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DicasTQS: Mé todo dé Fusco para bloco sobré éstacas - Parté II

Cesar Bandiera
Palavras-chave: V18, fundação, blocos sobre estacas, método de Fusco

2. Critérios relacionados com o método do Fusco


A partir da versão V18.11, o programa criou um critério que permite dimensionar todos os
blocos sobre estacas pelo método de Fusco.

No arquivo de critérios, no campo “método de cálculo”, você poderá optar pelo método de
Fusco para dimensionar os blocos de 1 a 6 estacas, conforme a Figura 1 mostra.

Figura 1 - Dimensionamento pelo método Fusco para blocos com 1 a 6 estacas


Se você quiser dimensionar os blocos de 7 a 24 estacas pelo método do Fusco, embora neste
seja recomendado utilizar o Método CEB-FIP, você deverá indicar que os blocos com 1 a 6
estacas serão dimensionadas pelo método do Fusco e deverá indicar, para os blocos 7 a 24
estacas, que eles serão dimensionados pelo processo simplificado, conforme a Figura 2
mostra.

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Figura 2 - Dimensionamento pelo método Fusco para blocos com 7 a 24 estacas
Quando você seleciona a opção “Fusco” para blocos com 1 a 6 estacas, o programa
apresentará o campo “Método Fusco” no editor de critérios, conforme a Figura 3 mostra.

Figura 3 - Campo para configurar o método Fusco


Neste campo, você poderá configurar os parâmetros que serão utilizados especificamente no
dimensionamento dos blocos sobre estacas pelo método de Fusco. Vamos à explicação de
cada um destes parâmetros:

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Figura 3: Parâmetros do método Fusco

(A) Taxa de armadura nos pilares

Este critério define uma taxa de armadura para todos os pilares do seu edifício.

Recomendo que você tome muito cuidado ao definir esta taxa de armadura, porque a
armadura detalhada no arranque do pilar pode ser diferente desta taxa e conduzir a resultados
contra a segurança.

Estamos estudando para próximas versões utilizar a taxa de armadura detalhada em cada pilar
para dimensionar o bloco pelo método de Fusco.

(B) Ângulo de espraiamento das tensões sob o pilar

Este critério define o ângulo, em graus, em relação ao eixo vertical, que define o espraiamento
das tensões sob o pilar até uma profundidade 𝑥, onde se define a área ampliada a partir da
qual se iniciam as bielas, conforme a Figura 4 mostra.

De acordo com FUSCO, a inclinação da biela de compressão, em realção ao eixo vertical, pode
variar entre 45° e 64°.

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Figura 4. - Tensões nos planos horizontais do bloco.

(C) ABNT NBR 6118 para cálculo da resistência das bielas

Uma das novidades da ABNT NBR6118:2014 consiste em propor uma maneira para tratar o
método das bielas e tirantes. Nesta, para a verificação de tensões de compressão máximas nas
bielas e regiões nodais, são definidos os seguintes parâmetros:

𝑓𝑐𝑑1 : Tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelo método de bielas e tirantes,
em regiões com tensões de compressão transversal ou sem tensões de tração transversal e em
nós onde confluem somente bielas de compressão (nós CCC);

𝑓𝑐𝑑1 = 0,85 ⋅ 𝛼𝑣2 ⋅ 𝑓𝑐𝑑 (𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑖𝑠𝑚á𝑡𝑖𝑐𝑎𝑠 𝑜𝑢 𝑛ó𝑠 𝐶𝐶𝐶)

𝑓𝑐𝑑2 : Tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelos métodos de bielas e


tirantes, em regiões com tensões de tração transversal e em nós onde conflui dois ou mais
tirantes tracionados (nós CTT ou TTT);

𝑓𝑐𝑑2 = 0,60 ⋅ 𝛼𝑣2 ⋅ 𝑓𝑐𝑑 (𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑚𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑡𝑖𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒, 𝑜𝑢 𝑛ó𝑠 𝐶𝑇𝑇 𝑜𝑢 𝑇𝑇𝑇)

𝑓𝑐𝑑3 : Tensão resistente máxima no concreto, em verificações pelos métodos de bielas e


tirantes, em nós onde conflui um tirante tracionado;

𝑓𝑐𝑑3 = 0,72 ⋅ 𝛼𝑣2 ⋅ 𝑓𝑐𝑑 (𝑏𝑖𝑒𝑙𝑎𝑠 𝑎𝑡𝑟𝑎𝑣𝑒𝑠𝑠𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑢𝑚 ú𝑛𝑖𝑐𝑜 𝑡𝑖𝑟𝑎𝑛𝑡𝑒, 𝑜𝑢 𝑛ó𝑠 𝐶𝐶𝑇)

Seguindo este conceito proposto pela norma, criou-se um critério que permite verificar a
tensão máxima de compressão da biela junto ao pilar e a tensão máxima de compressão da
biela junto à estaca, na posição da estaca mais afastada do pilar, usando estes conceitos,
conforme a Figura 5 mostra.

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Figura 5 - Tensões nos planos horizontais do bloco.
Os multiplicadores para resistência da biela são critérios, de tal forma a permitir que o usuário
possa alterar estes valores conforme ele julgar necessário.

Opcionalmente, caso seja desativado o critério “ABNT NBR 6118 p/ cálculo da resistência das
bielas”, o programa desconsidera o fator “𝛼𝑣2 ” no cálculo das tensões limites e passa a
determinar as estas a partir de um multiplicador vezes resistência de cálculo do concreto,
conforme a Figura 6 mostra.

Figura 6 - Desativado o critério “ABNT NBR 6118 p/ cálculo da resistência das bielas”

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