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TECELAGEM MANUAL NO TRIANGULO MINEIRO ‘A pesquisa sobre a tecelagem manual do Tringulo Mineiro, ‘cujos resultados sio ‘spresentados nesta publicagio, propde-se como uma experiéncia Gesenvolvida pela Fundacdo Nacional Pro-Meméria, no sentido do obter indicadores para lapreenaio da dinamica cultural brasileira, Como se trata de um fazer que & twansmitido de modo informal, a documentagio do processo em todas as suas fases ~ obtencio do material text, fag, tingimento, preparagto do lurdume e tamagem —, aque se acrescentou uma amostragem rTepresentativa dos produtos, ‘constitui uma memoria dessa tecnologia tradicional, que pode ser utilzada com inimeras finalidades, seja pelas instituigBes proprias tecedeiras, (© modo como foi realizada esta documentago possbiltou ainda ‘uma andlite, fondamentada na ‘propria prética, da siuacdo atual dessa tecelagem, tanto no sentido de compreender as razdes do sua Sobrevivencia até os dias de hoje, ‘quanto no de avaliar as possibilidades de sua transformagdo visando a atender ‘um mercado mais amplo e a ‘Supostamente, elevar 6 nivel de ronda das tocedeiras, Essas quesides dizem respeito & vida quotidiana de considerdveis setores da populacto brasileira, sobretudo daquelas pessoas que recorrem a esse tipo de atividade ‘como meio de vida ou para ‘complementar a renda familia Embora cada caso apresente situagdes e problemas tespecifices,o tabalho realizado fem um cardter exemplar em termos de documentagio de uma tecnologia patrimonial permitindo Inclusive demonstrar que, sem tum conhecimento profundo das ‘possibilidades mites Dferecidos pela tecnologia sobre ‘2 qual se pretende atuar, corre-se o tleco de adotar medidas inadequadas, do ponto de vista tanto da coeréncia interna do sistema tecnico em use, quanto da pritica efetiva, em si imensio social, econdmica e histérico- cultural Espera-so, ainda, fazer chegar a0 maior nimero possivel de tecedelras o inventério dos repassos — padres Caracteristicos dessa tecelagem ‘acompanhados das respectivas indicagdes para sua execugto, ‘que foram coletados durante a Pesquisa, de modo a enriquecer © repertério dessas mulheres, Ccontribuindo, talvez, para ampliar ‘suas possibilidades de trabalho. ‘Acreditamos, inclusive, que essa iniclativa se ensere no espirito de troea de informagées que ccaracteriza essa forma de tecelagem manual e que, ceramente, constitu fator decisive para sua manutengio até (5 dias de hoje. APRESENTACAO No trabalho de documentagio, como 6 praticada na regio, ¢ além do uso de texto fos & ‘sem cujo auxilio no tena sido esenhos () para registrar ‘possivel realizar este trabalho. técnicas e produtos, foi necessrio recorer a um ‘computador para imprimir a ‘MARCOS VINICIOS VILAGA ‘colegdo dos padrBes repassos ‘cujos eddigos foram recolhidos -‘Secretdrio da Cultura junto As tecedeiras da regio. Gragas A colaboraglo do Prot. ‘Womer Steitwieser, do Centro de Computagao da Universidade Federal de Minas Gerais, que tlaborou e aplicou © programa, {oi também possivel identificar ‘como aqueles que, embora com homes diferentes, remetiam ao, mesmo padrio ‘A pesquisa conton ainda com a partcipacdo da Secretaria de ‘Tecnologia Industrial do Ministéno da Industria e do ‘Comércio, que financiou os pprimeiros trabalhos de Tevantamento de dados de documentacio; da Universidade Federal de Uberlindia, que, no Infeio do projeto, cedeu suas dopendéncias aos pesquisadores; dda Profa. Graziela Barroso, do Jardim Botdnico do Rio de ©, principalmente, de todas ‘aquelas pessoas ~ tecedeiras, Gandeiras, tingideims, seus familiares © conhecidos — que Troe ce tecsiogom yuan ml brent re alll SUMARIO “Em alguns de seu tragos fundamentais, nossa paisagem rural, ‘como jd se sabe, data de épocas ‘exemamente longinguas. Mas, para “Atarefa de proteger as artes populares ¢(..)extremamente Aelicada, pelas restricdes que pode trazer& sua evolugto, Sendo a arte ‘um organismo vivo, tem naturalmente ‘suas contingéncias de evoluco e desaparecimento, Qualquer tentaiva, de prolongar a sua duraao pode perturba a sua verdade, transformando-a em coisa artificial @ sanacténica. Ouro perigo ¢ 0 das fadaptacoes que podem ser tentadas ‘em tomo de elementos veridicos de arte popula, para especulacses industriaise tursicas. Deforma-se a tradipto, imtimente, pois desi do seu fundamento de verdade, de significado, de expressio humana, tudo sto sinais exteriores, sem fungio, destinados a uma decadéncia ingléria. io se pode, por outro lado, impor a ‘um povo formas de arte jé vidas por ‘ele mesmo, se elas nio foram ‘sustentadas pela sua sensibidade, [Nio se pode restar uma tradicio meno, embora em menor escala, pode também ser obgervado nor diferentes Iugarejos, bem como na periferia das icipais cidades da recto. A presenga dessesteares¢ rodas, ede Aiversos outros apetrechos de face & tecelagem, evidencia que, tanto no ‘campo quanto nas cidades, mulheres do ‘Triingulo Mineiro, criadas na roga, con ‘inmam fandoe tecendo & mio. ‘Quem tece ndo costuma. em principio, {azé-lo com 0 objetivo de vender seus roduos. Mesto quando nic tece ape ‘as para o“gasto” pessoal, mas tamber “para fora’ — ou "para os cures" — pre tence somente prestar um servigo a 0 tra pessoa Nesse caso, quem faz a encomenda, & semethanga da prépria tecedeira, cos dar tecer 0 que se destina 20 880 pes soalou da familia — uma das andes da cexisténciahoje.de maior numero de todas de far que de teares. Embora constfuam uma minori, akg ‘mas mulheres esto, no entano,tecendo bara vender, Seja de forma dietae es pontines, sea por solictacio de um in fermeditrio, buscam atender & cres Cente procura de produtos artesanais por parte dos arandes centrosurbancs Essas diferentes orientacdes atuais da tecelagem atestam a vitalidade dotecer mio na regto do Triéngulo Mineiro. Pi, além de continuaratendendo am ‘consumo familar, a tecelager verse transplantando — em funcio das ondas rmaratonas — para a cidade, tentando, Obie da Camara te Formig ripe + entice Comb, Rchege Mert edn 3 . Os habitantes sto abastados de came ¢ pete, colhem mulho.: abricam os fecidos de algodio e mesmo alguns de ‘ins hades Cab» 3 *O senhor Viewa cava carneiros para “Eu a Rainha faco saber aos que este uiiar-thes ala em wcidos,eafrmava Alvar wire: Que sendo-me presente 5 excetiando 0 sal no tna © grande namaro de Fabricas, © Feccestnde le compracada® amiacnaas, qv de agus aos & Auptede Sain nv, cant MO, i7, SH Part'an tar dian erm ‘ibe pide rou ooo ‘dlerontes Capiaias do Brasil, com Iestoe finn Goran 93 re Cn ‘Dawe modo, olpodio quate Sera da ate Cotton, seen pes or sara dt porque havendo nelle hura grande. € serene, cardado fad, tecido sem Doras pavent nde bare oan sair da casa ‘evident, que quar mais se rua arfoveioes ataptaune — emoutos totalmente dileretes, como Navegacao, © do Comercio entre 06 Meus Loses Vassalios Habitanios ‘esos Reino © daquelles Domiioe, ‘que dovo animar,e sustertar em ‘commun beneficio de hans, ¢ outros, ‘emovendo na sua orgem ce ‘bstaculos, que Ihe sio prejudiciaes, © ‘ocivos: Em consideracao de tudo 0 Telerido: Hei por bem Ordenar, que todas as Fabricas, Manufactaras, 08 ‘Toares de Galces, de Tecidos ou de Bordados de Ouo, ¢ Prata: De Veluros, Brlhantes, Sens, Tafetas, ou le outra qualquer qualidade de Seda: De Belbutes, Chas, Bombazinas, Fistoes, ou de outra qualquer qualidade de Fazenda de Algodao, ou e Linho, banca, ou de cores: E de annos, Baetas, Droquetes,Sactas, ou de outra qualquer qualidade de Tecidos de La, ou os dios Tecidos s0jo fabricados de hum $6 dos Toleridos Generos, ou misurados, ¢ tecidos huns com os ovo fexceptuando tao somente aquelles dos fos Teares, e Marufacres,em que se ce, ou manufacarao Fazendas ‘rossas de Algodao, que server para Oo, « vestiario dos Negros. para fenfardar eniparctat Fazenda, © para outros Masieros semelantes fdas a mais sejao enact, sbolilas er ual quer parte onde se facharem nos Mew Domiuos do Brasil, ebatio da Pena do perdimento, em twesdabro, do valor de cada huma das das Mancfactras, 03 Teares, © das « Fazendas, qe nels, ou nels houver, que te acharem exisenieg dows fnede savor do Denuncann | ‘houver, ¢ a outra metade pelos en Citic. torr» Dele | bo favendo Denna, | das Relacoes do Rio de Janeiro e Bahia: Ouvdores, rovedores, ¢ outros ‘Minisros, Officiaes de futign, © Fazanda,e mais Pessoss do referido Bstado, cumprao,e guardem,@ fio lnveiraenie camper, e guardar ete ‘Meu Alvara como nelle se conten, ‘sem embargo de quaesquer Leis, ou Disposicocs om contrano, a8 quaes Hei por derogadas, para este effeto mente icando alias Sempre em get inclusive, em determinadas situagbes, te aproveiter de uma nova oports ridade:a moda do artosanato, (Oestudo datecelagem praticada no Tr angulo Mineiro veo, portant, de encon 110.0 objetivo basic do antigo Centro ‘Nacional deReferéncia Cutural realizar to relerenciamento da dinamica cukural brasileira de modo afavorecer aadocto de madeloe de desenvolvimento socio feconémicos adequados & nossa reali- dade — objetivo assumido pela Funda ‘cao Nacional Pro Memoria. ‘Rescolha do Triingulo Mineiro como zona de pesquisa decorreu de uma série ‘de motivos. Embora se possa encontrar ‘essa mesma atvidade em outas egioes do Brasil ais como o Estado de Goiss, sul, sudoestee noronste de Minas e, no Estado de So Paulo, em sua fonteiras ‘com Minas, a pritica da tecelager ma- | ‘al noTnngloMinezeencerai | Imentetodassroriertacdesmencions | ds reunindoaesmaconicoesrecer Ssrasparsccorarsnaraatindadeene: | lacaoaseupassado preserteeperspec: | thastinras Edadctancodeserves | rmemodo rdeaoNinee pede 2 | feraunaninrGounctveedamciee | ‘ena nentarxio Seumamdaded. rnésica como tecelagem se nosso, porcontasetdatsteveladoradas pelomenceaparertes sonradinsns cuedecorredofaodeaetecer amo rosdasanas Cnet, arbi, de redo decsvo paras ercoha do Trngulo Minero ‘omen de pesquisa, a presence ra reste, de una equpe empereda, or (8 a0 mpzo de Edna de Rrra mest havia aber. ssa tres ecelager Stabe rnb novia apes no retro de uma tecnologia radiional Sesto ierticada com acre do toda ma regio.” Ao sua om se0 coment eapecico, a pean se pro: Povaservr Go ubeiioparas adive das conciges om qu se esa a dhe, tendo em sta posi net ta pen o foment ch tculagem ma ‘al no Tingle Mine. Emboraastocederas io tna ainda ‘womb aime po de ince of. Cia supoe-s que fato de algunas dela produarem para abastecer omer cao de atesrat devern om bret i.e contbaeo par gra oor fmprgose foecer sna renes mie: wrRopucho mentar Nesse aspecto, a anaise do pro- cesso de transformagao da tecelagem, de wma atvidade essencialmente do- ‘mestica em uma producio destinada 20 mercado, permite avaliar 08 reais provetos dessa nova orientagao do te ‘er, assim como seu custo cultural Por out lado, a pesquisa consiste na analise da tajeiona de um fazer profin ‘amente exvaizado em nossa tradicao ‘cukural,conforme testemuno de ini eros autores, Poi, emboraexistam al .gunasdvergencias quano as reais ca Sas e consequencias do alvara de D. ‘Mana, de 173, proibindo atecelagem no Bras’, todos concordam em reco secer a longa radica dessa atvidade omesica ene nos A umporncia da tecelager manual fo, inclusive, com provada por documentos bem recen tes", apesar de se notar hoje em dia, nos habitantes da regia, um aparente desintoresso, e ate mesmo desconhec ‘mento do assunto, eles mesmos acaba sempre por se lembrar de ter vito sa mae ou ta, a¥6, ima, comadre. Com o objetivo de atender as fnaida es relerias, omou-se como ponte de partida o nivel em que, necessa mente, se resclvem — de mode concre to e coorome ~ as contadigoes apre sentadas no exerccio de uma aividade tecnica: plano tecnolegico. ‘Sepa earn bens po ce ay! Fos realizado ur levantamento exauc tivo de todas as tecnicas empregadas anualmente pease teceramaona Tah {ulo Mineo, inclusive daquelas em de sso e que ft possvelreconstinar Desse modo, @ parts de uma aborda gem tecrologica procurou-se — com base na evolucao do tecer manual no tempo e em suas diversas arientagbes tus, em fungao do espace, tant fisico ‘quanto social ~ rouru elementos para sanaisar os diferentes sigilicados de ‘quo possa se revest o lato de se cont ruar tecendo a mao, hoje, no Tango Minezo. Aoadota o pont de vista teenologico, 4 pesquisa procurou colocar-se no Centro dos problemas do tecer nor mal situando-se no mesmo angulo em Cet aici ‘que se apresentam paraas propria edeiras. Visio que, dada a naturera dde nossas preocupacoes, ¢ indispen sivel prvlegiat Binalmente, este trabalho se prope daunda a ser uma expeneneia de docu reniacao, Alem de se uizar diferentes recursos — tex, fotografia desert — para documenta a tecelagem manual 420 texlo elaborado se acrescentaram, fem parallo, otras "vooes"a de cronis tas, vaantes estudiosos, que descre- veram esse tipo de tecelager,e a das tecedeiras, que a praticar. Acreditou ‘se que, ao sobrepordierentesenfoques de um mesmo fenémeno, se possibi ‘aria uma letra muito mais ica aba. (gente, abrindo, inclusive, espaco para outas invenprotagoes | | MATERIAL TEXTIL ser também comprados om jas, j sob ‘forma de fio industrialzados, ou, ainda, ser recuperades, desmanchan” dose, por exempl, sacos de aniager. As tis sho compradas om Iojas como retalos industria, ou obtidas a partir de diversas pecas em desuso, como roupas velhas et 0s cordées se constiuem de for que, devido ao proprio funcionamento do CConforme sua origem, o material em- pregadomnattecelagem manual do Tin- ‘ule Mineiro pode ser: © fhras bras tradas do meio naturale findas & mio: Recebem butas as encontradas em estado na tural no meio ambiente e que so abt das a partir de plantio (algodio), de criacao deanimal (a)oude colbeita {46 vegetal (paina) Elas dever ser sub- ‘metidas ao processo defacto artes de seromtecidas, Eventualmente, as mea as resaltantes podem ser ainda tin sidas. “Pann? Far-s8e algodao com menos trabalho de que lise faz 0 de lnho € dol, porque debaixo de algodoeio © ‘pode a Gandeira estar colhendo e ‘Bando, nem fatam tints com que se tia 1oje cukivavam-no somente para ‘misurt-lo em uma eepécie de tcido lencorpadio esélido que os agricutores {abricam para o uso de sua fara © ‘que nto sal da regio.” ‘Ragu San ie, ‘Tagen te pre ans ¢ Rs Deve, p82 “*Asemente sinha © pretinha do ‘toulando passa no descarocador. ‘No ¢ como aquela do algodio basso que no eecarora" “Pica cada vor mais custoso encontrar algodio ganga, pois ‘ingém mais planta ele por ai” Flos, RAS CoRDOES ALCODAD CO algodao cutivade nos arredores das casas representa grande parte das ma teria tees empregadas na tecelagem, ‘manual do Trdngulo Mineiro. 6 algodao prover da materia fibrosa ‘consiuida por pélos que revester as Sementes encerradas nas capsulas do fruto do algodoeiro, planta da familia ‘das Malvaceas. “rhoroos ou arbustvos, os algodoeiros tem folhas alternadas e dao flores tmarelas ou vermelhas. A qualidade do Algodio, que determina o comprimento das fibras e o tamanho dos capulhos, varia conforme 0 tipo de algodoeiro de que procede. a parts de maio ou juno que se cathe algoddo. A medida que os rues ama- durecem, as capsulas secam e se fbrom deias podendo-serocolher ws ‘ou quatro capulhos ‘Quando se cultivam algodoeires nos proceso de tecelagem para separar melhor 08 fos quando for necessario Aviles em duas camadas, Para ai dar no processo, as duas varas tio is vezes imobilzadas com pesos (pedis, tomeiras, enfim, qualquer objeto dis pponivel adequado a essa finalidade), que ficam pendentes do lado externo o rolo de urdiment, Para separar 0 urdume em duas a. ‘madas, cada fo passado pelo otho de lum ligo, na ordem em que agora sio mantidos pelas duas varas, qu, para faciltar a execucio do trabalho, 380 colocadas junto as folhas de liga. Con forme a preferéncia da tecedeira, 5 folhas de licos podem ser descidas, quando gosta de wabalhar sertada no cchdo, ou suspensas no alto do tear, ‘quando prefere fear no banco do tea de frente para 0 rolo de tecdo. ‘Appassagem dos fis do urdume nos (08 s faz geralmente da diteta para a esquerda devido a maior comedidade za manipulagdo dos ligos e dos fos do lurdume. Conforme a ordem dos fos belecida pelas duas varas, una ‘mao procurao proximo fio passar, 0 introduz no olho do ligo eelecionado pelo polegar da outra mio, Como Geralmente @ mais facil realizar esta ‘operagdo com a mao direita, cost zma-se comecar a passa ourcume nos ligos & iret. No Tringulo Mineiro a passagem dos fos do urdume pelos olhos dos ligos apresenra uma difculdade adicional Como normalmente o nimero de igos numa fothaultapassa a quantidade ne ‘cesséria pastagem dos foe do dame ‘ecomo nde ¢ possi retrareslicos que ‘lo vai se utilsar, a tecedeira deve die tribuiros fos pelo igor de modo no fiearem tonto Por essa razio, as tecedeiras, devem proceder as seguintes operacies: 1) centrar 0 urdume nas folias, colo- ‘cando 0 pente escolhido na frente 20 contro delas, de modo a marcar 0 Ponto em que deve se iniciar a passa ‘gem do urdume nos igor 2) esabelecer a diferenca entre oni erode dentes do perte escolhido eo Monracem 10 uRDUMEIPACsAceN ‘petos ticos, as | “Malor 60 cordio de amarar as ‘pas, maior fica a distncia de uma ua a outa Exempliicande:supondo que se passe um fio de urdume entre cada dente de um pente n 82 (cor 384 [32x 12] (6 abotoava ao lado diets da ‘Conforme o tipo de material txt em: FATORES De ‘pregado ea maneira como se usam of DIVERSIFICACAO insrumentoe de tocer, varia 08 pro- ‘dutos da tocolager do Tridngulo Mi reir, A textra final desses produtos 20 4) quatto fos brancos, dois fos aanaa ouiae azuis, dois fhos bran Tama aati, dois fos br Jalgodio branco, ayutaa 2) duns batidas fortes 3)toda a trama branca 9)03,12,24,24 1) algodio anu 2) duas baidas fortes, entre passa a trama pisando 120% 3) toda a trama anu: u4,12,24,24 oa | | a 3 Se = Sea ea 900 G0 ee U609 GUGD wun nas OAR Exompl: 14,2,3 04 2314, 1723, 1314, a2 Pisando um s6 pedal de cada ver, na ordem da passagem dos fios do ur ‘ume nos ligase passando cada fo da trama por cima de um fo do urdume © por baixo de ts, obtem-ro diaconais na direito eno avesso. O mesma efeto pode ser abtidopisandotrés pedais a0 resto tempo O6e BU a Q aS tres Urdume 1) algodio branco;, 2) pente n- 35; 3)todo o urdume branco; 44,32 Trama algodio branco ou ganga 2) duas batidas fortes: )toda a tama branca ou gang A)U34, V2, V3I4, vale (diagonais n0 diteto) 14,2, 3 (diagonals no avesso). 90: roupas ¢ toalhas. ertiros oe. PeDALAceM REPASSOS 7Otha no repasso e passa nas casinhas ‘dos ligs. Os ligos @ a mesma coisa que aqueles quatro riscos do repasso. (Cada rsquinho 6 uma folha do igo que tem que pogar.” “Eh ponte que marca 0 repasso © que se vé oo tem or ou nko.” "Contorme ta riscado, a gente repassa” ‘Dojeitinho que « gente repasse em, ‘ema, isa embaixo” Ea dado ce fs aetna ‘Aidm do tear dos vrie insrumenios ‘que 0 acompantam, cada tecedeira poss em geral uma colegio de repas Soe (numa media de vinte a cneanta) (0s repasses sao codigos wscrios que servem para indica tanto a ordem.de passage dourdume os igos, quarto Pedalagom. Os produos realzaas de Avordo com essa instrucoes so cha ‘madbos tamber de repassospelastco- irs, (0s repassos so aprosontam sob a forma ‘doumatia de papel, com quatro pautas, as quas gura uma serie de trios verticals ou, enuo raramente,algans- ‘mos, Esse tas cosumam ser presas 40 tear, durante o trabalho, com cordinhas ‘ou pedagos de cera. Todo upe de papel fembralho, aveaso de cartas, envelo es, papelio — serve de suporte para a ‘anolagao dos repastos. Geralmente se ‘enconta também eecria uma denomi- nagao, muito provavelmente atibuida por uma tecdeira, para identiicar or pasto, es vous, onome de uma pes: oa e data. Esses dados se referer & pessoa de quoi foi copia ou que co lowe repasso ea dataem que fol fata a propria waidade (Maraca, Estrada de Ferro, Doce de leite, Coqueiro, Bei jal, Folha de café etc), esto ten ‘ando, de alguma maneira,identificar padreesallamente abtratos que apare- ‘em nos Tepassos 0s conligos repassos podem eventual mente ser estabelecidos ("irados") a ptr de uma amostra de tecido, mas ‘wansmitem-se, na maiotia das vezos, ja sob a forma de uma tra de papel que passa de tecodeira a tocedeira (de mae para filha, entre comades, vizinhas, ‘amigas etc). Como o nome do repasso fea relacionado a0 elemento visual e- vado em considerasao pela tecedeira 40 bats lo, embora a maior pare dos omnes esteja consagrada, pode ocot- ‘er que um mesmo repasso sea encon- trado com nomes diferentes, inclusive ‘numa mesma colerio, una vez que ate- ‘codeira nao consogue ideniicar 0 de- tenho a partir da simples leitura do 6. ‘digo, Plas mesmas razdes, repassoe di ferentes podem-se apresentar sob ‘uma tniea denominagao", (sistema repasso serve fundamental ‘mene para codiicar informagées ne- Ccessaias & execucio de uma técnica ‘specifica de tcelagem, que as tece- ddowas também designam, assim como © padrao que dela resulta, pelo nome de repasso. (© mesio codigo ¢ usado para urdir ou seja, para indicar como se deve fazer a passagem do urdure nos ligos ‘ pata tramar — ou saa para indicar a sequoncia da pedalagem na aberua 20 uidume. A ulilzapso do sistema re- asso e pols, bastante convenient e Doin sucedida, una vee que un codigo ‘ujeo comtem as iformagdes neces: ‘aias para urdu @ amar. + en ecuree oepam a i se song qu poe se pao noe ‘Scour, dias gene quote os ‘Sons pra Mono few ene ‘St St oot dune pune Posh decoconr xt tat Salvo 0 fato de que se inicia 0 trabalho ide um lado e se termina do out, io existe um sentido preestabelecido para leturados repassos. Conformeo motive que se quer apareca emum canto ou tto do tecido,inciaso a passanem do turdume nos igs e/ou a pedalagem 2 [pats de um ot otto lado. Por essa ra io 4 praciso geralmente expensmentar Jum repasso novo para se identiicar 0 padrio, a no ser que se consiga ler 0 Sesenho nas pautas [No cédigo repasso, cada uma das qua rropautas representa uma fotha ligne ‘sou pedal coneepondente, ou sea, {otha e pedal n°4 eta © podal n° 3 fothae pedal n’2 toa e pedal nt ‘iota um aque iea mas prosirna da (Os tracinhos marcados nas qnatro a tas indicam as folhas de cos om re guintecodificacao, doravante denom ado “repasso exerplo” (a0 lado) ‘Come, por simples comotidade, a pas sagem do urdume nos ligos geralmente faz da dita para a esquarda, pois costuma ser ras fil passar um fo do ‘udume por rm olka oligo com a rio dla, a etura do repasso paraa arma ‘gio do tear tambern costuma ser feta nesee sentido. Assim tem se no "repas: s0 exemplo" (© primero fo a fll n= 4: (0 segundo fo a flka (O terceito fo na fotha nf O quarto ona otha n° Ouro fo na folha n° 4 O gexto fo na otha (0 sata fo a fla 03 Ooitavo fo ma ftka | (© nena fiona flan © dsm fo a fl [A dirposigao vertical dos racnhos no © décine primeira n \ céetigo repasso sempre justiicae pelo Odecimo vecundons folie n?; , _ —fatedecque nessa técnica pisam-se sem O décime force ns fotha n° 3 re dois pedais ao mesmo tem \V'Na tealidade, a variacao entre 08 pa- dove passar cada fio do urchin Odécime quarto na ota m2 ‘Gonsidere-seum repassa com 430 " does repassos decor das inimeras possbldades de combinagio e rept ‘ode apenas quatro pareagens da a. ra (13, V4, 23, 14), pols as duas pe- dhlagors rei (/, 04) sto in. ae | ahora de amar, commas ler 06 pou et hy “panto da esquerda para a direta, pi ah Pott Eando ac mesmo rnp or dos pedis LX ENN “reprerenados por cada par de tract — PV YoYo “nos. No caso de of esmos pares de a iY YY tracor se repetter varias Yess, 1+ +3 seseomenmomimerodevezesox dos edais. Logo, no easo do "repasso ‘exemple’ terse: Duas vores os pedals 26 3: Duns veres os pedis Ie 3, ‘Trés vezes os pedais 1 e 4 Sequindo 0 codigo “exemplo" ao £0 baixar as folas dois © tre, oto v tal ebtido 6 de uma linha continon {quando o fo da tama cabre fos cont os do urdume, e de ponttnado, ‘quando se entzelacs ais do ure Por sua ver. of fos que passam pelas fothas um equato, manta leva das, cobrtioo fo da tama (ver ia a pagina secuito) ‘Ko serepatirapedalagem 25, j4¢ post velperceberaformarso de biooss. fe. {> caracterietco dor padrées repasso. Do repaseo completo tesla 0 pa drio apresertado sos. ‘Os Blocos menconados so produsdes or repetidas superposicoes da trama Pais ross em cor conrasante— sor mesmos for contiiog do urdume logo, quantas vezes for repetido © ‘am pat de pedis no cddigorepas- fe tanas vores seguida caro cont- ‘fos foe do urdome nas das fothas Comrespondentes.Consequertemente fede acordo com a caracteristica da {éonica repasso oo da rama pastara besguldamenteo mesmo rimero de ve ev sobre os mesmos for contiquoe do {rdume formando-s asim ot bocos asso Palmira, por exemplo,forma:se ‘una composigio relativamente simples deblocessemeltantes, com efoto det ‘buleiro de xadrez Jano Cararnjo,acra ‘uagio dos tamanhos dos blocos pro- ‘dura iso de profindidade. coo1co n ‘no pe LcAcho [A sucessiva passagem do fo da trama sobre os mosmos fos de urme, ie - (CL resuila na formagao ds blocos reler ty es, em reaidade nao constnuria ue Sait ais saesas Sates cent ee 00 Pensa ce prior, cme Aga sma-sointercalar, apos cada pastagem 6 Bo da vara i fo chamado “Bo de ligagao” A pedalagem para a passagemh do fio de ligacao ¢ sempre 12%, a ‘mesma utizada na realizagao da texture “lso" As outras possibildades de pe- dalagem, por pares (13, 4,23 24), so ss ulizadas para a passagem da trana, no cbdigo repasso. Desse modo, quas quer que sojam as combinagées de pe dais usados na passager da tama, ha: ‘era sempre um fo de igagéo enela {gad entre of fios do urdume, que Sarantraa frmeza do tecido. Pisando- 50, por exomplo, os pedais um e dois, ‘para passagem do fio de igacio, pos ‘qualquer uma das possibildades de po ddalagor utlzadas na tamagem, sem pre um dos dois fos do urdume sera ‘baizado (fo ere paréntes0),garan- tindo 6 enzelacamento. 12 ()3-()4-@3-@a (© mesmo ocome sforpisado 0 par 34 51-14) 269) 24), Sendo da mesma cor e espessura que ios do urdume, o fo de igagao nao Interfere na feitura do padrao, pos ou fica embaixo do ffo da wama, qué é bem mais grosso, ou, no caso do wr ‘dume aparente, confunde-se com ele. ‘Assim, apesar desse fio de igagao in tercalado entre cada passada doo da twama, 0 aspecto final do produto te ido nao difere muito da representa ‘¢a0 grfica mostrada anteriormente Embora a técnica repasso suponha uma carta rigidex, por fazer uso de ua programagio preestabelacida para sia ‘execurdo, tanto para a passagem do ur dume nos ligos quanto para a pedala- ‘gem, admite as sequins variacdes, 0 ‘que proporciona uma cera margem de cratidade: Ojogode reparticio de cores diferentes na tama possblia as tocedeiras mod licar 0 aspecto geral do desenho (1). Podem também obter variagtes de um mesmo deserho aumentando ou dim undo os mesmos pares de tracihos programados nim codigo repasso (2). Enfim, com o urdume passado nos igos conforme um determindorepaseo, ate. ‘cedeiras consoquem até crar desenbos diferentes, modificando a pedalager programada, como, por exemplo, Pi sando 36 uma parte do repasso (3). Pisando uma mesma sequéncia do e- asso um nimero maior de veses do ‘que 9 programado e, consequente. ‘mente, do que foi passado no igos (8), PADROES COMPOSTOS ‘Além dos produtos da passagern liso e {dos repassos, tecem-se, no Triangula ‘Mineiro, outros tipos de texuras, culo fentrelagamento trama‘urdume corres Donde a solugées técnica diferentes as anteriormente apresortada, Do que se péde observar, a reprodicio ‘deseasforuras no se faz nem a partir ‘de processos de simples memorizacio, nem com base na uiizacio do cécigo ‘epasso; para tecé-as, as mulheres se baseiam no dectramento de amostras ‘Também foi poesivel nota que quase o- dos os padres coresporclem na real dade, a combinagses de modos conhe- dos, tanto de passar 0 urdume nos h- ‘08, quanto de pressionar ot pedais: passagem lio, diferentes pedaiagens da passagor so e maneiras de pasar ‘os ligos ou pisarcodifcsves a nga (gem do sistema repasso Por essa arin, para facitar a maneira de tranecrever ‘emo sto realizados o¢ padroes refers os, fi utizada a codifiagao dos re pastos. 2) algodo Branco ana 1) algodiobranco, ganga aru tingido 4 an: 2) duas batidas fortes 23) nove fos brancos, um fo az fo branco, um fo ami umf banca, um fo aru um flo branco, um fo a, nove fos brancos, um fo ganga, wm fio branco, um fio gange, um fio branco, urn fo ganga, wm fo Branco, um fo gana 1 fare 1S unvauzinno 1) algodto branco e azul, tingido de ant 2) duas batidas fortes: 5) seis os brancos, um fo azul, wm fo banc, ufo azul um fo bra, fo azalu fo branco, um fo azul 14 3 ae Fee rereeerarrierar aaa ee so: oupas (LHo DE SANTA LUZIA Urdame 1) algodio branco e gana; 2) pente n° 28 28) quatro pares branéos, dois fos gan ox 941,92 Trauma 2) algodaobranco, ganga e ani, tingid deank 2) duas batdas fortes: 23) quatrofios brancog, um fio ganga, um fo branco, um fo ganga, quatre fos brancos, um fo az, ui fo Branco, ‘um fio ar: 98 SEM NOME, Urdume Dalgoddo branco ¢ azul, ungido de anu: 2)pente n- 35; 3)dois pares azuis, nove pares brancos: Tama 1) algodao branco, aul ¢ ganga: 2) duas batdas fortes; 3) 11 fs branicos, um fo ganga, um fo ‘branco, um fo ganga, tes fos Bran os, um fo ganga, um fo Branco, um fio ganga, 11 fio brancos, um fio ‘zu, um fo branco, um fo azul es fios brancos, um fio azul, um fio Dranco, ur fo azul Dh TARA ‘SEM NOME Urdame Dalgodao branco; 2) ponte n: 35 3) odo o urdumne branco; oe rare algoddo branco ¢ azul, ingido de ‘anu 2) duas batdas fore: 3) um fs azul, um to Branco; oy =o 34 Bot a bi ao: foupas canuoo Urdame algodao branco 2) pente x 36; 5) todo. urdume branco; HIE BI ae Soe Ree tere Be Reaeicomss sees Passar quate a cinco cabrestihos de liso (14, 29), para a formagio de qua tos, miercalados por ‘oto fos nos igos de fora (14, 1... para (08 camdos}: doz fos de isos ito os ‘nos gas de fora dee fos nos lias; ito os nos ligos de fora Trama Dalgodao branco: 2) duas batidas fortes 3)toda a tama branca oe = HE a Pisar nos pedais de fora, al ‘mente, um de cada ves, seis v parar cada cansdo por dee Ue colchas¢ talhas PENEIRA GROSSA Vrduume Dy algodto branco; ‘pene ns 38; ')tode o urdume brane; 8H ttt 3 - (ee a Trame 1)algodo branco; 2) tebe batidas fortes: ‘)toda a trama branca; ‘0 mesmo esquema do wdume, ‘Uso: colchase foalhas andes Urdame 1 algodéo branco 2 ponte n° 36 5) fodo o urdume branco: D4 eee 3 ne 2 ee ee leh e ee ene Tram 1) algodio branco; 2) dian batidns forts: 5} toda « etoe Beemoe 1 1 = u soja, és lisos e uma pedala- gem tnica, conforme uma mesma Uno: Colchas @ toalhas. MARAES DE QUADRO Urdume D algodio branco; 2) pente n° 26; 3) todo o urdume branco; D4 ya | quatfoatcinéo quattoa cinco ‘cabrostiIhor cabrestilhos ‘de daminha Trama D algodto branco: 2) duas batidas fortes; 3) toda a trama branca; 2 aa te — a rT — + ‘cama’ 5 St SS nanan Se mares CObservacao: Ao pisar o “maries’ cada seqdéneia de pedalagens tinicas pode ser feita com duas fou ts passadas, ‘Uso: Colchas ¢ toalhas. Panos ‘comostos: PRODUTOS DE TECNICAS ANEXAS (Os procedimentos reunidos sb a de nominarao de Técnicas Anexas te di ferenciam dos ja apresentados pelo fatode que nao se tama simplesmente Jogando a langadeira de uma margem 4 outra do urdume. Embora a mona ‘gem do wdume seja sempre feta de Juma das maneias ja deserias — ou Uutlizando um repasso, ou seguindo 2 fordem da passagem liso —,emtermes ‘de ramagem esses produlos apresen. tam duas possibiidades: ‘Na primewa, a yamagem, ou pate dels, feitaa mao, como no caso dos tapetes “costela" ou "connie", em que a o= pessura das materia textos isadas {(Costela) ou o tamanho do fo (coxi lho) no permitem uso dalangadeira Na segurida possibiidade.uilza-se @ langadeira, mas semjoga-la deuma or laa outra de uma so vea, como 60 caso dos "bordados no tear” Uma outra técnica encontrada — os “bordados simples" — nd €a gore ccelagem. Como ¢ executada tendo por base tocidos feito em tear, est rea ionada a tecer Denomina-re “costela” ou “entre- ‘costo produtos tramados com tras de ‘Pano, de urna dais centimetros de lar ‘ura, ou com cordoes de varios los forcides juntos As ucas de panos de que se originars ‘ produtos fet com essa tenica sao ‘cortadas de roupas velhas. Eos fos de ‘cordoee costumam ser consttuides Polas extremidades do urdume que Server de amarracao no rolo de wa. ‘mento. Atualmente também se utizam tras de nailon compradas prontas com esse fim, ‘A materia txt ¢ primoiramente no- velada ou enrolada em torno de uma Oe DT TR ee cosTELa Urdume D algodao azul o verde; 2) pente n> 22: 8) 20 fos ais, quato fis verdes; 41.3.2 Trama 1) cordoes, amarelos noinicioe depois vermelhos 2) wes batidas fortes; ‘uma passada com cardio, duas pas- sadas com algodao azul (fio de I acto}, 12,34 Uso: colcha tapate de chao. cosTELA Urdume 1) algodae azul, ugido de an 2) pene n 2 5) odo urdume azul 4,142. Tama 1) algodao azul e tras de retalhos; 2) ros baidas tones; 8) uma passada com as tras de reta thos; duas passadas com algodao azul (io de hoagie. 412,34 Uso: colcha, apete de chao -canela. Como a boca das lancadeiras ¢ ‘geralmente estreita demais para per- muti apassagem das iras de panos ot ‘dos cordées, ¢ entio mais simples tra- ‘mar com aio. De reso, a parsagem o urdume nos ligos (4 12,3) © 2 pe- dalager (12,34) so uriiaadas no “iso Justifca-se, porém, a inclusao desves Drodutos nas técnicas anexas —e no ‘os da passagem liso — pole ato deas tira serem tramadas & mo, Entre cada passada de cordio ou tra de pano, costuma-se tramar um ou mais fos de igacio, que geralmente 40 08 mesmosutlizades no urdume. K aparéncia resultanve da diferonga de relevo entre eases dois tipos de fos pastadot na trama ¢ que possivel mente dew origer aos nome de cor fela ou entrecosto. E para nio dowxar fescondida a trama, nao se ure com mais de tr6s ou rato fos por cent metro, A textura assim obi, muito ccerrada, possibilta seu uso como tx pete de chao, ou cobertor © “coxinilho ¢ um tipo de tapete com los, que se pbe sobre os areios para maior comodidade do cavaleizo, Esse _pélos sao feitos com as extremidadies ourdume que servram de amarragao no rolo de tecido 0 processo de feitura do coxintho oe tum trabalho prévio de tecelagem paraconfeccionarum tecido que eerve ‘como suport, Primero se teco um liso depois de cada rts, quatro ou cinco passadas liso na trama amarram-se no treume sobras de 10 18cm de com: primento, Para tanto, prende-se pelo meio cada fiapo desvas sobras, pas sando.o entre um a dois centimetror do urdume. As extromidades lives dor fapor formam entao 0 pélos do tapete. Conforme o nimera de fapos Gistncia mantidaentiecal dans Se fiapor soe, omamar nd passa

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