máximo dado por 0,8m, uma vez que o I. Caso a velocidade inicial da pedra fosse zero, esta não
ângulo é de 45º temos: iniciaria o movimento (F)
v02 v2 II. No ponto mais alto da trajetória a pedra está parada
Α= ⇒ 0,8 = 0 ⇒ v0 = 2 2m / s ⇒ em relação às pessoas que se encontram no barco, po-
g 10 rém com a mesma velocidade do barco para um obser-
vador parado às margens (F)
2
v0Y = v0 ⋅ sen45º = 2 2 ⋅ = 2m / s ⇒ III. A trajetória pode ser decomposta em dois movimen-
2 to: um movimento uniformemente variável para cima e
v y = v 0Y − gt ⇒ 0 = 2 − 10 ⋅ t S ⇒ t S = t D = 0,2s ⇒ outro uniforme na direção horizontal. Como o movimen-
to uniformemente variável obedece a uma função qua-
t = t S + t D = 0,2 + 0,2 = 0,4s = 4.10 −1 s drática a trajetória será uma parábola de concavidade
Resposta: 04 para baixo, uma vez que a aceleração da gravidade a-
ponta para baixo. (V)
Obs.: Não está claro no enunciado do problema se o au- Resposta letra (d)
tor se refere ao alcance máximo ou à altura máxima.
Deduzimos tratar-se do alcance máximo por dois moti- (NI: 0334)
vos: 1º o ângulo dado foi de 45º e 2º não teria muito sen-
tido o gafanhoto pular obliquamente (exatamente 45º) Caderno 02
para atingir a altura máxima. Física 01
Porém, caso o problema se referisse à altura de 0,8m Tópico 02
este seria resolvido da seguinte forma: vestibulares
Independente do ângulo de lançamento, a altura máxi-
ma atingida pelo gafanhoto foi de 0,8m, portanto o tem- Questão 04
po de descida, igual ao de subida, pode ser calculado Nível: médio
por: Assunto: 2.11.11
2h 2 ⋅ 0,8
td = = = 0,4 s Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”
g 10
A componente da velocidade vertical pode ser calculada
t = t s + t d = 2t d = 2 ⋅ 0,4 = 0,8s = 8.10 −1 s
por:
Resposta: 08
vY2 = v 02Y − 2 gh ⇒ 0 2 = v 02Y − 2 ⋅ 10 ⋅ 5 ⇒ v 0Y = 10 m / s
Como o ângulo de lançamento é 30º temos:
v 0Y 10
v= = = 20m / s = 72km / h
sen30º 1
2
Resposta: 72

15/05/2010 29/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0335) (NI: 0337)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 05 Questão 07
Nível: médio Nível: alto
Assunto: 2.11.11 Assunto: 2.11.11

I. Como os dois móveis permanecem no ar durante o Como a aceleração vertical da esfera é a mesma do pro-
mesmo intervalo de tempo, concluímos que o tempo de jétil, ou seja, g. Então do ponto de vista vertical temos:
subida e de descida dos dois móveis são iguais. Conclu- Equação da esfera: y E = H − 12 gt
2

ímos, também, que as componentes das velocidades


verticais são iguais como conseqüência as alturas má- Equação vertical do projétil: y P = v yP ⋅ t − 12 gt 2
ximas dos dois móveis são iguais. (V)
Para que haja o encontro temos: y E = y P , então,
II. Como o alcance de B é maior que o alcance de A e H − 12 gt = v yP ⋅ t − 12 gt ⇒ H = v yP ⋅ t ⇒
2 2

ambos têm a mesma velocidade vertical inicial e os dois


móveis permanecem no ar pelo mesmo intervalo de
H
t=
tempo, concluímos que a velocidade horizontal de B é v yP
maior que a velocidade horizontal de A. Então a veloci-
H 6
dade resultante inicial de B é maior que a velocidade Como v yP = v0 ⋅ = 200 ⋅ = 120m / s
resultante inicial de A. (V) H +D 2 2 10
H 6
III. Esta argumentação se opõe ao que foi explicado no Então: t = = = 0,05 = 5 ⋅ 10 − 2 s = 5cs
item I. (F) v yP 120
Resposta letra (b) Resposta: 5

(NI: 0336)

Caderno 02
Física 01
Tópico 02
vestibulares

Questão 06
Nível: alto
Assunto: 2.11.11

Obs.: Falta no enunciado denotar “g=10m/s2”

A priori determinaremos o alcance máximo:


v02 15 2
Α= = = 22,5m
g 10
Numa segunda etapa utilizamos o alcance máximo para
ser o alcance com uma determinada velocidade horizon-
tal e ângulo de 15º:
v02 ⋅ sen(2θ ) v02 ⋅ sen(2 ⋅ 15)
Α= = 22,5 = ⇒
g 10
v0 = 450 ≅ 21m / s
Resposta: 21m/s

15/05/2010 30/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0338)
(NI: 0339)
Caderno 02
Física 01 Caderno 02
Tópico 03 Física 01
Propostas Tópico 03
Propostas
Questão 01
Nível: médio Questão 02
Assunto: 2.11.8 Nível: médio
Assunto: 2.11.8
a) A aceleração angular é dada por:
Δϖ 10 ⋅ π − 30 ⋅ π Observe a figura:
γ = = = −5π ⋅ rad / s 2
Δt 4
b)
v0 = ω 0 ⋅ r = 30 ⋅ π ⋅ 2 = (60π )m / s
v = ω ⋅ r = 10 ⋅ π ⋅ 2 = (20π )m / s
Δv 20 ⋅ π − 60 ⋅ π
a= = = −(10 ⋅ π )m / s 2
Δt 4

c) ω = ω 0 + γ ⋅ t ⇒ ω = 30π − 5π ⋅ t Temos:
d) 0 = 30π − 5π ⋅ t ⇒ t = 6s v1 = v 2 = w1 R1 = w2 R2 = v 2 = v3 = w3 R3 ⇒
e) Sendo: s 0 = θ 0 ⋅ r ; v0 = ω 0 ⋅ r e a = γ ⋅ r temos: w1 R3 2
w1 R1 = w3 R3 ⇒ = =
Δθ = ω 0 ⋅ t + ⋅ γ ⋅ t ⇒
1
2
2 w3 R1 3
Resposta letra (c)
Δθ = 30 ⋅ π ⋅ 4 − 12 ⋅ 5 ⋅ π ⋅ 4 2 = 80π ⇒
80π (NI: 0340)
n= = 40
2π Caderno 02
Respostas: a) − 5π ⋅ rad / s ; b)
2
− (10 ⋅ π )m / s 2 ; Física 01
c) ω = 30π − 5π ⋅ t ; d) 6s; e) 40 Tópico 03
Propostas

Questão 03
Nível: médio
Assunto: 2.11.10

No mesmo sentido a função angular fica:


θ1 = w1 ⋅ t e θ 2 = w2 ⋅ t supondo que w2 > w1 temos:
θ 2 − θ1 = 2π (I)
Em sentidos opostos temos:
θ1 = w1 ⋅ t e θ 2 = 2π − w2 ⋅ t (II)
De (I) temos: w2 ⋅ 1 − w1 ⋅ 1 = 2π (III)
De (II) temos: θ 2 − θ1 = 2π ⇒ w2 ⋅ 5 − (− w1 ) ⋅ 5 = 2π
⇒ 10w2 = 12π ⇒ w2 = (1,2π )rad / min ⇒

v 2 = w2 ⋅ r = (1,2π ) ⋅
600 360m
= = 6m / s
2π min
De (III) temos:
(1,2π ) ⋅ 5 − w1 ⋅ 5 = 2π ⇒ (0,8π )rad / s ⇒
600
v1 = w1 ⋅ r = 0,8π ⋅ = 240m / min = 4m / s

Resposta letra (b)

15/05/2010 31/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0341) (NI: 0344)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 03 Tópico 03
Propostas vestibulares

Questão 04 Questão 03
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 2.11.8 Assunto: 2.11.8

Observe a figura: Observe a figura:

A relação entre as velocidades escalares e angulares das


polias A e B pode ser descrita por:
Enquanto o ponteiro menor dá uma volta o ponteiro
w A rB 20 2
maior dá 12 voltas e levando-se em conta que o compri- v A = v B ⇒ w A ⋅ rA = wB ⋅ rB ⇒ = = =
mento do ponteiro maior é 7,5/5,0 maior que o ponteiro wB rA 30 3
menor, temos:
w A = w' A ⎫ w A w' A
12wB ⎛⎜ 7,5 ⎞⎟ ⋅ rB ⎬ = = 1,5 ⇒ v' A = v' B ⇒
v A w A ⋅ rA ⎝ 5,0 ⎠ wB = w' B ⎭ wB w' B
= = = 18
v B wB ⋅ rB wB ⋅ rB r' w' 2 2
w' A ⋅r ' A = w' B ⋅r ' B ⇒ B = A = ⇒ r ' B = ⋅ 12 = 8
Resposta letra (c) r ' A w' B 3 3
Resposta letra (c)
(NI: 0342)
(NI: 0345)
Caderno 02
Física 01 Caderno 02
Tópico 03 Física 01
vestibulares Tópico 03
vestibulares
Questão 01
Nível: fácil Questão 04
Assunto: 2.11.8 Nível: médio
Assunto: 2.11.8
v = w ⋅ r = 840 ⋅ 2π ⋅ 0,25 = (420π )m / min = (7π )m / s
Resposta letra (e) As funções angulares dos atletas podem ser descritas
2π 2π
(NI: 0343) por: θ1 = ⋅ t e θ2 = ⋅t
1 min 1,1 min
Caderno 02 O mais rápido θ1 terá dado uma volta no mais lento
Física 01 2π
Tópico 03 quando: θ1 − θ 2 = 2π ⇒ 2π ⋅ t − ⋅ t = 2π
vestibulares 1,1
t
Questão 02
t− = 1 ⇒ 1,1t − t = 1,1 ⇒ 0,1t = 1,1 ⇒ t = 11 min
1,1
Nível: médio
Resposta: 11
Assunto: 2.11.8

3600 ⋅ 2π
3600rpm = = (120π )rad / s ⇒ w = w0 − γ ⋅ t ⇒
60
0 = 120π − 20π ⋅ t ⇒ t = 6 s
Resposta: 6s

15/05/2010 32/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0346) (NI: 0349)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 05 Questão 08
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.11.8 Assunto: 2.11.8

v = w ⋅ r = 30 ⋅ 2π ⋅ 0,1 = (6π )m / min ⇒ Enquanto o projétil atravessa a distância de 2r o disco


dá meia volta. O tempo para o disco atravessar 2r é
6m
x = v ⋅t ⇒ t = = 0,318 min ≅ 19,1s dado por: t =
2r
(I).
6π v
Resposta letra (b) E o tempo para o disco dar meia volta, metade do perío-
T 2π π
(NI: 0347) do, é dada por: t = = = (II)
2 2w w
Caderno 02 2r 2 wr
Física 01 De (I) e (II) temos: v = =
t π
Tópico 03
Resposta letra (b)
vestibulares

Questão 06
Nível: médio
Assunto: 2.11.8

C X CY C Z
v X = vY = v Z ⇒ = = ⇒ 30 ⋅ f X = 40 ⋅ f Z ⇒
TX TY TZ
nX n
30 ⋅ = 40 ⋅ Z ⇒ 30 ⋅ 12 = 40 ⋅ n Z ⇒ n Z = 9
t t
Resposta letra (c)

(NI: 0348)

Caderno 02
Física 01
Tópico 03
vestibulares

Questão 07
Nível: médio
Assunto: 2.11.8

O tempo que o eixo da roda pequena chega ao topo é


π
dado por: t= = 300s = 5 min . Durante este in-
π
300
tervalo de tempo a roda menor gira:
n ⋅ 2π
300 = ⇒ n = 30voltas
π
5
Resposta: 30

10

15/05/2010 33/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI:0350) (NI:0352)
Física 01 Física 01
Tópico 04 Tópico 04
Propostas Propostas
Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.12.12 Assunto: 2.12.12
Observe a figura: Observe o esquema abaixo:

Pelo esquema temos a seguinte relação de forças:


F − FAB = m A ⋅ a ⎫

FAB − FBC = m B ⋅ a ⎬ ⇒
FBC = mC ⋅ a ⎪

F = (m A + m B + mC ) ⋅ a ⇒ a =
F As forças que agem no pêndulo são: a tração do fio e o

(m A + mB + mC ) peso P do pêndulo. Como não há aceleração vertical, a
60 componente vertical da tração se equilibra com o peso P.
a= = 4m / s 2 A força resultante FR é a responsável pela aceleração do
4+2+9
Pela primeira equação temos: pêndulo que é igual a aceleração do carro. Então temos:
F − FAB = m A ⋅ a ⇒ 60 − FAB = 4 ⋅ 4 ⇒ FAB = 44 N T ⋅ cos θ = P ⎫ cos θ m ⋅ g a
⎬⇒ = ⇒ tan θ = ⇒
Resposta letra (d) T ⋅ senθ = m ⋅ a ⎭ senθ m ⋅ a g
(NI:0351) a
3= ⇒ a = 10 3m / s 2
Física 01 10
Tópico 04 2
Resposta: 10 3m / s
Propostas
Questão 02
Nível: médio (NI:0353)
Assunto: 2.12.12 Física 01
Observe a figura: Tópico 04
Propostas
Questão 04
Nível: alto
Assunto: 2.12.12
Observe o esquema abaixo:

Pelo esquema temos que a única força atuando no sis-


tema que causa movimento é o peso do bloco D. Os pesos
dos blocos A, B e C são equilibrados com as normais
respectivas, como não existe atrito, temos:
PD − T = m D ⋅ a ⎫
T − F AB = m A ⋅ a ⎪⎪
⎬⇒
F AB − FBC = m B ⋅ a ⎪
FBC = m C ⋅ a ⎪⎭ As forças que atuam no corpo A são: o peso, a Força FCA
(parede vertical sob o corpo) e a normal do plano incli-
20 = 5,0 ⋅ a ⇒ a = 4,0m / s 2 ⇒ nado.
F AB − 20 = 1,0 ⋅ 4,0 ⇒ F AB = 24 N ⇒ A componente vertical da normal é equilibrada com o
T − 24 = 6,0 ⋅ 4,0 ⇒ T = 48 N ⇒ peso uma vez que o corpo não se move verticalmente.
Portanto temos:
m D ⋅10 − 48 = m D ⋅ 4,0 ⇒ m D = 8,0kg NX 4⋅ g 4 ⋅ 10
Respostas: a) 8,0kg; b) 48N; c) 24N N= = ⇒ N Y = N ⋅ cos 60º =
cos 30º 3 2 3
FR = m ⋅ a = 4 ⋅ 8 = 32 N
40
FCA = FR − N Y = 32 − ≅ 8,9 N
3
Resposta: FCA ≅ 8,9 N

11

15/05/2010 34/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0354) (NI: 0355)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 04 Tópico 04
Propostas Propostas

Questão 05 Questão 06
Nível: alto Nível: alto
Assunto: 2.12.16 Assunto: 2.12.16

Observe a figura: Obs.: melhorar na figura o valor 1,92m

Observe a figura:

Inserindo as forças componentes temos:

Sendo a’ = 2m/s2 a aceleração ascendente do elevador


podemos calcular a resultante de cada bloco pelo seu
peso aparente.
Equacionando temos: P' A −T = m A ⋅ a ⎫
T − P = M ⋅a ⎫ ⎬ P' A − P ' B = (m A + m B ) ⋅ a ⇒
T − P' B = m B ⋅ a ⎭

P + N − T = M ⋅ a ⎬ p = (M + M + m ) ⋅ a ⇒ m A ( g + a ' ) − m B ( g + a' ) = (m A + m B ) ⋅ a ⇒
p − N = m⋅a ⎪
⎭ 3 ⋅ (10 + 2) − 1 ⋅ (10 + 2) = (3 + 1) ⋅ a ⇒ a = 6m / s 2
p 0,5 ⋅ 10 Utilizando a equação do MUV com a = 6m/s2, temos:
a= = = 2m / s 2 ⇒
M + M + m 1 + 1 + 0,5 1,92 = 3t 2 ⇒ t = 0,8s
p − N = m ⋅ a ⇒ 0,5 ⋅ 10 − N = 0,5 ⋅ 2 ⇒ N = 4 N Resposta: 0,8s
Resposta: 4N
(NI: 0356)

Caderno 02
Física 01
Tópico 04
vestibulares

Questão 01
Nível: fácil
Assunto: 2.12.12

N − P = m⋅a ⇒ N = m⋅a + m⋅ g ⇒
N = m(a + g ) ⇒ N = 5 ⋅ 10 2 ⋅ (2,0 + 10) = 6,0 ⋅ 10 3 N
Resposta letra (e)

12

15/05/2010 35/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0357) (NI: 0360)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares Vestibulares

Questão 02 Questão 05
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 2.12.12 Assunto: 2.12.12

Num sistema isolado a soma das forças é zero, portanto Para que o dinamômetro acuse uma força maior do que
não há movimento. o peso, a força resultante está direcionada para cima.
Resposta letra (c) Portanto, ou elevador está subindo acelerado ou descen-
do retardado.
(NI: 0358) Resposta letra (d)

Caderno 02 (NI: 0361)


Física 01
Tópico 04 Caderno 02
vestibulares Física 01
Tópico 04
Questão 03 vestibulares
Nível: médio
Assunto: 2.12.12 Questão 06
Nível: fácil
Obs.: Colocar no enunciado g=9,8m/s2 Assunto: 2.12.13

Como o elevador está em MRU, estamos num referenci- As únicas forças que atuam no corpo são: a força peso e
al inercial, ou seja, para um observador “parado” dentro a força de tração no fio. Estas duas forças somadas veto-
do elevador os fenômenos ocorrem como se o elevado rialmente resultam numa força “resultante” que faz com
também estivesse “parado”. Portanto calculamos por: que o corpo se dirija horizontalmente para a direita.
2h 2⋅3 Porém esta “força resultante” não é uma força aplicada
t= = ≅ 0,78s diretamente na esfera é apenas a soma das outras duas:
g 9,8 peso e tração.
Resposta letra (b) Resposta letra (a)

(NI: 0359) (NI: 0362)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 04 Questão 07
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 2.12.12 Assunto: 2.12.12

A única força que está puxando a moeda é a de atrito Pares ação e reação ocorrem em corpos distintos, com a
com o papel. Caso a aceleração do papel seja tamanha mesma intensidade de força, mesma direção e sentidos
que supere a aceleração máxima que a força de atrito opostos, portanto:
estática possa imprimir à moeda, esta escorrega e fica I. Correto: corpos distintos, mesma direção, mesma for-
sobre a mesa. ça e sentidos opostos.
Resposta letra (d) II. Incorreto: a reação a esta força seria o corpo do ad-
versário “golpeia” o pulso do boxeador
III. Incorreto: a reação seria: a bola “chuta” o pé
IV. Correto: corpos distintos, mesma direção, mesma
força e sentidos opostos.
Resposta letra (d)

13

15/05/2010 36/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0363) (NI: 0365)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 08 Questão 10
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.12.12 Assunto: 2.12.12

Observe o esquema: Obs.: Corrigir o enunciado:

Equacionando temos: O módulo da força resultante, de forças ortogonais, pode


F − FAB = m A ⋅ a ⎫ ser calculado por Pitágoras:
⎬ F = (m A + m B ) ⋅ a ⇒ a =
F
FR = + FY = 30 2 + 40 2 = 50 N ⇒
2 2
FAB = m B ⋅ a ⎭ m A + mB FX
mA ⋅ F ⎫ F 50
⇒ FRA = F − FAB = a= = = 25m / s 2 ⇒
m A + m B ⎪⎪ FAB = F (m A + m B ) − F ⋅ m A m 2

mB ⋅ F ⎪ m A + mB v = v0 + a ⋅ t ⇒ v = 25 ⋅ 3 = 75m / s
⇒ FRB = FAB =
m A + mB ⎪⎭ Resposta: 75
⇒ FAB = − FBA
(NI: 0366)
Resposta letra (e)
Caderno 02
(NI: 0364) Física 01
Tópico 04
Caderno 02 vestibulares
Física 01
Tópico 04 Questão 11
vestibulares Nível: alto
Assunto: 2.12.12
Questão 09
Nível: fácil Observe a figura:
Assunto: 2.12.12

T = F = m ⋅ a ⇒ 1800 = 900 ⋅ a ⇒ a = 2,0m / s 2


Resposta letra (c)

Podemos analisar os dois blocos 1 e 2 como um único


bloco de massa 2m. Como o bloco está subindo de forma
retardada o peso dos blocos é maior que a normal que
age sobre eles então, a força normal entre o bloco 3 e o
bloco “1,2” fica:
P1, 2 − N 3−1, 2 = m1, 2 ⋅ a ⇒ N 3−1, 2 = P1, 2 − m1, 2 ⋅ a ⇒
N 3−1, 2 = 2mg − 2ma = 2m( g − a)
Resposta letra (d)

14

15/05/2010 37/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0368)
(NI: 0367)
Caderno 02
Caderno 02 Física 01
Física 01 Tópico 04
Tópico 04 vestibulares
vestibulares
Questão 13
Questão 12 Nível: médio
Nível: alto Assunto: 2.12.12
Assunto: 2.12.16
O corpo perde contato com o plano horizontal quando a
Em primeiro lugar vamos calcular a aceleração do con- componente vertical da força for maior que o peso do
junto, observe a figura: corpo. Então:

FY = P = 0,5 ⋅ 10 = 5 N
T 2 = FX2 + FY2 ⇒ FX = 10 2 − 5 2 = 75 N
Neste instante a única força que produz aceleração é Fx,
uma vez que a componente de F vertical está apenas
equilibrando o peso. Portanto,
Como a distância relativa entre os dois blocos na figura
(b) é de h, e por tratar-se de uma roldana fixa, isto signi-
F 75
a= = = 2 75m / s 2 ≅ 17,3m / s 2
fica que o corpo de massa m subiu uma distância de h/2 m 0,5
e o corpo de massa 2m desceu uma distância de h/2, Resposta letra (d)
então:
P2 m − T = 2m ⋅ a ⎫ g
⎬2mg − mg = 3ma ⇒ a =
T − Pm = m ⋅ a ⎭ 3
Por Torricelli temos:
h gh gh
v 2 = v02 + 2a ⇒ v2 = ⇒v=
2 3 3
gh
Resposta:
3

15

15/05/2010 38/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

III. Descendo totalmente carregado e abandonado


(NI: 0369) Pcheio − T = M ⋅ a ⎫
⎬ P − Pcontra − peso = (M + m ) ⋅ a
Caderno 02 T − Pcontra − peso = m ⋅ a ⎭ cheio
Física 01
Mg − mg 500 ⋅ 10
Tópico 04 a = = ≅ 1,4m / s 2 ⇒
vestibulares M +m 3500
a ≅ 1,4m / s 2

Questão 14
O sinal positivo da aceleração indica apenas que a ace-
Nível: médio
leração é a favor do movimento. (V)
Assunto: 2.12.12
IV. Descendo vazio e abandonado
Observe a figura:

T − Pvazio = m E ⋅ a ⎫
⎬ PCP − Pvazio = (m E + mCP ) ⋅ a ⇒
PCP − T = mCP ⋅ a ⎭
(m − mE )g 1500 − 1000
a = CP = ⋅ 10 = 2m / s 2
mCP + m E 2500
a = −2m / s 2
O sinal negativo da aceleração indica apenas que a ace-
leração é a contra do movimento. (V)

V. Parado vazio e abandonado

T − Pvazio = m E ⋅ a ⎫
⎬ PCP − Pvazio = (m E + mCP ) ⋅ a ⇒
PCP − T = mCP ⋅ a ⎭
(m − mE )g 1500 − 1000
a = CP = ⋅ 10 = 2m / s 2
mCP + m E 2500
I. Subindo carregado e abandonado: a = 2m / s 2
Pcheio − T = M ⋅ a ⎫ O valor positivo da aceleração indica que esta é a favor
⎬ P − Pcontra − peso = (M + m ) ⋅ a do movimento iniciado (V)
T − Pcontra − peso = m ⋅ a ⎭ cheio Resposta: VFVVV
Mg − mg 500 ⋅ 10
a = = ≅ 1,4m / s 2 ⇒
M +m 3500
a ≅ −1,4m / s 2

O valor negativo da aceleração indica apenas que esta


está contrária ao movimento. (V)

II. Subindo vazio e abandonado


T − Pvazio = m E ⋅ a ⎫
⎬ PCP − Pvazio = (m E + mCP ) ⋅ a ⇒
PCP − T = mCP ⋅ a ⎭
(m − mE )g 1500 − 1000
a = CP = ⋅ 10 = 2m / s 2
mCP + m E 2500
a = −2m / s 2
O valor negativo da aceleração indica apenas que esta
está contrária ao movimento. (F)

16

15/05/2010 39/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0370) (NI: 0372)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 05 Tópico 05
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 03
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 2.12.17 Assunto: 2.12.14

F = k1 x1 = 24 ⋅ 0,15 = 3,60 N ⇒ Observe a figura:

3,60
3,60 = k 2 ⋅ x 2 ⇒ x 2 = = 0,08m = 8cm
45
Resposta: 08

(NI: 0371)

Caderno 02
Física 01
Tópico 05
Propostas

Questão 02
Nível: fácil 00 – O corpo neste caso pode estar em movimento, por
Assunto: 2.12.17 exemplo, um livro sendo arrastado por uma tábua sem
que este deslize sobre aquele. Como pode estar parado,
k eq = 2k = 2 ⋅ 1600 = 3200 N / m por exemplo, um livro sobre uma mesa que está sendo
empurrado com uma força menor que a força de atrito
F = k eq ⋅ x ⇒ 800 = 3200 ⋅ x ⇒ x = 0,25m = 25cm estática máxima. (F).
Resposta: 25 11 – A força f1 é a força de atrito estática máxima, como
esta é maior que a força de atrito cinética, podemos a-
firmar que esta é a força de atrito máxima. (V)
22 – Este ângulo não tem nada a ver com o ângulo da
iminência do movimento, em primeiro lugar o gráfico
não está em escala e em segundo lugar o coeficiente de
atrito estático é igual à tangente do plano inclinado. (F)
33 – Vemos claramente no gráfico que a força f2 refere-
se à força de atrito, que se mantêm constante, quando o
corpo adquire movimento. (F)
44 – A reta b indica que por mais que aumentemos a
força aplicada a força de atrito mantêm-se constante, ou
seja, força de atrito cinético: o corpo está em movimento.
(F)
Resposta: FVFFF

Obs.: melhorar o gráfico

17

15/05/2010 40/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0373) (NI: 0375)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 05 Tópico 05
vestibulares vestibulares

Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 2.12.14 Assunto: 2.12.14

f atc = μ C ⋅ N ⇒ 12 = μ C ⋅ (1,5 ⋅ 10) ⇒ μ C = 0,8 Observe a figura:


F 12
a= = = 8m / s 2
m 1,5
Resposta letra (a)

(NI: 0374)

Caderno 02
Física 01
Tópico 05
00 –
vestibulares
PB − T = m B ⋅ a ⎫
Questão 02 ⎬ PB − f a = (m B + m A ) ⋅ a ⇒
T − f a = mA ⋅ a ⎭
Nível: fácil
5,0 ⋅ 10 − 0,2 ⋅ 15 ⋅ 10
Assunto: 2.12.14 PB − μ ⋅ N A = (m B + m A ) ⋅ a ⇒ a =
5,0 + 15,0
Δv 90km / h − 54km / h 25 − 15
a= = = = 1m / s 2 ⇒ a = 1,0m / s 2
Δt 10s 10 Verdadeiro
f a = F = m ⋅ a = 1000 ⋅ 1 = 1000 N = 100kgf
11 – Como:
Resposta letra (a) PB − T = m B ⋅ a ⇒
T = PB − m B ⋅ a = 50 − 5 ⋅ 1 = 45 N
Verdadeiro

22 – Como a aceleração do conjunto é 1m/s2, após 3,0s a


velocidade será v = v0 + a ⋅ t = 1,0 ⋅ 3,0 = 3,0m / s
Falso

33 – A distância percorrida pode ser expressa por:


x = x 0 + v 0 ⋅ t + 12 a ⋅ t 2 ⇒ x = 12 ⋅ 1 ⋅ 3,0 2 = 4,5m
Verdadeiro

44 – O bloco B “puxa” o bloco A através de um fio inex-


tensível, portanto os dois têm a mesma aceleração.
Falso

Resposta: VVFVF

18

15/05/2010 41/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0376) (NI: 0377)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 05 Tópico 05
vestibulares vestibulares

Questão 04 Questão 05
Nível: médio Nível: alto
Assunto: 2.12.14 Assunto: 2.12.14

Observe a figura: Obs.: Corrigir a figura Solução Æ Situação

Observe a figura:

Como não há deslizamento entre 1 e 2 podemos equa-


cionar da seguinte forma:
f a = μ E ⋅ N = 0,1 ⋅ P1 = 0,1 ⋅ 20 = 2 N T − f A = mA ⋅ a ⎫
⎬⇒
Como todos os blocos estão “grudados” estes possuem a F − f AB − f ABC − T = mC ⋅ a ⎭
mesma aceleração: F − f A − f AB − f ABC = (m A + mC ) ⋅ a
a1 = a 2 = a Como a velocidade é constante a = 0 então:
Como a única força que atua no bloco 2 é o atrito a favor F = f A + f AB + f ABC ⇒
do movimento, ou seja, no sentido da direita temos:
fa 2 F = μ (m A + (m A + m B ) + (m A + m B + mC )) ⋅ g
a2 = = = 0,5m / s 2
m2 4 F = 0,3(6 ⋅ 5,0) ⋅ 10 = 90 N
Esta aceleração é a mesma do bloco 1 que está sendo Resposta: 90N
“ajudado” pela força F e “atrapalhado” pela força de
atrito.
F − fa F −2
a1 = a = 0,5 = ⇒ 0,5 = ⇒ F = 3N
m1 2
Resposta: 03

19

15/05/2010 42/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0379)
(NI: 0378) Caderno 02
Física 01
Caderno 02 Tópico 05
Física 01 vestibulares
Tópico 05 Questão 07
vestibulares Nível: médio
Assunto: 2.12.15
Questão 06 Observe o esquema:
Nível: alto
Assunto: 2.12.14

Obs.: Corrigir mcin Æ μ cin

Observe a figura: Para que haja o equilíbrio:


f a = PX ⇒ μ ⋅ N = P ⋅ senθ ⇒
h (I)
μ ⋅ (PY + F ) = P ⋅
⇒ μ ⋅ (mg cos θ + F ) = mg ⋅
h
L L
h 0,6
De senθ = = = 0,6 ⇒ cos θ = 1 − 0,6 2 = 0,8
L 1
Substituindo todos os valores na EQ (I) temos:
0,4 ⋅ (2,0 ⋅ 9,8 ⋅ 0,8 + F ) = 2,0 ⋅ 9,8 ⋅ 0,6 ⇒
Equacionando temos: F = 13,7 N
f a = m ⋅ a' ⇒ μ ⋅ m ⋅ g = m ⋅ a' ⇒ Este valor na realidade é o valor mínimo para o sistema
Eq (I)
a ' = μ ⋅ g = 1,0m / s 2 estar em equilíbrio, como o plano inclinado está fixo no
chão, qualquer valor acima deste mínimo faz com que o
bloco permaneça em equilíbrio:
F − fa Resposta: F ≥ 13,7 N
F − f a = M ⋅ a' ' ⇒ a' ' = ⇒
M
Eq(II)
F − ma' 4,0 − 1,0 ⋅ 1,0 (NI: 0380)
a' ' = = = 1,5m / s 2
Caderno 02
M 2,0 Física 01
Portanto a aceleração da prancha em relação ao bloco é Tópico 05
dada por: a = a ' '− a ' = 1,5 − 1,0 = 0,5m / s
2
vestibulares
Para percorrer uma prancha de L=1,0m temos: Questão 08
Nível: médio
2L 2 ⋅ 1,0 Assunto: 2.12.12
t= = = 2,0 s
a 0,5 Para que o bloco B permaneça estático em rela-
Resposta: 02 ção ao bloco A, a força de atrito deve ser no mínimo i-
gual em módulo ao peso de B. Sabendo que a força nor-
mal resulta da força de contato de AB temos:
mB ⋅ g
f a = PB ⇒ μ ⋅ FAB = m B ⋅ g ⇒ FAB = ⇒
μ
0,4 ⋅ 10 40 40 40
FAB = = N ⇒ mB ⋅ a = ⇒a= ⇒
0,9 9 9 0,4 ⋅ 9
100
a= m / s2
9
Como esta aceleração deve acelerar os dois blocos temos:

F = (M + m ) ⋅ a = (5,0 + 0,4 ) ⋅
100
= 60 N
9
Resposta: 60N

20

15/05/2010 43/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0381) (NI: 0382)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 05 Tópico 05
vestibulares vestibulares

Questão 09 Questão 10
Nível: alto Nível: alto
Assunto: 2.12.14 Assunto: 2.12.14

Obs.: Æ Um segundo Questão repetida

Corrigir figura: 20KgÆ2,0kg

Original da prova:
Um corpo de massa 10 kg move-se sobre uma mesa com uma
aceleração de 2,0 m/s2. Um segundo corpo de massa 2,0 kg
escorrega sobre a face superior do primeiro com aceleração de
5,0 m/s2 e está submetido a uma força horizontal F. O coeficiente
de atrito cinético entre a superfície da mesa e a superfície do
corpo mais pesado é 0,2. Calcule o módulo da força F, em N.

Chamemos de “A” o bloco menor e de B o bloco maior. A


força resultante no bloco maior é dada por:
FAB − f atB = m B ⋅ a B ⇒ FAB = m B ⋅ a B + μ B ⋅ (m A + m B )g ⇒
FAB = 10 ⋅ 2,0 + 0,2 ⋅ (10 + 2,0) ⋅ 10 = 44 N
Agora que sabemos a força de contato entre A e B calcu-
lamos a resultante em A:
F − FAB = m A ⋅ a A ⇒ F = FAB + m A ⋅ a A ⇒
F = 44 + 2,0 ⋅ 5,0 = 54 N
Resposta: 54N

21

15/05/2010 44/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0385)
(NI: 0383)
Caderno 02
Caderno 02 Física 01
Física 01 Tópico 06
Tópico 05 Propostas
vestibulares
Questão 01
Questão 11 Nível: médio
Nível: médio Assunto: 2.12.15
Assunto: 2.12.14
Observe o esquema abaixo:
Por tratar-se de um MUV podemos determinar a veloci-
dade inicial do objeto pela velocidade média:
Δx v + v0 8 v
vM = = ⇒ v M = = 0 ⇒ v0 = 8m / s
Δt 2 2 2
Pela velocidade inicial e o tempo até parar, determina-
mos a aceleração:
v = v 0 + at ⇒ 0 = 8 + a ⋅ 2 ⇒ a = −4m / s 2 (o valor
negativo da aceleração indica apenas que ela é contrária
ao movimento) Como não há atrito, a normal (N) equilibra PMY e não
Como a única força que retarda o movimento é a do atri- afetará o movimento. A aceleração é dada pela resultan-
to, esta é a força resultante, então: te do seguinte sistema de equações:
a 4
FR = f a ⇒ m ⋅ a = μ ⋅ m ⋅ g ⇒ μ = = = 0,4 = 4 ⋅ 10 −1 PMX − T = M ⋅ a ⎫ P − P = (M + m ) ⋅ a ⇒
g 10 ⎬ MX
T − Pm = m ⋅ a ⎭
m

Resposta 04
P ⋅ senθ − Pm = (M + m ) ⋅ a
(NI: 0384) M ⋅ g ⋅ sen30º − m ⋅ g = (M + m ) ⋅ a
Caderno 02 M ⋅ 10 ⋅ 0,5 − m ⋅ 10 = (M + m ) ⋅ 2 ⇒
Física 01 M 12
Tópico 05 5M − 10m = 2 M + 2m ⇒ 3M = 12m ⇒ = =4
vestibulares m 3
Resposta: 04
Questão 12
Nível: médio
Assunto: 2.12.14

Fmax 4
1. μe = = = 0,8 Correto
N 0,5 ⋅ 10
2. Pelo gráfico vemos que a força de atrito cinética per-
manece constante, com o aumento da força aplicada
aumenta a força resultante e conseqüentemente a acele-
ração. Correto

FR = F − f a = m ⋅ a ⇒ 7,0 − 3,0 = 0,5 ⋅ a


3. Correto
⇒ a = 8,0m / s 2
4. Como a força peso e a normal não formam um par
ação e reação, estas não formam linhas de ação coinci-
dentes. Errado
Respostas: CCCE

22

15/05/2010 45/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0387)
(NI: 0386)
Caderno 02
Caderno 02 Física 01
Física 01 Tópico 06
Tópico 06 Propostas
Propostas
Questão 03
Questão 02 Nível: alto
Nível: médio Assunto: 2.12.18
Assunto: 2.12.15
Observe o esquema abaixo:
Observe a figura:

Equacionando o sistema de forças, sem atrito com o A tração pode ser decomposta em duas forças, uma ver-
plano inclinado, temos: tical que equilibra o peso, e outra que é a força resultan-
PB − T = m B ⋅ a ⎫ te do MCU, força centrípeta.
⎬ PB + PXA = (m B + m A ) ⋅ a ⇒ T ⋅ cos θ = P ⇒ T ⋅ cos
π
= m ⋅ 10 ⇒ T = 10 2 ⋅ m
T + PXA = m A ⋅ a ⎭
4
m B ⋅ g + m A ⋅ g ⋅ sen30º = (m B + m A ) ⋅ a ⇒ 2
FR = T ⋅ senθ = 10 2 ⋅ m ⋅ ⇒ FR = 10m ⇒
4,0 ⋅ 10 + 6,0 ⋅ 10 ⋅ 0,5 = (4,0 + 6,0) ⋅ a ⇒ a = 7,0m / s 2 2
Substituindo em qualquer das duas equações acima, v2
temos: FR = FCP = m ⋅ aCP = m ⋅ = 10m ⇒
T + PXA = m A ⋅ a ⇒ T + 6,0 ⋅ 10 ⋅ 0,5 = 6,0 ⋅ 7,0 ⇒ r
v 2 = 10 ≅ π 2 ⇒ v = (π )m / s ⇒ w = ⇒ w = π
v
T = 12 N
Respostas: a) 7,0m/s2 ; b) 12N r
2π 2π 2π
w= ⇒Τ= = = 2s
Τ w π
Resposta: 2s

23

15/05/2010 46/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0388) (NI: 0389)

Caderno 0 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 06 Tópico 06
Propostas Propostas

Questão 04 Questão 05
Nível: alto Nível: médio
Assunto: 2.12.18 Assunto: 2.12.12

Observe o esquema: Obs.: Corrigir o enunciado da questão:

Para que a pessoa não escorregue, a força de atrito deve


equilibrar o peso. A força de atrito depende da normal
00 – A normal e o peso não formam par ação e reação,
(parede encostando-se às costas da pessoa) que neste
em primeiro lugar atuam em geral no mesmo corpo, e no
caso é a força centrípeta.
caso do plano inclinado, nem o mesmo módulo têm. Por-
P = f a ⇒ m ⋅ g = μ ⋅ m ⋅ aCP ⇒ 10 = 0,2 ⋅ w 2 ⋅ r ⇒ tanto: Falsa
10 11 – A força resultante será dada por:
w2 = ⇒ w = 5rad / s FR = PX − f a ⇒ m ⋅ a = mg ⋅ senα '− μ ⋅ mg ⋅ cos α ' ⇒
0,2 ⋅ 2
Resposta letra (a) como : tan α = μ ⇒ a = g (senα '− tan α cos α ')
Portanto Falsa
Obs.: Note que esta questão é muito parecida com 22 – A força resultante é dada por:
uma questão resolvida, o que não tem muito pro-
FR = PX + f a ⇒ m ⋅ a = mg ⋅ senα '+ μ ⋅ mg ⋅ cos α ' ⇒
blema, porém verifique a forma como esta questão
foi solucionada: como : tan α = μ ⇒ a = g (senα '+ tan α cos α ')
v02
Por Torricelli temos: v = v − 2aΔx ⇒ Δx =
2 2
0
2a
Portanto falsa, pois a = g (senα '+ tan α cos α ') , uma
vez que a componente da força peso e o atrito têm a
mesma direção e sentido, contrários ao movimento.
33 – Um corpo só pode ser considerado um referencial
inercial, se o mesmo não possuir aceleração, e como foi
observado no item anterior o bloco tem aceleração até
parar. Falsa
44 – Não apenas antes do movimento, o coeficiente de
atrito estático é sempre maior que o coeficiente de atrito
cinético, não necessariamente na iminência do movi-
mento. O que o autor quis dizer é que a força de atrito
estático máxima é maior que a força de atrito cinético
que é uma constante. De qualquer forma: Verdadeiro
Resposta: FFFFV

24

15/05/2010 47/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0390) (NI: 0391)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 06 Tópico 06
Propostas vestibulares

Questão 06 Questão 01
Nível: alto Nível: médio
Assunto: 2.12.15 Assunto: 2.12.15

Observe a figura: Corrigir a figura:

a) Para que permaneçam em equilíbrio sem atrito, te-


mos:
a) A força F aplicada aos blocos desloca-os sem que ocor- mA
PAX = T = PB ⇒ m A ⋅ g ⋅ sen30º = m B ⋅ g ⇒ =2
ra deslizamento entre A e B, portanto: mB
F − FAB = M A ⋅ a ⎫
⎬ F = (M A + M B ) ⋅ a
b) Temos duas possibilidades:
FAB = M B ⋅ a 1ª) Bloco A desce acelerado

PAX − T = m A ⋅ a ⎫
⎬ PAX − PB = (m A + m B ) ⋅ a ⇒
b) A força normal pode ser decomposta em duas compo-
nentes, um que provém do contato horizontal de A com T − PB = m B ⋅ a ⎭
B (FAB) e outra decorrente do peso de A sobre B (PA).
m A ⋅ g ⋅ senθ − m B ⋅ g = (m A + m B ) ⋅ g ⇒
Como estas duas forças são perpendiculares temos: 1
N 2 = FAB
2
+ PA2 ⇒ N = M B2 ⋅ a 2 + M A2 ⋅ g 2 4
1 1 1 5 1
c) Comog ⊥ FAB e PA ⊥ plano _ horizontal temos: m A ⋅ − mB = m A ⋅ + mB ⋅ ⇒ mB = m A ⇒
2 4 4 4 4
P M ⋅g
tan θ = A = A mA
FAB M B ⋅ a =5
mB
Respostas:
a) F = (M A + M B ) ⋅ a ; b) N = M B2 ⋅ a 2 + M A2 ⋅ g 2 2ª) Se o bloco A desce retardado, analogamente temos:
MA ⋅g g⎫
c) ??? tan θ = T − m A ⋅ g ⋅ sen30º = m A ⋅ ⎪
MB ⋅a 4 ⎪ mA = 1

g ⎪ mB
mB ⋅ g − T = mB ⋅ ⎪⎭
4
Respostas: a) 2; b) 5 ou 1

25

15/05/2010 48/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0392) (NI: 0394)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 06 Tópico 06
vestibulares vestibulares

Questão 02 Questão 04
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.12.14 Assunto: 2.12.15

Obs.: Corrigir a figura Observe a figura:

a) Como a velocidade é constante temos que:


Como a velocidade é constante a força resultante no
PX = f a ⇒ mgsen 20º = μmg cos 20º ⇒ bloco é zero, não há aceleração, então:
0,34 T − PX − f a = 0 ⇒
μ = tan 20º = ≅ 0,36
0,94 0,57mg = mgsen30º + μ ⋅ mg cos 30º ⇒
b) f a = μ ⋅ N = 0,36 ⋅ mg = 0,36 ⋅ 10 ⋅ 10 = 36 N 0,57 = 0,5 + μ ⋅ 0,87 ⇒ μ = 0,08
f a 36 Resposta letra (e)
⇒a= = = 3,6m / s 2
m 10
Por Torricelli temos:
v 2 = v 02 + 2aΔx ⇒ 0 = 3 2 − 2 ⋅ 3,6 ⋅ Δx ⇒ Δx = 1,25m
Respostas: a) 0,36; b) 1,25m

(NI: 0393)

Caderno 02
Física 01
Tópico 06
vestibulares

Questão 03
Nível: fácil
Assunto: 2.12.24

Embora o comprimento de corda puxada pelo Valério


seja maior que o comprimento de corda puxado pelo
Marcos, a força aplicada pelo Valério é inversamente
proporcional ao comprimento de corda. Para o estudo do
trabalho e potência só interessa o trabalho realizado e o
tempo necessário para realizar este trabalho. No caso o
trabalho é elevar o bloco a uma altura h, não importa o
caminho. Portanto os dois fizeram o mesmo trabalho
T=mgh e o mesmo intervalo de tempo: P=T/dt.
Resposta letra (a)

26

15/05/2010 49/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0396)
(NI: 0395)
Caderno 02
Caderno 02 Física 01
Física 01 Tópico 06
Tópico 06 vestibulares
vestibulares
Questão 06
Questão 05 Nível: médio
Nível: alto Assunto: 2.12.1
Assunto: 2.12.18
Observe a figura:
Obs.: corrigir no enunciado ângulo S Æ θ

Observe a figura:

No ponto mais baixo da sua trajetória a normal terá a


seguinte relação com a força centrípeta:
N − P = FCP ⇒ N = P + FCP ⇒
v2 40 2
N = mg + m ⋅ = 70 ⋅ 10 + 70 ⋅ ⇒
R 40
N = 3500 N
Resposta letra (c)

(NI: 0397)

Caderno 02
Física 01
Tópico 06
vestibulares

Questão 07
Nível: médio
Assunto: 2.12.18

Observe a figura:

2
FCP = T 2 − P 2 ⇒ FCP = 65 2 − 60 2 = 25 N ⇒
v2 6,0 ⋅ 20 2
FCP = 25 = m ⋅ ⇒ R = = 96m
R 25
Resposta: 96m

27

15/05/2010 50/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0398) (NI: 0399)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 06 Tópico 07
vestibulares Propostas

Questão 08 Questão 01
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 2.12.14 Assunto: 2.14.24

Observe a figura: Para calcularmos o trabalho total basta examinarmos


qual a variação de altura, ou seja, hF – h0.
τ = − mgh = −5 ⋅ 10 ⋅ 1,2 = −60 J
O sinal negativo indica que o trabalho foi realizado con-
tra a ação gravitacional
Resposta: –60J

(NI: 0400)

Caderno 02
Física 01
Tópico 07
I. Verdadeiro. Uma vez que a força de atrito é direta- Propostas
mente proporcional à força normal e esta é menor no
plano inclinado, se opondo a uma componente da força Questão 02
peso. No trajeto BC a força normal é igual em módulo à Nível: médio
força peso. Assunto: 2.14.24
II. Falso.
FR = PX − f at = mg ⋅ 0,6 − μ ⋅ mg ⋅ 0,8 ⇒ Observe a figura:

FR = m ⋅ a = 0,6mg − 0,32mg = 0,28mg ⇒


a = 2,8m / s 2 ⇒
v 2 = 2aΔx ⇒ v = 2 ⋅ 2,8 ⋅ 100 ≅ 24m / s
III. Falso.
f at = μ ⋅ N = μ ⋅ mg = 0,4 ⋅ 50 ⋅ 10 = 200 N ⇒
FR = ma = 50a = 200 ⇒ a = 4m / s 2 ⇒
v 2 = v02 − 2aΔx ⇒ 0 = 560 − 2 ⋅ 4 ⋅ Δx ⇒
A força de atrito é dada por:
Δx = 70m
IV. Verdadeiro. Calculado no item anterior
f at = μ ⋅ N = μ ⋅ mg cos θ = 0,4 ⋅ 10 ⋅ 10 ⋅ 0,5 = 20 N
V. Falso. Calculado no item II. Como sabemos o deslocamento e a força de atrito, temos:
VI. Verdadeiro. Calculado no item III τ = f at ⋅ d = −20 ⋅ 3 = −60 J
O sinal negativo do trabalho realizado pelo atrito indica
Resposta: VFFVFV que neste caso o atrito age contra o movimento do bloco.
Salientamos que nem sempre o atrito é contra o movi-
mento.
Resposta: –60J

28

15/05/2010 51/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0401) (NI: 0403)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 07 Tópico 07
Propostas vestibulares

Questão 03 Questão 01
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 2.14.24 Assunto: 2.14.24

Examine o gráfico: Observe a figura:

FR = m ⋅ a = Fx − Px = mg cos θ − mgsenθ ⇒
Temos o gráfico de vxt, como F=Kv, ou seja, F é direta- a)
mente proporcional a v, podemos construir outro gráfico,
ma = mg ⋅ 0,8 − mg ⋅ 0,6 ⇒ a = 0,2 g = 2m / s 2
onde F0 = 0 e F60 = 1x2,50=2,50N, Então:
2,50 ⋅ 60 τF mg cos θ 0,8 4
τ ≡ − Α Fxv = − = −75 J b) = = =−
2 τ P − mgsenθ − 0,6 3
O sinal negativo do trabalho indica apenas que a força Resposta: a) 2m/s2; b) –4/3
de atrito é contrária ao movimento.
Resposta: –75J (NI: 0404)

(NI: 0402) Caderno 02


Física 01
Caderno 02 Tópico 07
Física 01 vestibulares
Tópico 07
Propostas Questão 02
Nível: fácil
Questão 04 Assunto: 2.14.24
Nível: médio
Assunto: 2.14.24
P 23 ⋅ 10 3
P = F ⋅v ⇒ F = = = 4,6 ⋅ 10 4 N
τ τ v 0,5
P= ⇒ 50 = ⇒ τ = 3 ⋅ 10 4 J ⇒ Resposta letra (b)
Δt 10 ⋅ 60
τ = F ⋅ d = P ⋅ d ⇒ 3 ⋅ 10 4 = P ⋅ 60 ⇒ P = 500 N ⇒
m
P = mg ⇒ 500 = m ⋅ 10 ⇒ m = 50kg ⇒ V = ⇒
μ água
50
V = = 50 Litros
1,0

Resposta: 50

29

15/05/2010 52/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0405)
(NI: 0406)
Caderno 02
Física 1 Caderno 02
Tópico 07 Física 01
vestibulares Tópico
vestibulares
Questão 03
Nível: médio Questão 04
Assunto: 2.14.24 Nível: fácil
Assunto: 2.14.24
00 – A potência da bomba a 80% de rendimento temos:
P = 0,8 ⋅ 75 HP = 60 HP = 45kW e para que a “bomba” Observe a figura:
eleve a água a 100m a razão de:
1000kg 0,03m 3
δ= ⋅ = 30kg / s
m3 s
Deve-se ter uma potência de:
mgh
P= = 30 ⋅ 10 ⋅ 100 J / s = 30kW
Δt
Portanto FALSO a) Falso, uma vez que a caixa muda sua altura há traba-
lho da força peso, mesmo que seja negativa, pois é con-
11 – P = d ⋅ V ⋅ g ⋅ h = 1000 ⋅ 0,03 ⋅ 10 ⋅ 150 = 45kW = 60 HP trária à força, a caixa está subindo.
Δt 1s
Portanto FALSO. b) Verdadeiro. A força normal é perpendicular ao movi-
Obs.: O gabarito da upe considera a bomba instalada no mento da caixa e portanto não interfere diretamente em
lençol juntamente com o compressor, o que resultaria seu movimento. A força normal influencia a força de
numa altura de 250m e a resposta estaria correta. Po- atrito que estaria na mesma direção do movimento da
rém, como a entidade faz distinção entre bomba “em caixa, porém a força normal não realiza trabalho.
lençol profundo”, compressor e bomba de recalque; en-
tendemos que a questão refere-se apenas à bomba c) Falso. Se a caixa mudou sua energia potencial gravi-
instalada no lençol. tacional é porque houve trabalho realizado.

22 – P = 75 ⋅ 0,8 = 60 HP = 45kw = dVgh = 1000 ⋅ 0,03 ⋅10 ⋅150 = 45kW d) Verdadeiro. O trabalho mínimo é dado por:
Δt τ = P ⋅ h = 50 ⋅ 10 ⋅ 12 = 6kJ
U
1s
Portanto VERDADEIRA
e) Falso. Pelo contrário a caixa ganha energia potencial
PU = 125 ⋅ 0,8 = 100 HP = 75kW ⇒ gravitacional com sua elevação
33 – dVgh 1000 ⋅ 0,03 ⋅ 10 ⋅ 250
P= = = 75kW Resposta: FVFVF
Δt 1s
Portanto VERDADEIRA

dVgh
P= = 1000 ⋅ 0,03 ⋅ 10 ⋅ 100 = 30kW ⇒
44 – Δt
PU = 50 ⋅ 0,8 = 40 HP = 30kW

Portanto VERDADIRA

Resposta: FFVVV

30

15/05/2010 53/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0409)
(NI: 0407)
Caderno 02
Caderno 02 Física 01
Física 01 Tópico 07
Tópico 07 vestibulares
vestibulares
Questão 07
Questão 05 Nível: médio
Nível: fácil Assunto: 2.14.24
Assunto: 2.14.24
Observe a figura:
Observe a figura:

O trabalho da força peso é realizado apenas na direção


vertical, então não importa a velocidade horizontal da
partícula o trabalho da força peso é dado por:
τ = P ⋅ h = 1,0 ⋅ 10 −3 ⋅ 10 ⋅ 1,0 = 1,0 ⋅ 10 −2 J O aluno poderia incorrer no erro de determinar o traba-
Resposta letra (a) lho pela força peso. Isto estaria correto caso não houves-
sem forças dissipativas. Senão vejamos a aceleração do
(NI: 0408) móvel sem forças dissipativas seria dada por:
a=g.senθÆ a= 10x0,5=5m/s2, ora então em dois segun-
Caderno 02 dos o móvel deveria ter 10m/s e não 6m/s como está e-
Física 01 nunciado. Então podemos resolver este problema pela
Tópico 07 variação da energia cinética, uma vez que o carro parte
vestibulares do repouso e adquire velocidade devida à resultante das
forças.
Questão 06 Como o movimento é uniformemente variado, podemos
Nível: fácil calcular a velocidade final pela velocidade média:
Assunto: 2.14.24 v F − v0 Δx v F 6 v
vM = ⇒ = ⇒ = F ⇒ v F = 6m / s
2 Δt 2 2 2
O trabalho de uma força variável na mesma direção do
Como a energia “adquirida” pela força resultante foi
deslocamento é numericamente igual à área da curva
cinética, que inicialmente era zero, temos:
sob o gráfico da força pelo deslocamento, então:
mv F2 4 ⋅ 10 3 ⋅ 6 2
τ = ΔEC = = = 72kJ
2 2
Resposta: 72kJ

τ ≡ Α1 − Α 2 =
(B1 + b1 ) ⋅ h1 − B2 ⋅ h2

2 2
((8 − 2) + (6 − 2) ) ⋅ 40 − (9 − 8) ⋅ 20 = 190 J
2 2
Resposta: 190J

31

15/05/2010 54/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0410) (NI: 0411)

Caderno 02 Caderno 02
Física 01 Física 01
Tópico 07 Tópico 07
vestibulares vestibulares

Questão 08 Questão 09
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 2.14.24 Assunto: 2.14.24

Observe o gráfico: Observe a figura:

O trabalho a ser realizado será de remover A da sua


posição inicial e coloca-la na posição indicada na figura.
Supondo que toda massa esteja concentrada no centro
Numa força variável, o trabalho pode ser calculado pela de gravidade, este se desloca de uma altura de 1,5m.
área sob a curva do gráfico da força pelo deslocamento.
1,0 ⋅ 10
τ ≡Α= = 5,0 J
2
Resposta letra (c)

τ = mgh = dVgh = 1000 ⋅ (2,0 ⋅ 1,5) ⋅ 10 ⋅ 1,5 = 45kJ


Resposta: 45kJ

32

15/05/2010 55/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0412)

Caderno 02
Física 01
Tópico 07
vestibulares

Questão 10
Nível: médio
Assunto: 2.14.24
Observe o gráfico:

Dois tipos de força contrapõe ao movimento do bloco. O


atrito cujo trabalho foi dado, 10J, e o trabalho da força
peso dada por: τ P = P ⋅ h = 10 ⋅ 4 = 40 J
Portanto, o trabalho dissipativo mais o trabalho para
“vencer” a gravidade é de τ D = 10 + 40 = 50 J .
O trabalho da força F (variável) menos τ D é o quanto o
corpo adquiriu de energia cinética, a partir daí podemos
determinar sua velocidade.
Para determinarmos o trabalho da força F (variável)
recorremos à área sob a curva do gráfico da força pelo
deslocamento.

τF ≡ Α =
(5 + 3) ⋅ 25 = 100 J
2
Portanto a variação da energia cinética foi de:
τ = ΔEC = τ F − τ D = 100 − 50 = 50 J ⇒
mv 2 1⋅ v 2
= 50 ⇒ = 50 ⇒ v = 10m / s
2 2
Resposta letra (d)

33

15/05/2010 56/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Existem diversos processos de eletrização. Iremos estudar a


Tópico 01 seguir os mais comuns:

Eletrização por atrito

CONCEITOS FUNDAMENTAIS Experimentalmente comprova-se que ao atritarem dois corpos


neutros de materiais diferentes, um deles retira elétrons do outro, ficando
Anteriormente, estudamos a eletrodinâmica, isto é, estudamos eletrizado com carga negativa enquanto o outro (o que perdeu elétrons)
os fenômenos eletromagnéticos que decorriam do movimento de cargas ficará com carga positiva. Mas a carga de cada corpo dependerá do
elétricas. A partir de agora, iremos estudar a eletrostática, isto é, o estudo material de que é feito. Dependerá da intensidade da ligação entre o
do eletromagnetismo no caso particular de cargas elétricas estarem em núcleo e o elétron. Para isto usamos uma tabela de alguns materiais
repouso num dado referencial. chamada triboelétrica que ordena os materiais da seguinte forma:
Regra Substância
Princípio da Eletrostática Vidro
+ Mica
São dois os princípios fundamentais em que se baseia eletrostática: Lã
Pele de gato
Seda
• Princípios da atração e repulsão Algodão
Esbonite
Experimentos mostram que quando aproximam-se duas par- Cobre
- Enxofre
tículas eletrizadas com cargas de mesmo sinal, ocorre a repulsão entre Celulóide.
elas, mas se tiverem sinais opostos, ocorre a atração. Observe:
Quando dois materiais são atritados entre si, aquele que
+ + ocupa a posição superior na série é o que perde elétrons, eletrizando-se
positivamente.
- -
Conclusão: na eletrização por atrito os corpos se eletrizam com
+ - mesma carga em módulo mas com sinais contrários.

Então podemos enunciar: Eletrização por contato

Partículas eletrizadas com cargas de mesmo sinal se repelem e Se corpos condutores forem colocados em contato, estando
com cargas de sinais opostos se atraem. ao menos um deles eletrizado, ocorrerá uma redistribuição de carga
entre eles.
• Princípio da Conservação da Carga Lembre-se que, nos condutores, as cargas livres tendem a
se distribuir sobre toda sua superfície externa, de forma a minimizar a
Essa propriedade nos diz que: repulsão entre elas. Assim, ao colocarmos dois condutores em contato,
as cargas “enxergarão” o conjunto como uma única grande superfície
“A carga elétrica total, num sistema eletricamente isolado, nunca externa, sobre a qual elas irão se distribuir. No caso de tais condutores

FÍSICA II
varia”. serem esféricos, a distribuição das cargas sobre eles se dará propor-
cionalmente ao raio das esferas.
e-
Um sistema eletricamente isolado é aquele que não realiza Se um dos corpos
+ + + +
+
trocas de cargas com o meio exterior. estiver neutro, o contato resul- + + + + +
+
+ + +
+ + +
A propriedade da conservação da carga elétrica pode ser tará em sua eletrização, pois + + +
(a) (b)
expressa matematicamente através da equação: as cargas em excesso do(s)
+ +
outro(s) condutor(es) se distri- +
+ +

+
ΣQantes = ΣQdepois buirão sobre toda a superfície +
+ + +
dos corpos em contato. (c)

Suponha que tenhamos três corpos A, B e C, eletrizados com Outro caso que deve ser mencionado é quando colocamos
cargas Qa, Qb e Qc, e admitirmos uma troca de cargas para Qa’, Qb’ e Qc’, “n” condutores esféricos idênticos, com cargas iniciais q1, q2, ..., qn, em
a carga elétrica total antes (ΣQ = Qa+ Qb+ Qc) é igual à carga elétrica total contato simultâneo, e depois os separamos. Ora, para as cargas elétricas,
(ΣQ=Qa’+Qb’+ Qc’) depois, sabendo-se que o sistema é eletricamente todos os condutores em contato formam um único grande condutor, e
isolado. a carga líquida resultante irá se distribuir sobre toda essa superfície.
Como as esferas são idênticas, podemos escrever que a carga final q,
Processos de eletrização em cada esfera, após a separação, será dada por:

A eletrização é o fenômeno através do qual é fornecida carga q = (q1 + q2 + ... + qn) / n


elétrica a um corpo eletricamente neutro.

Agora, consideremos que nosso planeta tem a forma esférica.


O processo oposto ao da eletrização é chamado neutralização Acabamos de ver que, no processo de eletrização por contato entre dois
ou descarga do corpo. condutores esféricos, as cargas livres se distribuem proporcionalmente
ao raio das esferas. Ora, o raio da terra é milhões de vezes maior que o

1
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

de um condutor eletrizado de tamanho convencional. Logo, ao colocarmos A indução pode ser parcial ou total. O valor absoluto da carga
um condutor eletrizado em contato com a Terra, as cargas livres passarão induzida é tanto maior quanto maior for a carga indutora e quanto mais
à Terra. Ou seja: próximos estiverem indutor e induzido.
Casca
Quando a carga induzida Interna + +
+ +
+
+q + +
+ +
Sempre que um condutor isolado for ligado à Terra, suas cargas for, em valor absoluto, igual à carga + +
+ + indutor
serão neutralizadas. indutora, dizemos que houve indução + +
+ +q +
total. Ocorrerá indução total, quando o + + induzido
+ +
Por outro lado, sabemos que, ao inserir cargas num material induzido envolver totalmente, ou quase +
+ +
+
+ +
isolante, ela ficará restrita à área de inserção e não irá se distribuir por totalmente, o indutor. +
+ +
+
+ + +
toda sua superfície. Logo, se, no processo de eletrização por contato, Casca
Interna
um dos corpos for isolante, as cargas que ele receber ficarão restritas à -q
Esfera
área de contato. Corpo eletrizado Neutra Um corpo neutro é atraído por
+ + + + - + um corpo eletrizado,como já foi visto.
FA - + FR
Conclusão: na eletrização por contato, se os corpos forem idên- - +
Aproximando-se da esfera metálica
- +
ticos, ficarão eletrizados com cargas de mesmo módulo e mesmo - +
indicada na figura ao lado um corpo
sinal. Se não forem idênticos, as cargas não serão de mesmo +q +q eletrizado, ocorrerá indução elétrica
módulo, mas os sinais serão os mesmos. na superfície da esfera metálica.
FA > FR
Já sabemos que, devido a Lei da
Conservação da Carga, a parte da esfera próxima ao corpo eletrizado
Eletrização por indução asume uma carga q de sinal contrário ao da carga do corpo eletrizado;
a parte da esfera diametrialmente oposta adquire uma carga +q. Logo,
O corpo condutor B, abaixo, está, inicialmente, eletricamente surgiria uma força de atração entre o corpo eletrizado e a esfera metálica
neutro. A aproximação do corpo A, eletrizado positivamente, irá exercer eletricamente neutra.
uma atração sobre os elétrons livres de B, fazendo com que eles se
acumulem na extremidade próxima a A, como na figura abaixo. Embora Polarização de Isolantes
B continue neutro, ocorreu nele uma separação de cargas.
A B
O processo de separar cargas em + + Sabemos que, na natureza, existem moléculas polares e
+ + - +
um condutor através da aproximação de um + + - + apolares, dependendo da distribuição geométrica das cargas elétricas
+ + - +
corpo eletrizado é chamado indução eletrostáti- + + - + na molécula.
+ + - +
+ +
ca. A é chamado de indutor, e B de induzido. Imagine um corpo isolante, cujas moléculas são + - + - + -

-
Agora, mantendo o indutor A próximo a B, iremos ligar B, polares, livre de qualquer influência elétrica. Suas molé- +
-
-
+ + -

+
+
através de um fio metálico, à Terra. Com isso, os elétrons livres da Terra culas, como pode ser visto na figura, estão distribuídas + -

-
-
-

+
+
passarão para o condutor, neutralizando a carga positiva que nele existia. aleatoriamente.
A
Assim, ao retirarmos a ligação de B com a Terra, e afastarmos o indutor, Ora, a aproximação de um corpo B
+ - + - +
a carga negativa que havia sido induzida em B irá se distribuir por toda eletrizado a esse isolante fará com que as +
+
- + - + - +
+
sua superfície. cargas do condutor atuem sobre as molé- +
+
- + - +
+
A figura a seguir ilustra o processo análogo, onde o indutor culas do isolante. Essa interação fará com +

estava carregado negativamente, e o aterramento neutraliza a carga que as moléculas do isolante se orientem. A figura ilustra o fato:
negativa induzida, através da passagem dos elétrons livres do induzido Isso caracteriza uma polarização do isolante, pois aparecerá em
FÍSICA II

para a Terra. sua extremidade A uma carga (no exemplo acima negativa) e em B um
+
+-
-
carga de sinal contrário (no exemplo acima positiva).
+ +- -
(a)
+
+
+- -
-
Tal fenômeno ocorreria mesmo se as moléculas fossem apo-
+-
+ -
+-
lares, pois a presença de um corpo indutor as tornaria polarizadas.
+ - -
+
(b) + -
+ Detectores eletrostáticos
+

+
(c) + Um detector eletrostático, ou eletroscópio, é um aparelho que
+
+
+ tem como função indicar a existência de cargas elétricas, determinando
+
se um corpo está ou não eletrizado, sem alterar sua possível carga. Suas
+ formas mais comuns, que se baseiam no princípio da indução eletrostá-
(d) + +
tica, são o pêndulo eletrostático o eletroscópio de folhas.
+

A carga final adquirida pelo corpo induzido tem sinal contrário à Pêndulo Eletrostático
carga do indutor.
Note que, independente da porção do condutor em que o fio terra
for ligado, o resultado do processo de eletrização por indução será +
+ -
- +++ -
- + - - -
+
+ - + + - + -- --
+ +
o mesmo. Por exemplo, se no caso acima ligássemos o fio terra
no lado da esfera próximo ao indutor, isso não alteraria a carga Condutor elétrico Condutor elétrico
final adquirida pelo induzido, pois o indutor mantém as cargas de com carga positiva com carga negativa

sinal oposto ao do induzido. A esfera suspensa pelo fio está eletricamente neutra. Se for
aproximado dela um corpo eletrizado, ela sofrerá indução eletrostática
e será atraída pelo corpo, indicando que o corpo em que foi aproximado
está carregado.

2
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Sabendo que o corpo está eletrizado, podemos realizar um Questões Resolvidas


procedimento para determinar qual o sinal de sua carga.
Inicialmente iremos eletrizar a esfera suspensa do pêndulo
I II
com uma carga de
sinal conhecido. Por
- -
01. Determine a carga elétrica de um condutor que, estando inicial-
-
exemplo, negativa. -
-- -
- -
- -
- mente neutro, perdeu 5,0 x 1013 elétrons.
Então, iremos apro- Solução: Como o corpo perdeu elétrons, sua carga é positiva. Assim:
ximar novamente Q = ne = (5,0 x 1013) x (1,6 x 10-19) = 8 x 10-6
III IV
o corpo em estudo
do pêndulo. Caso o
- - - - - +++
02. Três esferas idênticas A, B e C possuem cargas iniciais
- A - - -
pêndulo seja repeli- -
- -
-
- - - - ++B ++ Q A = Q, Q B = 2Q e Q C = 3Q. As três são colocadas em contato e
- -
do, saberemos que depois separadas. Calcule a carga final das esferas.
o corpo possui carga Solução: Temos: QA + QB + QC = QA’ + QB’ + QC’
de mesmo sinal da carga da esfera (no caso, negativa). Se, por outro A carga total inicial é QT = Q + 2Q + 3Q = 6Q. Como as esferas são
lado, o pêndulo for atraído pelo corpo, estará evidenciado que o corpo idênticas, QA’ = QB’ = QC’.
possuía carga de sinal oposto à carga do pêndulo (no caso, positiva). Logo, QA’ + QB’ + QC’ = 3 QA’ = 6Q.
Finalmente, QA’ = QB’ = QC’ = 2Q.
Eletroscópio de Folhas
Questões Propostas
esfera
O eletroscópio de folhas consiste
de uma esfera condutora ligada por uma
isolante
barra condutora a finas lâminas móveis, barra condutora
também condutoras..
lâmina
01 . (UFSM) Considere as seguintes afirmativas:
Ao aproximarmos da esfera um I. Um corpo não eletrizado possui um número de prótons igual ao
recipiente
corpo eletrizado, ele induzirá a esfera, a número de elétrons.
barra e as lâminas, gerando um acúmulo de cargas de sinal igual à do II. se um corpo não eletrizado perde elétrons, passa a estar positiva-
objeto nas folhas. Esse acúmulo de cargas gerará repulsão eletrostática, mente eletrizado e, se ganha elétrons, negativamente eletrizado.
fazendo as folhas se afastarem. III. isolante ou dielétricos são substâncias que não podem ser eletrizadas.
I +
+
+ II ++ Está(ão) correta(s)
+ +
++
+
+
++ - -- + a) apenas I e II. b) apenas II. c) apenas III.
- ++
- Q+
-
-
- d) apenas I e III. e) I,II e III.
Q-
02. (UFSM) Uma esfera de isopor de um pêndulo elétrico é atraída
+ + - - por um corpo carregado eletricamente. Afirma-se, então, que
+ + - -
+ + - - I. o corpo está carregado necessariamente com cargas positivas.
Eletroscópio sob Eletroscópio sob II. a esfera pode estar neutra.
influência de influência de
carga positiva carga negativa III. a esfera está carregada necessariamente com cargas negativas.
Está(ão) correta(s)
++
Para determinarmos, com o a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III.

FÍSICA II
+
++
--- ++
--- ---- + - -
uso do eletroscópio, o sinal das cargas - - - - - d) apenas I e II. e) apenas I e III.
presentes num corpo conhecidamente
eletrizado, procederemos de maneira
- -
03. (UEL) Corpos eletrizados ocorrem naturalmente no nosso coti-
semelhante ás que fizemos com o -
- -
- diano.Um exemplo disso é o fato de algumas vezes levarmos pequenos
pêndulo eletrostático. - - ++
choques elétricos ao encostarmos em automóveis. Tais choques são
- ++
--
Iremos, inicialmente, carre- -- - ---
-- -- ---- + +
++
devidos ao fato de estarem os automóveis eletricamente carregados.
- - - -
gar o eletroscópio de folhas com uma Sobre a natureza dos corpos (eletrizados ou neutros), Considere as
carga de sinal conhecido (por exemplo, afirmativas a seguir:
negativa). Isso irá fazer as folhas dos -
- -
-
I. Se um corpo está eletrizado, então o número de cargas elétricas
- - - -
eletroscópio se afastarem. A seguir, negativas e positivas não é o mesmo.
aproximamos o corpo em estudo da esfera do eletroscópio. Se o corpo II. Se um corpo tem cargas elétricas, então está eletrizado.
possuir cargas de sinal igual à do eletroscópio (no caso, negativa), ele III. Um corpo neutro é aquele que não tem cargas elétricas.
induzirá mais cargas desse sinal nas folhas, aumentando sua abertura. IV. Ao serem atritados, dois corpos neutros, de materiais diferentes,
Caso a carga do corpo seja oposta à carga do eletroscópio (no caso, po- tornam-se eletrizados com cargas opostas, devido ao princípio de
sitiva), ela reduzirá a indução sobre as folhas, diminuindo sua abertura. conservação das cargas elétricas.
V. Na eletrização por indução, é possível obter-se corpos eletrizados
com quantidade diferentes de cargas.
Sobre as afirmativas acima, assinale a alternativa correta.
a) apenas as afirmativas I, II e III são verdadeiras.
b) apenas as afirmativas I, IV e V são verdadeiras.
c) apenas as afirmativas I e IV são verdadeiras.
d) apenas as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.
e) apenas as afirmativas II, III e V são verdadeiras.

3
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

04. Três pequenas esferas condutoras M, N e P idênticas estão ele- a) Fica com carga total positiva e é atraído pelo eletrizado.
trizadas com cargas +6q, +q e -4q, respectivamente. Uma quarta esfera b) Continua com carga total neutra e é atraído pelo eletrizado.
Z, igual às anteriores, encontra-se neutra. Determine a carga elétrica c) Fica com carga total positiva e é repelido pelo eletrizado.
adquirida pela esfera Z após contatos sucessivos com M, N e P, nessa d) Não é nem atraído nem repelido pelo eletrizado.
ordem.
03. (UFMG) Uma aluna com cabelos compridos, num dia bastante
05. (ITA) Um objeto metálico carregado positivamente com carga +Q é seco, percebe que depois de penteá-los o pente utilizado atrai pedaços
aproximado de um eletroscópio de folhas, que foi previamente carregado de papel. Isso ocorre porque:
negativamente com carga igual Q. a) O pente se eletrizou por atrito .
I. À medida que o objeto for se aproximando do eletroscópio, as folhas b) Os pedaços de papel estavam eletrizados.
vão se abrindo além do que já estavam. c) O papel é um bom condutor elétrico.
II. À medida que o objeto for se aproximando, as folhas permanecem d) Há atração gravitacional entre o pente e os pedaços de papel.
como estavam. e) O pente é um bom condutor elétrico.
III. Se o objeto tocar o terminal externo do eletroscópio, as folhas devem
necessariamente fechar-se. 04. (AFA) Faz-se um experimento com quatro esferas metálicas iguais
++ e isoladas uma da outra. A esfera A possui carga elétrica Q e as esferas
++
- - - ++ +
Neste caso, pode-se afirmar que: - +
Q+ B, C e D estão neutras. Colocando-se a esfera A em contato sucessivo
-
a) Somente a afirmativa I é correta. - - com as esferas B, C e D, a carga final de A será:
-
b) As afirmativas II e III são corretas. Q- a) Q/3 b) Q/4 c) Q/8 d) Q/9
c) As afirmativas I e III são corretas.
d) Somente a afirmativa III é correta. - -
05. (UFPE/UFRPE) Duas esferas condutoras A e B possuem a mesma
e) Nenhuma das afirmativas é correta. - - carga Q. Uma terceira esfera C, inicialmente descarregada e idêntica às
- -
esferas A e B, é colocada em contato com a esfera A. Depois de algum
06 . (FUVEST) Quando se Bastão B
+
tempo a esfera C é separada de A e colocada em contato com a esfera
aproxima um bastão B, eletrizado ++ ++ ++ - + S B. Qual a carga final da esfera C depois de separada da esfera B?
++ ++ ++ - +
positivamente, de uma esfera P a) 3Q/4 b) 2Q/4 c) Q/4 d) Q/2 e) Q
- +
- +
metálica, isolada e inicialmente - +
descarregada, observa-se a dis-
isolante
+
R
06. (UPE) Quatro corpos A, B, C e D formam um sistema eletricamente
tribuição de cargas representada isolado. Inicialmente tem-se que QA = 6C, QB = -2C, QC = 4C e QD = - 4C.
na figura. O corpo A cede 2C ao corpo B e o corpo C cede 1C ao corpo D.
I II
Mantendo o bastão na mesma posição, a esfera é conectada à terra 0 0 O corpo B ficou eletricamente neutro.
por um fio condutor que pode ser ligado a um dos pontos P, R ou S da 1 1 A carga total após a transferência é de 4C.
superfície da esfera. Indicando por (→) o sentido do fluxo transitório (φ) 2 2 A soma algébrica das quantidades de carga elétrica é constante.
de elétrons (se houver) e por (+), (-) ou (0) o sinal da carga final (Q) da 3 3 O corpo A antes e depois, tem carga elétrica positiva.
esfera, o esquema que representa φ e Q é: 4 4 Após a transferência de carga, os corpos C e D ficaram eletri-
camente positivos.
(a) P (b) (c)
+ - +
07. (UPE) Em relação a um eletroscópio de folhas,
FÍSICA II

I II
0 0 É um aparelho destinado a verificar se o corpo está ou não
magnetizado.
(d) (e)
1 1 É um dispositivo básico, constituído de uma esfera metálica
O -
ligada por um condutor a duas lâminas metálicas delgadas,
protegidas das perturbações causadas pelo ar por um reci-
R piente de vidro.
2 2 Quando a sua esfera é tocada por um corpo eletrizado, as
folhas, que normalmente pendem juntas na vertical, se afastam
uma da outra.
3 3 É necessário que um corpo eletrizado realmente toque na
Questões de Vestibulares esfera do eletroscópio, para que suas folhas metálicas se
afastem.

01. (UEL) Um bastão isolante é atritado com tecido e ambos ficam 4 4 Quando um bastão eletrizado por atrito com uma flanela é
aproximado da esfera do eletroscópio, as
eletrizados. É correto afirmar que o bastão pode ter: folhas metálicas se repelem, porque adquirem, por indução,
a) Ganhou prótons e o tecido ganhou elétrons. cargas de sinal opostas a do bastão.
b) Perdido elétrons e o tecido ganho prótons.
c) Perdido prótons e o tecido ganho elétrons. 08. (UNIFOR) Duas pequenas esferas idênticas estão eletrizadas
d) Perdido elétrons e o tecido ganho elétrons. com cargas de 6,0 μC e -10 μC, respectivamente. Colocando-se as
e) Perdido prótons e o tecido ganho prótons. esferas em contato, o número de elétrons que passam de uma esfera
para a outra vale:
02. (AFA) Ao aproximarmos um condutor eletricamente neutro de um a) 5,0 x 1013 b) 4,0 x 1013 c) 2,5 x 1013 d)4,0 x 106 e) 2,0 x 106
condutor eletrizado positivamente, sem que haja contato, observaremos
que o neutro:

4
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Obs.: Lembre que esta soma é uma soma vetorial. Então é preci-
Tópico 02 so, de um modo geral, para vetores formando um ângulo entre si,
 
utilizar a regra do paralelogramo. Considere duas forças F1 e F2

o módulo e direção da força resultante FR é representada pela
diagonal do paralelogramo formado pelas duas forças.
FORÇA ELÉTRICA E LEI DE COULOMB
C
Observando a figura,
Devemos às experiências de Du Fay e Charles Coulomb a vemos que a resultante é o lado 180° - α
descrição da interação elétrica entre duas partículas puntiformes carre- de um dos triângulos A, C, D ou A D
α
gadas eletricamente. A, B, D. Podemos determinar
Podemos escrever a lei física que rege a interação eletrostática seu módulo usando a lei dos
B
entre duas partículas carregadas, conhecida como Lei de Coulomb, da cosenos.
seguinte maneira:
FR2 = F12 + F22 − 2FF
1 2 cos(180° − α )

“A interação eletrostática entre duas partículas carregadas é pro- Como cos (180 - α) = - cos, teremos:
porcional às suas cargas e ao inverso do quadrado da distância
FR = F12 + F22 + 2FF
1 2 cos α
entre elas, e tem a direção da reta que une as duas cargas”.

É importante ressaltar que: Questões Resolvidas


a) A força atua na direção da reta que une as cargas.
b) Cargas de mesmo sinal produzem força repulsivas entre si. Cargas
de sinais opostos produzem forças atrativas entre si.
c) A força elétrica obedece ao princípio da ação e reação, ou seja, a força 01. Determine a razão entre o módulo da força elétrica e o módulo da
calculada não atua apenas sobre uma carga, mas sim entre elas. força gravitacional existente entre as partículas constituintes do átomo
de hidrogênio.
Matematicamente podemos escrever a Lei de Coulomb da seguinte Solução:
maneira: O átomo de hidrogênio é constituído por um próton e por um elétron. A
 Q⋅q força de atração gravitacional entre duas partículas é dada por:
F =K
d2 Fg = Gmpme/r2 (1)

Onde Q e q representam as cargas das partículas, d a dis- onde mp é a massa do próton, me é a massa do elétron e r é a distância
tância entre elas e K é uma constante definida por K = 1/4π ε, onde entre o próton e o elétron. Como a carga do elétron é igual e contrária
ε é a permissividade elétrica do meio. É comum denotarmos por ε0 a à carga do próton, a força de atração elétrica entre duas cargas é dada
permissividade elétrica do vácuo. Para um meio qualquer com permis- por:
sividade ε, a razão adimensional ε/ ε0 é chamada de constante dielétrica Fe = k0e2/r2 (2)
do meio. Claramente, a constante dielétrica do vácuo vale 1. Para um
dielétrico qualquer, sua constante dielétrica é sempre maior que um, ou onde e é a carga do elétron. Dividindo a relação (2) pela relação (1)
seja, a permissividade elétrica de um dielétrico é sempre maior do que encontramos:
a permissividade elétrica do vácuo.

FÍSICA II
Note que duas partículas interagindo em meios diferentes, Fe / Fg = k0e2/ Gmpme (3)
sofrerão forças de módulos diferentes, por causa da variação da per-
missividade do meio. Usando os seguintes valores: k0 = 9 x 109 N.m2 / C2; G = 6,67 x 10 -11
Quando as cargas se encontrem em outro meio sem ser o N.m2/kg2; mp = 1,7 x 10-27 kg. Substituindo estes valores na equação
vácuo, as moléculas do dielétrico, por influência das duas cargas em (3) resulta:
estudo, sofrem uma redistribuição. Isto equivale a dizer que o dielétrico se Fe / Fg = 2 x 1039
polariza. A polarização do dielétrico faz diminuir a força “efetiva” exercida
entre as duas cargas em estudo. Então, o decréscimo da força elétrica Vemos que a força elétrica entre um próton e um elétrons é cerca de
depende da natureza do dielétrico. O valor usualmente utilizado de K para 1039 vezes maior do que a força de atração gravitacional entre estas
o vácuo é de K ≅ 9 x 109 Nm2 C-2, nos dando ε0 = 8,85 x 10-12 C2/Nm2. duas partículas elementares. Este resultado vale independentemente da
Os gráficos abaixo F F distância entre o próton e o elétron, já que tanto no caso da força elétrica
representam a variação da força quanto no caso da força gravitacional aparece o termo (1/r2),portanto
elétrica que atua sobre duas par- a razão entre a força elétrica e a força gravitacional de duas partículas
tículas puntiformes carregadas carregadas não depende da distância entre as mesmas.
interagindo, com a variação da 0 0
d 1/d2
distância entre elas: Obs.: Em todos os problemas envolvendo interações elétricas
Se várias partículas estiverem atuando sobre uma outra e gravitacionais entre partículas elementares, pela ordem de
partícula, a força total resultante sobre essa última partícula será dada grandeza obtida neste problema, concluímos facilmente que a
pela soma vetorial das forças atuantes na partícula. A força com a qual força gravitacional pode ser desprezada.
duas cargas interagem não é modificada pela presença de uma terceira
carga. Esse resultado é conhecido como princípio da superposição.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

02. Duas esferas idênticas possuem 03. (UFPE/UFRPE) Duas partículas de mesma massa têm cargas Q
a mesma carga q. Elas estão presas às θ θ e 3Q. Sabendo-se que a força gravitacional é desprezível em compara-
extremidades de dois fios de mesmo com- ção com a força elétrica, indique qual das figuras melhor representa as
L T
primento L, conforme indicado na figura de acelerações vetoriais das partículas.
termine o módulo da tensão num dos fios q
m q d m F Q 3Q
em equilíbrio. a)
mg
Q 3Q
Solução: b)
De acordo com a Lei de Coulomb,temos: Q 3Q
c)
F = k0q2/d2
Em geral o ângulo θ é muito pequeno, pois normalmente o peso do Q 3Q
d)
corpo é muito maior do que a força elétrica; neste caso, podemos usar
Q 3Q
a expressão aproximada: e)
sen θ = tg θ = d /2L

d kq2 2LkqH2
04. (UFPE/UFRPE) Duas cargas puntiformes, q1 = +1 mC e q2 = -4 mC,
Tsenθ = F � T · = 2 �T = estão fixas no vácuo a uma distância de 1,0 m entre si. Uma terceira carga
2l d d3
puntiforme e positiva q3 é posicionada ao longo da linha reta que passa
03. Quatro cargas puntiformes positivas F3 F2 pelas outras duas. Calcule a distância, em metros, entre a terceira carga
(cada uma igual a q) estão dispostas nos d e a carga positiva de forma que ela permaneça em equilíbrio estático.
q F1
q
vértices de um quadrado de lado igual a d,
conforme indicado na figura. As cargas se
d
D
d
05. (MACKENZIE) Duas cargas elétricas puntiformes idênticas q a
e
q
encontram em equilíbrio no vácuo; os suportes qb, cada uma com 1 x 10-7 C, en-
isolantes que mantêm estas cargas em repou- contram-se fixas sobre um plano
L L
so não são indicados na figura. Determine o q q horizontal, conforme a figura ao
módulo da força resultante sobre um das quatro cargas. Despreze a lado. Uma terceira carga q, de mas-
30° 30°
atração gravitacional. sa 10 g, encontra-se em equilíbrio qA qB

no ponto P, formando assim um triângulo isósceles vertical. Sabendo


Solução: que as únicas forças que agem em q são as de interação eletrostática
O módulo da força resultante sobre qualquer uma das quatro cargas deve com qa e qb e seu próprio peso, o valor desta terceira carga é: (Dado:
ser o mesmo (pela simetria do problema). Pela Lei de Coulomb: L = 3,0 cm).
F1 = F2 = k0q2/d2 (1) a) 1 x 10-5 C b) 2 x 10-6 C c) 1 x 10-6 C
d) 2 x 10 C
-7
e) 1 x 10 C
-7

F3 = k0q2/D2 (2)
D2 = 2d2 � D = d 2
06. Dois pêndulos elétricos tem o mesmo comprimento L. Suas massas
pendulares tem o mesmo peso P e são carregadas com a mesma carga
Q. Repelem-se e na posição de equilíbrio os fios formam um ângulo α
O Princípio da Superposição, permite escrever: com a vertical.
    P ⋅ tgα
F' = F1 + F2 + F3 Nessas condições prove que: Q = 2L . sen α
k
FÍSICA II

07. (UPE) Existem vários modelos para explicar o comportamento


   
Como F1 = F2 , a resultante da soma de F1 com F2 ,está na mesma
 
direção e sentido da força F3 . Portanto, a resultante F está na mesma dos átomos. O Modelo de Bohr é o mais simples para explicar algumas

direção de F3 . O módulo F da resultante será: propriedades do átomo de hidrogênio. No modelo de Bohr do átomo de

(
F = k 0 q2 1 + 2 2 / 2 d2 ) hidrogênio, um elétron (q = - e) circunda um próton (q = + e) em uma
órbita de raio R. Qual a velocidade do elétron nessa órbita?
Considere K como a constante da lei de Coulomb e m a massa do
Questões Propostas elétron.

K 2K K
a) 2 e b) e c) e
mR mR mR

01. (UFPE/UFRPE) Duas cargas elétricas puntiformes positivas estão d)


eK
e)
e K
separadas por 4cm e se repelem com uma força de 27 x 10-5N. Suponha mR mR
que a distância entre elas seja aumentada para 12cm Qual é o novo valor
da força de repulsão entre as cargas, em unidades de 10-5N? Questões de Vestibulares

02. (UFPE/UFRPE) O gráfico abai- F(10-8N)

xo representa a força F entre duas 5,0 01. (UNICAP)


cargas pontuais positivas de mesmo I II
valor, separadas pela distância r. 0 0 Sempre que colocamos dois condutores eletrizados em contato,
2,5
Determine o valor das cargas, em ocorrerá transferência de cargas de um para o outro.
unidades de 10-9C. 0 1 1 Na eletrização por atrito, os corpos se eletrizam com cargas
a) 1,0 b) 2,0 c) 3,0
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 r(m) de sinais opostos.
2 2 Os isolantes não podem ser eletrizados.
d) 4,0 e) 5,0

6
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

3 3 Na eletrização por indução, o induzido se eletriza com carga


de mesmo sinal do indutor.
08. (UFPE/UFRPE) Três cargas elétricas
Q1 L Q2

idênticas estão fixadas nos vértices do triângulo


4 4 o módulo da força entre duas cargas puntiformes é diretamente L
proporcional ao produto das cargas. da figura. Qual dos vetores indicados poderia
representar a força resultante sobre Q1 exercida
02. (UFSC) Assinale a(s) afirmação(ões) correta(s). por Q2 e Q3 ? Q3

I II
0 0 Dois corpos eletrizados com cargas de mesmo módulo e mesmo a) b) c)
sinal se atraem.
1 1 A lei de Coulomb afirma que a força de atração eletrostática d) e)
entre duas cargas de mesmo sinal é diretamente proporcional

2 2
ao inverso da distância de separação entre as cargas.
Um corpo, inicialmente neutro, fica eletrizado com carga po-
09. (AFA) Duas cargas pontuais 1 q 3 2 q q = 4q1

sitiva quando, por algum processo, são removidos elétrons positivas, q1 e q2 = 4q1, são fixadas P
do mesmo. a uma distância d uma da outra. Uma x
3 3 Um corpo, inicialmente neutro, fica eletrizado com carga ne- terceira carga negativa q3 é colocada
gativa quando, por algum processo, são adicionados elétrons no ponto P entre q1 e q2, a uma dis- d
ao mesmo.
tância x da carga q1, conforme mostra a figura.
4 4 Um corpo está eletrizado positivamente quando tem falta de
Para que as forças sobre a carga q3 sejam nulas, o valor de x é:
elétrons.
5 5 O eletroscópio de folhas de ouro é um dispositivo destinado a in- d d d d
a) b) c) d)
dicar a presença de cargas elétricas em corpos eletrizados. 2 3 4 6
6 6 Qualquer eletroscópio, inclusive o de folhas de ouro, é um dis-
positivo destinado a armazenar cargas elétricas e neutralizá-las, 10. (UFPB) Duas esferas carregadas q1 Q q2
por atrito, nas experiências de eletrostática. são fixadas em um eixo nos pontos
x 1=0m e x 2 = 3 m, como mostra a figura 0 1 2 3 x(m)

03. (UFPE/UFRPE) De um ponto de vista simplificado, um átomo de ao lado e tem, respectivamente, cargas q1 e q2, sendo q2 = α q1 ( α é
hidrogênio consiste em um único elétron girando, sob a ação da força um número real). Uma terceira esfera com carga Q = -q1 é colocada no
colombiana, numa órbita circular em torno de um próton, cuja massa ponto x = 1m, permanecendo em equilíbrio.
é muito maior que a do elétron. Determine a aceleração centrípeta do a) Reproduza a figura, indicando as forças que atuam sobre a esfera de
elétron, em unidades de 1022 m/s2, considerando este modelo simpli- carga Q.
ficado e que as leis de Newton se apliquem também a sistemas com b) Qual deve ser o sinal e o valor de α, para que o equilíbrio seja possível?
dimensões atômicas. Dado: R = 5 . 10-11m
11. (UFPE/UFRPE) Quatro cargas elétricas pontuais estão em posi-
04. (UFPB) Duas pequenas esferas metálicas iguais, uma com carga ções fixas e alinhadas conforme a figura. As cargas negativas são iguais
+6q e a outra com carga +4q, montadas em suportes isolantes, estão
isoladas e separadas uma da outra. A força de repulsão entre elas tem e valem 4,0C. Supondo que é nula a força elétrica resultante sobre cada
módulo F1. Em seguida, as esferas são aproximadas, tocam-se, sendo uma das cargas positivas, determine o valor da carga +Q, em C?
então recolocadas em suas posições iniciais. Considerando-se F2 o
+Q -4,0C -4,0C +Q
módulo da nova força que uma esfera exerce sobre a outra, pode-se
afirmar que as esferas: + - - +
a) continuam repelindo-se e F2 > F1.
a a a
b) continuam repelindo-se e F2 = F1.

FÍSICA II
c) continuam repelindo-se e F2 < F1.
d) passam a atrair-se e F2 = F1. 12. (UFPE/UFRPE) Quatro cargas elétricas +Q L
-q
e) passam a atrair-se e F2 < F1. estão fixas nos vértices de um quadrado de lado
L, conforme indicado na figura. Calcule o valor da L L
05. (UFPE/UFRPE) Duas cargas elétricas positivas, cujos módulos são razão (Q/q) , sabendo que a força elétrica que age
2
-q +Q
4,3 C e 2,0 C, estão separadas por 30 cm. Qual o fator de aumento da força
sobre cada carga Q é nula. L
entre as cargas, se elas forem colocadas a 5,0 cm de distância entre si ?

13. (UFPB) Uma esfera em repouso, de massa


q

06. (UFPE/UFRPE) Considere o sistema formado por três cargas igual a 9 x 10-2 kg, e carga q = + 1 x 10-6 C, é mantida
elétricas pontuais, qA, qB e qC, que estão fixas ao longo de uma linha flutuando no ar por uma outra carga Q = + 4 x 10-4 C h

horizontal, como indicado na figura abaixo. Se o módulo da força entre fixada no solo, como indicado na figura.
as cargas qB e qC vale 24N, pode-se afirmar que, em Newtons, a inten- a) Reproduza a figura, indicando todas as forças que Q

sidade da força de repulsão entre as cargas qA e qC vale: atuam na carga q.


qA = + q qB = + 2q qC = + q
a) 9,5 b) 8,0 c) 7,3 b) Determine a altura h em que essa carga fica em equilíbrio.
d) 5,2 e) 3,0 Dados: aceleração da gravidade = 10 m/s7
1,0 m 1,0 m Constante eletrostática k0 = 9 x 109 N.m2/C2
07. (UFPE/UFRPE) O gráfico ao lado mostra
F(uN)

a intensidade da força eletrostática entre duas 40

30
14. (UFPE/UFRPE) Nos vértices de um triân-
q

esferas metálicas muito pequenas, em função gulo eqüilátero de lado L=3,0cm, são fixadas car-
20
da distância entre os centros das esferas. Se as 10 gas q pontuais iguais. Considerando q= 3,0µC, L L
esferas têm a mesma carga elétrica, qual o valor 0
0 2,0 4,0 6,0 8,0
determine o módulo da força, e N, sobre uma
r(m)
desta carga? carga pontual q0 = 2,0µC, que se encontra fixada
a) 0,86 µC b) 0,43 µC c) 0,26 µC no ponto médio de um dos lados do triângulo. q L/2 q0 L/2 q

d) 0,13 µC e) 0,07 µC

7
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

15. (UFPE/UFRPE) Nos vértices A q Suponha uma distribuição de cargas no espaço. Se nós tomar-
mos uma carga de prova q sob influência de tal distribuição de cargas, a
de um triângulo isósceles, de lado força resultante que atuará sobre ela é a soma vetorial de todas as forças
L L
L = 3,0cm, e ângulo de base 30º, que as cargas da distribuição efetuam sobre a carga q individualmente.
são colocadas as cargas pontuais Se nós trocarmos a carga q por outra carga q’ que ocupe a mesma
30° 30°
q qC posição de q no espaço, teremos outro valor para a força resultante. No
qA = 2,0µC e qB = qC = 3,0µC. Qual a A entanto, se tomarmos, para os dois casos, a razão entre o módulo da
intensidade da força elétrica em N, que atua sobre a carga qA ? força resultante e o valor do módulo da carga de prova veremos que eles
são iguais.
16. (EFOA) Duas pequenas esferas condutoras idênticas, separadas A razão entre o módulo da força elétrica sofrida por uma carga q
e o módulo de sua carga, num determinado ponto do espaço, que é cons-
por uma distância d e carregadas com cargas elétricas Q e 3Q, repelem-se
tante, nos dá o valor do módulo do vetor Campo Elétrico nesse ponto.
com a força de 3 x 10-5 N. Suponha, agora, que as esferas são postas 
 F
em contato e, finalmente, levadas de volta às suas posições originais. E =
q
a) Qual é a carga final de cada esfera?
b) Qual é a nova força de repulsão entre elas? Note que o campo elétrico é tudo que precisamos saber para
calcular a força elétrica atuante numa carga num determinado ponto. Ele

17. (UPE) É dada a distribuição 3Q


x
+Q
atribue a cada ponto do espaço uma propriedade local que nos permite
determinar o comportamento de qualquer carga numa região cujo campo
de cargas da figura. Qual é o elétrico seja conhecido.
módulo da força resultante sobre A B Note, também, que mesmo que não exista uma carga de teste
x em determinada região do espaço, pode existir nela um campo elétrico,
a carga no ponto B e a tangente
2 que é uma propriedade do espaço. A existência de uma força elétrica
do ângulo dessa força com a atuando sobre uma partícula numa determinada região do espaço é,
direção x? C +Q portanto, uma conseqüência da existência de campo elétrico nessa região
Nas respostas, εo é a permissividade do vácuo. do espaço.
5Q2 4 3Q2 3
a) F= e tan θ b) F= e tan θ Vetor Campo Elétrico
4Πεo x 2 3 4Πεo x 2 4

Q2 2 7Q2
c) F= e tan θ d) F= e tan θ = 4 Vimos, no tópico anterior, como determinar o módulo do campo
4πεo x 2 3 4πεo x 2
elétrico num determinado ponto. No entanto, para visualizar um campo
9Q2 elétrico, você precisa associar um vetor (módulo, direção e sentido) a
e) F= e tan θ = 3
4πεo x 2 cada ponto do espaço, pois o campo elétrico é um campo vetorial.
Podemos escrever, então, que:
18. (UFPE/UFRPE) Nos pontos de abcissa x = 0 e x = 10 são fixadas  F
E=

as cargas -q e +(4/9)q, respectivamente. Qual a abcissa do ponto onde q


uma terceira carga Q ficará em repouso, sob ação somente das forças Veja que o vetor campo elétrico é um múltiplo escalar do vetor
elétricas exercidas por -q e +(4/9)q força elétrica. Assim, podemos dizer que:
-q +(4/9)q
O vetor campo elétrico tem a mesma direção do vetor força elétrica
0 10 20 30 40 50 60 x(m) em cada ponto. Seu sentido irá depender do sinal da carga: se a
carga for positiva, ele terá o mesmo sentido do vetor força, se a
carga for negativa, terá o sentido oposto.
19. (UPE) Três cargas elétricas idênticas iguais C
Q
a Q estão distribuídas nos vértices de um triângulo
FÍSICA II

eqüilátero de lado d posicionado no plano vertical, Aplicando esse resultado para fontes positivas e negativas de
de acordo com a figura abaixo. As cargas em a e b campo elétrico, obtemos:
estão fixas, enquanto que, em C está livre. Sendo Q Q F
k a constante eletrostática no vácuo e g a acelera- A C + +

ção da gravidade, para que a carga colocada no vértice C permaneça em E

equilíbrio e necessário que sua massa seja igual a:


F
a) KQ2 /gd2 b) gk /(Qd)2 c) KQ /(gd)2 + -

d) 3 Kq / gd
2 2
e) 3 g K / Qd
2 2 E

Com isso, o vetor campo elétrico fica inteiramente caracteri-


Tópico 03 zado, já que podemos determinar seu módulo, direção e sentido.
Outra maneira de representar o campo elétrico de uma fonte
são as chamadas linhas de força, nomenclatura dada por Faraday. São
linhas desenhadas no espaço de tal forma que, em cada ponto, o vetor
CAMPO ELÉTRICO campo elétrico seja tangente à elas. Veja exemplos abaixo:

O conceito de campo, na física, surgiu para modelar interações


físicas em que não há contato direto entre os corpos que interagem. O
campo funciona como uma forma especial de matéria, que possui energia,
mas não massa, “por onde se propaga a informação da interação.”
O campo elétrico é um campo vetorial, isto é, devemos associar
a cada ponto do espaço onde se encontra um campo elétrico um vetor

chamado, vetor campo elétrico E .

8
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Solução:
Temos que E1 = kQ / d2 = x
Por outro lado E2 = k4Q / (2d)2 = 4kQ/4d2 = kQ/d2
Ou seja, E2 = E1 = x

02. (UFG-modificada) Uma carga puntiforme positiva Q = 18 x 10


1
C dista,
-6

no vácuo, 20 cm de uma carga puntiforme negativa Q2 = -8,0 x 10 C. Qual-6

é a intensidade do vetor campo elétrico E criado por essas duas cargas no


ponto P, situado sobre a linha que une os centros das cargas Q1 e Q2, à 10
As linhas de campo gozam das seguintes propriedades: cm de Q2 e 30 cm de Q1?
a) Nunca se cruzam;
b) Quanto maior a densidade de linhas de força na região maior a inten- Solução: A figura ao lado E1 P E2
sidade do campo elétrico. ilustra a situação:
Como existe um ângulo Q2 Q1
de 180º entre os vetores, 10 cm 20 cm

iremos subtrair seus módulos.


E1 = kQ1/d12 = 9 x 109 x 18 x 10-6 / (0,3)2
E1 = 1,8 x 106 C
Observando a figura, temos que a relação entre os campos elétricos E2 = 9 x 109 x 8 x 10-6 / (0,1)2
nos pontos A, B e C é: E2 = 7,2 x 106 C
EB > Ec > EA ER = E2 – E1 = 5,4 x 106 N/C

Campo Elétrico de uma carga puntiforme fixa Questões Propostas

Suponha uma carga elétrica puntiforme fixa em uma posição


do espaço, com carga Q. O módulo da força elétrica que essa carga Q
gera sobre outra carga q é: 01 . Julgue as afirmativas a seguir quanto a sua veracidade:
F = K |Q| |q| / d2 I. A direção do vetor campo elétrico, em um determinado ponto do
espaço, coincide sempre com a direção da força que atua sobre uma
Assim, o módulo do campo elétrico que a carga Q produz no carga de prova colocada no mesmo ponto.
ponto onde q está situada é dado por: II. Cargas negativas, colocadas em um campo elétrico, tenderão a se
E = F / q = (K |Q| |q| / d2) x (1 / |q|) mover em sentido contrário ao do campo.
III. A intensidade do campo elétrico criado por uma carga pontual é, em
KQ cada ponto, diretamente proporcional ao quadrado da carga que o
E=
d2 criou e inversamente proporcional à distância do ponto à carga.
Os gráficos abaixo ilustram a variação do módulo do campo IV. A intensidade do campo elétrico pode ser expressa em newtons /
elétrico com a distância em relação à fonte: coulomb.
E E
02. (UPE) Considere a figura , onde E é o Q1

FÍSICA II
vetor campo elétrico resultante em A, gerado F
pelas cargas fixas Q1 e Q2. F é a força elétri- R q
ca na carga de prova q, colocada em A.
d 1/d2
E
Dadas as alternativas abaixo, assinale a
Q2
É importante ressaltar que uma partícula carregada não produz correta:
campo sobre ela mesma. Isso é, o módulo do campo elétrico gera- a) Q1 < 0, Q2 > 0 e q < 0 b) Q1 > 0, Q2 < 0 e q > 0
do por uma partícula, no ponto que tal partícula ocupa, é nulo. c) Q1 > 0, Q2 > 0 e q < 0 d) Q1 > 0, Q2 < 0 e q < 0
e) Q1 < 0, Q2 < 0 e q > 0
No caso de existirem várias Q1
partículas puntiformes, o campo elétrico - d1 03. Os pontos de uma determinada região do espaço estão sob a
resultante será a soma vetorial dos  influência única de uma carga positiva pontual Q. Sabe-se que num
 α Er 
campos elétricos que cada partícula, E1 E2
ponto A, distante 2 m da carga Q, a intensidade do campo elétrico é
Q2 d2
individualmente, produz sobre o ponto. igual a 1,8 x 104 N/C. Determine:
+
a) o valor da carga elétrica Q;
b) a intensidade do campo elétrico num ponto B, situado a 30 cm da
Questões Resolvidas caga fonte Q.

04.(UFPE/UFRPE) Duas partículas com carga Q A


= +1,0nC e QB = +
2,0nC estão posicionados confor-
01. (MACKENZIE) O campo elétrico E de uma carga puntiforme Q, a uma
2,0 m 1,0 m
1
me indica a figura. Determine o
distância d, tem intensidade x. Portanto, determine a intensidade do campo módulo do campo elétrico resul- QA QB P
elétrico E2 de uma carga 4Q, a uma distância 2d, em função de x. tante no ponto P, em V/m.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

05 .(UPE) Duas cargas Q1 = -40C Q2 = 10C 2 2 O vetor campo em um ponto é perpendicular à linha de força
naquele ponto.
puntiformes estão coloca-
3 3 O campo elétrico devido a uma carga puntiforme é diretamente
das no vácuo, sobre o eixo 30 m proporcional ao quadrado da distância.
x, conforme a figura. A que distância de Q2, sobre o eixo x, o campo 4 4 O campo devido a uma carga puntiforme é E. Se duplicarmos a
eletrostático resultante é nulo? carga e a distância, o seu novo campo vale E’ = 2E/4
a) 2,5m b) 5,0m c) 7,5m d) 10,0m e) n.d.r.
07. (AFA) A carga de 100µC é colocada em um ponto onde o campo
06 . (UFPE) Três cargas pontuais q
elétrico tem intensidade de 1000 N/C. O módulo da força que atua sobre
q = 1,0 x 10-9C são fixadas nos vértices de L= 0,5 m a carga vale, em N:
um triângulo equilátero de lado L = 0,5m, a) 0,1 b) 1,0 c) 10 d) 100
como mostra a figura. Determine o módulo
do campo elétrico, em N/C, no ponto médio q q 08. (AFA) O campo elétrico, a 20cm, de uma carga Q no vácuo é 6 x 10 N/C. 6

P
P da base do triângulo. O campo elétrico, em N/C, a 30cm da mesma carga será:
a) 2,7 x 105 b) 2,7 x 106 c) 2,7 x 107 d)2,7 x 108
Questões de Vestibulares
09.(UFPB) Uma carga puntiforme q produz um campo elétrico de
módulo E1 = 32N/C num ponto que está a uma distância r dessa carga.
01. (UFJF) O espaço onde se manifesta a ação atrativa ou repulsiva Determine:
de um corpo eletrizado denomina-se: a) O módulo E2 do campo elétrico produzido pela carga puntiforme q num
a) domínio b) campo c) área de influência ponto P que está a uma distância 2r dessa carga.
d) linhas de força. e) NDR b) O módulo da força que a carga q exerce sobre outra carga puntiforme
q0 = 2 x 10-6 C, colocada no ponto P.
02. (MACKENZIE) Seja E o vetor campo elétrico no ponto A de um
campo elétrico. Colocando-se uma carga elétrica puntiforme q em A a 10. (UFPB) Duas cargas puntiformes iguais P

força elétrica F a que carga fica submetida: de valor q estão separadas por uma distância
0,8 m
a) tem sempre o mesmo sentido de E de 1,2 m. O módulo do campo elétrico resultante
b) tem sempre sentido oposto ao de E num ponto P, sobre a mediatriz do segmento
c) tem o mesmo sentido de E se q>0 e sentido oposto se q < 0; que une as cargas, a uma altura de 0,8m, é q q
10q 0,6 m
d) não apresenta, obrigatoriamente, a mesma direção do campo E. dado por E = N/C. Determine, em m2,
απεo
e) Não sei. o valor de α.

03.(F. FRANCISCANAS) Detecta-se a presença de um campo elétrico 11. (UFPE/UFRPE) Três cargas pontuais po- q q
em um ponto colocando-se ali uma carga elétrica e observando-se: sitivas estão dispostas em posições fixas sobre 60° 60°

a) O aparecimento de uma força elétrica sobre a carga; uma circunferência de raio R, de acordo com a
b) As vibrações da carga em torno do ponto; figura. Qual a razão, Q/q, entre as cargas, para
c) O maior ou o menor grau de eletrização da carga ; que o campo elétrico no centro da circunferência
Q
d) uma variação significativa no valor da carga; seja nulo?
e) n.r.a
12.(UFPE/UFRPE) Duas cargas puntiformes no vácuo, de mesmo
FÍSICA II

04.(F. M. SANTA CASA) Em um ponto do espaço: valor Q=125µC e de sinais opostos, geram campos elétricos no ponto
I. Uma carga elétrica não sofre ação de força elétrica se o campo elétrico P (vide figura). Qual o módulo do campo elétrico resultante, em P, em
nesse local é nulo; unidades de 107N/C?
II. Pode existir campo elétrico sem que aí exista força elétrica; -Q
III. Sempre que há uma carga elétrica esta sofre a ação de força. 3 cm
P
Responda de acordo com o código a seguir.
3 cm 4 cm
a) só I é correta. b) Só II é correta. c) Só III é correta. +Q
d) I e II são corretas.
13. (UFPE/UFRPE) A figura ao lado mostra um triângulo isósceles,
05. (UPE) Em relação ao conceito de Linhas de Força, pode-se afirmar que de lado L= 3 cm e ângulo de base 30º. Nos vértices da base temos
I II cargas pontuais q1 = q2 = 2 µC. Deseja-se colocar uma outra carga Q
0 0 geralmente se cruzam. = 8 µC, a uma distância Y verticalmente acima do vértice A, de modo
1 1 são a representação gráfica do campo elétrico. que o campo elétrico total em A seja igual a zero. Qual o valor de Y,
2 2 seu número é proporcional à intensidade do campo elétrico. em centímetros ?
3 3 numa carga positiva, são radiais convergentes.
4 4 num campo elétrico uniforme, são paralelas.
Y
06.(UPE-modificada) A

I II L L
0 0 O campo de uma força é um vetor cuja linha de ação coincide 30° 30°
com a linha de ação da força. q1 q2

1 1 O vetor campo resultante de uma distribuição de massas é a


soma vetorial dos campos devidos às massas individuais.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Tomemos uma partícula com carga q em


Tópico 04 repouso. Tomaremos como superfície gaussiana
uma esfera de raio r, centrada na partícula. Nosso q
objetivo é calcular o valor do módulo do campo
elétrico a uma distância r da partícula, isso é, sobre
CAMPO ELÉTRICO UNIFORME a esfera.
Nós sabemos que a direção do campo elétrico gerada por uma
Se numa região do espaço o vetor campo elétrico tiver a partícula é radial, ou seja, se nós selecionarmos um pequeno elemento
mesma intensidade, direção e sentido, em todos os pontos, ou seja, o de área (dA) da superfície gaussiana, a linha de campo que passa por
vetor campo elétrico for constante em tal região, diremos que o campo ele será paralelo ao vetor normal a superfície. Assim, o fluxo sobre esse
elétrico nessa região do espaço é uniforme. elemento de área será dado por:
Um exemplo de campo →
E
elétrico uniforme é o campo gerado + - Φ = E dA cosθ = E dA cos(0) = E dA
entre duas placas condutoras planas, + -
paralelas entre si, eletrizadas com + - O fluxo sobre toda a esfera será a soma de todos os fluxos
cargas de mesmo módulo e sinais + - sobre os pequenos elementos de área que a compõe:
opostos. + -
Φ = ∑ E dA
Note que, como a intensidade do campo elétrico é constante
nessa região do espaço, uma partícula carregada, em tal região, sofrerá
Esse é um caso em que há simetria esférica, ou seja, sobre
uma força de intensidade constante, sendo acelerada uniformemente. qualquer ponto da esfera, por simetria, o valor do módulo do campo
elétrico é constante. Assim, podemos fazer:
Fluxo do Vetor Campo Elétrico
Φ = ∑ E dA = E ∑ dA
Considere um campo elétrico no espaço e, nesse mesmo espa-
Como o somatório dos elementos de área nos dá a própria
ço, uma superfície arbitrária. Definiremos o fluxo do vetor campo elétrico
área, temos:
através dessa superfície como a grandeza dada por: Φ = E A cosθ
Onde θ é o ângulo entre o vetor campo elétrico e uma reta Φ = E ∑dA = EA = E 4πR2
normal à superfície.
Pela lei de Gauss: Φ = q / Є
E Isso nos dá:
N q / Є = E 4πR2
θ
Re-arrumando a equação:
E = ( 1/ 4π Є R2 ) q

Como 1/ 4π Є = K, nossa constante, chegamos à lei de Coulomb:


Se nós quisermos determinar o fluxo em uma superfície fe-
chada, deveremos somar os fluxos de cada elemento da superfície.
E = Kq/R2
Suponha, agora, uma superfície
fechada qualquer envolvendo uma distribuição

FÍSICA II
Isso mostra a equivalência entre as leis de Gauss e Coulomb.
qualquer de cargas. Calcular o fluxo do vetor
campo elétrico resultante dessas cargas sobre Campo Elétrico de um condutor esférico carregado
tal superfície pode parecer bastante complicado,
principalmente se não existir simetria na distri- Analisemos agora o campo elétrico num condutor qualquer
buição de cargas e na forma da superfície. carregado para os seguintes casos:
No entanto, existe uma lei, conhecida como Lei de Gauss, em
homenagem ao famoso matemático Carl Friedrich Gauss, que conseguiu Interior do condutor: Nós sabemos que num condutor as cargas
elétricas se concentram sobre a superfície externa, atingindo uma
obter uma fórmula matemática para tal cálculo. Ela diz que: φ = Q / ε
situação de equilíbrio. Uma situação de equilíbrio implica a ausên-
Onde Q é a carta líquida interna à superfície e ε é a permis- cia de campos elétricos no interior do condutor, pois tais campos
sividade elétrica do meio. A superfície em questão é dita gaussiana. gerariam forças que fariam as cargas se movimentarem, quebrando
Já que nós sabemos relacionar o fluxo com o campo elétrico, o equilíbrio. Logo, o campo no interior do condutor é nulo.
em certos casos, quando as superfícies possuírem alta simetria, po-
deremos usar o resultado acima para determinar o módulo do campo Superfície do condutor: Na superfície do condutor o campo
elétrico deve ser perpendicular à superfície externa, caso contrário
elétrico. poderíamos decompor o vetor e gerar uma componente tangencial
que atuaria sobre as cargas, gerando forças que quebrariam o
Equivalência entre a Lei de Gauss e a Lei de Coulomb equilíbrio do sistema.

Se a Lei de Coulomb e a Lei de Gauss são verdadeiras, elas Vizinhanças do Condutor: Um resultado que não iremos de-
monstrar aqui é que o campo elétrico próximo à superfície externa
não podem se contradizer, isso é, os resultados obtidos através de uma do condutor é perpendicular a superfície e sua intensidade é o
delas, deve ser idêntico ao obtido pela outra nas mesmas condições. dobro da intensidade do campo elétrico sobre a superfície do
Iremos, agora, deduzir a lei de Coulomb para uma partícula condutor.
em repouso a partir da Lei de Gauss. Epróx = 2 Esup

11
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Podemos agora analisar o caso específico em que o condutor e) o fluxo elétrico que atravessa a área B é igual ao fluxo que atravessa
é esférico. a área A.
No interior do condutor, sabemos que, independente de sua Solução:
forma, o campo tem intensidade nula. A resposta é a letra E. Mesmo as superfícies gaussianas tendo áreas
Num ponto no exterior da esfera, devido à simetria da distri- diferentes, todo o fluxo de campo que passar por uma, deverá passar
buição das cargas, podemos considerar o condutor como uma partícula pela outra. A variação da área é compensada pela variação do campo
com toda sua carga no centro da esfera. Com isso, o valor do campo elétrico, mantendo o fluxo igual nas duas superfícies gaussianas.
será dado pela lei de Coulomb:
E = Kq/d2 03. Que raio deve ter uma esfera condutora, para produzir nas vizinhan-
Num ponto próximo à superfície do condutor, a distância d é aproxima- ças de sua superfície externa um campo elétrico de intensidade 1,0 kC,
damente o raio do condutor. Assim: quando recebe 4,0 x 1011 elétrons? Sabe-se que a constante eletrostática
Epróx = Kq/R2 do meio vale 1,0 x 1010 unidades SI.
Solução:
Como sabemos que Epróx = 2 Esup , temos, finalmente: Epróx = Kq/R2 = Kne/R2 = 1 x 1010 x 4 x 1011 x 1,6 x 10-19/ R2 = 1000
R2 = 0,64
Esup = Kq/2R2 R = 0,8 m

EPróx. Questões Propostas

1
E sup = Epróx
2

01. (AFA) Um elétron desloca-se na direção x,


com velocidade inicial ν0 . Entre os pontos x1 e V0

R d x2, existe um campo elétrico uniforme, conforme e

mostra a figura ao lado.


Questões Resolvidas Desprezando o peso do elétron, assinale a 0 x1 x2 x
alternativa que MELHOR descreve o módulo
da velocidade v do elétron em função de sua posição x.

01. (UFPE) Na região entre as placas A e B existe E


a) V b) V

V0
um campo elétrico uniforme E. A distância entre as
placas é d. Um elétron de carga e e massa m é libe- V0

rado da placa B com velocidade inicial nula, sendo e 0 x1 x2 x 0 x1 x2 x


acelerado no sentido da outra placa. Qual o tempo A B
c) V d) V
necessário para que ele atinja a placa A, desprezan-
do-se o efeito da aceleração da gravidade? d V0

Solução: F = ma, e F = Ee V0
Então:
x1 x2 x x1 x2 x
ma = Ee ⇒ a = Ee/m 0 0
FÍSICA II

mas s = so + ν o t +
1 2
at onde 02. (AFA) Uma gota de óleo de massa m e
2 carga q é solta em uma região de campo elé-
trico uniforme E, conforme mostra a figura.
s = d, so = 0, vo = 0 Mesmo sob o efeito da gravidade a gota
2d move-se para cima com aceleração g. O
1 2d 2dm módulo do campo elétrico é:
⇒ d = at 2 ⇒ t = = Ee =
2 a m Ee 2mg 2mg 2qg 2m
a) E= b) E= c) E= d) E=
q g m qg
02. (ITA) Uma carga puntual P b
é mostrada na figura adiante com a
A = 4π a2 03. (UFPE/UFRPE) A figura mostra a po-
sição de equilíbrio de uma esfera de massa
duas superfícies gaussianas A e B = 4π b2 0,1 kg, carregada positivamente, pendurada
E 45°
B, de raios a e b = 2a, respectiva- P por um fio isolante de massa desprezível,
mente. Sobre o fluxo elétrico que sob a ação de um campo elétrico uniforme
passa pelas superfícies de áreas e constante (E = 5,0x104 V/m), cuja direção
A e B, pode-se concluir que: está indicada. Calcule o valor da carga da
esfera em C.
a) o fluxo elétrico que atravessa a área B é duas vezes maior que o fluxo
que passa pela área A. 04. (EN) Uma partícula de massa 100g e carga elétrica positiva de
b) o fluxo elétrico que atravessa a área B é a metade do fluxo que passa 2,00 x 10-2C é lançada horizontalmente, com velocidade de 10,0m/s,
pela área A. em uma região onde existe um campo elétrico vertical, com sentido para
cima e de módulo 40,0N/C. Considerando a ação do campo gravitacional
c) o fluxo elétrico que atravessa a área B é 1/4 do fluxo que passa pela
constante, cuja aceleração da gravidade tem módulo 10m/s2, o valor da
área A. distância horizontal, em metros, que a partícula percorrerá de tal maneira
d) o fluxo elétrico que atravessa a área B é quatro vezes maior que o que caia de 1,00m é:
fluxo que passa pela área A. a) 1,00 b) 10,0 c) 2,00 d) 30,0 e) 32,0

12
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

05. (ITA) Um fio de densidade linear de carga positiva λ atravessa três 05.(UFMG) Observe a figura: + + + + + + + + +
superfícies fechadas A, B e C de formas, respectivamente, cilíndrica, Nesta figura, duas placas pa-
esférica e cúbica, como mostra a figura. Sabe-se que A tem comprimento ralelas estão carregadas com V
L = diâmetro de B = comprimento de um lado de C, e que o raio da base cargas de mesmo valor absoluto e-
de A é a metade do raio da esfera B. Sobre o fluxo do campo elétrico ∅, e de sinais contrários. Um elétron - - - - - - - - -
através de cada superfície fechada, pode-se concluir que: penetra entre estas placas com
C
λ velocidade V paralela às placas. Considerando que apenas o campo
B
A elétrico atua sobre o elétron, a sua trajetória entre as placas será:
a) Um arco de circunferência
b) Um arco de parábola
a) ∅A = ∅B = ∅C b) ∅A > ∅B > ∅C c) ∅A < ∅B < ∅C c) Uma reta inclinada em relação as placas.
d) ∅A / 2 = ∅B = ∅C e) ∅A = 2∅B = ∅C d) Uma reta paralela às placas.
e) Uma reta perpendicular às placas
06. (ITA) A figura mostra uma carga positiva q
puntiforme próxima de uma barra de metal. O cam- +
q
06. (AFA) Uma partícula de carga q e massa m é lançada com velo-
po elétrico nas vizinhanças da carga puntiforme e cidade v, perpendicularmente ao campo elétrico uniforme produzido por
da barra está representado pelas linhas de campo placas paralelas de comprimento a, distanciadas de b entre si. A partícula
mostradas na figura. penetra no campo num ponto eqüidis- a

Sobre o módulo da carga da barra Q , compara- tante das placas e sai tangenciando
bar
tivamente ao módulo da carga puntiforme positiva |q|, e sobre a carga a borda da placa superior, conforme
b
líquida da barra Qbar respectivamente, pode-se concluir que: representado na figura ao lado.
Desprezando a ação gravitacional, a
a) Qbar > |q| e Qbar > 0 b) Qbar < |q| e Qbar < 0 intensidade do campo elétrico é:
b2mv bmv b2mv 2 bmv 2
a) b) c) d)
c) Qbar = |q| e Qbar = 0 d) Qbar > |q| e Qbar < 0 qa 2qa2 2qa qa2

e) Qbar < |q| e Qbar > 0


07. (UFSC) Um dipolo elétrico é +q
Questões de Vestibulares constituído por duas cargas elétricas
de igual valor q, porém de sinais E
contrários, rigidamente ligadas entre -q
01. (AFA) Qual a carga, em coulomb, de uma partícula de massa si. Colocando o dipolo num campo
2x10-3 kg para que permaneça estacionária, quando colocada em um elétrico uniforme, como indicado na figura, é correto afirmar que ele:
campo elétrico vertical, de módulo 50 N/C? (considere g = 10 m/s2) a) permanecerá em repouso.
a) 2 x 10-4 b) 1 x 10-4 c) 2 x 10-4 b) sofrerá um movimento de translação no sentido do campo elétrico.
d) 4 x 10 -4
c) sofrerá um movimento de translação no sentido contrário ao do campo
elétrico.
02.(FEI) Uma partícula de massa m = 10 g e carga q = 2 µC é aban- d) sofrerá um movimento de rotação no sentido anti-horário.
donada, sem velocidade inicial, em um ponto A de um campo elétrico e) sofrerá um movimento de rotação no sentido horário.

FÍSICA II
uniforme. Após percorrer a distância d = 2,0 m, ela atinge o ponto B
com velocidade v = 10 m/s. A aceleração da gravidade é desprezível. A 08. (UFPE/UFRPE) O pêndulo da figura está Fio
intensidade do campo elétrico é: em equilíbrio sob ação do campo gravitacional
a) 12,5 x 10-2 N/C b) 125 N/C c) 12,5 x 104 N/C vertical e de um campo elétrico horizontal de
d) 12,5 x 10 N/C
5
e) n.d.r. amplitude E = 2,0 kV/m. A esfera do pêndulo tem E
q,m
massa m = 3,0 kg e carga elétrica q = 2,0 x 10-2 C fio
03. (UFBA) A figura representa uma pla- tem massa desprezível. Qual o valor da tensão
g

ca condutora A, eletricamente carregada, no fio, em newtons?


que gera um campo elétrico uniforme , de
módulo igual a 7 x 104 N/C. A bolinha, B g V E 09. (ITA) Uma esfera homogênea da carga q e massa m de 2g está
de 10 g de massa e carga negativa igual B suspensa por um fio de massa desprezível em um campo elétrico cujas
a -1 µC, é lançada verticalmente para cima, com velocidade de módulo componentes x e y têm intensidade E x = 3 ⋅ 10N / C e EY = 1.105 N/C,
igual a 6 m/s. Considerando que o módulo da aceleração da gravidade respectivamente, conforme mostra a figura abaixo.
é 10 m/s2, que não há colisão entre a bolinha e a placa e desprezando Y

θ
a resistência do ar, determine o tempo, em segundo necessário para a
bolinha retornar ao ponto de lançamento. m,q

04.(UNICAP) Uma esfera de peso E


X

20 3 N, com carga de 2 C, está em E


repouso sobre um plano inclinado, liso, Considere que a esfera está em equilíbrio para θ = 60°. Qual é a força
feito de um material isolante, como 30° de tração no fio? Dado g = 9,8 m/s2.
mostra a figura. Determine, em N/C, a a) 9,80 x 10-3 N b) 1,96 x 10-2 N c) nula
intensidade do campo elétrico E. d) 1,70 x 10 N
-3
e) 7,17 x 10-3 N

13
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

10. (AFA) Considere o campo elé- + + + + + + + + + + + + +

trico uniforme criado por duas placas d Tópico 05


planas e paralelas. Um próton e uma
d
partícula α são lançados com a mesma

velocidade V 0 paralelas às placas, - - - - - - - - - - - - - - - - -

como mostra a figura. INTRODUÇÃO A POTENCIAL ELÉTRICO E ENERGIA


Sabendo-se que a partícula α é o núcleo do átomo de hélio (He), cons- POTENCIAL ELÉTRICA
d
tituída, portanto, por 2 prótons e 2 nêutrons, a razão p d entre as Na mecânica clássica existe uma importante lei conhecida nor-
α
distâncias horizontais percorridas pelo próton (dp) e pela partícula α (dα) malmente pelo seguinte nome: “Teoria da Energia Cinética”. O Teorema
até colidirem com a placa negativa é da Energia Cinética estabelece que:
“O trabalho realizado por uma força externa para deslocar um
1 1 2 2 corpo de um ponto A até um ponto B é numericamente igual à variação
a) b) c) d)
4 2 2 4 da energia cinética do corpo entre A e B”.
Da mecânica clássica sabemos também que um campo é
11. (ITA) Em uma impressora a jato de tinta, gotas de certo tamanho conservativo quando a energia mecânica total do sistema permanece
são ejetadas de um pulverizador em movimento, passam por uma unidade constante, ou seja, para um campo conservativo vale a relação:
eletrostática onde perdem alguns elétrons, adquirindo uma carga q, e, a
seguir, se deslocam no espaço entre placas planas paralelas eletricamen- Ep + Ec = constante
te carregadas, pouco antes da impressão. Considere gotas de raio igual
a 10 µm lançadas com velocidade de módulo v = 20 m/s entre placas de Por exemplo: se uma partícula cai de uma altura A para outra
comprimento igual a 2,0 cm, no interior das quais existe um campo elétrico altura B, as somas das suas nergias potenciais gravitacionais (Ep) e
vertical uniforme, cujo módulo é E = 8,0 x 104 N/C (veja figura). cinéticas (Ec) permanecem constantes. Assim temos que num sistema
conservativo.

v E E pa + E c a = E pb + E c b

0,30 mm

Adequando a equação temos:


2,0 cm
Epa − Epb = Ecb − Eca ⇒ ∆Ec = − ∆Ep

Considerando que a densidade da gota seja de 1000 kg/m e sabendo-se


3

que a mesma sofre um desvio de 0,30 mm ao atingir o final do percurso, Como a “energia não se perde nem se cria mas se transforma”,
o módulo da sua carga elétrica é de o que a partícula “perdeu” de energia potencial elétrica, “ganhou” em
a) 2,0 x 10-14 C. b) 3,1 x 10-14 C. c) 6,3 x 10-14 C. energia cinética, e o sistema permaneceu conservativo.
d) 3,1 x 10 C.
-11
e) 1,1 x 10 C.
-10
Num campo conservativo, o trabalho realizado pelas forças do
campo para deslocar uma partícula entre A e B não depende da trajetória
12 . (UFPE/UFRPE) Considere E seguida pela partícula para ir de A até B.
uma região do espaço onde existe
um campo elétrico uniforme de in- Demonstra-se que qualquer campo elétrico é conservativo.
FÍSICA II

v
tensidade E = 6,5x10-2 N/C, vertical Podemos fazer uma definição geral de diferença de energia
θ
e dirigido de baixo para cima. Uma potencial entre dois pontos A e B num campo conservativo mediante o
carga de -1,0 C e massa 1,0 g é lan- seguinte enunciado:
çada neste campo com velocidade “A diferença de energia potencial elétrica entre dois pontos A
inicial de 1,0 x 102 m/s fazendo um ângulo θ = 60° com a horizontal. e B é numericamente igual ao trabalho (com sinal contrário) realizado
A altura máxima atingida pela carga em relação ao nível horizontal de pelas forças do campo elétrico durante o deslocamento de carga de A
lançamento é, em metros: até B. ”
∆Ep= wab
13. (AFA) Baseando-se na Lei de Coulomb e na definição de campo
elétrico de uma carga puntiforme, podemos estimar, qualitativamente, Vale ressaltar que todo sistema evolui espontaneamente a fim
que o campo elétrico produzido por uma linha de transmissão de ener- de minimizar sua energia potencial.
gia, que tem uma densidade linear de cargas λ (C/m), a uma distância r, Deslocamento espontâneo � W > 0
perpendicular à linha, é proporcional a: Deslocamento não-espontâneo � W < 0
a) r λ b) r/ λ c) r2 λ d) λ/ r
Potencial Elétrico e Energia Potencial Elétrica
14. (UFPE/UFRPE) Uma carga puntiforme q = 5,0 x 10 C está coloca-
-9

da no centro de um cubo que está isolado do ambiente. Qual o fluxo do Sabemos que, quando colocamos +
+++ +
+ E
+ +
campo elétrico, em N m2/C, através de cada uma das faces do cubo? uma carga “q” próxima a uma a uma +
Q +
+ + q
+
carga fixa “Q” ela irá sofrer uma for- q + +
+
+ 
+ + ++ F
-
 P
ça, que a fará entrar em movimento, 

q F E
adquirindo energia cinética.  -
E P
+

Isso acontece porque a presença da


carga Q gera um campo elétrico na região do espaço ao seu redor.

14
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Dizemos que uma carga de prova colocada numa região pró- Tal função, quando plotada, nos dará o gráfico abaixo, que mostra
xima a uma carga Q armazena energia potencial eletrostática, grandeza como varia o potencial eletrostático gerado por uma carga puntiforme com
que iremos simbolizar por Ep. Quando o móvel entra em movimento, a a distância.
energia potencial acumulada se transforma em energia cinética.
V V d
Podemos então, para um ponto do espaço ao redor de uma
0
carga Q, definir a grandeza potencial elétrico, como sendo a razão entre Q>0
Q>0
a energia potencial eletrostática que uma carga de prova “q” adquire
quando colocada nesse ponto, e o valor de “q”. Temos, assim: 0 d

V = Ep / q Note que para d = 0, o potencial tende a infinito. Por outro


lado, quando a distância é muito grande, o potencia gerado pela carga
No SI, a unidade de potencial é de joule / coulomb. Tal unidade tende a zero.
recebe o nome de volt (V) em homenagem ao físico italiano Alexandre
Volta. Potencial criado por várias partículas
1 Volt = 1 Joule / Coulomb
Imagine uma distribuição d1 P
Q1
Note que o potencial eletrostático é uma grandeza escalar e discreta de cargas elétricas. O potencial
não vetorial, podendo ter sinal positivo ou negativo. Outra observação, eletrostático gerado pela distribuição d2
ainda mais forte, é que o potencial elétrico é uma propriedade do espaço, dn
devida à carga Q, e sua existência independe da presença da carga q na num ponto P é a soma algebrica de cada
região, decorrendo sim da existência de um campo elétrico associado a potencial individualmente gerado por
Q2 . . .
Qn
carga Q. O potencial elétrico é, portanto, uma forma escalar de descrever cada carga. Lembre-se que o potencial
o campo elétrico existente numa região, que também pode ser descrito, elétrico é uma grandeza escalar, ficando definido apenas sua intensidade.
de forma vetorial, pelo vetor campo elétrico.
Pode, portanto, ser positivo ou negativo, dependendo do sinal da carga
É importante ressaltar que quando duas cargas interagem, a criadora do campo Q. Assim:
energia potencial eletrostática é adquirida pelo sistema, e não exclusiva-
V = V1 + V2 + ... + Vn
mente por uma delas. No entanto, como uma delas está, normalmente,
fixa, a outra que irá utilizar a energia potencial como energia cinética. Essa
energia será trocada entre o sistema e o universo através do trabalho que Questões Resolvidas
é realizado para mover a carga q. Por isso, o valor da energia potencial do
sistema é igual ao valor do trabalho realizado para mover a carga q desde o
ponto de referencial zero até o ponto onde é medido o potencial elétrico.
É importante, também, notar que, quando afirmamos que “o 01.(FEI) Na figura, à carga puntiforme Q está fixa em O.
potencial do ponto P tem o valor V”, esse potencial foi medido em relação Sabe-se que OA = 0,5m, OB = 0,4 m e que a diferença de potencial
a um ponto referencial específico, que consideramos ter potencial igual entre B e A vale VB – VA = - 9 000 V. Qual o valor da carga elétrica Q?
a zero. Sem essa definição de qual é nosso potencial zero, nenhuma O(Q)
afirmação sobre potenciais de pontos tem sentido algum. Se nós tomar-
mos nosso referencial no infinito, podemos considerar a Terra como um
condutor esférico com 6400 km de raio e um potencia de, aproximada- B
A

mente, -8 x 108 volts. No entanto, como esse valor é constante, já que o

FÍSICA II
efeito de corpos celestes vizinhos sobre o potencial elétrico da Terra é Solução:
desprezível, iremos, normalmente, adotar a superfície da Terra como um Iremos, inicialmente, calcular o valor dos potenciais nos pontos A e B:
plano infinito de potencial nulo, que servirá como referencial de potencial vA = kQ / 0,5 = 9 x 109 Q / 0,5 = 18 x 109 Q
eletrostático. vB = kQ / 0,4 = 9 x 109 Q / 0,4 = 22,5 x 109 Q
Assim, podemos definir a diferença de potencial U entre dois
pontos A e B como sendo U = VA – VB, desde que VA e VB tenham sido Assim:
medidos em relação ao mesmo referencial zero. vB – vA = (22,5 x 109 Q) – (18 x 109 Q) = (22,5 – 18) ( 109 Q) = 4,5 x 109 Q.
Sabemos que vB – vA = - 9000 V.
Potencial Gerado por uma carga puntiforme Assim, igualando: - 9000 = 4,5 x 109 Q � Q = - 9 x 103 / 4,5 x 109 = -2 x 10-6 C

Considere a situação da figura abaixo: 02. Num meio constante eletrostática igual a 9,0�109Nm²C-2, são
Q q É demonstrável que a energia potencial colocadas duas cargas puntiformes QA e QB distantes 40 cm uma da
d
eletrostática acumulada por esse siste- outra. Sabe-se que a carga QA é positiva, enquanto QB é negativa, e
ma é dada pela expressão: que no ponto médio de AB, o campo elétrico resultante tem intensidade
igual a 1,8 �10³N/C e potencial elétrico vale – 90V. determine os valores
Ep = K Qq / d
de QA e QB.
Assim, podemos aplicar a expressão obtida no tópico anterior,
e obter uma expressão para o valor do potencial eletrostático gerado Solução:
por uma partícula puntiforme. Iremos considerar que a carga Q gera o 
QA EA QB
campo elétrico e a carga q é a carga de testes. Assim: + -

EB
V = Ep / q = (KQq / d) x (1 / q)
0,40 m
V = KQ/d

15
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

KQ KQ 9 ⋅ 109
Sabemos ER = EA + EB = A
+
B
= c) y y
(0,2)² (0,2)² 4 ⋅ 10 − 2 d)
(QA + QB) = 1,8 �10³

4 ⋅ 10 −2 ⋅ 1,8 ⋅ 103
Assim: Q A + QB = = 8 ⋅ 10 − 9 C
9 ⋅ 109
Por outro lado: 0 x 0 x

K QA K( − QB ) K QA K QB
VR = VA – VB = + = − = −90
0,2 0,2 0,2 0,2
−1
9
∴ 9 ⋅ 10 ( Q A − QB ) = −90 ∴
( −90) ⋅ 2 ⋅ 10 −9
Q A − QB = = −2
−1
2 ⋅ 10 9 ⋅ 10
9
Questões de Vestibulares
 Q A + QB = 8 ⋅ 10 −9
 −9
 Q − QB = −2 ⋅ 10
Obtemos o sistema :  A
−9
2 Q A = 6 ⋅ 10
01.(UFPE/UFRPE) A figura abaixo mostra duas cargas iguais q =
6 ⋅ 10 −9 1,0x10-11C, colocadas em dois vértices de um triângulo equilátero de
Logo: Q A = = 3 ⋅ 10 − 9 C
2 lado igual a 1cm. Qual o valor, em volts, do potencial elétrico no terceiro
|QB| = 8 �10-9 - |QA| = 8 �10-9 – 3 �10-9 vértice do triângulo (ponto P)?
|QB| = 5�10-9 C
q
Como QA > 0 e QB < 0, finalmente, QA = 3 �10-9 C e QB = 5 �10-9 C
P

Questões Propostas
q

02.(UFPE/UFRPE) Determine -1,2 x 10-9C P +1,2 x 10-9C

01. (UCSAL) Considere


- +
y o potencial elétrico no ponto P,
uma carga puntiforme posi- B em volts, devido às duas cargas
6 cm 4 cm
tiva Q, fixa na origem O de iguais e de sinais opostos indicadas na figura.
Q A
um sistema de eixos carte-
x
sianos, e dois pontos A e B
0
03.(UPE) Duas cargas elétricas puntiformes Q = 2µC e Q = 8µC estão
1 2

desse plano como mostra a figura No ponto B, o vetor campo elétrico fixas e separadas pela distância de 6 cm, conforme a figura a seguir.
tem intensidade E e o potencial elétrico é V. N ponto A, os valores dessas (adote a constante eletrostática no vácuo k = 9 . 109N.m2/C2)
grandezas serão, respectivamente:

Q1 6cm Q2
a) E e V b) E e V c) E e V.
4 2 2 2
d) 2E e 2V. e) 4E e 2V. O potencial elétrico a 4cm à direita da carga Q2 vale, em volts:
a) 3,6 . 106; b) 3,6 . 105; c) 1,98 . 106;
02. (CESGRANRIO) A figura mostra duas car- P
d) 1,69 . 10 ; e) 1,56 . 10 .
FÍSICA II

6 5

gas elétricas puntiformes Q1 = +10-6 e Q2=-10-6C


04.(UFPE/UFRPE) Duas cargas elétricas -Q e +q são mantidas nos
d d
localizadas nos vértices de um triângulo eqüilátero
de lado d = 0,3 m. Q1 Q2
pontos A e B, que distam 82 cm um do outro (ver figura). Ao se medir o
d
O meio é o vácuo, cuja constante eletrostática é potencial elétrico no ponto C, à direita de B e situado sobre a reta que
k0 = 9 �109 Nm²/C². O potencial elétrico e a intensidade do campo elétrico une as cargas, encontra-se -Q +q Vc = 0
resultantes no ponto P são, respectivamente: um valor nulo. Se Q = 3q, A B C
a) 0 V; 105 V/m b) 3 ⋅ 10 4 V; 3 ⋅ 10 5 V / m qual o valor em centímetros
82 cm
da distância BC?
c) 6 �104 V; 2 �105 V/m d) 0 V; 3 ⋅ 10 5 V / m
e) 6� 104 V; 105 V/m
05.(AFA) A figura mostra Q 1 -Q 2 Q
03.(AFA) O eixo Ox é mediatriz do segmento três cargas pontuais. Em rela-
em cujas extremidades se encontram duas car- ção aos potenciais dos pontos 2x x x x
gas iguais. A opção que representa o potencial 1 e 2, V1 e V2, respectivamen-
Q 1 -Q 2 Q
elétrico V, devido a essas cargas, ao longo do -Q 0 +Q te, podemos dizer que:
eixo Ox, é:
a) V1 = V2 b) V1 > V2 c) V2 = V12 d) V2 > V1
y y
a)
06.(UFPB) Três cargas puntiformes, q , q
b)
1 2
e q3 estão colocadas em
três vértices de um quadrado.
Sendo q1 = 6 x 10-5C, q2 = -4 x 10-5C, determine q3 para que o potencial
0 x x
0 elétrico seja nulo no centro do quadrado.

16
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

07.(UFU) Uma carga puntiforme -Q, negativa, se encontra na origem Note que as equipotenciais são perpendiculares as linhas
de um eixo de coordenadas x (em metros). Foi tomado como referência de campo da região. Assim, para um campo elétrico uniforme, temos a
para o potencial o ponto O a vinte (20) metros da carga, isto é nesse seguinte configuração:

ponto O o potencial é assumido como sendo zero (V0 = 0), conforme a E
figura. Sendo VA – VB os potenciais dos pontos A e B, respectivamente,
em relação ao ponto O, tomando como referência, o correto é:

VA V0 = 0 VB

A 20 B x (em metros)

a) VA > VB b) VA > 0 e VB < 0 c) VA < 0 e VB > 0


d) VA > 0 e VB > 0 e) VA < 0 e VB > 0

08.(UFAC) Num determinado ponto p do campo elétrico criado por +10V +8V +6V +4V +2V 0 -2V -4V -6V -8V -10V

uma carga puntiforme, é Vp = 200 V e a intensidade do vetor campo


elétrico é Ep = 0,8 V/m. Pergunta-se: qual a distância do ponto p à carga Trabalho Num Campo Elétrico
criadora do campo elétrico?
a) 2,5 �10-3 m b) 1,5 m c) 2,5 �103 m Imagine uma região do espaço onde existe um campo elétrico.
d) 250 m e) nenhuma das alternativas anteriores Ao deslocarmos uma carga entre dois pontos A e B dessa região, a força
elétrica irá executar um trabalho sobre a carga. Para calcular esse trabalho,
vamos supor que o deslocamento entre A e B foi feito através de infinitos
09 .(UNB) A energia potencial U de uma molécula diatômica formada pequenos deslocamentos, e que o campo elétrico que atua sobre a carga
pelos átomos P e Q depende somente da posição relativa r entre esses q (móvel) é devido a uma carga Q, fixa.
átomos conforme mostra o gráfico. A A1 A2 An B
+
U ra
P Q
r1
r
a r0 b r2
0
r rn
E rB

O trabalho total W será a soma dos trabalhos realizados pela


U0 força elétrica para deslocar a carga q em cada um dos pequenos des-
locamentos em que a trajetória total foi subdividida, assim:
Para esse sistema, a soma das energias cinéticas e potencial dos áto- WAB = WAA1 + WA1 A2 + ... + WA A n

mos constitui a energia total E da molécula. Essa energia é constante,


limitando, portanto, a distância r entre os átomos, a um intervalo [a,b].
A intensidade da força varia de posição para posição da carga
A respeito desse sistema, julgue os itens seguintes.
q. Entretanto, em cada um dos trechos AA1, A1 A2, ..., AnB, podemos
(01) para uma determinada energia total E, a energia potencial U(r) será
máxima quando r for igual a a ou b. considerar que ela permanece constante já que cada um dos pontos A,
A1, A2, ..., An está bem próximo do seu sucessivo.

FÍSICA II
(02) diminuindo-se a energia total E, o intervalo [a,b] de oscilação da
molécula aumentará. Como também é invariável o ângulo que a força faz com o deslo-
(03) Considerando que, para valores de r próximos de r0, a curva U(r) camento, em todos os trechos, o trabalho WAA1 realizado no trecho AA1 é:
aproxima-se muito de uma parábola, então, para valores E próximos
de U0, a energia potencial desse sistema molecular se comportar de qQ
WAA1 = F AA1 cos 0º = K 2
(r1 − rA )
maneira análoga à de um sistema mecânico massa-mola. r

Estando A1 suficientemente próximo de A é válida a aproximação:


Tópico 06 r2 ≅ r1 rA

Logo, o trabalho WAA fica:1

   r 
WAA1 = KqQ  r1 − rA  = kqQ  1 − A
r

EQUIPOTENCIAIS  r r
 1 A


rr
 1 A r1rA

 1 1
Numa região do espaço onde existe um campo elétrico há WAA1 = KqQ  − 
 rA r1 
sub-regiões que possuem o mesmo potencial eletrostático. Tais regiões
são chamadas de equipotenciais. De modo análogo, podemos escrever:
v1
Se a região for um plano, as equipo-
 
tenciais serão linhas. Já se a região for o espaço v2 WA1A 2 = KqQ  1 − 1 
v3 r 
tridimensional, as equipotenciais serão superfí- v4  1 r2 
cies. A figura ao lado ilustra as equipotenciais  1 1
WA 2A 3 = KqQ  − 
r 
geradas por uma carga pontual num plano.  2 r3 
Note que elas são circunferências 1 1
WA nA =KqQ  − 
r 
centradas na carga, pois, para uma distância fixada da carga, como K e Q  n rB 
não variam, o valor de V é constante.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Somando membro a membro, obtemos: Questões Resolvidas


WAA1 + W A1A 2 + W A 2 A 3 + ... + Wn1B =
 
= qQ  1 − 1 + 1 − 1 + 1 − 1 + ... + 1 − 1 
r r rA r 1 r r
1 2 2 r 3r n B  01. (MACKENZIE) Na figura abaixo, Q = 20 µC e q = 1,5µC são cargas
Portanto, resulta: puntiformes no vácuo (k0 = 9 �109 N m²/c²). O trabalho realizado pela força
elétrica ao levar a carga q do ponto A para o ponto B é:
 1 1 Q
WAB = KqQ  − 
 rA rB  q
30 cm 10 cm
WAB = KqQ − KqQ A
rA rB
B

Isso nos dá, finalmente, que: a) 1,8 J. b) 2,7 J. c) 3,6 J. d) 4,5 J. e) 5,4 J.
Solução:
WAB = EpA - EpB Nós sabemos que o trabalho da força elétrica para mover uma carga entre
dois pontos A e B num campo elétrico é dado por WAB = q UAB. O valor de
Como sabemos que Ep = qV, podemos substituir na equação q é dado. Assim, precisamos determinar o valor de UAB.
acima, obtendo: vA = kQ / 0,1 = 9 x 109 x 20 x 10-6 / 0,1 = 1,8 x 106
WAB = qVA – q VB = q (VA – VB) vB = kQ / 0,3 = = 9 x 109 x 20 x 10-6 / 0,3 = 0,6 x 106
Assim, UAB = vA – vB = 1,2 x 106
Como definimos UAB = VA – VB, temos, finalmente: Logo: WAB = 1,5 x 10-6 x 1,2 x 106 = 1,8 J
ALTERNATIVA A
WAB = q UAB
02. (UNIRIO) No esquema ap lado, apre- A
20 V
Note que o trabalho realizado pela força elétrica para levar a sentam-se as superfícies equipotenciais e as
90 V
carga do ponto A até o ponto B não depende da trajetória que a carga linhas de força no campo de uma carga elétri- r=
0 ,5m
Q 120 V
B
efetuou, apenas da diferença de potencial entre esses pontos. Uma força ca puntiforme Q fixa. Considere que o meio é C
que obedece tal propriedade é chamada de força conservativa, pois ela o vácuo (K0 = 9 �109Nm²/C²) e determine: D
não desperdiça energia através de forças dissipativas. a) o valor de Q;
Imagine, agora, uma partícula carregada com carga q se mo- b) o valor do campo elétrico em B.
vendo entre dois pontos A e B situados sobre a mesma equipotencial. O c) o trabalho realizado pela força elétrica
trabalho realizado pela força elétrica é dado por: sobre a carga q = - 2,0 � 10-10C para levá-la de A para C.
W = q (VA – VB) Solução:
a) Tomemos o ponto B. O raio de sua equipotencial vale 0,5m e o valor
Como A e B pertencem à mesma equipotencial, então temos do potencial vale, em sua equipotencial, 90 V. Assim:
que VA – VB = 0. Assim,
W=0 KQ KQ 9 ⋅ 10 ⋅ Q
V= = = = 90
d r 0,5

Ou seja, o trabalho realizado pela força elétrica para mover uma 90 ⋅ 0,5 −9
Q= 9
= 5 ⋅ 10 C
partícula carregada entre dois pontos situados sobre uma equipotencial 9 ⋅ 10
FÍSICA II

é nulo. Note que essa afirmação é muito forte. A partícula não precisa 9
KQ KQ 9 ⋅ 10 ⋅ 5 ⋅ 10
−9
45
b) E= = = = = 180 N / C
fazer todo o trajeto sobre a equipotencial. Mas se os pontos iniciais e d² r² (0,5)² 0,25

finais do movimento estiverem sobre a mesma equipotencial, o trabalho c)Sabemos que WAB = q UAB - 2 �10-10 � ( 120 – 20) = 2 �10-10(100) = 2 �10-8 J
será nulo.
Outra observação que podemos fazer é a seguinte: nós sabe- Questões Propostas
mos que, num campo elétrico uniforme, o trabalho realizado pela força
elétrica para mover uma partícula carregada entre dois pontos que distam
de uma distância “d” é dado por:
WAB = Fe d = q E d 01. (UFV) Na figura a seguir estão representadas algumas linhas de
fora do campo criado pela carga q. os pontos A, B, E e D estão sobre
circunferência centradas na carga.
Comparando com o resultado obtido acima, temos que:
B

A
WAB = q E d = q UAB �
C
� UAB = E d q

Essa relação nos dá uma maneira de calcular a diferença de D


potencial num campo elétrico uniforme em função apenas dos valores
do campo e da distância entre os pontos.
Assinale a alternativa FALSA:
a) Os potenciais elétricos em A e C são iguais.
Obs.: b) O potencial elétrico em A é maior do que em D.
Para aplicação dessa ultima expressão devemos tomar todo o c) Uma carga elétrica positiva colocada em A tende a se afastar da carga q.
cuidado com o valor da distância d. Ela não é a distancia percorrida d) O trabalho realizado pelo campo elétrico para deslocar uma carga de
pela carga de prova, mas, sim a distância entre as duas superfícies A para C é nulo.
equipotenciais. e) O campo elétrico em B é mais intenso do que em A.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

02. (FCMSC) Uma carga elétrica pontual positiva Q e cinco pontos 02.(UFPB) Um íon de massa igual a 4,8 x 10 kg e carga elétrica igual
-25

1,2,3,4 e 5 estão alinhados, como mostra afigura abaixo, sendo x a a 1,6 x 10 C é colocado em repouso numa região onde há um campo
-19

distancia de separação entre dois pontos consecutivos. Entre quais dos elétrico uniforme. Após 2 s, o íon atinge a velocidade de 1 x 106m/s.
seguintes pontos é maior o módulo da diferença de potencial elétrico Determine:
devido somente à presença dessa carga Q? a) o módulo da aceleração do íon.
b) a intensidade do campo elétrico.
x x x x x
c) a diferença de potencial entre o ponto onde o íon é colocado, inicial-
+Q 1 2 3 4 5
mente, e o ponto que atinge 2 s após.
a) 1 e 2 b) 2 e 3 c) 2 e 4 d) 2 e 5 e) 3 e 5
03. (UFPB) Duas placas planas e paralelas, separadas por 2 m de
03.(FUVEST) Duas pequenas esferas, q p
distância, estão uniformemente carregadas com cargas de sinais opos-
com cargas positivas e iguais a Q, encon- 2a 2a
tos, de modo que entre as placas há um campo elétrico uniforme de 30
tram-se fixas sobre um plano, separadas por N/C, perpendicular às placas. Determine:
uma distância 2a. Sobre esse mesmo plano, a) a diferença de potencial entre as placas;
no ponto P, a uma distância 2a de cada uma Q a a Q b) a energia cinética com que uma carga de 0,1 C atinge a placa negativa,
das esferas, é abandonada uma partícula tendo partido do repouso da placa positiva.
com massa m e carga q negativa. Desconsidere o campo gravitacional
e efeito não eletrostáticos. 04. (UNIUBE) Em uma região de campo elétrico uniforme de intensi-
dade E = 20000 N/C, uma carga q = 4 x 10-8 C é levada de um ponto A,
Determine, em função de Q, K, q, m e α, onde VA = 200 V, para um ponto B, onde VB = 80 V. O trabalho realizado
a) A diferença de potencial eletrostático V = V0 – Vp, entre os pontos O e P. pela força elétrica no deslocamento da carga entre A e B e a distância
b) A velocidade v com que a partícula passa por O. entre os pontos A e B são, respectivamente, iguais a:
c) A distância máxima Dmax, que α partícula consegue afastar-se de P. a) 4,8 x 10-6N e 6 x 10-3m. b) 4,8 x 10-6J e 6 x 10-3m.
Se essa distância for muito grande, escreva Dmax = infinito. c) 2,4 x 10 J e 8 x 10 m.
-5 -3
d) 2,4 x 10-5N e 6 x 10-3m.
e) 0 e 8 x 10 m.
-3

04.(UFPE/UFRPE) Duas partículas idênticas, cada uma com carga


elétrica de 1,0µC e massa 0,1g são inicialmente colocadas a 10cm de 05.(UFPE/UFRPE) O campo elétrico
distância e soltas a partir do repouso desta posição. Qual o módulo da uniforme entre as placas planas e pa-
velocidade da partícula, em m/s quando elas se encontram infinitamente ralelas de um capacitor, separadas de E ∆V

separadas? Despreze a atração gravitacional entre as partículas. 0,75mm, vale E = 6,40 x 104 N/C. Qual a
diferença de potencial, V, em volts, neces-
05. (PUC-SP) Um elétron-volt (eV) é, por definição a energia cinética sária para criar este campo?
adquirida por um elétron quando acelerado a partir do repouso, por uma
diferença de potencial de 1,0 V. Considerando a massa do elétron 9,0x10-31 06. (UESB) Uma partícula permanece em repouso em um campo
kg e sua carga elétrica em valor absoluto 1,6x10-19 C, a velocidade do elétrico vertical e dirigido para cima, produzido entre duas placas para-
elétron com energia cinética 1,0 eV tem valor aproximado: lelas e horizontais, igualmente carregadas com cargas de sinais opostos
a) 6,0 x 105m/s b) 5,0 x 105m/s c) 4,0 x 105m/s e distantes 2 cm. Se a partícula em questão possui massa igual a 4x10-13
d) 5,0 x 10 m/s
4
e) 6,0 x 10 m/s
4
kg e carga positiva 2,5x10-18 C, a diferença de potencial V, em 104 volts,
entre as placas, é:

FÍSICA II
06.Um elétron (massa m e  a) 1,3 b) 1,8 c)2,6 d) 3,2 e) 3,8
carga – e) penetra no vácuo
existente entre duas placas d/2 07. (MACKENZIE) Um corpúsculo de 0,2 g eletrizado com carga de 80 x 10 C -6

metálicas eletrizadas, planas, v0 varia sua velocidade de 20 m/s para 80 m/s ao ir do ponto A para o ponto B de
paralelas e horizontais, com um campo elétrico. A ddp entre os pontos A e B desse campo elétrico é de:

velocidade v 0 , como representa a) 1500V b) 3000V c) 7500V
a figura. Sendo U a diferença d) 8500V e) 9000V

de potencial entre as placas, para que intensidade de v 0 o elétron se
chocará com alguma delas? 08. (UEFS) Uma partícula de massa 1,6 x 10 kg e carga elétrica -2µC
-11

é abandonada em repouso, em um ponto A de um campo elétrico. Sabendo


Questões de Vestibulares que o potencial elétrico do ponto A é igual a 50V, a velocidade da partícula,
em m/s, ao chegar a um ponto B de potencial elétrico 150V, é igual a:
a) 400 b) 500 c) 3000 d) 4000 e) 5000

01. (UFSE) Dois pontos A e B estão dispostos ao longo de uma linha 09.(EN) Uma partícula eletrizada, possuindo carga elétrica positiva
de força de um campo elétrico uniforme, distantes 6 cm. Sendo UAB=120 igual a +2,0x10-9C e massa igual a 1,0 x 10-10 kg, é abandonada do repou-
V a diferença de potencial entre esses dois pontos, pode-se afirmar que so num ponto P de um campo elétrico uniforme, horizontal e de módulo
uma carga q = 3x10-6 C colocada nesse campo fica sujeita a uma força, igual a 400V/m. Desprezando-se a ação gravitacional, a perda de energia
em newtons, de: potencial no deslocamento de 4,0m até um outro ponto Q é:
a) 6 x 10-3 b) 5 x 10-3 c) 3 x 10-3 a) 32 x 10-7J b) 16 x 10-7J c) 8 x 10-7J
d) 2 x 10 -3
e) 1 x 10-3
d) 32 x 10 J
-9
e) 16 x 10 J
-6

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

10.(UFPB) Entre as superfícies externa e interna da membrana de uma


célula nervosa, há uma diferença de potencial elétrico igual a 7 x 10-2 V. Tópico 07
a) Supondo uniforme o campo elétrico no interior da membrana, deter-
mine seu módulo.
b) Sabendo que a membrana celular é permeável a íons positivos de
sódio, K+, e íons negativos de cloro, Cl -, determine o módulo da força VARIAÇÃO DO POTENCIAL NUM CAMPO ELÉTRICO
elétrica que atua sobre eles, quando se encontram no interior da
membrana, como indicado na figura. Imagine as linhas de força geradas por uma carga Q pontual.
c) Sendo o potencial da superfície externa maior que o da interna, repro- Elas serão da seguinte forma:
duza, o desenho abaixo indicando o vetor que representa as forças
+
elétricas atuando nos íons K+ e Cl -.
Dados: espessura da membrana celular = 7 x 10-9 m
-
Módulo da carga elétrica dos íons K + e Cl - = 1,6 x 10-19C.
Sabemos que o potencial elétrico é dado por V = KQ/d.
11.(UFPE/UFRPE) Um elétron com energia cinética de 2,4 x 10 J -16
Podemos dizer, então, que |V| = k|Q|/d. Portanto, à medida
entra em uma região de campo elétrico uniforme, cuja a intensidade é que a distância aumenta, |V| diminui. Para uma carga positiva, o valor
3,0 x 104 N/C. O elétron descreve uma trajetória retilínea, invertendo o de V é positivo. Logo, à medida que a distância aumenta, |v| diminui, e,
sentido do seu movimento após percorrer uma certa distância. Calcule portanto, o valor de V diminui.
o valor desta distância em cm. Por outro lado, para uma carga negativa, o valor de V é nega-
tivo. Logo, à medida que a distância aumenta, |V| diminui, e, portanto, o
12.(AFA) Em uma região de um campo elétrico uniforme, de intensi- valor de V aumenta (pois V é negativo).
dade 2x103 N/C, a diferença de potencial, em volts, entre dois pontos, Assim, fica clara uma propriedade do potencial elétrico:
situados sobre uma linha de força de campo elétrico e separados por
uma distância de 50cm, é: “À medida que caminhamos sobre uma linha de força, o valor
a) 103 b) 105 c) 4 x 103 d)2,5 x 10-4 do potencial elétrico decresce”.

13.(UFPE/UFRPE) A figura mostra as A


Partícula num Campo Elétrico
linhas de força de um campo elétrico unifor-
1 cm
me, cujo módulo vale 2x104N/C. Determine Iremos, agora, estudar o comportamento de uma partícula
a diferença de potencial entre os pontos A e eletrizada abandonada num campo elétrico.
B, em unidades de 102V. B Suponha uma região contendo um campo elétrico, como na
figura a seguir:
1 cm

+  -
E
14.(UFPB) Numa região do espaço, há um campo A

E
+
+
-
-
elétrico uniforme E , cujo módulo vale 200 N/C. + -
De acordo com a figura ao lado, a reta AB é perpen- Do nosso estudo de campos elétricos, sabemos que:
dicular ao vetor E , enquanto a reta BC é paralela a I. Se a partícula possuir carga positiva, a força elétrica sobre ela terá sen-
tido paralelo ao das linhas de força. Assim, essa partícula se moverá
FÍSICA II

E . Sendo de 30 cm a distância de A e B, e 40 cm a
B C
distância de B a C, determine: no sentido das linhas de força, isto é, da região de maior potencial
a) O trabalho que a força elétrica realiza para levar uma para a região de menor potencial.
carga de 3 x 10-6C do ponto A ao ponto C. II. Se a partícula possuir carga negativa, a força elétrica sobre ela terá
b) A diferença de potencial VA – VC entre os pontos A e C. sentido contrário ao das linhas de força. Ou seja, ela se moverá no
sentido contrário ao das linhas fé força, isto é, da região de menor
15. (UFPE/UFRPE) O campo elétrico entre duas placas condutoras potencial, para a região de maior potencial.
carregadas, paralelas entre si e separadas de 4,0cm, vale 2,5 x 103 V/m
e é nulo na região externa. Um elétron movendo-se, inicialmente paralelo Analisemos, então, o trabalho realizado pela força elétrica nesse movimento.
às placas penetra na região do campo a 1,0cm da placa negativa. De I. Se a carga é positiva, o potencial do ponto inicial A é maior que o potencial
quanto aumenta a energia cinética do elétron em eV, do instante em do ponto final B. Logo U > 0. Como q > 0, finalmente, W = q U > 0.
que esta penetra na região do campo elétrico até o instante em que ele II. Se a carga é negativa, o potencial do ponto inicial A é menor que o potencial
atinge uma das placas? do ponto final B. Logo, U < 0. Como q < 0, finalmente W = q U > 0.

++++++++++++ Concluímos, então, que quando uma partícula carregada é


abandonada em um campo elétrico, o trabalho realizado pela força elétrica
3 cm
é positivo. Isso acontece porque a carga busca uma situação de energia
potencial mínima.
1 cm
- - - - - - - - - - - -
Potencial Elétrico de Condutores

Vamos agora estudar como se dá o processo de eletrização


de corpos condutores.

20
15/05/2010 76/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Nós sabemos que partículas eletrizadas abandonadas sob a de outras cargas nas proximidades do condutor, da geometria (formato
influência de um campo elétrico, só executam um movimento entre dois do condutor) etc.
pontos da região que contem esse campo, se entre eles houver uma • O condutor pode não estar neutro e, ainda assim, ter potencial elétrico
diferença de potencial. diferente de zero.
Ao fornecemos ou retiramos elétrons de um condutor, eletriza- • Quando ligado à Terra, todo condutor assume potencial zero em
mos este condutor. Inicialmente, essa eletrização se dá apenas em uma relação à mesma.
região do mesmo. Com isso, cria-se uma diferença de potencial entre
esta região e as regiões mais distantes. Esta diferença de potencial cria O poder das pontas
campos elétricos que são responsáveis pela movimentação dos elétrons
Q
(portadores de carga) originando correntes internas. Estas correntes O potencial já definido, dado pela expressão V = k ⋅ é o
r
redistribuem o excesso de carga existente no interior do condutor até
mesmo em todo o condutor eletrizado. Porém a densidade de cargas
atingirem uma posição em que a diferença de potencial entre dois pontos
elétricas, também já definido anteriormente, dado pela expressão
quaisquer do condutor é nula.
Q
Quando o condutor atinge essa condição, dizemos que ele σ= , dá um significado importante à distribuição de cargas num
4 ⋅ π ⋅ r²
atingiu o equilíbrio eletrostático. condutor.
Quando falamos “entre dois pontos quaisquer do condutor” Embora o potencial elétrico seja o mesmo, a distribuição de
queremos dizer seu interior e a superfície. cargas elétricas não é.
Observe as duas expressões acima. Enquanto o potencial
Condutores Esféricos varia com o inverso do raio, a densidade de cargas elétricas varia com o
inverso do quadrado do raio. Como nas expressões acima o raio aparece
Um caso especial ocorre quando o condutor em questão no denominador da equação, + + +
+ +
+ + +
é esférico. Nesse caso, para pontos externos ao condutor, podemos quanto menor o raio maior será  + 
E2
E1 + R1 R2
considerar que toda sua carga está concentrada em seu centro. Assim, a densidade de cargas elétricas. +
+
para pontos externos ao condutor, é válida a relação Observe a figura ao lado. + + + +
+ +
+ +
Vext = KQ/d
Este corpo ilustra o ponto que queremos abordar. Ele tem
Onde “d” deve ser medido com relação ao centro da esfera. Fa- a aparência de duas esferas de raios diferentes ligados por uma cinta
zendo d = r, achamos que o potencial na superfície do condutor vale metálica. Obviamente pelo que já discutimos até a agora, estas duas
Vsup = KQ/r esferas estão no mesmo potencial elétrico. Porém, o raio da esfera 2 é
menor do que o da esfera 1.
Como o potencial no interior do condutor é igual ao potencial da
superfície, temos que o potencial no interior do condutor é dado por Q1 Q
A priori pode se pensar que como V1 = V2 ⇒ k ⋅ =k⋅ 2 , a
R1 r2
Vint = KQ/r
quantidade de cargas contidas em cada esfera é diretamente proporcional

Podemos, então, fazer os gráficos da variação do potencial ao seu raio. Isto é verdade: quanto maior o raio, maior a quantidade de
gerado por um condutor esférico eletrizado com carga Q, nos casos em cargas para se ter o mesmo potencial. Porém, se nossa abordagem é de
que Q > 0 e Q < 0.
como estão concentradas estas cargas. Para calcular a densidade de cargas
Q1 1 Q1 1 1 1
elétricas temos a expressão: σ1 = = ⋅ ⋅ = ⋅V⋅ , como
Para Q > O Para Q < O

FÍSICA II
4 ⋅ π ⋅ r² 4π r1 r1 4π ⋅ k r1
1
⋅ V é constante para as duas esferas, a densidade de cargas elétricas
V 4π ⋅ k 1
0 r é inversamente proporcional ao raio σ ≈ portanto caso o raio da segunda
r
Q d esfera tenda a zero a densidade das cargas naquele local tende ao infinito.
K
r
r d Q
0 V =K
r Este é o chamado poder + + +
+
V das pontas. Uma ponta pode ser
+ +
Vento
+ elétrico
+ +
Finalmente, algumas propriedades importantes dos condutores considerada uma esfera de raio +
+
+

em equilíbrio eletrostático. infinitamente pequeno, então a den-


• Cargas se distribuem apenas na superfície mais externa e se movem sidade de cargas neste local torna-se
desordenadamente. tão grande que a região em torno da
• Qualquer linha de força de campo elétrico que toque o condutor, ponta poderá ficar luminosa, devido à luz emitida pelas colisões, e até
será perpendicular ao mesmo na superfície. provocar um deslocamento de ar, chamado de vento elétrico (figura).
• O campo elétrico interno ao condutor é sempre nulo.
• Se houver uma cavidade no condutor, contendo uma carga Q produ- A rigidez elétrica de um material é a maior
zindo indução total , haverá campo elétrico apenas dentro da cavidade intensidade de campo elétrico que esse material pode
(região oca). Na região metálica o campo elétrico ainda será nulo. suportar sem perder suas propriedades isolantes.
• Sua superfície é uma equipotencial, com potencial constante. O ar seco, por exemplo, tem rigidez dielétrica de 3
• O potencial interno coincide com o potencial elétrico na superfície do �106N/C. A condução de cargas elétricas por um meio
condutor. inicialmente isolante, devido ao poder das pontas, é
• Linhas de campo não podem “nascer” e “morrer” na sua superfície. largamente aplicada.
• A distribuição de cargas em sua superfície externa não precisa ser
uniforme (densidade superficial de cargas) e dependerá da presença

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Um exemplo dessa aplicação é o pára-raios, formado por uma Solução:


haste metálica colocada verticalmente na parte mais do local que se deseja Nós sabemos que o potencial da superfície de um condutor esférico é
proteger. A extremidade superior possui várias pontas e a inferior é ligada ao dado por v = kQ/r. Do gráfico, tiramos que o raio da esfera vale 0,05 m
solo por cabos condutores. É utilizado para descarregar, de modo seguro, e que o potencial na superfície vale -1,44 x 103 V. Assim, aplicando a
as descargas elétricas que ocorrem na atmosfera devido ao seu acúmulo fórmula acima:
em nuvens de tempestades. v = kQ / r � Q = v r / k = - 1,44 x 103 x 5 x 10-2 / 9 x 109 = - 8 x 10-9 C
- Como q = n e, temos: n = q / e = 8 x 10-9 / 1,6 x 10-19 = 5 x 1010
Como a carga do condutor é negativa, ele recebeu 5 x 1010 elétrons.
ALTERNATIVA D.
+

02. (UFPE/UFRPE) Uma carga elétrica



E
de valor igual a 2,0C é conduzida do ponto
A ao ponto B, descrevendo um semicírculo
de raio 0,5m em uma região de campo
Blindagem eletrostática elétrico uniforme, como indicado na figu- A B
ra. Se o trabalho da força elétrica sobre
Se dentro de um condutor elétrico o vetor campo elétrico não a carga foi de 56J, neste deslocamento, qual a intensidade do campo
existe e também não existe a diferença de potencial, isto significa que elétrico em V/m ?
corpos colocados dentro destes condutores elétricos estão “imunes” às
influencias elétricas exteriores. Ou seja, estão protegidos de atividades Solução:
elétricas exteriores à carcaça que os envolve. Sabemos que o trabalho da força elétrica para mover uma carga entre
+ dois pontos A e B num campo elétrico é dado por WAB = q UAB. Assim,
+
Mesmo que ao condutor elétrico + A - +
C
+
WAB = 56 = 2 x UAB. Logo, UAB = 56 / 2 = 28 V.
-
seja aproximado um corpo que exerça + -
-
+ + Por outro lado, sabemos que, num campo elétrico uniforme, U = E d.
+ - + +
+ +
influência sobre este, os corpos no seu B
-
- Como d = 2r = 2 x 0,5 = 1m, temos:
+
interior não sofrerão influência nenhuma. + UAB = 28 = E x 1
+
Logo, E = 28 V / m.
Michael Faraday fez uma experiência “arriscando a própria vida”
entrando dentro Questões Propostas
de uma “gaiola”,
que futuramente
ficou conhecida
como gaiola de
Fio condutor Gerador
Eletrostático 01. (UFPE/UFRPE) O gráfico 186 V(V)

Faraday. O expe- Gaiola mostra o potencial elétrico em


metálica
rimento consis- função da distância ao centro de
tiu em carregar uma esfera condutora carregada
Suporte isolante
eletricamente a de 1,0 cm de raio, no vácuo. Cal- 0 1,0 2,0 3,0 d(cm)
“gaiola” onde Faraday ficou inserido, ate o ponto que esta gaiola, de tão cule o potencial elétrico a 3,0 cm do 0

carregada eletricamente, começou a soltar faísca, porem Faraday ficou centro da esfera, em volts.
FÍSICA II

o tempo todo, completamente imune ao que estava acontecendo, por-


que no interior da gaiola de Faraday não existira vetor campo elétricos, 02. (UPE) Um corpo eletrizado com carga positiva Q é introduzido na
nem diferença de potencial, que pudesse afetá-lo. A esta proteção que cavidade de um condutor oco, este envolvendo completamente aquele,
a carcaça condutora elétrica dá aos corpos nela inserido chamamos de sem que ambos se toquem.
blindagem eletrostática. I II
O condutor oco (aterrado ou não) sempre apresenta cargas
0 0
cuja soma é nula.
Questões Resolvidas
1 1 Nunca há carga na superfície exterior do condutor oco.
A superfície da cavidade sempre se eletriza com carga
2 2
(– Q).

01 . (MACKENZIE) Ao ele- V(104V)

0 5,0 10,0 d(cm)


3
4
3
4
O potencial do condutor oco é sempre nulo.
O potencial do corpo eletrizado sempre se anula.
trizarmos uma esfera metálica
no vácuo (k0 = 9 �109 Nm²/C²),
o potencial elétrico V por ela -0,72 03. (UPE) Vemos nas fotos seguintes um canhão eletrônico usado para
adquirido, em relação ao infinito, examinar a trajetória de elétrons num campo elétrico uniforme produzido
varia em função da distância d -1,44 entre duas placas planas paralelas, separadas por uma distância d.
ai seu centro, conforme o gráfico
acima. Desta forma, podemos afirmar que nessa esfera existem:
a) 5 � 1010 prótons a mais que o número de elétrons.
b) 1 � 1011 prótons a mais que o número de elétrons.
c) 5 � 109 prótons a mais que o número de elétrons.
d) 5 � 1010 prótons a mais que o número de elétrons.
e) 5 � 1011 prótons a mais que o número de elétrons.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Se não há diferença de potencial aplicada nas placas paralelas, a está a um potencial mais alto que o ponto A .
trajetória é uma reta denunciada na tela fluorescente (semelhante à da d) A curva L pode representar uma linha de força desde que L seja
TV). Quando é aplicada uma diferença de potencial entre as placas, o ortogonal à superfície do condutor nos pontos A e B.
elétron deixa marcado um traçado correspondente à deflexão provocada e) A curva L pode representar uma linha de força desde que a carga
pelo campo elétrico uniforme (despreze a atração gravitacional sobre total do condutor seja nula.
o elétron).
Se não há diferença de potencial aplicada nas placas paralelas, a 06.(ITA) A figura representa um condutor oco
trajetória é uma reta denunciada na tela fluorescente (semelhante à da e um outro condutor de forma esférica dentro
TV). Quando é aplicada uma diferença de potencial entre as placas, o da cavidade do primeiro, ambos em equilíbrio Q
elétron deixa marcado um traçado correspondente à deflexão provocada eletrostático. Sabe-se que o condutor interno tem
pelo campo elétrico uniforme (despreze a atração gravitacional sobre carga total +Q. Podemos afirmar que:
o elétron). a) Não há campo dentro da cavidade.
b) As linhas de força dentro da cavidade são retas radiais em relação à
esfera, como na figura.
c) A carga na superfície interna do condutor oco é –Q e as linhas de
força são perpendiculares a essa superfície.
d) A carga na superfície interna do condutor oco é –Q e as linhas de
forças tangenciam essa superfície.
e) Não haverá diferença de potencial entre os dois condutores se a carga
do condutor oco também for igual a Q.
Quanto maior a diferença de potencial, maior a deflexão “y” do elétron
no final da trajetória. 07.(UFPE/UFRPE) Uma camada esférica Q1

Baseados nos resultados dessa experiência, traçamos, a seguir, gráficos isolante, cujos raios interno e externo valem
que devem corresponder à relação entre a diferença de potencial entre respectivamente, R1 = 10 cm e R2 = 20 cm R1 R
2 r
as placas (∆U) e o campo elétrico (E) produzido entre elas. Escolha o é carregada com cargas Q1 = 2,4 x 10-3C e
Q2
gráfico correto. Q2 = 0,2 x 10-3C, cada uma homogeneamente
distribuída em uma de suas superfícies (ver
∆U ∆U ∆U
figura)
a) b) c) Quanto vale F1/F2?

E E E Questões de Vestibulares

∆U ∆U

d) e)
01.(CEFET-PR) Sobre a superfície equipotencial, definida como lugar
geométrico do espaço formado por pontos de um mesmo potencial
E E elétrico, podemos afirmar que a alternativa errada é:
a) Todos os seus pontos apresentam potenciais iguais pela própria
04. Uma superfície equipotencial de um campo elétrico é um local definição.

FÍSICA II
onde todos os pontos desta superfície estão a um mesmo potencial b) O trabalho para movimentar uma partícula eletrizada sobre ela é nulo,
elétrico. Afirma-se, corretamente que o trabalho desenvolvido para uma por a força elétrica sobre ela é normal à trajetória.
carga livre ir de um ponto a outro ao longo de uma destas superfícies c) As linhas de força são sempre perpendiculares à superfície equipo-
é nulo porque: tencial.
a) O campo elétrico é sempre perpendicular às superfícies equipoten- d) Duas superfícies equipotenciais de potenciais diferentes se intercep-
ciais. tam em um único ponto do espaço.
b) A força elétrica em nestes casos, é acrescentar nula. e) Uma carga puntiforme isolada tem superfícies esféricas concêntricas
c) O deslocamento da carga em uma superfície equipotencial é inexistente. à carga que as gera.
d) A diferença de potencial entre dois pontos de uma superfície equipo-
tencial é sempre constante e diferente de zero. 02 .(FCMSCSP) As linhas de força de um campo elétrico são:
e) Uma linha de campo está sempre inteiramente contida em uma su- a) Perpendiculares às superfícies equipotenciais e dirigidas dos pontos
perfície equipotencial. de menor para os de maior potencial.
b) Perpendiculares às superfícies equipotenciais e dirigidas dos pontos
05. (ITA) Na figura, C é um condutor em equi- de maior para os de menor potencial.
- - -

líbrio eletrostático, que se encontra próximo de A c) Inclinadas em relação às superfícies equipotenciais.


-

outros objetos eletricamente carregados. Consi- C d) Tangentes às superfícies equipotenciais.


dere a curva tracejada L, que une os pontos A e e) Necessariamente retilíneas e suas direções nada têm a ver com as
+
B da superfície do condutor. +++ superfícies equipotenciais.
Pode-se afirmar que: B L
a) A curva L não pode representar uma linha de força do campo elétrico. 03.(UNIP) A respeito das linhas de força de um campo eletrostático,
b) A curva L pode representar uma linha de força, sendo que o ponto B assinale a opção falsa.
está a um potencial mais baixo que o ponto A. a) À medida que caminhamos ao longo da linha de força e no seu sentido,
c) A curva L pode representar uma linha de força, sendo que o ponto B o potencial elétrico vai diminuindo.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

b) As linhas de força não podem ser fechadas. 09.(UFPB) Uma partícula carregada positivamente é colocada em
c) As linhas de força encontram perpendicularmente as superfícies equi- repouso num ponto cujo potencial elétrico é V0, de uma região onde há
potenciais. apenas um campo elétrico não-nulo. A respeito desta situação, pode-se
d) No interior de um condutor em equilíbrio eletrostático não existem afirmar que a partícula:
linhas de força. a) se deslocará para pontos de potencial V > V0.
e) A linha de força pode “nascer” e “morrer” em um equilíbrio eletrostático. b) se deslocará para pontos de potencial V = V0.
c) se deslocará para pontos de potencial V < V0.
04 .(PUC-SP) Assinale a afirmativa falsa: d) permanecerá em repouso.
a) Uma carga negativa, abandonada em repouso num campo eletros- e) se deslocará para pontos de potencial V maior ou menor que V0,
tático, fica sujeita a uma força que realiza sobre ela um trabalho dependendo de V0 ser positivo ou negativo.
negativo.
b) Uma carga positiva, abandonada em repouso num campo eletrostática, 10.(UPE) Para guardar um instrumento de precisão, de modo que
fica sujeita a uma força que realiza sobre ela um trabalho positivo. ele não fique exposto a campos elétricos, é necessário condicioná-lo
c) Cargas negativas, abandonadas em repouso num campo eletrostático, em um (uma):
dirigem-se para pontos de potencial mais elevado. a) prédio que tenha um sistema de pára-raios.
d) Cargas positivas, abandonadas em repouso num campo eletrostático, b) caixa de material isolante.
dirigem-se para pontos de menor potencial. c) caixa de material semicondutor.
e) O trabalho realizado pelas forças eletrostáticas ao longo de uma curva d) caixa térmica.
fechada é nulo. e) caixa metálica.

05.(UPE) Em relação ao conceito de Linhas de Força, pode-se afirmar que 11. (UFPE/UFRPE) Uma pirâmide
maciça é construída de um material ++ +
I II + + ++
metálico e repouso em uma superfície + + +
+ + + + + ++
0 0 geralmente se cruzam. isolante, conforme a figura. Se a pirâmi- + + + + ++
+ +
1 1 são a representação gráfica do campo elétrico. de é eletrizada positivamente, podemos + +
2 2 seu número é proporcional à intensidade do campo elétrico. afirmar com respeito ao campo elétrico
isolante
3 3 numa carga positiva, são radiais convergentes. Eint no interior da pirâmide que, na situ-
4 4 num campo elétrico uniforme, são paralelas. ação de equilíbrio de cargas:
a) o campo elétrico Eint, na parte superior (topo) da pirâmide, é maior
06.(UFPE/UFRPE) As figuras abaixo mostram gráficos de várias que na parte inferior (base) devido à maior proximidade entre as faces
funções versus a distância r, medida a partir do centro de uma esfera laterais.
metálica carregada de raio a0. Qual gráfico melhor representa o módulo b) o campo elétrico Eint, na parte superior (topo) da pirâmide, é menor
do campo elétrico, E, produzido pela esfera? que na parte inferior (base).
c) o campo elétrico Eint é constante e diferente de zero.
a) d)
F F
d) o campo elétrico Eint é nulo em qualquer ponto no interior da pirâmide.
e) o campo elétrico Eint é máximo no centro da pirâmide.

U
a0 r
U
a0 r 12. (AFA) Durante tempestade, um raio atinge um avião durante o vôo.
Pode-se afirmar que a tripulação
FÍSICA II

b) e)
F F

U U
a0 r a0 r

c)
F

a) não será atingida, pois aviões são obrigados a portar pára-raios em


sua fuselagem.
U
a0 r b) será atingida em virtude da fuselagem metálica ser boa condutora de
eletricidade.
07.(PUC-MG) Seja um condutor esférico car- A. .B C.
c) não sofrerá dano físico pois a fuselagem metálica atua como blindagem.
regado positivamente e VA, VB, VC, os potenciais d) será parcialmente atingida, pois a carga será homogeneamente dis-
tribuída na superfície interna do avião.
nos pontos A, B e C. Afirma-se que:
a) VA > VB > VC b) VA < VB < VC c) VA > VB = VC
d) VA = VB > VC e) VA < VB = VC 13 . (UFPE/UFRPE) O gráfico V(volts)

representa a variação do potencial V0


08.(UEL) Um condutor esférico de 20cm de diâmetro está uniforme- elétrico de uma distribuição esférica
mente eletrizado com carga de 4,0µC e em equilíbrio eletrostático. Em de carga com a distância r a seu
relação a um referencial no infinito, o potencial elétrico de um ponto P, centro. Sabendo-se que o valor
que está a 8,0cm do centro do condutor, vale em volts: de Vo é 60 Volts, e que o valor em 0 1,5 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 10,5 12,0 r(m)
0
a) 3,6 x 105 b) 9,0 x 104 c) 4,5 x 104 Coulombs da carga total da esfera
d) 3,6 x 10 4
e) 4,5 x 103
pode ser escrito como q x 10- 9, determine o valor de q.

24
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

14. (UFPB) Na figura, estão representadas três V3


V2
nós estamos adicionando energia ao condutor.
superfícies equipotenciais de um campo elétrico, V1 Imagine um condutor, inicialmente neutro, ao qual adicionamos
criado por uma única carga puntiforme. Sendo R1, R1 a carga Q, de forma que ele adquira um potencial V. Nós sabemos que
R2 e R3 os raios destas superfícies e V1, V2 e V3 seus R3 o potencial do condutor é diretamente proporcional à carga nele contida.
R2
potenciais, respectivamente, e tendo em vista que Assim, o gráfico da função V x Q é dado abaixo.
V1 – V2 = V2 – V3, pode-se afirmar que: O trabalho efetuado, que possui módulo igual ao da energia
do condutor, é dado pela área do gráfico acima. Assim:
R1 + R 3 R1 R3
a) R2 = R3 – R1 b) R2 = c) R2 = V
2 V
R1 R 3 R1 R 3
d) R2 = e) R2 = 2
R1 + R 3 R1 + R 3

15. (UPE) O gráfico a seguir mostra a variação do potencial elétrico Q


com a distância em um campo elétrico criado por uma esfera eletrizada 0
Q
com uma carga elétrica Q. A 10 cm do centro da esfera o valor do campo Ep = QV / 2
elétrico em N/C e do potencial elétrico em V, é respectivamente:
(Considere K = 9,0 . 109 N.m2/ C2) V(v) Como C = Q / v, podemos escrever, também, que:
a) nulo e nulo
Ep = CV2 / 2 = Q2 / 2C
b) 9,0 . 104 e 9,0 . 103
c) nulo e 9,0 . 103
d) 9,0 . 104 e 3,0 . 103 1000 Equilíbrio Eletrostático de Condutores
e) nulo e 3,0 . 10 3 0,3 0,9 d(m)
1 2 3
Imagine um conjunto de Vn
condutores, cada um com suas respec- Q Q2 Q
Tópico 08
1 n

tivas cargas iniciais e capacitâncias, e


que, por meio de fios de capacitâncias Q1' Q2' Qn'
v v v
desprezíveis, nós os interliguemos,
como na figura ao lado.
CAPACITÂNCIA DE UM CONDUTOR Cada condutor terá um
valor inicial de potencial. Devido a
À medida que fornecemos cargas elétricas(elétrons) a um essa diferença entre os potenciais
condutor , inicialmente neutro,o valor absoluto do potencial elétrico vai dos condutores, haverá movimento de cargas entre eles, até que todos
aumentando e, com isso torna-se progressivamente mais difícil a colo- os condutores atinjam o mesmo potencial, ou seja, atinjam o equilíbrio
cação de mais elétrons no condutor, pois os novos sofrerão a repulsão eletrostático.
dos já existentes. A partir do princípio de conservação das cargas, podemos
A cada quantidade de carga existente no condutor há, em escrever que:
correspondência, um potencial elétrico proporcional a essa quantidade Q1 + Q2 + ...+ QN = Q1′ +Q2′ +...+ QN′
de carga. A relação entre a quantidade de carga elétrica (Q) e o potencial Mas Q1 = C1V1, Q2 = C2V2..., QN = CnVn
elétrico (V) correspondente denomina-se capacidade eletrostática, ou Q1′= C1V, Q2′= C2V..., QN′= CnV
capacitância (C), do condutor: Então C1V1 + C2V2+...+ CnVn = C1V + C2V+...+ CnV

FÍSICA II
Q
C= C1V1 + C2V2 +...+ CnVn = V (C1 + C2 +...+ Cn)
V

No Sistema Internacional, a unidade da capacidade eletrostática C1V1 + C 2 V2 + ... + Cn v n


V=
é farad (F). C1 + C 2 + ... + Cn
• 1 mF = 10-3 F
Um caso notável do nosso estudo é o fenômeno do aterra-
• 1µF = 10-6 F
mento. Quando um corpo eletrizado é ligado a Terra, para ele atingir o
• 1nF = 10-9 F
equilíbrio eletrostático com a Terra, seu potencial deverá se anular, já
• 1pF = 10-10 F
que sua quantidade de cargas é desprezível em comparação com a da
Para os condutores em geral, a capacidade eletrostática per- Terra. Assim, o corpo perderá todas suas cargas, ficando neutro. Por isso
manece constante, independentemente da quantidade de carga por ele as ligações com a Terra (aterramentos) são muito utilizadas em instala-
adquirida. No caso particular de um condutor esférico, de raio R, imerso ções elétricas, visando proteger os usuários de uma descarga elétrica.
em meio, cuja constante eletrostática seja k, a capacidade eletrostática
Outro exemplo da utilização de aterramentos é o pára-raios, que força
é dada por:
Q Q R a descarga elétrica de nuvens eletrizadas e “aterra” tal descarga.
C= = ⇒C=
V kQ k
R
Questões Resolvidas
Ou seja, a capacidade eletrostática de um condutor esférico
é proporcional ao seu raio.
01. Dois condutores A e B, de capacitâncias C = 2,0nF e C
A B
= 8,0nF
Energia Potencial Eletrostática de um Condutor Eles estão eletrizados com cargas QA = 12C e QB = 8C. Coloca-se um
em contato com o outro e logo após, os separa. Pede-se:
Para carregar um condutor, se faz necessário o gasto de a) O potencial, antes do contato de cada condutor.
energia, pois, para levarmos carga ao mesmo, realizamos trabalho para b) O potencial comum aos dois condutores após o contato.
vencer as forças repulsivas devidas às cargas já existentes. Com isso, c) As cargas existentes em cada condutor, logo depois do contato.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Solução: 02.(UESB-modificada) Um capacitor de um circuito de televisão é um


a) Q = CV condutor que tem uma capacitância de 1,2µF. Sendo a diferença de poten-
cial entre seus terminais de 3000V, a energia que ele armazena é de:
−6
12 ⋅ 10 a) 6,7J b) 5,4J c) 4,6J d) 3,9J e) 2,8J
VA = −9 = 6,0 �10³ V
2 ⋅ 10

8 ⋅ 10 −6
03. (UFPB) Um capacitor está carregado com uma carga de 5,4 x 10 C. -5

VB = = 1,0 � 10³ V Uma das placas do capacitor está a um potencial de 90 V e a outra placa,
8 ⋅ 10 −9
a um potencial de 60 V. Determine:
−6 a) A capacitância do capacitor.
Q A + QB (12 + 8)10
b) V = = −9 = 2 � 10³ V b) A energia potencial acumulada no capacitor.
C A + CB ( 2 + 8)10

c) QA’ = CAV = 2 �10-9� 2 � 10³ = 4 � 10-6 C = 4µC 04.(PUC-MG) Uma carga positiva Q está distribuída sobre uma esfera
QB = CBV = 8 �10-9 � 2 � 10³ = 16 � 10-6 C = 16µC de raio R fabricada comum material condutor que pode ser inflado. A
esfera é inflamada ate que o novo raio seja o dobro do anterior.
02. Um condutor, inicialmente neutro, recebe 5 x 108 elétrons. Sabendo Nessa condição final, é CORRETO dizer que:
que a capacitância desse condutor vale 200 F, determine a energia que a) o potencial e a capacitância dobram de valor.
esse condutor passa a acumular. b) o potencial fica reduzido á metade e a capacitância dobra de valor.
Solução: c) o potencial e a capacitância ficam reduzidos à metade do valor inicial.
Como o corpo recebeu 5 x 1021 elétrons, sua carga líquida passou a ser d) o potencial e a capacitância não mudam.
de Q = - ne = - 1,6 x 10-19 x 5 x 1021 = -8 x 102 C. e) o potencial não muda e a capacitância fica reduzida à metade.
Assim, podemos fazer:
Ep = Q2 / 2C = (-800)2 / (2 x 200) = 1600 J. 05.(PUC-MG) Uma esfera condutora de raio R possui carga negativa
de valor Q. De repente sua carga dobra de valor. Nessa condição final,
Questões Propostas é CORRETO afirmar:
a) O potencial e a capacitância dobram de valor.
b) o potencial fica reduzido á metade e a capacitância dobra de valor.
c) o potencial e a capacitância ficam reduzidos à metade do valor inicial.
01. (UFPE/UFRPE) Uma grande esfera condutora, oca e isolada, d) o potencial dobra e a capacitância não muda.
está carregada com carga Q = 60μC. Por uma pequena abertura no e) o potencial não muda e a capacitância fica reduzida à metade.
topo da esfera, é introduzida uma pequena esfera, de carga q = -6 mC,
suspensa por um fio isolante. Se a pequena esfera toca a superfície in- 06 . (UECE) Considere duas esferas
terna do primeiro condutor, qual será a carga final da superfície externa metálicas, X e Y, sobre suportes isolantes, Y
da esfera maior? e carregadas positivamente. A carga de X
X
é 2Q e a de Y e Q. O raio da esfera Y é o
02.(UFPE/UFRPE) Duas esferas A B dobro do raio da esfera X. As esferas são
condutoras A e B, de raios rA = R R postas em contato através de um fio condu-
2R
e rB = 2R, estão inicialmente car- tor, de capacidade elétrica irrelevante, até
regadas com cargas qA = 150µC e ser estabelecido o equilíbrio eletrostático. Nessa situação, as esferas X
qB = -24µC, respectivamente. As esferas encontram-se afastadas por uma e Y. Terão cargas elétricas respectivamente iguais a:
FÍSICA II

grande distância e são em seguida conectadas por um longo fio condutor


de espessura desprezível. Após estabelecido o equilíbrio eletrostático, qual a) Q e 2Q. b) 2Q e Q. c) 3Q e 3Q . d) Q e Q
2 2 2
o valor da carga na esfera B, em µC?
07. (UFPR) Uma esfera oca, condutora e neutra contém, seu centro, uma
03. (PUC-SP) Um sistema constituído por duas esferas de raios a e esfera condutora e eletropositiva. Ao longo do eixo x você pode dizer que a
2a, interligadas por um fio condutor, é eletrizado com carga positiva Q. variação do campo E e do potencial eletrostático (V) é melhor representada
Após o equilíbrio eletrostático, a esfera de raio a apresenta densidade pelos diagramas:
superficial de carga σ1, e a esfera de raio 2a apresenta densidade su-
perficial de carga σ2. Qual é a relação σ1/σ2?
+ + +
04.(ITA) Uma esfera condutora de 0,50 cm de raio é levada a um +
+ + +
+
x

potencial de 10V. Uma segunda esfera, bem afastada da primeira, tem


raio de 1,0 cm e está no potencial de 15V. Elas são ligadas por um fio de E E E
capacitância desprezível. Determine os potenciais das esferas.

Questões de Vestibulares x x x
I II III
V V

01.(CEUMA-modificada) Qual a energia acumulada num conjunto de x x


condutores com capacitância total de 200µF e sob tensão de 900V? III II

a) 31J b) 41J c) 61J d) 81J e) 91J a) I e V b) I e IV c) III e IV d) III e V e) II e IV

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08. (FEI) Duas esferas condutoras con- B


Q3
cêntricas A e B possuem raios R1=10cm, Q2
R2 = 20 cm e R3 = 25 c, e estão eletrizadas R1
de forma que a diferença de potencial en- A R2
tre elas é VA – VB = 9 kV e a carga total da Q1
R3
esfera B é de 0,3 µC. Determine as cargas
Q1, Q2 e Q3 existentes nas superfícies Vácuo
dessas esferas.
1
Dado: = 9 ⋅ 10 9 Nm²C −2 .
4 πε0

09. (UFBA) Aviões com revestimento metálico, voando em atmos-


fera seca, podem atingir elevado grau de eletrização, muitas vezes
evidenciado por um centelhamento para a atmosfera, conhecido como
fogo-de-santelmo. Assim, é CORRETO, afirmar que:
(01) a eletrização do revestimento dá-se por indução.
(02) o campo elétrico no interior do avião, causado pela eletrização do
revestimento, é nulo.
(04) a eletrização poderia ser evitada revestindo-se o avião com material
isolante.
(08) o centelhamento ocorre preferencialmente nas partes pontiagudas
do avião.
(16) o revestimento metálico não é uma superfície equipotencial, pois,
se o fosse, não haveria centelhamento.
(32) dois pontos quaisquer no interior do avião estarão a um mesmo
potencial, dede que não haja outras fontes de campo elétrico nessa
região.
De como resposta a soma dos números associados às afirmativas
corretas.

10.(PUC-SP) Dois condutores A e B são esféricos e concêntricos. O


condutor A é maciço e tem raio de 2 cm e carga de 5 µC. O condutor
B, ligado à Terra, tem raio interno de 4 cm e raio externo de 5 cm. Um
condutor C inicialmente neutro, é aproximado do condutor B, sem toca-
lo. Nessas condições, podemos afirmar que, após a aproximação do
condutor C:

B
C A

FÍSICA II
a) a carga do condutor A passa a ser nula.
b) a carga total do condutor B é nula.
c) a carga induzida no condutor C é de + 5 µC.
d) a carga induzida no condutor C é nula.
e) a carga induzida no condutor C é de - 5 µC. 08. (IME) Uma esfera
de plástico maciça é eletrizada, ficando com uma densidade de
carga superficial σ = +0,05 C / m2. Em conseqüência, se uma carga
puntiforme q = +1μC fosse colocada exteriormente a 3 m do centro
da esfera, sofreria uma repulsão de 0,02πN. A esfera é descarregada
e cai livremente de uma altura de 750 m, adquirindo ao fim da queda
uma energia de 0,009πJ. Determine a massa específica do plástico
da esfera. (Considere g = 10 m/s2).

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(NI: 0413) (NI: 0415)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 01 Tópico 01
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

I. Quando há equilíbrio o corpo está “neutro”, ou seja, I. Correto, havendo desequilíbrio de cargas elétricas o
possui o mesmo número de cargas positivas e negativas. corpo estará eletrizado.
VERDADEIRA II. Não necessariamente, caso o número de cargas elé-
II. O desequilíbrio de cargas elétricas é que promove a tricas de natureza positiva e negativa sejam iguais, o
eletrização de um corpo, tanto positivamente, quanto corpo estará neutro eletricamente.
negativamente. III. Não necessariamente conforme explicado no item II.
VERDADEIRA IV. Correto, as cargas elétricas, geralmente elétrons,
III. Corpo como o vidro, um dielétrico, pode ser eletriza- que saem de um corpo, e com isso desequilibra eletrica-
do pelo atrito “esfregação” com a lã. mente este, vai para o outro corpo, tornando desequili-
FALSO. brado eletricamente com o mesmo número de cargas
Resposta letra (a) elétricas, ou seja, os dois corpos ficam igualmente dese-
quilibrados eletricamente em número de cargas elétri-
(NI: 0414) cas, porém com a natureza, sinal, de suas cargas dife-
rentes.
Caderno 02 V. Sim é possível. A influência depende da distância do
Física 02 indutor ao induzido, portanto quanto mais próximo o
Tópico 01 indutor mais cargas elétricas ele desequilibra no indu-
Propostas zido, sem que haja alteração no número de cargas dese-
quilibradas do indutor.
Questão 02 Resposta letra (b)
Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 (NI: 0416)

I. Não necessariamente, inclusive seria repelida caso o Caderno 02


corpo carregado possuísse carga de mesma natureza. Física 02
Mesmo estando descarregada o corpo carregado induzi- Tópico 01
ria a esfera de isopor polarizando-a e com isso a atrain- Propostas
do
II. Pode, conforme explicado no item anterior. Questão 04
III. Não, pois caso o corpo carregado estivesse com ex- Nível: fácil
cesso de cargas negativas ocorreria repulsão. Assunto: 6.25.58

Resposta letra (b) Pela conservação das cargas elétricas temos:


0q + 6q
1º ) ZM ⇒ = 3q
2
3q + q
2º ) ZN ⇒ = 2q
2
2q − 4q
3º ) ZP ⇒ = −2q
2
Resposta: –2q

15/05/2010 84/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0417) (NI: 0418)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 01 Tópico 01
Propostas Propostas

Questão 05 Questão 06
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

Observe a figura: Observe a figura:

Qualquer que seja o ponto de ligação à Terra haverá


indução para que elétrons carreguem a esfera, portanto
o fluxo de elétrons é da Terra para a esfera e esta fica
I. À medida que o indutor se aproxima, haverá menos carregada negativamente.
cargas elétricas negativas nas hastes do eletroscópio e,
portanto haverá menos atração, com isso as hastes de
aproximarão. FALSO.
II. Não conforme explicado no item anterior
III. Com o toque do objeto metálico ocorrerá a neutrali-
zação dos dois objetos e as folhas pela ação gravitacional
devem se fechar.
Resposta letra (d) Resposta letra (e)

(NI: 0419)

Caderno 02
Física 02
Tópico 01
vestibulares

Questão 01
Nível: fácil
Assunto: 6.25.58

Normalmente as cargas que são facilmente retiradas ou


transferidas de um corpo para outro são os elétrons.
Portanto, com o esfregaço é correto afirmar que o bastão
pode ter perdido elétrons enquanto o tecido recebeu
estes elétrons.
Resposta letra (d)

15/05/2010 85/181
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(NI: 0420) (NI: 0423)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 01 Tópico 01
vestibulares vestibulares

Questão 02 Questão 05
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58
Q+0 Q
Como não há contato, não há transferência de cargas 1º ) AC ⇒ =
elétricas, portanto o corpo continua em sua totalidade
2 2
neutro. Porém, há indução e as cargas elétricas ficam Q +Q
3Q
separadas com cargas de natureza diferente sendo atra- 2º )CB ⇒ 2 =
ída pelo bastão eletrizado. 2 4
Resposta letra (b) Resposta letra (a)

(NI: 0421) (NI: 0424)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 01 Tópico 01
vestibulares vestibulares

Questão 03 Questão 06
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

Pela esfregação entre o pente e os fios de cabelos, ocor- 00 – Como o corpo B possuía –2C de carga elétrica, ao
reu transferência eletrônica entre eles. Portanto, o pen- receber +2C, este ficou neutro. VERDADEIRO
te ficou eletrizado. Os pedaços de papel, embora neu- 11 – A soma das cargas elétricas antes e depois da
tros, se polarizam com a proximidade do pente eletriza- transferência permanece inalterado – Princípio de con-
do. servação das cargas elétricas. Como a soma antes da
Resposta letra (a) transferência era QT=+6–2+4–4=+4, esta permanece
constante. VERDADEIRO.
(NI: 0422) 22 – Correto, conforme elucidado no item anterior.
VERDADEIRO.
Caderno 02 33 – Correto, o corpo A tinha 6C ao ceder 2C ficou com
Física 02 4C, carregado positivamente. VERDADEIRO.
Tópico 01 44 – Não é verdade, após a troca de apenas 1C, o corpo
vestibulares C fica com +3C e o D com –3C. FALSO.
Resposta: VVVVF
Questão 04
Nível: fácil
Assunto: 6.25.58

Q+0 Q
1º ) AB ⇒ =
2 2
Q +0
Q
2º ) AC ⇒ 2 =
2 4
Q +0
Q
3º ) AD ⇒ 4 =
2 8
Resposta letra (c)

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(NI: 0425) (NI: 0427)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 01 Tópico 02
vestibulares Propostas

Questão 07 Questão 01
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

00 – Falso. Se estiver ou não eletrizado seria o correto Percebe-se que a distância foi triplicada, então:
11 – Correto. Esta é a descrição de um eletroscópio. kQq 1 kQq 1 27.10 −5
22 – Correto. O eletroscópio fica todo eletrizado com F'= = ⋅ 2 = ⋅F = = 3.10 −5 N
cargas de mesma natureza, o que faz com que as folhas (3d )2 9 d 9 9
sejam repelidas. Resposta: 03
33 – Não necessariamente, por indução cargas de uma
natureza se armazenam na esfera metálica enquanto (NI: 0428)
cargas de natureza oposta se armazenam nas duas fo-
lhas. Como as duas folhas ficam eletrizadas com cargas Caderno 02
de mesma natureza, estas se repele. Física 02
44 – Não. As cargas opostas ao bastão tendem a ficar Tópico 02
próximas da esfera metálica, deixando cargas de mesma Propostas
natureza do bastão nas lâminas metálicas.
Questão 02
Resposta: FVVFF Nível: fácil
Assunto: 6.25.58
(NI: 0426)
Observe o gráfico:
Caderno 02
Física 02
Tópico 01
vestibulares

Questão 08
Nível: fácil
Assunto: 6.25.58

Após o contato temos:


6 μC − 10 μC
Q= = −2 μC
2 Verificando o ponto no gráfico em 3,0m notamos que a
Portanto houve a transferência de: força é 2,5.10–8N, portanto:
ΔQ = 6 μC − (−2 μC ) = 8μC kqq −8 9.10 9 ⋅ q 2
F= ⇒ 2,5.10 = ⇒ q = 5,0.10 −9 C
ou d2 3,0 2
ΔQ = −10 μC − (−2 μC ) = −8μC Resposta letra (e)
Portanto um cedeu e o outro recebeu a mesma quanti- (NI: 0429)
dade de cargas elétricas calculadas por:
Q = n ⋅ e ⇒ 8 ⋅ 10 −6 = n ⋅ 1,6 ⋅ 10 −19 ⇒ n = 5 ⋅ 1013 Caderno 02
Resposta letra (a) Física 02
Tópico 02
Propostas

Questão 03
Nível: médio
Assunto: 6.25.58

Pela terceira lei de Newton temos que as forças que


atuam nas cargas são de mesma intensidade e de senti-
dos opostos. Como as partículas possuem a mesma mas-

15/05/2010 87/181
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sa, então: F1 = F2 ⇒ ma1 = ma2 ⇒ a1 = a 2 e


(NI: 0431)
sentidos opostos por repulsão, uma vez que as cargas
são de mesma natureza. Caderno 02
Resposta letra (c) Física 02
Tópico 02
(NI: 0430) Propostas

Caderno 02 Questão 05
Física 02 Nível: médio
Tópico 02 Assunto: 6.25.58
Propostas
Observe o esquema:
Questão 04
Nível: médio
Assunto: 6.25.58

Para que haja equilíbrio, a carga q3, por ser positiva,


não pode ficar entre as cargas q1 e q2 e, por outro lado,
deve ficar mais próximo da carga q1 do que da carga q2.
kq1 q 3 kq 2 q 3 1mC − 4mC
F13 = F23 ⇒ = ⇒ = ⇒
d 2
(d + 1) 2
d 2
(d + 1)2
⎧d ' = 1

4d = d + 2d + 1 ⇒ ⎨
2 2
1
⎪⎩d ' ' = − 3
Pela simetria as componentes horizontais das forças
Como –1/3 não é válido pelo que já foi exposto, temos:
devidas às cargas A e B se equilibram. Portanto, soma
d=1m
vetorial que resulta numa força de direção vertical deve
Resposta: 01
equilibrar o peso, então:
P = FA ⋅ cos 60º + FB ⋅ cos 60º ⇒
q A = qB ⇒
kq A q 9 ⋅ 10 9 ⋅ 10 −7 q 1
mg = 2 ⋅ cos 60 º ⇒ 0, 01 ⋅ 10 = 2 ⋅ ⇒
L2 ( )
3,0 ⋅ 10 − 2
2
2
q = 1 ⋅ 10 −7 C
Resposta letra (e)

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(NI: 0432)
(NI: 0434)
Caderno 02
Física 02 Caderno 02
Tópico 02 Física 02
Propostas Tópico 02
vestibulares
Questão 06
Nível: alto Questão 01
Assunto: 6.25.58 Nível: fácil
Assunto: 6.25.58
Observe o esquema a seguir:
00 – Não necessariamente, os dois condutores podem ser
idênticos e possuírem a mesma carga elétrica.
11 – Correto. Como são passados elétrons de um para
outro. O que cede fica em débito igual ao “crédito” de
quem recebe.
22 – Podem por esfregação.
33 – Ao induzir, o indutor atrai cargas de sinal contrário
e, portanto eletrizado o induzido com cargas de natureza
diferente do indutor.
44 – Correto. Diretamente proporcional às cargas e in-
F kQ 2 versamente proporcional ao quadrado da distância.
tan α = ⇒ F = P ⋅ tan α ⇒ 2 = P ⋅ tan α Resposta: FVFFV
P d
mas (NI: 0435)
d
senα = ⇒ d = senα ⋅ 2 L Caderno 02
2L Física 02
Então Tópico 02
vestibulares
kQ 2 sen 2α ⋅ 4 ⋅ L2
= P ⋅ tan α ⇒ Q = ⇒ Questão 02
sen 2α ⋅ 4 ⋅ L2 k
Nível: fácil
P ⋅ tan α Assunto: 6.25.58
Q = 2L ⋅ ⋅ senα
k
00 – Não. O que ocorre é exatamente o oposto
11 – diretamente proporcional ao inverso do quadrado
(NI: 0433)
da distância.
22 – Correto. Ao ser removido elétrons o corpo não está
Caderno 02
mais em equilíbrio eletrostático, neste caso o corpo esta-
Física 02
rá com excesso de cargas positivas.
Tópico 02
33 – Correto. Pelo mesmo motivo exposto acima.
Propostas
44 – Correto. A falta de elétrons indica que existe exces-
so de cargas positivas.
Questão 07
55 – Correto. Sendo o ouro um metal condutor este fun-
Nível: médio
ciona no eletroscópio de folhas.
Assunto: 6.25.58 66 – O eletroscópio não é, à priori, um dispositivo para
armazenar cargas elétricas. Ele é um dispositivo para
A força eletrostática é a força centrípeta que mantém o
indicar se outro corpo está eletrizado.
elétron em sua órbita então: Resposta: FXVVVF
v 2 kq 2 kq 2 k
FCP = FE ⇒ m ⋅ = 2 ⇒v= = e⋅
r r m⋅r m⋅r
Resposta letra (c)

15/05/2010 89/181
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(NI: 0436) (NI: 0438)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 03 Questão 05
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

Obs.: Falta indicar a massa do elétron = 9,1.10–31kg Como as cargas não se alteram o que importa é apenas
a mudança de distância. Como a força se altera com o
Sendo a força coulombiana é a força centrípeta que inverso do quadrado da distância, se as partículas foram
mantém o elétron em sua órbita, então: aproximadas para 1/6 da distância é de se esperar que a
mv 2 ke 2 v2 ke 2 força fique 36 vezes maior, senão vejamos:
FC = FE ⇒ = 2 ⇒ aC = = ⇒ kq1 q 2 kq1 q 2 ⎫
R R R mR 2 F1 = =
9 ⋅ 10 − 2 ⎪⎪ F2 9 ⋅ 10 − 2
( )
2
2 0,3
9.10 9 ⋅ 1,6 ⋅ 10 −19 ⎬ = = 36
aC = ≅ 10 ⋅ 10 22 m / s 2 kq1 q 2 ⎪ F1 2,5 ⋅ 10 −3
(9,1 ⋅10 )⋅ (5 ⋅ 10 )
kq1 q 2
−31 −11 2 F2 = =
0,05 2 2,5 ⋅ 10 −3 ⎪⎭
Resposta: 10
Resposta: 36
(NI: 0437)
(NI: 0439)
Caderno 02
Física 02 Caderno 02
Tópico 02 Física 02
vestibulares Tópico 02
vestibulares
Questão 04
Nível: médio Questão 06
Assunto: 6.25.58 Nível: médio
Assunto: 6.25.58
Temos:
A força que A exerce em C independe de outras cargas
k ⋅ 6q ⋅ 4q kq 2 ou forças, portanto:
F1 = = 24
d2 d2 k 2q 2 kq 2
Após o toque as cargas das duas esferas ficam: FBC = = 24 N ⇒ = 12 N
d2 d2
6q + 4q
Q= = 5q kq 2 1 kq 2 1
2 FAC = = ⋅ = ⋅ 12 = 3 N
Então: (2d )2 4 d 2 4
k ⋅ 5q ⋅ 5q kq 2 Resposta letra (e)
F2 = = 25
d2 d2
Portando continuam repelindo-se, pois ambas possuem
cargas de mesma natureza e com intensidade maior.
Resposta letra (a)

15/05/2010 90/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0440) (NI: 0442)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 07 Questão 09
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

Obs.: Enfatizar μ no gráfico Obs.: as forças que agem sobre a carga q3 não são “nulas” como indica
o enunciado. O que o autor da questão se refere é à soma vetorial nula,
ou força resultante nula.
Observe o gráfico:
Para que a soma seja nula temos que:
kq1 q3 k 4q1 q3 1 4
F13 = F23 ⇒ = ⇒ 2 = ⇒
x 2
(d − x ) 2
x (d − x )2
1 2 d
= ⇒ d − x = 2 x ⇒ d = 3x ⇒ x =
x d−x 3

Resposta (b)
Tomando o ponto (4,0m;10μN ) temos:
kq 2 −6 9 ⋅ 10 9 ⋅ q 2 (NI: 0443)
F= ⇒ 10 ⋅ 10 = ⇒
d2 4,0 2 Caderno 02
4,0 ⋅ 10 ⋅ 10
2 −6 Física 02
q= ≅ 1,3 ⋅ 10 −7 = 0,13μC Tópico 02
9 ⋅ 10 9 vestibulares
Resposta letra (d)
Questão 10
(NI: 0441) Nível: médio
Assunto: 6.25.58
Caderno 02
Física 02 a) Como a carga Q está em equilíbrio as cargas q1 e q2
Tópico 02 devem ser de mesma natureza. Æ q 2 = α ⋅ q1 ⇒ α ∈ ℜ +
vestibulares

Questão 08
Nível: fácil
Assunto: 6.25.58

Como todas as cargas são de mesma natureza, há forças


de repulsão duas a duas, então: b) o sinal já foi exposto no item “a”. Quanto ao valor
temos:
kQq1 kQα ⋅ q1
FQq1 = FQq 2 ⇒ = ⇒α = 4
12 22
Resposta: a) exposto acima; b) positivo e igual a 4

Resposta letra (d)

15/05/2010 91/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0444) (NI: 0445)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 11 Questão 12
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

Como a soma vetorial deve ter a resultante nula, basta O equilíbrio das forças pode ser representada pelo es-
determinarmos a resultante numa das duas cargas posi- quema abaixo.
tivas. Dando nomes às cargas temos:

FR = 0 ⇒ FCD + FBD + FAD = 0 ⇒


kQ(− 4) kQ(− 4) kQ 2
+ + =0⇒
a2 (2a )2 (3a )2 Onde a soma vetorial das forças exercidas pelas cargas
–q sobre Q deve ser igual, em módulo, à força que Q
−4 −4 Q exerce em Q. A direção é a mesma devido a simetria da
+ + = 0 ⇒ Q = 45C
1 4 9 colocação das cargas, então:
Resposta: 45 FQQ = FQq ⋅ cos 45º + FQq ⋅ cos 45º ⇒
2 kQ 2 kQq
FQQ = 2 ⋅ FQq ⇒ = 2 2 ⇒
2 ( L 2 )
2
L
2
Q q ⎛Q⎞
2
= 2 2 ⇒ ⎜⎜ ⎟⎟ = 8
2L L ⎝q⎠
Resposta: 08

15/05/2010 92/181
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(NI: 0446) (NI: 0447)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 13 Questão 14
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

a) As forças que agem na esfera de carga q é o seu peso e Observe o esquema:


a força de repulsão elétrica devido à carga Q. Quanto à
esfera de carga Q agem o seu peso, a força de repulsão
elétrica e a normal com o solo, conforme a figura:

Pela simetria vemos que as duas cargas q na base do


triângulo formam vetores força elétrica cuja soma é
zero, portanto basta calcular a força devida à carga no
topo do triângulo. Para isso devemos calcular a distân-
cia que separa a carga q de q0.
2 2
⎛L⎞ ⎛3⎞
A esfera de carga q estará em equilíbrio “instável” L = h + ⎜ ⎟ ⇒ 33 = h 2 + ⎜ ⎟ ⇒
2 2

quando a força elétrica de repulsão for igual ao seu peso, ⎝2⎠ ⎝2⎠ Agora podemos
então:
27 3 3 3 3
kQq h= = cm = ⋅ 10 − 2 m
PQ = FQq ⇒ mg = ⇒ 4 2 2
h2 calcular a força:
−2 9 ⋅ 10 9 ⋅ 10 −6 ⋅ 4 ⋅ 10 − 4 9 ⋅ 10 9 ⋅ 3 ⋅ 10 −6 ⋅ 2 ⋅ 10 −6
9 ⋅ 10 ⋅ 10 = ⇒ h = 2m Fqq0 = = 80 N
h2 2
⎛3 3 ⎞
Resposta: a) figura acima; b) 2m ⎜ ⋅ 10 −2

⎜ 2 ⎟
⎝ ⎠
Resposta: 80N

10

15/05/2010 93/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0448) (NI: 0450)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 15 Questão 16
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

Pela simetria das cargas nos vértices da base podemos Observe o esquema abaixo:
concluir que as componentes horizontais das forças en-
tre as cargas AB e AC tem resultante nula. Portanto,
basta calcularmos a soma das duas componentes verti-
cais das forças relativas às cargas AB e AC. Observe a
figura:

Então temos:
FR = FAC ⋅ cos 30º + FAB ⋅ cos 30º =
1
(FAC + FAB ) Q2 Q2
2 FAB = =
⎛ x⎞
2
πε 0 ⋅ x 2
mas : q B = qC , então : FR = (2 FAC )
1
4πε 0 ⋅ ⎜ ⎟
2 ⎝2⎠
1 ⎛ kq q ⎞ kq q 3Q 2
FR = ⋅ ⎜ 2 ⋅ A2 C ⎟ = A2 C FBC =
2 ⎝ L ⎠ L 4πε 0 ⋅ x 2
(
⎛ 9 ⋅ 10 9 2 ⋅ 10 −6 ⋅ 3 ⋅ 10 −6
FR = ⎜
) ⎞⎟ = 60 N Como os vetores são ortogonais o módulo da força resul-
tante pode ser calculado por Pitágoras:

⎝ (
3 ⋅ 10 − 2 )2 ⎟

2 2
Resposta: 60 ⎛ Q2 ⎞ ⎛ 3Q 2 ⎞
FR = F 2
+F 2
= ⎜⎜ ⎟⎟ + ⎜⎜ ⎟⎟ ⇒
⎝ πε 0 ⋅ x ⎠ ⎝ 4πε 0 ⋅ x
AB BC 2 2
(NI: 0449) ⎠
Caderno 02
Física 02 25Q 4 5Q 2
FR = =
Tópico 02 16π 2 ε 02 ⋅ x 4 4πε 0 ⋅ x 2
vestibulares
E a tangente do vetor força resultante com o eixo x é
Questão 16
dado por:
Nível: fácil
Assunto: 6.25.58 Q2
FBC πε 0 ⋅ x 2 4
Inicialmente temos:
tan θ = = 2
=
FAB 3Q 3
F=
3kQ 2
= 3 ⋅ 10 −5

kQ 2
= 10 −5 4πε 0 ⋅ x 2

2 2
d d Resposta letra (a)
Após o contato as esferas idênticas ficam com a carga:
Q + 3Q
q= = 2Q e a força fica sendo:
2
k 2Q 2Q 4kQ 2
F'= 2
= 2
= 4 ⋅ 10 −5 N
d d
Resposta: a) 2Q; b) 4.10–5N

11

15/05/2010 94/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0451) (NI: 0452)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 02 Tópico 02
vestibulares vestibulares

Questão 18 Questão 19
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 6.25.58 Assunto: 6.25.58

O ponto não pode ser intermediário, pois seria atraído Observe o esquema abaixo:
por uma carga e repelida pela outra, portanto não ocorre
equilíbrio.
No ponto externo às duas cargas, a carga a ser colocada
em equilíbrio pode ser negativa ou positiva, pois esta
será repelida pela primeira e atraída pela segunda ou
vice-versa. Porém, o módulo do vetor resultante deve ser
zero. Então:

FR = 0 = F− qQ + F 4 ⇒ Pela simetria as forças na direção horizontal se equili-


+ qQ
bram, isto é, a resultante horizontal é nula. Então fica-
( )
9

mos com a soma das componentes verticais das forças


k (q )Q k 9 qQ ( x − 10)
4 2
4 elétricas devendo equilibrar a força gravitacional, por-
= ⇒ =
x 2
(x − 10) 2
x 2
9 tanto:
x − 10 2
x>0⇒ = ⇒ x = 30m FR = FCB ⋅ sen60º + FCA ⋅ sen60º = mg
x 3
Resposta: 30 3
como : FCB = FCA ⇒ FR = 2 ⋅ FCA = mg ⇒
2
3kQ 2 3 ⋅ kQ 2
= mg ⇒ m =
d2 gd 2
Resposta: letra (d)

12

15/05/2010 95/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0453) (NI: 0454)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 03 Tópico 03
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 02
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

I. Correto. O vetor campo elétrico é representado por Observe o esquema abaixo:


“linhas de força”, quando se coloca uma carga de prova a
força que atua nesta carga tem a mesma direção do
campo.
II. Convencionalmente as linhas de força “saem” da
carga positiva e “entram” na carga negativa, ou seja,
apontam do positivo para o negativo, ou do positivo para
o infinito. Ao se colocar uma carga negativa, esta é atra-
ída pela carga positiva, indo, então, no sentido contrário
à orientação das linhas de força do vetor campo elétrico.
Portanto, correto.
kQ Para que a resultante do vetor campo elétrico esteja
III. Não. E = , ou seja, diretamente proporcional à
d2 apontando na vertical no sentido para baixo Q1 deve ser
carga que o criou e inversamente proporcional ao qua- positiva e Q2 deve ser negativa, conforme o esquema.
drado da distância à carga que deu origem ao campo Como a força que atua na carga de prova é contrária ao
elétrico. vetor campo elétrico, esta carga é negativa.
IV. Correto. Outra forma de expressar o vetor campo Resposta letra (d)
F
elétrico agindo em uma carga de prova é: E= , por- (NI: 0455)
q
tanto a unidade pode ser descrita como Newton por Cou- Caderno 02
lomb. Física 02
Resposta: VVFV Tópico 03
Propostas

Questão 03
Nível: médio
Assunto: 6.25.59
kQ 9 ⋅ 10 9 ⋅ Q
a) E= ⇒ 1,8 ⋅ 10 4
= ⇒ Q = 8μC
d2 22
9 ⋅ 10 9 ⋅ 8 ⋅ 10 −6
b) E = = 8 ⋅ 10 5 N / C
(3 ⋅ 10 )
−1 2

Resposta: a) 8.10–6C ; b) 8.105N/C

13

15/05/2010 96/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0456) (NI: 0458)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 03 Tópico 03
Propostas Propostas

Questão 04 Questão 06
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Observe a figura: Observe a figura:

Sendo o vetor campo elétrico, um vetor, este pode ser


somado vetorialmente. Como as duas cargas estão na
mesma linha que o ponto P, podemos determinar a in-
tensidade do vetor campo elétrico somando algebrica-
mente o valor do vetor campo elétrico originado por cada
carga, então: A soma vetorial do vetor campo elétrico das duas cargas
kQ kQ na base do triângulo dão resultante nula, pela simetria.
E = E A + E B = 2A + 2B ⇒ Então o módulo do vetor campo elétrico resultante de-
dA dB
pende apenas da carga q no vértice acima da base. A
9 ⋅ 10 9 ⋅ 1,0 ⋅ 10 −9 9 ⋅ 10 9 ⋅ 2,0 ⋅ 10 −9 distância desta carga ao ponto P pode ser calculada por
E= + = 19V / m Pitágoras:
32 12 2
Resposta: 19 ⎛L⎞ 3L2 L 3 0,5 3 3
x = L2 − ⎜ ⎟ = = = =
(NI: 0457) ⎝2⎠ 4 2 2 4
kq 9 ⋅ 10 9 ⋅ 1,0 ⋅ 10 −9
Caderno 02 E= 2 = 2
= 48 N / C
Física 02
x ⎛ 3⎞
⎜ ⎟
Tópico 03 ⎜ 4 ⎟
Propostas ⎝ ⎠
Resposta: 48
Questão 05
Nível: médio (NI: 0459)
Assunto: 6.25.59
Caderno 02
Para que a resultante do vetor campo elétrico seja nula Física 02
num ponto intermediário entre duas cargas de sinais Tópico 03
opostos e na mesma reta suporte podemos determinar vestibulares
pela soma algébrica das intensidades de cada vetor
campo elétrico criado por cada carga e igualar a zero. Questão 01
Nível: fácil
Assunto: 6.25.59

A região onde um corpo eletrizado sofre influência é o


campo elétrico. O termo “área de influência” peca na
semântica, pois região de influência elétrica estaria
kQ1 kQ2 correto.
E1 = − E 2 ⇒ = ⇒
(30 − d 2 ) 2
d 22 Resposta letra (b)

40 10
= 2 ⇒ 2d 2 = 30 − d 2 ⇒ d 2 = 10m
(30 − d 2 ) d 2
2

Resposta letra (d)

14

15/05/2010 97/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0460) (NI: 0463)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 02 Questão 05
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Convencionalmente as linhas de força do vetor campo 00 – Nunca se cruzam. Caso fosse existiria um parado-
elétrico saem da carga positiva e chegam à carga nega- xo, a carga de prova poderia “escolher” qual linha se-
tiva. Portanto, colocando-se uma carga positiva de prova guir.
esta ficará sujeita a uma força no sentido do vetor cam- 11 – O conceito de campo é abstrato, porém Faraday
po elétrico. conferiu linhas de força para dar um aspecto concreto ao
Resposta letra (c) fenômeno estudado.
22 – Com a representação pelas linhas de força, Fara-
(NI: 0461) day, pode relacionar a intensidade do campo elétrico e a
quantidade de linhas de força. Quanto maior o número
Caderno 02 de linhas de força maior é a intensidade do campo elé-
Física 02 trico.
Tópico 03 33 – Na realidade, convencionalmente, são radiais di-
vestibulares vergentes.
44 – Correto. Placas planas paralelas e infinitas produ-
Questão 03 zem um campo elétrico uniforme.
Nível: fácil Resposta: FVVFV
Assunto: 6.25.59
(NI: 0464)
A carga de prova, como o nome sugere, serve para mos-
trar que existe nesta região um campo elétrico. O efeito Caderno 02
observado é o surgimento de uma força de atração ou Física 02
repulsão, dependendo da orientação do vetor campo Tópico 03
elétrico e da natureza da carga. vestibulares
Resposta letra (a)
Questão 06
(NI: 0462) Nível: médio
Assunto: 6.25.59
Caderno 02
Física 02 00 – O Campo é conceitualmente uma região que é afe-
Tópico 03 tada por determinado fenômeno físico. Neste caso como
vestibulares o fenômeno é uma força que se representa por um vetor,
o campo “região” resume-se apenas à linha de ação da
Questão 04 força.
Nível: médio 11 – Correto. Sendo o vetor campo, uma grandeza veto-
Assunto: 6.25.59 rial, esta segue as regras de soma vetorial.
22 – Incorreto. O vetor campo é tangencial à linha de
I. Correto. Caso o vetor campo elétrico seja nulo não força naquele ponto.
haverá força elétrica inserida neste ponto. 33 – Incorreto. É inversamente proporcional ao quadra-
II. Correto. Basta que não haja nenhuma carga de pro- do da distância.
va. O campo elétrico existe, ou seja, existe a região de kq k 2q 2kq 2 E
influência elétrica, porém sem carga de prova não há 44 – Vejamos: E= ⇒ E' = = = ,
força.
d 2
(2d ) 4d 2 4
2

III. Não necessariamente, esta pode estar isolada. Ela portanto correto.
origina um campo, porém não há força pois não existe Resposta: VVFFV
outra carga elétrica de prova.
Resposta letra (d)

15

15/05/2010 98/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0465) (NI: 0468)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 07 Questão 10
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

A força é dada por: Observe o esquema abaixo:


−6
F = Eq ⇒ F = 100 ⋅ 10 ⋅ 1000 = 0,1N
Resposta letra (a)

(NI: 0466)

Caderno 02
Física 02
Tópico 03
vestibulares

Questão 08
Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Na soma vetorial, pela simetria, na direção horizontal é
zero. Portanto, devemos calcular a soma vetorial verti-
Sendo o aumento da distância: cal.
d = 20cm⎫ 3 Por Pitágoras, facilmente, deduzimos que os dois lados
⎬d ' = d ⇒ iguais do triângulo isósceles vale 1,0m, então:
d ' = 30cm⎭ 2
q
kq kq 4 E R = 2 EY = 2 E ⋅ cos θ = 1,6 E = 1,6 ⋅ ⇒
E = 2 ⇒ E' = = E⇒ 4πε 0 ⋅ 12
d ⎛3 2⎞ 9
⎜ d ⎟ q 10q
⎝2 ⎠ E R = 0,4 = ⇒ α = 25
πε 0 α ⋅ πε 0
4
E ' = ⋅ 6 ⋅ 10 6 ≅ 2,7 ⋅ 10 6 N / C
9 Resposta: 25
Resposta letra (b)

(NI: 0467)

Caderno 02
Física 02
Tópico 03
vestibulares

Questão 09
Nível: fácil
Assunto: 6.25.59

kq 1 kq 1 32
a) E 2 = = ⋅ 2 = ⋅ E1 = = 8N / C
(2r ) 2
4 r 4 4
−6
b) F2 = E 2 ⋅ q 0 = 8 ⋅ 2 ⋅ 10 = 1,6.10 −5 N
Resposta: a) 8N/C ; b) 1,6.10–5 N

16

15/05/2010 99/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0469) (NI: 0471)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 11 Questão 13
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59
Observe o esquema abaixo:
Observe a figura:

Pela simetria vemos que Q/q = 1, porém somando veto-


rialmente o campo devido a q e q, temos:
E 2 = E q2 + E q2 + 2 ⋅ E q ⋅ E q ⋅ cos120º ⇒ E = E q
Em módulo a soma de EQ deve ser igual às somas das
Como as distâncias (raio) são iguais, e a resultante da
componentes verticais de q1 e q2, então:
soma dos campos devido às cargas q e q é vertical, te-
mos: kq
E Q = 2 ⋅ EY = 2 ⋅⋅ sen30º ⇒
kQ kq Q L2
EQ = E q ⇒ = 2 ⇒ Q = q ⇒ =1
r 2
r q kQ kq 1 8 ⋅ 10 −6 2 ⋅ 10 −6
= 2 ⋅ ⋅ ⇒ = ⇒
Resposta: 01 Y2 L2 2 Y2 ( )
3 ⋅ 10 − 2
2

(NI: 0470) Y = 3,6 ⋅ 10 −3 = 0,06m = 6cm


Resposta: 06
Caderno 02
Física 02
Tópico 03
vestibulares

Questão 12
Nível: médio
Assunto: 6.25.59

A soma vetorial horizontal é nula. Portanto, devemos


calcular a soma vetorial vertical. Como as cargas possu-
em o mesmo módulo, basta calcular a componente veto-
rial vertical de uma das duas e multiplicar por 2.
Senão vejamos:
⎛ kQ ⎞
E R = 2 ⋅ EY = 2 ⋅ ⎜ 2 ⎟ ⋅ senθ ⇒
⎝d ⎠
9 ⋅ 10 9 ⋅ 125 ⋅ 10 −6
ER = 2 ⋅ ⋅ 0,6 ⇒ E R = 54 ⋅ 10 7 N / C
(5 ⋅ 10 )
−2 2

Resposta: 54

17

15/05/2010 100/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0472) (NI: 0473)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 04
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 02
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Ao entrar no campo elétrico uniforme, a força que age Observe a figura:


sobre a partícula negativa é contrária às linhas de força
deste campo. Portanto, o elétron em questão sofrera
uma força de retardamento, enquanto estiver dentro do
campo elétrico, portanto a velocidade vai variar de acor-
do com movimento uniformemente retardado. Fora do
campo elétrico a velocidade do elétron é constante.
Observe a figura:

Para que a gota de óleo suba com a aceleração em módu-


lo igual à da gravidade temos:
Portanto o gráfico da velocidade que melhor representa FR = FE − P = mg ⇒ FE = 2mg ⇒
o que ocorre com o elétron é:
2mg
Eq = 2mg ⇒ E =
q
Resposta letra (a)

Resposta letra (b)

18

15/05/2010 101/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0474) (NI: 0476)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 04
Propostas Propostas

Questão 03 Questão 05
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Observe o esquema a seguir: Como o campo elétrico está representado por uma única
linha de força, constituída pelo fio em questão. As áreas
que este irá atravessar independem da forma, contanto
que seja perpendicular ao fluxo. Além do mais pela Lei
de Gauss, o fluxo do campo elétrico ( ) através de uma
superfície fechada depende das cargas internas (qi) e da
permissividade elétrica do meio ( ). Sendo o valor da
carga interna qi calculada por .L, e sendo e L iguais
nas três superfícies, para um mesmo meio, temos:
Pelo esquema vemos claramente que:
φ A = φ B = φC
F
tan 45º = E ⇒ FE = P ⇒ Eq = mg ⇒ Resposta letra (a)
P
mg 0,1 ⋅ 10 (NI: 0477)
q= = = 2 ⋅ 10 −5 C = 20μC
E 5,0 ⋅ 10 4
Caderno 02
Resposta: 20 Física 02
Tópico 04
(NI: 0475) Propostas
Caderno 02 Questão 06
Física 02 Nível: alto
Tópico 04 Assunto: 6.25.59
Propostas
O fluxo do campo elétrico, através de uma super-
Questão 04 fície fechada imaginária qualquer, é diretamente pro-
Nível: alto porcional à carga elétrica total contida em seu interior.
Assunto: 6.25.59 Podemos, então, imaginar uma superfície envolvendo
somente a carga positiva e outra, somente a barra.
As forças que atuam na partícula são: a gravitacional Examine a figura a seguir:
(campo uniforme – nas proximidades da Terra) e a elé-
trica (campo elétrico uniforme de acordo com o enuncia-
do). Como o sentido do vetor campo elétrico é para cima
e a carga é positiva, a força eletrostática tem sentido
para cima. Portanto, devemos calcular a força resultan-
te (Peso menos Força eletrostática) para determinarmos
a aceleração com que a partícula cai verticalmente. Veja
o cálculo a seguir:
FR = P − FE = mg − Eq = 0,1 ⋅ 10 − 40 ⋅ 2 ⋅ 10 −2 = 0,2 N
Com relação à carga +q, temos 8 linhas saindo o que
F 0,2 2h 2 ⋅1 implica em uma carga positiva. Para a barra temos 5
⇒a= R = = 2m / s 2 ⇒ t q = = = 1s
m 0,1 a 2 linhas chegando e 3 saindo. Isto significa uma carga
negativa. Como a carga é proporcional ao número de
como : v X = 10m / s ⇒ Δx = v X ⋅ t q = 10 ⋅ 1 = 10m
linhas que atravessa a superfície, teremos uma carga
Resposta letra (b) negativa para a barra e |Qbar | < |q|
Resposta letra (b)

19

15/05/2010 102/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0478) (NI: 0480)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Para que permaneça em equilíbrio a força resultante Observe a figura:


deve ser zero. Portanto,
FE = P ⇒ Eq = mg ⇒ 50 q = 2 ⋅ 10 −3 ⋅ 10 ⇒ q = 4 ⋅ 10 −4 C
Resposta letra (d)

(NI: 0479)

Caderno 02 Em primeiro lugar vamos determinar a aceleração da


Física 02 partícula. Como o campo é orientado para baixo e a par-
Tópico 04 tícula é negativa, a força eletrostática é orientada para
vestibulares cima, portanto a força resultante é dada por:
FR = P − FE = mg − Eq = 0,01 ⋅ 10 − 7 ⋅ 10 4 ⋅ 10 −6 = 0,03 N
Questão 02
Nível: médio FR 0,03
Assunto: 6.25.59
⇒a= = = 3m / s 2
m 0,01
A aceleração sendo uniforme pode-se calcular o tempo Δv 6 − 0
⇒ t subida = t descida = = = 2s ⇒
através da velocidade média: a 3
Δx v + v0 2,0 10 t total = t subida + t descida = 2 + 2 = 4s
vm = = ⇒ = ⇒ Δt = 0,4s
Δt 2 Δt 2 Resposta: 04
Então:
Δv 10 (NI: 0481)
a= = = 25m / s 2 ⇒
Δt 0,4 Caderno 02
F = m.a = 0,01 ⋅ 25 = 0,25 N ⇒ Física 02
Tópico 04
F = Eq ⇒ 0,25 = E ⋅ 2 ⋅ 10 −6 ⇒ E = 12,5 ⋅ 10 4 N / C vestibulares
Resposta letra (c)
Questão 04
Nível: médio
Assunto: 6.25.59

Observe o esquema abaixo:

A partícula estará em equilíbrio quando PX = FEX


PX = FEX ⇒ P ⋅ sen30º = Eq ⋅ cos 30º ⇒
1 3
20 3 ⋅ = E ⋅2⋅ ⇒ E = 10 N / C
2 2
Resposta: 10

20

15/05/2010 103/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0484)
(NI: 0482)
Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares
Questão 05
Nível: fácil Questão 07
Assunto: 6.25.59 Nível: fácil
A única força que atua no elétron é de natureza Assunto: 6.25.59
elétrica, como o campo é uniforme, a força que atua no
elétron é constante. O dipolo se alinhará ao vetor campo elétrico com a carga
elétrica negativa ficando à esquerda da carga positiva,
uma vez que as linhas de força convergem para a região
que contém um corpo carregado negativamente.
Portanto, sofrerá uma rotação inicialmente no sentido
horário, posteriormente, como as cargas são de igual
intensidade e o campo é uniforme, permanecerá em
equilíbrio, pois as forças que atuam nas duas cargas são
Sendo assim sua trajetória deve obedecer a uma equa-
iguais em módulo.
ção do 2º grau do tipo: Δx = v 0 t + 12 at , sendo as únicas
2
Resposta letra (e)
variáveis o tempo e a posição. A trajetória descrita pelo
elétron é uma parábola. (NI: 0485)
Resposta letra (b)
Caderno 02
(NI: 0483) Física 02
Caderno 02 Tópico 04
Física 02 vestibulares
Tópico 04
vestibulares Questão 08
Questão 06 Nível: médio
Nível: alto Assunto: 6.25.59
Assunto: 6.25.59
Observe a figura:
Examine a figura:

Para que a partícula saia tangenciando a borda da placa


superior, esta deve percorrer horizontalmente em mo-
vimento uniforme a distância “a” enquanto sobe a dis-
tância “b” em movimento uniformemente acelerado.
O intervalo de tempo que a partícula executa
horizontalmente seu movimento uniforme independente Vemos que as forças que atuam na esfera são perpendi-
do movimento uniformemente acelerado vertical é igual. culares, portanto pode-se calcular a força resultante
destas duas forças por Pitágoras. Este resultado é igual
a ⎫ em módulo à tração no fio, uma vez que o sistema está
tX = ⎪ em equilíbrio.
v r r r
⎪b 1
e
a2 bv 2
⎬ = 2 ⋅α ⋅ 2 ⇒ α = 2 ⇒
2 v a
T = P + FE ⇒ T = (mg )2 + (Eq )2 ⇒
Δy = 12 α ⋅ t X2 ⎪⎪
⎭ T= (3 ⋅ 10)2 + (2 ⋅ 10 3 ⋅ 2 ⋅ 10 −2 )2 = 50 N
mbv 2 Resposta: 50
F = Eq ⇒ m ⋅ α = Eq ⇒ = Eq ⇒
a2
mbv 2
E=
qa 2
Resposta letra (d)

21

15/05/2010 104/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0486) (NI: 0487)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 09 Questão 10
Nível: alto Nível: alto
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Observe o esquema abaixo: Observe a figura:

Ao próton de carga +q denominamos que possui deter-


minada massa m. A partícula α possui dois nêutrons e
dois prótons, portanto carga +2q e massa 4m.
FEX EX q As acelerações podem ser definidas e a relação entre os
tan 60º = ⇒ 3= ⇒
P − FEY mg − EY q intervalos de tempo de “queda” das duas partículas pode
ser determinado por:
3 ⋅ 10 5 q E ⋅ 2q
3= ⇒ 0,0196 − 10 5 q = 10 5 q ⇒ aα =
0,002 ⋅ 9,8 − 10 q
5
4m
q = 9,8 ⋅ 10 −8 C e
Tendo determinado o valor da carga elétrica podemos Eq
calcular a tração pela relação: aP =
TY + FEY = P ⇒ m

T ⋅ cos 60º +10 5 ⋅ 9,8 ⋅ 10 −8 = 0,002 ⋅ 9,8 2d ⎫


tP = ⎪
aP ⎪ Eq
1 ⎪ tP
T ⋅ + 9,8 ⋅ 10 −3 = 19,6 ⋅ 10 −3 ⇒ aα 2m = 2
2 e ⎬ = =
Eq
⎪ tα aP 2
T = 1,96 ⋅ 10 − 2 N 2d ⎪ m
tα =
Resposta letra (b) aα ⎪⎭
A relação entre as distâncias horizontais pode ser obtida
por:
Δx P = v ⋅ t P ⎫ d P t P 2
⎬ = =
Δxα = v ⋅ tα ⎭ d α tα 2
Resposta letra (c)

22

15/05/2010 105/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0488) (NI: 0489)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 11 Questão 12
Nível: alto Nível: médio
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.59

Observe a figura a seguir: Observe o esquema abaixo:

Como a carga é de natureza negativa esta fica submeti-


Na direção horizontal temos um movimento uniforme. da a uma força na direção e sentido oposto ao do vetor
Assim, o intervalo de tempo do movimento das gotas até campo elétrico, portanto a força resultante que age na
o final do percurso é dado por: partícula é dada pelo seu peso somada à força devido ao
vetor campo elétrico.
Δx 2,0 ⋅ 10 −2
Δt = = = 10 −3 s FR = Eq + mg ⇒
v 20
Na direção vertical temos um movimento uniformemen- FR = 6,5 ⋅ 10 − 2 ⋅ 1 + 1,0 ⋅ 10 −3 ⋅ 10 = 7,5 ⋅ 10 − 2 N
te acelerado, cuja aceleração pode ser determinada por: FR 7,5 ⋅ 10 − 2
α ⋅t2 α ⋅ (10 )
−3 2 α= =
m 1,0 ⋅ 10 −3
= 75m / s 2
Δy = ⇒ 0,30 ⋅ 10 −3 = ⇒
2 2 A componente da velocidade vertical pode ser obtida
α = 6,0 ⋅ 10 2 m / s 2 por:
Lembrando a relação entre a massa, densidade e volu- 3
vY = v ⋅ sen60º = 100 ⋅ = 50 3m / s
me ( m = dV ). A força resultante é dada por: 2
FR = m ⋅ α ⇒ F + P = m ⋅ α ⇒ Eq + mg = m ⋅ α ⇒ A altura máxima pode ser obtida por Torricelli:
Eq = m(α − g ) = dV (α − g ) ⇒ ( )2
vY2 = v02Y − 2αΔh ⇒ 0 = 50 3 − 2 ⋅ 75 ⋅ Δhmax ⇒

1000 ⋅ π ⋅ (10 −5 ) ⋅ (6,0 ⋅ 10 2 − 10)


4 7500
Δhmax = = 50m
3

q= 3 ≅ 3,1 ⋅ 10 −14 C 150


8,0 ⋅ 10 4 Resposta: 50
Resposta letra (b)

23

15/05/2010 106/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0490) (NI: 0492)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 04 Tópico 05
vestibulares Propostas

Questão 13 Questão 01
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 6.25.59 Assunto: 6.25.60

Observe a figura: Supondo que a escala esteja em metros temos:

kQ 1
d QB = 4 2 + 3 2 = 5m ⇒ E B = = kQ ⇒
5 2 25
kQ = 25 E B
kq ⎫
E= 2⎪ 1 1
r ⎪E ≈ λ V B = E B .d B = kQ ⋅ 5 = kQ ⇒ kQ = 5V B
⎬ 25 5
q ⎪ r
λ= ⎪ kQ
EA = 2 =
1
⋅ kQ =
1 E
⋅ 25 E B = B
r ⎭ 10 100 100 4
Resposta letra (d) 1 kQ 5V B V B
VA = E Ad A = ⋅ kQ ⋅ 10 = = =
(NI: 0491) 100 10 10 2
Resposta letra (a)
Caderno 02
Física 02
Tópico 04
vestibulares

Questão 14
Nível: médio
Assunto: 6.25.59

Podemos utilizar um artifício. Pela lei de Gauss uma


carga depositada no centro de uma esfera tem o fluxo
constante através da esfera, pois o vetor campo elétrico
diminui com o quadrado da distância e a área aumenta,
na mesma proporção com o quadrado da distância. Por-
tanto para uma esfera teríamos o seguinte fluxo:
kq
φ = EA = ⋅ 4π ⋅ r 2 = 4πkq = 4π ⋅ 9 ⋅ 10 9 ⋅ 5,0 ⋅ 10 −9 ⇒
r2
φ = 180πNm 2 / C
Como um cubo tem seis lados iguais, e as linhas de força
do vetor campo elétrico deve atravessar todas as seis de
igual intensidade temos:
φ
φ Face = = 30π ⋅ Nm 2 / C
6
Resposta: 30π

24

15/05/2010 107/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0493)
(NI: 0494)
Caderno 02
Física 02 Caderno 02
Tópico 05 Física 02
Propostas Tópico 05
Propostas
Questão 02
Nível: médio Questão 03
Assunto: 6.25.60 Nível: médio
Assunto: 6.25.60
Observe a figura:
Observe a figura:

Fazendo :
Primeiramente vamos calcular o potencial em P. Como
as duas cargas são iguais de sinais opostos e encontram- d1 = 5cm
se à mesma distância de P, supomos que o potencial e
neste ponto seja zero, senão vejamos:
d 2 = 10cm
VP = V1P + V2 P =
kQ1 kQ2 k
d
+
d d
k
= ⋅ 10 −6 + ⋅ − 10 −6 = 0
d
( ) ⎛ kq kq ⎞ ⎛ kq kq ⎞
Para calcularmos vetor campo elétrico vemos que na
V AB = V A − VB = ⎜⎜ − ⎟⎟ − ⎜⎜ − ⎟⎟ ⇒
soma vetorial, pela simetria, a soma das componentes
⎝ d1 d 2 ⎠ ⎝ d 2 d1 ⎠
verticais do vetor campo elétrico é nula, portanto basta 2kq 2kq
somarmos as componentes horizontais.
V AB = − ⇒
d1 d2
⎛ 9 ⋅ 10 9 ⋅ 5 ⋅ 10 −11 9 ⋅ 10 9 ⋅ 5 ⋅ 10 −11 ⎞
E R = E1 X + E 2 X = E1 cos 60 º + E 2 cos 60 º =
1
(E1 + E 2 ) V AB = 2⎜⎜ − ⎟⎟ = 9V
2 ⎝ 5 ⋅ 10 − 2 10 ⋅ 10 − 2 ⎠
Como E1 e E2 são iguais em módulo, pela simetria das Resposta: 09
posições das cargas, temos:
1 kQ 9 ⋅ 10 9 ⋅ 10 −6
ER = ⋅ 2 E1 = E1 = 2 = = 10 5 V / m
2 d 3 ⋅ 10( −1 2
)
Resposta letra (a)

25

15/05/2010 108/181
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(NI: 0496)
(NI: 0495)
Caderno 02
Caderno 02 Física 02
Física 02 Tópico 05
Tópico 05 vestibulares
Propostas
Questão 01
Questão 04 Nível: fácil
Nível: fácil Assunto: 6.25.60
Assunto: 6.25.60
Observe a figura:

Como as cargas são ambas positivas e as distâncias ao


ponto P são iguais, ambas contribuem com o mesmo
potencial, portanto:
Como o potencial elétrico é inversamente proporcional à
kq 9 ⋅ 10 9 ⋅ 1,0 ⋅ 10 −11
distância ( V =
kq
) temos potenciais maiores quando o VP = 2 ⋅ = 2⋅ = 18V
d d 10 − 2
ponto está próximo à origem e simetricamente dos dois Resposta: 18
lados é inversamente à distância d.
(NI: 0497)

Caderno 02
Física 02
Tópico 05
vestibulares

Questão 02
Nível: fácil
Resposta letra (a) Assunto: 6.25.60

Observe a figura:

kq kq
VP = − ⇒
d1 d 2
9 ⋅ 10 9 ⋅ 1,2 ⋅ 10 −9 9 ⋅ 10 9 ⋅ 1,2 ⋅ 10 −9
VP = − = 90V
4 ⋅ 10 − 2 6 ⋅ 10 − 2
Resposta: 90

26

15/05/2010 109/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0498) (NI: 0500)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 05 Tópico 05
vestibulares vestibulares

Questão 03 Questão 05
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 6.25.60 Assunto: 6.25.60

Observe o esquema abaixo: Observe a figura:

kQ1 kQ2
V = −2
+ ⇒
10 ⋅ 10 4 ⋅ 10 − 2 kQ kQ kQ kQ
9 ⋅ 10 9 ⋅ 2 ⋅ 10 −6 9 ⋅ 10 9 ⋅ 8 ⋅ 10 −6 V2 = − + =
V = −2
+ −2
= 1,98 ⋅ 10 −6 V x x 4x 4x
10 ⋅ 10 4 ⋅ 10 kQ kQ kQ 2kQ + 3kQ − 6kQ kQ
Resposta letra (c) V1 = + − = =−
3x 2 x x 6x 6x
(NI: 0499)
Portanto: V2 > V1
Caderno 02
Física 02 Resposta letra (d)
Tópico 05
vestibulares (NI: 0501)

Questão 04 Caderno 02
Nível: médio Física 02
Assunto: 6.25.60 Tópico 05
vestibulares
Observe o esquema abaixo:
Questão 06
Nível: médio
Assunto: 6.25.60

À distância dos vértices para o centro do quadrado va-


mos chamar de “d”, então:
Sabemos que o potencial em C é zero, então: kq1 kq 2 kq3
k (− 3q ) kq 0= − + ⇒ kq3 = kq 2 − kq1 ⇒
0= −2
+ ⇒ 3 X = X + 82 ⋅ 10 − 2 ⇒ d d d
X + 82 ⋅ 10 X
−2
q3 = q 2 − q1 = 4 ⋅ 10 −5 − 6 ⋅ 10 −5 = −2 ⋅ 10 −5 C
X = 41 ⋅ 10 m = 41cm
Resposta: –2.10–5C
Resposta: 41

27

15/05/2010 110/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0504)
(NI: 0502) Caderno 02
Física 02
Caderno 02 Tópico 05
Física 02 vestibulares
Tópico 05 Questão 09
vestibulares Nível: alto
Assunto: 6.25.60
Questão 07
Nível: fácil Observe o gráfico:
Assunto: 6.25.60

Observe o esquema:

As linhas de força do vetor campo elétrico convergem do


positivo para o negativo, portanto de potenciais mais
altos para potenciais mais baixos, portanto VB > VA co-
mo o referencial é o ponto V0, concluímos que: (01) Correto. Visualizando o gráfico percebemos que a
VB > 0 e VA <0 energia Potencial U é mais alta nos pontos a ou b do que
Resposta letra (c) qualquer outro ponto neste intervalo.
(02) Errado, pois, diminuindo-se a energia total, a soma
(NI: 0503) da energia cinética mais energia potencial diminui o que
acarreta na diminuição do intervalo a,b
Caderno 02 (03) Correto. No sistema massa-mola a energia potenci-
Física 02 kx 2
Tópico 05 al é uma função quadrática da posição EP = .
vestibulares 2
Resposta VFV
Questão 08
Nível: fácil (NI: 0505)
Assunto: 6.25.60 Caderno 02
Física 02
V = Ed ⇒ 200 = 0,8 ⋅ d ⇒ d = 250 m Tópico 06
Propostas
Resposta letra (d) Questão 01
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60

a) Os pontos A e C estão à mesma distância da carga


que numa região equipotencial, portanto está correto.
b) O ponto A está mais próxima da carga q (a qual é
positiva observando as linhas de força do vetor campo
elétrico divergente), portanto possui um potencial elétri-
co maior que o ponto D, correto.
c) Correto. A carga elétrica positiva tende a se mover no
sentido do vetor campo elétrico.
d) Como A e C estão no mesmo potencial elétrico, não há
diferença de potencial entre estes pontos, portanto não
há trabalho realizado. τ = q (VC − V A ) = 0
e) O vetor campo elétrico diminui de intensidade com a
distância à carga geradora do campo. Portanto o ponto A
possui um módulo do vetor campo elétrico maior que em
B.
Resposta letra (e)

28

15/05/2010 111/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Num sistema conservativo temos que a energia potenci-


(NI: 0506) al transformar-se-á em cinética, então:
mv 2 kqQ 2kqQ
Caderno 02 = ⇒v= , o módulo foi colocado
Física 02 2 a ma
Tópico 06 cobrindo todas as variáveis, pois embora a carga q seja
Propostas negativa a aceleração também pode ser considerada
negativa dependendo da orientação do eixo.
Questão 02
Nível: fácil c) Este é um sistema oscilante no qual a energia poten-
Assunto: 6.25.60 cial elétrica é transformada em potencial cinética, por-
tanto a carga perderá toda sua energia potencial cinéti-
A diferença de potencial será maior, quanto maior for a ca quando atingir o ponto simétrico ao ponto inicial.
distância entre dois ponto num campo elétrico uniforme, Veja a figura:
o que não é o caso. (Observe que a carga é pontual)

Portanto, devemos verificar que o potencial elétrico va-


ria inversamente proporcional à distância à carga +Q.
Senão, vejamos:
kQ kQ kQ kQ kQ
V5 = ;V4 = ; V3 = ;V2 = ;V1 =
5x 4x 3x 2x x
Colocando todas as frações na mesma base temos:
12kQ 15kQ 20kQ 30kQ 60kQ
V5 = ;V4 = ;V3 = ;V2 = ;V1 = Esta distância pode ser calculada por Pitágoras conside-
60 x 60 x 60 x 60 x 60 x rando duas vezes a distância OP.
Portanto verificamos, entre as opções que a maior dife-
rença de potencial é entre os pontos 1 e 2, ou seja: Dmax = 2 ⋅ (2a )2 − a 2 = 2a 3
60kQ 30kQ 30kQ
ΔV = − = kQ 2kqQ
60 x 60 x 60 x Respostas: a) ; b) v = ; c) Dmax = 2a 3
Resposta letra (a) a ma

(NI: 0507) (NI: 0508)


Caderno 02
Física 02 Caderno 02
Tópico 06 Física 02
Propostas Tópico 06
Questão 03 Propostas
Nível: médio
Assunto: 6.25.60 Questão 04
Observe a figura: Nível: médio
Assunto: 6.25.60

A energia potencial do sistema pode ser calculada colo-


cando-se carga a carga em suas posições trazendo-as do
infinito. A primeira carga para ser posicionada não exis-
te trabalho elétrico realizado, uma vez que não houvera
a) Considerando apenas os potenciais devidos às cargas carga nenhuma inicialmente. Para trazer a segunda
Q situadas na base do triângulo temos: carga o trabalho realizado, contra o vetor campo elétrico
kQ kQ ⎫ é de:
VP = 2 ⋅ =
2a a ⎪⎪ kQ kQ kQ kqq 9 ⋅ 10 9 ⋅ 10 −6( )2
⎬ΔVOP = V0 − VP = 2 ⋅ − = τ = Vq = = = 9 ⋅ 10 −2 J
kQ ⎪ a a a
VO = 2 ⋅ d 10 −1
a ⎪
⎭ Esta é a energia potencial do sistema. Até o infinito,
esta energia potencial elétrica, transformar-se-á em
b) A energia que a partícula com carga q possui na posi- cinética, como são duas partículas, a massa é 0,2g, en-

ção inicial é E p = qV P =
kqQ
e a energia potencial no 0,2 ⋅ 10 −3 v 2
tão: = 9 ⋅ 10 − 2 ⇒ v = 30m / s .
a 2
ponto O é zero, pois neste ponto a carga q está igual- Resposta: 30
mente atraída pelas cargas Q em sentidos opostos.

29

15/05/2010 112/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0511)
(NI: 0509)
Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 06 Tópico 06
Propostas vestibulares
Questão 05
Nível: médio Questão 01
Assunto: 6.25.60 Nível: fácil
Assunto: 6.25.60
mv 2
EC = E P ⇒ = qV ⇒ U 120
2 E= = = 2000V / m ⇒
d 6 ⋅ 10 − 2
2 ⋅ 1,6 ⋅ 10 −19 ⋅ 1
v= −31
≅ 6,0 ⋅ 10 5 m / s F = Eq = 2000 ⋅ 3 ⋅ 10 −6 = 6 ⋅ 10 −3 N
9 ⋅ 10 Resposta letra (a)
Resposta letra (a)
(NI: 0512)
(NI: 0510)
Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 06 Tópico 06
Propostas vestibulares
Questão 06
Nível: alto Questão 02
Assunto: 6.25.60 Nível: médio
Assunto: 6.25.60
Para o elétron não se chocar ele deve percorre a distân-
cia l antes que a aceleração devida ao vetor campo elé- Δv 10 6
trico a faça percorrer a distância vertical d/2. a= = = 5 ⋅ 10 5 m / s 2 ⇒
Δt 2
Δx l
tX = = F = ma = 4,8 ⋅ 10 − 25 ⋅ 5 ⋅ 10 5 = 2,4 ⋅ 10 −19 N ⇒
v0 v0
A velocidade vertical inicial é zero e a aceleração é uni- F 2,4 ⋅ 10 −19
F = E⋅q ⇒ E = = = 1,5 N / C ⇒
forme se considerarmos o vetor campo elétrico uniforme, q 1,6 ⋅ 10 −19
portanto temos:
1 1
U Uq d = a ⋅ t 2 = ⋅ 5 ⋅ 10 5 ⋅ 2 2 = 10 6 m ⇒
E= ⇒ F = Eq = ⇒ 2 2
d d
ΔU = 0 − E ⋅ d = −1,5 ⋅ 10 6 V
Uq Uq
F = ma = ⇒a=
d md /
Resposta: a) 5.105m/s2 ; b) 1,5N C; c) ∆U = –1,5.106V
Então:
d 1 d (NI: 0513)
= a ⋅t2 ⇒ t = ⇒
2 2 a Caderno 02
d m Física 02
tY = =d ⇒ Tópico 06
Uq Uq vestibulares
md
mas : Questão 03
Nível: fácil
tY ≥ t X ⎫ Assunto: 6.25.60
⎪ l m l Ue
e ⎬⇒ ≤d ⇒ v0 ≥
q = e ⎪⎭
v0 Ue d m a) U = Ed = 30 ⋅ 2 = 60V
τ = F ⋅ d = Eqd = 30 ⋅ 0,1 ⋅ 2 = 6 J ⇒
b)
Resposta: v0 ≥
l Ue τ = ΔE C ⇒ E C = 6 J
d m Resposta: a) 60V; b) 6J

30

15/05/2010 113/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0517)
(NI: 0514) Caderno 02
Física 02
Caderno 02 Tópico 06
Física 02 vestibulares
Tópico 06 Questão 07
vestibulares Nível: médio
Assunto: 6.25.60
Questão 04
Nível: médio A variação da energia cinética é igual ao trabalho reali-
Assunto: 6.25.60 zado pelo vetor campo elétrico, então:
mv 2 − mv02
τ = q ⋅ ΔV = 4 ⋅ 10 ⋅ (V A − VB ) ⇒
−8 ΔE C = τ ⇒ = Uq ⇒
2
τ = 4 ⋅ 10 −8 ⋅ (120) = 4,8 ⋅ 10 −6 J 0,2 ⋅ 10 −3 ⋅ 80 2 − 0,2 ⋅ 10 −3 ⋅ 20 2
= U ⋅ 80 ⋅ 10 −6 ⇒
U 120 2
d= = = 6 ⋅ 10 −3 m
E 2 ⋅ 10 4 U = 7500V
Resposta letra (b) Resposta letra (c)

(NI: 0515) (NI: 0518)


Caderno 02
Caderno 02 Física 02
Física 02 Tópico 06
Tópico 06 vestibulares
vestibulares Questão 08
Nível: médio
Questão 05 Assunto: 6.25.60
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60 O trabalho realizado pelo vetor campo elétrico é a varia-
ção da energia cinética da partícula. Como esta parte do
U = Ed = 6,40 ⋅ 10 4 ⋅ 0,75 ⋅ 10 −3 = 48V repouso a energia cinética inicial é nula.
Resposta: 48 mv 2
τ = ΔEC = Uq ⇒ = Uq ⇒
2
(NI: 0516)
1,6 ⋅ 10 −11 ⋅ v 2
= (150 − 50) ⋅ 2 ⋅ 10 −6 ⇒
Caderno 02 2
Física 02
Tópico 06 v = 25 ⋅ 10 6 = 5 ⋅ 10 3 m / s
vestibulares Resposta letra (e)

Questão 06 (NI: 0519)


Nível: médio Caderno 02
Assunto: 6.25.60 Física 02
Tópico 06
Primeiro vamos calcular a força peso: vestibulares
Questão 09
P = mg = 4 ⋅ 10 −13 ⋅ 10 = 4 ⋅ 10 −12 N Nível: fácil
Agora podemos calcular o módulo do vetor campo elétri- Assunto: 6.25.60
co:
F P 4 ⋅ 10 −12 A transformação de energia potencial elétrica em cinéti-
E= = = −18
= 1,6 ⋅ 10 6 N / C ca é dada pelo trabalho realizado pelo campo.
q q 2,5 ⋅ 10
Agora podemos calcular a diferença de potencial: τ = Uq = Edq = 400 ⋅ 4,0 ⋅ 2,0 ⋅ 10 −9 ⇒
U = Ed = 1,6 ⋅ 10 6 ⋅ 2 ⋅ 10 −2 = 3,2 ⋅ 10 4 V τ = 3,2 ⋅ 10 −6 J = 32 ⋅ 10 −7 J
Resposta letra (d) Resposta letra (a)

31

15/05/2010 114/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0520)
(NI: 0522)
Caderno 02
Física 02 Caderno 02
Tópico 06 Física 02
vestibulares Tópico 06
vestibulares
Questão 10
Nível: alto Questão 12
Assunto: 6.25.60 Nível: fácil
Assunto: 6.25.60
U 7 ⋅ 10 −2
a) E= = −9
= 10 7 V / m U = Ed = 2 ⋅ 10 3 ⋅ 0,5 = 10 3 V
d 7 ⋅ 10
−19 Resposta letra (a)
b) F = Eq = 10 ⋅ 1,6 ⋅ 10
7
= 1,6 ⋅ 10 −12 N
c) Observe o esquema abaixo: (NI: 0523)

Caderno 02
Física 02
Tópico 06
vestibulares

Questão 13
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60

Pelo princípio de conservação de energia, num sistema


Respostas: a) 107V/m; b) 1,6.10–12V; c) ver esquema conservativo, não importa como a partícula vai do ponto
A para o ponto B, o que nos interessa é a distância entre
(NI: 0521) eles ao longo da direção do campo.
Observe a figura:
Caderno 02
Física 02
Tópico 06
vestibulares

Questão 11
Nível: médio
Assunto: 6.25.60

Para ele inverter seu sentido numa mesma direção ele


deve parar. Portanto, neste momento sua energia cinéti-
ca é zero. O trabalho realizado pelo campo foi para pa- A distância que separa A de B ao longo do vetor campo
rar o elétron. elétrico (observe as linhas de força) é de 3cm, então:
ΔEC = τ = Uq = Edq ⇒ U = Ed = 2 ⋅ 10 4 ⋅ 3 ⋅ 10 −2 = 6 ⋅ 10 2 V
2,4 ⋅ 10 −16 = 3,0 ⋅ 10 4 ⋅ d ⋅ 1,6 ⋅ 10 −19 ⇒ Resposta: 06

d = 0,05m = 5cm
Resposta: 05

32

15/05/2010 115/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0524) (NI: 0526)


Caderno 02
Caderno 02 Física 02
Física 02 Tópico 07
Tópico 06 Propostas
vestibulares Questão 01
Nível: médio
Questão 14 Assunto: 6.25.60
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60 Observe o gráfico:

Pelo princípio de conservação de energia, num sistema


conservativo, não importa como a partícula vai do ponto
A para o ponto C, o que nos interessa é a distância entre
eles ao longo da direção do campo.
Observe a figura:

Vemos que o raio da esfera é 1,0cm. Para calcu-


lar o potencial fora da esfera, assumimos que toda sua
carga é pontual concentrada no centro da esfera, por-
tanto para calcularmos o potencial a 3,0cm da esfera,
devemos calcular o valor do fator kq na borda da esfera,
que será uma constante e aplica-lo a 3,0cm do centro da
esfera, onde assumimos que toda carga está concentra-
da.
a) τ = Edq = 200 ⋅ 0,4 ⋅ 3 ⋅ 10 −6 = 2,4 ⋅ 10 −4 J kq k ⋅q
Vborda = ⇒ 186 = − 2 ⇒ kq = 186 ⋅ 10 −2 ⇒
b) U = Ed = 200 ⋅ 0,4 = 80V r 10
−2
Resposta: a) 2,4.10–4J; b) 80V kq 186 ⋅ 10
V = = = 62V
(NI: 0525)
d 3,0 ⋅ 10 − 2
Resposta: 62
Caderno 02
Física 02 (NI: 0527)
Tópico 06 Caderno 02
vestibulares Física 02
Tópico 07
Questão 15 Propostas
Nível: médio Questão 02
Assunto: 6.25.60 Nível: médio
Assunto: 6.25.60
Observe a figura:
00 – Falso. O corpo eletrizado introduzido no condutor
oco induz suas cargas elétricas polarizando-as. Sendo
um condutor a casca esférica, caso aterrada, esta será
eletrizada por indução.
11 – Falso. Quando se introduz o corpo eletrizado no
interior da esfera, este polariza a esfera. A mesma fica
com cargas de natureza diferentes no interior e no exte-
rior da esfera.
O aumento de energia cinética é o trabalho realizado 22 – Verdadeiro. Polarizando a carga + Q induz a parte
pelo campo na direção vertical (direção do campo) no interna para –Q. Caso aterrado o condutor oco, este se
sentido para cima, uma vez que a carga é negativa, en- eletriza com carga –Q totalmente.
tão: 33 – Falso. O potencial do condutor oco é o potencial
produzido pela carga positiva introduzida dentro dele.
ΔE C = τ = Edq = 2,5 ⋅ 10 3 ⋅ 0,03 ⋅ e = 75eV 44 – Falso. Ao introduzir o corpo eletrizado, este possui
Resposta: 75 potencial elétrico, que não sofre interferência do condu-
tor oco.
Resposta: FFVFF

33

15/05/2010 116/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0530)
(NI: 0528) Caderno 02
Física 02
Caderno 02 Tópico 07
Física 02 Propostas
Tópico 07 Questão 05
Propostas Nível: fácil
Assunto: 6.25.60
Questão 03
Nível: médio a) Correto. Como o corpo A induz cargas negativas há de
Assunto: 6.25.60 se concluir que o mesmo seja positivo o que faz com que
nesta proximidade o potencial seja nulo, o mesmo ocor-
O texto fala claramente “ a ddp entre as placas” embora rendo com B que induz cargas positivas e, portanto deve
tenha representado por ΔU , o que poderia nos induzir conter cargas negativas que na soma resulta num po-
a pensar tratar-se da variação do potencial ao longo do tencial também nulo, portanto não havendo ddp entre os
campo. Como o autor foi taxativo ao se referir apenas a pontos A e B não existe vetor campo elétrico.
“ U ” (ddp entre as placas) temos:
Obs.: as demais opções contradizem a primeira,
U = Ed
portanto estão incorretas.
A ddp é diretamente proporcional ao campo uniforme,
Resposta letra (a)
portanto o gráfico que reproduz isso é:
(NI: 0531)
Caderno 02
Física 02
Tópico 07
Propostas
Questão 06
Nível: médio
Assunto: 6.25.60
Resposta letra (b)

(NI: 0529) Observe o esquema:

Caderno 02
Física 02
Tópico 07
Propostas

Questão 04
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60 a) Incorreto. Existe vetor campo elétrico saindo da carga
+Q para o condutor induzido.
a) Correto. Não há trabalho pois o deslocamento é per- b) Incorreto. As linhas de força saem de forma perpendi-
pendicular às linhas de força do vetor campo elétrico cular à superfície do corpo em equilíbrio eletrostático,
b) A assertiva desta questão é incompreensível porém como o condutor oco não possui forma esférica, as
c) Incorreto. Pode existir deslocamento em superfícies linhas de força são tortuosas e chegam ao conduto de
equipotenciais. forma perpendicular à superfície, por se tratar de uma
d) Incorreto. A ddp é zero superfície equipotencial.
e) Incorreto. A linha do campo é sempre perpendicular à c) Correto. A carga na superfície interna ao condutor
superfície equipotencial tem valor –Q e por ser uma superfície equipotencial, as
Resposta letra (a) linhas de força chegam de forma perpendicular.
d) Incorreto. Explicado no item anterior, são perpendi-
culares à superfície.
e) Incorreto. Mesmo possuindo a mesma carga a carga
interna induz o condutor oco, provocando o surgimento
do campo elétrico, e o vetor campo elétrico determina a
ddp entre a carga interna e a superfície interna do con-
dutor oco.
Resposta letra (c)

34

15/05/2010 117/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0532)
(NI: 0534)
Caderno 02
Física 02 Caderno 02
Tópico 07 Física 02
Propostas Tópico 07
vestibulares
Questão 07
Nível: médio Questão 02
Assunto: 6.25.60 Nível: fácil
Assunto: 6.25.60

a) Incorreto. Vão do maior potencial para o menor


b) Correto.
c) Incorreto. São perpendiculares às superfícies equipo-
tenciais.
d) Incorreto. Exposto no item acima.
e) Nem são necessariamente retilíneas e suas direções
A força devida a cada carcaça carregada é independente na interceptação com as superfícies equipotenciais são
da outra e são consideradas como se estivessem concen- perpendiculares às mesmas.
tradas no centro da esfera, que é ponto comum às duas Resposta letra (b)
estruturas.
kQ q ⎫ (NI: 0535)
F1 = 1 ⎪ −3 Caderno 02
r ⎪ F1 = Q1 = 2,4 ⋅ 10 = 12
⎬ Física 02
kQ2 q ⎪ F2 Q2 0,2 ⋅ 10 −3
F2 = Tópico 07
r ⎭⎪ vestibulares
Resposta: 12 Questão 03
Nível: fácil
(NI: 0533) Assunto: 6.25.60

Caderno 02 a) Correto. O sentido da linha de força do vetor campo


Física 02 elétrico é do maior potencial para o menor.
Tópico 07 b) Correto. Isto seria um paradoxo, uma vez que ao ca-
vestibulares minhar pela linha de força chegamos a potenciais cada
vez mais baixos, não podemos encontrar com o início da
Questão 01 caminhada. Significaria que neste ponto o potencial é
Nível: médio maior que ele mesmo.
Assunto: 6.25.60 c) Correto.
d) Correto. A blindagem eletrostática deixa o condutor
a) Correto. Pela própria definição de superfície equipo- ser induzido pelo vetor campo elétrico, porém no interior
tencial (mesmo potencial em todos os pontos da superfí- do condutor não há linhas de força. Não há ddp entre
cie) dois pontos internos a um condutor.
b) Correto. Como não há diferença de potencial não há e) Incorreto. Isto significaria dizer que este equilíbrio
trabalho para transportar a carga elétrica. Este se mo- eletrostático tem um potencial diferente dele mesmo,
vimenta de maneira perpendicular às linhas de força do pois só assim as linhas de força sairiam deste potencial
vetor campo elétrico. “maior” para ele mesmo “menor”. Isto é uma contradi-
c) Correto. Caso uma linha de força tivesse alguma ção.
componente na direção da superfície, isto indicaria uma Resposta letra (e)
ddp na superfície, o que não é de forma alguma o caso.
d) Incorreto. A interceptação de superfícies equipotenci-
ais teria duas conseqüências paradoxais: 1ª) Num mes-
mo ponto poderia haver dois potenciais diferentes, o que
é inconcebível; 2ª) Neste ponto o vetor campo elétrico
teria que ser perpendicular a um e à outra, simultane-
amente, o que demonstraria serem superfícies iguais.
e) Correto. Superfícies esféricas concêntricas equipoten-
ciais uma a uma.
Resposta letra (d)

35

15/05/2010 118/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0537)
(NI: 0536)
Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 02
Tópico 07 Tópico 07
vestibulares vestibulares
Questão 04
Nível: médio Questão 05
Assunto: 6.25.60 Nível: fácil
Assunto: 6.25.60
a) Incorreto. O trabalho realizado sobre a carga será
( )
sempre positivo, uma vez que τ = q V A − VB , se a car- 00 – Jamais se cruzam. Isto significaria dizer que a car-
ga elétrica neste ponto “disparatado” de cruzamento
ga q for negativa ela se desloca de potenciais menores
poderia seguir o caminho de qualquer uma das linhas de
para maiores, portanto o potencial final VB é maior que
força. E, também, equivaleria enunciar que nesta posi-
o inicial VA, tornando a expressão VA – VB < 0, como a
ção da superfície equipotencial, as duas linhas de força
( )
carga é negativa, o fator q V A − VB resulta num valor que correspondem ao vetor campo elétrico seria perpen-
positivo. Caso a carga seja positiva esta se desloca de dicular à superfície em duas direções diferentes.
potenciais maiores para menores, o que faz com que o 11 – Há uma confusão geral quanto a este termo. Cam-
potencial final VB seja menor que o inicial VA, o que faz po elétrico é uma região e não um vetor, portanto não
com que a expressão VA – VB > 0 , como a carga é positi- tem orientação vetorial. Nesta região é estabelecido que
( )
va o fator q V A − VB é positivo. uma carga positiva origina o campo elétrico e também o
b) Correto. Explicado no item anterior vetor campo elétrico, o qual tem direção e sentido, re-
c) Correto. Cargas negativas abandonadas aproximam- presentado pelas linhas de força, que dão uma caracte-
se do potencial positivo maior do que o potencial onde a rística concreta a um conceito abstrato. Portanto, acho
carga negativa abandonada estará. que o elaborador foi infeliz ao colocar apenas campo e
d) Correto. Elas afastam-se do potencial positivo para o não vetor campo elétrico. Isto pode confundir o aluno,
negativo. que não estaria errado caso marcasse falso para esta
e) Correto. Numa superfície equipotencial, qualquer assertiva. O usual é utilizar este termo para determinar
movimento sobre ela é perpendicular ao vetor campo os dois conceitos, por isso esta afirmação do autor pode
elétrico e, portanto o trabalho é nulo. estar certa se assumimos que campo refere-se ao vetor
Resposta letra (a) campo elétrico e, ao mesmo modo, errada se assumirmos
que campo refere-se a uma região, a qual não poderia
ser representada por linhas de força.
22 – Quanto mais intenso o vetor campo elétrico, maior
o número de linhas de força para representá-lo.
33 – Falso. Por convenção as linhas de força “nascem”
numa carga positiva sendo radiais divergentes.
44 – Correto.
Resposta: FVVFV

36

15/05/2010 119/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0538) (NI: 0540)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 07 Tópico 07
vestibulares vestibulares

Questão 06 Questão 08
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 6.25.60 Assunto: 6.25.60

O campo no interior da esfera metálica é nulo; fora da Se o ponto P está internamente posicionado no condutor
esfera, apresenta decaimento com o inverso do quadrado esférico, este tem o mesmo potencial da borda do condu-
da distância. O gráfico que mais se assemelha a este kq 9 ⋅ 10 9 ⋅ 4,0 ⋅ 10 −6
comportamento é o gráfico (A) tor. Dado por: V = = −2
= 3,6 ⋅ 10 5 V
r 10 ⋅ 10
Resposta letra (a)

(NI: 0541)

Caderno 02
Física 02
Tópico 07
vestibulares
Resposta letra (a)
Questão 09
(NI: 0539)
Nível: médio
Assunto: 6.25.60
Caderno 02
Física 02
A partícula positiva percorre as linhas de força no sen-
Tópico 07
tido do maior potencial para o menor potencial, portanto
vestibulares
independente do valor do potencial em V0 a partícula se
deslocará para potenciais menores que V0 Æ V < V0
Questão 07
Resposta letra (c)
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60
(NI: 0542)
Observe a figura:
Caderno 02
Física 02
Tópico 07
vestibulares

O potencial em A é o mesmo em toda esfera, já os poten- Questão 10


ciais em B e C distam do centro da esfera, onde estaria Nível: fácil
concentrada toda carga elétrica para efeito de cálculo de Assunto: 6.25.60
potencial. Como o potencial varia inversamente com a
distância: V A > V B > VC O princípio de funcionamento da “Gaiola de Faraday” é
Resposta letra (a) que dentro de uma carcaça metálica não existe vetor
campo elétrico, portanto o instrumento fica livre de dife-
renças de potenciais dentro da caixa metálica (conduto-
ra)
Resposta letra (e)

37

15/05/2010 120/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0543) (NI: 0546)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 07 Tópico 07
vestibulares vestibulares

Questão 11 Questão 14
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 6.25.60 Assunto: 6.25.60

No interior de qualquer material carregado existe po- Observe a figura:


tencial, porém não existe diferença de potencial, portan-
to não há vetor campo elétrico.
Resposta letra (d)

(NI: 0544)

Caderno 02
Física 02
Tópico 07
vestibulares Os potenciais, negativos ou positivos, decrescem em
módulo ao afastar-se da carga puntiforme. Para efeitos
Questão 12 práticos vamos assumir que a carga seja positiva.
Nível: Para que:
Assunto: 6.25.60

O avião está blindado pela estrutura metálica. Temos:


Resposta letra (c) kq kq kq kq 1 1 2
− = − ⇒ + = ⇒
(NI: 0545)
R1 R2 R2 R3 R1 R3 R2
R1 R3 R 2 R1 R3
Caderno 02 = 2 ⇒ R2 =
R1 + R3 2 R1 + R3
Física 02
Tópico 07 Resposta letra (e)
vestibulares

Questão 13
Nível:
Assunto: 6.25.60

Observe o gráfico:

Vemos que o seu raio é 3,0m, então:


kq 9 ⋅ 10 9 ⋅ q ⋅ 10 −9
V= ⇒ 60 = ⇒ q = 20C
r 3,0
Resposta: 20

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15/05/2010 121/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0549)
(NI: 0547)
Caderno 02
Caderno 02 Física 02
Física 02 Tópico 08
Tópico 07
vestibulares Propostas
Questão 02
Questão 15 Nível:
Nível: médio Assunto: 6.25.61
Assunto: 6.25.60 Q r
Capacidade é dada por: C = = . A soma das cargas
Observe o gráfico:
V k
antes das esferas serem conectadas é igual à soma após
a ligação, princípio de conservação das cargas elétricas,
portanto:
Q A + Q B = Q' A +Q' B ⇒ 150 ⋅ 10 −6 − 24 ⋅ 10 −6 ⇒
VR A VR B V (R + 2 R )
126 ⋅ 10 −6 = + = ⇒
k k k
126 ⋅ 10 −6 ⋅ k
V =
3R
Pois o potencial, após o ligamento das duas esferas é o
Temos o ponto que a distância ao centro da esfera é mesmo, agora fazendo:
0,9m e o potencial neste ponto é 1000V, então:
kq 9 ⋅ 10 9 Q VRR 126 ⋅ 10 −6 ⋅ k ⋅ 2 R
V= ⇒ 1000 = ⇒ Q = 10 −7 C Q' B = ⇒ Q' B = = 84 μC
d 0,9 k 3R ⋅ k
De posse deste dado e sabendo que 10cm está do lado de Resposta: 84
dentro da esfera, pois esta tem raio 30cm não há vetor
campo elétrico dentro da esfera carregada. O potencial (NI: 0550)
no interior da esfera é o mesmo que na borda desta,
portanto: Caderno 02
kQ 9 ⋅ 10 ⋅ 10
9 −7 Física 02
V '= = = 3,0 ⋅ 10 3 V Tópico 08
r 0,3
Resposta letra (e) Propostas
Questão 03
(NI: 0548) Nível:
Assunto: 6.25.61
Caderno 02 A carga com que cada esfera ficará carregada é
Física 02 diretamente proporcional ao seu raio, portanto a esfera
Tópico 08 de raio 2a terá duas vezes a carga da esfera de raio a,
Propostas pois ambas têm o mesmo potencial após o contato, ou
seja, Q2=2Q1. Senão vejamos:
Questão 01 Va ⎫
Nível: fácil Q1 =
Assunto: 6.25.61 k ⎪⎪ Q1 1
⎬ = ⇒ Q2 = 2Q1
V 2a ⎪ Q2 2
Q2 =
Ao tocar a superfície interna as cargas tendem a se dis- k ⎭⎪
tribuir por toda camada externa. Portanto,
A densidade de cargas numa superfície esférica é dada
Q' = Q + q = 60 ⋅ 10 −3 − 6 ⋅ 10 −3 = 54mC por:
Resposta: 54mC Q Q1 ⎫
σ= ⇒ σ1 = Q1
A 4 ⋅ π ⋅ a 2 ⎪⎪ σ 1 4πa 2 = 2
⎬ =
σ2 =
Q2 ⎪ σ 2 2Q1
4 ⋅ π ⋅ (2a )
2
⎪⎭ 16πa 2
Resposta: 02

39

15/05/2010 122/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0551) (NI: 0554)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 08 Tópico 08
Propostas vestibulares

Questão 04 Questão 03
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 6.25.61 Assunto: 6.25.61

Temos: O que importa não é o potencial de cada placa, mas a


V1 r1 V2 r2V (r1 + r2 ) diferença de potencial entre elas.
Q1 + Q2 = Q '1 +Q ' 2 ⇒ + = ⇒ Q 5,4 ⋅ 10 −5
k k k C= = = 1,8μF
10 ⋅ 0,5 ⋅ 10 − 2 ( )
+ 15 ⋅ 1 ⋅ 10 = V 0,5 ⋅ 10 + 10 − 2 ⇒
−2 −2 U 90 − 60
Obs.: corrigir o gabarito está em milifarad.
V ≅ 13V
Resposta: V ≅ 13V em cada esfera QU 5,4 ⋅ 10 −5 ⋅ 30
EP = = = 8,1 ⋅ 10 − 4 J
(NI: 0552) 2 2
Obs.: Verificar o gabarito o expoente está ilegível.
Caderno 02 Resposta: a) 1,8 uF ; b) 8,1.10–4J
Física 02
Tópico 08 (NI: 0555)
vestibulares
Caderno 02
Questão 01 Física 02
Nível: fácil Tópico 08
Assunto: 6.25.61 vestibulares

QV CV 2 200 ⋅ 10 −6 ⋅ 900 2 Questão 04


EP = = = = 81J Nível: médio
2 2 2 Assunto: 6.25.60
Resposta letra (d)
a) A capacitância, ou seja, a capacidade de armazenar
(NI: 0553) cargas elétricas é diretamente proporcional ao raio, por-
tanto se o raio dobra, dobra também a capacitância,
Caderno 02 Q r
Física 02 senão, vejamos: C = = ⇒ r ' = 2r ⇒ C ' = 2C , por-
Tópico 08 V k
vestibulares tanto esta parte está correta. Vejamos a segunda parte
da assertiva. O potencial é definido por:
Questão 02 kQ kQ V
V = ⇒ r ' = 2r ⇒ V ' = ⇒ V ' = , uma vez que
Nível: fácil r 2r 2
Assunto: 6.25.61 a quantidade de carga não foi alterada.
b) Correto. Explicado no item anterior.
CV 2 1,2 ⋅ 10 −6 ⋅ 3000 2 c) Incorreto. Explicado no item “a”
EP = = = 5,4 J d) Incorreto. Explicado no item “a”
2 2
e) Incorreto. Explicado no item “a”
Resposta letra (b)
Resposta letra (b)

40

15/05/2010 123/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0556)

Caderno 02
Física 02
Tópico 08
vestibulares

Questão 05
Nível: fácil
Assunto: 6.25.60

a) A capacitância é diretamente proporcional ao raio, se


este não se alterou, a capacidade de armazenar cargas
também não.
b) O potencial é diretamente proporcional à carga elétri-
ca armazenada, portanto este dobra de valor com o do-
bro da carga, mantendo-se o raio constante.
c) Incorreto. Explicado nos itens anteriores
d) Correto. Explicado nos itens a e b
e) Incorreto. Abordado nos itens anteriores.
Resposta letra (b)

(NI: 0557)

Caderno 02
Física 02
Tópico 08
vestibulares

Questão 06
Nível: médio
Assunto: 6.25.61

Pelo princípio de conservação das cargas, a soma das


cargas antes da conexão é igual à soma das cargas após
a conexão, então:

VR X VRY
Q X + QY = Q' X +Q'Y ⇒ 2Q + Q = + ⇒
k k
3Qk = V (R X + 2 R X ) ⇒ V =
Qk

RX
VR X
QX = =Q
k
VR 2VR X
QY = Y = = 2Q
k k
Resposta letra (a)

41

15/05/2010 124/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0558) Portanto o gráfico dos potenciais fica:

Caderno 02
Física 02
Tópico 08
vestibulares

Questão 07
Nível: alto
Assunto: 6.25.61
Quanto ao vetor campo elétrico temos que são inexisten-
Observe a o esquema abaixo: tes internamente em condutores em equilíbrio eletrostá-
tico, portanto de 0 até próximo à borda de A E = 0. Pró-
ximo à borda de A pelo dado externo temos
V 'A
que: E = , e na borda de A, conceitualmente o cam-
RA
po vale metade do valor da proximidade externa, por-
V 'A
tanto em RA Æ E= . Entre RA e R’B o vetor campo
2RA
Vi
elétrico é dado por: E = , portanto inversamente
x
proporcional à distância ao centro da esfera A.
No ponto próximo de R’B o módulo do vetor campo elé-
Vi
O potencial dentro da esfera A é constante, porém um trico vale: E= , no ponto da superfície interna da
pouco inferior ao potencial que teria caso não houvesse a
R' B
esfera condutora cercando-a. Pois com o corpo A sozinho Vi
carcaça o potencial é por definição: E = . Dentro
kQ A 2 R' B
teríamos o potencial VA = . Com a carcaça envol-
RA da carcaça, que é um condutor em equilíbrio eletrostáti-
vendo A existe indução total, ou seja, surge uma carga co, o vetor campo elétrico é nulo. Nas proximidades ex-
–QA em R’B e +QA em R’’B , portanto o potencial agora na V 'A
borda de A é calculado por: ternas ao condutor B, o campo vale: E= e no pon-
R' ' B
⎛Q Q Q ⎞
V ' A = k ⎜⎜ A − A + A ⎟⎟ , como R’’B > R’B Æ V’A < VA V 'A
⎝ R A R' B R' ' B ⎠ to da superfície é conceitualmente E = . Exter-
2 R' ' B
Porém é tem o mesmo potencial em toda parte interna
até a borda em RA. V 'A
namente o vetor campo elétrico tem o valor: E = ,
Para um ponto entre as duas esferas o potencial é calcu- x
lado por: portanto inversamente proporcional à distância ao cen-
⎛Q Q Q ⎞ kQ A tro da esfera A. Juntando todos estes dados podemos
Vi = k ⎜ A − A + A ⎟ = , como R’B e R’’B são esboçar o seguinte gráfico:
⎝ x x x ⎠ x
valores constantes, o potencial é inversamente propor-
cional à distância ao centro da esfera A no intervalo
entre RA e R’B .

Lembrando que dentro de um condutor em equilíbrio


eletrostático o potencial é o mesmo em todos os pontos, o
potencial permanece constante entre R’’B e R’B. O po-
kQ A
tencial em B é calculado por: VB = , como R’’B é
R' ' B
maior que RA Æ VB < V’A, porém constante como já ex-
posto. Reposta letra (e)
kQ A Obs.: pela disposição dos gráficos na apostila e a
Num ponto externo o potencial é dado por V = numeração deles a questão não possui resposta
x

42

15/05/2010 125/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

43

15/05/2010 126/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0559) (NI: 0560)

Caderno 02 Caderno 02
Física 02 Física 02
Tópico 08 Tópico 08
vestibulares vestibulares

Questão 08 Questão 09
Nível: alto Nível:
Assunto: 6.25.61 Assunto: 6.25.61

Observe a figura: (01) Incorreto. Eletrização por atrito


(02) Correto. Dentro de um condutor em equilíbrio ele-
trostático o vetor campo elétrico é nulo.
(04) Incorreto. Mesmo materiais isolantes eletrizam-se
por atrito
(08) Correto. Devido o poder das pontas, pois a densida-
de elétrica nestes pontos são maiores.
(16) Incorreto. Dizer que um condutor está em equilíbrio
eletrostático não quer dizer que este não esteja eletriza-
do.
(32) Correto. Dentro de um condutor em equilíbrio ele-
A carga total em B é dada por: QB = Q2 + Q3 = 0,3μC trostático todos os pontos estão no mesmo potencial.
Como os condutores estão em indução total sabemos que Resposta: 02+08+32=42
|Q2|=|Q1| e Q2 = – Q1 (têm sinais opostos) então o
potencial em B fica: (NI: 0561)
⎛Q Q Q ⎞ kQ
VB = k ⎜⎜ 1 + 2 + 3 ⎟⎟ ⇒ VB = 3 Caderno 02
⎝ R3 R3 R3 ⎠ R3 Física 02
O potencial em A pode ser expresso por: Tópico 08
vestibulares
⎛Q Q Q ⎞ ⎛Q Q ⎞
V A = k ⎜⎜ 1 + 2 + 3 ⎟⎟ ⇒ V A − VB = k ⎜⎜ 1 + 2 ⎟⎟
⎝ R1 R2 R3 ⎠ ⎝ R1 R2 ⎠ Questão 10
Nível: médio
Lembrando que Q2 = – Q1 temos, substituindo pelos
Assunto: 6.25.61
valores dados:
⎛Q Q ⎞ Observe a figura:
V A − VB = 9 ⋅ 10 3 = 9 ⋅ 10 9 ⋅ ⎜ 1 − 1 ⎟ ⇒ Q1 = 2 ⋅ 10 7 C
⎝ 0,1 0,2 ⎠
⇒ Q2 = −2 ⋅ 10 C 7

De: Q B = Q2 + Q3 = 0,3μC temos:


3 ⋅ 10 −7 = −2 ⋅ 10 −7 + Q3 ⇒ Q3 = 5 ⋅ 10 −7 C
Resposta: Q1 = 2.10–7C; Q2 = –2.10–7C; Q3 = 5.10–7C Entre A e B há indução total, como B está conectado à
Terra este fica eletrizado com a mesma carga que A.
Portanto os potenciais elétricos exteriores à B são nulos.
Não havendo potencial elétrico, não existe conseqüen-
temente ddp e, portanto o vetor campo elétrico exterior
a B é nulo não podendo, portanto induzir o condutor C.
Resposta letra (d)

44

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

A força F é a força resultante dos choques das moléculas do gás com


Tópico 01 o êmbolo. Se o êmbolo se move, sabemos que o trabalho de tal força
é dado por:
P
1 2
P1 = P2

INTRODUÇÃO À TERMODINÂMICA

Sabendo que o calor é uma forma de energia em trânsito vamos analisar


V1 V
macroscopicamente os processos em que o calor interage com outras V2

formas de energia.

Supondo que tenha sido escolhido um sistema que troca com o meio τ = F . ∆d
externo trabalho e calor, essas trocas ocorrem quando o sistema evolui
de um determinado estado de equilíbrio para outro. Entretanto, sabemos que:
F=P.A
As trocas de calor e trabalho são características das transformações que
o sistema pode sofrer ao passar de um estado de equilíbrio para outro. Isso nos dá:
Não caracterizam os estados de equilíbrio em si.
τ = P. A. ∆d
O objetivo da Termodinâmica é analisar o comportamento do sistema
quando sujeito às variações de energia interna que ocorrem no momento Como A∆d equivale à variação de volume ∆V, chegamos, finalmente,
em que o sistema troca calor e/ou trabalho com o meio externo. à expressão:

Trabalho nas transformações gasosas τ = P x ΔV

Nossa noção de trabalho está intimamente relacionada com o desloca- Energia Interna
mento de corpos. Na termodinâmica esse deslocamento será realizado
tipicamente por alguma das paredes do recipiente. Como o deslocamento A energia interna de um gás possui várias energias componentes, tais
de uma parede do recipiente implica uma variação de volume, chegamos como energia térmica, que está associada à agitação térmica; energia
à conclusão de que a realização de trabalho numa transformação gasosa potencial de configuração, associada às forças internas conservativas;
está relacionada com uma variação de volume. energias cinéticas atômico-moleculares, ligadas à rotação das molécu-
las, às vibrações intramoleculares e aos movimentos infra-atômicos das
Considere um gás num recipiente com êmbolo partículas elementares.
móvel. Se a variação de volume resultar numa
expansão do gás, dizemos que o gás realizou V2 Não se pode, portanto, realizar a medição dessa energia. No entanto,
F d
trabalho, pois foi a força resultante do choque V1 a variação dessa energia, decorrente de processos termodinâmicos, é
de suas partículas com o êmbolo que o fez se gás regida pela Lei de Joule:
mover. Nesse caso, o trabalho é positivo. Caso

FÍSICA III
contrário, dizemos que o gás recebeu trabalho, e este tem valor negativo. A energia interna de uma amostra de gás ideal depende exclusi-
vamente de sua temperatura.
Nas transformações onde há variação no volume da massa gaso-
sa, poderá haver aumento do volume, ou seja, expansão do gás, Se o gás for ideal e monoatômico, sua energia interna se deverá ape-
ou diminuição do volume, ou seja, contração da massa gasosa. nas ao movimento de translação das partículas. Da Teoria Cinética dos
Gases, temos que:
τ >0 (expansão do gás)
τ<0 (contração do gás) ΔU = ΔEc = (3/2)nRΔT

De um modo geral, se a pressão for variável o p ∆T > 0 ⇒ ∆U > 0 (energia interna aumenta)
valor do trabalho deverá ser calculado através ∆T < 0 ⇒ ∆U < 0 (energia interna diminui)
de uma integral, que nada mais é que a área
entre a curva e o eixo do volume no gráfico: A
Observe que a relação acima obedece a Lei de Joule, pois a variação de
temperatura está ligada diretamente à variação da energia interna.
τ = APxV (numericamente) 0 v

Obs.: A energia interna pode variar mesmo a temperatura perma-


É importante notar que essa igualdade é válida apenas no valor numérico, necendo constante. É o que ocorre nas mudanças de estados de
já que área e trabalho têm unidades distintas. agregação. A energia recebida pelo sistema aumenta a energia in-
terna. Porém, nas transformações gasosas, a variação da energia
Trabalho numa transformação isobárica interna é sempre acompanhada da variação de temperatura.

Consideremos agora uma transformação isobárica. Um exemplo sim-


ples de tal transformação é um recipiente com um êmbolo móvel com
peso.

1
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Variação da Energia Interna de um sistema na mudança de estado 02.Têm-se 3,0 mols de moléculas de um gás monoatômico ideal ini-
cialmente a -60 oC. Sua temperatura, num dado processo termodinâmico,
Havendo variação do volume do sistema na mudança de estado, podemos se eleva pra 160 oC. Determine a variação sofrida pela energia interna
calcular o trabalho realizado no processo. Quando ocorre mudança de do gás nessa transformação.
estado, está em jogo o calor latente de transformação L.
03.(UFPE/UFRPE) Uma força F, P(N/m2)

4,0
Então, a variação de energia interna será expressa por: variável, é aplicada para empurrar um
êmbolo de área S = 1m , de forma a
2

ΔU = mL – τ comprimir lentamente um gás contido 2,0


num recipiente de volume inicial igual A
1,0
onde τ é o trabalho realizado no processo de mudança de estado. a 1m3. Se a relação entre a pressão
V (m³)
exercida no êmbolo e o volume do 0,25 0,5 1,0

recipiente for aquele mostrado na figura, quanto vale, em unidades de


Questões Resolvidas décimos de Joule, o trabalho realizado pela força F?

01. 1g de água entra em ebulição sob pressão normal, obtendo-se Questões de Vestibulares
1671 cm3 de vapor. Sendo 1cm3 o volume de 1g de água e 540cal/g seu
calor de vaporização, determine a variação da energia interna do sistema
nesse processo. Dados: Patm = 105 N/m2 e 1cm3 = 10-6m3
Solução: 01 .(FATEC) Haverá trabalho realizado sempre que uma massa gasosa:
Como o processo é isobárico, o trabalho é dado por: a) Sofrer variação em sua pressão.
τ = P(Vf – Vi); e a variação de energia interna: b) Sofrer variação em seu volume.
ΔU = mL – P(Vf – Vi) c) Sofrer variação em sua temperatura.
Substituindo os valores dados temos: ΔU = 500 cal d) Receber calor de fonte externa.
e) Nenhuma das anteriores.
02. (PUC-SP) O gráfico pressão
(P) versus volume (V) representa as
P (N/m²)
02.(PUC-MG) No diagrama pressão x volume de um gás, a área
transformações AB e BC experimen- 30
B C sombreada representa: P

tadas por um gás ideal: a) a energia interna final


20
b) a energia interna inicial
Qual o trabalho mecânico realizado 10 A c) o calor absorvido
pelo gás durante a expansão de A até 0 d) o calor cedido
1 3 V(m³)
C? Dê a resposta em joules. e) o trabalho realizado V

Solução: Como sabemos que o trabalho é numericamente igual à área,


basta calcularmos a área entre a curva ABC e o eixo V, que nada mais 03. (UFRJ) Um gás ideal é comprimido lenta e P
é que a soma da área de um trapézio com um retângulo. linearmente a partir do volume inicial V0 e pressão
Temos: A1 = [ (B + b) h ] / 2 = [ ( 30 + 10 ) 1 ] / 2 = 20 P0 até o volume final V0/2, conforme ilustrado no P0
FÍSICA III

A2 = b x h = 2 x 30 = 60 gráfico. Sabendo que a temperatura final é igual à


Dando: AT = A1 + A2 = 60 + 20 = 80 temperatura inicial, determine em função dos dados v0 v0
2
Logo: τ = AT = 80 J do problema:
Note que o resultado obtido está em joules (SI) porque o gráfico está em a) a pressão final do gás;
unidades adequadas (SI). b) o calor trocado pelo gás durante o processo.

03. Uma amostra de 3 mols de determinado gás ideal monoatômico 04.(UFSC) Com relação aos conceitos de calor, temperatura e energia
tem sua temperatura elevada do ponto de fusão da água até seu ponto interna, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
de ebulição. Determine a variação da energia interna sofrida pelo gás. (01) Associa-se a existência de calor a qualquer corpo, pois todo corpo
Solução: Como o gás é ideal e monoatômico, basta aplicarmos a fórmula possui calor.
ΔU = (3/2)nRΔT. (02) Quando as extremidades de uma barra metálica estão a temperaturas
Isso nos dará: ΔU = (3/2) x 3 x 8,31 x 100 = 3739,5 J. diferentes, a extremidade submetida à temperatura maior contém
mais calor do que a outra.
(04) Calor é a energia contida em um corpo.
(08) Para se admitir a existência de calor são necessários, pelo menos,
Questões Propostas dois sistemas.
(16) Duas esferas de mesmo material e de massas diferentes, após fica-
rem durante muito tempo em um forno a 160 °C, são retiradas deste
e imediatamente colocadas em contato. Logo em seguida, pode-se
01.Uma amostra de gás ideal sob pressão de 7 N/m tem seu volume
2
afirmar, o calor contido na esfera de maior massa passa para a de
expandido, isobaricamente, de 0,60 m para 0,90 m . Qual o trabalho
3 3
menor massa.
realizado pelo gás nesse processo? (32) Se colocarmos um termômetro, em um dia em que a temperatura
está a 25 °C, em água a uma temperatura mais elevada, a energia
interna do termômetro aumentará.

2
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

05. (UFSCAR) A figura representa um gás ideal E


d) T= (Po.V0)/R; W = 2,0VoPo
contido num cilindro C fechado por um êmbolo E de e) T= (Po.V2)/(VoR); W = 4,5VoPo
área S = 1,0 · 10-4 m2 e massa m = 1,0 kg. O gás ab-
11. (UNICAMP) Um mol de gás ideal
C
p(atm)
sorve uma determinada quantidade de calor Q e, em
A
3,0 B
conseqüência, o êmbolo sobe 5,0 · 10-2 m, livremente sofre transformação A→B→C indicada
e sem vazamento. no diafragma pressão x volume da
A pressão atmosférica local é 1,0 · 105 Pa (adote g = 10 m/s2). figura.
isoterma C
a) Calcule os trabalhos realizados pelo gás contra a pressão atmosférica, a) Qual é a temperatura do gás no V(I)
8,0 10,0
τa, e contra a gravidade, para erguer o êmbolo, τg. estado A?
b) Qual a quantidade mínima de calor que o gás deve ter absorvido nessa b) Qual é o trabalho realizado pelo gás na expansão A→B?
transformação? Que lei física fundamenta sua resposta? Justifique. c) Qual é a temperatura pelo gás no estado C?
Dado: R =0,082 atm.l/molK =8,3J/mol K
06. (UNESP) A energia interna U de uma certa quantidade de gás, que
se comporta como gás ideal, contida em um recipiente, é proporcional 12. (IME) Um balão esférico de raio 3 metros deve ser inflado com um
à temperatura T, e seu valor pode ser calculado utilizando a expressão gás ideal proveniente de um cilindro. Admitindo que o processo ocorra
U=12,5T. A temperatura deve ser expressa em kelvins e a energia, em isotermicamente, que o balão esteja inicialmente vazio e que a pressão
joules. Se inicialmente o gás está à temperatura T=300 K e, em uma final do conjunto cilindro-balão seja a atmosférica, determine:
transformação a volume constante, recebe 1 250 J de uma fonte de a) o trabalho realizado contra a atmosfera durante o processo;
calor, sua temperatura final será b) o volume do cilindro.
a) 200 K. b) 300 K. c) 400 K. d) 600 K. e) 800 K. Dados:
pressão atmosférica: 1kgf/cm2
07. (PUC-SP) O êmbolo do cilindro a seguir varia de 5,0cm sua posição pressão inicial do cilindro: 125kgf/cm2
e o gás ideal no interior do cilindro sofre uma expansão isobárica, sob π =3,1
pressão atmosférica. O que ocorre com a tem-
peratura do gás durante essa transformação
êmbolo
13. (UFRJ) Certa massa gasosa, contida num reservatório, sofre
termodinâmica? Qual o valor do trabalho ∆W uma transformação termodinâmica no trecho AB. O gráfico mostra o
realizado sobre o sistema pela atmosfera, du- comportamento da pressão P, em função do volume V.
rante a expansão?Dados: pressão atmosférica: 5,0 m
P(x104N/m2)
10 N/m área da base do êmbolo: 10cm
5 2 2
A
30
a) a temperatura aumenta; ∆W = -5,0J
b) a temperatura diminui; ∆W = 5,0J gás ideal

c) a temperatura aumenta; ∆W = -5,0.10 J -2


10 B
d) a temperatura não muda; ∆W = 5,0.10-2 J
e) a temperatura diminui; ∆W = -0,5J 20 40 V(x10-2m3)

08.(ITA-modificada) Dois recipientes contêm massas diferentes de um O módulo do trabalho realizado pelo gás, na transformação do trecho
mesmo gás ideal, à mesma temperatura inicial. Fornecendo-se a cada AB, é de:
um dos vasos quantidades iguais de calor, podemos dizer que: a) 400J. b) 800J. c) 40kJ.

FÍSICA III
a) as energias internas dos dois gases, que eram inicialmente iguais, d) 80kJ. e) 600J.
após o fornecimento de calor continuam iguais.
b) as energias internas, que eram inicialmente diferentes, ficam iguais. 14. (UNIFESP) O diagrama PV da figura mostra a transição de um
c) as energias internas, que eram iguais, agora são diferentes. sistema termodinâmico de um estado inicial A para o estado final B,
d) as energias internas variam. segundo três caminhos possíveis.
e) faltam dados para responder algo a respeito da variação de energia P
interna. A C
P1

09.(UNITAU) Um gás está confinado num cilindro provido de um pistão.


O Gás é então aquecido, e o pistão é mantido fixo na posição inicial.
Qual é alternativa errada?
a) A pressão do gás aumenta. P2 B
D
b) O trabalho realizado pelo gás é cada vez maior.
c) A força que o gás exerce o pistão é cada vez maior. V1 V2 V
d) O gás é mantido num volume constante.
e) A energia interna do gás é cada vez maior O caminho pelo qual o gás realiza o menor trabalho e a expressão
correspondente são, respectivamente:
10. (ITA) Aquecendo-se lentamente 2 mols de um gás perfeito ele a) A → C → B e P1 (V2 - V1).
passa do estado Po, Vo ao estado 3Po, 3Vo. Se o gráfico da pressão versus b) A → D → B e P2 (V2 - V1).
volume é uma reta, a dependência da temperatura com o volume e o c) A → B e (P1 + P2) (V2 - V1)/2.
trabalho realizado pelo gás nesse processo serão repectivamente: d) A → B e (P1 - P2) (V2 - V1)/2.
a) T= (Po.V2)/(VoR); W = 9,0VoPo e) A → D → B e (P1 + P2) (V2 - V1)/2.
b) T= (Po.V2)/(2VoR); W = 4,0VoPo
c) T= (Po.V2)/(2VoR); W = 2,0VoPo

3
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Iremos considerar dois casos:


Tópico 02
i. Expansão Isobárica

O aquecimento do gás causa um aumento em sua temperatura interna


A PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA e em seu volume. Esse aumento no volume se dá mediante a realização
de trabalho.
P
A Primeira Lei da Termodinâmica nada mais é que a aplicação do Prin-
Q
cípio de Conservação da Energia às trocas energéticas entre o sistema
P1 = P2 i f
e o meio. Ele nos diz que:
τ > 0 pois V > V1
τ
2

∆U > 0 0 V1 V2 V
Calor recebido Trabalho realizado
Q>0 sobre o gás
t <0

ΔU = Q – τ = Q – P x ΔV

Com τ > 0, Q > 0 e ΔU > 0.

ii. Contração Isobárica

Calor liberado Trabalho realizado


Q<0 ∆U < 0 pelo o gás Se a temperatura do gás cai, sua energia interna e seu volume diminuem.
t >0
P

Q
“A variação da energia interna de um sistema entre dois estados P1 = P2 f i
é dada pela diferença entre a quantidade de calor trocada e o τ < 0 pois V < V1
τ
2

trabalho realizado no processo termodinâmico”.


0 V2 V1 V

Matematicamente, podemos escrever:

Q = ∆U - τ ΔU = Q – τ = Q – P x ΔV

É importante lembrar as seguintes convenções: Com τ < 0, Q < 0 e ΔU < 0.


Note que em ambos os casos, o módulo do calor é maior que o módulo
Q > 0 � o sistema recebe calor do meio do trabalho.
Q < 0 � o sistema doa calor para o meio
Transformação Isovolumétrica
FÍSICA III

τ > 0 � o sistema realiza trabalho


τ < 0 � o sistema recebe trabalho Numa transformação isovolumétrica (ou isocórica) não há variação de
volume. Logo, o trabalho é nulo. Assim:
Pontos relevantes:
I. O calor e o trabalho dependem da transformação que leva o sistema ΔU = Q – τ = Q – 0 = Q
de um estado inicial a um estado final. ΔU = QV
II. A variação de energia interna independe da transformação, depen-
dendo apenas das variáveis termodinâmicas nos estados inicial e
final do processo.
Ou seja, a variação da energia interna é igual ao calor cedido ao sis-
tema.
A Primeira Lei e as Transformações
P
Iremos analisar a seguir a aplicação da Primeira Lei da Termodinâmica
aos principais tipos de transformações termodinâmicas. T2
Qv
T1
Transformação Isobárica
V

Na transformação isobárica, há trabalho decorrente da variação de


volume e há troca de calor com o meio. Como a pressão é constante, ∆U = n.CV∆T, onde CV é a capacidade térmica a volume constante.
podemos escrever: Como ∆V = 0, τ = 0.

τ = P x ΔV

4
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Transformação Isotérmica Para trabalhar com gases, é mais conveniente usarmos o número de
mols do gás, em detrimento de sua massa. Como m = n x M, nossa
P
Numa transformação isotérmica não há relação se transforma em:
variação de temperatura. Pela Primeira Lei P1
A

de Joule, sabemos que isso implica uma P2


Q = n M c ΔT
B
variação de energia interna nula. Assim:
0 V1 V2 V
Chamaremos o produto (M x c) de calor específico molar ou capacidade
T
ΔU = Q – τ = 0 calorífica molar, e denotaremos por C.
 V2 
Q=τ τ = n.R.Tln  
 V1  Q
Um corpo pode trocar calor com o meio através de infinitos processos
distintos. São dois os principais: um processo isobárico e um processo
Transformação Adiabática isovolumétrico.

Numa transformação adiabática não há trocas de calor entre o meio No caso do processo ser isobárico, denotaremos o calor específico molar
externo e o sistema. Assim, todo o trabalho exercido sobre o sistema por CP: o calor específico à pressão constante.
serve para aumentar sua energia interna e todo trabalho realizado pelo
sistema teve origem em sua energia interna, que é diminuída. Assim: QP = n CP ΔT

ΔU = Q – τ = 0 – τ Se o processo for isovolumétrico, denotaremos o calor específico molar


ΔU = – τ por CV: o calor específico a volume constante.
τ > 0 � ΔU < 0 � T2 < T1
QV = n CV ΔT
P
Frasco de perfume
1 em aerosol.
P1
Suponha agora dois recipientes contendo quantidades iguais de gás ideal
à mesma temperatura. Se aquecermos o recipiente A mantendo o volume
constante e o recipiente B mantendo a pressão constante, de modo que
eles sofram a mesma variação de temperatura, teremos:

T1
2 QA = QV = n CV ΔT e QB = QP = n CP ΔT
P2 T2
V1 V2
Expansão do gás No recipiente A o trabalho será nulo, pois não há variação de volume.
0 V
No recipiente B o trabalho será dado por τ = P ΔV. Usando a equação
Temperatura diminui de Clayperon, podemos escrever que τ = n R ΔT. Aplicando a Primeira
(vapor gelado) Lei da Termodinâmica as duas situações:
Expansão adiabática: o gás perde energia
ΔUA = QV – τ= QV – 0  ΔUA = QV
Obs.: Colocando uma de suas mãos próxima a boca aberta, ΔUB = QP – τ = QP – n R ΔT
sopre sobre sua mão. Em seguida, repita a operação soprando

FÍSICA III
sobre a mão com a boca quase fechada. A diferença de tem- Como a variação de temperatura foi a mesma, sabemos que a variação
peratura sentida nas duas situações se deve ao fato de que no de energia interna é a mesma (Primeira Lei de Joule). Igualando ΔUA
segundo processo, o gás sofre uma transformação adiabática e ΔUB, temos:
(expansão) ao passar pela boca quase fechada, havendo queda
de temperatura. QV = QP – n R ΔT  n CV ΔT = n CP ΔT – n R ΔT

P
P2
2 Cancelando os termos comuns e re-arrumando a equação chegamos,
Bomba de ar manual finalmente, a:
CP - CV = R

O resultado acima é conhecido como Relação de Mayer.


T2
1 P
Compressão do gás
De posse desse conhecimento,
P1 T1
V2 V1 podemos deduzir uma lei geral para 2

0 V
Temperatura aumenta
as variações de energia interna em
(esquenta a bomba) processos termodinâmicos. Veja a
figura ao lado:
Compressão adiabática: o gás recebe energia 1

Considere os estados termodinâ-


Relação de Mayer micos relativos aos pontos 1 e 2 do V

Sabemos que a expressão que relaciona a quantidade de calor trocada gráfico. Existem infinitas transformações que podem levar uma amostra
entre um corpo e o meio é dada por: de determinado gás do estado 1 ao estado 2. O gráfico ilustra diversos
Q = m c ΔT processos.

5
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Sabemos, no entanto, que a variação de energia interna independe do Solução: Para solucionar esse problema basta aplicar a lei de Joule para
caminho que nós escolhermos, pois ela depende apenas dos estados os gases ideais, notando que a variação da temperatura em Kelvin tem
inicial e final (Primeira Lei de Joule). o mesmo valor da variação em graus Celsius. Assim:
ΔU = n CV ΔT = 7 x 21 x 100 = 14700 J
Assim, podemos escolher um caminho conveniente, calcular ΔU atra-
vés dele, e o resultado será válido para qualquer caminho que ligue os 05. Um sistema realiza a transformação de a para b ao longo da traje-
pontos 1 e 2. tória acb. Dadas as informações abaixo, calcule Qad e Qdb.
Qacb = 80 cal e Tacb = 30 cal. Na transformação adb, Tadb = 10 cal. Deter-
P
Por conveniência, iremos escolher um 2 minar Qadb. Sendo Tba = -20 cal ao longo do trajeto curvo, determine o
caminho composto por uma transformação correspondente Qba. Se Ua = 0 e Ud = 40 cal.
1
isotérmica e uma transformação isovolu- P
métrica, como na figura ao lado:
I c b
Pc = Pb
V

Entre o ponto 1 e o ponto intermediário I a variação de energia interna é


nula, pois não há variação de energia interna.
Pa = Pd
a d

Entre I e o ponto 2, não há trabalho, pois não há variação de volume.


Assim: Va = Vc Vb = Vd V

ΔU = Q Solução:
Observemos a transformação A→C→B, segundo a 1ª Lei da Termodi-
Como esse calor é fornecido sob volume constante, podemos escrever, nâmica:
finalmente: Qacb – Tacb = ∆Uacb (I)
Sabemos que a variação de energia interna somente depende dos es-
∆U = n CV ∆T tados final e inicial. Então, temos: ∆Uacb = Ub – Ua (II)
Levando (II) em (I) e substituindo os valores conhecidos, obtemos:
Esse resultado é conhecido como a Lei de Joule para os Gases Ideais. Ub – 0 = 80 – 30 ∴
É importante relembrar que, apesar de termos deduzido o resultado acima Ub = 50cal
a partir de um caminho particular, ele é válido para qualquer caminho Agora, analisemos a transformação A→D→B, segundo a 1ª Lei da
que escolhermos. Termodinâmica:
Qadb – Tadb = ∆Uadb (III)
Questões Resolvidas Logo, temos: ∆Uadb =∆Uacb = Ub – Ua (II*)
Levando (III) em (II*) e substituindo os valores conhecidos, obtemos:
Qadb – 10 = 50
Qadb = 60cal
01. (UPE) Um gás se expande realizando o trabalho de 5000 J, en- Observemos a transformação ao longo da trajetória curva B→A:
quanto recebe de energia térmica 20000 J. Qual foi a variação de energia Qba – Tba = ∆Uba (IV)
interna ocorrida, em Joules? Qba – Tba = Ua – Ub ⇒ Qba = – 50 + (– 20) =
FÍSICA III

Solução: De acordo com a primeira lei da termodinâmica: Qba = – 70cal


ΔU = Q – τ = 20000 – 5000 = 15000J Observemos a transformação A→D:
Qad – Tad = ∆Uad (V)
02. Durante um processo termodinâmico um gás recebe 2000J de calor, Logo, temos: ∆Uad = Ud – Ua = Qad – Tad
enquanto é feito sobre ele um trabalho de 3000J. Determine a variação O trabalho no trecho AD é igual ao trabalho no trecho ADB, senão veja-
da energia interna desse gás. mos: Tadb = Tad + Tdb
Solução: Aplicando a primeira lei da termodinâmica: Como Tdb = 0, temos: Tadb = Tad = 10cal
ΔU = Q – τ = 2000 – (–3000) = 5000J Levando esta informação a (V): Qad = 50 cal
Observemos a transformação ao longo da trajetória curva D→B:
03. Um determinado gás possui calor específico molar a pressão cons- Qdb – Tdb = ∆Udb
tante valendo (5/2)R, onde R é a constante universal dos gases ideais. Qdb – Tdb = Ub – Ud ⇒ Qdb = 50 – 40 = 10 cal
Sabendo que 2 mols desse gás necessitaram de 200J de calor para ter
sua temperatura elevada em ΔT, calcule o calor Q necessário para elevar
3 mols desse gás de 2ΔT a pressão constante.. Questões Propostas
Solução: Temos que Q = n CV (2ΔT) = 3 CV (2ΔT)
Pela relação de Mayer, CP – CV = R, ou seja, CV = CP – R = (5/2)R – R =
(3/2)R. Logo Q = 3 (3/2)R (2ΔT) = 9RΔT.
No entanto, QP = 200 = 2 (5/2) R ΔT = 5RΔT, ou seja, RΔT = 100J. Assim, 01. Tem-se 8 mols de moléculas de um gás ideal cujo calor molar sob
Q = 9RΔT = 9 x 100 = 900J. pressão constante é 20,78 J/mol K. Aquece-se esse gás sob pressão
constante de 1,9 · 105 N/m2, elevando-se sua temperatura de 50°C para
04. A temperatura de 7 mols de moléculas de um gás ideal sofre um 250°C e seu volume de 0,11 m3 para 0,18 m3. Determine:
aumento de 100 oC numa transformação termodinâmica. Sendo o calor a) a quantidade de calor recebida pelo gás;
molar a volume constante 21J/mol K, determine a variação de energia b) o trabalho realizado pelo gás na expansão;
interna do gás nesse processo. c) a variação da energia interna sofrida pelo gás no processo;

6
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

02. O gráfico representa uma compressão V(m3)


04. (UFMG) Um cilindro é fechado por um êmbolo êmbolo

isobárica de um gás sob pressão de 20 N/m .


2 0,6 que pode se mover livremente. Um gás, contido gás
Sabendo que no processo o gás perdeu 50J nesse cilindro, está sendo aquecido, como repre-
de calor, determinar: 0,2 sentado nesta figura:
a) o trabalho realizado no processo 0
Com base nessas informações, é CORRETO afir-
100 300 T(K)
b) a variação de energia interna do gás mar que, nesse processo:
a) a pressão do gás aumenta e o aumento da sua
03. Um gás sofre a transformação, cujo gráfico P (N/m2)

2000
energia interna é menor que o calor fornecido.
P = f (T) é o apresentado. Sendo a constante uni- b) a pressão do gás permanece constante e o aumento da sua energia
versal dos gases perfeitos R = 8,31 J / mol x Kelvin; interna é igual ao calor fornecido.
800
o número de mols do gás n = 5; o calor molar a c) a pressão do gás aumenta e o aumento da sua energia interna é igual
volume constante do gás CV = 3 cal/mol. kelvin; 0 200 500 T(K) ao calor fornecido.
1 cal = 4,18 J, determine: d) a pressão do gás permanece constante e o aumento da sua energia
a) a transformação sofrida pelo gás. interna é menor que o calor fornecido.
b) o volume do gás durante o processo.
c) a quantidade de calor que o gás recebe durante a transformação. 05. (UFC) Uma amostra de n mols de um gás ideal monoatômico é
d) a variação da energia interna do gás, nessa transformação. levada do estado de equilíbrio termodinâmico inicial de temperatura Ti
até o estado final de equilíbrio de temperatura Tf mediante dois diferen-
04 . (UFPE) Um gás ideal tes processos: no primeiro, o volume da amostra permanece constante
realiza o processo ABC indica- A B
e ela absorve uma quantidade de calor QV; no segundo, a pressão
5
2,0 X 10
do no diagrama PV, abaixo. Na da amostra permanece constante e ela absorve uma quantidade de
C
transformação isotérmica BC, o 1,0 X 10 5 calor QP. Use a Primeira Lei da Termodinâmica, ∆U = Q – W, sendo
gás absorve 1,4. 105J de calor. ∆U = (3/2)nR∆T, para determinar que se QP for igual a 100 J então o
0,5 1,0 1,5 2,0
Qual o trabalho realizado pelo V(m³) valor de QV será igual a:
gás em joules, durante a transformação ABC? a) 200 J. b) 160 J. c) 100 J. d) 80 J. e) 60 J.
a) 1,6 x 105 b) 2,4 x 105 c) 3,8 x 105 d) 4,2 x 105 e) 5,0 x 105
06 . (ITA) Das afirmações abaixo:
I. A energia interna de um gás ideal depende só da pressão;
II. Quando um gás passa de um estado 1 para outro estado 2, o calor
trocado é o mesmo qualquer que seja o processo;
Questões de Vestibulares
III. Quando um gás passa de um estado 1 para outro estado 2, a variação
da energia interna é a mesma qualquer que seja o processo;
IV. um gás submetido a um processo quase estático não realiza trabalho;
01. (UFSCAR) Mantendo uma estreita abertura em sua boca, asso- V. o calor específico de uma substância não depende o processo como
pre com vigor sua mão agora! Viu? Você produziu uma transformação ela e aquecida;
adiabática! Nela, o ar que você expeliu sofreu uma violenta expansão, VI. quando um gás ideal recebe calor e não há variação de volume, a
durante a qual variação da energia interna é igual ao calor recebido;
a) o trabalho realizado correspondeu à diminuição da energia interna VII.Numa expansão isotérmica de um gás ideal o trabalho realizado é

FÍSICA III
desse ar, por não ocorrer troca de calor com o meio externo. sempre menor do que o calor absorvido.
b) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da energia interna São corretas:
desse ar, por não ocorrer troca de calor com o meio externo. a) II e III. b) III e IV. c) III e V. d) I e VII. e) III e VI.
c) o trabalho realizado correspondeu ao aumento da quantidade de
calor trocado por esse ar com o meio, por não ocorrer variação da 07. (FUVEST) O gráfico da figura representa uma transformação re-
sua energia interna. versível sofrida por uma determinada massa de gás perfeito (a pressão
d) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não absorveu é dada em N/m2 e o volume em m3).
calor do meio e não sofreu variação de energia interna.
P
e) não houve realização de trabalho, uma vez que o ar não cedeu calor a) Qual é a variação da temperatura do
A B
4
para o meio e não sofreu variação de energia interna. gás entre o estado inicial A e o estado
final C?
02. (UFPI) Um mol de um gás ideal é aquecido, a pressão constante, b) Qual a quantidade de calor, em joules, 1 C
passando da temperatura Ti = 300 K para a temperatura Tf = 350 K. O recebida pelo gás na transformação
1 4 V
trabalho realizado pelo gás durante esse processo é aproximadamente ABC?
(o valor da constante universal dos gases é R ¸ 8,31 J/(mol.K)) igual a:
a) 104 J. b) 208 J. c) 312 J. d) 416 J. e) 520 J.

03. (UFPE/UFRPE) Uma caixa cúbica metálica e hermeticamente


fechada, de 4,0 cm de aresta, contém gás ideal à temperatura de 300
K e à pressão de 1 atm. Qual a variação da força que atua em uma das
paredes da caixa, em N, após o sistema ser aquecido para 330 K e estar
em equilíbrio térmico? Despreze a dilatação térmica do metal.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Diz a história que ele passou sua lua de mel medindo a temperatura de
Tópico 03 quedas d’água, e notou que a temperatura da água era maior no fim da
queda. Ele concluiu que parte da energia cinética da água se transformava
em energia térmica e aquecia a água.
Para demonstrar esse fato, ele montou o experimento que será apre-
TRANSFORMAÇÕES CÍCLICAS sentado a seguir:

Podemos fazer uma amostra de P


B C
gás passar por vários processos
termodinâmicos, de tal forma que
seu estado inicial seja igual a seu
estado final. Quando isso ocorre, D
A
dizemos que a amostra sofreu uma
transformação cíclica. V

Como os estados inicial e final do processo são iguais, a variação de


energia interna é nula. No entanto, o trabalho total realizado não é nulo. Seu experimento consistia basicamente de um bloco acoplado a paletas
Vamos analisar o processo do gráfico acima: móveis. Tais paletas estavam imersas numa amostra de água. Quando o
peso era abandonado e caia, fazia as paletas se moverem. O movimento
• Trecho AB: Trabalho nulo das paletas aquecia a água. Medindo o trabalho da força peso sobre o
• Trecho BC: Trabalho numericamente igual à parte sombreada abaixo bloco e o aquecimento da água devido ao movimento das paletas, Joule
P encontrou a relação de 1 cal = 4,17. Essa relação foi mais tarde encon-
B C trada com maior precisão, e o valor mais aceito atualmente é de:

1 cal = 4,186 J

• Trecho CD: Trabalho nulo Reversibilidade de Processos


• Trecho DA: Trabalho numericamente igual à parte sombreada abaixo
P Podemos classificar os fenômenos naturais quanto a sua reversibilidade
em reversíveis ou irreversíveis.
Os processos termodinâmicos, por serem fenômenos da natureza, podem
receber a mesma classificação. Imagine um processo termodinâmico AB,
A D como a figura abaixo:
V
P
A

Note, no entanto, que o trecho BC é uma expansão isobárica, e o trabalho


realizado tem valor positivo. Já o trecho DA é uma compressão isobárica,
FÍSICA III

logo seu trabalho tem valor negativo.


B

P V
Assim, o trabalho líquido realizado é igual
B C
ao valor do trabalho no trecho BC menos Diremos que o processo AB é reversível se existir um processo BA que
o valor do trabalho no trecho DA. Grafi- ocorra passando exatamente por todos os pontos intermediários por que
camente, temos que o trabalho líquido é passa AB. Nesse caso, QBA = - QAB e τAB = - τAB.
A D
numericamente igual à área da figura:
V Caso essa transformação BA não ocorra, diremos que o processo é
Para prevermos o comportamento do calor na variação cíclica, basta irreversível.
aplicarmos a Primeira Lei da Termodinâmica:
ΔU = Q – τ = 0 Nos processos termodinâmicos que envolvem gases, diremos que o
Q=τ processo é reversível se ele for realizado de maneira quase-estática, ou
seja, lentamente, possibilitando a cada pequena mudança de estado, o
Ou seja, numa transformação cíclica, nada mais ocorre que a interconver- equilíbrio do gás.
são entre calor e energia mecânica. Se o ciclo ocorrer no sentido horário,
o trabalho será positivo, e o gás transforma o calor recebido em energia Se todos os processos de um ciclo forem reversíveis, diremos que
mecânica. Se o ciclo ocorrer no sentido anti-horário, o trabalho será o ciclo é reversível.
negativo, e o gás transformará energia mecânica em calor.
Sentido horário � τ > 0
Sentido anti-horário � τ < 0
A Experiência de Joule

Como já dissemos, o físico James Prescott Joule demonstrou experimen-


talmente que existia uma relação entre energia mecânica e calor.

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Questões Resolvidas 03. Certa massa de gás ideal de- p (atm)

2
B
senvolve o ciclo indicado na figura:
Determine: 1 C
A
a) o trabalho realizado pelo gás, ao

01. Considere o ciclo ilustrado na P


B C
percorrer o ciclo uma vez;
b) a potência desenvolvida, sabendo
0 5 10 V (l)

figura, onde a pressão está expressa 10 que a duração de cada ciclo é de 0,5s;
em N/m2 e o volume em m3. c) o ponto onde a energia interna do sistema é máxima e onde é mínima.
a) Qual o trabalho realizado no ciclo Dados: 1 atm = 105 N/m2
2
ABCDA? A D 1ℓ = 1 dm3
b) Qual o trabalho realizado no ciclo 100 300 V
ADCBA?
Solução: Questões de Vestibulares
a) O valor do trabalho é numericamente igual à área interna do ciclo:
τ = A = 200 x 8 = 1600 J. Como o ciclo ABCDA é realizado no sentido
horário, seu valor é positivo.
b) Como o ciclo ADCBA é realizado no sentido anti-horário, ele possui 01. (UFC) Um gás ideal sofre as trans- P

o mesmo valor em módulo do ciclo ABCDA, mas com sinal contrário: formações mostradas no diagrama da p2 B C
τ = -1600 J. figura.

02. (CEFET-PR) Uma quantidade de mercúrio cai de uma altura de 60 m. Determine o trabalho total realizado du- p1
A D
Supondo que toda a energia potencial se transforme em calor, qual o rante os quatro processos termodinâmicos
V0 2V0 5V0 6V0
aumento de temperatura do corpo, em graus Celsius? (Dados: calor ABCDA.
específico do mercúrio = 0,15 J/g oC e g = 10m/s2).
Solução: A energia potencial que o mercúrio possuía antes da queda é: 02. (UFPE/UFRPE) Um cilindro
E = mgh = m · 10 · 60 = 600 m. de gás mantido à temperatura
V
Por outro lado: Q = mcΔT  ΔT = Q/mc constante contém um êmbolo mó- 0

0,8 V
Como toda a energia potencial se transforma em calor: vel de área 100 cm2. Se o cilindro 0

E = Q  ΔT = E / mc estiver na posição horizontal o


Para deixarmos o calor específico em unidades coerentes, precisamos volume do gás é V0. Na posição
do seu valor em J/ kg oC. Para isso, basta multiplicarmos seu valor por vertical o volume do gás é 0,8 V0. Determine a massa do êmbolo
1000. Assim, temos c= 150 J/kg oC. Finalmente: em kg.
ΔT = (600 m)/(150m) = 4 oC.
03. (UFPE/UFRPE) No ciclo p(105N/m2)

mostrado no diagrama pV da A B
1,0
figura ao lado, a transformação
Questões Propostas
AB é isobárica, a BC é isovo-
C
lumétrica e a CA é isotérmica. A
Qual a quantidade total de calor
01. Um corpo, de massa 5 kg, constituído de calor específico V(10-3m3)

FÍSICA III
absorvido pelo gás nas transfor- 0,2 1,0

0,20 cal/g°C, cai de uma altura de 200 metros, chocando-se contra o mações AB e BC, em joules. Considere que o gás é ideal.
solo inelasticamente. A aceleração da gravidade local é 10 m/s2 e não há
resistências a considerar. Supondo que, da energia mecânica dissipada, 04. (UFPE/UFRPE) Uma bala de chumbo, com velocidade de 100
80% é absorvida pelo corpo sob a forma de calor, determine: m/s, atravessa uma placa de madeira e sai com velocidade de 60 m/s.
a) a energia cinética do corpo ao chegar ao solo; Sabendo que 40% da energia cinética perdida é gasta sob a forma de
b) a energia absorvida pelo corpo após o choque; calor, determine o acréscimo de temperatura da bala, em graus Celsius.
c) a elevação de temperatura sofrida pelo corpo. O calor específico do chumbo é c = 128J/kg ºC. Considere que somente
a bala absorve o calor produzido.
02. (UNESP) P

05. (UCMG) Um gás ideal sofre trans-


A
P
Um gás ideal é submetido às
B C
300
transformações A → B, B → C, isoterma formação cíclica, conforme o gráfico ao
C → D e D → A, indicadas no lado, onde a pressão está expressa em
diagrama Px V apresentado na B N/m2 e o volume em m3. 100
isoterma A D
figura. Com base nesse gráfico, D C a) Dê o nome das transformações AB,
V 2 4 V
analise as afirmações. BC, CD e DA.
I. Durante a transformação A → B, a energia interna se mantém inalterada. b) Qual o trabalho total realizado na transformação ABCDA?
II. A temperatura na transformação C → D é menor do que a temperatura c) Qual o trabalho realizado na transformação AB?
na transformação A → B. d) Em quais transformações o gás recebeu calor? Em quais perdeu
III. Na transformação D → A, a variação de energia interna é igual ao calor? Justifique.
calor absorvido pelo gás. e) Em quais transformações houve aumento da energia interna? Justifique.
Dessas três afirmações, estão corretas: f) Qual a variação da energia interna total do gás?
a) I e II, apenas. b) III, apenas. c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas. e) I, II e III.

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06. (ITA) Uma certa massa de gás ideal P

realiza o ciclo ABCD de transformações,


A
Tópico 04
como mostrado no diagrama pressão-volume B
D
da figura. As curvas AB e CD são isotermas.
C
Pode-se afirmar que:
a) o ciclo ABCD corresponde a um ciclo de MÁQUINAS TÉRMICAS
V
Carnot.
b) o gás converte trabalho em calor ao realizar o ciclo. Um dispositivo que, através de uma substância, converte energia térmica
c) nas transformações AB e BC o gás recebe calor. em energia mecânica é chamado de Máquina Térmica.
d) nas transformações AB e BC a variação da energia interna do gás é
negativa. A invenção da máquina térmica se deve ao engenheiro inglês James
e) na transformação DA o gás recebe calor, cujo valor é igual à variação Watt (1736-1819). Seus primeiros projetos de máquina térmica eram
da energia interna. movidos à vapor d’água. A água, ao ser aquecida, era vaporizada. Esse
vapor era levado até um cilindro e fazia movimentar um pistão. Com o
07. (PUC-SP) A experiência de James P. Joule determinou que é tempo, os projetos foram aprimorados e as máquinas térmicas de Watt
necessário transformar aproximadamente 4,2 J de energia mecânica foram a base da Revolução Industrial.
para se obter 1 cal. Numa experiência similar, deixava-se cair um corpo
de massa 50 kg, 30 vezes de uma certa altura. O corpo estava preso a Para que a máquina térmica funcione. uma T1
uma corda de tal maneira que, durante sua queda, um sistema de pás substância, dita trabalhante, realiza ciclos entre
era acionado, entrando em rotação e agitando 500 g de água contidos duas temperaturas constantes. A de maior tem- Q1
num recipiente isolado termicamente. O corpo caía com velocidade peratura é chamada fonte quente e a de menor
praticamente constante. Constatava-se, através de um termômetro temperatura é chamada fonte fria. M W
adaptado ao aparelho, uma elevação total na temperatura da água de
14º C. Determine a energia potencial total perdida pelo corpo e de que A substância trabalhante funciona como um Q2
altura estava caindo. Despreze os atritos nas polias, no eixo e no ar, e veículo que transporta a energia térmica da
T2
considere g = 9,8 m/s2. fonte quente para a fonte fria. Durante o pro-
a) Ep = 7000 J e h = 0,5 m b) Ep = 29400 J e h = 2 m cesso, parte dessa energia térmica é utilizada para realizar trabalho. O
c) Ep = 14700 J e h = 5 m d) Ep = 7000 e J h = 14 m resto segue para a fonte fria. Ou seja, a máquina térmica converte calor
e) Ep = 29400 J e h = 60 m em trabalho.

08. (UFPE/UFRPE) Um revólver dispara uma bala de chumbo de massa P


Chamaremos de Q1 a quantidade de calor
igual a 10 g e velocidade de 250 m/s contra um bloco de madeira, cuja que foi fornecida pela fonte quente, Q2 a
massa, comparada com a da bala, é praticamente infinita. Suponha que quantidade de calor que chega à fonte fria
B
toda a energia cinética da bala foi transformada em energia calorífica e e W o trabalho realizado.
W>0
que esta energia foi utilizada exclusivamente para aquecer a bala. Nes- A
tas condições, pode-se concluir que a variação de temperatura sofrida Lembre-se que, para que o trabalho reali-
pelo projétil foi em ºC, aproximadamente: (Dado: cPb = 0,031 cal/g ºC e zado por um sistema que opera em ciclos
1 cal = 4,18 J.) possua valor positivo, o ciclo deve ocorrer
V
FÍSICA III

a) 251 b) 231 c) 221 d) 261 e) 241 no sentido horário.


Rendimento
09 . (UFPE/UFRPE) No ciclo p(105N/m2)

A B
3,0
mostrado no diagrama pV da figura Definimos o rendimento “r” de uma máquina térmica como sendo a razão
abaixo, a transformação AB é isobá- entre o trabalho W executado pelo ciclo e o calor Q1 cedido pela fonte
C
rica, a BC é isolvolumétrica e a CA é quente. Como o trabalho realizado é a diferença entre os calores Q1 e
A
adiabática. Sabe-se que o trabalho Q2, temos:
0,2 1,0 V(10-3m3)
realizado sobre o gás na compres- r = W / Q1
são adiabática é igual a WCA = - 150 J. Determine a quantidade de calor W = Q1 – Q2 � r = (Q1 – Q2) / Q1
total Qtot absorvido pelo gás durante um ciclo, em joules. W = 1 – (Q2 / Q1)

10. (UFPE/UFRPE) Uma certa p(atm)

C D
Máquinas Frigoríficas
quantidade de gás ideal contida 5,0
4,0
em um sistema, constituído de Nós sabemos que o sentido espontâneo do fluxo
3,0
T1
um cilindro com êmbolo sem 2,0
B A
de calor é “do corpo mais quente para o corpo
atrito, sofre uma transformação 1,0
mais frio”. O objetivo das máquinas frigoríficas
Q1
termodinâmica ABCDA, indicada 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 V(L) é fazer justamente o inverso: elas recebem
no diagrama da figura. O sistema está isolado termicamente da vizinhan- energia do sistema e fazem o calor fluir do corpo
M W
ça, exceto a base do cilindro que está em contato com uma fonte térmica mais frio para o mais quente.
com a qual pode trocar calor durante o processo. Calcule a quantidade
Q2
de calor trocada durante a transformação, em unidades de atm x L. Note que a máquina frigorífica converte trabalho
em calor: quando ela opera, recebe trabalho e, T2
assim, retira Q2 da fonte fria e rejeita Q1 para a
fonte quente, sendo válida a relação Q1 = Q2 + W.

10
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

P
Note também, que o trabalho é exercido O resultado acima deixa claro que o rendimento da máquina de Carnot
pelo sistema sobre a substância trabalhan- depende apenas das temperaturas T1 e T2 e não depende da substância
B
te. Logo, ele tem módulo negativo, e o ciclo trabalhante.
W<0
ocorre no sentido anti-horário: A
Note, também, que um rendimento de 100% de uma máquina térmica
Definimos, analogamente ao rendimento da implicaria T2 = 0 K. A impossibilidade expressa pela Segunda Lei da
máquina térmica, a eficiência da máquina V Termodinâmica reflete a impossibilidade de um sistema físico de atingir
frigorífica. Matematicamente, ela é expressa por: a temperatura de 0 K, o zero absoluto.

e = Q2 / W ENTROPIA

SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA Entropia é uma grandeza matemática que mede a desordem, a aleato-
riedade de um sistema. Fisicamente, a entropia representa o número de
Do ponto de vista operacional, uma máquina térmica ideal seria aquela combinações em que os componentes de um determinado sistema físico
que fornecesse o máximo de trabalho para uma determinada quantidade podem ser rearrumados sem que sua “aparência” geral seja alterada.
de calor fornecida. Ou seja, seria aquela em que W = Q1 e, portanto,
Q2 = 0. Dessa condição, teríamos que para uma máquina térmica ideal, Imagine, por exemplo, seu quarto. Ele pode estar todo organizado, com
r = 1. a cama forrada, os CD’s e livros organizados etc., estando com baixa
entropia. Ou pode estar totalmente desorganizado, com alta entropia.
Lembre-se, no entanto, que para que a máquina funcione, a energia
térmica deve fluir entre as fontes. Em outras palavras: se nenhuma A Segunda Lei da Termodinâmica, pode, então, ser expressa da seguinte
quantidade de calor fosse cedida à fonte fria, a máquina não funcionaria. maneira:
Tal impossibilidade motiva o enunciado de Kelvin-Planck da Segunda
Lei da Termodinâmica: A entropia do universo aumenta continuamente.

“É impossível construir uma máquina térmica que, operando em A entropia tem um papel fundamental na teoria termodinâmica. Enquanto
ciclos, tenha como único efeito transformar completamente em a Primeira Lei da Termodinâmica nos diz quais processos podem, ou
trabalho a energia térmica recebida de uma fonte quente.” não, ocorrer, a formulação da Segunda Lei da Termodinâmica em ter-
mos da entropia nos permite dizer quais são os processos que devem
Tal enunciado funciona muito bem do ponto de vista da engenharia. ocorrer naturalmente. Por exemplo: do ponto de vista da Primeira Lei
Mais à frente, iremos tratar sobre entropia e teremos uma nova visão da Termodinâmica, não existe nenhum impedimento para que os cacos
da Segunda Lei da Termodinâmica. de um copo de vidro quebrado voltem a se arrumar e formar um copo
espontaneamente. No entanto, nossa experiência prática nos diz que isso
CICLO DE CARNOT não ocorre. De fato, diversos cacos apresentam uma desordem maior,
e, portanto, uma entropia maior. Se eles se rearrumassem formando,
Coube ao engenheiro francês Nicolas Carnot (1796-1832) derrubar a espontaneamente, um copo, eles iriam de encontro à Segunda Lei.
crença vigente à época de que era possível se obter um rendimento de
100% ou algo próximo à esse valor numa máquina térmica. Você pode, então, se perguntar: ora, eu posso muito bem arrumar meu

FÍSICA III
quarto bagunçado e, então, diminuir sua entropia. Isso não contraria a
Para tal, Carnot propôs um ciclo termodinâmico ideal reversível. Uma Segunda Lei da Termodinâmica? A resposta é: não! Para você organizar
máquina térmica operando nesse ciclo, chamada máquina de Carnot, seu quarto, você realizou trabalho, consumiu energia, desorganizando
entre as temperaturas T1 da fonte quente e T2 da fonte fria, tem o rendi- complexas cadeias de proteínas de seu corpo. Você suou e agitou o ar
mento máximo possível para uma máquina térmica operando entre T1 de seu quarto. Como resultado, apesar de a entropia do quarto diminuir,
e T2. Tal rendimento independe da substância trabalhante. a entropia do universo aumentou.

O ciclo proposto por Carnot está representado abaixo: Podemos extrapolar isso e enunciar a Segunda Lei de uma outra forma:

Ele consiste de quatro transformações P A


termodinâmicas: isotérmica “A energia utilizável diminui à medida que ocorre a evolução do
• Expansão isotérmica AB à tempera- B universo”.
tura T1; Adiabática

• Expansão adiabática BC; D Adiabática Esse enunciado é conhecido como o Princípio da Degradação de Ener-
• Compressão isotérmica CD à tempe- isotérmica gia. Uma conseqüência de tal enunciado é que, num futuro distante,
C
ratura T2; todos os processos físicos, químicos e biológicos cessarão, atingindo
• Compressão adiabática DA V uma situação limite conhecida como “Morte Térmica” do universo.

Através do uso de integrais é possível demonstrar que, no ciclo de Variação de entropia


Carnot, (Q1/Q2) = (T1/T2). Substituindo esse resultado na equação de
rendimento, obtemos: O sentido de processos irreversíveis é imposto pela variação da en-
tropia ∆S do sistema. Assim, podemos enunciar o seguinte postulado
r = 1 – (Q2 / Q1) = 1 – (T2 / T1) da Entropia:

11
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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Se um processo irreversível ocorrer em um sistema fechado, a Podemos representar matematicamente a segunda lei da termo-
entropia S do sistema sempre aumenta. dinâmica pela expressão: ∆S ≥ 0
(Hallyday, Resnick)

No mundo real, quase todos os processos são até certo ponto irrever-
Enquanto a energia de um sistema fechado se conserva, a entropia síveis por causa do atrito, da turbulência e de outros fatores, portanto
sempre aumenta para processos irreversíveis. A entropia não respeita a entropia de sistemas fechados reais passando por processos reais
uma lei de conservação. sempre aumenta.
A variação de entropia de um sistema pode ser definida a partir:
I. da temperatura do sistema e da energia que o sistema ganha ou Em um motor ideal, todos os processos são reversíveis. Portanto, no
perde; ciclo de Carnot, durante as transformações adiabáticas não há variação
II. da contagem dos modos em que os átomos ou moléculas, que formam de entropia. Como há duas transferências de energia reversíveis sob a
o sistema, podem ser dispostas. forma de calor, há duas variações de entropia da substância de trabalho
– uma à temperatura Ta e uma à temperatura Tb.
A variação de entropia de um sistema durante um processo que conduz
o sistema de um estado inicial i para um estado final f é definida mate- QA QB
∆S = ∆S A + ∆S B = −
maticamente como: TA TB
Tf dQ
∆S = S f − S i = ∫
Ti
T Nesta equação, o primeiro termo é positivo pois a energia Q A é
fornecida à substância de trabalho (havendo aumento de entropia) e
onde: o segundo termo é negativo, pois a QB é retirada da substância de
Q é a energia transferida sob a forma de calor, podendo ser calor sen- trabalho sob a forma de calor.
sível ou latente, para dentro do sistema ou saindo do sistema durante Como a entropia é uma função de estado, no ciclo completo,
o processo;
QA QB
T é a temperatura do sistema em kelvins; ∆S = 0 ⇒ = .
TA TB
A variação de entropia tem o mesmo sinal de Q. No SI, a unidade da Como TA > TB ⇒ Q A > QB , ou seja, mais energia é extraída sob a
variação de entropia é J/K. forma de calor da fonte de maior temperatura do que é liberada para
reservatório em baixa temperatura.
A variação de entropia é função de estado, logo depende apenas
do estado final e inicial, não importando a trajetória seguida du- Eficiência de um motor de Carnot
rante o processo.
A eficiência de um motor de Carnot é definida como o trabalho que o
Para um processo isotérmico, temos: motor realiza por ciclo dividida pela energia que ele absorve sob a forma
1 Tt Q de calor por ciclo:
T ∫Ti
∆S = S f − S i = dQ =
T τ Q A − QB QB TB
ε= = = 1− ou ε = 1−
QA QA QA TA
Exemplo: Um mol de gás nitrogênio está confinado no lado esquerdo
do recipiente. Abre-se a válvula e o volume do gás passa a ser o dobro.
FÍSICA III

Calcule a variação de entropia para este processo irreversível. Podemos concluir que o motor de Carnot possui uma eficiência térmica
Solução: menor do que 100%. Ou seja, não existem motores perfeitos.
Como a variação de entropia é uma função de estado, pouco importa o
processo que usemos para levar o gás do estado inicial para o estado Entropia no mundo real: refrigeradores
final. Assim, consideremos um processo reversível que forneça a mesma
variação de volume. A outra informação valiosa é que a temperatura do Em um refrigerador ideal, todos os processos são reversíveis, retirando
gás não varia na expansão livre. calor da fonte fria em troca de um trabalho realizado pela substância.
Para uma expansão reversível isotérmica, temos:
Vf O coeficiente de desempenho do refrigerador Carnot é:
Q = nRIn
Vi QB QB TB
ε refrigerador = = =
τ Q A − QB TA − TB
na qual n é o número de moles do gás presente. A variação de entropia
para este processo é:
Vf Para aparelhos de ar condicionado comuns o coeficiente de desempenho
nRTIn  
Q  Vi  V  é aproximadamente 2,5, enquanto as geladeiras domésticas é próximo
∆Srev = = = nRIn  f  = 1,0x8,31xIn 2 = +5,76 J / K
T T  Vi  a 5,0. O valor do coeficiente é tão mais alto quanto mais próximas uma
da outra estiverem as temperaturas dos dois reservatórios.
A Segunda Lei da Termodinâmica
Matematicamente, a variação de entropia num processo onde a variação
A entropia pode diminuir em parte de um sistema fechado, mas sempre de temperatura seja desprezível é dada pela expressão:
haverá um aumento igual ou maior de entropia em outra parte do sistema,
de modo que a entropia do sistema como um todo nunca diminui. ∆S = Q / T

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Questões Resolvidas 04 . (VUNESP) Examine as seguintes afirmações:


I . A energia mecânica pode ser transformada totalmente em calor.
II. O calor pode ser transformado totalmente em energia mecânica.
III. O calor de um gás ideal depende apenas de sua temperatura.
01.(PUC-MG/modificada) Uma máquina térmica teórica retira 1000 J da IV. O calor cedido a um gás se converte em energia interna e em energia
fonte quente e rejeita 650 J para a fonte fria. Qual o rendimento dessa mecânica se a expansão é permitida.
máquina? V. A energia cinética media das moléculas de um gás ideal depende
Solução: apenas da temperatura e da densidade.
Temos que r = 1 – (Q2 / Q1) = 1 – (650/1000) = 0,35 = 35%. VI. O calor específico a pressão constante é sempre maior que o calor
especifico a volume constante em qualquer gás.
02.(VUNESP) Uma geladeira retira, por segundo, 1000 kcal do con- Assinale a alternativa em que todas as afirmações são corretas:
gelador, enviando para o ambiente 1200 kcal. Considere 1 kcal = 4,2 kJ. a) I, III e V b) I, IV e VI c) II, IV e VI
Qual a potência do compressor da geladeira? d) I e V e) V e VI
Solução:
Sabemos que, numa máquina frigorífica: 05. (UFPE/UFRPE) O diagrama P x V dado 5,0 x 10 5
P(N/m2)

W = Q1 – Q2 = 1200 – 1000 = 200 kcal = 840 kJ representa o ciclo de uma máquina térmica,
Logo Pot = W / t = 840 / 1 = 840 kW. cujo rendimento é de 60%. Determine a
quantidade de calor que ela absorve da fonte
03.(PUC-MG/modificada) Uma máquina térmica opera entre duas
2,0 x 105

quente, em unidades de 104 J. 0,20 0,40 0,60 V(m3)

temperaturas T1 e T2. Pode-se afirmar que seu rendimento:


a) máximo pode ser 100%. 06. (UFPE/UFRPE) O diagrama P x V P(N/m2)
b) pode ser maior que 100%. representa o ciclo de uma máquina tér-
4,0 x 105
c) nunca será inferior a 80%. mica. O calor absorvido da fonte quente,
d) será máximo se operar em ciclos. em um ciclo, é igual a 1,0 x 105 J.
e) máximo vale 1 – (T2/T1) Qual o rendimento térmico dessa má- 1,0 x 105
Solução: quina, em %?
0,20 0,50 V(m3)
Sabemos que o rendimento máximo de uma máquina térmica que opera
entre as temperaturas T1 e T2 é o rendimento da máquina de Carnot,
que vale 1 – (T2/T1). Questões de Vestibulares
ALTERNATIVA E.

01. (UFV) De acordo coma Segunda Lei da Termodinâmica, a entropia


do Universo.
Questões Propostas
a) não pode ser criada nem destruída.
b) acabará transformada em energia.
c) tende a aumentar com o tempo.
01. Em cada ciclo de uma maquina térmica, 1/5 da energia fornecida d) tende a diminuir com o tempo.

FÍSICA III
é convertida em 50 J de trabalho útil. e) permanece sempre constante.
Sendo 5 Hz a freqüência com que os ciclos são realizados, determine:
a) potência útil dessa maquina térmica; 02. (MACKENZIE) Um motor térmico funciona segundo o ciclo de
b) o rendimento dessa máquina; Carnot. A temperatura da fonte quente é 400 K e a fonte fria é 300 K.
c) as quantidades de calor trocadas com as fontes quente e fria. Em cada ciclo o motor recebe 600 cal da fonte quente. A quantidade de
calor rejeitada para a fonte fria em cada ciclo e o rendimento do motor
02. É possível construir um motor térmico entre as temperaturas de valem respectivamente:
127°C e 227°C, que forneça uma potencia de 200W a partir de 400 W a) 400 cal e 50% b) 300 cal e 25% c) 600 cal e 50%
recebidos da fonte quente? d) 450 cal e 50% e) 450 cal e 25%

03. (UFPA) A Segunda Lei da Termodinâmica pode ser encarada como 03. (FAAP) Quando certa máquina a vapor desenvolve uma potência
um principio de degradação da energia porque: útil de 7 kW, recolhem-se 5 kcal por segundo no seu condensador, que
a) o calor não pode passar espontaneamente de um corpo para o outro está a 25°C.
de temperatura mais baixa que o primeiro. a) Calcular o rendimento da máquina.
b) para produzir trabalho, continuamente, uma máquina térmica, ope- b) Sabendo-se que esse rendimento é igual 9/10 do rendimento térmico
rando em ciclos, deve necessariamente receber calor de uma fonte máximo, qual é a temperatura da caldeira?
Dar a resposta em graus Celsius e adotar 1 cal = 4,2 J.
fria e ceder parte dele a uma fonte quente.
c) é possível construir uma maquina, operando em ciclos, cujo único
efeito seja retirar calor de uma fonte e converte-lo em uma quantidade 04.(ITA) Uma máquina térmica reversível opera entre dois reservató-
equivalente de trabalho. rios térmicos de temperaturas 100°C e 127°C, respectivamente, gerando
d) é impossível se converter totalmente calor em outra forma de energia. gases aquecidos para acionar uma turbina. A eficiência dessa máquina
e) a Termodinâmica independe de qualquer teoria atômico-molecular. é melhor representada por:
a) 68% b) 6,8% c) 0,68% d) 21% e) 2,1%

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

05. (UFV) Nas figuras 1 e 2 abaixo temos a ilustração de uma maquina a) 1,8 × 104 J ; 5,0 × 104 J ; 3,2 × 104 J
térmica e sua respectiva representação esquemática. b) 3,0 × 104 J ; zero ; zero
Calor c) 3,0 × 104 J ; zero ; 3,0 × 104 J
α

A
d) 5,0 × 104 J ; 2,0 × 104 J ; zero
C
e) 5,0 × 104 J ; 2,0 × 104 J ; 3,0 × 104 J
β

08. (ITA) Certo gás é obrigado a per- p


Q1
γ
Calor
corre o ciclo da figura onde p representa
B p2
a pressão e V o volume. Sabe-se que, ao
figura 1
figura 2

a) Preencha a tabela a seguir, associando as partes identificadas pelas percorrê-lo, o gás absorve uma quanti- p1 v
letras A, B e C na figura 1 com os elementos identificados pelas letras dade de calor Q1. Podemos afirmar que o 0 v1 v3 v2 v
gregas �,� e γ na figura 2. rendimento r(razão entre o trabalho fornecido e a energia absorvida) do
Figura 1 Figura 2 ciclo é dado por:
A (p2 − p1 )(V3 + V2 − 2V1 ) (p2 − p1 )(V3 + V2 − 2V3 )
a) r = b) r =
B 2Q1 2Q1
C
c) r = 1 − (p2 − p1 )(V3 + V2 − 2V1) d) r = (p1 − p 2 )(V3 + V2 − 2V1 )
b) Considerando que a máquina opera, aproximadamente, segundo um 2Q1 2Q1
ciclo Carnot conforme ilustrado na figura, preencha o quadro abaixo para (p2 − p1 )(V3 + V2 − V1 )
e) r = 1 +
2Q1
cada etapa do ciclo.
Etapa Calor transferido pela
do
ciclo
Processo
(isotérmico, isovolumétrico ou adiabático
máquina (nulo, recebido
ou cedido)
09 . (PUC-SP)
a) Um inventor afirmou ter construído uma máquina térmica cujo desem-
a–b
b–c
penho atinge 90% daquele de uma máquina de Carnot. Sua máquina,
c–d que trabalha entre as temperaturas de 27°C e 327°, recebe, durante
d–e certo período, 1,2 x 104 cal e fornece, simultaneamente, um trabalho
útil de 1,0 x 104 J. A afirmação do inventor é verdadeiro? Justifique
06.(UEL) Os diagramas P-V mostrados a seguir representam três ciclos Dado: 1 cal = 4,186 J.
térmicos: os ciclos de Carnot, de Otto (relativo ao motor a gasolina) e de b) Se o trabalho útil da máquina térmica do item anterior fosse exercido
Diesel, que operam entre dois reservatórios de calor a temperaturas dife- sobre o êmbolo móvel de uma ampola contendo um gás ideal à pressão
rentes. O ciclo de Carnot opera com duas adiabáticas e duas isotermas. de 200 Pa, qual seria a variação de volume sofrida pelo gás, caso a
Num ciclo de Otto, são necessários dois processos a volume constante, transformação fosse isobárica?
isto é, duas isométricas. No ciclo Diesel, há um processo a pressão
constante, ou seja, uma isobárica e um processo isométrico. Dentre os 10. (UNICAMP) Com a instalação do gasoduto Brasil-Bolívia, quota de
ciclos a seguir, é correto p p p participação do gás natural na geração de energia elétrica no Brasil será
3 3
afirmar que os ciclos I, II 2 3 significativamente ampliada. Ao se queimar 1,0 kg de gás natural obtém-se
4
e III, representados nas 2
4
4
5,0 x 107 J de calor, parte do qual pode ser convertido em trabalho em uma
2
figuras, são respectiva- 1 1 1 usina termoelétrica. Considere uma usina queimando 7200 quilogramas de
mente: I V
II
V
III
V gás natural por hora, a uma temperatura de 1227°C. O calor não aproveitado
FÍSICA III

a) De Carnot, Diesel e Otto. b) De Otto, Diesel e Carnot. na produção de trabalho é cedido para um rio de vazão 5000 L/s, cujas águas
c) De Carnot, Otto e Diesel. d) De Diesel, Carnot e Otto. estão inicialmente a 27°C.
e) De Otto, Carnot e Diesel. A maior eficiência teórica da conversão de calor em trabalho é dada por:

07. (UFF) Se olharmos ao redor, perce- W


η = 1−
Tmin
Tmax
,sendo Tmin e Tmax
beremos como o mundo evoluiu a partir
do século XVIII e início do XIX, com a Re- Q2
as temperaturas absolutas das fontes quente e fria respectivamente,
volução Industrial. O advento da máquina, ciclo Fonte fria ambas expressas em Kelvin. Considere o calor específico da água
em suas variadas formas, alargou os hori- c = 4000J/(kg°C)
zontes do homem, proporcionando novos Q1 a) Determine a potencia gerada por uma usina cuja eficiência é metade
recursos para o desenvolvimento urbano e Fonte quente
da máxima teórica.
industrial, desde as descobertas de fontes b) Determine o aumento de temperatura da água do rio ao passar pela
de energia até a expansão de mercados e de territórios dentro e fora usina.
da Europa. O esquema representa o ciclo de operação de determinada
máquina térmica cujo combustível é um gás. Quando em funcionamento, 11. (PUCCAMP) O esquema representa Fonte quente

a cada ciclo o gás absorve calor (Q1) de uma fonte quente, realiza trabalho trocas de calor e realização de trabalho em uma T 1 =
Q1 = 4000J
mecânico (W) e libera calor (Q2) para uma fonte fria, sendo a eficiência máquina térmica. Os valores de T1 e Q2 não forma
da máquina medida pelo quociente entre W e Q1. indicados, mas deverão ser calculados durante a τ = 800J
solução desta questão. Considerando os dados
Uma dessas máquinas, que, a cada ciclo, realiza um trabalho de 3,0 × indicados no esquema, se essa máquina operas- Q2 =
T2 = 300k
104 J com uma eficiência de 60%, foi adquirida por certa indústria. Em se segundo um ciclo de Carnot, a temperatura T1,
relação a essa máquina, conclui-se que os valores de Q1, de Q2‚ e da da fonte quente seria, em Kelvins, igual a: Fonte fria

variação da energia interna do gás são, respectivamente: a) 87 b) 400 c) 525 d) 1200 e) 1500

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12. (FCC) Um inventor informa ter construído uma máquina térmica


que recebe, em certo tempo, 105 cal e fornece, ao mesmo tempo, Tópico 05
5 �104 cal de trabalho útil. A máquina trabalha entre as temperaturas de
177°C e 227°C. Nessas condições, você consideraria mais acertado o
seguintes:
a) O rendimento dessa maquina é igual ao da máquina que executa o MOVIMENTOS OSCILATÓRIOS
ciclo de Carnot.
b) O rendimento dessa máquina é superado pelo da maquina que exe- Iremos, a partir de agora, estudar o movimento oscilatório de corpos.
cuta o ciclo de Carnot. Dizemos que uma partícula está executando um movimento oscilatório
c) A afirmação do inventor é falsa, pois a máquina, trabalhando entre as quando ela se move periodicamente em torno de uma posição de equi-
temperaturas dadas, não pode ter rendimento superior a 10%. líbrio. Imagine um daqueles relógios de pêndulo. É justamente através
d) Mantendo-se as temperaturas dadas, não pode-se aumentar o ren- do movimento do pêndulo que o relógio registra a passagem do tempo.
dimento utilizando combustível de melhor qualidade. Como? Iremos descobrir a seguir.
e) Nada do que se afirma é correto.
Oscilador Massa-Mola
13 . (UFSCAR) Maxwell,
notável físico escocês da Um sistema físico que será de fundamental importância para o nosso
segunda metade do século estudo de movimentos oscilatórios será o oscilador massa-mola.
XIX, inconformado com a pos-
sibilidade da morte térmica
do Universo, conseqüência k sem atrito
M
inevitável da Segunda Lei
x
da Termodinâmica, criou o
-A x=0 +A
“demônio de Maxwell”, um ser hipotético capaz de violar essa lei. Essa
fictícia criatura poderia selecionar as moléculas de um gás que transi- Ele consiste de um bloco de massa m sobre um plano horizontal, preso a
tassem entre dois compartimentos controlando a abertura que os divide, uma mola de constante elástica k, como mostra a figura acima. Quando
como ilustra a figura. a mola não está deformada, dizemos que o bloco ocupa a posição de
Por causa dessa manipulação diabólica, as moléculas mais velozes equilíbrio x = 0. Os pontos +A e –A representam a amplitude máxima
passariam para um compartimento, enquanto as mais lentas passariam do movimento, isto é, marcam as posições máxima e mínima que o
para o outro. Se isso fosse possível, corpo ocupa em nosso sistema de referência durante a execução de
a) esse sistema nunca entraria em equilíbrio térmico. seu movimento. Iremos considerar, a princípio, que o plano é perfeita-
b) esse sistema estaria em equilíbrio térmico permanente. mente liso.
c) o princípio da conservação da energia seria violado.
d) não haveria troca de calor entre os dois compartimentos. Note que, à despeito da posição de nosso bloco, a força F que a mola
e) haveria troca de calor, mas não haveria troca de energia. exercer sobre ele sempre terá a direção do ponto x = 0. Forças que têm
a propriedade de apontar para um ponto fixo são chamadas de forças
14. (ITA)Calcule a variação de entropia quando, num processo à restauradoras.
pressão constante de 1,0 atm, se transforma integralmente em vapor

FÍSICA III
3,0 kg de água que se encontram inicialmente no estado líquido, à Movimento Harmônico Simples (MHS)
temperatura de 100°C.
Dado: calor de vaporização da água: O movimento harmônico simples é o mais importante de todos os mo-
L(v) = 5,4 x 105 cal/ kg vimentos oscilatórios por descrever de maneira bastante precisa um
grande número de oscilações encontradas na natureza.

Dizemos que uma partícula está executando um MHS quando ela está
sob a ação de uma força restauradora que tem módulo proporcional ao
afastamento da partícula do ponto de equilíbrio do movimento. Isso é
equivalente a dizer que essa partícula executa um movimento que tem
como equação horária a expressão:

x = A sen (ωt + φo)

Nessa expressão, o argumento da função seno é chamado de fase e φo


é chamado de fase inicial, ou seja, a fase para t = 0. A grandeza ω é a
freqüência angular do MHS. Observe que, como a função seno tem seu
módulo limitado à 1, o valor de x fica limitado entre – A e + A.

Podemos tirar outras conclusões da expressão acima. Nós sabemos que


o período da função seno (o tempo necessário para que ela se repita) é
2π. Assim, nossa função acima terá um período de 2π/ω. Concluímos,
portanto, que o período T do movimento é dado por T = 2π/ω. Por outro
lado, sabemos que a freqüência ƒ é definida por ƒ = 1 / T.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Assim, podemos concluir que a freqüência ƒ de um MHS é dada por


Energia Mecânica em Osciladores Harmônicos
ƒ = ω/2π, o que nos dá a relação: ω = 2πƒ.
Através de derivações, podemos obter as demais equações que des- Tomemos um oscilador harmônico com a massa na posição x = +A. Nessa
crevem um MHS: posição, a energia mecânica armazenada pela mola vale Ep = (1/2)(K A2).
Ainda nessa posição, a energia cinética Ec vale zero, pois a velocidade
v = ω A cos (ωt + φ0) da massa é nula.
e
a = - ω2 A sen (ωt + φ0) = - ω2 x Assim, a energia mecânica total do sistema pode ser expressa por:
KA ²
A última equação nos mostra que, num MHS, a aceleração é sempre E = Ec + Ep =
2
proporcional e de sentido oposto ao deslocamento.
Como não há dissipação de Energia, o valor E

A partir das equações acima, podemos fazer: da energia mecânica total no sistema é cons- EMT
tante. O que acontece é uma troca contínua
Ec
cos (ωt + φ0) = v / ω A e sen (ωt + φ0) = x / A de energia potencial e cinética. Quando a
Elevando ao quadrado: massa se afasta da posição de equilíbrio ela Ep
x
Cos2 (ωt + φ0) = [v / ω A]2 e sen2 (ωt + φ0) = [x / A]2 troca energia cinética por energia potencial. -A 0 +A
Somando as equações acima, obtemos: Quando ela se aproxima da posição de
equilíbrio o inverso acontece. A figura ilustra
v2 = ω2 (A2 – x2) essa afirmação.

De posse desses resultados, podemos fazer algumas observações sobre Pêndulo Simples
um oscilador massa-mola que realiza um movimento harmônico (um
oscilador harmônico): Um pêndulo simples é um sistema
I. A velocidade do bloco nos pontos extremos é dada por v2 = ω2 (A2 – A2) constituído por uma massa pontual m
L
� v = 0. suspensa por um fio inextensível de L θ
II. A velocidade do bloco no ponto central é dada por v2 = ω2 (A2 – 02) � massa desprezível e comprimento L, T (força de tração do fio).
v = + ωA. Tal velocidade é máxima. conforme a figura. Decompondo as
III. A aceleração do bloco nos pontos extremos é dada por a = + ω2A. forças que atuam sobre a massa, a px m (massa da esfera).
py
x
Nesses pontos ela tem módulo máximo. componente tangencial da força peso θ
IV. A aceleração do bloco no ponto central é dada por a = 0. pode ser expressa por:
Px = mg sen θ p (força peso da esfera).
Py = mg cos θ

Período de Osciladores Harmônicos Px = - mg senθ

Num oscilador harmônico, a força resultante sobre o bloco é a força F O valor é negativo porque a força atua no sentido oposto do desloca-
que a mola exerce sobre ele. De acordo com a Segunda Lei de Newton, mento da massa. O ângulo θ pode ser expresso, em radianos, por θ =
e usando o valor da aceleração num MHS, podemos escrever que: x / L. Assim:
FÍSICA III

F = ma = - m ω2 x Px = - mg sen (x/L)

No entanto, pela lei de Hooke, a força que uma mola exerce é dada por: Note que a força não é proporcional ao deslocamento x. No entanto,
para ângulos muito pequenos (até 10º), podemos aproximar sen (x/L)
F = - kx para (x/L). Assim, temos:

Igualando as expressões acima, temos que: Px = - (m g x) / L

- kx = - m ω x 2
Igualando à Segunda Lei de Newton, já com a aceleração expressa para
ω= k o MHS, e desenvolvendo:
m
Px = - (m g x) / L = - m ω2 x
Como ω = 2π/ T:

k ω2=g/L
2π/T =
m
g
ω=
Nos dando, finalmente: L
m g
T = 2π 2π / T =
k L
L
Como ƒ = 1/T, facilmente obtemos a expressão para a freqüência do T = 2π
g
oscilador harmônico:
A expressão acima determina o período de um pêndulo simples para
ƒ = (1/2π) ângulos menores que 10º. O período independe da massa do pêndulo.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Questões Resolvidas Questões de Vestibulares

01. Um oscilador harmônico simples é descrito pela equação 01. (UPE) Um relógio de pêndulo, quando funciona corretamente,
x = 4 sen (0,1t + 0,5), onde todas as grandezas estão expres- oscila uma vez a cada 2 segundo. Observou-se que está atrasando 18
sas em unidades SI. Determine a amplitude, o período, a fase segundos a cada hora.
inicial do movimento e a posição para t = 5 s.

Solução:
Podemos obter os dados diretamente da expressão. Como a expressão
geral é x = A sen (ωt + φ0), temos: A = 4 m; ω = 0,1 rad/s e φ0 = 0,5 rad.
Como T = 2π/ω, T = 2π / 0,1 = 20π . Para t = 5 s, temos x = 4 sen (0,1 x 5 +
0,5) = 4 sen (1). Usando a aproximação para pequenos ângulos, x = 4 m.

02.Considere que, no oscilador descrito acima, a constante elástica


da mola vale 0,1 N/m. Quanto vale a massa acoplada à mola? Considerando o pêndulo do relógio como um pêndulo simples, analise
Solução: as proposições como possíveis soluções para acertá-lo.

Sabemos que, para um oscilador harmônico, T = 2π m . Assim,


K I II
igualando ao valor obtido no item anterior:
0 0 Aumentar o período do pêndulo
20π = 2π m � 10 = m � 100 = m / 0,1 � m = 10 kg. 1 1 Diminuir o período do pêndulo
0,1 0,1 2 2 Deslocar a massa do pêndulo para baixo
3 3 Deslocar a massa do pêndulo para cima
03. Considere um relógio de pêndulo, cujo pêndulo possui 0,4 m de 4 4 Aumentar a massa do pêndulo
comprimento. Quantas oscilações o pêndulo precisará realizar para que
o relógio registre a passagem de 1 minuto? (Considere π = 3). 02. (UFPE/UFRPE) Um bloco de x(cm)
Solução: massa m = 100g oscila ao longo de +5,0
L uma linha reta na horizontal, em mo-
Sabemos que o período de um pêndulo é dado por: T = 2π . Assim,
g vimento harmônico simples, ligado
0,08 0,16 0,32
para o nosso pêndulo: T = 2 x 3 x 0 ,4 = 6 x 0,2 = 1,2 s. Assim, serão
0 0,24 t(s)
a uma mola de constante elástica
10 k = 1,6 x 10² N/m. Um gráfico da -5,0
necessárias 60/1,2 = 50 oscilações.
posição x do bloco em função do
tempo t é mostrado na figura.
Determine a aceleração máxima do bloco, em m/s².
a) 10 b) 20 c) 40 d) 60 e) 80

Questões Propostas 03 . (UFPE/UFRPE) Um objeto de k


M

FÍSICA III
massa M = 0,5 kg, apoiado sobre uma
superfície horizontal sem atrito, está preso
a uma mola cuja constante de força elástica é K = 50 N/m. O objeto é
01. (VUNESP) A partir do gráfico a seguir, que apresenta as posições puxado por 10 cm e então solto, passando a oscilar em relação à posição
ocupadas por um móvel em função do tempo quando oscila em movi- de equilíbrio. Qual a velocidade máxima do objeto, em m/s?
mento harmônico simples, determine: a) 0,5 b) 1,0 c) 2,0 d) 5,0 e) 7,0
x(m)

0,10 04. (ITA) Uma partícula em movimento harmônico simples oscila com fre-
qüência de 10 Hz entre os pontos L e -L de uma reta. No instante t1 a partícula
0 1 2 3 t(s) está no ponto √3.L/2 caminhando em direção a valores inferiores, e atinge
-0,10 o ponto - √2.L/2 no instante t2. O tempo gasto nesse deslocamento é:
a) 0,021 s b) 0,029 s c) 0,15 s
d) 0,21 s e) 0,29 s
a) a freqüência e a amplitude do movimento;
b) os instantes, durante os três primeiros segundo, em que a velocidade 05.(ITA) Uma nave espacial está circundando a Lua em uma órbita
se anulou. circular de raio R e período T. O plano da órbita dessa nave é mesmo

02. (MACKENZIE) Uma partícula realiza um MHS (movimento har- que o plano da órbita da Lua ao redor da Terra. Nesse caso, para um
observador terrestre, se ele pudesse enxergar a nave (durante todo o
π π 
mônico simples) segundo a equação = 0,2cos  2 + 2 t  , no SI. A partir tempo), o movimento dela, em relação à Lua, pareceria:
 
a) um movimento circular uniforme de raio R e período T.
da posição de elongação máxima, o menor tempo que esta partícula
b) um movimento elíptico.
gastará para passar pela posição de equilíbrio é: c) um movimento periódico de período 2T
a) 8 s. b) 4 s. c) 2 s. d) 1 s. e) 0,5 s. d) um movimento harmônico simples de amplitude R.
e) diferente dos citados acima.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

06. (UFRGS) Dois corpos de massa diferentes, cada um preso a uma 11. (UPE) As ondas eletromagnéticas, captadas pelos rádios, televisores,
mola distinta, executam movimentos harmônicos simples de mesma celulares, radares e outros equipamentos, são consideradas ondas harmô-
freqüência e têm a mesma energia mecânica.Neste caso: nicas. Uma onda harmônica, em uma corda, tem amplitude de 15,0 mm,
a) o corpo de menor massa oscila com menor período. comprimento igual a 2,5 m e velocidade de 5,0 m/s.
b) o corpo de menor massa oscila com maior período. Pode-se afirmar para essa onda que o período, a freqüência e a freqüência
c) os corpos oscilam com amplitudes iguais. angular valem respectivamente
d) o corpo de menor massa oscila com menor amplitude. a) 0,5 s, 2,0 Hz e 4π rad/s. b) 2,0 s, 1,0 Hz e π rad/s.
e) o corpo de menor massa oscila com maior amplitude. c) 1,0 s, 1,0 Hz e 2π rad/s. d) 10,0 s, 0,1 Hz e π rad/s.
e) 0,5 s, 1,0 Hz e 2π rad/s.
07.(UEPG) O Movimento Harmônico Simples (MHS) é um movimento
periódico oscilatório no qual uma partícula está sujeita a uma força do tipo 12. (UPE) Um dos esportes radicais – o “bungee jumping” – utiliza a
F = – kx, sempre orientada para a posição de equilíbrio. Pela definição corda elástica para saltos de pessoas. Uma massa de 100,0g vibra sem
apresentada, assinale o que for correto. atrito, presa verticalmente a um elástico de massa desprezível, de modo
(01) O movimento periódico de uma partícula pode, sempre, ser expresso que o período desse movimento é de 2,0s. Considere π � 3.
em função de senos e co-senos. A constante elástica da corda é de
(02) No MHS o período e a freqüência independem da amplitude do a) 1,0 N/m. b) 0,7 N/m. c) 0,9 N/m
movimento. d) 1,2 N/m. e) 0,5 N/m.
(04) No MHS, quando o deslocamento é máximo, em qualquer sentido,
a velocidade é nula, o módulo da aceleração é máximo, a energia 13. (UPE) Existem vários modelos para explicar o comportamento
cinética é nula e a energia potencial é máxima. dos átomos. O Modelo de Bohr é o mais simples para explicar algumas
(08) A energia mecânica total de uma partícula em MHS não é constante, propriedades do átomo de hidrogênio. No modelo de Bohr do átomo de
porém é proporcional ao quadrado da amplitude. hidrogênio, um elétron (q = - e) circunda um próton (q = + e) em uma
(16) Uma partícula executando um MHS é denominada oscilador har- órbita de raio R. Qual a velocidade do elétron nessa órbita?
mônico simples. Considere K como a constante da lei de Coulomb e m a massa do
elétron.

08. (UNICAMP) Um relógio de pêndulo marca o tempo corrente quando


funciona à temperatura de 30°C, seu período aumenta devido à dilatação
da haste do pêndulo.
a) Ao final de 24 horas operando a 30°C, o relógio atrasa 8,64 s.
Determine a relação entre os períodos T30 a 30°C e T20 a 20 °C, isto
é, T30 .
T20

b) Determine o coeficiente de expansão térmica linear do material do qual


é feita a haste do pêndulo. Use a aproximação: (1,0001)² = 1,0002
Tópico 06
09.(ITA) Sobre um sistema de coordenadas XY efetuam-se dois mo-
vimentos harmônicos simples, representados por:
FÍSICA III

x = a cos ωt e y = √3.sen ωt, onde a e ω são constantes positivas. Obtenha


a equação da trajetória que é p lugar dos pontos (x,y) no plano. ONDAS
a) Círculo.
b) Elipse com centro na origem. Uma forte explosão pode ser ouvida a uma grande distância de sua
c) Reta inclinada de 60 º com o eixo x. origem. Uma pequena lâmpada, ao ser acesa, pode iluminar um grande
d) Elipse com um foco na origem. cômodo. O que essas situações possuem em comum é o fato de serem
e) Reta inclinada de 120 º com o eixo x. eventos que ocorreram em um ponto do espaço e se propagaram através
deste, sendo percebidos em outro ponto. São exemplos de movimentos
10. (AFA) Considere o sistema apresentado ondulatórios.
na figura ao lado formado por um conjunto de
três molas ideais e de constantes elásticas Se atirarmos um objeto na água ou balançarmos uma das extremidades
iguais acopladas em paralelo e ligadas por de uma corda esticada, veremos a formação de outros exemplos de
meio de uma haste de massa desprezível ondas.
a um segundo conjunto, formado por duas
massas M e m, tal que M = 2m. Considere, Ondas são fenômenos da natureza que transportam energia através de
ainda, que o sistema oscila verticalmente em um meio sem que ocorra transporte do meio.
MHS (movimento harmônico simples) com freqüência f1.
Se o fio ideal que une a massa m ao sistema for cortado simultaneamente Estudo Qualitativo
com a mola central da associação de molas, o sistema passará a oscilar
com uma nova freqüência f2, tal que a razão f2/f1 seja Classificação das Ondas

a)1 b) d) c) 2 Um passo importante para conhecermos as ondas é classificá-las. Po-


demos fazer a classificação das ondas, basicamente, através de dois
critérios.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Características Físicas A figura representa uma onda sonora, que é um exemplo clássico de
onda longitudinal. Quando falamos, as moléculas do ar se movimentam
Podemos classificar as ondas, quanto à sua natureza física, em eletro- na mesma direção de propagação do som, gerando área de alta con-
magnética e mecânica. centração de molécula e área de rarefação.

Ondas Eletromagnéticas

Disposição normal da mola


Ondas eletromagnéticas são ondas que decorrem da variação de um
Empurre
campo elétrico e de um campo magnético. Elas podem se propagar em Puxe
determinados meios materiais e também podem se propagar no vácuo,
isto é, as ondas eletromagnéticas não dependem de um meio para se Compressão Rarefação

propagar. Outro exemplo clássico de onda longitudinal ocorre se nós aplicarmos


um pulso numa extremidade de uma mola, em seu sentido longitudinal.
y
As partículas da mola passam a oscilar na mesma direção da propa-
 gação da onda.
E

λ
Ondas Transversais
z

Nas ondas transversais, as vibrações ocorrem na direção perpendicular


x
à direção de propagação da onda.

Um exemplo clássico de onda transversal são as ondas eletromagnéticas.


São exemplos de ondas eletromagnéticas as ondas de rádio, televisão, Outro exemplo são as ondas que surgem numa corda esticada quando
microondas, raios X. nela aplicamos um pulso.

Um fato notável sobre as ondas eletromagnéticas, é que todas elas se des-


locam no vácuo com a velocidade da luz, aproximadamente 3 x 108 m/s. Em
outros meios materiais sua velocidade é menor.

Ondas Mecânicas

Ondas mecânicas são ondas que, ao contrário das ondas eletromagné-


ticas, necessitam de um meio material para se propagar. A propagação Na figura a seguir representamos os dois tipos de onda aqui apresen-
se dá através de transferência de energia entre os pontos do meio. tados: a onda longitudinal que se propaga na mola e a onda transversal
que se propaga na corda.

Uma pedra, ao cair no lago, faz surgir na água uma onda mecânica. FÍSICA III
Outros exemplos de ondas mecânicas são as ondas geradas quando Se uma onda mecânica é cons-
balançamos uma das extremidades de uma corda esticada. tituída de vibrações transversais
e longitudinais simultaneamente,
Direção de Oscilação dizemos que ela é uma onda mista.
É o caso das ondas do mar.
Também podemos classificar as ondas quanto à relação entre a dire-
ção de oscilação e a direção de propagação da onda. Segundo esse
critério, as ondas podem ser classificadas em longitudinais, transversais Frente e Raio de Onda
e mistas.
Os conceitos de frente de onda e
Ondas Longitudinais raio de onda serão importantes para
o estudo das ondas.
Nas ondas longitudinais, as
oscilações das partículas do Imagine uma cuba contendo água, Frente de onda
Raio
meio se dão na mesma di- sobre a qual caem gotas, sempre no
reção de propagação das mesmo ponto da superfície da água,
ondas. gerando ondas bidimensionais.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

A circunferência mais externa, ou seja, a fronteira entre a região que já Relação de Taylor
foi atingida pela onda e a região que ainda não foi atingida pela onda é
chamada de frente de onda. Imagine uma corda, de comprimento L e massa m, esticada, de tal forma
que sofra uma força de tensão de valor T. Nós definimos a densidade
O raio de onda é a linha ao longo do qual a frente de onda se propaga. linear de massa da corda como sendo a razão entre sua massa m e seu
Chamamos de isotrópico o meio em que a velocidade de propagação comprimento L.
de uma onda é a mesma em qualquer direção. Nesse tipo de meio, os μ=m/L
raios de onda são sempre linhas retas perpendiculares às superfícies
de onda. A relação de Taylor é uma expressão que permite o cálculo da veloci-
dade de propagação de uma onda numa corda tensionada. Tal relação
Estudo Quantitativo é dada por:

T
Até agora, estudamos as ondas de uma maneira qualitativa. A partir de v=
µ
agora, daremos início ao estudo quantitativo das ondas.
Essa relação considera a corda como sendo unidimensional. No entanto,
Grandezas Associadas nós sabemos que uma corda real possui três dimensões. Definimos,
então, a densidade volumétrica:
Para realizarmos o estudo das ondas, necessitamos, primeiramente,
identificar os parâmetros que caracterizam uma onda, isto é, as grandezas ρ=m/V
associadas à onda.
Podemos supor, então, que a corda é um cilindro. Como sabemos, o
No estudo das ondas, trabalharemos, sobretudo, com quatro grandezas: volume do cilindro é dado por V = Lπ r2, onde r representa o valor do raio
freqüência (f), período (T), amplitude (A) e comprimento de onda (λ). O da secção reta do cilindro, assim:
conceito de tais grandezas nos é familiar do estudo dos MHS. Teremos,
portanto, apenas que adaptá-los para o estudo das ondas. Tais conceitos ρ = m / L π r2
são válidos para qualquer y
onda periódica. No entanto, comprimento da onda O que nos dá:
+A
ilustraremos nosso estudo m = ρ L π r2
com uma onda transversal.
x Usando esse valor no cálculo de μ:
Na figura, podemos visuali-
zar as principais grandezas -A μ = ρ π r2 L / L
associadas às ondas. μ = ρ π r2

• Amplitude: Lembrando do MHS, sabemos que a amplitude é o limite Finalmente, podemos utilizar esse resultado na Relação de Taylor:
entre o qual o sistema oscila. Na figura acima, o valor da amplitude é
representado por +A e –A. Se a energia da onda não é dissipada, o
valor da amplitude é constante.
FÍSICA III

• Comprimento de Onda: Os pontos do gráfico onde y = + A são cha-


mados de cristas e os pontos onde y = -A são chamados de vales. O Cinemática de uma Onda
comprimento de onda é medido como sendo a distância entre duas
cristas consecutivas (ou dois vales consecutivos). Imagine que apliquemos um pulso numa das extremidades de uma corda
tensionada, gerando sobre ela uma onda periódica com velocidade de
• Período: O período de uma oscilação é o tempo necessário para propagação v. A extremidade em que aplicamos o pulso realizará um MHS
que a oscilação se repita. Na figura acima, ela é representada pelo na direção transversal à direção de propagação da onda, com amplitude
tempo necessário para que dois vales (ou duas cristas) consecutivos A igual à amplitude da onda, com equação:
ocorram.
y = A cos (ωt + φ0)
• Freqüência: A freqüência de uma onda representa o número de osci-
lações que ele realiza numa unidade de tempo. Após um intervalo de tempo ∆t = x / v , um outro ponto da corda, distante
x de sua extremidade, também entrará num MHS. Note que, se não
Velocidade de Propagação houver dissipação de energia, tal MHS terá a mesma amplitude A, no
entanto estará defasada de ∆t, tendo, portanto, a equação:
Do estudo da cinemática, sabemos que a velocidade é definida como
sendo a razão entre o espaço percorrido e o tempo gasto para percorrê- y = A cos (ω (t - ∆t) + φ0)
lo. Por definição, o período da onda é o tempo gasto para que dois vales
consecutivos ocorram, ou seja, é o tempo necessário para que a onda Nós sabemos que ω = 2π f e ∆t = x / v. Usando essas relações, podemos
percorra um comprimento de onda. Assim, obtemos a expressão: fazer:
y = A cos [ (2π ) ( f t – x/v ) + φ0]
V=λ/T=λf
A expressão acima é a equação de uma onda transversal.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

λ (cm) f(Hz) v(cm/s)


Questões Resolvidas
a) 10 0,25 2,5
b) 10 4,0 40

01. Em uma corda de 0,1 m de comprimento é preso um corpo de c)


d)
40
80
2,5
4,0
100
320
massa m = 100 g. A outra extremidade da corda é presa ao teto de
e) 80 2,5 200
um laboratório. Qual a velocidade de propagação de uma perturbação
aplicada nessa corda? 03. (UFRN) As figuras I e II representam fotografias de duas cordas
Solução: idênticas em que se propagam ondas de mesma freqüência:
Basta usarmos a Relação de Taylor. Por ela:

Sabemos que T = m.g = 0,1 x 10 = 1 N, e que


μ = m / L = 0,1 / 0,1 = 1 kg/ m.

Assim:

02. (ITA) A faixa de emissão de rádio em freqüência modulada, no


Brasil, vai de, aproximadamente, 88 MHz a 108 MHz. A razão entre o
maior e o menor comprimento de onda desta faixa é: Sejam VI e VII, respectivamente, os módulos das velocidades das ondas
a) 1,2 b) 15 c) 0,63 d) 0,81 representadas nas figuras I e II. A razão VI / VII é:
e) impossível calcular não sendo dada a velocidade de propagação a) 1/4 b) 1/2 c) 1
da onda d) 2 e) 4
Solução:
Sabemos que v = λ f, ou seja, λ = v/f. 04 . A equação de uma onda mecânica transversal é expressa por:
Sendo f1 = 88. 106 Hz e f2 = 108. 106 Hz, temos que f1 < f2 ⇒ λ1 > λ 2 y = 3cos[2π(120t - 24x)](SI)
⇒ λ1 / λ 2 > 1, ou seja, a relação pedida é maior que 1.
Temos que: Determine sua amplitude, seu período, seu comprimento de onda e sua
λ1 / λ 2 = (v/f1)/(v/f2) = f2 / f 1 =108/88 = 1,2 velocidade de propagação.
ALTERNATIVA A

Questões de Vestibulares

Questões Propostas

01.(UFPE/UFRPE) Uma onda transversal propaga-se em um fio de


densidade d = 10 kg/m. O fio está submetido a uma tração F = 16 N.
01. (UFPE/UFRPE) A figura representa uma parte de uma corda, em

FÍSICA III
Verifica-se que a menor distância entre duas cristas da onda é igual a
um dado instante, por onde se propaga uma onda de freqüência 4,0 Hz. 4,0 m. Calcule a freqüência desta onda, em Hz.
Qual a velocidade de propagação da onda, em cm/s?
4 02. (UFPE/UFRPE) O intervalo de freqüências do som audível é
de 20 Hz a 20 kHz. Considerando que a velocidade do som no ar é
2 aproximadamente 340 m/s, determine o intervalo correspondente de
comprimentos de onda sonora no ar, em m.
0
x (cm) a) 2,5 x 10-3 a 2,5 b) 5,8 x 10-3 a 5,8 c) 8,5 x 10-3 a 8,5
d) 17 x 10 a 17
-3
e) 37 x 10 a 37
-3
-2

-4
0 8 16 24
03. (UFPE/UFRPE) A figura a seguir mostra esquematicamente as
ondas na superfície d’água de um lago, produzidas por uma fonte de
freqüência 6,0Hz, localizada no ponto A. As linhas cheias correspondem
02. (PUC-BA) Uma onda periódica, de período igual a 0,25s, se pro- às cristas, e as pontilhadas representam os vales em um certo instante
paga numa corda conforme a figura abaixo: de tempo. Qual o intervalo de tempo, em segundos, para que uma frente
de onda percorra a distância da fonte até o ponto B, distante 60 cm?
2,0 cm

B
A 60 cm

O comprimento de onda, a freqüência e a velocidade de propagação


dessa onda são, respectivamente:

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

04. (UFRN) Uma corda esticada tem uma de suas extremidades fixa e 09. (UPE) O ouvido humano consegue detectar ondas de freqüências
outra está presa a um elemento que pode vibrar (oscilador). A figura abai- que vão de 30 Hz a 15000 Hz. A velocidade de propagação do som, no
xo representa uma fotografia tirada 5s após o oscilador ter sido ligado. ar, é aproximadamente de 330 m/s. O olho humano consegue perceber
comprimentos de onda entre 4000 A e 8000 A (1A = 10 -10 m). A velocidade
de propagação da luz, no ar, é de 300.000.000 m/s. Na comparação da
eficácia desses dois órgãos, considerar-se-á mais eficaz aquele órgão
que apresenta maior valor numérico, em cada critério.
Analisando essa fotografia da corda, podemos afirmar: Nesse sentido, analise as proposições.
I. a velocidade da onda na corda é 30cm/s I II
II. O período da onda na corda é 0,5s. 0 0 Considerando a razão entre as freqüências máxima e mínima,
III. Nada se pode afirmar sobre o período de oscilação do oscilador. o olho é mais eficaz que o ouvido.
IV. A freqüência com que um ponto P da corda vai oscilar enquanto a 1 1 Considerando a razão entre os comprimentos de onda máximo
onda passa é 2,0Hz. e mínimo, o olho é mais eficaz que o ouvido.
2 2 Considerando a diferença entre as freqüências máxima e míni-
V. O comprimento de onda na corda é 20cm.
ma, o olho humano é mais eficaz que o ouvido.
As afirmativas corretas são:
3 3 Considerando a diferença entre os comprimentos de onda, o
a) II, IV e V b) I, II e III c) II, I e IV d) III, IV e V e) I, III e V olho humano é mais eficaz que o ouvido.
4 4 O critério melhor para fazer a comparação é a diferença, pois
05. (UFSM) Ao se bater na superfície de um lago, produz-se uma ela indica o número de elementos identificáveis no intervalo de
onda que nela se propaga com velocidade de 0,4m/s. A distância entre funcionamento.
duas cristas consecutivas da onda é 8cm. Com base nesses dados, é
correto afirmar: 10.(ITA) Considere as seguintes
(01) A onda formada tem comprimento de onda igual a 8cm. afirmações relativas às formas de
(02) A amplitude da onda certamente vale 4cm. ondas mostradas na figura:
(04) A freqüência da onda é 5Hz. I. A onda A é conhecida como
(08) A onda, ao se propagar, transfere energia de um ponto a outro da onda longitudinal e seu compri-
superfície do lago. mento de onda é igual à metade
(16) Supondo que sob o efeito da onda um ponto na superfície do lago do comprimento de onda da
oscile verticalmente, a onda é do tipo longitudinal. onda B.
II. Uma onda sonora propagando-se no ar é melhor descrita pela onda
06.(UFPE/UFRPE) A figura A, onde as regiões de rarefação.
ao lado mostra três fotografias III. Se as velocidades das ondas A e B são iguais e permanecem cons-
consecutivas e superpostas de tantes e ainda, se o comprimento de onda da onda b é duplicado,
uma onda transversal viajante então o éríodo da onda A é igual ao período da onda B.
numa corda. O intervalo entre a) somente II é correta. b) I e II são corretas.
duas fotografias consecutivas c) todas são corretas. d) II e III são corretas.
é de 0,05 s e é menor do que e) I e III são corretas.
o período da onda. A partir da
figura, determine a velocidade da onda em m/s. 11. (ITA) Duas partículas carregadas com cargas opostas estão po-
FÍSICA III

sicionadas em uma corda nas posições x = 0 e x = π, respectivamente.


07. (PUC-RS) Sobre a natureza e comportamentos de ondas são feitas Uma onda transversal e progressiva de equação y(x, t) = (π/2) sen (x - ωt),
as seguintes afirmativas: presente na corda, é capaz de transferir energia para as partículas, não
I. Ondas eletromagnéticas propagam-se também no vácuo, sendo, porém, afetada por elas. Considerando T o período da onda, Ef,
II. Ondas sonoras não podem ser polarizadas. a energia potencial elétrica das partículas no instante t = T/4, e Ei essa
III. Ondas de mesma freqüência têm sempre a mesma amplitude. mesma energia no instante t = 0, assinale a opção correta indicativa da
IV. O raio X é uma onda eletromagnética. razão Ef/Ei.
Considerando as afirmativas acima, é correto concluir que:
a) somente I é correta a) 2 / 2π b) 2 /2 c) 2
b) somente II é correta
c) somente I, II e III são corretas d) 2π / 2 e) 2π
d) somente I, II e IV são corretas
e) todas são corretas

08. (UFPE/UFRPE) Uma corda de violão de 1,0 m de comprimento


tem massa de 20 g. Considerando que a velocidade (v) de uma onda na
corda, a tensão (T) e a densidade linear de massa da corda (µ) estão
relacionadas por:

T
v=
µ

Calcule a tensão, em unidades de 102N, que deve ser aplicada na corda,


para afiná-la em dó médio (260 Hz), de modo que o comprimento da
corda seja igual a meio comprimento de onda.

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Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

Questões de Vestibulares
FÍSICA I Pág. 17
09. B
10. a) demonstração b) 4
01. A 02. A 03. VVFVF 04. 03 05. 90N 11. 45 12. 08 13. a) demonstração b) 2 m
TÓPICO 01 06. 02 07. 13,7N 08. 60N 09. 54N 10. 02 14. 80 15. 60 16. a) 2 Q b) 4 ⋅ 10-5 N
11. 04 12. CCCE 17. A 18. 30 19. D
Questões Propostas
Pág. 2 TÓPICO 06 TÓPICO 03
01. 1,2m 02. 28
03. a) retilínea b) parabólica c) 12s Questões Propostas Questões Propostas
d) 100m/s e) 156,2m/s Pág. 20 Pág. 10
04. 180m 05. a) 4,0s b) h=40m 01. 04 02. a) 7m/s2 b) 12N 01. 02. D 03. a) 8 ⋅ 10-6 b) 8 ⋅ 105 N/2
04. 19 05. D 06. 48
Questões de Vestibulares 03. a) F = (Ma + Mb)a b) N =
Pág. 2 Questões de Vestibulares
01. 4m/s 02. 3m/s e 5m/s 03. C c) 04. F 05. A Pág. 10
04. A 05. 320m 06. 29 06. 2m/s 07. 2s 01. B 02. C 03. A 04. D
05. FVVFV 06. VVFFV 07. A

TÓPICO 02 Questões de Vestibulares 08. B 09. a) 8 N/C b) 1,6 ⋅ 10-5 10. 25


Pág. 20 11. 01 12. 54 13. 06
Questões Propostas 01. a) 2 b) 5 ou 1 02. a) 0,36 b) 1,25m 03. A
Pág. 4 04. E 05. 45° 06. C 07. 96m TÓPICO 04
01. a) 20m/s b) 0,4s 02. 4 03. 20m/s e 08. VFFVFV
Questões Propostas
Questões de Vestibulares TÓPICO 07 Pág. 13

GABARITO
Pág. 5 01. B 02. A 03. 20 µC 04. B 05. A
01. H = 2,25m 02. 02 03. D Questões Propostas 06. B
04. 72 km/h 05. B 06. 21m/s Pág. 23
07. 5 x 10-2s 01. 60 02. 60 03. 75 04. 50 Questões de Vestibulares
Pág. 13
TÓPICO 03 Questões de Vestibulares 01. D 02. C 03. 4s 04. 10 N/C
Pág. 23 05. B 06. D 07. E 08. 09. B
Questões Propostas 01. a) 2m/s 2
b) 02. B 03. FVVVV 10. C 11. B 12. 50 13. D 14. 94,2
Pág. 7 04. FVFVF 05. A 06. 190J 07. 72
01. a) -5π rad/s 2
b) -10π m/s 2
c) w = 30π - 5πt 08. C 09. 45 10. D TÓPICO 05
d) 6s e) 40
02. C 03. B 04. C Questões Propostas
Pág. 16
FÍSICA II
Questões de Vestibulares 01. A 02. A 03. 09 04. A
Pág. 8
01. E 02. 6s 03. C 04. 10 05. B
TÓPICO 01 Questões de Vestibulares
06. C 07. 30 08. B Pág. 17
Questões Propostas 01. 18 V 02. 90 V 03. C 04. 41 05. D

TÓPICO 04 Pág. 3 06. – 2 ⋅ 10-5 C 07. C 08. D 09. VFV


01. A 02. B 03. D 04. –q 05. D
Questões Propostas 06. E TÓPICO 06
Pág. 12
01. D 02. a) 8kg b) 48N c) 24N 03. 17,3 Questões de Vestibulares Questões Propostas
04. 9N 05. 4N 06. 0,8s Pág. 4 Pág. 19
01. D 02. B 03. A 04. C 05. A 01. E 02. A
Questões de Vestibulares 06. VVVVF 07. FVVFF 08. A
Pág. 13 03. a) b) c)
01. E 02. C 03. B 04. D 05. 0 TÓPICO 02
06. A 07. A 08. E 09. C 10. 75m/s
Questões Propostas 04. 30 05. A 06.
11. D 12. 13. D 14. VFVVV Pág. 6
01. 03 02. E 03. C 04. 01 05. E Questões de Vestibulares
TÓPICO 05 06. demonstração 07. C Pág. 20
01. A
Questões Propostas Questões de Vestibulares 02. a) 5 ⋅ 105 m/s2 b) 1,4 N ⋅ C c) – 1,5 ⋅ 10-6 V
Pág. 17 Pág. 7 03. a) 60 V b) 6 J 04. B 05. 38 06. D
01. 08 02. 25 03. FVFVF 01. FVFFV 02. FFVVVVF 03. 10 07. C 08. E 09. A
04. A 05. 36 06. E 07. D 08. D

15/05/2010 150/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

03. a) isovolumétrica b) 10,4m3 c) 18810 J


TÓPICO 06
10. a) b) 1,6 ⋅ 10
-4
d) 18810 J

c) E
Questões Propostas
K+ 
F
Pág. 21
meio
externo 
interior da
célual
Questão de Vestibulares 01. 64 02. D 03. B
F
Pág. 7 04. A = 3; T = 1/120seg λ=1/24m v = 5m/s
Cl-
01. A 02. D 03. 16 N 04. D 05. E
11. 05 12. A 13. 06 06. E 07. a) 0 b) 12 Questões de Vestibulares
14. a) 24 ⋅ 10-5 J b) 80 V 15. 75 Pág. 21
TÓPICO 03 01. 10 02. D 03. 05 04. A

TÓPICO 07 05. 04+08=13 06. 10 07. D 08. 54


Questões Propostas Questões Propostas 09. FFVFF 10. A 11. B
Pág. 23 Pág. 9
01. 62 02. FFVFF 03. 04. A 01. a) 1,0 ⋅ 104 J b) 0,8 ⋅ 104 c) 8°C
05. A 06. C 07. 12 02. E
Questões de Vestibulares 03. a) 250 J b) 500W c) ponto A
Pág. 24
01. D 02. B 03. E 04. A 05. FVVFV Questões de Vestibulares
06. A 07. D 08. A 09. C 10. E Pág. 9
11. D 12. C 13. 20 14. E 15. E 01. 4 V0 (P1 – P2) 02. 25 03. 80 J 04. 10
05. a) isomérica, isobárica, isométrica, isobárica

TÓPICO 08 b) 400 J c) 0 d) AB, BC ganha calor e) AB, BC


f) 0
Questões Propostas 06. E 07. B 08. E 09. 90 J
Pág. 27 10. Q = 12 atm ⋅ L
01. 06 02. 24 03. 02 04. 40/3V

GABARITO
Questões de Vestibulares TÓPICO 04
Pág. 27
01. D 02. B 03. a) 1,8 m F b) 8 ⋅ 10-4 Questões Propostas
04. B 05. D 06. A 07. E Pág. 13
08. Q1 = + 0,2 µC 01. a) 250 W
Q2 = - 0,2 µC b) 20% c) fonte quente: 205 J; fonte fria: 200 J
Q3 = + 0,5 µC 02. não é possível 03. D 04. B 05. 20 J
09. 02+08+32=42 10. D 06. 45

FÍSICA III Questões de Vestibulares


Pág. 13
01. C 02. E 03. a) 0,25 b) 139°C 04. B
TÓPICO 01
05. a) β α γ b) isotérmico, recebe; adiabática, nulo;
isotérmica, cede; adiabática, nulo.
Questões Propostas 06. B 07. D 08. A
Pág. 2 09. a) falso: pois 0,9 rcarnot = 0,45 e o rendimento na
01. 2,1J 02. 8226,9J 03. 15 máquina é de 0,20. b) 50 m3
10. a) 4 x 104 kW b) 3°C
Questões de Vestibulares 11. A 12. C 13. A 14. 4343 cal/k
Pág. 2
01. B 02. E 03. a) 2P0 b) 3/4 P0V0 TÓPICO 05
04. 08
05. a) 0,5J;0,5J b) no mínimo 1,0J admitindo que a Questões Propostas
transformação foi isotérmica e, portanto, AV=0 (1ª Lei Pág. 17
da Termodinâmica) 01. a) 0,5 Hz; 0,10 m b) 0,5s; 1,5s; 2,5s
06. C 07. A 08. D 09. B 10. B 02. D
11. a) ≈ 290k b) 6,1 x 102J c) ≈ 293k
12. a) 1,12 x 107J b) 0,9 m3 Questões de Vestibulares
13. C 14. B Pág. 17
01. FVFVF 02. E 03. B 04. B

TÓPICO 02 05. D 06. E 07. 01+02+04+16=23


08. a) 1,0001 b) 2 x 10-5°C-1
Questões Propostas 09. B 10. A 11. A 12. C 13. C
Pág. 6
01. a) 33248 J b) 13300 J c) 19948 J
02. a) -8 J b) – 42 J

15/05/2010 151/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0562) (NI: 0564)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 01 Tópico 01
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível:
Assunto: 5.23.53 Assunto: 5.23.53

O trabalho é dado por: Observe o gráfico:


τ = p ⋅ ΔV ⇒ τ = 7 ⋅ (0,9 − 0,6) = 2,1J
Resposta: 2,1J

(NI: 0563)

Caderno 02
Física 03
Tópico 01
Propostas

Questão 02
Nível: fácil
Assunto: 5.23.53 Vemos que há uma contração com variação de pressão e
volume. O trabalho realizado pode ser obtido pela área
A variação da energia interna é dada por: sob a curva no gráfico de PxV. Então:

τ ≡Α=
(2,0 + 1,0)0,5 + (4,0 + 2,0)0,25 = 1,5 J = 15 ⋅ 10 −1 J
nRΔΤ ⇒ ΔU = ⋅ 3 ⋅ 8,31 ⋅ (160 + 60) ⇒
3 3 2 2
ΔU = ΔEC = Resposta: 15
2 2
ΔU = 8226,9 J (NI: 0565)

Resposta: ΔU = 8226,9 J Caderno 02


Física 03
Tópico 01
vestibulares

Questão 01
Nível: fácil
Assunto: 5.23.53

Para que haja trabalho deve haver mudança no volume


da massa gasosa. τ = p ⋅ ΔV
Resposta letra (b)

15/05/2010 152/181
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(NI: 0567)
(NI: 0566)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 01
Tópico 01 vestibulares
vestibulares
Questão 03
Questão 02 Nível: médio
Nível: fácil Assunto: 5.23.53
Assunto: 5.23.53
Observe o gráfico:
Observe o gráfico:

a) Como não há variação de temperatura:


Para o cálculo do trabalho, quando há variação de volu-
me e há também variação de pressão, utiliza-se a área p 0V0 pV
pV = p 0V0 ⇒ p = ⇒ p = 0 0 = 2 p0 .
sob o gráfico da PxV para obter-se o trabalho realizado V V0
pelo gás ou sobre o gás. 2
Resposta letra (e) b)
ΔU = Q − τ ⇒ 0 = Q − τ ⇒ τ = Q ≡ A ⇒

( p + p0 )⎛⎜V0 − V0 2 ⎞⎟ (2 p + p )V
Q= ⎝ =⎠ 0 0 0
=
3
p0V0
2 4 4
Resposta: a) 2p0; b) (3/4) p0V0

(NI: 0568)

Caderno 02
Física 03
Tópico 01
vestibulares

Questão 04
Nível: fácil
Assunto: 5.23.53

(01) Não se pode possuir calor, uma vez que, por defini-
ção, calor é a energia em trânsito do corpo de maior
temperatura para o de menor temperatura.
(02) Não existe a expressão conter calor, a extremidade
de maior temperatura possui maior energia cinética em
suas moléculas.
(04) Um corpo não pode conter calor. Calor é energia em
trânsito.
(08) Correto. Dois sistemas em temperaturas diferentes.
(16) Não existe a expressão calor contido. As duas esfe-
ras estando à mesma temperatura não há calor sendo
transferido.
(32) Correto. A energia interna está associada com o
aumento da temperatura. Ocorrendo aumento de tem-
peratura há aumento da energia interna.
Resposta: 08+32=40

15/05/2010 153/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0569) (NI: 0570)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 01 Tópico 01
vestibulares vestibulares

Questão 05 Questão 06
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 5.23.53 Assunto: 5.23.53

Observe a figura: A variação da energia interna à volume constante é


dada pela equação do enunciado. Não há energia utili-
zada para realizar trabalho. Então:
ΔU = 1250 = 12,5ΔΤ ⇒ 1250 = 12,5 ⋅ (Τ'−300) ⇒
Τ' = 400 K
Resposta letra (c)

(NI: 0571)

Caderno 02
Física 03
a) Para que o êmbolo suba é preciso “vencer” a força Tópico 01
peso do êmbolo e a expansão requer que se “vença” tam- vestibulares
bém a pressão atmosférica de 105-Pa = 1atm = 105N/m2.
O trabalho da força peso é dado por: Questão 07
τ P = mgh = 1 ⋅ 10 ⋅ 5 ⋅ 10 −2 = 0,5 J Nível: médio
O trabalho realizado pelo gás contra a pressão atmosfé- Assunto: 5.23.53
rica é dado por:
τ a = p a ⋅ ΔV = 10 5 ⋅ ( A ⋅ h ) = 10 5 ⋅ (10 −4 ⋅ 5,0 ⋅ 10 −2 ) = 0,5 J Como a transformação é à pressão constante, é alterado
no sistema o volume, pois o êmbolo se desloca e a tem-
b) A quantidade mínima de calor que o gás deve ter peratura. Para o êmbolo subir o trabalho é realizado
absorvido deve ter sido o trabalho realizado apenas para contra a pressão atmosférica, portanto o trabalho é rea-
o aumento de volume, mantendo-se a temperatura cons- lizado pelo gás sobre a pressão atmosférica.
tante, ou seja, não houve aumento da energia interna do p ΔΤ
ΔΤ = 0 ⇒ ΔU = 0 ⇒ ΔU = τ − Q ⇒ pΔV = nRΔΤ ⇒ = cons tan te =
gás: . nR ΔV
Q = τ = τ a + τ P = 0,5 + 0,5 = 1,0 J Como o volume é diretamente proporcional à tempera-
Primeira lei da termodinâmica, pois esta afirma que a tura, se o volume aumentou a temperatura também.
variação da energia interna é o trabalho realizado (so- O trabalho realizado pelo gás à pressão constante é da-
bre ou pelo gás) menos o calor (absorvido ou cedido) do por:
numa transformação gasosa ΔU = τ − Q . τ = pΔV = 10 5 ⋅ ( Abase ⋅ Δh ) = 10 5 ⋅ (10 ⋅ 10 −4 ⋅ 5 ⋅ 10 −2 ) ⇒
Resposta: a) 1,0J; b) acima descrito.
τ = 5,0 J
Obs.: Corrigir o gabarito AV=0 Æ ΔU = 0
Como o trabalho é realizado pelo gás, este trabalho é
contra o trabalho realizado pela pressão atmosférica,
portanto: τ atm = −5,0 J .
Resposta letra (a)

15/05/2010 154/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0572)

Caderno 02 (NI: 0573)


Física 03
Tópico 01 Caderno 02
vestibulares Física 03
Tópico 01
Questão 08 vestibulares
Nível: médio
Assunto: 5.23.53 Questão 09
Nível: fácil
Se os gases tinham a mesma temperatura inici- Assunto: 5.23.53
al, tinham a mesma energia interna, inicialmente.
Ao fornecer iguais quantidades de calor, sem Se o pistão é mantido fixo. A transformação foi isocórica,
comunicar se houve ou não variação de temperatura, portanto o aquecimento aumentou a temperatura e con-
não se pode afirmar se houve mudança na energia in- seqüentemente a energia interna.
terna, pois todo calor recebido pode ter sido usado para a) A pressão é diretamente proporcional ao aumento da
aumentar o volume do vaso. temperatura absoluta. Correta.
Não foi especificada a natureza da constituição do vaso b) Não existe trabalho realizado pelo gás, uma vez que
nem se possuía um êmbolo móvel de massa desprezível, não houve variação de volume. Falsa.
portanto: c) Com o aumento da pressão e sendo a pressão expressa
a) não se pode afirmar, pois podem ter sofrido transfor- por força/área, não havendo mudança na área do pistão
mações às quais resultariam em temperaturas finais e tendo sido aumentado a pressão, conseqüentemente
diferentes. houve aumento na força exercida sobre o pistão. Corre-
b) As energias internas, inicialmente, eram iguais. Uma ta.
vez que a energia interna depende exclusivamente da d) É enunciado que o pistão é mantido fixo, portanto se
temperatura de determinado tipo de gás. não houve variação de volume, o volume é mantido
c) Não se pode afirmar. Se for uma transformação isocó- constante. Correta.
rica as energias finais serão iguais, pois todo calor foi e) Se a temperatura aumenta a energia interna também
absorvido para o aumento da temperatura. aumenta. Correta.
d) Sem saber se as temperaturas finais são diferentes Resposta letra (b)
das iniciais, não se pode afirmar que as energias inter-
nas variaram. Todo calor pode ter sido usado para ex-
pansão volumétrica.
e) Tendo exposto tudo acima, faltam realmente dados
para responder algo a respeito da variação da energia
interna.
Resposta letra (e)
Obs.: O enunciado do ITA antes da modificação
era:

O que indicava temperaturas finais diferentes,


desta forma pode-se afirmar que as energias in-
ternas variaram e a resposta seria letra (d)

15/05/2010 155/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0575)
(NI: 0574)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 01
Tópico 01 vestibulares
vestibulares
Questão 11
Questão 10 Nível: médio
Nível: alto Assunto: 5.23.53
Assunto: 5.23.53
a) No estado A temos:
A princípio a pressão varia inversamente com o volume p0V0 = nRT0
para dada temperatura constante. Neste problema a
Como o volume está em litros, e a pressão em atm, utili-
pressão está variando de forma diretamente proporcio-
zaremos a constante R=0,082atm.l/mol.K. Então:
nal ao volume, portanto a temperatura varia.
Sabemos que: 3,0 ⋅ 8,0 = 1 ⋅ 0,082T0 ⇒ T0 ≅ 293K
pV = nRT ⎫ b)
⎬ τ = p0 ⋅ ΔV = 3,0atm ⋅ 2,0litro = 3,0 ⋅ 10 5 ⋅ 2,0 ⋅ 10 −3 ⇒
p 0V0 = nRT0 ⎭
pV τ = 600 J = 6,0 ⋅ 10 2 J
⇒T = c) Observe o gráfico abaixo:
nR
Sendo o gráfico da pressão pelo volume uma reta, temos:
p
p = αV ⇒= cons tan te ⇒
V
⎛Vp 0 ⎞V
p p0 pV ⎜⎝ V0 ⎟⎠ p 0V 2
= ⇒T = = =
V V0 nR 2R 2 RV0

O trabalho é dado pela expressão: Como está indicado a linha tracejada é uma isoterma,
portanto o ponto C tem a mesma temperatura do ponto
τ = Δp ⋅ ΔV = 2 p0 ⋅ 2V0 = 4 p0V0 A, ou seja, aproximadamente 293K
Resposta letra (b) Respostas: a) T0 ≅ 293K ; b) τ = 6,0 ⋅ 10 2 J ; c) T ≅ 293K

(NI: 0576)

Caderno 02
Física 03
Tópico 01
vestibulares

Questão 12
Nível: médio
Assunto: 5.23.53

A pressão a ser considerada é a do balão, onde será rea-


lizado o trabalho. A pressão do balão mantém-se cons-
tante igual à atmosférica por toda transformação.
4
a) τ = p ⋅ ΔV = 10 5 ⋅ ⋅ π ⋅ 33 ≅ 1,12 ⋅ 10 7 J
3
b) Sendo o processo isotérmico temos:
⎛ 4 ⎞
p 0V0 = pV ⇒ 125 ⋅ 10 5 ⋅ V0 = 10 5 ⋅ ⎜V0 + ⋅ π ⋅ 33 ⎟ ⇒
⎝ 3 ⎠
124 ⋅ 10 ⋅ V0 = 10 ⋅ 4 ⋅ π ⋅ 9 ⇒ V0 = 0,9m
5 5 3

Respostas: a) 1,12.107J; b) 0,9m3

15/05/2010 156/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0577) (NI: 0579)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 01 Tópico 02
vestibulares Propostas

Questão 13 Questão 01
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 5.23.53 Assunto: 5.24.56

O trabalho é dado pela área sob a curva do gráfico de a) QP = nC P ΔT = 8 ⋅ 20,78 ⋅ (250 − 50) = 3,32 ⋅ 10 4 J
PxV, então, para o gráfico:
b) τ = pΔV = 1,9 ⋅ 10 ⋅ (0,18 − 0,11) = 1,33 ⋅ 10 J
5 4

ΔU = Q P − τ ⇒ ΔU = nC P ΔT − pΔV ⇒
ΔU = 8 ⋅ 20,78 ⋅ (250 − 50 ) − 1,9 ⋅ 10 5 ⋅ (0,18 − 0,11) ⇒
ΔU ≅ 1,99 ⋅ 10 4 J
Resposta: a) 3,32.104J ; b) 1,33.104J; c) 1,99.104J

(NI: 0580)

Caderno 02

τ ≡Α=
(30 + 10) ⋅ 10 (40 − 20) ⋅ 10
4 −2
= 40kJ
Física 03
Tópico 02
2 Propostas
Resposta letra (c)
Questão
(NI: 0578) Nível:
Assunto: 5.24.56
Caderno 02
Física 03 Por tratar-se de uma compressão o trabalho é realizado
Tópico 01 sobre o gás
vestibulares τ = pΔV = 20 ⋅ (0,2 − 0,6) = −8,0 J
Questão 14 Q = −50 J
Nível: ΔU = Q − τ = −50 + 8,0 = −42 J
Assunto: 5.23.53 Resposta: a) –8,0J; b) –42J
Obs.: Verificar o gráfico da questão
Observe o gráfico:

Sendo o trabalho calculado pela área sob a curva no


gráfico de PxV, a área será menor se tomarmos o cami-
nho ADB. E o trabalho é dado por:
τ ≡ Α = p 2 (V2 − V1 )
Resposta letra (b)

15/05/2010 157/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0581) (NI: 0583)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 02 Tópico 02
Propostas vestibulares

Questão 03 Questão 01
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 5.24.56 Assunto: 5.24.56

a) Como a diminuição de pressão é diretamente propor- Na expansão adiabática não há troca de calor com o
cional à diminuição de temperatura, vemos que esta é meio externo, por ser uma expansão muito rápida. En-
uma transformação isocórica. tão: Q = 0 ⇒ ΔU = −τ . Há trabalho, pois houve varia-
pV = nRT ⇒ 2000 ⋅ V = 5 ⋅ 8,31 ⋅ 500 ⇒ ção de volume, este trabalho realizado pelo gás veio
b)
V ≅ 10,4m 3 totalmente da energia interna que possuía.
Resposta letra (a)
c) Como não há variação de volume não há trabalho
exercido pelo gás ou sobre o gás, então:
(NI: 0584)
ΔU = QV = nCV ΔΤ = 5 ⋅ 3 ⋅ 4,18 ⋅ (200 − 500) ⇒
QV = ΔU ≅ −1,88 ⋅ 10 4 J Caderno 02
Física 03
d) ΔU = −1,88 ⋅ 10 J
4
Tópico 02
Resposta: vestibulares
a) isocórica; b) 10,4m3; c) –1,88.104J; d) –1,88.104J
Questão 02
(NI: 0582) Nível: fácil
Assunto: 5.24.56
Caderno 02
Física 03 O trabalho realizado pelo gás é igual a variação da e-
Tópico 02 nergia interna do gás, então:
Propostas τ = ΔE i = nRΔΤ ⇒ ΔE1 = 1 ⋅ 8,31 ⋅ (350 − 300 ) ⇒
τ = 415,5 J ≅ 416 J
Questão 04
Nível: médio Resposta letra (d)
Assunto: 5.24.56

Dividindo o exercício em duas etapas, a primeira de A a


B, o trabalho é dado por:
τ AB = pΔV = 2,0 ⋅ 10 5 ⋅ (1,0 − 0,5) = 10 5 J
De B a C temos uma isotérmica, portanto a variação de
energia interna é zero, então dado pelo enunciado que o
gás absorve 1,4.105J nesta etapa temos:
ΔU = 0 ⇒ τ BC = Q BC = 1,4 ⋅ 10 5 J
Portanto o trabalho total realizado pelo gás é:
τ = τ AB + τ BC = 10 5 + 1,4 ⋅ 10 5 = 2,4 ⋅ 10 5 J
Resposta letra (b)

15/05/2010 158/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0587)
(NI: 0585)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 02
Tópico 02 vestibulares
vestibulares
Questão 05
Questão 03 Nível: alto
Nível: médio Assunto: 5.24.56
Assunto: 5.24.56
Se a temperatura inicial e final são iguais após as trans-
A força inicial é dada por: formações gasosas, a variação da energia interna é a
F0 F0 mesma.
p0 = ⇒ 10 5 = ⇒ F0 = 16,0 ⋅ 10 = 160 N
A (
4,0 ⋅ 10 − 2 )
2
QV = ΔU =
3
2
nRΔΤ = Q p − τ ⇒

A relação entre a pressão final e a inicial é dada por: τ = pΔV = nRΔΤ ⇒


3
p 0V = nRΤ0 ⎫ p QV = nRΔΤ = QP − nRΔΤ ⇒
Τ 330 2
⎬ = = ⇒ p = 1,1 ⋅ p 0
pV = nRΤ ⎭ p 0 Τ0 300 5
nRΔΤ = QP = 100 ⇒ nRΔΤ = 40 ⇒
2
F
QV = (40 ) = 60 J
Como p = , temos: 3
A 2
Resposta letra (e)
F F
p = 1,1 p 0 ⇒ = 1,1 ⋅ 0 ⇒ F = 1,1 ⋅ 160 = 176 ⇒
A A
ΔF = 16 N

Resposta: 16

(NI: 0586)

Caderno 02
Física 03
Tópico 02
vestibulares

Questão 04
Nível: fácil
Assunto: 5.24.56

a) Já que o êmbolo pode mover-se livremente, a pressão


permanece constante.
b) Não, parte do calor recebido é para realizar o traba-
lho de mover o êmbolo.
c) Não, pelo que já foi exposto nos itens anteriores.
d) Correto. Parte do calor fornecido é para realizar o
trabalho de mover o êmbolo e outra parte (menor que o
total) do calor aumenta sua energia interna
Resposta letra (d)

15/05/2010 159/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0589)
(NI: 0588)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 02
Tópico 02 vestibulares
vestibulares
Questão 07
Questão 06 Nível: médio
Nível: alto Assunto: 5.24.56
Assunto: 5.24.56
a) Pela expressão de Clapeyron
I. Falso. A Energia interna de um gás ideal é função p 0V0 = nRΤ0 ⎫
somente de sua temperatura absoluta (T) não depen- ⎬ pV − p 0V = ΔΤ ⇒
dendo do caminho da transformação sofrida pelo gás. pV = nRΤ ⎭
II. Falso. Numa transformação adiabática não há troca ΔΤ = 1 ⋅ 4 − 4 ⋅ 1 = 0
de calor, uma vez que se o mesmo processo for feito de
maneira lenta há troca de calor e o Calor não é uma b) A transformação foi isotérmica, portanto todo calor foi
grandeza de estado, podemos ter troca de calor à pres- utilizado para realizar trabalho. Pode ser obtido pelo
são constante e à volume constante ( com calores especí- cálculo da área sob a curva do gráfico de PxV.
ficos diferentes para cada transformação) e portanto o
calor não é o mesmo independentemente do processo
ΔU = 0 ⇒ Q = τ ≡ Α = 4 ⋅ (4 − 1) = 12 J
III. Correto. A variação da energia interna sendo uma Respostas: a) 0; b) 12J
grandeza de estado, só depende da temperatura inicial e
da temperatura final do processo. (NI: 0590)
IV. Falso. Se houver pequena variação de volume há
realização de trabalho. E um processo quase estático é Caderno 02
um processo reversível, cuja variação de entropia é zero. Física 03
Podemos ter uma transformação isotérmica quase está- Tópico 03
tica, sendo que o trabalho não é nulo. Propostas
V.Falso. O calor específico à pressão constante é dife-
rente do calor específico à volume constante, estando Questão 01
ambos relacionados pela relação de Mayer: Cp–Cv = R Nível: fácil
Onde R é a constante universal dos gases. Assunto: 5.24.57
VI. Verdadeiro. Pela primeira lei da termodinâmica,
quando não há variação de volume o trabalho é nulo e, a) A energia cinética que o corpo possui ao chegar ao
portanto a variação da energia interna é igual ao calor solo é a energia potencial gravitacional que possuía an-
trocado com o meio. tes de cair, uma vez que não houve perdas no trajeto,
então: ΔE C = τ P = mgh = 5 ⋅ 10 ⋅ 200 = 10 J .
4
VII. Falso. Numa expansão isotérmica, a variação da
energia interna é nula e, portanto, pela primeira lei da b) Se apenas 80% da energia cinética foi absorvida pelo
termodinâmica, o trabalho realizado pelo gás é igual ao
corpo, então: Q = 0,8 ⋅ E CF = 8 ⋅ 10 J .
3
calor trocado com o meio. Todo calor é utilizado para
realizar trabalho. Passando a energia de joules para caloria e quilograma
Resposta letra (e) para grama, obtemos a variação de temperatura:
8 ⋅ 10 3
c) Q = mcΔθ ⇒ = 5000 ⋅ 0,2 ⋅ Δθ ⇒ Δθ = 2º C
4
Resposta: a) 104J; b) 8.103J; c)2ºC

15/05/2010 160/181
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(NI: 0592)
(NI: 0591) Caderno 02
Física 03
Caderno 02 Tópico 03
Física 03 Propostas
Tópico 03 Questão 03
Propostas Nível: médio
Assunto: 5.24.57
Questão 02 a) O trabalho é positivo, ou seja, realizado pelo gás, uma
Nível: fácil vez que o ciclo é no sentido horário. O módulo do traba-
Assunto: 5.24.57 lho realizado pode ser calculado pela área da figura ge-
ométrica fechada, no caso um triângulo.
I. A energia interna depende da temperatura, se não
τ ≡Α=
(10 − 5) ⋅ 10 −3 (2 − 1) ⋅ 10 5 = 250 J
ocorreu variação na temperatura, não ocorreu variação 2
da energia interna. τ 250
b) P = = = 500W
II. Como pV = nRT , para valores maiores de p e V Δt 0,5
temos uma temperatura maior, uma vez que nR é cons- c) A energia interna é mínima no ponto onde a tempera-
tante. As isotermas superiores têm temperaturas maio- tura for menor facilmente identificado no gráfico como o
res que as inferiores, no gráfico de PxV. ponto A.
III. A transformação DÆA é isocórica, portanto, sem Observe o gráfico:
variação de volume, todo calor fornecido foi para o au-
mento da energia interna do gás.
Resposta (e)

E min = p min ⋅ Vmin = 1 ⋅ 10 5 ⋅ 5 ⋅ 10 −3 = 500 J


Para determinarmos o ponto de máxima temperatura
devemos determinar o ponto onde pxV é máximo:
Pelo gráfico podemos determinar a função de p por V
p = α ⋅V + β ⇒
2 = α ⋅5 + β ⎫
⎬⇒
1 = α ⋅ 10 + β ⎭
− 1 = 5α ⇒ α = −0,2
1 = −0,2 ⋅ 10 + β ⇒ β = 3 ⇒
p = −0,2V + 3 ⇒ p ⋅ V = (− 0,2V + 3) ⋅ V ⇒
p ⋅ V = −0,2V 2 + 3V ⇒ −0,2V 2 + 3V − pV = 0
Temos uma equação do segundo grau de concavidade
para baixo, portanto o ponto de máximo será quando ∆
(Baskara) for igual a zero, então:
Δ = 0 = b 2 − 4ac ⇒ 0 = 3 2 − 4 ⋅ (− 0,2) pV ⇒
9 90
E max = pV = = = 11,25atm ⋅ litro = 1125 J
0,8 8
90
p = −0,2V + 3 ⇒ = −0,2V + 3 ⇒ 90 = −1,6V 2 + 24V ⇒
8V
24 ± 24 2 − 4 ⋅ 1,6 ⋅ 90
1,6V 2 − 24V + 90 = 0 ⇒ V = ⇒
3,2
V = 7,5litro ⎫
⎬ Ponto(7,5;1,5)
p = 1,5atm ⎭
Resposta:
a) 250J; b) 500W;
c) energia interna máxima no ponto (7,5;1,5)
e mínima no ponto A

10

15/05/2010 161/181
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(NI: 0593) (NI: 0594)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 01 Questão 02
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 5.24.57 Assunto: 5.24.57

O trabalho total pode ser calculado pela área da figura


formada pelo ciclo fechado:

Com o cilindro na posição horizontal a pressão atuando


sobre a tampa é a atmosférica 105N/m2 , quando o cilin-
dro está na posição vertical a pressão agora é dada pela
atmosférica somada à força pela área devido à tampa do
τ ≡Α
cilindro, então:
((6V0 − V0 ) + (5V0 − V0 )) ⋅ ( p 2 − p1 ) (2V0 − V0 ) ⋅ ( p1 − p 2 ) p atmV0 = nRT ⎫

2 2 ⎪
( p2 − p1 ) ⋅ 8V0 ⎛ Pêmbolo ⎞ ⎬⇒
τ ≡Α= = 4 ⋅ ( p 2 − p1 ) ⋅ V0 ⎜⎜ p atm + ⎟⎟ ⋅ 0,8V0 = nRT ⎪
2 ⎝ Aêmbolo ⎠ ⎭
Resposta: 4.(p2 – p1).V0
⎛ P ⎞
10 5 V0 = ⎜10 5 + −4 ⎟
⋅ 0,8V0 ⇒
⎝ 100 ⋅ 10 ⎠
10 5 = 0,8 ⋅ 10 5 + 0,8 ⋅ P ⋅ 10 2 ⇒ 80 P = 2 ⋅ 10 4
250
P = 250 N ⇒ P = mg ⇒ m = = 25kg
10
Resposta: 25

11

15/05/2010 162/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0595) (NI: 0596)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 03 Questão 04
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 5.24.57 Assunto: 5.24.57

A variação da energia cinética foi de:

m(v 2 − v02 )
ΔEC = = m3200
2
Como apenas 40% dessa energia foi utilizada para a-
quecer o projétil temos:
Q = 0,4 ⋅ ΔEC = 0,4 ⋅ m ⋅ 3200 = 1280m
Então a variação de temperatura foi de:
Q = mcΔθ ⇒ 1280 m = m ⋅ 128 ⋅ Δθ ⇒ Δθ = 10 º C
Resposta: 10
Na isobárica, parte do calor absorvido realiza trabalho
na expansão do gás dado por:
τ AB = pΔV = 10 5 ⋅ 0,8 ⋅ 10 −3 = 80 J
ΔU AB = Q AB − τ AB
Na transformação isocórica BC não há realização de
trabalho.
ΔU BC = QBC
Porém, um dado é importante: ao atingir o ponto C, o
sistema tem a mesma energia interna que tivera em A
por C estar à mesma temperatura que A. Então:
ΔU AB + ΔU BC = 0 ⇒
Q AB − τ AB + QBC = 0 ⇒
Q AB + QBC = τ AB = 80 J
Resposta: 80

12

15/05/2010 163/181
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(NI: 0597) (NI: 0598)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 03 Tópico 03
vestibulares vestibulares

Questão 05 Questão 06
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 5.24.57 Assunto: 5.24.57

a) AB Æ isocórica; BC Æ isobárica; CDÆ isocórica a) Falso. As transformações BC e DA deveriam ser adi-


DA Æ isobárica abáticas, ou seja, mudança rápida de um estado para
( )( )
b) τ ≡ Α = 300 − 100 ⋅ 4 − 2 = 400 J outro, havendo compressão ou expansão sem troca de
c) Zero, pois a transformação é isocórica calor. Pelo gráfico vemos que DA e BC são perpendicu-
d) Recebeu de B para C e cedeu de D para A. De B para lares ao eixo V, portanto não houve expansão adiabática
C há expansão, portanto o gás recebe calor para realizar que deveria ocorrer em BC e contração adiabática que
trabalho e aumentar sua energia interna. De D para A deveria ocorrer em DA.
ocorre o contrário, há uma contração, o gás cede calor. b) Falso. Em DA e BC não há trabalho realizado por
Recebeu de A para B pois há aumento de pressão com não haver variação de volume. Em AB o sistema recebe
volume constante, toda energia recebida foi transferida calor e realiza trabalho. Em CD o gás cede calor e há
para energia interna. trabalho realizado sobre o gás. Em nenhuma etapa a
e) Em BC, pois parte do calor é para realizar trabalho e transformação realiza trabalho para emanar calor.
parte para aumentar a energia interna e em AB, pois c) Falso. Em BC o gás cede calor, uma vez que a trans-
todo calor foi absorvido pela energia interna para o au- formação é isocórica e a pressão é rebaixada.
mento da pressão. d) Falso. Em AB parte do calor recebido realiza traba-
f) Como o ciclo retorna ao ponto inicial, neste ponto o lho na expansão do gás e parte aumenta sua energia
gás possui a mesma temperatura e, portanto a variação interna.
da energia interna total do gás é zero. e) Correto. Como não há variação de volume, todo calor
Respostas: recebido é usado para o aumento da energia interna.
a) isocórica; isobárica; isocórica; isobárica Resposta letra (e)
b) 400J; c) zero; d) BC e AB; e) BC e AB f) zero.

13

15/05/2010 164/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0599)
(NI: 0602)
Caderno 02
Física 03 Caderno 02
Tópico 03 Física 03
vestibulares Tópico 03
vestibulares
Questão 07
Nível: médio Questão 10
Assunto: 5.24.57 Nível: médio
Assunto: 5.24.57
Como o corpo caía em velocidade constante todo traba-
lho da força peso foi utilizado para o movimento das pás.
Portanto a energia potencial total perdida é dada por:
τ = 30 ⋅ mgh = 30 ⋅ 50 ⋅ 9,8 ⋅ h = 14700 h
E P = Q = mcΔθ = 500 ⋅ 1 ⋅ 14 = 7000cal = 29400 J
τ = Q ⇒ 14700 h = 29400 ⇒ h = 2m
Resposta letra (b)

(NI: 0600)
Como é uma transformação cíclica, a energia interna
Caderno 02 final é igual à inicial, portanto a variação da energia
Física 03 interna total é zero. Na transformação isobárica CD,
Tópico 03 temos o sistema recebendo calor e realizando trabalho, e
vestibulares na transformação isobárica AB temos o sistema cedendo
calor e trabalho sendo realizado sobre ele. Nas trans-
Questão 08 formações DA e BC não há realização de trabalho e todo
Nível: calor é transferido ou recebido pelo sistema, assim te-
Assunto: 5.24.57 mos:
ΔU = 0 = Qtotal − τ CD + τ AB ⇒ Qtotal = τ total ⇒
mv 2 10 ⋅ 10 −3 ⋅ 250 2
Q = ΔEC = = = 312,5 J = 74,8cal τ ≡ Α figura = (5,0 − 2,0 ) ⋅ (5,0 − 1,0) = 12atm ⋅ l
2 2
Resposta: 12
Q = mcΔθ ⇒ 74,8 = 10 ⋅ 0,031 ⋅ Δθ ⇒ Δθ = 241º C
Resposta letra (e)

(NI: 0601)

Caderno 02
Física 03
Tópico 03
vestibulares

Questão 09
Nível: médio
Assunto: 5.24.57

Como a transformação completa um ciclo, a energia


interna inicial é igual a final. Na transformação adiabá-
tica não há troca de calor, então:
τ AB ≡ Α = 3 ⋅ 10 5 ⋅ 0,8 ⋅ 10 −3 = 240 J
ΔU = 0 = Q AB − τ AB + QBC − τ CA ⇒
Q AB + QBC = τ AB + τ CA = 240 − 150 = 90 J
Resposta: 90

14

15/05/2010 165/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0603) (NI: 0605)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 04 Tópico 04
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 03
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 5.24.57 Assunto: 5.24.56

a) Potência útil é a relação entre o trabalho realizado e o a) Falso. O calor naturalmente passa do corpo de maior
tempo para realizar este trabalho, como ela fornece 50J temperatura para o de menor temperatura, o que a se-
a cada ciclo e a freqüência é 5Hz, temos: gunda lei da termodinâmica afirma é que é muito difícil
τ τ acontecer o processo inverso espontaneamente.
PU = = = 50 ⋅ 5 = 250W b) Falso. A máquina recebe parte do calor da fonte
Δt 1
quente e outra parte é repassada à fonte fria.
f
c) Falso. Não é possível construir uma máquina com
b) Como ela utiliza apenas 1/5 da energia total temos:
100% de rendimento
1
η= = 0,2 = 20% d) Correto.
5 e) Falso. A teoria atômico-molecular afirma que estamos
c) Através do rendimento e da relação entre as fontes rumo à entropia total, ou seja, onde não há mais possibi-
temos: lidade de realizar trabalho, uma vez que todo o sistema
Q2 Q Q estará no mesmo estado de entropia.
η = 1− ⇒ 0,2 = 1 − 2 ⇒ 2 = 0,8 Resposta letra (d)
Q1 Q1 Q1
Q1 − Q2 = 50 ⇒ Q1 − 0,8Q1 = 50 ⇒ (NI: 0606)
0,2Q1 = 50 ⇒ Q1 = 250 J Caderno 02
Q2 = 0,8 ⋅ 250 = 200 J Física 03
Respostas: a) 250W; b) 20%; c) 250J e 200J Tópico 04
Propostas
(NI: 0604)
Questão 04
Caderno 02 Nível: médio
Física 03 Assunto: 5.24.56
Tópico 04
Propostas I. Correto. Este processo pode ocorrer, porém é irrever-
sível.
Questão 02 II. Falso. É impossível transformar calor em 100% de
Nível: energia mecânica, isto contraria a 2ª Lei da Termodi-
Assunto: 5.24.56 nâmica.
III. Falso. O calor é uma energia em trânsito e não algo
O rendimento da primeira deve ser igual ou superior ao que o gás possa conter. O calor vai depender de fatores
rendimento que se quer obter. externos ao estado do gás.
Rendimento baseado nas temperaturas: IV. Correto. 1ª Lei da Termodinâmica: τ = Q − ΔU
Τ2 127 + 273 400 V. Falso. Depende apenas da temperatura.
η = 1− = 1− = 1− = 0,2 = 20% VI. Correto. Partindo se de uma transformação isobári-
Τ1 227 + 273 500 ca e outra isocórica que tenham a mesma temperatura
Rendimento que se quer obter: final temos:
PU 200 ΔU = Q p − τ = Q P − nRΔΤ⎫
η= = = 0,5 = 50% ⎬Q P − QV = nRΔΤ ⇒
PT 400 ΔU = QV ⎭
Portanto não se pode construir esta máquina
nC P ΔΤ − nCV ΔΤ = nRΔΤ ⇒ C P − CV = R ⇒
C P > CV
Resposta letra (b)

15

15/05/2010 166/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0607) (NI: 0608)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 04 Tópico 04
Propostas Propostas

Questão 05 Questão 06
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 5.24.56 Assunto: 5.24.56

O trabalho realizado (útil) é dado pela área da figura


fechada. Esta é a diferença entre o calor cedido pela
fonte quente e recebido pela fonte fria.

A diferença entre o calor dado pela fonte quente e a fon-


te fria pode ser calculado pelo trabalho realizado pelo
ciclo:
τ = Q = (5,0 ⋅ 10 5 − 2,0 ⋅ 10 5 )⋅ (0,6 − 0,2 ) = 1,2 ⋅ 10 5 J ⇒
Q1 − Q2 = 1,2 ⋅ 10 5 J ⎫ Q1 − Q2 ≡ Α =
(4,0 ⋅10 5
)
− 1,0 ⋅ 10 5 ⋅ (0,5 − 0,2 )
= 4,5 ⋅ 10 4 J
⎪ Q2 2
Q2 ⎬ = 0,4 ⇒
η = 0,6 = 1 − ⎪ Q1 Como Q1 = 105 , temos:
Q1 ⎭ Q2 4,5 ⋅ 10 4
Q1 = 10 ⇒ η = 1 −
5
= 1− 0,45 = 45%
Q1 − 0,4Q1 = 1,2 ⋅ 10 5 ⇒ Q1 = 20 ⋅ 10 4 J Q1 10 5
Resposta: 45
(Resolvendo de maneira um pouco diferente)
(NI: 0609)
O rendimento levando-se em conta o calor cedido pela
fonte quente e recebido pela fria é dado por: Caderno 02
Q2 Q Física 03
η = 1− ⇒ 0,6 = 1 − 2 ⇒ Q2 = 0,4Q1 Tópico 04
Q1 Q1 vestibulares
Examinando o gráfico, temos:
Questão 01
Nível: fácil
Assunto: 5.24.56

Sempre aumenta, pois a tendência é para a de-


sordem ou o caos total.
De tal forma que ao final não haverá energia u-
tilizável, pois todo o universo estará no mesmo grau de
entropia.
O calor que realiza trabalho é obtido pela área da curva O que os cientistas chamam de seta do tempo é
fechada acima. uma verdade: um copo quebrado jamais voltará natu-
Q⇒Trabalho = Q1 − Q2 ≡ Α ⇒ ralmente a seu estado original; uma gota de tinta pin-
gada num copo de água jamais se organizará natural-
Q1 − 0,4Q1 = (5,0 − 2,0 ) ⋅ 10 5 ⋅ (0,6 − 0,2 ) = 1,2 ⋅ 10 5 ⇒ mente a formar a gota inicial, embora seja possível teo-
0,6Q1 = 1,2 ⋅ 10 5 ⇒ Q1 = 20 ⋅ 10 4 J ricamente na prática é proibitivo pela natureza.
Um sistema quente sempre cede naturalmente
Resposta: 20
calor a um mais frio até que aconteça o equilíbrio térmi-
Obs.: Favor corrigir o gabarito:
co.
Colocar como resposta 20 ou 20.104J
Resposta letra (c)

16

15/05/2010 167/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0610) (NI: 0612)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 02 Questão 04
Nível: médio Nível: fácil
Assunto: 5.24.56 Assunto: 5.24.56

Como se trata do ciclo de Carnot, a máquina térmica Se a máquina é reversível, esta obedece ao ciclo de Car-
trabalha com quatro transformações reversíveis, por- not, então:
tanto a relação entre o calor cedido pela fonte quente e o Τ2 373
calor recebido pela fonte fria e a relação entre as tempe- η = 1− ⇒η = 1− ≅ 0,068 = 6,8%
raturas absolutas das duas fontes é equivalente, então: Τ1 400
Resposta letra (b)
Τ2 300
η = 1− ⇒η = 1− ⇒ η = 0,25 = 25%
Τ1 400
Τ2 Q2 ⎫
= = 0,25⎪
Τ1 Q1 ⎬Q2 = 150
Q1 = 600 ⎪

A quantidade de calor “rejeitada” para a fonte fria é
aproveitada para realizar trabalho, então:
τ = Q1 − Q2 = 600 − 150 = 450 J
Resposta letra (e)

(NI: 0611)

Caderno 02
Física 03
Tópico 04
vestibulares

Questão 03
Nível: médio
Assunto: 5.24.56

a) A potência útil é PU = 7 ⋅ 10 J / s , a fonte fria recebe


3

a cada segundo: 5000 ⋅ 4,2 J = 2,1 ⋅ 10 J .


4

O trabalho realizado em cada segundo estabelece a rela-


ção entre trabalho, calor cedido e calor recebido, como se
segue:
Q1 − Q2 = τ ⇒ Q1 − 2,1 ⋅ 10 4 = 7 ⋅ 10 3 ⇒ Q1 = 2,8 ⋅ 10 4 J
Então o rendimento pode ser obtido por:
τ 7 ⋅ 10 3
η= = = 0,25 = 25%
Q1 2,8 ⋅ 10 4
b) O rendimento máximo é obtido sendo a máquina obe-
decendo ao ciclo de Carnot.
10 273 + 25
η Carnot = ⋅ 0,25 = 1 − ⇒ Τ1 ≅ 413K = 140º C
9 Τ1
Respostas: a) 25%; b) 413K ou 140ºC

17

15/05/2010 168/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0614)
(NI: 0613)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 04
Tópico 04 vestibulares
vestibulares
Questão 06
Questão 05 Nível: fácil
Nível: fácil Assunto: 5.24.56
Assunto: 5.24.56
Vemos que a I tem duas isométricas, ou seja, não vari-
a) “A” representa o trabalho realizado; “B” representa o am o volume (ciclo de Otto): de 4Æ1 e 2Æ3
calor cedido pela fonte quente e “C” o calor rejeitado
para a fonte fria.
Veja o esquema representativo abaixo:

Vemos na II que esta se assemelha ao ciclo de Carnot,


embora não seja possível assegurar visivelmente que:
3-4 isotérmica 4-1 adiabática
1-2 isotérmica e 2-3 adiabática
Porém, é bem razoável a afirmativa.

Preenchendo a tabela temos:

Vemos na figura III que existe um processo isobárico 23


e outro isométrico 41 (Diesel)

As etapas reversíveis do ciclo de Carnot são:


IsotérmicaÆadiabáticaÆisotérmicaÆadiabática
Caso seja uma máquina térmica que opera no sentido
horário, ou seja, parte do calor cedido pelo sistema é
para realizar trabalho e outra parte é rejeitada para
fonte fria temos quanto ao calor transferido pela máqui-
na:
RecebeÆnuloÆcedeÆ nulo
Portanto a tabela fica: Resposta letra (e)

18

15/05/2010 169/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0615) (NI: 0617)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 04 Tópico 04
vestibulares vestibulares

Questão 07 Questão 09
Nível: fácil Nível: médio
Assunto: 5.24.56 Assunto: 5.24.56

Q2 ⎫ a) O rendimento de uma máquina de Carnot nestas


η = 0,6 = 1 − ⇒ Q2 = 0,4Q1 ⎪ temperaturas é dado por:
Q1 ⎬⇒ Τ2 300
Q1 − Q2 = 3,0 ⋅ 10 4 J ⎪ η = 1− ⇒η = 1− = 0,5 = 50%
⎭ Τ1 600
Q1 = 5,0 ⋅ 10 J
4
Como a máquina do inventor tem rendimento 90% da
máquina de Carnot este deveria ter o rendimento de:
Q2 = 2,0 ⋅ 10 4 J η i = 0,9 ⋅ 0,5 = 0,45 = 45%
Como a máquina trabalha em ciclo a variação da ener-
Porém, como a máquina dele realiza o trabalho de 104J
gia interna é zero.
recebendo da fonte quente 1,2.104cal, o rendimento re-
ΔU = 0 almente é de:
Resposta letra (d)
τ 1,0 ⋅ 10 4
ηi = = ≅ 0,20 = 20%
(NI: 0616) Q1 1,2 ⋅ 10 4 ⋅ 4,186
Portanto a afirmação do inventor é falsa
Caderno 02
Física 03
b) τ = p ⋅ ΔV ⇒ 10 = 200 ⋅ ΔV ⇒ ΔV = 50m 3
4
Tópico 04
vestibulares Respostas: a) falsa; b) 50m3

Questão 08
Nível: fácil
Assunto: 5.24.56

O rendimento é dado pela relação entre o trabalho reali-


zado e a energia total consumida para realizar este tra-
balho. A energia foi dada (Q1)e o trabalho pode ser obti-
do pela área da figura fechada no gráfico abaixo:

τ (V2 − V1 + V3 − V1 )( p 2 − p1 )
η= = ⇒
Q1 2Q1
(V3 + V2 − 2V1 )( p 2 − p1 )
η=
2Q1
Resposta letra (a)

19

15/05/2010 170/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0619)
(NI: 0618)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 04
Tópico 04 vestibulares
vestibulares
Questão 11
Questão 10 Nível: médio
Nível: médio Assunto: 5.24.56
Assunto: 5.24.56

A quantidade de calor total recebida a cada segundo


pela usina termoelétrica é dada por:
5,0 ⋅ 10 7 ⋅ 7200
Q1 = = 10 8 J
3600
A potência máxima teórica é a do funcionamento segun-
do o ciclo de Carnot:
Τ2 300
η = 1− ⇒η = 1− = 0,8 = 80%
Τ1 1500
a) A potência cuja eficiência é a metade da máxima teó-
rica seria:
Observação do autor: embora não concorde com a figura, pois as setas
P P indicam saídas nos sentidos para o trabalho realizado, para fonte
η = U ⇒ 0,4 = 8 U ⇒ PU = 4 ⋅ 10 7 W quente e para a fonte fria, o que é incorreto, porém....
PT 10 J / s
b) Utilizando o dado da usina determinada pelo item Na máquina operando segundo o ciclo de Carnot a se-
anterior, temos: Q2 Τ2
Q Q guinte relação é válida: = .
η = 1 − 2 ⇒ 0,4 = 1 − 28 ⇒ Q2 = 6 ⋅ 10 7 J ⇒ Q1 Τ1
Q1 10 Então:
Q = mcΔθ ⇒ 6 ⋅ 10 = 5000 ⋅ 4000 ⋅ Δθ ⇒
7
Q1 − Q2 = τ ⇒ 4000 − Q2 = 800 ⇒ Q2 = 3200 ⇒
Δθ = 3º C 3200 300
Respostas: a) 4.107W; b) 3ºC
= ⇒ Τ1 = 375 K
4000 Τ1
Resposta letra (a)

20

15/05/2010 171/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0622)
(NI: 0620)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 04
Tópico 04 vestibulares
vestibulares
Questão 14
Questão 12 Nível: médio
Nível: médio Assunto: 5.24.56
Assunto: 5.24.56
Embora a variação ∆Q de calor pela temperatura abso-
τ
5 ⋅ 10 4 luta seja feita para o cálculo da variação da entropia,
O rendimento da máquina é: η = = = 50%
Q1 10 5 como se vê abaixo:
ΔQ mL 3 ⋅ 5,4 ⋅ 10 5
Trabalhando com estas temperaturas o rendimento da ΔS = = = ≅ 4343cal / K
Τ Τ 373
Τ2 450
máquina de Carnot seria: η = 1− = 1− = 10% No caso da temperatura variar, a maneira de
Τ1 500 calcular a variação da entropia seria a mesma.
Ou seja, nem só não trabalha segundo o ciclo de Carnot, A variação da temperatura é “desprezada” em
como é impossível com estas temperaturas obter rendi- relação à variação do calor tem algumas razões:
mento superior a 10% 1º) Por exemplo, para elevar 0,001ºC a temperatura de
uma caixa d”água de 1m3 são necessários 4200J. ou
Resposta letra (c) seja, a variação do calor é milhões de vezes maior, neste
caso do que a temperatura.
(NI: 0621) 2º) A diferença de temperatura está no denominador da
fração, o que só influencia o mínimo múltiplo comum
Caderno 02 entre a temperatura e outra muito próxima à primeira,
Física 03 por outro lado ∆Q está no numerador, o que a faz parte
Tópico 04 integral da soma.
vestibulares (A dedução completa do que foi acima manifestado está
fora dos padrões deste curso)
Questão 13 Resposta: 4343 cal/K
Nível: médio
Assunto: 5.24.56 (NI: 0623)
Caderno 02
Vários cientistas, entre eles Poincaré, tentaram Física 03
e tentam verificar mecanismos que evite a morte térmi- Tópico 05
ca do universo. Bem, se fosse possível o experimento de Propostas
Maxwell (e é possível, porém necessita de energia ex- Questão 01
terna para controlar a abertura da divisão entre os Nível: fácil
compartimentos), os dois ambientes ficariam cada vez Assunto: 9.34.93
mais em desequilíbrio térmico, alterando a ordem natu-
ral da natureza.

:
a) Analisando o gráfico percebemos que um período (um
ciclo completo) entre os instantes 0s e 2s, portanto o
período é 2s, como f = 1/T Æ f = 0,5. A amplitude é o
valor máximo ou o módulo do valor mínimo atingido
pela partícula. Podemos ver, pelo gráfico, que este ponto
vale 0,1m
b) A velocidade se anula, quando a partícula, em MHS,
Marvel © e Linux (livre)
muda de sentido. Isto ocorre, veja gráfico, nos instantes:
Resposta letra (a)
0,5s; 1,5s e 2,5s. Nestes pontos a amplitude é máxima, a
energia cinética é zero e a potencial elástica é máxima.
Respostas: a) 0,5Hz e 0,1m; b) 0,5s; 1,5s; 2,5s

21

15/05/2010 172/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0624) (NI: 0626)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 05 Tópico 05
Propostas vestibulares

Questão 02 Questão 02
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 9.34.93 Assunto: 9.34.93

Da elongação máxima ao ponto de equilíbrio passa-se A aceleração máxima ocorre quanto o bloco está na am-
1/4 do período, então: plitude máxima, está parado mudando de sentido.
2π ⎛ T ⎞ 2π 2π
Τ= ⇒⎜ ⎟= = = 1s
w ⎝ 4 ⎠ 4w 4 π
2
Resposta letra (d)

(NI: 0625)

Caderno 02
Física 003
Tópico 05 Pelo gráfico temos:
vestibulares O instante de amplitude máxima é 0,04s.
Amplitude é 5,0cm
Questão 01 Período 0,16s,
Nível: médio Massa = 0,1kg
Assunto: 9.34.94 k = 1,6.102N/m
Então:
Se ele atrasa significa que oscila com menor freqüência
e, portanto com maior período. k 1,6 ⋅ 10 2
w= = = 40rad / s
m 0,1
00 – Falso. Se aumentar o período, digamos 1 dia, o
relógio não marcará hora nenhuma, ou seja, aumentar o a max = − Aw 2 = −0,05 ⋅ 40 2 = −80 m / s 2
período não ajudará a reduzir o atraso. Obviamente a questão quer o módulo da aceleração má-
11 – Correto. Quanto menor for o período, mais rapi- xima a = 80m/s2
damente o pêndulo oscila, corrigindo assim o atraso. Resposta letra (e)
22 – Falso, Aumentando o comprimento do pêndulo seu
(NI: 0627)
L
período aumenta. Veja a relação: Τ = 2π .
g Caderno 02
33 – Correto. Exposto acima Física 03
44 – Falso. Pela relação da proposição 22 vê-se que o Tópico 05
período não depende da massa. vestibulares
Resposta: FVFVF
Questão 03
Nível: fácil
Assunto: 9.34.93

A velocidade máxima acontece quando o objeto passa


pelo ponto de equilíbrio e sua aceleração é zero. A fun-
ção co-seno neste ponto é zero, então:
k 50
w= = = 10 ⇒
m 0,5
v = − Aw = 0,1 ⋅ 10 = −1,0m / s
Obviamente a questão quer o módulo da velocidade má-
xima. v = 1,0m/s
Resposta letra (b)

22

15/05/2010 173/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0629)
(NI: 0628)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 05
Tópico 05 vestibulares
vestibulares
Questão 05
Questão 04 Nível: médio
Nível: alto Assunto: 9.34.95
Assunto: 9.34.93
Observe a seqüência das duas figuras abaixo:
A partícula estando em MHS de amplitude L e freqüên-
cia 10Hz, possui equação horária dada por:
x = L ⋅ cos(2π ⋅ f ⋅ t + ϕ 0 ) ⇒
x = L ⋅ cos(2π ⋅ 10 ⋅ t + ϕ 0 )
Considerando que no instante t2 , a partícula passa pela
2L
primeira vez em x = − , após ter passado em
2
3L
x= , temos:
2
Esta primeira é uma partícula em movimento circular

= L ⋅ cos(20π ⋅ t1 + ϕ 0 ) ⎪
3L uniforme. Observe agora, por outro prisma, imagine que
t1 ⇒
2 ⎪ esta partícula esteja em MCU sobre uma mesa, e você
⎬⇒ observe seu movimento no plano da mesa, segundo a
= L ⋅ cos(20π ⋅ t 2 + ϕ 0 )⎪⎪
2L figura abaixo:
t2 ⇒ −
2 ⎭
π ⎫
= cos(α ) ⇒ α = = 20π ⋅ t1 + ϕ 0
3

2 6 ⎪
⎬⇒

= cos(β ) ⇒ β = = 20π ⋅ t 2 + ϕ 0 ⎪⎪
2

2 4 ⎭
3 ϕ0 1 ϕ0 9 − 2 As equações que determinam o MCU são as mesmas
Δt = t 2 − t1 = − − + = ≅ 0,029s para o MHS, ou seja, quando temos a projeção no eixo
80 2 120 2 240
das abscissas de um MCU obtemos um MHS. E mais,
Resposta letra (b)
isto pode ser aplicado a qualquer movimento oscilatório
no qual a força restauradora é proporcional à distância
do ponto de equilíbrio.
Resposta letra (d)

23

15/05/2010 174/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0630) (NI: 0632)


Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 05 Tópico 05
vestibulares vestibulares
Questão 06 Questão 08
Nível: médio Nível: alto
Assunto: 9.34.95 Assunto: 9.34.95

Se ambas têm a mesma energia mecânica e a a) A relação entre os períodos é a relação entre os tem-
mesma freqüência temos: pos marcados, por cada relógio, ao final do dia:
k1 A12 k 2 A22 Τ30 24h − 8,64 s 86400 + 8,64
= ⇒ k1 A12 = k 2 A22 = = = 1,0001
2 2 Τ20 24h 86400
k1 k2
= ⇒ k1 m2 = k 2 m1 b) Pela relação dos períodos com os comprimentos dos
m1 m2 pêndulos temos:
⇒ m1 A12 = m2 A22 L30 L ⎫
Vemos que a massa é inversamente proporcional Τ30 = 2π ⇒ Τ302 = 4π 2 ⋅ 30 ⎪
g g ⎪
ao quadrado da amplitude. ⎬⇒
Resposta letra (e) L20 2 L20 ⎪
Τ20 = 2π ⇒ Τ20 = 4π ⋅
2

(NI: 0631)
g g ⎪⎭
Caderno 02 Τ302 L30 10002 ⋅ Τ202 L
Física 03 = ⇒ = 30 ⇒
Tópico 05 Τ20 L20
2
Τ20 L20
vestibulares L30 ΔL
Questão 07 = 1,0002 ⇒ = α ⋅ Δθ ⇒
Nível: médio L20 L20
Assunto: 9.34.95 1,0002 L20 − L20
= α ⋅ (30 − 20 ) ⇒
(01) Embora esta afirmação seja correta há de salientar L20
que existem movimentos periódicos cuja descrição atra- 0,0002 = α ⋅ 10 ⇒ α = 2 ⋅ 10 −5 º C −1
vés de senos e co-senos é extremamente difícil. Por e-
Respostas: a) 1,0001; b) 2.10–5ºC–1
xemplo: movimento da gota d’água no pingar de uma
torneira, a batida ritmada de palmas, movimento dos
cílios nos piscares de olhos durante um dia etc. Estes
envolvem matemática de nível superior de extrema com-
plexidade.
(02) O período, que é o inverso da freqüência, é dado

por: Τ = , ou seja, só dependa da velocidade angular
w
do movimento relacionado ao MCU conjugado.
(04) Correto. A velocidade é nula pois a partícula, neste
instante, muda seu sentido de orientação. A aceleração é
máxima, pois sendo esta diretamente proporcional à
força e a força diretamente proporcional à distância da
partícula ao ponto de equilíbrio, neste instante a acele-
ração é a máxima possível, em módulo.
(08) A energia mecânica é a soma da energia potencial
elástica mais a energia cinética, como uma se transfor-
ma na outra, há conservação, a soma é sempre constan-
te.
(16) Correto. Já que é um oscilador e harmônico simples
significa que pode ser descrito por funções simples de
senos e co-senos

Resposta: 01+02+04+16=23

24

15/05/2010 175/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0635)
(NI: 0633)
Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 05 Tópico 05
vestibulares vestibulares
Questão 09
Nível: alto Questão 11
Assunto: 9.34.95 Nível: fácil
Assunto: 9.34.95
Pelos dados temos:
A velocidade é dada por:
⎫ λ 2,5
= cos(wt ) ⎪ 2
x
v= = 5,0 = ⇒ Τ = 0,5s ⇒ f = 2 Hz
a ⎪x y2 Τ Τ
⎬ 2 + =1 A freqüência angular é dada por:
= sen(wt )
y ⎪ a 3
3 ⎪⎭ w = 2π ⋅ f ⇒ w = 2π ⋅ 2 = 4π ⋅ rad / s
Esta é uma elipse com centro na origem Resposta letra (a)
Resposta letra (b)
(NI: 0636)
(NI: 0634)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 05
Tópico 05 vestibulares
vestibulares
Questão 12
Questão 10 Nível: fácil
Nível: médio Assunto: 9.34.95
Assunto: 9.34.95

2
Sistema no primeiro estágio se compõe desta forma: k ⎛ 2⋅3⎞ k
= ⇒⎜ ⎟ = ⇒ k = 0,9 N / m
A força restauradora é dada por: Τ m ⎝ 2,0 ⎠ 0,1
F = ma = − mw 2 x Resposta letra (c)
E a força dada pela mola com a gravitacional é dado por:
F = −kx (NI: 0637)
− mw 2 x = − kx ⇒
Caderno 02
k1 Física 03
w1 = 2π ⋅ f1 = Tópico 05
m1 vestibulares
No segundo estágio uma mola (das três iniciais) é corta-
da e 1/3 da massa também. Portanto, a nova constante Questão 15
da mola e a nova massa passa a ser: Nível:
2 ⎫ Assunto: 9.34.95
k2 = k1 ⎪
3 ⎪
⎬⇒ O modelo de Bohr é bem simples, porém o MCU que o
2 ⎪ elétron, neste modelo, faz ao redor do núcleo, pode, como
m2 = m1
3 ⎪⎭ todo MCU, ser visto como um MHS. Veja as figuras
abaixo e suas projeções laterais
2
k1
k2 3 k1
2π ⋅ f 2 = = = = 2π ⋅ f 1 ⇒ f 2 = f 1
m2 2 m1
m1
3 A força eletrostática é a força centrípeta, então:
Resposta letra (a)
ke 2 v2 ke 2 k
= m ⇒v= =e
r2 r mr mr
Resposta letra (c)

25

15/05/2010 176/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0638) (NI: 0640)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 06 Tópico 06
Propostas Propostas

Questão 01 Questão 03
Nível: fácil Nível: fácil
Assunto: 9.35.97 Assunto: 9.35.97

λ Se ambas possuem a mesma freqüência, porém compri-


Velocidade é dada por: v = , pelo gráfico vemos que: mento de ondas diferentes, temos a seguinte relação:
Τ
λ2 = 2λ1 ⇒ v 2 Τ2 = 2v1Τ1 ⎫ v1 1
⎬v 2 = 2v1 ⇒ =
mas : f 2 = f1 ⇒ Τ2 = Τ1 ⎭ v2 2
Resposta letra (b)

(NI: 0641)

Caderno 02
Física 03
Tópico 06
Propostas

Questão 04
λ Nível: médio
v= = λ ⋅ f = 16 ⋅ 4,0 = 64,0cm / s
Τ Assunto: 9.35.97
Resposta: 64
A equação pode ser escrita da forma a seguir:
(NI: 0639) y = 3 cos(240π ⋅ t − 48 ⋅ π ⋅ x ) ⇒
Caderno 02
Amplitude ⇒ A = 3m
Física 03 2π
Tópico 06 w = 240π ⇒ Τ = ≅ 8,34 ⋅ 10 −3 s
240π
Propostas

λ= ≅ 4,2 ⋅ 10 − 2 m
Questão 02 48 ⋅ π
Nível: médio
λ 4,2 ⋅ 10 − 2
Assunto: 9.35.97 v= = ≅ 5,0m / s
Τ 8,34 ⋅ 10 −3
Observe a figura: Respostas: 3m; 8,34.10–3s; 4,2.10–2m; 5,0m/s

Vemos que entre dois vales consecutivos temos o com-


primento de onda de 80 cm.
A freqüência é o inverso do período, então: 1/0,25 = 4Hz
λ 80
E a velocidade é dada por: v= = = 320cm / s
Τ 0,25
Resposta letra (d)

26

15/05/2010 177/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0642) (NI: 0645)


Caderno 02
Física 03 Caderno 02
Tópico 06 Física 03
vestibulares Tópico 06
Questão 01 vestibulares
Nível:
Assunto: 9.35.97 Questão 04
Nível:
F 16 4 Assunto: 9.35.97
v= = −3
= −1 = 40m / s ⇒
d 10 ⋅ 10 10 Observe a figura:
v 40
f = = = 10 Hz
λ ,0
Resposta: 10

(NI: 0643)
Caderno 02 Nota-se que ainda não houve reflexão, pois ha-
Física 03 veria então alternância de fase no retorno.
Tópico 06 Conta-se também 10 ciclos completos deste a po-
vestibulares sição 0 cm à posição 200cm.
Questão 02 Fazendo todas as deduções necessárias para
Nível: fácil concluir a resposta às afirmações da questão, temos:
Assunto: 9.35.97
200cm
v 340
λ= = 20cm ⇒
λ1 = = = 17 m 10
f1 20 5
Τ= = 0,5s ⇒
v 340 10
λ2 = = = 1,7 ⋅ 10 − 2 m
f 2 20 ⋅ 10 3
λ 20cm
v= = = 40cm / s
Resposta letra (d) Τ 0,5s
1 1
(NI: 0644) f = = = 2 Hz
Caderno 02 Τ 0,5
Física 03
Tópico 06 I. Falso. Como demonstrado
vestibulares II. Correto. Como demonstrado
Questão 03 III. Falso. Como demonstrado
Nível: médio IV. Correto. Como demonstrado
Assunto: 9.35.97 V. Correto. Como demonstrado

Resposta letra (a)

v = λ ⋅ f = 2,0 ⋅ 6,0 = 12,0cm / s ⇒


Δx 60
Δt = = = 5s
v 12
Resposta: 05

27

15/05/2010 178/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0646) (NI: 0648)

Caderno 02 Caderno 02
Física 03 Física 03
Tópico 06 Tópico 06
vestibulares vestibulares

Questão 05 Questão 07
Nível: médio Nível: médio
Assunto: 9.35.97 Assunto: 9.35.96

(01) Correto. A distância entre duas cristas consecutivas I. Correto. As ondas eletromagnéticas não necessitam de
é o comprimento de onda (Obs.: não estamos aqui consi- um meio material para se propagar.
derando a profundidade do lago, o que influenciaria no II. Correto. Ondas longitudinais não se polarizam. Essa
cálculo de sua freqüência) é uma característica de ondas transversais.
(02) Indeterminado. Não existem dados suficientes no III. Incorreto. Podem ter amplitudes diferentes.
exercício para determinação da amplitude. IV. Correto. Os raios-X têm todas as propriedades de
v 0,4 ondas eletromagnéticas.
(04) Correto. f = = = 5 Hz Resposta letra (d)
λ 0,08
(08) Toda onda transfere energia e, aproximadamente, (NI: 0649)
todas apenas energia, não transfere massa.
(16) Um corpo oscilando verticalmente, enquanto a onda Caderno 02
se propaga horizontalmente é um exemplo de onda Física 03
transversal. Tópico 06
Resposta: 01+04+08=13 vestibulares

(NI: 0647) Questão 08


Nível: médio
Caderno 02 Assunto: 9.35.97
Física 03
Tópico v = λ ⋅ f = 2 ⋅1 ⋅ 260 = 520 m / s ⇒
vestibulares
T T
v= ⇒ 520 = ⇒
Questão 06 μ 0,02
Nível: médio 1
Assunto: 9.35.97 T
520 2 = ⇒ T ≅ 54 ⋅10 2 N
Observe as fotografias: 0,02
Resposta: 54

Vê-se que o comprimento de onda é 3,0m, e atinge este


ponto no instante que a máquina tira sua quinta foto-
grafia, porém o instante que se considera t =0,0s a onda
já teria percorrido 0,5m e teria se passado 0,05s do iní-
cio, então:
λ 3,0
v= = = 10,0m / s
Τ 6 ⋅ 0,05
Resposta: 10

28

15/05/2010 179/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0651)
(NI: 0650)
Caderno 02
Caderno 02 Física 03
Física 03 Tópico 06
Tópico 06 vestibulares
vestibulares
Questão 10
Questão 09 Nível: fácil
Nível: fácil Assunto: 9.35.96
Assunto: 9.35.96
Observe a figura a seguir:
00 – Falso. Demonstração a seguir:
f ouvido (max) 15000
= = 500
f ouvido (min) 30
3 ⋅ 10 8
f visão (max) 4 ⋅ 10 −7 = 2
=
f visão (min) 3 ⋅ 10 8

8 ⋅ 10 −7
11 – Falso. Demonstração a seguir:
λouvido (max) 330
= 30 = 5000 I. Vê-se claramente que as zonas de compressão da onda
λouvido (min) 330 longitudinal correspondem aos vales da onda transver-
15000
0
sal, portanto ambas possuem o mesmo comprimento.
λvisão (max) 8000 Α II. Correto. As ondas sonoras são caracterizadas por
= =2 zonas de compressão e zonas de rarefação. (o que fazem
λvisão (min) 4000 Α0 vibrar o tímpano, resultando no sentido da audição)
III. Falso. A velocidade é a relação entre o comprimento
de onda e o seu período. Caso o comprimento de uma
22 – Verdadeiro. Demonstração a seguir:
das ondas aumente, não se pode preservar o período e
f ouvido (max) − f ouvido (min) = 14970 Hz ainda assim determinar que ambas possuam a mesma
velocidade.
3 ⋅ 10 8 3 ⋅ 10 8
f visão (max) − f visão (min) ⇒ −7
− −7
= 3,75 ⋅ 1014 Hz Resposta letra (a)
4 ⋅ 10 8 ⋅ 10

33 – Falso. Demonstração a seguir:


330 330
λouvido (max) − λouvido (min) = − ≅ 11m
30 15000
λvisão (max) − λvisão (min) = 8 ⋅ 10 −7 − 4 ⋅ 10 −7 = 4 ⋅ 10 −7 m

44 – Falso. A razão é a maneira mais eficaz, uma vez


que relaciona quantas vezes uma grandeza é maior que
a outra. Sendo a resposta uma grandeza adimensional
Resposta: FFVFF

29

15/05/2010 180/181
Prof. Sérgio Torres Apostila 02 Física Pura

(NI: 0652)
Caderno 02
Física 03
Tópico 06
vestibulares
Questão 11
Nível:
Assunto: 9.35.97
Vemos que é uma onda de propagação transver-
sal, portanto vamos, a priori, determinar a posição das
cargas quando (x=0, t=0) e (x=π , t=0)
π
y (0,0 ) = ⋅ sen(0 − w ⋅ 0 ) = 0
2
π
y (π ,0 ) = ⋅ sen(π − w ⋅ 0 ) = 0
2
Vemos assim que a distância inicial das cargas é π e
ambas encontram-se no eixo x, portanto a energia po-
tencial elétrica inicial é dada por:
kQ(− Q ) kQ 2
Ei = =−
π π

Sabendo que w = , vamos determinar a posição das
Τ
cargas quando t = T/4

Em primeiro lugar para x = 0


⎛ Τ⎞ π ⎛ 2π Τ ⎞ π π
y⎜ 0, ⎟ = ⋅ sen⎜ 0 − ⋅ ⎟ = ⋅ (− 1) = −
⎝ 4⎠ 2 ⎝ Τ 4⎠ 2 2
Ou seja, a primeira carga encontra-se agora no ponto:
Τ ⎛ π⎞
x = 0; t = ⇒ Q ⇒ ⎜ 0,− ⎟
4 ⎝ 2⎠
Agora vamos determinar a posição da segunda carga,
para x=π e t= T/4.
⎛ Τ⎞ π ⎛ 2π Τ ⎞ π
y⎜ π , ⎟ = ⋅ sen⎜ π − ⋅ ⎟=
⎝ 4⎠ 2 ⎝ Τ 4⎠ 2
Então a segunda carga está no ponto
Τ ⎛ π⎞
x = π ;t = ⇒ Q ⇒ ⎜π , ⎟
4 ⎝ 2⎠
Calculando a distância entre estes dois pontos temos:
2
⎛ π ⎛ π ⎞⎞
d = (π − 0 ) + ⎜⎜ − ⎜ − ⎟ ⎟⎟ = 2π 2 = π 2
2

⎝ 2 ⎝ 2 ⎠⎠
Então a energia agora é dada por:
− kQ 2
Ef =
π⋅ 2
Então:
− kQ 2
Ef
= π ⋅ 2 ⇒ Ef = 2
Ei − kQ 2
Ei 2
π
Resposta letra (b)

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