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CLEITON FERIGOLLO
FLORIANÓPOLIS, SC.
FEVEREIRO DE 2017.
CLEITON FERIGOLLO
FLORIANÓPOLIS
FEVEREIRO DE 2017.
CDD 629.895
F356d
Ferigollo, Cleiton
Desenvolvimento de uma ferramenta para sintonia automática de controladores
PID em sistema embarcado aplicado em CLP [DIS] / Cleiton Ferigollo; orientação
de Cynthia Beatriz Scheffer Dutra – Florianópolis, 2017.
1 v.: il.
Inclui referências.
CLEITON FERIGOLLO
___________________________________
Cynthia Beatriz Scheffer Dutra
(Doutora)
___________________________________
André Bittencourt Leal
(Doutor)
___________________________________
Maurício Edgar Stivanello
(Doutor)
___________________________________
Luiz Augusto Fantoni de Souza
(Mestre)
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 14
1.1 Objetivo principal ................................................................................... 15
1.2 Objetivos específicos ............................................................................. 15
1.3 Justificativa e relevância ........................................................................ 16
1.4 Abrangência e delimitação do escopo ................................................... 17
2 CONTROLADORES PID .................................................................................. 18
2.1 Controlador proporcional (P) ................................................................. 19
2.2 Controlador integral (I) ........................................................................... 19
2.3 Controlador derivativo (D) ...................................................................... 20
2.4 Controlador proporcional integral derivativo (PID) ................................. 20
2.5 Classificação dos controladores PID ..................................................... 21
2.5.1 Estrutura série .................................................................................... 21
2.5.2 Estrutura acadêmica........................................................................... 22
2.5.3 Estrutura paralela ............................................................................... 23
3 SINTONIA AUTOMÁTICA DE CONTROLADORES PID ................................. 25
3.1 Método dos relés ................................................................................... 25
3.1.1 Relé ideal: .......................................................................................... 27
3.1.2 Relé com histerese ............................................................................. 28
3.2 Regras para obtenção dos parâmetros do controlador .......................... 29
3.3 Métodos utilizados por diferentes fabricantes ........................................ 33
3.3.1 ABB .................................................................................................... 33
3.3.2 Emerson Process Management ......................................................... 33
3.3.3 Siemens ............................................................................................. 34
3.3.4 WEG ................................................................................................... 35
4 O PLC300 ......................................................................................................... 36
4.1 O microcontrolador do PLC300 e sua programação.............................. 36
4.2 Principais características do PLC300 .................................................... 37
4.3 Saídas digitais, analógicas e PWM........................................................ 38
4.4 Entradas digitais e analógicas ............................................................... 38
4.5 Entrada de encoder ............................................................................... 38
4.6 Módulos de expansão (MANUAL PLC300, p. 2-3) ................................ 38
4.7 Interfaces de comunicação .................................................................... 39
4.8 Alimentação ........................................................................................... 40
4.9 A programação do PLC300 ................................................................... 40
4.10 O bloco PID ........................................................................................ 41
5 PID2: CONTROLADOR PID DO PLC300 COM SINTONIA AUTOMÁTICA .... 45
5.1 O bloco PID2 visto pelo usuário............................................................. 45
5.1.1 A variável Tune .................................................................................. 46
5.1.2 As variáveis Delta e Hysteresis .......................................................... 46
5.1.3 A variável TuneTimeOut ..................................................................... 47
5.1.4 A variável TuneStatus ........................................................................ 47
5.1.5 As variáveis KpOut, KiOut e KdOut .................................................... 47
5.2 A implementação do bloco PID2 no sistema embarcado ...................... 48
5.3 A chamada do bloco PID2 ..................................................................... 48
5.4 A interrupção de 100us .......................................................................... 51
5.4.1 O ajuste de Bias ................................................................................. 51
5.4.2 O ganho estático ................................................................................ 52
5.4.3 O ponto crítico de operação ( e )........................................ 52
5.4.4 A constante de tempo do sistema ...................................................... 52
5.4.5 O fator de controlabilidade ................................................................. 52
5.4.6 O atraso de transporte........................................................................ 53
5.5 Procedimento de sintonia automática do controlador ............................ 55
5.5.1 Critérios para que a sintonia seja efetuada ........................................ 57
5.5.2 Passo a passo para executar a sintonia ............................................. 57
6 RESULTADOS ................................................................................................. 58
6.1 Plantas simuladas.................................................................................. 58
6.1.1 Primeira ordem com ............................................................. 59
6.1.2 Primeira ordem com .................................................... 62
6.1.3 Primeira ordem com : .............................................................. 64
6.1.4 Segunda ordem com : ........................................................... 66
6.1.5 Segunda ordem com : .................................................... 69
6.1.6 Segunda ordem com : ............................................................. 71
6.1.7 Planta G7 ........................................................................................... 73
6.1.8 Terceira ordem com :............................................................... 75
6.1.9 Planta de oitava ordem....................................................................... 77
6.2 Testes práticos com plantas reais ......................................................... 79
6.2.1 Turbina hidroelétrica Francis. ............................................................. 79
6.2.2 Servomotor ......................................................................................... 84
6.2.3 Planta Térmica ................................................................................... 89
7 CONCLUSÃO ................................................................................................... 93
8 TRABALHOS FUTUROS ................................................................................. 95
9 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 96
10 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ................................................................... 99
14
1 INTRODUÇÃO
A grande maioria das plantas em que hoje se aplica controle com produtos
desenvolvidos pela WEG são de controle de temperatura, principalmente extrusoras
e fornos. Além do controle de temperatura, uma parcela significativa das aplicações
é destinada ao controle de pressão de tubulações, velocidade e posição de motores,
turbinas, etc. O projeto do mestrado será focado nesses tipos de plantas, uma vez
que, segundo a equipe de vendas e aplicações da empresa, eles compreendem
cerca de 90% do mercado de controle de processos atingido pela WEG.
Primeiramente, o método dos relés será empregado para obtenção do ganho
e do período críticos e de outros parâmetros do sistema. Com as informações
obtidas através do método dos relés, regras como as de Tyreus-Luyben, Ciancone-
Marlin, ITAE mínimo, entre outras, serão empregadas para obtenção dos parâmetros
do controlador PID ( , e ). A regra a ser utilizada para obter os resultados de
cada planta será escolhida com base nos estudos feitos por Yu (2007) e por
O’Dwyer (2000), que se baseiam na relação entre o atraso de transporte e a
constante de tempo do sistema para optar entre uma regra e outra.
Toda implementação será encapsulada em um bloco para ser utilizado em
linguagem ladder na programação do controlador PLC300. Este bloco poderá
facilmente ser parametrizado e habilitado, possibilitando a aplicação da sintonia
automática de um controlador PID. O bloco possuirá ainda uma forma fácil de
chavear entre o modo de sintonia e o modo de controle, no qual os parâmetros
calculados na sintonia automática poderão ser aplicados no sistema.
A ferramenta a ser desenvolvida será testada tanto em plantas simuladas no
Matlab como também em plantas reais, podendo ser elas de temperatura,
velocidade ou posição de motores, pressão, entre outras.
Por fim, após a avaliação dos resultados e validação do bloco, a
funcionalidade será disponibilizada para os clientes através de uma nova versão de
firmware para o PLC300.
18
2 CONTROLADORES PID
Fonte: o autor
(1)
onde o erro é dado pela diferença entre a referência do usuário e a saída do
sismtema: .
Um ganho proporcional elevado faz com que a saída do sistema tenha
uma rápida alteração e tende a diminuir o erro de regime permanente. Contudo, um
ganho muito grande pode tornar o sistema instável. Já um ganho proporcional
muito baixo torna o sistema muito lento. A ação proporcional por si só não elimina o
erro de regime permanente, para isso é necessária a adição da ação integral.
∫[ ] (2)
[ ] (3)
A ação derivativa atua em intervalos regulares, conhecido como tempo
derivativo , que é inversamente proporcional ao ganho derivativo que
aparecerá em algumas topologias apresentadas nas subseções seguintes.
A ação derivativa é capaz de fornecer uma ação antecipativa do erro,
tornando ele mais preditivo. Ela diminui o tempo de resposta e pode melhorar a
estabilidade do distema.
Ganhos derivativos muito elevados, podem causar oscilações e
comportamentos inesperados no sistema.
Segundo Finke (2016), uma das desvantagens da ação derivativa é que na
forma ideal ela possui um ganho muito alto para sinais de alta frequência, fazendo
com que sinais de ruídos tenham grande influência no sinal de controle.
[ ∫ ] (4)
onde
,
,
.
O controlador PID une as vantagens da velocidade, devido à ação
proporcional e derivativa, e de precisão do resultado de regime permanente devido
ao integrador. Essas características, tornam os controladores PID bastante flexíveis,
podendo atender praticamente qualquer sistema de controle, que via de regra,
procurará atender as seguintes especificações (ALCINDO, 2010):
21
a. Rapidez de operação;
b. Amortecimento adequado;
c. Precisão em regime (erros pequenos ou nulos);
d. Imunidade a perturbações.
muito utilizada nos sistemas analógicos, mantida também em alguns dos sistemas
digitais atuais (FINKE, 2016).
22
[ ∫ ][ ] (5)
( ) (6)
( ) (7)
(8)
O método dos relés foi introduzido pelo trabalho de Karl Johan Aström e Tore
Hägglund, em 1984. Este método apresenta a característica de manter uma
oscilação controlada na etapa de sintonia. O sucesso desse método deve-se à
simplicidade dos procedimentos utilizados, e também à sua aplicabilidade em
processos lentos ou de características altamente não lineares (NEVES, 2009).
O método dos relés é um método de malha fechada, que permite o cálculo de
parâmetros que são utilizados no processo de sintonia do sistema, não necessitando
que se tenha conhecimento do modelo matemático da planta em que será aplicado.
Dentre as principais vantagens do método dos relés destacam-se (HANG,
ASTRÖM e WANG, 2002), (NEVES, 2009):
a) não requer conhecimento prévio do modelo matemático da
planta;
b) o método é facilmente aplicado, uma vez que, após um comando
do operador, ele obtém automaticamente o ganho crítico e a frequência
crítica do processo que geralmente são suficientes para sintonizar o
controlador;
c) o método dos relés funciona em malha fechada, logo, com um
ajuste apropriado dos parâmetros do relé, o sistema pode ser ajustado e
mantido muito próximo ao ponto de operação. Isso mantém o sistema
operando na região linear, permitindo aplicações em sistemas altamente
não lineares;
26
.
Fonte: o autor
Fonte: o autor
(9)
onde é a amplitude de saída do processo e a amplitude do relé. A dedução
completa de (9) pode ser encontrada em Hang, Aström e Wang (2002), Finke (2016)
e Berner (2015).
.
Fonte: o autor
A curva do relé com histerese é muito parecida com a do relé ideal (Figura 7),
a diferença é que com a adição da histerese, uma pequena defasagem aparecerá
entre o sinal de saída do processo e o sinal de saída do relé.
Para o relé com histerese, o ganho crítico é dado pela mesma equação do
relé ideal, ou seja, pela equação (9). A dedução completa pode ser encontrada em
Pinto (2014).
O período crítico pode ser obtido diretamente do resultado da saída do
relé, da mesma forma utilizada no relé ideal.
O processo de sintonia através do método dos relés pode ser finalizado com o
cálculo dos parâmetros do controlador através da tabela de Ziegler-Nichols, na qual
o controlador PID é dado em termos do ganho crítico e do período crítico conforme
Tabela 1, obtida do livro de Yu (2007). Yu reforça ainda que se deve atentar que as
regras desta tabela são para a estrutura série do controlador PID.
30
Controlador
P ⁄
PI ⁄ ⁄
PID ⁄ ⁄ ⁄
Fonte: Yu (2007) pag. 18
(10)
Controlador
PI
PID
Fonte: Yu (2007)
Controlador
PI
PID
Fonte: Yu (2007)
Controlador
PI ( ) ⁄ )
(
PID ( ) ⁄ ) ( )
(
Com base nas recomendações feitas pelas referências citadas acima, neste
trabalho optou-se por utilizar as regras de Tyreus-Luyben pra plantas com ,
regras de ITAE para e as regras de Ciancone-Marlin para .O
usuário pode também forçar algum desses métodos caso o valor de encontrado
esteja fora da faixa do método desejado, conforme será apresentado na seção 3.3.4.
Como o controlador PID do PLC300 não implementa a estrutura série
utilizada por Ciancone-Marlin e por Tyreus-Luyben, foram necessários alguns
cálculos para adaptar as tabelas para a estrutura paralela. As regras para o
controlador PID na forma paralela podem ser obtidas comparando as equações (6) e
(8).
Resolvendo a equação (6) temos:
( ) ,
( ) ,
isolando os termos:
( ) ( ) ( ) .
(11)
(12)
(13)
Controlador
PI ⁄
PID ⁄
Fonte: Boava (2016)
Controlador
PI ⁄
PID ⁄
Fonte: Boava (2016)
3.3.1 ABB
3.3.3 Siemens
3.3.4 WEG
4 O PLC300
Além dos motivos expressos acima, a linguagem C foi escolhida por ser
amplamente difundida no meio acadêmico e industrial. A grande maioria dos
fabricantes disponibiliza uma gama muito grande de exemplos, aplicações e
bibliotecas para os seus microcontroladores, implementados em linguagem C, o que
facilita muito o desenvolvimento de novos projetos. Outro motivo para esta escolha é
que diversos produtos da empresa utilizam esta mesma linguagem, isso permite que
as funções implementadas sejam facilmente adaptadas a outros produtos.
37
Fonte: www.weg.net
A versão sem IHM permite que o PLC300 seja montado em trilho DIN. Nesta
versão, a parte traseira do produto torna-se a frente e apresenta um display de 2
linhas e 16 caracteres que exibem, entre outras informações, o status das I/Os. Para
navegar entre as informações esta versão apresenta também um botão, conforme
pode ser visto na Figura 10 (B).
Possui funcionalidade Hot Download que permite carga a quente do recurso,
ou seja, que o programa Ladder, telas, alarmes e outros dados sejam alterados no
produto sem que o mesmo interrompa a execução do programa atual.
O PLC300 possui um slot para cartão de memória do tipo SD de até
32GBytes que permite salvar dados, fazer log de eventos, receitas, fazer backup da
aplicação, etc.
38
Além das duas entradas rápidas, o PLC300 possui uma entrada exclusiva
para encoder do tipo quadratura, com sinais complementares e detecção de fio
partido com alarme opcional. O PLC fornece alimentação configurável em 5 ou 12V.
4.8 Alimentação
Tipo de Tipo de
Nome Descrição
Variável Dado
EN BOOL Habilitação do bloco
SetPoint REAL Referência automática (pré-controle)
ManualSetPoint REAL Referência forçada (pós-controle)
SelectSetPoint BOOL Seleciona qual referência utilizar
Feedback REAL Variável de realimentação da malha
MinimumOutput REAL Valor mínimo da saída do controlador
MaximumOutput REAL Valor máximo da saída do controlador
Entrada Kp REAL Ganho proporcional
Ki REAL Ganho integral
Kd REAL Ganho derivativo
Constante de tempo do filtro de entrada de
TauSetPoint# REAL
referência automática
Type# BYTE Tipo de controlador
Action# BYTE Ação de controle
Ts# UINT Período de amostragem [ms]
ENO BOOL Habilitação de saída
Saída
Output REAL Saída do controlador
Instância PID_INST_0 PID Instância de acesso à estrutura do bloco
Fonte: o autor.
46
Controlador
0 Desabilitado
1 Controlador PID Automático
2 Controlador PI Automático
3 Controlador PID Tyreus-Luyben
4 Controlador PI Tyreus-Luyben
5 Controlador PID ITAE
6 Controlador PI ITAE
7 Controlador PID Ciancone-Marlin
8 Controlador PI Ciancone-Marlin
Significado
0 Desabilitado
1 Relé em nível alto
2 Relé em nível baixo
4 Sistema estabilizado
5 Estável e Relé em nível alto
6 Estável e Relé em nível baixo
8 Sintonia concluída
16 Timeout
Fonte: o autor
método dos relés necessite ser aplicado novamente. Essa possibilidade traz um
grande diferencial para esta ferramenta, uma vez que regras diferentes podem ser
aplicadas com apenas um comando, podendo o usuário escolher qual a melhor se
adapta à planta, mesmo que ele não tenha conhecimento algum sobre as diferenças
entre elas.
O fluxograma da Figura 18 mostra simplificadamente o funcionamento do
bloco.
Figura 18 – Fluxograma do bloco PID2
Fonte: o autor
50
Fonte: o autor
51
(14)
O ganho estático segundo Hang, Aström e Wang (2002) é dado pela razão da
integral da saída da planta pela integral da entrada, conforme equação:
∫
(15)
∫
Neste trabalho, a integral da entrada foi obtida através da regra dos trapézios.
(16)
√
(17)
apresentada por Yu (2007). Embora nem todas as plantas possam ser aproximadas
por um sistema de primeira ordem, a constante de tempo é utilizada nesta
implementação apenas para a escolha automática da regra a ser utilizada, não
comprometendo a funcionalidade da sintonia, uma vez que o usuário tem a
possibilidade de trocar de regra caso a escolhida não traga bons resultados.
Equação (10).
53
Fonte: o autor
54
Fonte: o autor
55
Fonte: o autor
Fonte: o autor
6 RESULTADOS
Fonte: o autor.
59
(18)
(19)
.
Primeiramente o sistema foi colocado próximo ao ponto de operação, que
neste caso e nos próximos simulados representa simbolicamente 60. Em seguida,
foi habilitado e o chaveamento se iniciou. Uma oscilação pode ser observada
no do sistema.
10,0% 1,0% 10,302 9,931 0,033 5,048 0,218 7,366 3,193 0,145
15,0% 1,5% 10,342 9,917 0,033 5,068 0,219 7,384 3,206 0,146
20,0% 2,0% 10,225 9,913 0,034 5,010 0,217 7,298 3,170 0,144
Para a planta o bloco PID2 optou pela regra de Tyreus-Luyben para cálculo
dos parâmetros do controlador, pois encontrada foi menor do que 0,1.
Os gráficos da resposta ao degrau de amplitude 60 para PID e para PI podem
ser vistos na Figura 27 e Figura 28, respectivamente. Lembrando que os resultados
exibidos são sempre para e .
61
(20)
A planta possui certo atraso de transporte resultando em um fator de
controlabilidade entre e . Após simulada e aplicada a sintonia, os resultados
obtidos foram os exibidos na Tabela 11.
Tabela 11 – Resultados da planta G2 para controlador ITAE
10,0% 1,0% 2,770 4,022 0,688 1,363 0,576 0,476 0,850 0,474
(21)
10,0% 1,0% 1,434 2,806 2,227 0,674 0,664 0,149 0,430 0,613
15,0% 1,5% 1,437 2,803 2,216 0,675 0,666 0,149 0,431 0,615
20,0% 2,0% 1,457 2,795 2,162 0,685 0,678 0,151 0,437 0,626
(22)
10,0% 1,0% 6,981 25,483 0,122 5,769 0,160 7,051 4,026 0,145
10,0% 1,0% 6,981 25,483 0,122 3,421 0,058 12,809 2,164 0,038
(23)
10,0% 1,0% 3,291 8,223 0,506 1,697 0,294 1,158 1,078 0,245
70
(24)
10,0% 1,0% 1,580 3,838 1,438 0,743 0,535 0,224 0,474 0,494
15,0% 1,5% 1,579 3,844 1,433 0,742 0,534 0,225 0,474 0,493
20,0% 2,0% 1,580 3,846 1,463 0,743 0,534 0,225 0,474 0,493
72
6.1.7 Planta G7
(25)
A planta simulada foi apresentada no trabalho de Yu (2007). Ela é de
primeira ordem com fator de controlabildade entre 0,1 e 1, semelhante à planta ,
porém com constante de tempo cinco vezes maior. Os resultados obtidos com a
sintonia automática podem ser vistos Tabela 17 e na Figura 46.
10,0% 1,0% 6,806 7,621 0,127 6,522 0,775 0,345 4,477 1,089
15,0% 1,5% 6,793 7,622 0,128 6,492 0,772 0,344 4,458 1,083
20,0% 2,0% 6,816 7,601 0,128 6,487 0,771 0,345 4,454 1,082
74
(26)
10,0% 1,0% 1,272 26,398 3,144 0,598 0,063 1,242 0,382 0,058
15,0% 1,5% 1,273 26,411 3,127 0,598 0,063 1,244 0,382 0,058
20,0% 2,0% 1,273 26,401 3,128 0,598 0,063 1,243 0,382 0,058
76
(27)
10,0% 1,0% 1,724 97,405 1,067 0,810 0,023 6,213 0,517 0,021
15,0% 1,5% 1,728 97,399 1,060 0,812 0,023 6,227 0,518 0,021
20,0% 2,0% 1,729 97,194 1,059 0,812 0,023 6,216 0,519 0,021
78
As turbinas Francis são adequadas para operar em quedas de 10m até 200m.
Este modelo de turbina é o que permite sua instalação em maior faixa de aplicação
relacionado à queda/vazão. São máquinas projetadas para operar tanto com eixo
vertical quanto horizontal (www.hisa.com.br/produtos/turbina-francis).
A velocidade de rotação da turbina e a potência por ela gerada dependem
diretamente do fluxo de água pela mesma. O fluxo de água é controlado através da
abertura e fechamento de uma válvula. Um dos desafios de controle desta turbina é
na malha de posição da abertura desta válvula através de uma corrente enviada ao
atuador. Esta foi a malha de controle ajustada para uma das validações do PID2 do
PLC300.
O pistão em destaque na Figura 55 recebe um sinal de corrente e atua na
abertura e fechamento da turbina. Com um sinal de corrente entre 9,10mA e 7,30mA
a válvula começa a abrir (quanto menor o valor maior a velocidade de abertura) e
entre 13,20 e 15,0mA a válvula começa a fechar (quanto maior o valor maior a
velocidade de fechamento).
A Figura 56 demonstra graficamente o comportamento.
81
Fonte: o autor
20,0% 1,0% 2,966 0,652 0,004 1,453 0,955 0,139 0,919 0,637
82
6.2.2 Servomotor
20,0% 1,0% 0,020 1,425 0,375 0,016 0,021 0,002 0,011 0,024
20,0% 1,0% 0,020 1,425 0,375 0,010 0,003 0,002 0,006 0,002
20,0% 1,0% 0,020 1,425 0,375 0,009 0,018 0,001 0,006 0,017
A planta térmica simulada pode ser vista na Figura 68. Ela é composta por um
relé de estado sólido, por um ventilador e por um conjunto metálico que é aquecido e
tem sua temperatura medida por um termistor do tipo PT100.
O acionamento do relé de estado sólido é feito via PWM do PLC300, com
uma frequência de 1Hz e largura de pulso que varia de 0 à 100%. A leitura do PT100
é feita por uma Unidade Remota WEG, RUW05, que transmite o valor da
temperatura via CANopen para o PLC300. Com base na informação de temperatura
e as demais configurações, o PLC300 realiza a sintonia automática e o controle do
sistema.
50,0% 1,0% 5,876 112,816 0,065 2,879 0,011 47,729 1,822 0,007
7 CONCLUSÃO
exibidos na tela do produto, podendo eles serem aceitos ou não para o novo ajuste
do sistema de controle.
Essa funcionalidade permite, em determinadas situações, que até mesmo o
usuário da máquina final possa realizar uma nova calibração do sistema, não
necessitando ter acesso ao software aplicativo ou sequer de um computador.
Por outro lado, métodos numéricos e cálculos mais avançados muitas vezes
não são possíveis de programar em um sistema embarcado, devido à limitação de
memória e de tempo de processamento, que pode acabar comprometendo outras
funcionalidades do produto.
De maneira geral, a ferramenta desenvolvida cumpre com a necessidade da
empresa. Embora em algumas aplicações o resultado obtido automaticamente possa
não ser o esperado como resultado final ou o mais eficiente, mesmo assim a
funcionalidade se mostra adequada para realizar uma boa sintonia inicial. Partindo
desta sintonia inicial, com pequenos ajustes efetuados de maneira manual nos
ganhos do controlador, um sistema de controle mais preciso e adequado para a
aplicação pode ser obtido.
95
8 TRABALHOS FUTUROS
9 REFERÊNCIAS
10 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA