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Desdentado Total:
Overdenture ou Protocolo?
Bruno Aguiar

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Lucas 13:28

INTRODUÇÃO
 O planejamento para reabilitação protética com implantes
está diretamente relacionado às condições bucais
presentes.

 Para a definição do tipo de prótese, os problemas


existentes são avaliados, determinando se é desejável uma
restauração fixa ou removível.

 O objetivo da Implantodontia é oferecer uma alternativa


de tratamento mais simples, eficiente e prognosticável, que
satisfaça às necessidades e anseios do paciente.
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OVERDENTURE

As reabilitações bucais com overdentures


constituem uma ótima alternativa para
desdentados totais, principalmente para
os que possuem dificuldades de
adaptação a dentaduras convencionais.

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QUESTÕES IMPORTANTES

 Porque não está satisfeito com a prótese atual?


 Porque deseja usar implantes?

 Primeiro Passo: Correção da prótese antiga


 Avaliação da linha do sorriso e suporte labial

 DUPLICAR A PRÓTESE

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PROTOCOLO X
OVERDENTURE
OVERDENTURE: Restauração Facial

PROTOCOLO:
Pacientes mais jovens
Boa capacidade para higiene oral
Boa quantidade de gengiva inserida

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OVERDENTURE
Alguns parâmetros para a confecção de overdentures em
pacientes com MAXILA edêntula:
• O número de implantes é preferencialmente quatro;
• Os implantes devem ser igualmente distribuídos ao longo
da arcada;
• A terapia com overdenture é mais consistente com uma
ótima colocação dos implantes considerando-se a
qualidade e a quantidade de osso;

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OVERDENTURE

• As sobredentaduras podem resolver melhor


os problemas de estética e de fonética;
• A base vestibular da sobredentadura
promove suporte para o lábio;
• A sobredentadura pode ter um desenho
modificado, sem a abóbada palatina.

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OVERDENTURE - INDICAÇÕES

1. Pouca retenção para próteses convencionais

2. Pacientes com dificuldades fonéticas

3. Pacientes que se submeteram a cirurgias


ressectivas na maxila ou mandíbula

4. Hipossialia, macroglossia, fenda palatina

5. Problemas psicológicos (Ânsia, etc.)

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OVERDENTURE SOBRE IMPLANTES

Modalidade terapêutica consagrada e uma das mais


utilizadas até hoje na reabilitação de indivíduos que
perderam todos os seus dentes.
Prótese Total Removível retida por implantes. (PTR)
Toda overdenture deveria ser somente
MUCOSURPORTADA e IMPLANTO-RETIDA
NUNCA IMPLANTO SUPORTADA

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PLANEJAMENTO DAS
OVERDENTURES

1. As mesmas fases de uma PTR convencional


2. Superior principalmente com bom vedamento
3. Planejamento Reverso

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Sendo próteses
mucossuportadas, qual área
essas próteses devem
abranger?

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Qual o numero de implantes?

Aos pares, simetricamente distribuídos.


04 para maxila e 02 para mandíbula.
Conhecimento do funcionamento dos sistemas
retentivos para elaboração de planejamentos
adequados

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Quais os requisitos para a escolha dos


sistemas retentivos?
 Espaço Intermaxilar – 12 a 15 mm.

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Quais os requisitos para a escolha dos


sistemas retentivos?

Paralelismo entre os implantes


Marca Comercial
Tipo de sistemas de retenção.

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OVERDENTURE: TIPO BARRA CLIPE

 Sistema de Retenção onde os implantes se encontram


ferulizados por uma estrutura metálica, que permitirá a
colocação do sistema de retenção (Clipes). Antonio Carlos
Cardoso et al., 2010
 Seja qual for o formato da barra ela precisa ter 2 mm do
rebordo.
 Distancia mínima de 19 a 23 mm de um implante a outro.
 Evitar Cantilervers
 Paralelas ao eixo bicondilar

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Posicionamento da Barra: Qual a


posição mais favorável?
 Depende da posição dos implantes
 Comprimento ideal: 20mm
 Curta: Problemas de retenção
 Longa: Invasão do espaço da língua
 Paralela à linha que une os côndilos

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Relacionamento Vertical da Barra


 Espaço amplo ( 2mm ou + )
 Permite a passagem de saliva e/ou resíduos alimentares
e possui fácil higienização

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Barra Clip: Incovenientes?

Retenção? O sistema ERA


tem mais retenção
Laboratório (custo)
Espaço inter-maxilar
A barra ocupa muito
espaço na prótese.
Fragilizando a prótese

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Tricae Conexão

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Overdentures tipo bola (O´RING)

É o sistema de retenção onde os implantes não se


encontram ferulizados, e a carga transmitida pela
prótese irá se dividir de forma independente sobre
cada um dos implantes e também sobre a mucosa
alveolar.
É o mais utilizado.
Preferencialmente paralelos.
Divergência máxima de 10 graus

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Overdentures tipo bola


(O´RING)
A confecção de uma ovendenture com
o sistema O´ring é bem mais fácil para o
técnico e o clínico, se comparado com o
sistema barra clip.

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INDICAÇÕES
Implantes posicionados distantes um do outro,
onde o risco de deformação da barra torna
inviável o uso dos sistema barra-clip
Sempre que os implantes estiverem paralelos entre
si
Implantes de bom diâmetros e comprimentos.
Quando o paciente apresenta dificuldades de
executar sua higiene oral.

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COMPONENTES DO SISTEMA O´RING

 O´RING OU MUNHÃO BOLA: Parafusado diretamente no implante;

 CÁPSULA METÁLICA: Possui internamente um anel de borracha e


será incorporada à base da prótese, melhorando a sua
retenção;

 ANEL ESPAÇADOR: Permite o stop da cápsula ao munhão bola


(O´ring).

 CÁPSULA DE PRENSAGEM: Serve para efetuar a conformação do


espaço necessário para a transferência da cápsula do O´ring
para o interior da base da prótese.

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Sistema ERA ( Esternal Resilient


Attachment)
 Sistema de Cápsulas resilientes.
 Condição macho – fêmea com características próprias
 Cor preta de Captura
 Cor Branca: Retenção leve
 Cor Laranja: Retenção moderada
 Cor azul: Retenção forte
 Cor Cinza: Retenção muito forte
 Cor Vermelha: O mais retentivo

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PROTOCOLO DE BRANNEMARK

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Seleção dos Pacientes

 Bruxismo – Não pode fazer carga imediata


 Drogas Imunossupressoras – Perda da
Osseointegração
 Drogas cititóixicas – Perda da Osseointegração
 Periodontite Juvenil: até pode ocorrer a
ossieointegração, mas a inflamação persistente
gengival leva à perda óssea ao redor dos implantes.

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Cantilever – Implante mais distal

Recebe de 2 a 3 vezes mais tensão do


que os outros implantes
Maior concentração: altura do
rebordo
As tensões aumentam com o
comprimento do Cantiliver

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PROTOCOLO MAXILA
Dificuldade de higienização
Distribuição no arco dos implantes permitir um
adequando cantilever
Pouca Reabsorção alveolar
Pelo menos na região de segundo pré-molar um
implante de 10mm.
Se for menos que 10 mm fazer prótese overdenture
e não protocolo.

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Diagnostico diferencial
das DTMs e Dor Orofacial
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Sinonímia
 Disfunção de ATM;

 Síndrome de Costen;

 Síndrome da Articulação Temporomandibular;

 Disfunção Mandibular;

 Síndrome da Dor e Disfunção Miofascial;

 Desordens Temporomandibulares;

 Desordens Craniomandibulares

 Disfunção Craniomandibular

 Disfunção Temporomandibular (DTM)

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Definição

 “conjunto de manifestações clinicasde má função mandibular, associadasou não a


dor, que são geradas poragentes agressores à integridademorfológica ou funcional do
sistematemporomandibular” (Korff, 1995)

 “Conjunto de transtornos articulares , musculares, e das estruturas associadas com a


ATM” (Macneill, 1993)

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Histórico

 Costen – 1934 (11 casos de otalgias, sugeriu para os dentistas que


mudanças nas condições dentais eram responsáveis pelos sintomas);
 Estudos científicos (década de 50): a oclusão poderia influenciar na
função da musculatura mastigatória – confirmados com EMG;
 Moyer, 1950; Ramfjord, 1956: maloclusão como fator etiológico;
 Sarnat, 1951: desarmonia oclusal e estresse emocional;
 Farrar, 1979: etiologia das dores e das DTMs eram provenientes de fontes
intracapsulares;
 Pullinger et al., 1993: deduziram que os fatores oclusais, ao contrário,
desempenhavam pouco ou nenhum papel.

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Epidemiologia

 64 a 71% (Egermark, 1981)


 Prevalência de DTMs – 39 a 48% (Pullinger, 1988)
 70% mulheres (fatores hormonais)
 Solberg et al. em 1979 estudaram 739 estudantes americanos
 - 18 a 25 anos - responderam a um questionário e submetidos ex. Clínico –
 Sinais de DTMs em 76% (ex. clínico) –
 apenas 26% relataram ter sintomas (questionário) –
 50% apresentaram sinais que não foram relatados como sintomas (sinais
subclínicos) –
 10% procuraram tto (DTMs graves)

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Etiologia das DTMs

 Fatores oclusais-
 mordida aberta anterior esquelética-
 discrepância entre RC e MIH > 2mm-
 overjet > 4mm- 5 ou mais dentes perdidos e não substituídos
 TraumasFatores sistêmicos (estresse emocional)
 Fatores de estímulo de dor intensa
 Bruxismo e apertamento
 Parafunções
 Instabilidade ortopédica Pullinger et al., 1993

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Instabilidade ortopédica

 Quando a posição de intercuspidação estável dos dentes está em


desarmonia com a posição músculo-esqueletal estável dos côndilos
 MIH
 ATM E: relação estável com a fossa
 ATM D: instável (inferior)
 > 2mm
 ATM D procura uma P.M.E.
 Superiormente: mm’s
 Desordens côndilo-disco

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CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs

 Deslocamento de disco articular (anterior com ou sem redução)


 Aderências de disco
 Subluxação/ Luxação
 Anquilose temporomandibular
 Desordens inflamatórias ATM
 Neoplasias

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DIAGNÓSTICO

 Exame clinico
 Exames complementares
 Radiografia panorâmica
 Radiografia transcraniana
 Tomografia computadorizada
 IRM Okeson J. P., 2000

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 Desenvolvimento dos Distúrbios Funcionais do Sistema Mastigatório


 Fatores oclusais
 Traumas Fatores sistêmicos (estresse emocional)
 Fatores de estímulo de dor intensa
 Hiperatividade muscular
 Parafunções Instabilidade ortopédica

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Sinais e sintomas das DTMs

 dor à palpação (músculos e ATMs)


 limitação de abertura bucal/ desvios
 hipermobilidade das ATMs
 sons de estalidos ou crepitação
 desgaste dental/ mobilidade dentária
 dor de ouvido/ cabeça
 zumbido (som de campainha)vertigem (tontura)

Okeson J. P., 2000

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Articulação saudável
 Quando as superfícies do côndilo, disco e fossa mandibular são suavese
permitem um fácil movimento, sem atrito
 O que mantém o disco autoposicionado no côndilo?
 Morfologia (bordas ant. e post. mais espessas);
 Pressão interarticular (mantém o côndilo na ZI mais fina);
 Ligamentos discais, capsular, lâminas retrodiscais saudáveis;
 M. pterigóideo lateral superior;
 Abertura e fechamento:-
 Quando a boca se abre, o côndilo se move para a frente (m.p.l), a lâmina RD
superior se torna mais rígida, rotacionando o disco posteriormente durante a
translação condilar;
 No fechamento, contração do mm’s elevadores
Okeson J. P., 2000

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DESLOCAMENTO ANTERIOR DO DISCO


SEM REDUÇÃO

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CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs – Abrir e


Fechar
 Incapacidade de fechamento bucal;
 Geralmente assintomático;
 Posicionamento posterior do disco;
 Côndilo abaixo da E.A..;
 etiologia : Sobrecarga e fricção aumentada entre o disco e fossa;
 D.D. – Luxação recidivante

Tracy Hampton, 2008

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CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs -


Aderências de disco
 Líquido sinovial (nutrição, lubrificação, suavização)
 Lubrificação insuficiente
 Aderências entre as superfícies (fossa, eminência, côndilo)
Aderência: colagem temporária
Adesão: colagem permanente Anquilose
 Sensação de aspereza e crepitação
 Endurecimento articular

Okeson J. P., 2000

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CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs -


Subluxação
 Hipermobilidade;
 a rotação posterior máxima do disco ocorre antes da translação máxima
do côndilo – salto súbito para a posição de abertura máxima;
 sem estalido;
 abertura – pausa - salto súbito;
 ruído surdo no complexo côndilo-disco;
 depressão pré-auricular notável;

Okeson J. P., 2000

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CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs - Anquilose


temporomandibular
 Processo de fusão das superfícies articulares;
 Amplitude muito pequena de movimento;
 Uni ou bilateral;
 Etiologia: adesão fibrosa, traumas, cirurgias da ATM e infecção prévia;
 Hemartrose - Tecido fibroso – Tecido ósseo

Peterson et al., 1998

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DESORDENS INFLAMATÓRIAS - Sinovite/


Capsulite
 Inflamação dos tecidos sinoviais / ligamento capsular;
 impossível de diferenciar clinicamente;
 dor à palpação lateral da ATM (até mesmo no repouso);
 etiologia: trauma com boca aberta, alongamento do ligamento capsular
(capsulite);
 inflamação de tecidos adjacentes;

Okeson J. P., 2000

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DESORDENS INFLAMATÓRIAS-
Retrodiscite
 inflamação dos tecidos retrodiscais;
 dor constante / surda;
 aumentada pelo apertamento dos dentes;
 pode ocorrer inchaço pelo exsudato inflamatório;
 côndilo para frente e para baixo;
 desoclusão posterior;
 etiologia: trauma de boca aberta (mento) – força o côndilo
posteriormente contra os tecidos retrodiscais

Okeson J. P., 2000

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DESORDENS INFLAMATÓRIAS Artrite/


doença articular

 UFMS/NHU degenerativa;
 Ateracões ósseas destrutivas;
 Sobrecarga articular contínua;
 Osteoartrite (mais comum);
 Osso subarticular começa a se reabsorver;
 Perfurações de disco;
 Articulação do côndilo diretamente na fossa;
 Redução da carga – a condição artrítica torna-se adaptativa
(osteoartrose)
Freitas, 2006

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CLASSIFICAÇÃO DAS DTMs-Neoplasias

 Extremamente raras;
 Causam: assimetria facial, limitação dos mov. Mandibulares e dor;
 Tumores benignos: osteocondroma, osteoma e condroma;
 Tumores malignos: condrossarcoma, fibrossarcoma sinovial, osteossarcoma
e histiocimtoma

Freitas, 2006

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TRATAMENTO CONSERVADOR

 Dieta (redução de carga)


 Terapia oclusal reversível (placas oclusais lisas, placas de
reposicionamento anterior);
 Terapia oclusal irreversível (desgaste seletivos dos dentes, ortodontia,
reabilitação protética);
 Terapias de relaxamento (stress);
 Termoterapia (Calor);
 Fisioterapia (exercícios);
 Terapia farmacológica (analgésicos, AINE’s, relaxantes musculares,
ansiolíticos)
Okeson J. P., 2000

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TRATAMENTO INVASIVO

 Artrocentese (D.A.D. com e sem Redução, limitação de abertura bucal


de origem articular, dor articular)
 Artroscopia
 Injeções (Hialuronato de sódio, corticóides)
 Artrotomia – cirurgia aberta (discopexia, discectomia)
 Condilectomia (anquilose)
 Eminectomia (luxação recidivante)
 Cirurgia ortognática

Yoda et al, 2002

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