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Udo Strassburg
Docente do Centro de Ciências Sociais
Aplicadas da Unioeste Campus de
Cascavel.
E.mail:udo@udostrassburg.com.br
Resumo: A utilização da logística na gestão dos estoques é indispensável para empresas que
querem se manter no mercado competindo de igual para igual com seus concorrentes, pois a
cada dia que passa, eles estão percebendo que existe uma necessidade de maior agilidade no
atendimento aos clientes, de controles adequados para evitar gastos desnecessários ou
desperdício e principalmente para obter informações em momentos oportunos. A tecnologia
da informação pode auxiliar de maneira substancial o desempenho da logística, tanto na
estocagem (previsão de compra e venda) como na cadeia de distribuição. O objetivo do
presente trabalho é provar que o investimento em tecnologia para melhor gerenciamento da
logística trará um retorno considerável e satisfação para os gestores da empresa.
Abstract: The use of the logistic in the management of the supplies is indispensable for
companies who want to remain themselves in the market competing of equal for equal with its
competitors, therefore to each day who pass, they is perceiving that it exists a necessity of
bigger agility in the attendance to the customers, of adjusted controls to prevent unnecessary
expenses or wastefulness and mainly to get information at opportune moments. The
technology of the information can assist in substantial way the performance of the logistic
one, as much in the stock age (forecast of purchase and sell) as in the distribution chain. The
objective of the present work is to prove that the investment in technology for better
management of the logistic one will bring a considerable return and satisfaction for the
managers of the company.
1. Introdução
Tradicionalmente gerenciada de forma fragmentada por gerentes com baixo nível
hierárquico, à medida que o conceito de logística foi difundindo-se no meio empresarial, seu
nível hierárquico foi subindo, conquistando espaço a nível estratégico nas empresas. Muitos
fatores favoreceram para o desenvolvimento da logística moderna, dentre eles, a preocupação
das empresas em reduzir custos e a busca por maior competitividade no mercado.
No Brasil, o conceito de Logística é recente. O fechamento da economia anterior a
1990 isolou-a do acirramento da concorrência e das inovações em tecnologia. Uma das
distorções vigentes era, por exemplo, que as empresas podiam ganhar mais dinheiro com a
posse de estoques do que com sua diminuição. A redução de desperdícios, e, portanto de
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custos, associada aos programas de redução de estoques, não fazia sentido aos olhos de
empresas preocupadas em lidar com índices astronômicos de inflação, que mascaravam
quaisquer ganhos reais que pudessem alcançar.
Para FLEURY (2000, P.29), as mudanças econômicas vêm transformando a visão
empresarial sobre logística, que passou a ser vista não mais como uma simples atividade
operacional, um centro de custos, e sim como uma atividade estratégica, uma ferramenta
gerencial que pode representar vantagem competitiva.
O objetivo do presente trabalho é provar que o investimento em logística trará grandes
retornos para a empresa, pois irão proporcionar rapidez, confiabilidade e agilidade a seus
negócios.
2. Conceito de Logística
A logística existe desde o início da civilização, não constitui de modo algum uma
novidade. No entanto, a implementação das melhores práticas logísticas tornou-se uma das
áreas operacionais mais desafiadoras e interessantes da administração.
“A logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e
armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas)
através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as
lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo.”
(CHRISTOPHER, 2002, p.02).
No conceito acima se pode ver que a logística abrange o processo de aquisição,
movimentação e armazenagem dos produtos utilizados pela empresa, buscando otimizar o seu
fluxo , proporcionando com isto, um ganho na parte de satisfação do cliente, tempo de
entrega, organização do estoque, diminuição de custos e diminuição de desperdício.
2.1 Diversidade das atividades operacionais
As atividades realizadas através da logística são diversas e abrange todo o sistema de
compras, vendas, armazenagem e a movimentação dos produtos para posterior entrega aos
clientes.
Para Fleury (2003, p.51) a logística constitui-se em uma diversidade de operações que
podem ser realizadas em uma empresa, podendo ser visualizadas num conjunto de dez
atividades:
Gestão de estoques Armazenagem Transporte de distribuição
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Gestão de estoques Armazenagem Transporte de distribuição
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consequentemente a empresa como um todo. A informação facilita a
coordenação do planejamento e o controle das operações de rotina.
Sem informação precisa, o esforço despendido pelo sistema logístico
pode ser em vão.
3. A Estratégia Logística
A utilização de estratégias para os diversos segmentos das empresas é muito
importante visto que sem um direcionamento ou um objetivo dificilmente chegará a
permanecer por muito tempo no mercado ou logrará êxito em seus negócios.
Segundo CHOPRA e MEINDL (2003, p.27), para que uma empresa seja bem
sucedida, a estratégia logística e a estratégia competitiva devem estar alinhadas, ou seja,
ambas devem convergir para os mesmos objetivos. Se esse alinhamento não é alcançado,
surgem conflitos entre os diferentes objetivos funcionais.
A estratégia competitiva define o conjunto de necessidades do consumidor que a
empresa pretende satisfazer através de seus produtos e serviços.
Já a estratégia logística de uma empresa está relacionada com a redução de custos
diante do fluxo de materiais e informações do processo logístico. O alinhamento estratégico
ocorrerá quando a empresa estabelecer o equilíbrio entre ambos os objetivos, redução de
custos e nível desejado de atendimento ao cliente, ou seja, responsividade x eficiência.
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Quanto maior for o nível de atendimento aos clientes em uma empresa, mais
responsiva ela será, porém, maior serão os custos gerados pela mesma. Ao contrário da
responsividade, que aumenta os custos, está a eficiência, que visa à redução dos mesmos.
A figura 1 demonstra a busca pelo equilíbrio entre eficiência e responsividade.
RESPONSIVIDADE
Alta
Baixa
Baixo Alto
CUSTO
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Para CHOPRA e MEINDL (2003, p.53), o estoque tem uma participação crucial na
capacidade da cadeia de suprimento em apoiar a estratégia competitiva da empresa. Se a
estratégia competitiva da empresa exige um alto nível de responsividade, a empresa pode usar
o estoque para alcançá-la, disponibilizando grandes quantidades de estoques próximas ao
cliente. Contrariamente, a empresa também pode usar o estoque para se tornar mais eficiente,
reduzindo-o e consequentemente diminuindo seus custos. A escolha implícita sobre o estoque
está entre a responsividade, resultante da manutenção de maiores estoques, e a eficiência,
resultante de estoques menores.
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MARTIM (2000, p.141), classifica os custos para manter os estoques em três grandes
categorias, as quais serão comentadas a seguir:
Custo de capital = i x P
Custo de armazenagem = CA
CC = CA + i x P
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Com a demonstração das fórmulas acima se pode verificar que quando não há
planejamento, organização e controle nos estoques a empresa poderá ter um acréscimo nos
custos sem necessidade.
Custos inversamente proporcionais: são custos ou fatores de custos que diminuem com o
aumento do estoque médio. Isto é, quanto mais
elevados os estoques médios, menores serão tais
custos (ou vice-versa). São os denominados custos de
obtenção, no caso de itens comprados e custos de
preparação, no caso de itens fabricados internamente.
Os custos independentes: são aqueles que independem do estoque médio
mantido pela empresa, como, por exemplo, o custo do
aluguel de um galpão. Ele geralmente é um valor fixo,
independente da quantidade estocada.
Se somarmos os três fatores de custos analisados até aqui, teremos os custos totais
decorrentes das necessidades de se manter os estoques (CT):
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Nível de serviço ou nível de atendimento – indica qual o nível de atendimento, ou seja, quão
eficaz foi o estoque para atender às solicitações
dos clientes:
Giro de estoques – mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se renovou ou
girou:
Cobertura de estoques – indica o número de unidades de tempo; por exemplo, dias que o
estoque médio será suficiente para cobrir a demanda média:
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Itens A - essa classe, é mais importante, uma vez que consome um volume bastante alto de
capital, exige maior atenção na administração e no controle dos estoques com relação a
estimativas e perdas em qualquer etapa da cadeia de abastecimento, seja transporte, produção
ou armazenagem.
Itens B - A administração dessa categoria de itens recebe uma atenção média, com enfoque
rotineiro, sem a mesma dedicação dada aos itens da classe A. Esforços adicionais são,
contudo, exercidos quando se efetua estimativas de vendas e de consumo.
Itens C - esses itens recebem um esforço pequeno no momento das estimativas. No entanto,
os itens estratégicos, mesmo classificados como C, devem receber maior cuidado.
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empresarial vive uma nova onda, a dos Sistemas de Supply Chain Management (SCM),
apesar do grande investimento realizado a nível mundial, esse movimento ainda está iniciando
no Brasil.
Para AROZO, 2003, p.121, “Os ERPs são sistemas transacionais que tendem a focar
no nível operacional, não possuindo muita capacidade analítica para ajudar em decisões de
planejamento e estratégicas. Eles são ótimos para informar aos gerentes o que está
acontecendo, mas não em informar o que deve estar acontecendo. Os sistemas ERPs podem
informar qual o nível de estoque atual de um produto em determinado depósito, por exemplo,
mas são fracos para determinar o quanto de estoque é necessário para se atingir determinado
nível de serviço”
Os ERPs são sistemas transacionais que possibilitam a integração de toda a empresa,
tornando-a mais eficiente.
Já os softwares de SCM, são ferramentas analíticas, que armazenam dados e
processam tarefas através de sofisticados algoritmos e análise de cenários. Esses softwares
possibilitam tornar as operações mais eficientes, permitindo a tomada de decisões estratégicas
mais rapidamente.
“O conceito de Suply Chain Management surgiu como uma evolução natural do
conceito de logística integrada. Enquanto a Logística Integrada representa uma integração
interna de atividades, o Suply Chain Management representa sua integração externa, incluindo
uma série de processos de negócios que interligam os fornecedores aos consumidores finais”
(FIGUEIREDO e ARKADER, 2000, p.49).
A gestão da cadeia como um todo pode proporcionar uma série de maneiras pelas
quais é possível aumentar a produtividade e, em conseqüência, contribuir significativamente
para a redução de custos, assim como identificar formas de agregar valor aos produtos.
Conclusão
Hoje, os mercados estão cada vez mais exigentes. Para satisfazê-los, proliferam cada
vez mais as linhas e modelos de produtos, com ciclos de vida mais curtos. E a coordenação da
gestão de materiais, da produção e da distribuição passou a dar respostas eficazes aos
objetivos de excelência que os negócios exigiam.
A logística não está relacionada somente com a contenção ou com a redução de custos,
mas também compreender como certas empresas utilizam sua competência logística para
obterem vantagem competitiva, oferecendo aos clientes um serviço superior. A logística deve
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ser posicionada dentro da empresa como uma das competências que contribuem para o
processo de criação de valor para o cliente.
Quando as operações logísticas estão fortemente integradas e são consideradas uma
competência-chave, elas podem servir como base para obtenção de vantagens estratégicas.
Referências Bibliográficas
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