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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Saúde Coletiva

Introdução ao Campo da Saúde Coletiva

120031616 - Eloy Gonçalves da Silva Neto

Trabalho 2- Resumo do texto: SCLIAR, M. História do conceito de saúde

Moacyr Scliar, Médico especialista em Saúde Pública, doutor em Ciências pela ENSP e
professor de Saúde Coletiva na Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto
Alegre, nos dá, em um artigo publicado na Revista Saúde Coletiva, uma visão suscinta e
bastante esclarecedora sobre o conceito de Saúde, o nascimento da Saúde Coletiva no Mundo
e no Brasil. Senão vejamos...

Em um primeiro momento, o autor explica a temporalidade e personalidade do conceito de


saúde e doença, de forma resumida e bastante atual, podemos fazer uma analogia entre os
exemplos dados pelo autor e um exemplo que ainda ressurge à pauta esporadicamente, o
homossexualismo e demais formas de sexualidade são vistas atualmente como doença por
uma parcela conservadora considerável da população e já foi tema de leis propondo seu
tratamento. Scliar, cita masturbação, escravidão e até mesmo a visão medieval da lepra como
castigo divino, como forma de explicitar as variações temporais e sociais dos conceitos de
saúde e doença.

Apesar de Hipócrates, tido como o pai da Medicina, ter postulado 2 mil anos antes a crença de
que as doenças tinham causas naturais, suas razões seguem por muito tempo associadas a
fatores sobrenaturais, miasmáticos. Somente Paracelsus, alquímico medieval, reinicia a ligação
do processo de saúde com a Química, mesmo assim, sem grande sucesso.

Já no final do século XIX, a revolução pasteuriana revela a existência de microrganismos,


inaugurando uma era onde as doenças poderiam ser evitadas ou curadas.

Estávamos em uma era colonial, onde o mundo se volta para as terras tropicais, ricas e
passíveis de exploração, conflitavam as doenças tropicais, exigindo o estudo da epidemiologia.
A seguir, adentrávamos engatinhando na era industrial, a concentração urbana, que se
desenvolvia na Europa exigia o controle da população em nível salutar. Eclodem meios de
pesquisa estatística, visando o conhecimento da saúde da força de trabalho ou, no mínimo,
conhecimento do estado de saúde dos mais pobres pra que estes não afetem os mais ricos.

Surgem relatórios sanitários em vários países, desde o Velho Mundo até a Nova Inglaterra
( Estados Unidos). Entretanto, não havia um consenso do que era, Saúde.

O conceito moderno, só foi criado após duas guerras mundiais, com um conceito amplo,
abrangendo a biologia humana, o meio ambiente, o estilo de vida e a organização da
assistência à saúde (grifos do autor), a OMS cria um conceito visto por demais amplo, que
poderia ser interpretado como uma forma de intervenção na vida dos cidadãos.
Conferências posteriores se dedicaram à correção desse deslinde, racionalizando o Conceito
de Saúde a patamares aceitáveis à realidade dos países aos quais a OMS orientava. Havia um
cuidado na orientação de países no sentido de priorizar um cuidado primário na saúde, uma
proposta política, que teve como pano de fundo a situação sociopolítica nacional, que exigia
um cuidado social para justificar os eventos ditatoriais do regime militar e reinserir o Brasil na
política econômica mundial, que, entretanto, criou o SUS, sistema falho em muitos aspectos,
mas que consegue atingir as necessidades nacionais de uma Saúde Pública muito mais que os
sistemas anteriores utilizados.

Nota do Aluno – O doutor do artigo consegue resumir bem o conteúdo da matéria que
estudamos até o momento, a leitura desse texto resume e concretiza o tema estudado.

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