Você está na página 1de 23

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Exercícios

Mónica Zeca Mouzinho

Trabalho a ser apresentado a Instituto de


Ensino à Distância, Centro de Recursos de
Chimoio no Curso de Licenciatura em Ensino
de Português, na cadeira de psicolinguistica,
4o Ano.

Chimoio, Junho, 2020

1
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa
 Índice
Aspectos  Introdução
Estrutura
organizacionais  Discussão
 Conclusão
 Bibliografia
 Contextualização
(Indicação clara do
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos

 Metodologia adequada ao
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
 Revisão bibliográfica
discussão
nacional e internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados
 Contributos teóricos
Conclusão
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo,
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

Recomendações de melhoria:

_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________

______________________________________________________________________________

2
Índice
Introdução........................................................................................................................................4
1. Relacionar o funcionamento do pensamento e a linguagem humana..........................................5
2.Descrever o modelo do pensamento humano...............................................................................6
3.aquisição e aprendizagem da leitura e suas repercussões escolares............................................8
4.Mencionar as principais causas da dislexia em crianças que manifestam esse problema............8
Causas..............................................................................................................................................9
Sintomas da dislexia na primeira Infância.......................................................................................9
Sintomas na idade escolar................................................................................................................9
5. Identificar e caracterizar os efeitos que influenciam o processo de reconhecimento de palavra
.......................................................................................................................................................10
6.Onde e como a pertubaçao cerebral tem disturbio da muscularura?..........................................12
7.Explicar o que fazer quando uma criança possui uma gagueira rigorosa...................................14
Principais sintomas........................................................................................................................15
Tratamento.....................................................................................................................................15
8.Mencionar os principais aspectos a serem seguidos pelos pais e educadores para corrigir os
problemas causados pela disortografia..........................................................................................17
Relaxe o corpo:..............................................................................................................................17
Relaxe a mente:..............................................................................................................................17
Fique na frente de um espelho e converse com você mesmo........................................................17
Leia livros em voz alta...................................................................................................................18
Reduza a velocidade da fala..........................................................................................................18
Aumente o uso de pausas...............................................................................................................18
Suavize a tensão muscular.............................................................................................................18
Como ajudar...................................................................................................................................19
9.Explica a lembrança negativa que os gagos têm tido em relaçao a sua fala na infância............19
11.Contextualizar o termo dislexia no âmbito da aquisição e aprendizagem da leitura................20
Conclusão……...………………………………………………………………………..………..21

Referências bibliográficas.............................................................................................................23

3
Introdução
Este trabalho é inerente a cadeira de psicolinguística onde fomos propostos exercícios de
reflexão relacionados com a linguagem, sobre tudo na aprendizagem das criança com
dificuldades de aprendizagem temos como questões as seguintes: Relacionar o funcionamento do
pensamento e a linguagem humana? Descrever o modelo do pensamento humano? Compreender
as dificuldades de dislexia enfrentadas pelos alunos intelectualmente variáveis na aquisição e
aprendizagem da leitura e suas repercussões escolares? Mencionar as principais causas da
dislexia em crianças que manifestam esse problema? Identificar e caracterizar os efeitos que
influenciam o processo de reconhecimento de palavra? Onde e como a pertubaçao cerebral tem
disturbio da muscularura? Explicar o que fazer quando uma criança possui uma gagueira
rigorosa; Explica o que fazer para que a crinça se sinta livre para gaguejar? Mencionar os
principais aspectos a serem seguidos pelos pais e educadores para corrigir os problemas causados
pela disortografia.? Explica a lembrança negativa que os gagos têm tido em relaçao a sua fala na
infancia? Fala do desenvolvimento da auto confiança numa criança com problema de gaguez?
Contextualizar o termo dislexia no âmbito da aquisição e aprendizagem da leitura? Porquê a
criança atinge tao facilmente a gramatica da lingua oral, mas sua aprendizagem na escrita é tao
penosa? Esta pergunata procura se aqui responder se de forma curta, clara e objectiva.

4
1. Relacionar o funcionamento do pensamento e a linguagem humana
R/:

As relações que ocorrem entre pensamento e linguagem é o assunto que iremos ver nesse artigo.
Para termos pequenas noções acerca desses assuntos, irão fazer uma pequena viagem, através das
reflexões de três teóricos: Vygotsky, Whorf e Luria.

Antes, porém, vejamos o relato que Romanelli, um apaixonado sobre o tema. Alguns anos atrás,
um casal de professores americanos teve a ideia de comparar na prática a educação de um bebé
humano e de um animalzinho. E para que a comparação fosse fiel, no dia que a filha deles
nasceu, eles foram ao zoológico e adotaram um filhote de chimpanzé fêmea. As duas foram
educadas absolutamente iguais, passo a passo, e como se tratava de um trabalho científico, bem-
documentado, eles foram percebendo que, logo de início, a chimpanzé batia em quilómetros o
bebé humano.

Enquanto o bebé humano não fazia senão mexer os pezinhos, a chimpanzé já se “virava”
sozinha, sentava à mesa, colocava o guardanapo em volta do pescoço. Mas à medida que o
tempo foi passando, enquanto o bebé humano começou a falar a chimpanzé emitia apenas alguns
sons emocionais característicos.

Quando o bebé começou a pedir água, por exemplo, a diferença se tornou marcante entre ele e a
chimpanzé.

A evolução nos diz que um dia o homem começou a falar e essa é a grande diferença entre o
humano e os animais. O desenvolvimento de áreas nervosas e tecidos nervosos do cérebro
capazes de preparar o que nós chamamos de ideia, e a transferência dessas ideias para a forma da
palavra oral, é o momento crucial [...] (1985, p. 101).

Interessado em estudar a linguagem enquanto constituídora do sujeito, Vygotsky enfocou seus


estudos na relação que ocorre entre pensamento e linguagem, atribuindo-lhe a devida

5
importância no processo evolutivo humano.

Diferentemente do pensamento vigente na época, dominado pela visão de Piaget que afirmava
que as estruturas da linguagem não eram dadas pelo meio, encontrando-se preestabelecidas desde
o nascimento, Vygotsky entendia que a relação entre pensamento e linguagem originava-se no
desenvolvimento e evoluía, ao longo dele, num processo dinâmico. Segundo ele, pensamento e
linguagem possuem, tanto na filogênese quanto na ontogênese, raízes genéticas distintas, mas
que se sintetizam dialeticamente no desenvolvimento.

Inicialmente, o pensamento se desenvolve sem a linguagem, ou seja, os primeiros balbucios das


crianças são formados sem o pensamento e objectivam atrair a atenção dos adultos,
caracterizando a função social da fala, desde o início.

Considera que há um estágio pré-linguístico no desenvolvimento e um estágio pré-intelectual no


desenvolvimento da fala, e que por um determinado período, esses processos se desenvolvem de
forma independente. Vygotsky afirma que, por volta dos dois anos de idade ocorre o encontro
entre o pensamento e a fala, surgindo um novo tipo de organização linguístico-cognitivo. A partir
desse encontro, o pensamento se torna verbal e a linguagem racional. A criança passa, então, a
entender o propósito da fala e ao sentir a necessidade das palavras, busca apreender os signos,
descobrindo a função simbólica da palavra.

Para ele, a relação entre pensamento e linguagem deve ser visto como um processo vivo, pois o
pensamento surge a partir das palavras. Além disso, essa relação não é algo já formado e
constante, mas nasce ao longo do desenvolvimento e se modifica.

Descrever o modelo do pensamento humano

Pensamento e pensar são, respectivamente, uma forma de processo mental ou faculdade do


sistema mental. Pensar permite aos seres modelarem sua percepção do mundo ao redor de si, e
com isso lidar com ele de uma forma efectiva e de acordo com
suas metas, planos e desejos. Palavras que se referem a conceitos e processos similares
incluem cognição, ciência, consciência, ideia, e imaginação. O pensamento é considerado a

6
expressão mais "palpável" do espírito humano, pois através de imagens e ideias revela
justamente a vontade deste.

O pensamento é fundamental no processo de aprendizagem (vide Piaget). O pensamento é


construtor e construtivo do conhecimento. O principal veículo do processo de conscientização é
o pensamento. A actividade de pensar confere ao homem "asas" para mover-se no mundo e
"raízes" para aprofundar-se na realidade.

Reacções representativas causadas por estímulos de reacções químicas internas ou factores


ambientais externos. Em linguagem comum, a palavra pensar cobre numerosas e diversas
actividades psicológicas. É às vezes um sinónimo de "tender a acreditar", especialmente se não
for com total confiança ("Eu acho que vai chover, mas não tenho certeza"). Outras vezes denota
o grau de atenção "Eu fiz isso sem pensar" ou qualquer coisa que esteja na consciência,
especialmente se isso se referir a alguma coisa fora do ambiente imediato ("Isso me fez pensar
na minha avó")

Etimologicamente, pensar significa avaliar o peso de alguma coisa. Em sentido amplo, podemos
dizer que o pensamento tem como missão tornar-se avaliador da realidade.

7
3. Compreender as dificuldades de dislexia enfrentadas pelos alunos intelectualmente
variáveis na aquisição e aprendizagem da leitura e suas repercussões escolares

A dislexia é um transtorno que afecta habilidades básicas de leitura e linguagem. Ela tem as suas
raízes em sistemas cerebrais responsáveis pelo processamento fonológico. Essa diferença
no processamento fonológico faz com que pessoas com dislexia tenham dificuldade para
processar os sons das palavras e associá-los com as letras ou sequência de letras que os
representam. Outras características comuns da dislexia incluem dificuldades com nomeação
rápida, memória de trabalho e processamento de informações.

A dislexia é considerada um transtorno específico de aprendizagem porque os seus sintomas


geralmente afectam o desempenho académico de alunos e não existe nenhuma outra alteração
(neurológica, sensorial, cognitiva ou motora) que justifique as dificuldades observadas. Ela
afecta, principalmente, o processo de alfabetização

4.Mencionar as principais causas da dislexia em crianças que manifestam esse problema


Dislexia é um distúrbio de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita. De
acordo com a International Dyslexia Association (IDA), essas dificuldades normalmente
resultam de um déficit no componente fonológico da linguagem e são inesperadas em relação à
idade e outras habilidades cognitivas.

Lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, palavras escritas de forma estranha,


dificuldade de soletrar e troca de letras com sons ou grafias parecidas são alguns sinais
de dislexia. Porém, não se trata de uma doença, mas de uma característica genética configurada
entre a décima sexta (16ª) e a vigésima quarta (24ª) semana de gestação do feto.

Segundo a Associação Brasileira de Dislexia, a dislexia está presente entre 5% e 17% da


população mundial, podendo afectar a área visual e auditiva. Apesar de ser o distúrbio de maior

8
incidência nas salas de aula, um estudo apresentado na Associação Britânica de Dislexia afirma
que cerca de 70% dos profissionais das áreas de saúde e educação têm pouco conhecimento
sobre ele.

Causas
A maioria dos estudiosos concorda com a origem multifactorial da dislexia, ou seja, com a ideia
que suas causas podem ser genéticos e ambientais. Na prática, quem não tem dislexia utiliza três
áreas do cérebro enquanto está lendo. A primeira faz a identificação das letras, a segunda parte
faz com que entendamos o significado da palavra. Por fim, uma terceira área processa todas
essas informações.

Em uma pessoa com dislexia, as duas primeiras áreas são menos activas. Em compensação, a
parte frontal é obrigada a trabalhar mais e até o lado direito do cérebro é activado

As causas mais comuns de dislexia são de:

 Origem neurobiológica
 Alterações cerebrais: mau funcionamento, atraso no amadurecimento do sistema
nervoso central, ou falha na comunicação entre os neurónios, o que dificulta as funções
de coordenação
 Perturbações no parto ou início da vida.

Sintomas da dislexia na primeira Infância

 Dispersão
 Falta de atenção
 Atraso da fala e linguagem
 Dificuldade em aprender rimas e canções
 Atraso na coordenação motora
 Falta de interesse por livros.

9
Sintomas na idade escolar

 Dificuldade na aquisição e automatização da leitura e escrita


 Desatenção
 Dispersão
 Dificuldade em copiar de livros e lousa
 Desorganização geral (dificuldade em manusear mapas, dicionários)
 Dificuldade em ler em voz alta e compreender aquilo que foi lido
 Baixa estima.1

5. Identificar e caracterizar os efeitos que influenciam o processo de reconhecimento de


palavra

Com relação ao reconhecimento de palavras, segundo o modelo de Frith (1985, 1997), há três
estratégias possíveis para o reconhecimento: logográfica, alfabética e ortográfica. Na leitura pela
estratégia logográfica, os leitores tratam as palavras como se fossem desenhos e usam pistas
contextuais para sua identificação. Características importantes são a letra inicial, o tamanho da
palavra, sua cor, seu formato global e o contexto em que aparece. Na estratégia alfabética é
usada a decodificação para fazer o reconhecimento das palavras.

Tal processo de leitura por decodificação é também chamado de leitura pela rota fonológica no
modelo de duplo processamento de leitura de Ellis e Young (1988). A decodificação é baseada
na conversão entre grafemas e fonemas, de forma que a leitura ocorre por meio da transposição
dos símbolos gráficos em símbolos falados. Tal estratégia somente é bem sucedida com o
conhecimento prévio do princípio alfabético, que implica duas habilidades: conhecimento das
correspondências grafofonêmicas e consciência fonológica (capacidade de discriminar e
manipular os fonemas da fala).

1
Disponível em [online] em https://www.minhavida.com.br/saude/temas/dislexia arquivo capturado no dia 10
de Maio

10
A terceira estratégia, denominada ortográfica na nomenclatura de Frith (1985, 1997), é
semelhante à habilidade de reconhecimento visual direto, chamada de leitura visual instantânea
por Aaron et al. (2008), ou de leitura pela rota lexical no modelo de duplo processamento de
leitura de Ellis e Young (1988). Nessa estratégia as palavras escritas são reconhecidas, isto é, ao
se deparar com um item escrito, o leitor o reconhece por acesso ao léxico ortográfico, o conjunto
das formas escritas de palavras que se encontra armazenado na memória de longo prazo.

A estratégia ortográfica permite a leitura correta de palavras conhecidas e de alta frequência, mas
não a leitura de pseudopalavras ou palavras novas, visto que suas formas ortográficas não estão
armazenadas no léxico ortográfico do leitor. Evidências empíricas sustentam um curso
desenvolvimental da estratégia logográfica à alfabética à ortográfica no curso dos quatro
primeiros anos escolares e apontam, ainda, a importância da estratégia alfabética e do
processamento fonológico para o desenvolvimento da leitura via estratégia ortográfica (Capovilla
& Dias, 2007; Diuk, Borzone, Abchi & Ferroni, 2009).

Dada a relevância do reconhecimento de palavras à leitura competente, autores como Singer e


Cuadro (2010) sugerem que esta habilidade deve ser ensinada explicitamente como um objetivo
fundamental de programas de intervenção em dificuldades de leitura.

Para que tais estratégias se desenvolvam e funcionem de forma efetiva, diversas habilidades são
importantes, sobretudo aquelas envolvidas no processamento fonológico (Aaron et al., 2008;
Capovilla, 2008; Capovilla & Dias, 2008; Cuadro & Trías, 2008; Fletcher, Lyons, Fuchs &
Barnes, 2009; Seabra & Capovilla, 2011a, 2011b; Shaywitz, Morris & Shaywitz, 2008).

Tais dificuldades com o processamento fonológico podem comprometer diferentes habilidades,


como consciência fonológica (habilidade de discriminar e manipular os segmentos da fala, como
sílabas e fonemas), nomeação (capacidade de resgatar, do léxico fonológico, a forma fonológica
ou o nome falado de determinados estímulos, que podem ser figuras, letras ou números, dentre
outros), memória fonológica (termo usualmente referido à memória de curto prazo com conteúdo
oral, ou seja, o armazenamento, durante curtos períodos de tempo, de material relativo à
linguagem oral, como dígitos, palavras ou pseudopalavras faladas) e vocabulário (conjunto de
palavras que denominam conceitos, podendo ser receptivo – palavras que um indivíduo conhece

11
e compreende, ou expressivo – palavras que ele fala) (Aaron et al., 2008; Cardoso-Martins &
Pennington, 2001).

6.Onde e como a pertubaçao cerebral tem disturbio da muscularura?

Os distúrbios vasculares do cérebro constituem importantíssimo capítulo da patologia nervosa e


estabelecem quotidianamente estreitas relações entre neurologistas e internistas. Apresentam
mesmo uma das mais claras demonstrações da necessidade, que tem o especialista em moléstias
do sistema nervoso, de possuir noções suficientemente seguras sobre a patologia dos demais
aparelhos da economia. Ao lado do conhecimento especializado sobre o modo de ser e reagir do
elemento nervoso, torna-se-lhe imperativo sólida base de patologia renal e circulatória, para
apenas citar estes dois exemplos mais estreitamente relacionados com a irrigação e nutrição do
encéfalo.

A orientação terapêutica nos distúrbios vasculares do cérebro repousa, necessariamente, sobre


conhecimentos da fisiopatologia encefálica, considerada esta não só sob o ponto de vista
estritamente nervoso, como também sob o aspecto vascular propriamente dito. Efetivamente, é
grande a incerteza que assalta a muitos dos que se vêem obrigados, na clínica diária, a assistir
aos casos de acidentes cerebrais vasculares, em vista da falta de sistematização nas noções de
ordem fisio-patológica, incorrendo, seja em hesitações lamentáveis na adopção da terapêutica,
seja em precipitações não menos prejudiciais ao interesse do doente. Isto sem mencionar certos
preconceitos terapêuticos enraizados como o da sangria, que obrigam muitas vezes o médico a
fazer concessões ao ambiente, por uma questão de ordem psicológica embora não esteja o fato de
acordo com suas convicções científicas.

Ao entrar no estudo dos acidentes vasculares do cérebro é preciso deixar bem claro que o assunto
será propositalmente limitado à questão dos ictos cerebrais. Com esta expressão compreendemos
os acidentes vasculares do cérebro que se processam independentemente de mecanismo
traumático. Assim, não incluiremos neles os acidentes vasculares, as hemorragias e hematomas
que reconhecem como causa imediata uma contusão cerebral, seja esta direta, seja propagada em
consequência a um choque exterior.

12
Na questão do "icto" é preciso esclarecer uma confusão idêntica à que existe para o "coma",
especialmente no que se relaciona com a apoplexia. Um acidente vascular do cérebro, não
traumático, é um icto cerebral. Este pode ser súbito, fulminante, suprimindo de maneira rápida as
funções gerais do cérebro - motricidade, sensibilidade, consciência e vontade - e, nesse caso, é
propriamente o "icto apoplético"; ou então processar-se lenta e progressivamente, sem graves
repercussões sobre as funções gerais superiores e traduzindo-se quase que unicamente por
síndromes focais, na maioria das vezes, hemiplegias. Não se trata evidentemente aqui, neste
último caso, de apoplexia ou de icto apoplético. Vemos por aí que a expressão "apoplético"
restringe a compreensão do icto, do mesmo modo que restringe o significado do coma, pois nem
todo o coma é apoplético.

A expressão apoplexia tem sido usada abusivamente com o significado de hemorragia. Seu
verdadeiro conceito é porém de "supressão brusca e generalizada das funções cerebrais mais
elevadas" e, como isso. em geral, se dá nas hemorragias propriamente ditas do cérebro, passou a
ser indevidamente usada como seu sinônimo. Fica assim esclarecido que não é privativa das
hemorragias cerebrais a produção da apoplexia. Quando um acidente vascular do cérebro ou
melhor quando um icto, de realização súbita ou lenta e progressiva, não acarreta a supressão da
consciência, da vontade e sensibilidade ou, se quando o faz, é apenas leve e fugazmente, esse
icto não será apoplético. É em geral o caso dos amolecimentos, dos espasmos, das embolias,
quando não atingem proporções consideráveis. Nas hemorragias constitui quase regra geral o
carácter apopléctico do icto.

Quando se procura estudar a terapêutica dos ictos, duas questões logo se impõem como capazes
de orientar a acção do médico. São a patogenia e a etiologia. A primeira se nos afigura mais
importante em relação ao carácter urgente que deve ter o tratamento, empenhado em restabelecer
uma situação, que, quando prolongada, acarretaria danos irreparáveis, mormente sabendo-se da
delicadeza do tecido nervoso, incapaz de resistir por muito tempo aos transtornos circulatórios.
Faz-se mister, nessa emergência, um perfeito conhecimento da fisiologia da circulação cerebral,
da existência dos aperfeiçoados mecanismos com que esta se regula, condicionados já pelas
próprias disposições anatómicas já pela existência de reflexos modificadores.

13
Estes conhecimentos permitem-nos não só evitar intervenções que prejudiquem os citados
processos reguladores, como tomar medidas que os auxiliem, apressando a melhoria das
condições circulatórias e, com isso, limitando, na medida do possível, as consequências tardias
dos ictos cerebrais. Dispensamo-nos da exposição, mesmo sumária, destes mecanismos, o que
nos levaria muito longe. Lembrá-los-emos apenas quando as indicações terapêuticas, em sua
justificativa, a isso nos obrigarem.

A questão etiológica é também de magna importância, especialmente em determinados casos,


nos quais, afecções mais generalizadas do organismo, com repercussão sobre o domínio cerebral,
exigem do médico atenção no emprego de medidas terapêuticas especiais, dado o grande
predomínio no quadro clínico, da precariedade do estado geral. Seria o caso, para citar exemplo,
das afecções renais, do diabete, etc. Isso não impede, entretanto, que repitamos ser de maior
urgência a questão patogénica.

7.Explicar o que fazer quando uma criança possui uma gagueira rigorosa
Gagueira é um dos Transtornos de Fluência, enquadrados dentro do DSM-V (Manual
Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais) como transtornos de comunicação. A fluência
é o aspecto de produção da fala que se refere à continuidade, suavidade e esforço. Fluência é
definida como a fala de fluxo contínuo e suave, que é decorrente de uma integração harmônica
entre os processamentos neurais envolvidos na linguagem e no ato motor. A gagueira, o
transtorno de fluência mais comum, é uma descontinuidade no fluxo de fala caracterizada por
repetições (sons, sílabas, palavras, frases), prolongamentos de som, blocos, interjeições e
revisões, o que pode afetar a velocidade e o ritmo da fala. Essas disfluências podem ser
acompanhadas por tensão física, reações negativas, comportamentos secundários e evitação de
sons, palavras ou situações de fala.

14
Principais sintomas

Todos os oradores produzem disfluências, que podem incluir hesitações, tais como pausas
silenciosas e interjeições de enchimentos de palavras. O famoso ééééé, ahhhhh ou qualquer outro
tipo de pausa ou interrupção ao longo do discurso natural.  No entanto, alguns sinais podem ser
evidenciados em quem efectivamente sofre com a Gagueira:

 Uso mais frequente de interjeições. Por exemplo: “tipo assim, então, tá, né?!”
 Prolongamento de sons. O som é emitido por maior tempo do que o esperado. Por
exemplo: “Popopodeeee me ajudar popopor fafaaavor”
 Ansiedade ou nervosismo excessivos para produzir uma palavra ou som e iniciar uma
palavra, frase ou expressão
 Ansiedade para iniciar um discurso, devido às sucessivas experiências com a fala
gaguejada
 Movimentos motores involuntários como: tensões faciais, tremores de lábios, mandíbula,
piscar de olhos, entre outros.
 Redução significativa da capacidade de se comunicar de forma eficaz

Tratamento

O tratamento para transtornos de fluência deve ser altamente individualizado e baseado em uma
avaliação completa da fluência da fala, factores de linguagem, componentes emocionais,
atitudinais e impacto na vida.

Um profissional de saúde especializado deverá considerar o grau dos comportamentos


disfluentes da criança e como a comunicação geral são influenciados por um transtorno
coexistente (por exemplo, outros distúrbios de fala ou linguagem, síndrome de
Down, TEA ou TDAH). Determinando, assim, como o tratamento pode ser ajustado
assertivamente.

15
A gagueira não é um distúrbio emocional ou afectivo e sim, um distúrbio neuroquímico que
afecta as estruturas pré-motoras da fala. Por isso, é importante procurar um fonoaudiólogo a fim
de ver o melhor tratamento disponível. Um acompanhamento multidisciplinar, com
um psicólogo, é extremamente efectivo no tratamento da gagueira no que se refere à dificuldades
de autoestima, autoimagem e ansiedade. Além disso, um psicólogo especializado pode
proporcionar ao indivíduo técnicas facilitadoras da fluência e, no caso de crianças, também
trabalhar com a família para auxiliar a criança a falar de forma mais suave e fluente.

16
8.Mencionar os principais aspectos a serem seguidos pelos pais e educadores para corrigir
os problemas causados pela disortografia.

Exercícios de relaxamento e alongamento para os lábios, língua, pescoço e ombros são


recomendados para o tratamento. Estes exercícios diminuem a sensação de urgência para falar

Relaxe o corpo:

 Libere a tensão nas costas, pescoço e braços. Relaxe os ombros, deixe-os caírem ao nível
natural.
 Mexa os lábios por alguns segundos antes de falar. Cantores fazem isso como
aquecimento.
 Remova qualquer tensão colocada nas pernas e nos braços. Gire o tronco.

Relaxe a mente:

 Diga a si mesmo: “Sou maior que a gagueira; essa gagueira não é maior que eu!”.
 Concentre sua atenção em sua mente. Permita gentilmente que sua atenção chegue até as
pontas mais distantes de seu corpo, respirando uniformemente. Isso pode ser feito através
da meditação.

Fique na frente de um espelho e converse com você mesmo

Apenas comece a falar sobre qualquer coisa – como foi seu dia, como está se sentindo, o que
planeja fazer mais tarde – e observe a gagueira desaparecer.

 Falar em frente a um espelho não é a mesma coisa que conversar com outra pessoa;
porém, este exercício deve lhe dar uma boa carga de confiança. Lembre-se do quão bem
você falou em frente ao espelho enquanto se preparar para conversar com outra pessoa.

17
 Tente falar consigo mesmo diariamente por 30 minutos. Pode parecer estranho no início,
mas o exercício é escutar a própria voz sem gaguejar. Isso lhe dará muita confiança.

Leia livros em voz alta

Sua habilidade de se comunicar irá melhorar. Apenas leia em voz alta. Será difícil no início, mas
aprenderá como respirar. Um grande problema que a maioria dos gagos possui é não saber
quando respirar durante leituras ou conversas. Com a leitura, você fará naturalmente exercícios
de respiração e se livrará da gaguez com algum tempo.

Reduza a velocidade da fala

Exercícios de velocidade, que fazem o paciente perceberem as diferenças entre a fala lenta,
normal e rápida. Diminuir a velocidade de fala geralmente reduz a ocorrência da gagueira. Para
aprender a falar mais devagar, é necessário treinar a redução da velocidade na leitura e na fala
espontânea. No início, a diminuição da velocidade de fala parece um pouco forçada, mas, com o
treino, vai se tornando cada vez mais natural e automática.

Aumente o uso de pausas

Exercícios de pausa silenciosa, que ensina a frequência adequada da fala ao paciente. A


utilização de um maior número de pausas na fala também é uma estratégia eficiente para
diminuir a ocorrência da gagueira. Mas, se as pausas forem muito numerosas ou muito longas, a
fala também vai soar pouco fluente. Por isso, o treino deve ser organizado para que a pessoa que
gagueja aprenda a utilizar mais pausas na fala, mas em quantidade e duração adequadas.

Suavize a tensão muscular

A pessoa que gagueja, muitas vezes, utiliza um excesso de tensão muscular para articular os sons
da fala. Quando isso ocorre, percebe-se que há excesso de esforço físico para falar, que se
manifesta principalmente nos bloqueios. A suavização consiste em aprender a articular os sons
da fala com menor solicitação muscular. No início, a diminuição da tensão muscular é

18
voluntária, mas, com o treino, vai se tornando natural. O treino envolve a prática da suavização
na leitura e na fala espontânea.

Como ajudar

Pessoas que convivem com crianças que gaguejam (pais, irmãos, amigos e professores) podem
colocar em prática atitudes simples para ajudá-los:

 Ouvir a criança com atenção e manter a calma e naturalidade enquanto ela fala;
 Reservar um tempo para conversar com a criança, sem distracções;
 Falar devagar e sem pressa, sem perder a naturalidade da fala;
 Incentivar todos da família a serem bons ouvintes;
 Não chamar atenção para a gagueira durante interacções diárias;
 Aceitar a criança como ela é,  não reagindo negativamente, não criticando e não punindo
a criança quando ela gaguejar.

9.Explica a lembrança negativa que os gagos têm tido em relaçao a sua fala na infância
Geralmente as crianças com estas patologia quando os pais encarregados de educação não
pautarem por ajudar a criança a superar esta patologia esta pode ter uma infância muito negativa
pois isso pode influenciar na sua formação onde acriança acaba sendo tímida e não pode falar na
escola porque os colegas podem a rir do seu de facto e essa experiência para crias não tem sido
muito boa pois esta acaba ficando com medo e vergonha de falar em público por causa da sua
patologia que poderia ser combatida enquanto criança.

10.Fala do desenvolvimento da auto confiança numa criança com problema de gaguez

A gagueira não é um distúrbio emocional ou afectivo e sim, um distúrbio neuroquímico que


afecta as estruturas pré-motoras da fala. Por isso, é importante procurar um fonoaudiólogo a fim
de ver o melhor tratamento disponível. Um acompanhamento multidisciplinar, com
um psicólogo, é extremamente efectivo no tratamento da gagueira no que se refere à dificuldades
de auto-estima, auto-imagem e ansiedade. Além disso, um psicólogo especializado pode

19
proporcionar ao indivíduo técnicas facilitadoras da fluência e, no caso de crianças, também
trabalhar com a família para auxiliar a criança a falar de forma mais suave e fluente.

Uma criança com gaguez pode desenvolver auto estima e auto confiança só e só se esta saber que
esta tem um problema na comunicação orar e esta deve estar decidida em superar esta patologia
porque se esta não se esforçar não vai poder melhorar assim também os pais da criança junto a
família não deve fazer com esta criança fique isolada esta deve ser dado espaço para poder falar
no seio da comunidade ela deve saber que mesmo com dificuldades de se comunicar ninguém a
rejeita só assim ela poderá saber que ela deve se esforçar para poder falar normalmente e para
isso tem um devido tratamento e se ela cooperar pode melhorar.

11.Contextualizar o termo dislexia no âmbito da aquisição e aprendizagem da leitura


A Dislexia é uma perturbação ou transtorno ao nível de leitura, escrita e soletração que
condiciona o fracasso escolar de muitas crianças. No ambiente escolar esse transtorno ainda é
desconhecido pela maioria dos educadores, que geralmente consideram a dislexia como um
resultado de má alfabetização.

Tipos de dislexia

Se quanto à génese da dislexia as opiniões são assaz divergentes, já o mesmo não se poderá dizer
relativamente à sua classificação, já que, neste aspecto, nos deparamos com pareceres bastante
consensuais. Basicamente, os autores apresentam dois tipos de dislexia: a adquirida e a
de desenvolvimento. A primeira é um distúrbio adquirido que ocorre (geralmente em adultos)
devido a uma lesão cerebral; na segunda, as perturbações na leitura e na escrita manifestam-se
desde a infância (cfr. CUBEROS et all, 1997, p.121). Assim, podemos classificar a dislexia em
três grupos distintos (ou subtipos):

 Dislexia disfonética (auditiva)


 Dislexia diseidética (visual)
 Dislexia mista (visual e auditiva)

O primeiro sinal de possível dislexia pode ser detectado quando a criança, apesar de estudar
numa boa escola, tem grande dificuldade em assimilar o que é ensinado pelo professor. Criança
cujo desenvolvimento educacional é retardatário podem ser bastante inteligente, porém pode
sofrer de dislexia. O melhor procedimento a ser adoptado é permitir que profissionais

20
qualificados examinem-na, para averiguar se ela é disléxica. A dislexia não é o único distúrbio
que inibe o aprendizado, mas é o mais comum.2

12.Porquê a criança atinge tao facilmente a gramatica da lingua oral, mas sua
aprendizagem na escrita é tão penosa?

A criança consegue atingir tão fácil a gramática da língua oral do que a aprendizagem na escrita
é tão penosa porque esta quando nasce ela fica num ambiente em que as pessoas se comunicam
de forma oral e não escrito isso também influencia bastante para o seu desenvolvimento rápido
no que tangem a linguagem oral em quanto que a aprendizagem da escrita ela vem depois da
linguagem oral e esta aprendizagem na nossa sociedade e uma aprendizagem geralmente tem se
ensinado quando ela começa a ir a escola com 6 anos e esta também tem certas regras que a
criança deve obedecer diferentemente com a linguagem oral e isso faz também com que esta se
torne uma aprendizagem tão penosa.

2
Disponivel [online] em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/dislexia-na-aprendizagem arqivo
capturado no dia 14 de Junho de 2020

21
Conclusão

Após a realização do presente trabalho chega-se a conclusão de que o estudo destes temas é
muito importante para um professor de língua portuguesa isto é as crianças que ocupam os
bancos da escola pública vêm dos mais diferentes segmentos da sociedade, de diversas regiões,
com experiências linguísticas bastante diferenciadas, trazendo para a escola as variedades
desprestigiadas do português. A escola quando tenta “erradicar” as formas de linguagem menos
prestigiadas, está informando ao aluno: você fala “errado”, escreve “errado”; e, por tabela: os
valores culturais, a língua da sua comunidade também são “errados”. Ora, agindo assim, a escola
estará endossando os preconceitos e as discriminações sociais. Quando a escola tenta substituir a
língua que o aluno já fala por outra, a dita “culta”, ela fracassa e assim será enquanto não
perceber que o respeito à fala do aluno é condição primeira para atingir o objectivo mais amplo:
ensinar tudo a todos.

22
Referências bibliográficas

FRITH, U. (1985). Beneath the surface of developmental dyslexia. Em K. Patterson, J. Marshall


& M. Coltheart (Eds.), Surface dyslexia: neuropsychological and cognitive studies of
phonological reading (pp. 301-330). London: Lawrence Erlbaum Associates.

FRITH, U. (1997). Brain, mind and behavior in dyslexia. Em C. Hulme & M. Snowling
(Eds.), Dyslexia: biology, cognition and intervention (pp.01-19). London, UK: Whurr Publishers.

Disponível em [online] em https://www.minhavida.com.br/saude/temas/dislexia arquivo


capturado no dia 10 de Maio

Disponivel [online] em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/educacao/dislexia-na-


aprendizagem arqivo capturado no dia 14 de Junho de 2020

23

Você também pode gostar