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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

NOTA TÉCNICA Nº 02
COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES EM SCIE

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NOTA TÉCNICA nº 02
Complementar do Regime Jurídico de SCIE

COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES EM SCIE

OBJECTIVO

Descrever detalhadamente as competências e responsabilidades de cada interveniente, em cada fase


do processo construtivo, designadamente no âmbito da coordenação e concepção dos diversos
projectos, da construção e da manutenção das condições de Segurança Contra Incêndio em Edifícios
(SCIE), assim como das actividades de fiscalização das condições de SCIE por parte da ANPC e das
entidades por ela credenciadas, além das que estão atribuídas às Câmaras Municipais e à ASAE.

APLICAÇÃO

Aplica-se a todos os intervenientes no processo construtivo, designadamente no que se refere às


fases de projecto, construção e manutenção das condições de SCIE, e da respectiva fiscalização, em
função das Utilizações-tipo (UT) dos edifícios e recintos e das respectivas Categorias de Risco.

ÍNDICE

1. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NA FASE DE PROJECTO ......................................2


2. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NA FASE DE OBRA ...............................................7
3. RESPONSABILIDADES NA MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SCIE .................................10
4. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NA FISCALIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SCIE11

REFERÊNCIAS

 Regime Jurídico de SCIE (DL 220/2008: Capítulo I, Artigos 5.º a 7.º).


 Lei n.º 31/2009, de 3 de Julho (revogação do DL 73/73).
 Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 26/2010, de
30 de Março.
 Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro (RT-SCIE).
 Portaria n.º 64/2009, de 22 de Janeiro;

ANEXOS

Minutas de Termos de Responsabilidade

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1. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NA FASE DE PROJECTO

QUADRO 1.1 – LEGISLAÇÃO APLICÁVEL

GERAL ESPECÍFICA
DE SCIE

Lei n.º 31/2009, de 3 de Julho Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro

Aprova o regime jurídico que Aprova as disposições regulamentares de segurança contra


estabelece a qualificação profissional incêndio aplicáveis a todos os edifícios e recintos, distribuídos por
exigível aos técnicos responsáveis pela 12 utilizações-tipo, sendo cada uma delas, por seu turno,
elaboração e subscrição de projectos, estratificada por quatro categorias de risco de incêndio. São
pela fiscalização de obra e pela direcção considerados não apenas os edifícios de utilização exclusiva, mas
de obra, que não esteja sujeita a também os edifícios de ocupação mista.
legislação especial, e os deveres que
lhes são aplicáveis e revoga o Decreto Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro
n.º 73/73, de 28 de Fevereiro.
Tem por objecto a regulamentação técnica das condições de
segurança contra incêndio em edifícios e recintos, a que devem
Decreto-Lei n.º 26/2010, de 30 de obedecer os projectos de arquitectura, os projectos de SCIE e os
março projectos das restantes especialidades a concretizar em obra,
designadamente no que se refere às condições gerais e específicas
Procede à 7ª alteração ao Decreto-Lei de SCIE referentes às condições exteriores comuns, às condições
n.º 555/99, de 16 de Dezembro, que
de comportamento ao fogo, isolamento e protecção, às condições
estabelece o Regime Jurídico da
Urbanização e Edificação (RJUE). de evacuação, às condições das instalações técnicas, às condições
dos equipamentos e sistemas de segurança e às condições de
autoprotecção, sendo estas últimas igualmente aplicáveis aos
edifícios e recintos já existentes à data de entrada em vigor do
Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro.

Portaria n.º 64/2009, de 22 de Janeiro, com as


alterações introduzidas pela Portaria n.º 136/201, de 5
de Abril
Estabelece o regime de credenciação de entidades para a emissão
de pareceres, realização de vistorias e de inspecções das condições
de SCIE, previsto no artigo 5.º do DL nº220/2008, onde a ANPC é
considerada a entidade competente para assegurar o cumprimento
do regime SCIE, incumbindo -lhe a credenciação de entidades para
a realização de vistorias e de inspecções das condições de SCIE.

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QUADRO 1.2 –RESPONSABILIDADES – AUTORES DE FICHAS E PROJECTOS DE SCIE

DECORRENTES DO DECRETO-LEI N.º 220/2008,


DE 12 DE NOVEMBRO (RJ-SCIE)

DECLARAÇÕES DE 1 – AUTORES DE FICHAS DE SCIE (OBRIGATÓRIAS


RESPONSABILIDADE PARA A 1ª CATEGORIA DE RISCO)
OBRIGATÓRIAS
Para projectos de edifícios de baixo risco de incêndio, segundo o
Face à obrigatoriedade dos processos n.º 2 do Artigo 17.º do DL n.º 220/2008: «As operações
respeitantes a operações urbanísticas urbanísticas das utilizações-tipo I (habitacionais), II
passarem a ser instruídos com um (estacionamentos), III (administrativos), VI (espectáculos e
Projecto de SCIE (obrigatório para as reuniões públicas), VII (hoteleiros e restauração), VIII
2ª, 3ª e 4ª categorias de risco e ainda (comerciais e gares de transporte), IX (desportivos e de lazer), X
para as UT IV e V da 1ª categoria de (museus e galerias de arte), XI (bibliotecas e arquivos), XII
risco), ou com uma Ficha de (industriais, oficinas e armazéns), da 1ª Categoria de Risco, são
Segurança (obrigatória para as dispensadas da apresentação de projecto de especialidade de
restantes UT da 1ª categoria de risco), SCIE, o qual é substituído por uma Ficha de Segurança por
devem os respectivos processos incluir cada uma das utilizações-tipo, conforme modelo aprovado pela
Declaração de Responsabilidade ANPC, com o conteúdo descrito no Anexo V ao DL n.º
de SCIE do projectista de segurança 220/2008, que dele faz parte integrante.
tal como é exigido para os respectivos NOTAS:
casos ao Coordenador de Projecto, a) O modelo aprovado da Ficha de Segurança encontra-se
bem como aos restantes Autores de disponível no sítio da ANPC, acompanhado das respectivas
Projecto (arquitectura, fundações e notas explicativas.
estruturas, redes e instalações Recomenda-se que a ficha de segurança seja acompanhada de
eléctricas, redes e instalações de águas peças desenhadas de segurança.
e esgotos). b) Apenas as utilizações-tipo IV (escolares) e V (hospitalares e
lares de idosos) devem prever, mesmo na 1ª categoria de risco, a
elaboração obrigatória de um Projecto de SCIE.
Artigo 6.º Decreto-Lei n.º
220/2008, Responsabilidade no 2 – AUTORES DE PROJECTOS DE SCIE (OBRIGA-
caso de edifícios ou recintos: TÓRIOS NAS 2ª, 3ª e 4ª CATEGORIAS DE RISCO E
NAS UT IV E V DA 1ª CATEGORIAS DE RISCO):
1 — No caso de edifícios e recintos em
fase de projecto e construção são
Segundo o N.º 1 do Artigo 17.º do DL n.º 220/2008: «Os
responsáveis pela aplicação e pela
verificação das condições de SCIE: procedimentos administrativos respeitantes a operações
a) Os autores e os coordenadores urbanísticas são instruídos com um Projecto de SCIE, com o
dos projectos de operações conteúdo descrito no Anexo IV ao DL n.º 220/2008, que dele
urbanísticas, no que respeita à faz parte integrante».
respectiva elaboração, bem como às
intervenções acessórias ou NOTAS:
complementares a esta a que estejam a) Face ao disposto nos Artigos 34.º e 38.º do DL n.º 220/2008,
obrigados, no decurso da execução da a partir de 01 de Janeiro de 2009, todos os novos projectos de

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obra; edifícios e recintos devem incluir um Projecto de SCIE, excepto


b) A empresa responsável pela os das UT I a II e VI a XI classificados na 1ª Categoria de Risco,
execução da obra; em que o projecto de SCIE é substituído por uma Ficha de
Segurança.
c) O director de obra e o director
de fiscalização de obra, quanto à b) A Categoria de Risco de incêndio a atribuir pelo Autor do
conformidade da execução da obra Projecto de SCIE a cada Utilização-tipo, deve respeitar os
com o projecto aprovado. critérios indicados nos Quadros constantes do Anexo III ao DL
n.º 220/2008, em função de diversos factores de risco, como a
2 — Os autores dos projectos, os
coordenadores dos projectos, o altura da utilização-tipo, os efectivos, o n.º de pisos abaixo do
director de obra e o director de plano de referência, ou a carga de incêndio.
fiscalização de obra, referidos nas
alíneas a) e c) do número 3 - GRAU DE ESPECIALIZAÇÃO (OBRIGATÓRIO PARA
anterior subscrevem termos de A 3ª e 4ª CATEGORIA DE RISCO):
responsabilidade, de que conste,
respectivamente, que na elaboração do O RJ-SCIE prevê no n.º 1 do artigo 16º, o reconhecimento do
projecto e na execução e verificação da grau de especialização para a elaboração de projectos de
obra em conformidade com o projecto
SCIE da 3ª e 4ª categorias de risco a atribuir aos associados das
aprovado, foram cumpridas as
disposições de SCIE. Ordem do Arquitectos (OA), Ordem dos Engenheiros (OE) e
Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos (ANET). A ANPC
NOTA: reconhece o grau de especialização dos técnicos propostos pelas
Da leitura do n.º 2 resulta que, para respectivas associações profissionais, desde que:
cada obra:
a) Ao autor do projecto de SCIE é a) Possuam um mínimo de cinco anos de experiência
exigido o termo de profissional em SCIE;
responsabilidade relativamente ao
cumprimento, no respectivo Nota: A ANPC aceita o registo com base nesta alínea a) até ao
projecto, das disposições de SCIE;
momento em que a ANPC passar a exigir o grau de
b) Ao director de obra e ao director de
fiscalização de obra é exigido o especialização;
termo de responsabilidade que b) Tenham concluído com aproveitamento as necessárias acções
ateste que a execução e verificação
de formação na área específica de SCIE, cujo conteúdo
da obra foram efectuadas em
conformidade com os projectos programático, formadores e carga horária tenham sido objecto
aprovados e cumpridas as de protocolo entre a ANPC e cada uma daquelas associações
disposições de SCIE. profissionais.
O RJ-SCIE prevê também no n.º 2 do artigo 16º, que a
elaboração de planos de segurança interna da 3ª e 4ª categorias
de risco é atribuda aos associados das OA, OE eANET propostos
pelas respectivas associações profissionais.
Neste contexto, a ANPC celebrou, no dia 10 de Fevereiro
de 2010 três Protocolos (com OA, OE, ANET), onde se
definem os requisitos para a atribuição do grau de especialização
em SCIE.

4 - O Autor do Projecto de SCIE pode ser simultaneamente


o Coordenador do Projecto e/ou um dos autores dos
restantes projectos (arquitectura, fundações e estruturas,

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redes e instalações eléctricas, redes e instalações de águas e


esgotos), cujas responsabilidades se encontram
descritas nos Quadros 1.3 e 1.4 seguintes:

QUADRO 1.3 – RESPONSABILIDADES - COORDENAÇÃO DE PROJECTO

DECORRENTES DA LEI N.º 31/2009, DE 3 DE JULHO.

Transcreve-se o art.º da Lei 31/2009 que contém as


ARTIGO 8.º responsabilidades.
QUALIFICAÇÃO DO Nota: Devem assumir –se os «deveres» e «competências» por
COORDENADOR DE PROJECTO «responsabilidades».
ARTIGO 9.º
1 — Para a elaboração de projecto
DEVERES DO COORDENADOR DE PROJECTO
sujeito ao regime de licença
administrativa ou de comunicação 1 - Compete ao coordenador do projecto, com autonomia
prévia ou para efeitos de técnica, e sem prejuízo das demais obrigações que assuma
procedimento contratual público deve perante o dono da obra, bem como das competências próprias de
sempre existir um coordenador de coordenação e da autonomia técnica de cada um dos autores de
projecto, o qual integra a equipa de projecto:
projecto podendo quando qualificado
a) Representar a equipa de projecto durante as fases de
para o efeito, acumular com aquela
projecto perante o dono da obra, o director de fiscalização
função a elaboração total ou parcial de
de obra e quaisquer outras entidades;
um dos projectos.
b) Verificar a qualificação profissional de cada um dos
2 — A coordenação do projecto elementos da equipa;
(de um edifício ou recinto) incumbe a c) Assegurar a adequada articulação da equipa de projecto em
um arquitecto (inscrito na OA), a um função das características da obra, garantindo, com os
engenheiro (inscrito na OE) ou a um restantes membros da equipa, a funcionalidade e a
engenheiro técnico (inscrito na exequibilidade técnica das soluções a adoptar;
ANET), que seja qualificado para a d) Assegurar a compatibilidade entre as peças desenhadas e
elaboração de qualquer projecto no escritas necessárias à caracterização da obra, de modo a
tipo de obra em causa, considerando o garantir a sua integridade e a sua coerência;
disposto na presente lei e demais e) Actuar junto do dono da obra, em colaboração com os
legislação aplicável. autores de projecto, no sentido de promover o
esclarecimento do relevo das opções de concepção ou de
construção no custo ou eficiência da obra;
f) Assegurar a compatibilização com o coordenador em
matéria de segurança e saúde, durante a elaboração do
projecto, visando a aplicação dos princípios gerais de
segurança em cumprimento da legislação em vigor;
g) Verificar, na coordenação da elaboração dos projectos, o
respeito pelas normas legais e regulamentares aplicáveis,
sem prejuízo dos deveres próprios de cada autor de
projecto;
h) Instruir o processo relativo à constituição da equipa de
projecto, o qual inclui a identificação completa de todos os
seus elementos, cópia dos contratos celebrados para a
elaboração de projecto, cópia dos termos de
responsabilidade pela sua elaboração e cópia dos
comprovativos da contratação de seguro de
responsabilidade civil;

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i) Disponibilizar todas as peças do projecto e o processo


relativo à constituição de equipa de projecto ao dono da
obra, aos autores de projecto, aos intervenientes na
execução de obra e entidades com competência de
fiscalização;
j) Comunicar, no prazo de cinco dias úteis, a cessação de
funções enquanto coordenador de projecto, para os efeitos e
procedimentos previstos no RJUE e no Código dos
Contratos Públicos.

QUADRO 1.4 – COMPETÊNCIAS DE QUALIFICAÇÃO E RESPONSABILIDADES - AUTORES


DE PROJECTOS

DECORRENTES DA LEI N.º 31/2009, DE 3 DE JULHO:

Transcreve-se o art.º da Lei 31/2009 que contém as


ARTIGO 10.º QUALIFICAÇÃO responsabilidades.
DOS AUTORES DE PROJECTOS Nota: Devem assumir –se os «deveres» e «competências» por
«responsabilidades».
1 — Os projectos relativos às
operações urbanísticas e obras ARTIGO 12.º DEVERES DOS AUTORES DE
previstas no n.º 1 do artigo 2.º da PROJECTOS
presente lei são elaborados, em equipa
1 — Os autores de projecto abrangidos pela presente lei devem
de projecto, por arquitectos,
cumprir, em toda a sua actuação, no exercício da sua profissão e
engenheiros, engenheiros técnicos e,
com autonomia técnica, as normas legais e regulamentares em
sempre que necessário, arquitectos
vigor que lhes sejam aplicáveis, bem como os deveres, principais
paisagistas, sem prejuízo de outros
ou acessórios, que decorram das obrigações assumidas por
técnicos a quem seja reconhecida, por
contrato, de natureza pública ou privada, e das normas de
lei especial, habilitação para elaborar
natureza deontológica, que estejam obrigados a observar em
projectos.
virtude do disposto nos respectivos estatutos profissionais.
2 — Os projectos de arquitectura
2 — Sem prejuízo do disposto no número anterior e de outros
são elaborados por arquitectos com
deveres consagrados na presente lei, os autores de projecto
inscrição válida na Ordem dos
estão, na sua actuação, especialmente obrigados a:
Arquitectos.
a) Subscrever os projectos que tenham elaborado, indicando o
3 — Os projectos de fundações,
número da inscrição válida em organismo ou associação
contenções e estruturas
profissional, quando aplicável;
de edifícios são elaborados:
b) Adoptar as soluções de concepção que melhor sirvam os
a) Por engenheiros civis com inscrição
interesses do dono da obra, expressos no programa
válida na Ordem dos Engenheiros; ou
preliminar e na apreciação de cada fase do projecto, ao
b) Por engenheiros técnicos civis, com
nível estético, funcional e de exequibilidade do projecto e da
inscrição válida na Associação
obra, devendo justificar tecnicamente todas as soluções
Nacional dos Engenheiros Técnicos.
propostas;
4 — Os restantes projectos de c) Garantir, com o coordenador do projecto, na execução do
engenharia são elaborados por projecto, a sua harmonização com as demais peças
engenheiros ou engenheiros técnicos desenhadas e escritas necessárias à caracterização da obra,
que detenham qualificação adequada sem que se produza uma duplicidade desnecessária de
à natureza, complexidade e dimensão documentação, de modo a garantir a sua integridade e a sua
do projecto em causa, e que sejam coerência;
reconhecidos pela OE e pela ANET. d) Actuar junto do coordenador de projecto, sempre que tal se
justifique, no sentido de esclarecer o relevo das opções de

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concepção ou de construção;
e) Prestar assistência técnica à obra, de acordo com o
contratado;
f) Comunicar, no prazo de cinco dias úteis, ao dono da obra,
ao coordenador de projecto e, quando aplicável, à entidade
perante a qual tenha decorrido procedimento de
licenciamento ou comunicação prévia, a cessação de
funções enquanto autor de projecto;
g) Cumprir os demais deveres de que seja incumbido por lei,
designadamente pelo RJUE e respectivas portarias
regulamentares, bem como as demais normas legais e
regulamentares em vigor.

2. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NA FASE DE OBRA

QUADRO 2.1 – COMPETÊNCIAS DE QUALIFICAÇÃO E RESPONSABILIDADES -


DIRECÇÃO EM OBRA

DECORRENTES DA LEI N.º 31/2009, DE 3 DE JULHO:

ARTIGO 13.º ARTIGO 14.º


QUALIFICAÇÃO DO DEVERES DO DIRECTOR DE OBRA
DIRECTOR DE OBRA
1 — Sem prejuízo do disposto na legislação vigente, o director de
Desde que observadas as qualificações obra fica obrigado, com autonomia técnica, a:
profissionais específicas a definir nos
termos do artigo 27.º, consideram -se a) Assumir a função técnica de dirigir a execução dos
qualificados para desempenhar a trabalhos e a coordenação de toda a actividade de produção,
função de director de obra, de acordo quando a empresa, cujo quadro de pessoal integra, tenha
com a natureza predominante da obra assumido a responsabilidade pela realização da obra;
em causa e por referência ao valor das b) Assegurar a correcta realização da obra, no desempenho
classes de habilitação do alvará das tarefas de coordenação, direcção e execução dos
previstas na portaria a que se refere o trabalhos, em conformidade com o projecto de execução e o
DL n.º 12/2004, de 9 de Janeiro, cumprimento das condições da licença ou da admissão, em
alterado pelo DL n.º 18/2008, de 29 sede de procedimento administrativo ou contratual público;
de Janeiro, os Engenheiros (OE) ou c) Adoptar os métodos de produção adequados, de forma a
engenheiros técnicos (ANET) ou assegurar o cumprimento dos deveres legais a que está
os técnicos que, nos termos da obrigado, a qualidade da obra executada, a segurança e a
referida portaria, e até à classe 2 de eficiência no processo de construção;
habilitações do alvará, sejam d) Requerer, sempre que o julgue necessário para assegurar a
admitidos como alternativa àqueles. conformidade da obra que executa ao projecto ou ao
cumprimento das normas legais ou regulamentares em
vigor, a intervenção do director de fiscalização de obra, a
assistência técnica dos autores de projecto, devendo, neste
caso, comunicar previamente ao director de fiscalização de
obra, ficando também obrigado a proceder ao registo desse
facto e das respectivas circunstâncias no livro de obra;
e) Quando coordene trabalhos executados por outras
empresas, devidamente habilitadas, no âmbito de obra cuja
realização tenha sido assumida pela empresa cujo quadro

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de pessoal integra, deve fazer -se coadjuvar, na execução


destes, pelos técnicos dessas mesmas empresas;
f) Comunicar, no prazo de cinco dias úteis, a cessação de
funções, enquanto director de obra, ao dono da obra, bem
como ao director de fiscalização de obra e à entidade
perante a qual tenha decorrido procedimento
administrativo, em obra relativamente à qual tenha
apresentado termo de responsabilidade, para os efeitos e
procedimentos previstos no RJUE e no Código dos
Contratos Públicos, sem prejuízo dos deveres que
incumbam a outras entidades, nomeadamente no caso de
impossibilidade;
g) Cumprir as normas legais e regulamentares em vigor.

2 — Para efeito do disposto na alínea d) do n.º anterior, nos


casos em que não seja legalmente prevista a existência
obrigatória de director de fiscalização de obra, cabe ao director
de obra o dever de requerer, nas situações e termos previstos na
referida alínea e com as necessárias adaptações, a prestação de
assistência técnica aos autores de projecto, sem prejuízo da
responsabilidade civil, criminal, contra -ordenacional ou outra,
das demais entidades que tenham sido contratadas pelo dono da
obra.

QUADRO 2.2 – COMPETÊNCIAS DE QUALIFIÇAÇÃO E RESPONSABILIDADES -


DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA

DECORRENTES DA LEI N.º 31/2009, DE 3 DE JULHO:

Transcreve-se o art.º da Lei 31/2009 que contém as


ARTIGO 15.º responsabilidades.
DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO Nota: Devem assumir –se os «deveres» e «competências» por
DE OBRA «responsabilidades».

1 — Sem prejuízo do disposto em lei ARTIGO 16.º


especial, consideram-se qualificados DEVERES DO DIRECTOR DE FISCALIZAÇÃO DE OBRA
para desempenhar a função de
director de fiscalização de obra, de 1 — O director de fiscalização de obra fica obrigado, com
acordo com a natureza preponderante autonomia técnica, a:
da obra em causa e por referência ao
valor das classes de habilitações do a) Assegurar a verificação da execução da obra em
alvará previstas na portaria a que se conformidade com o projecto de execução, e o
refere o Decreto -Lei n.º 12/2004, de cumprimento das condições da licença ou admissão, em
9 de Janeiro, alterado pelo Decreto - sede de procedimento administrativo ou contratual público,
Lei n.º 18/2008, de 29 de Janeiro, os bem como o cumprimento das normas legais e
técnicos previstos nas alíneas regulamentares em vigor;
seguintes: b) Acompanhar a realização da obra com a frequência
adequada ao integral desempenho das suas funções e à
a) Os engenheiros (OE) e fiscalização do decurso dos trabalhos e da actuação do
engenheiros técnicos (ANET) em director de obra no exercício das suas funções, emitindo as
todas as obras, na área da directrizes necessárias ao cumprimento do disposto na

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especialidade de engenharia relevante alínea anterior;


no tipo de obra em causa; c) Requerer, sempre que tal seja necessário para assegurar a
conformidade da obra que executa ao projecto de execução
b) Os arquitectos (OA), em todas as ou ao cumprimento das normas legais ou regulamentares
obras com uma estimativa de custo ou em vigor, a assistência técnica ao coordenador de projecto
valor de adjudicação até ao valor com intervenção dos autores de projecto, ficando também
limite da classe 5 de habilitações do obrigado a proceder ao registo desse facto e das respectivas
alvará, prevista na portaria a que se circunstâncias no livro de obra, bem como das solicitações
refere o n.º 5 do artigo 4.º do Decreto de assistência técnica que tenham sido efectuadas pelo
-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro e, director de obra;
sem este limite, as obras em bens d) Comunicar, de imediato, ao dono da obra e ao coordenador
imóveis classificados, em vias de de projecto qualquer deficiência técnica verificada no
classificação ou inseridos em zona projecto ou a necessidade de alteração do mesmo para a sua
especial ou automática de protecção; correcta execução;
e) Participar ao dono da obra, bem como, quando a lei o
c) Os arquitectos paisagistas em preveja, ao coordenador em matéria de segurança e saúde,
obras em que o projecto de durante a execução da obra, situações que comprometam a
paisagismo seja projecto ordenador segurança, a qualidade, o preço contratado e o
com uma estimativa de custo ou valor cumprimento do prazo previsto em procedimento
de adjudicação até ao valor limite da contratual público ou para a conclusão das operações
classe 5 de habilitações do alvará, urbanísticas, sempre que as detectar na execução da obra;
prevista na portaria a que se refere o f) Desempenhar as demais funções designadas pelo dono da
n.º 5 do artigo 4.º do Decreto -Lei n.º obra de que tenha sido incumbido, conquanto as mesmas
12/2004, de 9 de Janeiro; não se substituam às funções próprias do director de obra
ou dos autores de projecto, não dependam de licença,
d) Os agentes técnicos de habilitação ou autorização legalmente prevista e não sejam
arquitectura e engenharia com incompatíveis com o cumprimento de quaisquer deveres
CAP de nível 4 ou CET na área de legais a que esteja sujeito;
condução de obra, em obras de g) Comunicar, no prazo de cinco dias úteis, ao dono da obra e
construção de edifícios, bem como à entidade perante a qual tenha decorrido procedimento de
outros trabalhos preparatórios e licenciamento ou comunicação prévia a cessação de funções
complementares à construção de enquanto director de fiscalização de obra, para os efeitos e
edifícios, com uma estimativa de custo procedimentos previstos no RJUE e no Código dos
ou valor de adjudicação até ao valor Contratos Públicos, sem prejuízo dos deveres que
limite da classe 2 de habilitações do incumbam a outras entidades, nomeadamente no caso de
alvará, prevista na portaria a que se impossibilidade;
refere o n.º 5 do artigo 4.º do Decreto h) Cumprir os deveres de que seja incumbido por lei,
-Lei n.º 12/2004, de 9 de Janeiro. designadamente pelo RJUE e respectivas portarias
regulamentares, bem como pelo Código dos Contratos
2 — A determinação da adequação da Públicos e demais normas legais e regulamentares em vigor.
especialização dos engenheiros e
engenheiros técnicos é feita nos 2 — Sem prejuízo de disposição legal em contrário, não pode
termos previstos no artigo 27.º da Lei exercer funções como director de fiscalização de obra qualquer
nº 31/2009. pessoa que integre o quadro de pessoal da empresa de
construção que tenha assumido a responsabilidade pela
3 — Exceptuam-se do disposto na execução da obra ou de qualquer outra empresa que tenha
alínea b) do n.º 1, as obras referidas intervenção na execução da obra.
nas alíneas a) a h), do n.º 4 do artigo
8.º, bem como as obras em edifícios
com estruturas complexas ou que
envolvam obras de contenção
periférica e fundações especiais.

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SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO EM EDIFÍCIOS

NOTA TÉCNICA Nº 02
COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES EM SCIE

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4 — Exceptuam -se do disposto nas


alíneas c) e d) do n.º 1, as obras
referidas nas alíneas a) a h) do n.º 4
do artigo 8.º, bem como as obras em
edifícios com estruturas metálicas, em
edifícios com estruturas complexas ou
em edifícios que envolvam obras de
contenção periférica e fundações
especiais, e ainda nas obras em bens
imóveis classificados, em vias de
classificação ou inseridos em zona
especial ou automática de protecção.

5 — Não obstante o disposto no n.º 1


do presente artigo, a entidade onde o
director de fiscalização de obra se
integra deve recorrer sempre a
técnicos em n.º e qualificações
suficientes de forma a abranger o
conjunto de projectos envolvidos.

3. RESPONSABILIDADES NA MANUTENÇÃO DAS CONDIÇÕES DE SCIE

QUADRO 3.1 – RESPONSABILIDADES - RESPONSÁVEL DE SEGURANÇA

DECORRENTES DO DECRETO-LEI N.º 220/2008,


DE 12 DE NOVEMBRO (RJ-SCIE)

ARTIGO 6.º do RJ-SCIE: ARTIGO 20.º DELEGADO DE SEGURANÇA


QUALIFICAÇÃO DOS
1 — A entidade responsável nos termos dos n.os 3 e 4 do artigo
RESPONSÁVEIS DE
6.º designa um delegado de segurança para executar as medidas
SEGURANÇA
de autoprotecção.
3 — A manutenção das condições 2 — O delegado de segurança age em representação da entidade
de segurança contra risco de responsável, ficando esta integralmente obrigada ao
incêndio aprovadas e a execução das cumprimento das condições de SCIE previstas no RJ-SCIE e
Medidas de Autoprotecção demais legislação aplicável.
aplicáveis aos edifícios ou recintos
destinados à utilização-tipo I ARTIGO 21.º MEDIDAS DE AUTOPROTECÇÃO
(Habitacionais), durante todo o
1 — A Autoprotecção e a gestão de segurança contra incêndios
ciclo de vida dos mesmos, é da
em edifícios e recintos, durante a exploração ou utilização dos
responsabilidade dos respectivos
mesmos, para efeitos de aplicação do presente decreto-lei e
proprietários com excepção das
legislação complementar, baseiam-se nas seguintes medidas:
suas partes comuns na
a) Medidas preventivas, que tomam a forma de
propriedade horizontal, que são
procedimentos de prevenção ou planos de prevenção, conforme
da responsabilidade do
a categoria de risco;
administrador do condomínio.
b) Medidas de intervenção em caso de incêndio, que
4 — Durante todo o ciclo de vida dos tomam a forma de procedimentos de emergência ou de planos
edifícios ou recintos das utilizações- de emergência interno, conforme a categoria de risco;
tipo II a XII, a responsabilidade pela c) Registo de segurança onde devem constar os relatórios de

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COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES EM SCIE

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manutenção das condições de vistoria ou inspecção, e relação de todas as acções de


segurança contra risco de incêndio manutenção e ocorrências directa ou indirectamente
aprovadas e a execução das medidas relacionadas com a SCIE;
de autoprotecção aplicáveis é das d) Formação em SCIE, sob a forma de acções destinadas a
seguintes entidades: todos os funcionários e colaboradores das entidades
exploradoras, ou de formação específica, destinada aos
a) Do proprietário, no caso do
delegados de segurança e outros elementos que lidam com
edifício ou recinto estar na sua posse;
situações de maior risco de incêndio;
b) De quem detiver a exploração
e) Simulacros, para teste do plano de emergência interno e
do edifício ou do recinto;
treino dos ocupantes com vista a criação de rotinas de
c) Das entidades gestoras no caso
comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
de edifícios ou recintos que
2 — O plano de segurança interno é constituído pelo plano de
disponham de espaços comuns,
prevenção, pelo plano de emergência interno e pelos registos de
espaços partilhados ou serviços
segurança.
colectivos, sendo a sua
3 — Os simulacros de incêndio são realizados com a
responsabilidade limitada aos
periodicidade máxima, definida no RT-SCIE.
mesmos.
4 — As medidas de autoprotecção respeitantes a cada utilização-
tipo, de acordo com a respectiva categoria de risco são as
definidas no RT-SCIE.

ARTIGO 22.º IMPLEMENTAÇÃO DAS MEDIDAS DE


AUTOPROTECÇÃO
1 — As medidas de autoprotecção aplicam-se a todos os
edifícios e recintos, incluindo os existentes em 1 de
Janeiro 2009, data de entrada em vigor do RJ-SCIE.

4. COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES NA FISCALIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE


SCIE

QUADRO 4.1 – COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES – ENTIDADES


FISCALIZADORAS DAS CONDIÇÕES DE SCIE

DECORRENTES DO DECRETO-LEI N.º 220/2008,


DE 12 DE NOVEMBRO (RJ-SCIE)

ARTIGO 24.º ARTIGO 19.º


FISCALIZAÇÃO INSPECÇÕES

1 — São competentes para 1 — Os edifícios ou recintos e suas fracções estão


fiscalizar o cumprimento das sujeitos a inspecções regulares, a realizar pela ANPC ou por
condições de SCIE: entidade por ela credenciada, para verificação da manutenção
das condições de SCIE aprovadas e da execução das medidas de
a) A ANPC, Autoridade Nacional de autoprotecção, a pedido das entidades responsáveis referidas
Protecção Civil; nos n.os 3 e 4 do artigo 6.º.

b) Os Municípios, na sua área 2 — Exceptuam-se do disposto no número anterior os edifícios


territorial, quanto à 1.ª categoria de ou recintos e suas fracções das utilizações-tipo I (Habitacionais),
risco; II, III, VI, VII, VIII, IX, X, XI (estabelecimentos que recebem
público) e XII (Industriais, oficinas e armazéns) da 1.ª Categoria
c) A ASAE, Autoridade de Segurança de Risco.

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Alimentar e Económica, no que


respeita à colocação no mercado dos 3 — As inspecções regulares referidas no n.º 1 devem
equipamentos referidos no ser realizadas de três em três anos no caso da 1.ª categoria
regulamento técnico de SCIE. de risco, de dois em dois anos no caso da 2.ª categoria de
risco e anualmente para as 3.ª e 4.ª categorias de risco.
2 — No exercício das acções de
fiscalização pode ser solicitada a 4 — As entidades responsáveis, referidas nos n.os 3 e 4 do artigo
colaboração das autoridades 6.º, podem solicitar à ANPC a realização de inspecções
administrativas e policiais para extraordinárias.
impor o cumprimento de
normas e determinações que por Nota:
razões de segurança devam ter A ANPC também pode levar a efeito inspecções extraordinárias
execução imediata no âmbito de actos de sua iniciativa, dado tratarem-se de actos de fiscalização da
de gestão pública. sua competência.

5 — Compete às entidades, referidas nos n. os 3 e 4 do


artigo 6.º, assegurar a regularização das condições de
SCIE que não estejam em conformidade com o presente
decreto-lei e sua legislação complementar, dentro dos prazos
fixados nos relatórios das inspecções referidas nos números
anteriores.

NOTAS:
Em conformidade com o artigo 5.ºdo Decreto -Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro, a Autoridade
Nacional de Protecção Civil é a entidade competente para assegurar o cumprimento do
regime de segurança contra incêndio em edifícios (RJ-SCIE), incumbindo-lhe a
credenciação de entidades para a realização de vistorias e de inspecções das condições de
SCIE.
A Portaria n.º 64/2009 de 22 de Janeiro, com as alterações introduzidas pela Portaria n.º
136/201, de 5 de Abril, define o regime de credenciação de entidades para a emissão de pareceres,
realização de vistorias e de inspecções das condições de SCIE, por parte da ANPC.

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ANEXO – MINUTAS DE TERMOS DE RESPONSABILIDADE

TERMO DE RESPONSABILIDADE

(autor do Projecto de Segurança Contra Incêndio em Edifícios – 1.ª e 2.ª categoria de


risco)

___________________________________________________, portador do Bilhete


de Identidade /Cartão do Cidadão nº _______________ / emitido por
___________________________, válido até _________, membro nº.______ da
_____________________________________, com domicílio profissional na
_____________________________________________________, declara sob
responsabilidade profissional e para efeitos do disposto no nº 1 do Artigo 10º do Decreto-Lei
555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 60/2007, de 4 de
Setembro, que o Projecto de Segurança Contra Incêndio de que é autor, relativo à obra
____________________ designada por ____________________________, localizada
na ___________________, concelho de _____________, cujo pedido de licenciamento
foi requerido por ______________________, observa o disposto no Decreto-Lei n.º
220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios), a
Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro (Regulamento Técnico de Segurança Contra
Incêndio em Edifícios) e os Critérios Técnicos para a Determinação da Densidade de Carga de
Incêndio Modificada*, aprovados pelo Despacho n.º 2074/2009, de 15 de Janeiro, bem como
especificações técnicas de projecto e normas aplicáveis.

________________________, ___ de ____________ de ________

O Técnico responsável,

_____________________________________________________

*- Aplicáveis às utilizações-tipo XI e XII.

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TERMO DE RESPONSABILIDADE

(autor do Projecto de Segurança Contra Incêndio em Edifícios – 3.ª e 4.ª categoria de


risco)

___________________________________________________, portador do Bilhete


de Identidade/Cartão do Cidadão nº _______________ / emitido por
___________________________ válido até _________, membro nº.______ da
_____________________________________, com a certificação de especialização
registada na ANPC sob o n.º _____, domicílio profissional na
_____________________________________________________, declara sob
responsabilidade profissional e para efeitos do disposto no nº 1 do Artigo 10º do Decreto-Lei
555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 60/2007, de 4 de
Setembro, que o Projecto de Segurança Contra Incêndio de que é autor, relativo à obra
____________________ designada por ____________________________, localizada
na ___________________, concelho de _____________, cujo pedido de licenciamento
foi requerido por ______________________, observa o disposto no Decreto-Lei n.º
220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio em Edifícios), a
Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro (Regulamento Técnico de Segurança Contra
Incêndio em Edifícios) e os Critérios Técnicos para a Determinação da Densidade de Carga de
Incêndio Modificada*, aprovados pelo Despacho n.º 2074/2009, de 15 de Janeiro, bem como
especificações técnicas de projecto e normas aplicáveis.

________________________, ___ de ____________ de ________

O Técnico responsável,

_____________________________________________________

*- Aplicáveis às utilizações-tipo XI e XII.

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____________________________________________________________

TERMO DE RESPONSABILIDADE

(autor do Projecto de Segurança Contra Incêndio em Edifícios – 1.ª e 2.ª categoria de


risco Perigosidade Atípica)

___________________________________________________, portador do Bilhete


de Identidade/Cartão do Cidadão nº _______________ / emitido por
___________________________ , válido até _________, membro nº.______ da
_____________________________________, com domicílio profissional na
_____________________________________________________, declara sob
responsabilidade profissional e para efeitos do disposto no nº 1 do Artigo 10º do Decreto-Lei
555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 60/2007, de 4 de
Setembro, que o Projecto de Segurança Contra Incêndio de que é autor, relativo à obra
____________________ designada por ____________________________, localizada
na ___________________, concelho de _____________, cujo pedido de licenciamento
ou comunicação prévia foi requerido por ______________________, observa o disposto no
Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio
em Edifícios), na Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro (Regulamento Técnico de
Segurança Contra Incêndio em Edifícios) e os Critérios Técnicos para a Determinação da
Densidade de Carga de Incêndio Modificada*, aprovados pelo Despacho n.º 2074/2009, de 15
de Janeiro, bem como as especificações técnicas de projecto e normas aplicáveis.

Não foi (foram) cumprido (s) artigo (s) __________ da Portaria n.º 1532/2008, de 29 de
Dezembro relativo (s) à _______________________________________, cuja
fundamentação e medidas alternativas estão referidas no projecto, conforme o disposto no
artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro.

________________________, ___ de ____________ de ________

O Técnico responsável,

_____________________________________________________

*- Aplicáveis às utilizações-tipo XI e XII.

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COMPETÊNCIAS E RESPONSABILIDADES EM SCIE

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TERMO DE RESPONSABILIDADE

(autor do Projecto de Segurança Contra Incêndio em Edifícios – 3.ª e 4.ª categoria de


risco Perigosidade Atípica)

___________________________________________________, portador do Bilhete


de Identidade /Cartão do Cidadão nº _______________ / emitido por
___________________________, válido até _________, membro nº.______ da
_____________________________________, com a certificação de especialização
registada na ANPC sob o n.º _____, com domicílio profissional na
_____________________________________________________, declara sob
responsabilidade profissional e para efeitos do disposto no nº 1 do Artigo 10º do Decreto-Lei
555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei nº 60/2007, de 4 de
Setembro, que o Projecto de Segurança Contra Incêndio de que é autor, relativo à obra
____________________ designada por ____________________________, localizada
na ___________________, concelho de _____________, cujo pedido de licenciamento
ou comunicação prévia foi requerido por ______________________, observa o disposto no
Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro (Regime Jurídico de Segurança Contra Incêndio
em Edifícios), na Portaria n.º 1532/2008, de 29 de Dezembro (Regulamento Técnico de
Segurança Contra Incêndio em Edifícios) e os Critérios Técnicos para a Determinação da
Densidade de Carga de Incêndio Modificada*, aprovados pelo Despacho n.º 2074/2009, de 15
de Janeiro, bem como as especificações técnicas de projecto e normas aplicáveis.

Não foi (foram) cumprido (s) artigo (s) __________ da Portaria n.º 1532/2008, de 29 de
Dezembro relativo (s) à _______________________________________, cuja
fundamentação e medidas alternativas estão referidas no projecto, conforme o disposto no
artigo 14.º do Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de Novembro.

________________________, ___ de ____________ de ________

O Técnico responsável,
_____________________________________________________

*- Aplicáveis às utilizações-tipo XI e XII.

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