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UNIDADE I: WUHAN E O NASCIMENTO DE UM

NOVO VÍRUS
Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS). Folha
informativa: COVID-19, 2020. Disponível em:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com
_content&view=article&id=6101:covid19&Itemi
d=875#historico>. Acesso em: 27 mai. 2020.

Neste tópico, propõe-se o conhecimento das


informações importantes do SARS-CoV-2,
apresentando-se um breve histórico de sua
descoberta e sua caracterização inicial.

A cidade de Wuhan, província de Wubei, na


República Popular da China, foi o local de
aparecimento
de uma nova cepa (tipo) de coronavírus. Trata-se de
um novo genoma viral nunca visto pela
humanidade.
Os coronavírus são bastante ubíquos na natureza,
isto é, estão distribuídos por toda parte do nosso
planeta. Contando-se com este último tipo
descoberto, jáexistem, pelo menos, sete diferentes
coronavírus identificados na natureza. Na verdade,
no tocante ao potencial para gerar resfriados
comuns, eles só perdem para os rinovírus, que são a
principal causa dessas doenças.
Em 11 de fevereiro de 2020, esse novo vírus foi
batizado com o nome de SARS-CoV-2. SARS é a
abreviatura para "Severe Acute Respiratory
Sindrome", que quando traduzido para a nossa
língua

portuguesa significa Síndrome Respiratória Aguda


Grave (CID 10 U04). A doença causada pelo SARS-
CoV-2 foi denominada como "Coronavirus Disease
2019", ou simplesmente COVID-19.

Documento Completo da UNIDADE I1


Guia de Estudo: UNIDADE I

UNIDADE II: A PANDEMIA DA COVID-19


World Health Organization (WHO). WHO
Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard, 2020.
Disponível em: <https://covid19.who.int/>. Acesso
em: 27 mai. 2020.

1https://www.paho.org/bra/index.php?option=com
_content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=8
75#hist
orico

Neste tópico, propõe-se o breve conhecimento


acerca da COVID-19, através da apresentação de
seus números e sua disseminação na sociedade,
especialmente no Estado do Ceará.

Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial


de Saúde (OMS) declarou que o surto do novo
coronavírus constitui, na verdade, uma Emergência
de Saúde Pública de Importância Internacional
(ESPII). Para que você, prezado
estudante/colaborador do Centro Universitário Inta
(UNINTA) ou das
demais IES do grupo, tenha noção da seriedade
dessa declaração feita pela OMS, basta observar
que
esta é apenas a sexta vez na história, que a OMS
declara que uma emergência de saúde pública
possui, comprovadamente, importância
internacional.
Em 11 de março de 2020, a COVID-19, foi
considerada como Pandemia pela OMS. O termo
"pandemia" se refere à ampla dispersão da doença
em vários pontos geográficos do nosso planeta.
Os números da doença são, de fato,
impressionantes, uma vez que a doença já foi
identificada em
cerca de 5,5 milhões de pessoas no mundo, sendo
responsável por cerca de 350 mil óbitos
distribuídos em 217 países, áreas ou territórios
(dados atualizados em 27 de maio de 2020). No
Brasil, já são mais de 391 mil casos confirmados
com cerca de 25 mil mortes, sendo que destes,
cerca de 2700 óbitos ocorreram no Estado do Ceará
(Atualizado pelo MS/SESA em 27 de maio de
2020).
Enquanto estudante/colaborador do UNINTA ou das
demais Institui ções de Ensino Superior (IESs) do
grupo, você frequentará ambientes coletivos
durante o retorno às atividades presenciais. Desta
forma, considerando-se que existe um risco
intrínseco às atividades, faz-se necessário que todos
assumam papéis de relevância na implementação
de rotinas de Biossegurança efetivas para a
proteção contra a COVID-19.
Documento Completo da UNIDADE II2
Guia de estudo: UNIDADE II

2https://covid19.who.int/

UNIDADE III: FORMAS DE TRANSMISSÃO DA COVID-


19 E
MANUTENÇÃO DA PARTÍCULA VIRAL INFECTIVA
(VÍRION) EM
SUPERFÍCIES DIVERSAS

Pal M, Berhanu G, Desalegn C, Kandi V. Severe


Acute Respiratory Syndrome Coronavirus-2 (SARS-
CoV-2): An Update. Cureus [Internet]. 2020 Mar
26;2(3). Disponível em:
<https://www.cureus.com/articles/29589-severe-
acute-respiratory-syndrome-coronavirus-2-sars-
cov-2-an-update>. Acesso em: 4 jun. 2020.

Neste tópico, propõe-se uma breve revisão acerca


das formas de transmissão da COVID-19, bem
como caracterizar a infecção de uma célula humana
pelo SARS-CoV-2, além de revisar a viabilidade
da partícula viral infectante (vírion) em interação
com diferentes superfícies.

Para que você, prezado aluno ou colaborador, possa


entender a forma de transmissão da COVID-19
e assim evitá-la, é necessário conhecer um pouco
do fascinante mundo dos vírus. Vamos lá?
Todos os vírus possuem seu material genético (que
pode ser DNA ou RNA) envolvido por uma
espécie de capa (capsídeo proteico) e alguns deles
possuem ainda uma camada extra (envelope),
formada por gorduras e proteínas, revestindo os
demais componentes do vírus, como é caso dos
coronavírus. Para penetrar nas células humanas, o
vírus precisa que uma estrutura de sua superfície
(como se fosse uma espécie de "velcro") chamada
proteína S, se ligue a uma proteína receptora (a
outra parte do "velcro"), encontrada na superfície
da célula humana, chamada enzima conversora de
angiotensina 2 ou ECA-2. Quando as duas partes
desse "velcro molecular" se unem, ocorre a
infecção (Figura 1).

1 - Figura 1 - Modelo de infecção (estabelecimento


do "velcro molecular") entre a proteína S do vírus e
a proteína ECA-2,
principal receptor-alvo na célula do hospedeiro. O
resultado desta ligação é a infecção desta célula.
Uma vez que uma das partes desse "velcro
molecular" é destruída, o mesmo perde sua
capacidade
de causar infecção. Melhor que seja destruída a do
vírus, certo?
Embora os mecanismos exatos de transmissão
ainda estejam sendo esclarecidos, sabemos que o
SARS-CoV-2 geralmente é transmitido através do
contato com mucosas (olhos, nariz e boca) por
contato direto pessoa a pessoa, principalmente por
gotículas de saliva dispersas no ar, mesmo de
pessoas assintomáticas ou pela transmissão através
de superfícies contaminadas.
Já foi demonstrado através de experimentos que
esses vírus podem permanecer viáveis (capazes de
causar infecção) em diversas superfícies por
diferentes períodos de tempo, como ilustrado na
Figura
2.

2 - Figura 2 - Tempo de persistência do coronavírus


em diferentes superfícies. Adaptado de KAMPF et
al., 2020.
De acordo com o observado, vírus pertencentes a
esse grupo podem permanecer infecciosos por até
9 dias em algumas superfícies!
Outro estudo que avaliou exclusivamente o SARS-
CoV-2, encontrou partículas virais viáveis após 72
horas em plástico e aço inox. Porém a viabilidade da
partícula viral também depende de condições
de temperatura e umidade, demonstrando uma
melhor resistência em temperaturas entre 20 e
25°C
e entre 40% e 50% de umidade relativa do ar.
Temperaturas entre 30 e 40°C demonstraram
reduzir significativamente a viabilidade do vírus. Em
experimentos laboratoriais também foi mostrado
que o contato por 5 segundos com superfícies
contaminadas é capaz de transferir cerca de 31% da
carga viral (do total de vírus que eram
infectivos) para as mãos.
Em estudo observacional foi descrito que
estudantes tocam sua face com as mãos em média
23
vezes por hora, com contato mais frequente na pele
(56%), boca (36%), nariz (31%) e olhos (31%).
Além de ser encontrado em superfícies, o novo
coronavírus pode permanecer em gotículas de
saliva
suspensa no ar, provenientes de tosse ou espirros,
por até 3 horas. Desse modo, uma pessoa
infectada tem a capacidade de contaminar
diferentes ambientes por ela frequentados, como
banheiros, espaços de alimentação, salas fechadas,
maçanetas de portas, entre outros.
A higienização das mãos é um dos pontos
fundamentais para diminuir a transmissão do novo
coronavírus, a qual deve ser realizada com água e
sabão (ver Unidade V). Na impossibilidade de
realizar a lavagem das mãos é recomendado a
utilização de álcool 70%. A limpeza de superfícies
também pode ser realizada com álcool ou solução
de hipoclorito de sódio (0,5%), inativando as
partículas virais após 1 minuto de exposição a esses
agentes desinfetantes.

Como já citado anteriormente o vírus necessita de


uma proteína receptora celular específica para
invadir nossas células, a ECA-2. Um estudo avaliou a
presença desse receptor em diferentes regiões
do corpo. Foi notado que regiões do trato
respiratório superior apresentam uma maior
expressão
(quantidade) dessa proteína, facilitando a entrada
do vírus e tornando essa a principal via de
infecção. Esses dados justificam a importância do
uso de máscaras para a prevenção da COVID-19.
Para uma proteção eficiente é importante o correto
manuseio da máscara no momento de colocá-la
e retirá-la, evitando tocar a frente da máscara com
as mãos (ver Unidade V).
Demais referências consultadas:
Casanova LM, Jeon S, Rutala WA, Weber DJ, Sobsey
MD. Effects of Air Temperature and Relative
Humidity on Coronavirus Survival on Surfaces. Appl
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Chu DK, Akl EA, Duda S, Solo K, Yaacoub S,
Schünemann HJ, et al. Physical distancing, face
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and eye protection to prevent person-to-person
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https://mbio.asm.org/content/6/6/e01697-15>.
Acesso em: 4 jun. 2020.
Documento Completo da UNIDADE III3
Guia de Estudo: UNIDADE III

3https://www.cureus.com/articles/29589-severe-
acute-respiratory-syndrome-coronavirus-2-sars-cov-
2-an-
update

UNIDADE IV: FATORES DE ALTO RISCO PARA A


COVID-19
Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
Coronavirus Disease 2019 (COVID-19): Groups at
higher risk for severe illness, 2020. Disponível em:
<https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-
ncov/need-extra-precautions/groups-at-higher-
risk.html>. Acesso em: 27 mai. 2020.

Neste tópico, propõe-se uma breve revisão acerca


dos principais fatores de risco para
agravamento do quadro clínico da COVID-19.

COVID-19 é uma doença nova e há informações


limitadas sobre fatores de risco para doenças
graves.
Com base nas informações disponíveis no momento
e nos conhecimentos clínicos, idosos e pessoas
de qualquer idade com sérias condições médicas
subjacentes podem estar em maior risco de
desenvolver doença grave. Veja abaixo os principais
fatores de risco para agravamento da COVID-19.
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Documento completo da UNIDADE IV4


Guia de Estudo: UNIDADE IV

BOAS PRÁTICAS EM BIOSSEGURANÇA


Distanciamento Social
Distanciamento social, também chamado de
"distanciamento físico", significa manter espaço
entre
você e outras pessoas fora de sua casa. Para
praticar o distanciamento social ou físico:
· Fique a pelo menos 2 metros de outras pessoas;
· Não se aglomere em grupos;
· Fique longe de lugares lotados e evite reuniões.
Além das etapas diárias para evitar a COVID-19,
manter o espaço entre você e outras pessoas é uma
das melhores estratégias que temos para evitar
exposição ao vírus e proteger as pessoas que nos
rodeiam.
Limite o contato próximo com outras pessoas fora
de sua casa! Como as pessoas podem espalhar o
vírus antes mesmo de saber que estão doentes, é
importante ficar longe dos outros sempre que
possível, mesmo que você - ou eles - não
apresentem sintomas.

4https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-
ncov/need-extra-precautions/groups-at-higher-
risk.html

O distanciamento social é especialmente


importante para pessoas com maior risco de
desenvolver
doenças graves.

Utilização de banheiros e outros equipamentos


coletivos
O distanciamento mínimo de 2 metros deverá ser
respeitado entre os usuários de banheiros e
outros equipamentos coletivos no UNINTA (e outras
IESs do grupo). Lembre-se: VOCÊTAMBÉM É
RESPONSÁVEL pela implementação de Boas Práticas
em Biossegurança. Zele pela sua saúde
respeitando as recomendações aqui apresentadas,
pois elas foram feitas pensando em você,
prezado aluno/colaborador. Em hipótese alguma
serápermitida a formação de filas de espera no
interior dos banheiros.

Utilização de elevadores no UNINTA


Nas dependências do UNINTA, a utilização de
elevadores ficará restrita a pessoas com deficiência
ou
com mobilidade reduzida.

Utilização de bebedouros
Em hipótese alguma utilize diretamente o esguicho
(bico) do bebedouro para ingerir água. Leve a
sua garrafa (squeeze) até o bebedouro e abasteça-a
sem tocar no bico da torneira. Em caso de
toque acidental no bico da torneira por alguma
superfície do seu corpo ou mesmo pela sua garrafa,
borrife álcool 70% na superfície do bico da torneira
(a solução de álcool 70% estará disponível nas
proximidades do bebedouro). Sempre que
necessitar ingerir água, busque um local calmo e
isolado,
retire apropriadamente a sua máscara e após,
recoloque-a conforme as instruções das figuras 6 e
7.
Lembre-se de utilizar álcool em gel 70% em suas
mãos após a utilização do bebedouro.

Higienização correta das mãos com álcool em gel


70%
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Higienização correta das mãos com água e sabão
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O uso de máscaras no contexto da COVID-19
Brasil. Ministério da Saúde. Covid-19: Tudo sobre
máscaras faciais de proteção. Disponível em:
<http://portal.anvisa.gov.br/noticias/-
/asset_publisher/FXrpx9qY7FbU/content/covid-19-
tudo-

sobre-mascaras-faciais-de-protecao/219201>.
Acesso em: 27 mai. 2020. O efeito protetor por
máscaras é criado por meio da combinação do
potencial de bloqueio da transmissão das gotículas,
do ajuste e do vazamento de ar relacionado
àmáscara, e do grau de aderência ao uso e descarte
adequados. Qual o objetivo da máscara?

As máscaras devem ser utilizadas por todas as


pessoas que frequentam o mesmo ambiente em
tempos de pandemia, com o objetivo de:
· Controlar a fonte de infecção (usada por pessoas
infectadas) –lembrando que existem portadores
do vírus que não apresentam os sintomas
característicos da doença;
· Prevenir contra a COVID-19 (usada por pessoas
saudáveis);
· Evitar a transmissão comunitária do vírus.

1. Tipos de máscaras
Existem vários tipos de máscaras para diferentes
finalidades. Algumas delas são utilizadas para
proteção respiratória do trabalhador diante de
possíveis contaminações que podemprovocar danos
à saúde, como os respiradores para trabalhadores
na construção civil e os respiradores do tipo N95,
que são utilizados por profissionais de saúde.
Outras máscaras têm como função principal
proteger o
paciente ou manter o ambiente estéril (livre de
microrganismos ou no qual eles não podem se
reproduzir), como as máscaras cirúrgicas e outros
respiradores. Cada atividade exige um tipo
apropriado de máscara.
No Brasil, as máscaras seguem a regulamentação da
Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT). Os tipos de máscaras são divididos em:

(a) Máscaras cirúrgicas: usada por profissionais de


saúde.
São máscaras faciais confeccionadas em tecido de
uso médico-hospitalar, que devem possuir uma
manta filtrante que assegure a sua eficácia em
filtrar microrganismos e reter gotículas, devendo
ser
testadas e aprovadas conforme a norma ABNT NBR
15052.
De acordo com a Nota Técnica 4/2020 da ANVISA, a
máscara cirúrgica (Figura 3) deve ser usada
apenas por pacientes com sintomas de infecção
respiratória (como febre, tosse, dificuldade para
respirar) e por profissionais de saúde e de apoio
que prestam assistência a menos de um metro do
paciente suspeito ou caso confirmado.

3 - Figura 3 - Exemplo de máscara cirúrgica.

(b) Respiradores
Os respiradores são equipamentos de proteção
individual (EPIs) que cobrem o nariz e a boca,
proporcionando uma vedação adequada sobre a
face do usuário. Possuem um filtro eficiente para
reduzir a exposição respiratória a contaminantes
químicos ou biológicos a que o profissional é
submetido em seu trabalho. Os respiradores
descartáveis apresentam vida útil relativamente
curta e
são conhecidos pela sigla PFF, de Peça Semifacial
Filtrante. Os respiradores de baixa manutenção são
reutilizáveis, têm filtros especiais para reposição e
costumam ser mais duráveis.
Os respiradores, além de reter gotículas, protegem
contra aerossóis contendo vírus, bactérias e
fungos, a depender de sua classificação. Em
ambiente hospitalar, para proteção contra aerossóis
contendo agentes biológicos, o respirador deve ter
um filtro com aprovação mínima PFF2/P2 ou N95.
Respiradores com classificação PFF2 seguem as
normas brasileiras ABNT/NBR 13698:2011 e
ABNT/NBR 13697:2010 e a europeia e apresentam
eficiência mínima de filtração de 94%. Já os
respiradores N95 seguem a norma americana e
apresentam eficiência mínima de filtração de 95%.
Atenção: Evite a utilização de respiradores com
válvula de exalação (Figura 4), uma vez que, em
caso de indivíduo contaminado com SARS-CoV-2 e
utilizando este tipo de respirador, este
continuará dispersando partículas virais no meio
ambiente. Em caso de real necessidade de
utilização de um respirador, dê preferência a
dispositivos respiradores sem válvula de exalação,
sejam N95, PFF2 ou superiores (Figura 5).

4 - Figura 4 - Exemplo de respirador com válvula de


exalação.

5 - Figura 5 - Exemplo de respirador sem válvula de


exalação.

(c) Máscaras não-cirúrgicas


A OMS enfatiza que é fundamental que as máscaras
cirúrgicas e respiradores sejam priorizados
para os profissionais da saúde, considerando-se a
baixa disponibilidade destes equipamentos no
mercado mundial.
Para o uso de máscaras não cirúrgicas devem ser
levadas em consideração:
· Número de camadas de tecido;
· Respirabilidade do material utilizado;
· Não passagem de água pelo tecido/Qualidades
hidrofóbicas;
· Formato da máscara;

· Ajuste da máscara à face do indivíduo.

Além das vantagens potenciais do uso da máscara


por pessoas saudáveis na comunidade incluem a
redução do risco potencial de exposição a
indivíduos infectados durante o período “pré-
sintomático”
e a estigmatização dos indivíduos que usam
máscara para controle da fonte. Entre os riscos
potenciais de contaminação enquadram-se:
· Autocontaminação que pode ocorrer ao tocar e
reutilizar uma máscara contaminada;
· Dependendo do tipo de máscara usada, possíveis
dificuldades de respirar;
· Falsa sensação de segurança, que pode levar a um
menor cumprimento de outras medidas
preventivas como distanciamento físico e
higienização das mãos.

2. Manuseio da Máscara
Para qualquer tipo de máscara, o uso e descarte
apropriados são fundamentais para garantir sua
efetividade, e evitar qualquer aumento na
transmissão. Observe atentamente as
considerações a
seguir:
· Coloque a máscara cuidadosamente, certificando-
se de que ela cubra a boca e o nariz, e amarre-a
firmemente para minimizar qualquer folga entre o
rosto e a máscara;
· Evite tocá-la, quando estiver usando;
· Retire a máscara usando a técnica apropriada: não
toque a parte da frente da máscara, desamarre-
a na parte de trás;

· Após a remoção ou toda vez que uma máscara for


tocada inadvertidamente, limpe as mãos usando
álcool gel ou água e sabão;
· Troque a máscara assim que ficar úmida por uma
máscara limpa e seca;
· Não reutilize máscaras de uso único;
· Descarte as máscaras de uso único após a
utilização em local apropriado.
Siga as etapas descritas na Figura 6 para a colocação
da máscara na sua face. As etapas para retirada
segura estão descritas na Figura 7.

6 - Figura 6 - Etapas sequenciais para colocação de


máscara cirúrgica e protetores faciais.

7 - Figura 7 - Etapas sequenciais para a remoção de


máscara cirúrgica e protetores faciais.
3. Utilização de máscaras não-cirúrgicas

Considerando as informações da Nota Informativa


no3/2020 do Ministério da Saúde de 02/04/2020
diante do cenário da pandemia pelo novo
coronavírus e pela COVID-19 (doença causada pelo
novo
coronavírus) e escassez de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI), cujo uso deve ser
priorizado
para profissionais de Saúde, as máscaras caseiras
produzidas em tecido podem servir como barreira
física à disseminação do vírus (impedem a
disseminação de gotículas expelidas do nariz ou da
boca
do usuário no ambiente) e ser um recurso adicional
para reduzir a transmissão.
É importante ressaltar que o uso das máscaras
caseiras é mais uma intervenção que deve ser
implementada junto às medidas básicas
recomendadas pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e
pelo Ministério da Saúde para evitar a circulação do
vírus:
Lavagem ou higienização das mãos: lavar com água
e sabão ou higienizar com álcool em gel a 70%
todas as superfícies das mãos, frequentemente por
20 a 30 segundos; – Proteção de Mucosas: Evitar
tocar olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas
ou higienizadas;

(a) Características desejáveis para uma máscara


caseira de tecido
A máscara caseira deve:
· Ter pelo menos duas camadas de tecido em bom
estado de conservação, que possa assegurar boa
capacidade para filtragem de partículas virais
(preferencialmente tecido de saco de aspirador,
cotton
composto de poliéster 55% e algodão 45%, algodão
100% algodão ou fronhas em tecido
antimicrobiano;
· Ser bem desenhada (nas medidas e formatos
corretos) para adequada adaptação ao rosto, sem
deixar espaços nas laterais;
· Cobrir totalmente boca e nariz;
· Ser de uso INDIVIDUAL: não deve ser
compartilhada com outras pessoas, mesmo que
sejam da
família e depois de higienizada;

(b) A máscara caseira em tecido deveráser utilizada,


principalmente:
Sempre que compartilhar ambientes externos com
pessoas que não moram na mesma casa:
· Salas de trabalho ou aula;
· Transporte público;
· Mercados;
· Padarias;
· Farmácias;
· Feiras livres;
· Carros;
· Agências bancárias, dentre outros.

(c) Quantidade de máscaras por pessoa


Cada máscara pode ser utilizada por até 02 (duas)
horas consecutivas; depois desse tempo será
necessário trocar. Caso fique úmida antes de 2
horas de uso, também deverá ser trocada.
Considerando essas orientações, a quantidade
recomendada para cada pessoa é:
· Quem estiver em contato diário com pessoas em
ambientes externos em período integral de
trabalho ou estudo (8 horas) precisaráde pelo
menos 04 (quatro) máscaras em tecido para troca a
cada 2 horas de uso;
· Quem se locomover por meio de transporte
público, precisaráde 02 (duas) máscaras adicionais
(uma para o deslocamento entre seu local de
residência e chegada à Unidade e outra para o
retorno
até residência);
· Quem voltar para casa em algum intervalo,
precisaráde 01 (uma) máscara adicional;
Atenção: Aqueles indivíduos que utilizam transporte
público deverão retirar a máscara utilizada
durante o deslocamento IMEDIATAMENTE após
chegar em seu destino, seja ambiente de trabalho
ou estudo e colocar uma máscara limpa, seguindo o
modo de proceder ilustrado nas Figuras 6 e 7.
A máscara usada durante o deslocamento em
transporte público deverá ser disposta em sacola de
transporte. Ao chegar em casa, deverá ser
higienizada conforme descrito abaixo.

(d) Como higienizar as máscaras caseiras


· Retirar as máscaras usadas durante o período de
trabalho ou estudo da sacola plástica e a que foi
utilizada durante o deslocamento para local de
residência;
· Colocar imersas por trinta (30) minutos em
solução desinfetante: 10 ml de água sanitária para
500
ml (1/2) litro de água potável (é o mesmo que 1
parte de água sanitária para 50 partes de água
potável)
· Após deixar de molho por trinta (30) minutos,
enxaguar abundantemente em água potável;
· Lavar com água e sabão, e enxaguar comágua
limpa;
· Colocar para secar preferencialmente ao sol e, se
possível, em local de pouca circulação de pessoas;
· Passar com ferro elétrico bem quente antes de
utilizar novamente.
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