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Glossário

Aula 9 -Práticas de Instalação do


Cabeamento Óptico Força de Tração:

é a força de contato
aplicada por um fio (ou
eventualmente por uma
barra) sobre um corpo.
A força de tração tem a
Objetivos direção do fio e sentido
de puxar.

Ao final da aula, o(a) aluno(a) deverá saber os tipos de estruturas


das fibras ópticas e os tipos de emendas ópticas do mercado atual.

Os cabos de fibras
ópticas são construídos
Cabeamento Óptico e Suas Estruturas de tal maneira que,
dentro dos valores
Os cabos ópticos de duas e quatro fibras, usados no subsistema horizontal, admissíveis, a força de
não devem ter um raio mínimo de curvatura inferior a 25 mm em repouso. O tração no cabo, devido
ao puxamento, não atue
método de distribuição horizontal das fibras citadas é também chamado de de modo desfavorável
em nenhuma das fibras
Método de Distribuição FTTD (Fiber - To -The – Desk – algo como Fibra para o do cabo óptico. Esta
escritório). Quando submetido a uma força de tração, durante o lançamento carga máxima de tração
admissível não deve
dos cabos, este raio mínimo deve ser inferior a 50 mm sob uma força de tra- exceder ao dobro do peso
ção máxima de 222N. A norma TIA 472C000-B/ICEA S-83-596 especifica os de um quilômetro de
cabo, quando o cabo está
cabos de fibra para uso interno. A norma ANSI/TIA-568C.0 determina que o sendo puxado através de
um duto.
raio mínimo da curvatura para cabos ópticos de uso externo deve ser de dez
vezes seus diâmetros externos em repouso e 20 vezes seus diâmetros exter- http://www.
portalsaofrancisco.com.
nos sob uma força de tração durante a instalação. Os cabos de uso externo br/alfa/fibra-optica/cabo-
devem suportar uma força de tração mínima de 2670N. de-fibra-optica-2.php

Figura 1 – Esteira porta cabos para raio de curvatura de 5xd ou apenas 40 mm.
Fonte: www.nei.com.br/.

Cabeamento Estruturado e Projetos 149 E-TEC


As estruturas de cabos de fibra se dividem em dois tipos principais: um para
ambientes internos e outro para ambientes externos. Vamos estudar essas
estruturas agora.

Estrutura Tight Buffer


Neste tipo, as fibras ópticas estão em contato com a própria estrutura do
cabo óptico. Os elementos de tração para esse tipo de cabo precisam ser
bastante resistentes. Cada fibra recebe um revestimento extra. Essa camada
extra da estrutura Tight Buffer protege a fibra contra microdobras que po-
dem surgir durante o processo de passagem dos cabos por infraestruturas
muito abarrotadas ou que possuam muitas curvas acentuadas na sua arqui-
tetura. Outra vantagem dessa camada é que permite uma melhor qualidade
para instalação de conectores e armazenamento dos cabos nos distribuido-
res ópticos. Quando manuseios constantes são feitos nas fibras ou as mes-
mas devem ser instaladas em ambientes internos, a estrutura Tight Buffer é
a mais indicada. Já para ambientes externos com instalações muito longas,
essa estrutura não deverá ser a escolhida.

Figura 2 – Estrutura Tight Buffer.

E-TEC 150 Manutenção e Suporte em informática


Estrutura Loose Buffer
A estrutura do tipo Loose Buffer não deixa a fibra em contato com a estru-
tura do cabo, como na estrutura Tight Buffer. A fibra fica afastada e dentro
de tubos plásticos ou metálicos. As fibras ficam acomodadas em tubos que,
por sua vez, são preenchidos com um gel derivado do petróleo. A fibra pode
mover-se dentro do tubo o que diminui os pontos de estresse e evita as
microdobras. Em ambientes sujeitos a grandes variações de temperatura,
essa estrutura oferece ainda uma boa proteção à fibra, pois quando a tem-
peratura varia, provoca contrações ou dilatações dos corpos, mas a fibra
está “solta” no gel e essas variações não oferecem esforço mecânico para
a fibra. O gel, como é um derivado do petróleo, também protege a fibra
contra contato com possíveis infiltrações, o que causaria danos, pois a água
normalmente provoca pequenas fissuras, isso em casos de rompimento do
tubo (Loose). Essa estrutura é indicada para ambientes externos pelas razões
já citadas. Mas caso seja necessária a instalação de cabos com estrutura
Loose Buffer em ambientes internos, isso poderá ser feito, porém as tubu-
lações deverão ser blindadas. Pelo fato de sua composição, o cabo Loose é
suscetível às chamas, ou seja, é um tipo de cabo que propaga chamas,
por essa razão precisa ser passado num sistema muito bem planejado
e adequado.

Figura 3 – Estrutura Loose Buffer.

Cabeamento Estruturado e Projetos 151 E-TEC


Estrutura Groove
Neste tipo de configuração, as fibras são depositadas soltas nas ranhuras
que possuem um formato em “V” de um corpo com estrutura estrelar que
proporciona uma acomodação para elas. Normalmente esse mesmo corpo
estrelar apresenta um tensor no centro, que provê uma resistência maior ao
cabo. Esse cabo é utilizado em aplicações em que é necessária uma grande
quantidade de fibras.

Figura 4 – Estrutura Groove em “V”.

Estrutura tipo Ribbon


Este tipo de estrutura é utilizado em aplicações onde um número muito
grande de fibras é necessário, algo em torno de 4.000 fibras. As fibras são
envolvidas por uma camada plástica e plana com formato de uma fita, e
essas camadas são empilhadas, formando, assim, um bloco bem compacto.
Esses blocos são acondicionados nas ranhuras das estruturas estrelares dos
cabos do tipo Groove, já citados. Portanto, a estrutura Groove é, na verdade,
uma derivação do cabo tipo estrelado combinado com as fitas de fibras. Isso
proporciona uma concentração realmente muito grande de fibras ópticas.

Figura 5 – Estrutura Ribbon.

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Emendas e Terminações Ópticas
Algumas vezes é necessário fazer emendas em cabos ópticos, ou para prover
continuidade ou para ampliação de um lance óptico. Mas não se engane:
emendas ópticas não são como as emendas e a conectorização dos cabos
metálicos, principalmente dos UTP já estudados. Emendas ópticas exigem
um bom preparo profissional e equipamentos que podem não ser tão em
conta quanto os para os cabos metálicos. Cuidados especiais precisam ser
tomados, mas nada que você ou qualquer outro estudante de TIC não possa
aprender, especializar-se e trabalhar profissionalmente com isso. Algumas
etapas precisam ser seguidas à risca para um perfeito trabalho de emenda
óptica.

Retira-se o revestimento do cabo, restando apenas as fibras.

• Os resíduos, como geleia de petróleo e outros, devem ser removidos,


utilizando-se para isso gaze ou lenço de papel embebido em álcool iso-
propílico ou anidro.

• Após essas etapas, as extremidades das fibras deverão ser submetidas ao


processo chamado de decapagem do seu revestimento externo.

• Novamente as fibras decapadas devem ser mais uma vez limpas. Esse
processo deve ser repetido quantas vezes forem necessárias.

Figura 6 – Decapadores para fibra óptica.


Fonte: http://www.petcom.com.br/acessorio5.htm.

Cabeamento Estruturado e Projetos 153 E-TEC


Agora deverá ser feita a clivagem da fibra, que significa dar um corte na fibra
sob um ângulo de 90º. Esse ângulo de 90 graus deve ser o da aresta que
resultará com o corte. Esse valor de 90º se deve pelo fato de que, assim, as
extremidades das fibras ficarão paralelas no instante da emenda, fazendo
com que a emenda seja de boa qualidade e com baixos níveis de atenuação.
A tarefa é feita por equipamento chamado de Clivador. A Fibra Óptica, nas
suas extremidades, deve possuir uma superfície totalmente plana para que
não haja perda de potência óptica por refração. Para tanto, ela deve ser cli-
vada. Neste processo, o corpo da fibra é riscado transversalmente por uma
lâmina de diamante, sendo, em seguida, curvado suavemente, fazendo com
que o corte corra pela superfície sem provocar nenhum dano.

Figura 7 – Clivador.

Quando essas etapas são concluídas, as fibras estão prontas para o processo
de emenda propriamente dito. As emendas das fibras são feitas por dois
processos: Processo Mecânico e Processo por Fusão. Nos tópicos seguintes,
vamos estudar os dois processos de emendas de fibras ópticas.

Emenda por Processo Mecânico


As emendas mecânicas podem ser feitas por dois métodos: por alinhadores
de precisão (emendas mecânicas) e por conectorização. As emendas mecâ-
nicas só devem ser feitas em situações de emergência de provisórias, pois o
processo definitivo das fibras é o de emenda por fusão. Mas como você deve
saber bem, várias situações emergenciais podem surgir onde emendas sejam
necessárias. Aí entra em ação o processo mecânico.

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Figura 8 – Alinhador mecânico para emenda.

Figura 9 – Caixa para emenda óptica mecânica.


Fonte: http://www.plp.com.br/br/produtos/telecom/produtos/.

Figura 10 – Emenda mecânica por alinhamento.

Os alinhadores possuem uma ranhura na qual as fibras são alinhadas frente


a frente e aproximadas uma à outra até o quase contato entre as duas. Logo
após é introduzido um gel casador de índice de refração entre as duas fibras,
de forma que o casamento entre as duas fibras seja melhorado.

As emendas por conectorização utilizam conectores e adaptadores ópticos.


Neste tipo de emenda, as fibras ópticas não chegam realmente a serem

Cabeamento Estruturado e Projetos 155 E-TEC


unidas dentro do cabo. Na verdade, elas são posicionadas bem próximas
umas das outras. Isto se dá através do uso de um tipo específico de conector
chamado de Adaptador Óptico. Esse tipo permite que uma emenda seja
feita muito rapidamente, contudo, para isso, os conectores já devem estar
instalados nos cordões ópticos.

Figura 11 – Adaptadores óptcios.


Fonte: http://www.fibracem.com.br.

Processo de Emenda por Fusão


Caracteriza-se por “fundir” as extremidades das fibras ópticas, de modo a
torná-las contínuas. É o processo mais utilizado, pois apresenta os menores
níveis de. Dois eletrodos geram arcos voltaicos que fundem as extremidades
das fibras unindo-as. Apenas com uma máquina de fusão é possível executar
esse processo de emenda. Exige uma série de precauções antes de ser efetu-
ado, a fim de que a qualidade da emenda seja garantida.

Figura 12 – Máquina de fusão e maleta com jogo de ferramentas emendas em campo

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Após a fusão, a fibra é revestida por resinas que têm a função de oferecer
resistência mecânica à emenda, protegendo-a contra quebras e fraturas. De-
pois da proteção, a fibra emendada é acomodada em recipientes chamados
caixa de emendas (ver figura 9). As caixas de emendas podem ser de vários
tipos, de acordo com a aplicação e o número de fibras. Umas são pressuri-
záveis ou impermeáveis, outras resistentes ao sol, para instalação aérea. As
fibras ópticas também passam pelo equivalente aos painéis de distribuição
no cabeamento metálico. Nesse caso, elas são chamadas de Caixas de Dis-
tribuição de Fibras.

Figura 13 – Caixa de distribuição de fibras ópticas.


Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-gs/wall-mounted-optical-distribu-
tion-box-50450930.html .

Figura 14 – Caixa de emenda óptica.


Fonte: www.paris.com.br/systimax/50358.htm

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