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11/02/2020

- Territorio: Ambiente e cultura.


- Contradição entre maioria e minoria.

TEXTOS
Futebol Libertario: Compromisso Social na Medida.
- A luta pela efetivação dos direitos da criança e do adolescente tem conseguido algumas conquistas
importantes durante os últimos anos, como, por exemplo, na organização da luta contra as violações
dos seus direitos. Apesar disso, ao olharmos ao nosso redor, notamos uma distância muito expressiva
entre aquilo que está na legislação e o que de fato é garantido pela família, pela sociedade e pelo
Estado.
- Ao estudar a realidade da criança e do adolescente que moram nas periferias de São Paulo, a
ineficácia do sistema educacional que tem sido oferecido pelo Estado.
- A realidade social no Brasil não é diferente, como se pode ver pelas crises que se agravam, cada vez
mais, devido às relações injustas de poder que o modo de produção capitalista impõe sobre as camadas
ditas “populares”, tornando-as subalternas. Em outras palavras, os privilegiados que possuem o acesso
à tecnologia, ao capital e ao controle de informação constroem um sistema que é capaz de domesticar e
alienar a si mesmo e a milhares de crianças e adolescentes que estão confinados e quase fadados a uma
vida sem perspectivas, sem o acesso a uma educação crítica e transformadora.
- O ECA supera a velha visão vingativa e punitiva contida no Código de Menores ao estabelecer uma
visão pedagógica e educativa.
- A realidade dos adolescentes brasileiros, incluindo aqueles no contexto socioeducativo, evidencia e
exige atenção do Estado e força uma agenda de prioridades no sentido de efetivar políticas públicas e
sociais, e, sobretudo, amplifica os desafios da implementação da política de atendimento aos
adolescentes, já que, pelos dados apresentados, a adolescência não se encontra preservada. Para
entender o universo onde se desenrola esse trabalho, há que se contextualizar o papel dos Centros de
Defesa, nessa fase pós-estatuto, até chegar à entidade onde o trabalho foi desenvolvido.
- Os Centros de Defesa estão inseridos no Sistema de Garantia de Direitos.
- Não atuam somente na área da defesa, mas intervêm juridicamente e garantem o acesso à Justiça,
além de manter a formação e a capacitação para contribuir com a mobilização e a disseminação dos
direitos aos atuantes da área da infância e da juventude.
- No contexto da educação, o esporte inserese a partir de uma nova concepção. Parte-se do princípio de
que esse fenômeno pode ser um método pedagógico, ou seja, um meio de desenvolvimento das
diversas potencialidades humanas que supere a visão de aprender o esporte apenas enquanto técnica e
instrumento de atividade corporal, e que se proponha a ser um fator de desenvolvimento integral da
criança e do adolescente.
- Essa modalidade esportiva a partir de uma análise cultural, e afirma que o futebol é uma forma que a
sociedade brasileira encontrou para se expressar e, nesse sentido, afirma que é uma forma de prática da
cidadania. Como o carnaval, o futebol, no Brasil, abre a possibilidade da expressão individualizada e
livre, em uma rede de relações humanas, ocasião em que alguém pode revelar-se como é, com suas
habilidades e fraquezas.
- Os quatro pilares da educação são concebidos como territórios do desenvolvimento de potenciais; as
quatro aprendizagens são integradas e precisam ser identificadas como experiências para a vida. O
aprender a ser, aprender a conviver, aprender a conhecer e aprender a fazer nortearam o desenho de um
conceito de competências, atitudes e habilidades.
- Competências pessoais (aprender a ser), sociais (aprender a conviver), cognitivas (aprender a
conhecer) e produtivas (aprender a fazer) são utilizadas como pontos de referência do trabalho dos
educadores no momento de planejamento, execução e avaliação do trabalho.
- “Ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a
sua construção”.
- “Estar aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas dos educandos, às suas inibições, um ser
crítico e inquiridor, inquieto em face da tarefa”
- O Futebol Libertário teve início em 2005, após uma experiência prévia em um projetopiloto que criou
uma metodologia específica que utilizou o futebol como elemento educativo crítico, ou seja, sem fazê-
lo perder a sua especificidade enquanto esporte/ jogo, mas aproveitá-lo como um instrumento de
transformação social. Para isso, foi necessário que os envolvidos nesse processo pedagógico de
aprendizagem do futebol incorporassem, ao mesmo tempo, através da prática e da reflexão, uma nova
concepção de esporte e de relacionamento humano, calcada em princípios que combatem o
individualismo, a vitória a qualquer custo, o autoritarismo e as mais diversas expressões de
discriminação e preconceito (racial, sexual, cultural, etc.), entre outros valores que nos distanciam de
uma sociedade verdadeiramente justa e democrática.
- A análise dos encontros procura fazer uma relação entre o coletivo e o individual, dando ênfase à
construção das relações da convivência grupal, nas suas diferentes etapas. Na proposta metodológica
que foi denominada de PAIS, existem quatro etapas que se complementam cotidianamente: preparando
o terreno, analisando o jogo, imaginando o futuro e saindo de campo.
- Preparando o terreno - Trata-se dos primeiros momentos para a formação do grupo, quando se inicia a
construção dos vínculos. É entendido como o momento da construção da estrutura e da identidade
dessa formação, e, fundamentalmente, é uma etapa de esclarecimento do funcionamento geral das
atividades assim como da formação do que se combina para a convivência.
- Analisando o jogo - Essa etapa é marcada por uma reflexão mais aprofundada de si mesmo e da
coletividade a que se pertence, e tem como foco os direitos fundamentais e as questões da
territorialidade. É o momento marcado para olhar para fora e analisar toda a situação. Essa fase leva os
adolescentes e a equipe a refletir sobre o local de moradia, o transporte e as redes que deveriam
funcionar atendendo ao cidadão. É o momento de confronto de realidades.
- Imaginando o futuro - Essa etapa diz respeito aos sonhos e perspectivas dos adolescentes como um
momento de elaboração de um mini-projeto, e cria a cultura de projetarse. É o momento crucial de
redefinição ou de confirmação do plano de atendimento individual e do estabelecimento de metas
concretas e possíveis. isto é, o futuro norteia as práticas do presente.
- Saindo de campo - Essa é a etapa de concretude de todo o trabalho, que visa à saída dos adolescentes
da medida. O desligamento do projeto é tratado como processo, e representa o momento da autonomia
e da ação. É o momento da avaliação das próprias conquistas e decisões que foram tomadas, pois é
importante que o projeto consiga auxiliar no desenvolvimento das competências trabalhadas.
- Ainda se tratando do aprender a conhecer, despertar a consciência de direitos e deveres é mais um
foco de trabalho, e entendese que esse é um fator importante que se reflete no desenvolvimento
socioeducativo e que é avaliado, produtivamente, através da busca de encaminhamentos aos serviços
públicos por parte dos participantes.
- Os adolescentes que participaram deste trabalho viveram na “pele” a representação que atribui ao
esporte a pior conotação de “quem não tem o que fazer”, que é impregnada dos discursos da sociedade
e reproduzida por algumas famílias que acompanharam o processo.
Psicologia na Assistencia Social: Um Campo em
Formação.
- a Constituição de 1988 a definiu como uma política pública de direitos não contributiva, que compõe,
juntamente com a Saúde e a Previdência, o sistema de seguridade social do país. o sistema de
seguridade social do país. Isso determinou que a ideia, até então hegemônica, de assistência social
como caridade, benevolência e ajuda desse lugar às noções de direito, cidadania e política pública.
- Em 1993, foi aprovada a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) (Lei n. 8.742/1993), que
“ratificou e regulamentou os artigos 203 e 204 da Constituição Federal, assegurando a primazia da
responsabilidade do Estado na gestão, financiamento e execução da Política de Assistência Social”. Foi
criado, na década seguinte, o Sistema Único de Assistência Social (SUAS), um sistema descentralizado
e participativo, responsável por regular e organizar a oferta de programas, projetos, serviços e
benefícios socioassistenciais em todo o território brasileiro.
- Cabe ressaltar que o SUAS não é um programa, mas uma forma de gestão da assistência social como
política pública, que prevê ações contínuas e por tempo indeterminado. Ele está organizado em dois
níveis de proteção social: a básica e a especial. A proteção Social Básica (PSB) tem como finalidade
prevenir situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social por violação de direitos, sendo que para
isso busca desenvolver potencialidades e aquisições, bem como fortalecer vínculos familiares e
comunitários. Seus serviços são executados de forma direta nos Centros de Referência da Assistência
Social (CRAS) e de forma indireta nas entidades e organizações de assistência social da área de
abrangência do CRAS, que mantêm convênio com o poder local, constituindo a rede socioassistencial.
A Proteção Social Especial (PSE), é destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação
de risco pessoal e social, por violação de direitos (tais como abandono, maus-tratos físicos e/ou
psicológicos, uso de substâncias psicoativas, violência sexual e situação de rua). Suas ações são
desenvolvidas pelos Centros de Referência Especializada de Assistência Social (CREAS) e pelos
serviços a eles referenciados.
- A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS prevê a contratação
de psicólogas(os) para trabalhar nas equipes de referência tanto da PSB quanto da PSE.
- Há um grande descompasso entre a formação acadêmica em Psicologia e o cotidiano de trabalho no
SUAS. O despreparo acaba gerando ansiedade, angústia, tensão, incômodo e uma “sensação de estar
perdido” em relação à própria atuação e ao lugar que ocupa na política. Para tentar minimizar essa
angústia, muitas(os) psicólogas(os) recorrem aos documentos normativos elaborados pelo Ministério
do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP).
Esses materiais servem mais como uma fonte de inspiração do que como uma orientação concreta, uma
vez que eles não dizem exatamente o que fazer nem como fazer. Apenas dão diretrizes gerais para
orientar a prática profissional - e não poderia ser diferente, já que documentos demasiadamente
prescritivos e tecnicistas desconsiderariam as demandas do território e a capacidade de as equipes de
referência inventarem novas práticas.
- O enfoque interdisciplinar é adotado como processo de trabalho no âmbito do SUAS, a partir da
compreensão de que o principal objeto de ação da política de assistência social - as vulnerabilidades e
riscos sociais - não são fatos homogêneos e simples, mas complexos e multifacetados, que exigem
respostas diversificadas alcançadas por meio de ações contextualizadas e para as quais concorrem
contribuições construídas coletivamente e não apenas por intermédio do envolvimento individualizado
de técnicos com diferentes formações. O trabalho interdisciplinar exige que uma equipe
multiprofissional supere a abordagem tecnicista, segundo a qual o trabalho de profissionais de
diferentes áreas é enfocado como uma atribuição específica e independente.
- Formação que capacite as(os) estudantes de Psicologia para não apenas conciliar pesquisas e métodos,
mas construir novas formas de interpretar e de operar no mundo.
- Muitas das(os) psicólogas(os) que atuam no SUAS têm o primeiro contato com as normativas da
política quando estão se preparando para o concurso público. O concurso serviria, assim, como um
dispositivo que estimula as pessoas a lerem, estudarem e conhecerem a política social na qual estão se
candidatando para trabalhar. Serviria não somente como uma etapa do processo de inserção
profissional, mas como um momento de formação. Mas não podemos deixar de considerar que, em
vários municípios brasileiros, muitas(os) das(os) profissionais do SUAS são contratadas(os) pelas
chamadas “entidades conveniadas”, ou seja, não passam por esse processo de “formação” e chegam
sem nunca ter ouvido falar em CRAS, CREAS, Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).
- Outra crítica diz respeito à ênfase que muitos cursos de graduação em Psicologia dão às práticas
clínicas – práticas essas que tendem a reproduzir o modelo hegemônico de intervenção psicológica,
voltado às populações social e economicamente favorecidas.
- Os documentos legislativos e as referências técnicas elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia
deixam claro que o SUAS não é espaço para fazer psicoterapia e que a(o) usuária(o) que precisa de
atendimento clínico deve ser encaminhada(o) para outros serviços da rede.
- A drogadição é causa ou é consequência da miséria? A pobreza não é um atributo individual, e sim
uma condição social, econômica e política. “O indivíduo não é pobre por ter pouco ou nenhum
dinheiro; é desfavorecido de recursos ou de rendas porque, na ausência de saúde, de ocupação
remunerada, de instrução de relações, de capital negociável ou intransferível, ele não pode impor seus
direitos sobre os demais, sobre o trabalho alheio”.
- Uma boa formação em Psicologia não deve ser prescritiva. Usando uma metáfora gastronômica, ela
não deve dar a “receita do bolo”, mas apresentar ingredientes, técnicas de cocção, sabores, odores,
paladares, hábitos e culturas culinárias. Uma boa formação em Psicologia deve, portanto, dar condições
para que psicólogas(os) possam, de maneira criativa e inventiva, produzir saberes e práticas situados.
- Os estágios supervisionados permitem um contato inicial com as realidades, com as práticas,
dificuldades e lógicas que permeiam o trabalho na Assistência Social, já que disciplinas que
desenvolvem uma atitude investigadora também contribuem para o trabalho, e ensinam a organizar
informações, promovem uma discussão sobre processos de produção de conhecimento, estimulam uma
postura questionadora, curiosa, de busca de outras possibilidades de resposta para perguntas que,
aparentemente, são simples de serem respondidas.
- O grande desafio da(o) psicóloga(o) que atua no SUAS é “desenvolver conhecimentos e práticas que
promovam a mudança dentro de uma sociedade que favoreça ações de manutenção. Por isso, é preciso
que se trabalhe também a conscientização da própria classe profissional desde a formação”
- Em que medida estamos, por meio de nossas práticas psicossociais, contribuindo para a transformação
e com a melhoria da qualidade dos serviços, programas e projetos das políticas públicas de assistência
social? Quem transforma o quê, para quê, para quem, como? Quem define o que é um serviço de boa
qualidade? Como entendemos política pública?
- Política pública como um “território de várias disciplinas, teorias e modelos analíticos, comportando
vários olhares, onde os desenhos e formulações desdobram-se em planos, programas e projetos” muitos
desses oriundos de propósitos e plataformas eleitorais de governos democráticos e da luta de
movimentos sociais diversos.
- considerar a importância de identificar as situações nas quais as práticas profissionais e os estágios
supervisionados são desenvolvidos. Ou seja, implica considerar que precisamos analisar a interação
entre as estruturas presentes e as ações, as estratégias, os constrangimentos, as identidades, as histórias
e as culturas em que eles estão situados. Assim, acreditamos que não podemos tomar as políticas
públicas como algo preexistente e independente das práticas que as fazem existir. Temos de entendê-las
como um produto social especificamente situado, que nos ajuda a falar sobre o governo e sobre suas
formas de governar ações, programas e projetos.
- O SUAS vai à universidade:
Propõe o debate sobre temas como: (a) a pobreza como um campo de investigação e intervenção da
Psicologia; (b) a história da assistência social no Brasil; (c) a Política Nacional de Assistência Social;
(d) os programas, serviços e benefícios do SUAS; (e) o processo de “terceirização” e precarização do
trabalho na área; (f) as noções de família e autonomia na política de Assistência Social; (g) o trabalho
interdisciplinar e intersetorial e (h) as dificuldades, desafios e potencialidades do trabalho da(o)
psicóloga(o) no SUAS. Mais do que apresentar a política e as possíveis contribuições da Psicologia
para sua implementação, essa disciplina busca oferecer elementos que auxiliem as(os) futuras(os)
profissionais a construir uma prática pautada em uma leitura crítica da “realidade”. Mais do que
oferecer respostas, busca fomentar a habilidade de fazer perguntas (e de procurar caminhos para
respondê-las). Busca incentivar a habilidade de questionar noções tidas como naturais. De considerar
elementos contextuais. De pensar (e agir) em rede. Busca formar psicólogas(os) que não se esquecem
nunca de problematizar os efeitos de sua própria prática profissional. A vivência prática, por meio de
um estágio supervisionado, é o ponto de partida. E as discussões mais “teóricas” são o complemento
que permite dar sentido ao que é experenciado “em campo”.

- A universidade vai ao SUAS:


Objetivo oferecer às(aos) alunas(os) uma formação voltada às questões psicossociais, culturais e
econômicas das realidades brasileiras. Programa está baseado em um tripé teórico, metodológico e
político que não pode prescindir das contribuições teóricas da Psicologia Social Crítica, mas que
também não pode abrir mão de outros conhecimentos transversais, como as teorizações de gênero, da
educação ambiental e dos estudos da violência. Além disso, ela busca aproximar as(os) alunas(os) de
estudos que abordam a condição programa está baseado em um tripé teórico, metodológico e político
que não pode prescindir das contribuições teóricas da Psicologia Social Crítica, mas que também não
pode abrir mão de outros conhecimentos transversais, como as teorizações de gênero, da educação
ambiental e dos estudos da violência. Além disso, ela busca aproximar as(os) alunas(os) de estudos que
abordam a condição .
A “Sala de Espera” é uma atividade oriunda dos serviços de saúde, que foi incorporada e ressignificada
na Política de Assistência Social, parte do pressuposto de que o espaço no qual as(os) usuárias(os)
aguardam atendimento é um espaço dinâmico, onde as pessoas observam o que acontece à sua volta,
conversam, trocam experiências, se emocionam... esse espaço dinâmico e dialógico tem sido usado
tanto para promover acolhimento e ações de educação/promoção de saúde quanto para produzir
informações sobre o modo como as(os) usuárias(os) avaliam o serviço e/ou cuidam de si.
Enquanto aguardavam atendimento, as(os) usuárias(os) eram estimuladas(os) a participar de uma
“Oficina de Palavras”. Nessa oficina, escolhiam uma “palavra do dia” e, a partir dela, atribuíam
sentidos e expressavam posicionamentos éticos e políticos acerca de seu cotidiano de vida. Palavras
como cidadania, direitos sociais, meio ambiente e, principalmente, saúde foram as escolhidas com mais
frequência.
Com o passar dos encontros, o espaço da Sala de Espera Social foi se ampliando para outras práticas
comunitárias de resistência e garantia de direitos sociais. Entre elas, destacamos os convites para
autoridades públicas irem ao CRAS para darem informações sobre o funcionamento dos programas; a
participação em rádios locais para cobrar o cumprimento das promessas realizadas; elaboração de
abaixo-assinados e a organização de uma passeata para reivindicar melhorias específicas para a
comunidade. essa prática conseguiu, por meio de uma metodologia participativa, atender à demanda
das(os) usuárias(os) por melhoria na qualidade de atendimento e no funcionamento dos serviços. Além
disso, ela conseguiu constituir um espaço de diálogo entre usuárias(os), estagiárias(os) e gestoras(es)
públicas(os), que atendesse à perspectiva da integralidade e da universalidade das políticas que
conformam o sistema de seguridade social.
Práticas críticas, criativas e transformadoras não estavam prontas, esperando por nossas(os)
estagiárias(os) para implementá-las. Afinal, o CRAS é um campo de tensão, de disputas, de argumentos
e de convencimento, no qual as ações propostas podem ou não ser efetivadas de acordo com a
conjuntura local, com a forma de inserção das(os) estagiárias(os) no campo e com o preparo dado pela
formação acadêmica.
- À(ao) profissional de Psicologia despreparada(o), que desconhece a lógica que alimenta as políticas
públicas, só resta engendrar o que lhe mandam, cumprir o esperado. temos de constantemente duvidar
de nossas certezas e refletir sobre os efeitos de nossas práticas – o que implica considerar a dimensão
política da gestão, a cultura e a história na qual nossa atuação acontece. valorizem os saberes e
habilidades específicas da equipe de referência. Que transformem leis, diretrizes e normativas em
práticas concretas de intervenção.

01/09/2020
- Terceiro setor existe por incopentencia do estado.

08/09/2020
- Devemos procurar a elaboração de uma psicologia genuinamente brasileira, focada no nosso
cotidiano, para alcançar nosso povo.
- Criticar a visão atual, muitas vezes eurocentrista, e até norte americana, e valorizar nosso contexto,
pois a aplicação deve entrelaçar uma teoria e pratica que seja conveniada a nossa realidade.
- Quem é o ser humano que o psicologo brasileiro deve atingir?
- Para Ciampa, a identidade é uma metamorfose, algo que vai se construindo aos poucos.
- O ser humano é determinado socialmente para a psicologia social. Para a psicologia social
latinoamericana, somos um corpo social, com avanços possiveis. Um processo de humanização.
Nos constituimos humanos, ser humano é uma construção social.

22/09
- A Psicologia social utiliza algo do behaviorismo.
- A mente e o comportamento não é, é algo que esta… acompanham nosso cotidiano, não é separavel
do corpo.
- Pensar socialmente é compreender que toda constituição humana, principalmente a psiquica, é social.
- Portanto o homem não se separa do social, nem mesmo enquanto o grupo. Necessario entender todo o
movimento do grupo (passado e hoje).
- Psicologia historico cultural é utilizada para entender o psiquismo social.
- Superar o biologico não é o negar, e sim supera-lo, para construir o psiquismo. Por tanto, o homem
alem de ser determinado pela genetica, é determinado pelas condições sociais.
- Necessario superar o empirico, o que é captado sensorialmente para se atingir o homem como social.
- O Ver então é entender a construção social, a partir de nossas experiencias, para se ter um
desenvolvimento.
- Todas as vivencias somam um olhar, mas o que se deve sobressair, é o julgamento teorico.
- Ideologias surgem para mascarar dados concretos, mantendo o sujeito em um processo de alienação.

29/09/2020
ENCONTRO COM A ASSISTENTE SOCIAL CLAUDIA PRATES MEJIA, COORDENADORA
DO CRAS PARQUE NOSSA SENHORA DAS DORES.
- Numero expressivo de idosos em Limeira. Grupos com 60 idosos por exemplo em certos centros.
- SUAS responsavel pelas diretrizes de assistencias sociais. Trabalha-se com proteção básica e especial,
CRAS e CREAS.
- Dentro da politica social é necessario trabalhar com a segurança social: Acolhimento (CRAS
necessita de uma equipe minima para desenvolver o PAIF); Convivio (Trabalha a restauração e
fortalecimento dos laços de pertencimento, dentro da familia e da comunidade); Segurança de Renda
(Programas de transferencia de rendas, beneficios e auxilios de renda); Segurança da Autonomia
(Oficinas e grupos para capacidades e habilidades, visando a cidadenia e protagonisto. Trabalha-se o
desenvolvimento do eu, da autonomia); Apoio e Auxilio (riscos circustanciais, disponibilizasse
materiais como alimentos por exemplo).
Para o PAIF funcionar, necessita-se a presença desses cinco eixos. O psicologo trabalha em conjunto
com o assistente social, o famoso atendimento psicossocial.
“Trabalho individual caminha pouco, por meio do grupo as respostas são mais rapidas”
- Utiliza-se a abordagem sistemica, que considera o contexto e as relações envolvidas.
- A politica de assistencia social em limeira começou nos centros comunitarios.
- A população tem um conceito de assistencia social apenas como assistencialismo (cesta basica),
porém se trabalha mais que isso (o beneficio esta atrelado ao serviço).
- Trabalhar a interpretação do inviduo (por exemplo, se o sujeito consegue interpretar como ele entrou
no serviço, e como esta agora).
- Equipes composta por educadores, profissionais de limpeza, assistentes social, e terapeutas.
- Utiliza-se o espaço fornecido para desenvolver grupos de serviço a suporte (adolescentes e idosos por
exemplo).
- O Assistente Social dá o apoio em cada equipamente, onde ocorre distribuição de familias.
- Familia não tem ciencia de que o problema é social.
- Entender o contexto em que as familias estão inseridas, para se pensar no fortalecimento dos vinculos
(geralmente acreditam que o profissional esta no local para criticar, por isso necessario criar os
vinculos).
- O trabalho em rede é importante, por conta de uma multidiversidade nos casos trabalhados (saude,
higiene, assistencia social).
- Referencia e contra-referencia: Primeiro contato, onde se encaminha o sujeito e uma visão apoos o
primeiro contato.
- Articulação em rede de suma importancia, porém um desafio é entender o territorio (alguns
profissionais com conceito equivocado sobre territorio, uma ideia geografica, quando deveria ser um
espaço vivo).
- Conhecer o territorio fica mais coeso ao trabalhar com a familia, mais facil de se atingir os objetivos,
pois a familia pode se apropriar do territorio.
- A população não reconhece o territorio em que esta inserido (utilizar locais publicos de maneira
erronea, não cuidando. Vandalismo por exemplo).
- Pós golpe: Diminuição dos concursos publicos no setor social, o que leva a um sobrecarregamento do
profissional, ainda mais em tempos de isolamento.
-CEPROSOM é uma autoarquia, funciona a parte da prefeitura, portanto tem autonomia.

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