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LICENCIATURA PARA GRADUADOS / R2

EM ARTES VISUAIS

FRANCIELE MENEGUCCI

PRÁTICA DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

OCAUÇU, JUNHO DE 2020


FRANCIELE MENEGUCCI

PRÁTICA DE FORMAÇÃO PEDAGÓGICA

Trabalho de Prática de Formação Pedagógica, apresentado para


obtenção no Curso de Licenciatura da Uniplena Educacional sob
orientação da Professora Coordenadora Bianca Gomes

OCAUÇU, JULHO DE 2020


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 04
2 DESENVOLVIMENTO 04
2.1 A prática pedagógica 04
2.2 Os saberes na formação dos professores 08
3 CONCLUSÃO 11
REFERÊNCIAS 11
1 INTRODUÇÃO

Este trabalho de pesquisa busca evidenciar e dialogar sobre os principais


conceitos relativos à prática de formação pedagógica, para isso trata de compreender
a dinâmica do fazer pedagógico e sua relação com o binômio ensinar-aprender e a
produção de conhecimento em sala de aula.
Compreender a formação pedagógica significa entender as relações entre
a prática pedagógica e o papel dos saberes na formação de professores. As práticas
pedagógicas não devem ser encaradas como uma ação estática, e sim aquela que se
recria e se renova conforme os contextos sociais, econômicos, políticos e culturais
nos quais está inserida.
O professor é o sujeito mediador entre o aluno e seu processo de
conhecimento, onde os métodos e materiais adotados são essenciais ao sucesso de
cada aluno, partindo de práticas reflexivas, motoras e perceptivas que podem ser
trabalhadas por meios textuais, audiovisuais, estudos em grupos ou individuais,
experiências práticas, entre outros que, mediante avaliação formativa, permite
identificar as melhores estratégias de ensino.
Neste trabalho de revisão aborda-se o conceito de prática pedagógica a
partir de livros e artigos, buscou-se conhecer as proposições de teóricos reconhecidos
neste campo. Na sequência, são discutidos aspectos importantes sobre os saberes
dos docentes e sua relação com a formação inicial e continuada, bem como, com sua
trajetória profissional crítico-reflexiva.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 A prática pedagógica

Ao iniciar esse texto é importante entender o que é uma prática pedagógica


e isso passa pela compreensão da poiesis, como um saber fazer não reflexivo, e da
práxis, como uma atitude reflexiva. Assim, a prática educativa, como práxis, é
pedagogicamente norteada, comprometida com a construção integral do ser humano,
enquanto a prática pedagógica, como poiesis, pode ser indiferente a esta questão,
regida pelo tecnicismo. A prática pedagógica se faz presente na aula quando o
principal intuito é a construção do conhecimento de forma consciente e participativa
(FRANCO, 2016).
Franco (2016, p. 541) escreve a prática docente é uma prática pedagógica
quando existe conhecimento de sua intenção e significado frente à formação do aluno
no sentido que “dialoga com a necessidade do aluno, insiste em sua aprendizagem,
acompanha seu interesse, faz questão de produzir o aprendizado, acredita que este
será importante para o aluno”. A autora, ressalata veementemente que a prática
pedagógica está vinculada ao comprometimento crítico do docente com seu trabalho,
o que ela denomina como vigilância crítica, na busca de trazer impacto e significado
à vida dos alunos.

é possível afirmar que o professor que está imbuído de sua


responsabilidade social, que se vincula ao objeto do seu trabalho, que
se compromete, que se implica coletivamente ao projeto pedagógico
da escola, que acredita que seu trabalho significa algo na vida dos
alunos, tem uma prática docente pedagogicamente fundamentada. [...]
o professor encontra-se em constante vigilância crítica. [...] Ele tem
uma dimensão a atingir, uma proposta, uma crença sobre o que
ensina. Pois bem, esta é uma prática docente que elabora o sentido
de prática pedagógica. É uma prática que se exerce com finalidade,
planejamento, acompanhamento, vigilância crítica, responsabilidade
social (FRANCO, 2016, p. 541).

Um dos primeiros momentos de confronto entre a teoria pedagógica e a


prática ocorre no acesso às escolas em estágios de formação inicial docente. Quando
formados, o cotidiano da sala de aula apresentará as potencialidades e fragilidades
do docente, que deve sempre buscar pelo aprimoramento.
A relevância desse tipo de conhecimento, o saber docente adquirido pela
prática, é legitimado pelas pesquisas em educação, porém, precisam ser mais
desenvolvidos e sistematizados para que sejam validados, e as pesquisas sobre o
cotidiano da sala de aula e a geração de conhecimento são fundamentais nesse
processo. Nesse sentido, este tipo de pesquisa pode diminuir a distância entre as
escolas e as universidades. A prática no meio escolar e o saber do professor seriam
melhor assimilados pelos pares e sociedade (GAUTHIER et al., 2006).
O trabalho do docente em sala de aula é marcado por dinâmicas estáveis
e instáveis, influenciados ainda pela estrutura institucional e pela diversidade de
alunos. São as opções metodológicas do professor que determinarão as
possibilidades de sucesso e fracasso propostas, num quadro em que a
imprevisibiidade é presente (GAUTHIER et al., 2006).
Gimeno Sacristán (1999, p. 73) explica que a prática é a forma tradicional
de se desenvolver uma tarefa, ela direciona as atividades do professor e é influenciada
por estas ações, a prática assemelha-se ao hábito. Tem relação também com a cultura
compartilhada pelos docentes, do modo de se fazer ainda vinculada às questões
políticas e econômicas.
O trabalho docente recebe interferência da estrutura escolar, assim a
instituição modifica o saber do professor, mas o professor também modifica a
instituição. Assim, os estudos sobre o saber docente não tem o intuito de instituir um
padrão, mas de compreender quais componentes são relevantes em sua composição.
Os saberes dos professores passam por constantes ressignificações, pois
quando ele reflete criticamente sobre suas ações em sala de aula, adquire conciência
do processo e capacidade de melhorá-lo, adaptá-lo. A prática compõem a
aprendizagem e, ao praticar, os professores reelaboram os saberes teóricos de sua
graduação no contexto concreto “eliminando o que lhes parece inutilmente abstrato
ou sem relações com a realidade vivida e conservando o que pode servir-lhes de uma
maneira ou de outra” (TARDIF, 2002, p. 53). Dessa maneira, a prática converte-se
numa cultura constituída e não estática.
Para Tardif (2002, p. 128) a prática pedagógica precisa privilegiar a
“tecnologia da interação humana, colocando em evidência, ao mesmo tempo, a
questão das dimensões epistemológicas e éticas”. Assim, deve amparar-se na relação
entre os seres humanos e a sociedade, exercitando o pensamento reflexivo e uma
concepção política da educação, como aquela que concilia a cultura, os valores, a
arte, a cidadania e as interações que trazem autonomia aos indivíduos capacitando-
os a resignificar seu lugar no mundo.
Tardif (2002) salienta a paticipação ativa do aluno no processo de
aprendizagem, por meio de metodologias que integrem a aprendizagem formal e
científica às manifestações de sensibilidade, intuição, fruição artística, num sentido de
reflexão-ação.
Maurice Tardif é um pesquisador e professor canadense, titular da
Universidade de Montreal no Canadá, responsável por um dos mais relevantes
centros de pesquisas sobre a profissão docente do mundo, em seus trabalhos, ocupa-
se de identificar os saberes que fundamentam o trabalho docente, compreendendo
esses sujeitos como agentes transformadores da sociedade e refutando enfoques que
reduzem o trabalho do professor a reprodutores das estruturas sociais dominantes.
Para Maia (2011) a obra de Tardif (2002) busca responder os principais
questionamentos daqueles que pesquisam o ensino e a profissão do professor,
quais são os conhecimentos, o saber-fazer, as competências, as
habilidades que o professores mobilizam diariamente em seu trabalho
a fim de realizar efetivamente suas tarefas? Qual é a natureza de seus
saberes? Como esses saberes são adquiridos pelos professores?
Qual o papel e o peso desses saberes em relação aos outros
conhecimentos do professor? (MAIA, 2011, p. 832).

Os saberes dos professores só podem ser compreendidos quando


analisados sob o enfoque de sua natureza social, assim, são saberes representados
pela diversidade e na origem social patente, no sentido de que “[...] o saber profissional
se dá na confluência de vários saberes oriundos da sociedade, da instituição escolar,
dos outros atores educacionais, das universidades, etc” (TARDIF, 2002, p. 19).
Sobre a formação docentes, Tardif (2002) apud Maia (2011, p. 832) cita um
trecho relevante que “o saber dos professores é plural e temporal, uma vez que é
adquirido no contexto de uma história de vida e de uma carreira profissional, ou seja,
ensinar supõe aprender a ensinar”. Esse aprendizado demanda tempo e prática, em
sala de aula, nas trocas sociais com outros docentes e na formação pessoal de busca
por aprimoramento.
As concepções sobre a ação de ensinar, como profissão, foram se
alterando ao longo do tempo e de teorias. A docência já foi entendida como uma arte,
depois como técnica e, atualmente, como uma interação.
No entendimento de Sacristán (1999) a prática pedagógica relaciona-se às
atividades do professor no ambiente escolar e na sala de aula e sua relação com as
teorias pedagógicas disponíveis. Tal relação, entre teoria e prática é recorrente nos
debates sobre educação e os cursos de formação de professores que,
frequentemente, tendem a priorizar os conhecimentos teóricos ou a abordar de forma
compartimentada os saberes.
Pimenta (2002) explica que pelo viés marxista, a transformação social
decorre da intencionalidade ao conhecer um objeto, estabelecer finalidades e propor
intervenções, de forma que a prática se converta em práxis, aquela que visa modificar
a natureza e a sociedade.
Sacristán (1999, p. 73), pontua que ”a prática educativa é o produto final a
partir do qual os profissionais adquirem o conhecimento prático que eles poderão
aperfeiçoar”. Superando lacunas em seus conhecimentos pessoais ou de formação.
Dessa forma, o ato de refletir sobre a prática é fulcral na atividade docente,
que precisa confrontar as situações cotidianas da sala de aula com seus
conhecimentos teóricos, compartilhando com outros atores do ambiente escolar como
pedagogos, assistentes e colegas.
Os problemas oriundos das práticas docentes podem ser melhor
trabalhados com a conjunção da reflexão com os conhecimentos tácitos. Dessa forma
a formação de professores deve voltar sua atenção a formar profissionais reflexivos e
interessados em uma escola onde a criação e a cooperação são valores importantes.
A prática reflexiva necessita da aplicação de saberes científicos, no
entanto, torna-se plena somente se aplicados junto a ferramentas que conduzam o
professor a elaboração de seu saber na solução de suas demandas particulares.
A postura docente reflexiva encontra-se em construção e parte de um
processo formativo cujos alicerces sejam a capacidade de análise crítica da teoria e
da prática. Pimenta (1999, p.31), escreve que formar esse profissional reflexivo
demanda “[...] um projeto humano emancipatório [...] de modo a propiciarem a
formação de professores com consciência e sensibilidade social”.

A reflexão implica a imersão consciente do homem no mundo da sua


experiência, um mundo carregado de conotações, valores,
intercâmbios simbólicos, correspondências afetivas, interesses sociais
e cenários políticos. Os conhecimentos acadêmicos, teóricos,
científicos ou técnicos só podem ser considerados instrumentos dos
processos de reflexão se forem interligados significativamente, não em
parcelas isoladas da memória semântica, mas em esquemas de
pensamento mais genéricos ativados pelo indivíduo quando interpreta
a realidade concreta em que vive e quando organiza a sua própria
experiência (TOZETTO; GOMES, 2009, p. 186).

No entanto, a solução dos problemas escolares não ocorre pela reflexão


como um ato isolado, a ela devem somar-se métodos, técnicas e estratégias que são
melhorados pela formação contínua na qual o sujeito constrói, desconstrói e reconstrói
sua prática em busca da qualidade do trabalho (TOZETTO; GOMES, 2009).

2.2 Os saberes na formação dos professores

Na atuação do professor, seu saber se concretiza quando ele leva á prática


sua base de conhecimentos, entregando ao aluno um ensinar significativo. O
professor atua como mediador entre os alunos e o conhecimento cultural, artístico,
técnico e científico e o nível de conhecimento do professor modifica e aprimora o
currículo básico. Para Sacristán (1999), os docentes que possuem vivências e
conhecimentos ampliados podem propiciar uma aprendizagem mais significativa aos
seus alunos, pois ensina aquilo que experienciou, sendo apto a contextualizar,
exemplificar e adaptar o conteúdo.
A rotina escolar também propicia condições para que o docente aprimore
suas práticas, muitas vezes pelas interações com outros docentes no ambiente da
escola num processo de reflexão compartilhada, recepção e transmissão de vivências.
Assi também a sala de aula é um ambiente único de aprendizagem profissional para
o professor, cada sala propicia experiências únicas que enriquecem o saber docente.
Assim como o professor leva consigo suas experiências pessoais, visão de mundo e
crenças também recebe essas informações de seus alunos. O professor é aquele que
propõe situações de aprendizagem que vão ampliar o connhecimento do aluno, sendo
o saber do professor o saber escolar.
Tardif (2002), escreve que a prática pedagógica é baseada no processo de
aprender fazendo e conhecer fazendo. Para Charlot (2005), na atividade docente,
muitas vezes, não há consciência do saber por parte do professor, é um saber que
pode não ser percebido pois se apresenta no cotidiano.
É evidente que o saber professoral pode ser melhor entendido, analisado,
melhorado e aplicado com estudos cujo lócus seja a sala de aula, diminuindo as
lacunas entre teoria, pesquisa e prática. Dessa forma, se evidenciaria os
conhecimentos e competências importantes na formação do saber docente
(THERRIEN; LOIOLA, 2001).
A formação docente não deve ser entendida como uma atividade finita, mas
como uma ação contínua de busca pela evolução e aperfeiçoamento e deve ser
prevista inclusive na carga horária de trabalho e incentivada por meio de políticas
públicas que devem ofertar oportunidades de desenvolvimento profissional. O
desenvolvimento profissional do docente seria oriundo da união entre a postura
pessoal, contexto sócio econômico e incentivo governamental, sendo muito
influenciado pelas condições de trabalho.
A formação inicial exerce profunda influência na forma como o professor
compreenderá sua trajetória profissional. Os cursos que formam professores são
essenciais para que se tenha profissionais conscientes na necessidade de busca
incessante pelo conhecimento. Os autores salientam que,

Diferentemente das práticas tradicionais de formação, que não


relacionam as situações de formação com as práticas de sala de aula,
as experiências mais eficazes para o desenvolvimento profissional são
aquelas que estão baseadas na escola e que se inscrevem dentro das
atividades cotidianas dos professores. (VAILLANT; MARCELO, 2012,
p. 196).
Os professores em formação precisam ser conscientes de que são
protagonistas de seu desenvolvimento profissional, por isso, a formação
emancipatória e crítico reflexiva é tão relevante nessa profissão.
Os estudos sobre os saberes dos professores tem relação direta com a
profissionalização do ensino e se desenvolveu no Brasil a partir da década de 1990 e
tem contribuído na construção da identidade desta profissão.
O professor, ao ministrar aulas para crianças, jovens ou adultos precisa
acionar saberes diversos que tem sua origem em teorias, metodologias, habilidades
de diferentes fontes, assim múltiplos saberes, entre os quais encontra-se o saber-
fazer. Essa composição de saberes permeiam o planejamento de atividades,
aplicação dos programas de ensino, metodologias de ensino e avaliação,
metodologias de intervenção, além daqueles vinculados às relações humanas em sala
de aula que envolvem manter a atenção, o entusiasmo, a motivação e o clima social
saudável.
Isso significa que o trabalho docente envolve os saberes das disciplinas, os
saberes curriculares, os saberes da formação profissional e os saberes da experiência
(TARDIF; LESSARD; LAHAYE, 1991). Pimenta (1999), denomina que os saberes
docentes praticados no ato de ensinar são os saberes da experiência, os saberes do
conhecimento (artes, história, matemática) e, os saberes pedagógicos.
São aprsentadas seis tipos de saberes professorais que precisam ser
mobilizados pelos docentes nas situações de sala de aula: os saberes disciplinares,
os saberes curriculares, os saberes das ciências da educação, os saberes da tradição
pedagógica, os saberes experienciais e os saberes da ação pedagógica. Apesar de
categorizados, esses saberes são constantemente construídos e adaptados aos fatos
e realidades distintas de turmas, alunos, escolas, tempo e espaço.
Saviani (1996) identifica cinco categorias de ‘saberes’ importantes no
processo formativo de professores, são ele: o saber atitudinal, o saber crítico-
contextual, os saberes específicos, o saber pedagógico e o saber didático-curricular.
Nesse ponto, é importante entender as proximidades e diferenças entra as
práticas pedagógicas e a didática. Franco (2016) escreve que “a pedagogia caminha
por entre culturas, subjetividades, sujeitos e práticas” pressupondo intencionalidade
enquanto a didática se aplica a organizar e trabalhar os saberes escolares, visando a
aprendizagem. Assim, infere-se que a prática docente engloba a didática, mas vai
além dela, pois correlaciona sociedade, cultura, política e demais complexidades.
Na prática pedagógica também se insere o ensino e aprendizagem, que
será mais significativo se proposto e avaliado pelo viés do processo e do diálogo, não
apenas de seu resultado final, tecnicamente averiguado. Pois, para Franco (2016, p.
543) “As práticas pedagógicas devem se estruturar como instâncias críticas das
práticas educativas, na perspectiva de transformação coletiva dos sentidos e
significados das aprendizagens”.
Neste ponto, o professor mobilizará a pedagogia se suas práticas
englobarem a reflexão crítica e a consciência de suas intenções enquanto educador.

3 CONCLUSÃO

Este trabalho buscou se aprofundar de forma crítica e teórica sobre o


posicionamente de teóricos reconhecidos no campo da prática docente com o objetivo
de identificar importantes conceitos sobre a prática pedagógica, a formação inicial e
continuada, as relações teórico-práticas e a postura reflexiva no desenvolvimento
profissional do professor.
Compreendeu-se que a prática pautada no fazer pedagógico é aquela que
se situa e compartilha do contexto social ao qual se insere, porém, interfere ativamente
neste contexto provocando as necessárias rupturas rumo ao um ensino intencional,
comprometido com a valorização e formação integral de cidadãos para o mundo.
Assim, a formação inicial deve sempre priorizar a contextualização entre
teoria e prática, e quanto antes isso ocorrer, mais rapidamente os professores em
formação desenvolverão os saberes advindo da experiência. À formação docente
precisa ser continuada, aprimorada, adaptada, isso parte de uma postura individual
mas também de um sistema educativo e governamental com políticas públicas que
incentivem e promovam a evolução do conhecimento.
Os saberes docentes vão muito além dos saberes disciplinares, em sala
não é suficiente cumprir o plano de ensino, mas articular múltiplos conhecimentos para
gereciar a complexidade dos processos de ensino-aprendizagem.

REFERÊNCIAS

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FRANCO, Maria Amélia do Rosario Santoro. Prática pedagógica e docência: um olhar


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GIMENO SACRISTÁN, J. Poderes instáveis em educação. Porto Alegre: ARTMED


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VAILLANT, D.; MARCELO, C. Ensinando a ensinar: as quatro etapas de uma


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