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DECRETO Nº 13.

842, DE 11 DE JANEIRO DE 2010

Regulamenta a Lei n° 9.725/09, que contém o Código de


Edificações do Município de Belo Horizonte.

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º - A aplicação da Lei n° 9.725, de 15 de julho de 2009, que institui o Código de Edificações do
Município de Belo Horizonte, observará o disposto neste Decreto.

CAPÍTULO II
DAS RESPONSABILIDADES

Seção I
Das Responsabilidades do Profissional e do Proprietário

Art. 2º - Para fins da aplicação deste Decreto, e nos termos do art. 3º da Lei nº 9.725/09, fica
estabelecido o que segue:
I - profissional legalmente habilitado é a pessoa física com registro no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA, nos termos da legislação específica.
II - pessoas jurídicas legalmente habilitadas são as sociedades, associações, companhias,
cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados
na forma da lei, com registro no CREA.
I - profissional legalmente habilitado é a pessoa física com registro no Conselho Regional de
Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU,
nos termos da legislação específica;
Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 1º)
II - pessoas jurídicas legalmente habilitadas são as sociedades, associações, companhias,
cooperativas e empresas em geral, que se organizem para executar obras ou serviços relacionados
na forma da lei, com registro no CREA ou no CAU.
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 1º)

§ 1º - O profissional legalmente habilitado poderá atuar individual ou coletivamente, como


responsável técnico pela elaboração do projeto de edificação ou pela direção técnica da obra,
assumindo sua responsabilidade no momento do protocolo do pedido de licença ou do início da obra.

§ 2º - Para os fins deste Decreto, considera-se:


I - responsável técnico pelo projeto de edificação o responsável pelo conteúdo das peças gráficas,
descritivas, especificações e exeqüibilidade de seu trabalho;
II - responsável técnico da obra o profissional encarregado pela direção técnica das obras, desde seu
início até sua total conclusão, respondendo por sua correta execução e adequado emprego dos
materiais, conforme a legislação municipal, sem prejuízo da responsabilidade prevista no Código
Civil.

§ 3º - A responsabilidade sobre projetos, instalações e execuções cabe aos profissionais, nos termos
da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART.
§ 3º - A responsabilidade sobre projetos, instalações e execuções cabe aos profissionais, nos termos
da Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou do Registro de Responsabilidade Técnica –
RRT, conforme o caso.
§ 3º com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 1º)

§ 4º - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico e o responsável técnico pela obra, cuja
estrutura seja constituída por madeira e/ou materiais não convencionais, responsabilizam-se pelo uso
do material, sua segurança estrutural, sua capacidade de isolamento térmico e acústico, respondendo
técnica e civilmente pela edificação, nos termos do art. 5º da Lei nº 9.725, de 15 de julho de 2009.
§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 1º)

Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica das obras declarará sua
responsabilidade em formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste Decreto.
Parágrafo único - A declaração do responsável técnico pela direção da obra, se não anexada no ato da solicitação
de aprovação do projeto de edificação, deverá ser apresentada na SMARU em até 10 (dez) dias antes do início
efetivo da obra, sob pena de embargo, nos termos do inciso III, do art. 77 da Lei n° 9.725/09.

Art. 3º - O responsável técnico pelo projeto de edificação declarará sua responsabilidade em


formulário próprio, conforme modelo constante no Anexo Único deste Decreto.
Art. 3º com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 1º)

Art. 3º – O responsável técnico pelo projeto de edificação declarará sua responsabilidade por meio de
termos de compromisso e responsabilidade digitais, disponibilizados para protocolo de solicitação de
licenciamento de edificação.

§ 1º – A responsabilidade técnica pela regularização engloba a responsabilidade pela segurança ao


risco e pela estabilidade do imóvel e do terreno, inclusive para fins do inciso VI do art. 13 da Lei nº
11.181, de 8 de agosto de 2019, ressalvados os casos de apresentação de Anotação de
Responsabilidade Técnica – ART – ou Registro de Responsabilidade Técnica – RRT – específica.

§ 2º – O responsável técnico pelo projeto será considerado o responsável pelo projeto:


I – das soluções projetuais de gentileza urbana;
II – dos dispositivos de drenagem para cumprimento do art. 161 da Lei nº 11.181, de 2019,
ressalvados os casos de apresentação de ART ou RRT específica;
III – das soluções técnico-construtivas para fins de concessão do benefício previsto na Tabela 7 do
Anexo XII da Lei nº 11.181, de 2019, no que concerne a parâmetros urbanísticos.
Art. 3º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 1º)

Art. 3º A - O responsável técnico pela execução da obra deverá ser identificado na solicitação do
Alvará de Construção consolidado ou das licenças complementares.

Parágrafo único - As Secretarias de Administração Regional Municipal deverão informar à Secretaria


Municipal Adjunta de Regulação Urbana os dados do responsável técnico pela execução da obra,
quando identificado na expedição de licença complementar.
Art. 3ºA acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 2º)

Art. 3º-A – O responsável técnico da obra deverá ser identificado no comunicado de início da obra e
assumirá a responsabilidade por todo o objeto do Alvará de Construção, bem como pelas licenças de
obras complementares, ressalvados os casos em que houver ART ou RRT específica para as obras
complementares.

§ 1º – A responsabilidade técnica pela obra engloba a responsabilidade pela segurança ao risco e


pela estabilidade do imóvel e do terreno, inclusive para fins do inciso VI do art. 13 da Lei nº 11.181, de
2019, ressalvados os casos em que houver ART ou RRT específica.

§ 2º – O responsável técnico da obra assumirá todas as responsabilidades técnico-construtivas


relativas à implantação dos dispositivos de controle de drenagem previstos no art. 161 da Lei nº
11.181, de 2019, e seu regulamento, bem como pela implementação das soluções técnico-
construtivas para fins de concessão do benefício previsto na Tabela 7 do Anexo XII da Lei nº 11.181,
de 2019.
Art. 3º-A com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 2º)

Art. 4º - A substituição ou a transferência de responsabilidade técnica deverá ser comunicada em


formulário próprio, segundo os procedimentos estabelecidos neste Regulamento.

§ 1º- Tratando-se de comunicação efetivada pelo proprietário, a mesma deverá:


I - indicar o nome do novo responsável técnico;
II - estar acompanhada do Termo de Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto.

§ 2º - Tratando-se de comunicação efetivada pelo responsável técnico, a SMARU deverá notificar o


proprietário para apresentação de novo responsável técnico, nos seguintes termos:
I - tratando-se de responsável pelo projeto de edificação, o proprietário deverá apresentar novo RT no
prazo máximo de 05 (cinco) dias, sob pena de indeferimento do processo de licenciamento;
II - tratando-se de responsável pela direção técnica de obra, o proprietário deverá apresentar novo
responsável técnico no prazo máximo de 10 (dez) dias, sob pena de embargo da obra, conforme
previsto no inciso III do art. 77 da Lei n° 9.725/09.
Art. 4º – A comunicação sobre a substituição ou transferência de responsabilidade técnica deverá ser
realizada por meio digital pelo responsável legal, conforme orientação no Portal de Serviços da
Prefeitura de Belo Horizonte – Portal da PBH –, acompanhada dos termos de compromisso e dos
dados do novo responsável técnico.

Parágrafo único – Tratando-se de comunicação realizada pelo responsável técnico, o órgão municipal
responsável pela política de regulação urbana deverá notificar o responsável legal para apresentar
novo:
I – responsável técnico pelo projeto de edificação, no prazo máximo de cinco dias, sob pena de
indeferimento do processo de licenciamento ou de regularização ou suspensão do Alvará de
Construção;
II – responsável técnico da obra, sob pena de embargo da obra, conforme previsto no inciso III do art.
77 da Lei nº 9.725, de 2009.
Art. 4º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 3º)

Art. 5º - O responsável técnico pelo projeto de edificação ou pela direção técnica da obra poderá
designar, mediante formulário próprio e justificativa escrita, outro responsável técnico para
acompanhar a tramitação do processo na SMARU, nos casos previstos neste Decreto.

Art. 6º - Deverá ser mantida na obra:


I - cópia do Alvará de Construção e das demais Licenças previstas no § 1º do art. 12 da Lei n°
9.725/09, quando pertinentes, todas dentro do prazo de validade;
II - cópia do projeto arquitetônico aprovado pela SMARU.
II – cópia do projeto arquitetônico para o qual foi emitido Alvará de Construção;
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 4º)
III – cópia do termo de conduta urbanística – TCU –, se houver.”.
Inciso III acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 4º)

Art. 7º - O laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel deverá ser
elaborado por profissional com habilitação expedida pelo CREA.

Parágrafo único - O laudo mencionado no caput deste artigo deverá ser acompanhado da respectiva
Anotação de Responsabilidade Técnica - ART.

Art. 7º – O laudo técnico referente às condições de risco e estabilidade do imóvel, disposto no inciso
V do art. 8º da Lei nº 9.725, de 2009, deverá ser elaborado por profissional habilitado e acompanhado
de ART ou de RRT.
Art. 7º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 5º)

Art. 8º - As informações, declarações e Termos de Compromissos prestados e firmados pelos


Responsáveis Técnicos, pelos proprietários e por terceiros envolvidos no processo de licenciamento
sujeitam os mesmos a responsabilização por sinistros, acidentes, danos causados a terceiros,
falsidade ideológica e falsificação de documento público

Art. 8º-A - O proprietário será responsável por:


I - zelar pelas condições de estabilidade e de segurança de seu imóvel por meio de obras ou outras
medidas preventivas contra a erosão do solo, o desmoronamento e o carreamento de terra, detritos e
lixo;
II - impedir o início das obras da edificação antes que sejam realizadas as obras necessárias para
garantir a segurança e estabilização do terreno.

§ 1º - O proprietário do imóvel que causar instabilidade em imóveis vizinhos fica responsável por
efetuar as devidas medidas corretivas.

§ 2º - As obras de que trata este artigo deverão garantir a estabilização integral dos terrenos.
Art. 8º-A acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 1º).

§ 3º – O responsável legal e o proprietário do imóvel serão considerados responsáveis pela


manutenção e efetivo funcionamento:
I – das soluções projetuais de gentileza urbana;
II – dos dispositivos de drenagem para cumprimento do art. 161 da Lei nº 11.181, de 2019;
III – das soluções técnico-construtivas para fins de concessão do benefício previsto na Tabela 7 do
Anexo XII da Lei nº 11.181, de 2019.
§3º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 6º)

§ 4º – A concessão da Certidão de Baixa de Construção implica a transferência da responsabilidade


disposta no § 3º ao proprietário do imóvel ou ao condomínio.
§4º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 6º)

Seção II
Da Responsabilidade do Executivo

Art. 9º - A aprovação de projeto por parte do Executivo contemplará:


I - o atendimento à legislação e às normas técnicas vigentes;
II - as declarações do responsável técnico e do proprietário, conforme disposto neste Decreto.

§ 1º - Não compete ao Executivo verificar o atendimento das exigências decorrentes do exercício


legal da profissão.

§ 2º - Não compete ao Executivo verificar o recolhimento dos valores referentes às ARTs.

§ 2º - Não compete ao Executivo verificar o recolhimento dos valores referentes às ARTs ou aos
RRTs.
§ 2º com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 2º)

CAPÍTULO III
DO FECHAMENTO DOS LOTES E TERRENOS

Art. 10 - Para efeito do disposto no caput do art. 10 da Lei n° 9.725/09, entende-se por lote ou terreno:
I - roçado: aquele que apresenta desgaste da vegetação herbácea, mesmo sem a remoção de tocos
ou de raízes, sendo vedada a utilização de fogo;
II - limpo: aquele livre de lixo ou entulho de qualquer natureza;
III - drenado: aquele que apresenta:
a) condições adequadas de escoamento de águas pluviais;
b) sistema de drenagem, preservadas as eventuais nascentes e cursos d’água existentes e suas
condições naturais de escoamento.

Art. 11 - Fica proibida a utilização de arame farpado, chapiscos e vegetação com espinhos, bem
como outras formas de fechamento que causem danos ou incômodos aos transeuntes.

Art. 12 - A exigência constante do § 5° do art. 10 da Lei n° 9.725/09 será considerada atendida caso
haja permeabilidade visual em pelo menos 1,00 m² (um metro quadrado) da extensão do fechamento,
pela qual seja possível a visualização de todo o lote ou terreno.

Art. 12 – A exigência constante do § 4º do art. 10 da Lei nº 9.725, de 2009, será considerada atendida
caso haja permeabilidade visual em pelo menos 1,00m² (um metro quadrado) da extensão do
fechamento, pela qual seja possível a visualização de todo o lote ou terreno.
Art. 12 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 7º)

Art. 13 - O fechamento frontal de lote ou terreno edificado com altura superior a 1,80m (um metro e
oitenta centímetros) do passeio deverá ser dotado de elementos construtivos que garantam
permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta por cento) daquela acima desta altura.

Parágrafo único - Poderão ser dispensadas da exigência do caput deste artigo as edificações
regularizadas nos termos da Lei n° 9.074, de 18 de janeiro de 2005 e da Lei n° 9.725/09.

Art. 13 – O fechamento frontal de terrenos edificados para os quais não haja obrigatoriedade de
permeabilidade visual pela tabela 3.2 do Anexo XII da Lei nº 11.181, de 2019, ou regulamentação
específica de áreas de relevância cultural ou ambiental, deverá ser dotado de elementos de vedação
com permeabilidade visual em área equivalente a 50% (cinquenta por cento) da área da vedação
acima de 1,80m (um metro e oitenta centímetros) e até seu limite superior.

Parágrafo único – Ficam dispensadas da exigência de permeabilidade visual e do uso de elementos


de vedação permeáveis acima da altura de 1,80m (um metro e oitenta centímetros), as edificações
regularizadas nos termos da Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005, e as modificações de projetos
aprovados, desde que não esteja sendo removida ou alterada a vedação frontal do lote.
Art. 13 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 8º)

CAPÍTULO IV
DO LICENCIAMENTO

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 14 - Para efeito da aplicação do disposto no § 2º do art. 5º da Lei n° 9.725/09, caberá ao


Executivo apenas o licenciamento do projeto arquitetônico.

Parágrafo único - O Executivo não procederá à aprovação de projetos complementares, entendidos


como aqueles não necessários à constatação de conformidade da edificação perante a Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo e ao Código de Edificações, em especial:
I - projeto hidráulico-sanitário;
II - projeto elétrico e luminotécnico;
III - projeto de instalações de comunicação;
IV - projeto de instalação de ar condicionado;
V - projeto de prevenção e combate a incêndio;
VI - projeto estrutural;
VII - projeto de impermeabilização.

Art. 15 - A SMARU definirá, por meio de Portaria, o padrão de representação gráfica dos projetos de
aprovação de edificação e de licenciamento.

Art. 15 – O órgão municipal responsável pela política urbana expedirá portaria contendo o padrão de
representação gráfica dos projetos arquitetônicos para licenciamento ou regularização de edificação,
o qual ficará disponível no Portal da PBH.
Art. 15 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 9º)

Art. 16 - Os formulários previstos neste Decreto serão definidos pela SMARU e estarão disponíveis no
sítio www.pbh.gov.br.

Art. 16A - Os procedimentos de licenciamento previstos na Lei nº 9.725/09 e neste Decreto serão
normatizados e padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Parágrafo único - A documentação a ser exigida nos licenciamentos é a constante nos formulários de
solicitação padronizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana e disponibilizados
na internet, sendo vedada a exigência de outros documentos sem a prévia autorização da Secretaria
Municipal Adjunta de Regulação Urbana.
Art. 16-A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 3º)

Art. 16-B – As reformas e os projetos de modificação de edificação sem alteração de parâmetro


urbanístico em imóveis de interesse cultural ou inseridos em conjuntos urbanos protegidos seguirão
procedimento contido em portaria expedida pelo órgão municipal responsável pela política urbana e
pelo órgão municipal responsável pela política de proteção cultural, de acordo com o previsto no § 1º
do art. 12 da Lei nº 9.725, de 2009.
Art. 16-B acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 10)

Art. 17 - O licenciamento de obras de construção e reconstrução é de competência exclusiva da


SMARU, que providenciará, quando for o caso, a manifestação dos órgãos da Administração Direta e
Indireta do Município acerca da aprovação dos projetos ou do acompanhamento das obras.
Art. 17 revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 17-A – Estão compreendidas no objeto de licenciamento do Alvará de Construção as licenças


para:
I – demolição;
II – movimentação de terra, entulho e material orgânico;
III – muro de arrimo.
Parágrafo único – As licenças previstas no caput poderão ser solicitadas de modo desvinculado do
Alvará de Construção, conforme Decreto nº 17.274, de 4 de fevereiro de 2020, e portaria do órgão
municipal responsável pela política urbana.
Art. 17-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 11)

Art. 18 - As licenças para demolição e para movimentação de terra, bem como para a construção de
marquises e muros de arrimo, deverão ser efetuados:
I - na SMARU, quando o proprietário fizer a opção por concessão de Alvará de Construção
consolidado;
II - na Secretaria Municipal de Administração Regional competente, quando não for feita a opção pelo
Alvará de Construção consolidado ou quando a intervenção não estiver vinculada à implantação de
edificação.

§ 1º- O licenciamento para construção de marquise e de muros de arrimo a que se refere o inciso II
do caput deste artigo será realizado na Secretaria Municipal de Administração Regional competente.

§ 2° - A solicitação dos licenciamentos previstos neste artigo deverá ser feita em formulário próprio,
observado o disposto neste Decreto, e deverá estar acompanhada de comprovante do pagamento do
preço público correspondente.
Art. 18 revogado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 11)

Art. 19 - A supressão de vegetação será licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente –
SMMA, observado o disposto no § 3º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

Parágrafo único - Na hipótese de opção pelo Alvará de Construção consolidado, previsto no §2º do
art. 18 da Lei nº 9.725/09, a SMARU deverá providenciar, no processo de aprovação de projeto, a
manifestação da SMMA para subsidiar o licenciamento da supressão de vegetação.

Art. 19 - A supressão de vegetação deverá ser licenciada pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente
- SMMA, previamente à abertura de processo de edificação junto à SMARU.
Art. 19 com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 3º)

Art. 19 – A supressão de vegetação deverá ser licenciada pelo órgão municipal responsável pela
política de meio ambiente, conforme procedimento previsto em regulamentação específica.
Art. 19 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 12)

Art. 20 - A dispensa de aprovação de projeto e licenciamento, quando for o caso, não desobriga o
proprietário e o responsável técnico do cumprimento do disposto nas normas pertinentes, bem como
da responsabilidade penal e civil perante terceiros.

Art. 21 - O estande de vendas previsto no inciso II do art. 12 da Lei n° 9.725/09 não poderá invadir
logradouro público.

§ 1º - É permitida a instalação do estande de vendas a partir do início do período de validade do


Alvará de Construção.

§ 2º - A demolição do estande de vendas deverá ser efetuada anteriormente à solicitação de vistoria


para concessão da Certidão de Baixa de Construção.

Art. 22 - Qualquer intervenção em edificações situadas nos Conjuntos Urbanos Protegidos, nos
imóveis com tombamento específico ou de interesse de preservação, estará sujeita aos
procedimentos e normas estabelecidos pela Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação Municipal
de Cultura, conforme disposto no § 1º do art. 12 da Lei n° 9.725/09.

Art. 23 - As residências multifamiliares horizontais com acessos independentes e diretos ao


logradouro público, sem área comum, equiparam-se às edificações residenciais unifamiliares para
efeito do disposto neste Decreto.

Seção II
Da Aprovação de Edificações Unifamiliares com Área Máxima de 70 m² (setenta metros quadrados) e
de Empreendimentos Habitacionais de Interesse Social – EHIS
Art. 24 - A abertura de processos de aprovação projetos de edificações destinadas ao uso residencial
unifamiliar com área máxima de 70,00 m² (setenta metros quadrados) e de EHIS obedecerá aos
procedimentos previstos neste Regulamento.

§ 1º- Acatada pela SMARU a documentação necessária para o licenciamento da obra, será aberto o
processo administrativo e concedido Alvará de Construção no prazo de 20 (vinte) dias, caso não seja
constatada irregularidade no projeto.

§ 2º- O exame do projeto das edificações de que trata esta seção poderá ser parcial, dispensando-se,
neste caso, a análise dos compartimentos internos das edificações unifamiliares e dos
compartimentos internos das unidades autônomas de EHIS.

§ 3º - Constatada irregularidade no projeto, os prazos de correção e de emissão de parecer


conclusivo com deferimento ou indeferimento do processo passam a ser, respectivamente, os
dispostos nos §§ 5° e 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

§ 4º - Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o Alvará de Construção será concedido no prazo


previsto no § 1º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, observadas as condições previstas neste Decreto.

§ 5º - Caso haja alteração no projeto que implique prejuízo a seu enquadramento no disposto no art.
13 da Lei n° 9.725/09, serão cobrados os valores devidos por todo o processo de aprovação da
edificação antes da concessão da Certidão de Baixa de Construção.

§ 6º - O licenciamento simplificado de que trata esta Seção não desobriga o interessado do


cumprimento das normas pertinentes nem da responsabilidade penal e civil perante terceiros.

Art. 25 - Para fins da aplicação do disposto no § 4º do art. 13 da Lei n° 9.725/09, o interessado deverá
solicitar o projeto arquitetônico à SMARU por meio de formulário próprio.

§ 1º - O Executivo terá o prazo de 20 (vinte) dias para fornecer o projeto arquitetônico compatibilizado
com a situação topográfica do terreno em questão, acompanhado do respectivo Alvará de
Construção.

§ 2º - Na hipótese contida no § 4° do art. 13 da Lei nº 9.725/09, o responsável técnico pelo projeto


será o próprio Poder Executivo.

Seção III
Da Aprovação de Projeto

Art. 26 - A aplicação do art. 14 da Lei n° 9.725/09 observará o disposto nesta Seção.

Art. 27 - A solicitação para exame e aprovação de projetos de edificações ocorrerá junto à Central de
Atendimento da SMARU, mediante requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o
recolhimento prévio do preço público correspondente.

§ 1º - Os valores previstos para exame de projeto de edificação serão calculados considerando a área
da edificação a ser licenciada informada pelo responsável técnico.

§ 2º - Caso seja constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, o recebimento do
Alvará de Construção fica condicionado à quitação do valor complementar.

Art. 27 – A solicitação para licenciamento de projetos de edificações e para regularização de


edificações, ocorrerá por meio digital, conforme orientações contidas no Portal da PBH.

§ 1º – Os valores referentes ao licenciamento ou à regularização serão calculados considerando a


área bruta da edificação a ser licenciada ou regularizada informada pelo responsável técnico.

§ 2º – Caso seja constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, a conformidade
do Alvará de Construção fica condicionada à quitação do valor complementar.

§ 3º – Na hipótese da modalidade de Alvará na Hora, nos termos do § 11 do art. 28, caso seja
constatado, posteriormente, que a edificação possui área superior, o Alvará de Construção poderá ser
suspenso até a quitação do valor complementar.
Art. 27 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 13)

Art. 28 - O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos parâmetros que afetam a
paisagem urbana e a qualidade de vida da coletividade, em especial:
I - coeficiente de aproveitamento;
II - quota de terreno por unidade habitacional;
III - taxa de ocupação e de permeabilização;
IV - afastamento lateral, frontal e de fundos;
V - altura na divisa e da edificação;
VI - fosso de iluminação e ventilação;
VII - área de estacionamento;
VIII - circulação vertical e horizontal coletivas;
IX - pé-direito;
X - acessibilidade.

§ 1º - É responsabilidade dos responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e dirigentes técnicos


de obras a observância e o cumprimento das demais disposições relativas à edificação previstas nas
legislações federal, estadual e municipal.

§ 2º - A aprovação do projeto arquitetônico será concedida com base nos documentos que os
interessados apresentarem para exame e na responsabilidade assumida pelo profissional
responsável pelo projeto, perante o Poder Público e terceiros, pelo cumprimento da legislação vigente
e das demais normas complementares, mediante assinatura do Termo de Compromisso constante no
Anexo Único deste Decreto.

§ 3º - O Executivo poderá verificar, a qualquer momento, se os projetos aprovados atendem à


legislação vigente.

§ 4º - Caso o Poder Público constate divergência entre a legislação vigente, as responsabilidades


assumidas e as informações prestadas pelo responsável técnico, a administração deverá:
I - promover a revogação do Alvará de Construção;
II - indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal;
III - notificar o proprietário e o responsável técnico da revogação do Alvará de Construção;
IV - encaminhar denúncia ao CREA e à Procuradoria Geral do Município, se constatada a possível
prática de crime nos termos da legislação penal.

Art. 28 - O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos seguintes parâmetros:
I - coeficiente de aproveitamento;
II - taxa de ocupação e de permeabilização;
III - afastamento lateral, frontal e de fundos;
IV - altura na divisa;
V - acessibilidade, apenas em relação à rota acessível do logradouro ao interior da edificação;
VI - altimetria da aeronáutica, conforme regulamentação própria;
VII - parâmetros específicos das Áreas de Diretrizes Especiais – ADEs;
VIII - padronização de passeio público.
IV - altura máxima na divisa e da edificação;
Inciso IV com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)
V - acessibilidade;
Inciso V com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)
VI - fosso de iluminação e ventilação;
Inciso VI com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)
VII - área de estacionamento;
Inciso VII com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)
VIII - circulação horizontal e vertical coletivas;
Inciso VIII com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)
IX - pé direito;
Inciso IX acrescentado pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)
X - quota de terreno por unidade habitacional.
Inciso X acrescentado pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)

§ 1º - Para exame de atendimento ao parâmetro previsto no inciso I do caput deste artigo, deverão
ser apresentadas planilha e memória de cálculo com o perímetro das áreas, identificadas por
pavimento, sendo de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto a apresentação de
áreas e cálculos corretos, que não serão conferidos.
§ 1º - Para exame de atendimento ao parâmetro previsto no inciso I do caput deste artigo, deverão
ser apresentadas planilha e memória de cálculo com o perímetro das áreas, identificadas por
pavimento, sendo de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto a apresentação de
áreas e cálculos corretos.
§ 1º com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)

§ 2º - Para exame de atendimento ao parâmetro previsto no inciso II do caput deste artigo, deverá ser
apresentada memória de cálculo das áreas permeáveis e sua indicação na planilha de cálculo, sendo
de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto a apresentação de áreas e cálculos
corretos, que não serão conferidos.

§ 2º - Para exame de atendimento ao parâmetro previsto no inciso II do caput deste artigo, deverá ser
apresentada memória de cálculo das áreas permeáveis e sua indicação na planilha de cálculo, sendo
de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto a apresentação de áreas e cálculos
corretos.
§ 2º com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)

§ 3º - É de integral responsabilidade dos responsáveis técnicos pela elaboração de projetos e


dirigentes técnicos de obras a observância e o cumprimento das demais disposições relativas à
edificação previstas nas legislações federal, estadual e municipal.

§ 4º - A aprovação do projeto arquitetônico será concedida com base nos documentos que os
interessados apresentarem para exame e na responsabilidade assumida pelo profissional
responsável pelo projeto, perante o Poder Público e terceiros, mediante assinatura do Termo de
Compromisso constante no Anexo Único deste Decreto.

§ 5º - O Executivo poderá verificar, a qualquer momento, se os projetos aprovados atendem à


legislação vigente.

§ 6º - Caso o Poder Público constate divergência entre o projeto ou a obra em andamento e a


legislação vigente aplicável, a administração deverá suspender o Alvará de Construção e notificar o
responsável técnico, concedendo-lhe prazo de 30 (trinta) dias para apresentação de recurso.

§ 6º - Caso o Poder Público constate divergência entre o projeto ou a obra em andamento e a


legislação vigente aplicável, a administração deverá suspender o Alvará de Construção, se for o caso,
notificando o responsável técnico do projeto e o proprietário, concedendo-lhe prazo de 30 (trinta) dias
para apresentação de recurso ou correção das divergências notificadas.
§ 6º com redação dada pelo Decreto nº 16.589, de 3/3/2017 (Art. 1º)

§ 7º - Caso o recurso previsto no § 6º deste artigo não seja apresentado ou acatado, o Executivo
deverá:
I - promover a extinção do Alvará de Construção;
II - indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal;
III - notificar o proprietário e o responsável técnico da revogação do Alvará de Construção;
IV - encaminhar denúncia ao CREA ou ao CAU, conforme o caso, e, se constatada a possível prática
de crime nos termos da legislação penal, à Procuradoria-Geral do Município.

§ 8º - Fica o Município dispensado da análise dos parâmetros listados nos incisos I a VIII do caput
deste artigo, quando apresentado o Termo de Responsabilidade pelo Cumprimento da Legislação
Aplicável ao Projeto Arquitetônico, conforme modelo a ser disponibilizado pela SMARU, assinado pelo
responsável técnico pelo projeto e pelo proprietário.

§ 8º - Fica o Município dispensado da análise dos parâmetros listados nos incisos I ao X do caput
deste artigo, quando apresentado o Termo de Responsabilidade pelo Cumprimento da Legislação
Aplicável ao Projeto Arquitetônico, conforme modelo a ser disponibilizado pela SMARU, assinado pelo
responsável técnico pelo projeto e pelo proprietário.
§ 8º com redação dada pelo Decreto nº 16.592, de 17/3/2017 (Art. 1º)

§ 9º - Optando pela apresentação do termo como mencionado no § 8º deste artigo, o responsável


técnico pelo projeto fica obrigado a apresentar comunicação de início de obra, com pelo menos 24
(vinte e quatro) horas de antecedência, sob pena de suspensão do Alvará de Construção.
§ 9º – O Alvará de Construção emitido nos termos do § 8º tem prazo de validade iniciado a partir da
sua expedição, condicionada a eficácia do alvará à apresentação de comunicação de início de obra.
§ 9º com redação dada pelo Decreto nº 16.995, de 17/10/2018 (Art. 1º)

§ 9º-A - Caso a altimetria da edificação a ser licenciada ultrapasse os limites estabelecidos pelo
Ministério de Defesa para proteção de operações aéreas e havendo opção pela apresentação do
termo mencionado no § 8º deste artigo, a autorização para implantação da edificação expedida pelo
Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego – CINDACTA 1 – deverá ser
apresentada até a comunicação de início de obra prevista no § 9º deste artigo, sob pena de
suspensão do Alvará de Construção.
§ 9º-A acrescentado pelo Decreto nº 16.440, de 4/10/2016 (Art.1º)

§ 10 - A cada etapa da obra, o responsável técnico que optou, no momento em que protocolou o
projeto, pela apresentação do termo mencionado no § 8º deste artigo deverá solicitar vistoria de
acompanhamento de obra, sob pena de suspensão do Alvará de Construção.

§ 11 - Não apresentado o termo mencionado no § 8º deste artigo, o Município procederá com a


análise do projeto, como previsto no caput do art. 15 da Lei nº 9.725/09, examinando os parâmetros
listados nos incisos I a VIII do caput deste artigo.

§ 11 - Não apresentado o termo mencionado no § 8º deste artigo, o Município procederá com a


análise do projeto, como previsto no caput do art. 15 da Lei nº 9.725/09, examinando os parâmetros
listados nos incisos I ao X do caput deste artigo.
§ 11º com redação dada pelo Decreto nº 16.592, de 17/3/2017 (Art. 1º)

§ 12 - Nas aprovações em que houver apresentação do Termo de Responsabilidade pelo


Cumprimento da Legislação Aplicável ao Projeto Arquitetônico, a edificação não poderá ser
regularizada nos termos da Lei nº 9.074/05 ou de qualquer outra lei de anistia que venha a ser
publicada, e está sujeita às penalidades aplicáveis, inclusive ação demolitória, caso se constate
desconformidade em relação aos parâmetros previstos nos incisos do caput deste artigo ou a
qualquer outro parâmetro ou dispositivo legal previsto na legislação vigente.
Art. 28 com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 4º)

Art. 28 – O exame do projeto de edificação levará em conta a análise dos parâmetros urbanísticos
contidos no § 1º do art. 158 da Lei nº 11.181, de 2019, bem como:
I – o atendimento às normas de acessibilidade referentes aos elementos construtivos;
II – o fosso de iluminação e ventilação;
III – as circulações horizontal e vertical coletivas;
IV – o pé direito;
V – os instrumentos de política urbana utilizados para superação do coeficiente de aproveitamento.

§ 1º – Para análise de atendimento ao coeficiente de aproveitamento, deverão ser apresentadas


planilha e memória de cálculo, constando o perímetro das áreas, identificadas por pavimento,
conforme padrão de representação gráfica estabelecido por portaria expedida pelo órgão municipal
responsável pela política urbana, sendo de integral responsabilidade do responsável técnico pelo
projeto a apresentação de áreas e cálculos corretos.

§ 2º – Para análise da taxa de ocupação, da taxa de permeabilidade e dos dispositivos de controle de


drenagem, deverá ser apresentada memória de cálculo das áreas permeáveis e sua indicação na
planilha de cálculo, sendo de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto a
apresentação de áreas e cálculos corretos.

§ 3º – O nível de referência a ser adotado para determinar a altura máxima na divisa, conforme
parâmetro disposto na Tabela 5 do Anexo XII da Lei nº 11.181, de 2019, para terrenos com frente para
duas vias, deverá:
I – ocorrer seguindo as normas para aclive ou para declive, a critério do responsável técnico, nas
situações em que o lote vizinho também apresente frente para as mesmas duas vias;
II – variar seguindo a norma para aclive ou para declive, aplicando-se a cada trecho de divisa a regra
de altura máxima na divisa a qual o lote vizinho está sujeito, nas situações em que terrenos vizinhos
tenham frente para uma única via.
§ 4º – É de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto e do responsável técnico da
obra a observância e o cumprimento das demais disposições relativas à edificação previstas nas
legislações federal, estadual e municipal.

§ 5º – O licenciamento do projeto arquitetônico será concedido com base nos documentos


apresentados para exame e na responsabilidade técnica assumida pelo profissional responsável pelo
projeto, perante o Poder Executivo e terceiros, mediante assinatura de termo de responsabilidade.

§ 6º – O Poder Executivo poderá verificar, até a concessão da Certidão de Baixa de Construção, se


os projetos arquitetônicos que não passaram por exame atendem à legislação, sendo a análise
orientada pelos termos do caput, inclusive nos casos de Alvará na Hora, previsto no § 11.

§ 7º – Constatada divergência entre o projeto e a legislação aplicável, o Alvará de Construção poderá


ser suspenso, conforme a gravidade da divergência, e os responsáveis técnicos pelo projeto ou pela
obra e o responsável legal serão notificados para realizar as correções necessárias ou apresentar
recurso, no prazo de trinta dias, contados da notificação.

§ 8º – Na hipótese do § 7º, a apresentação de recurso interrompe o prazo para realização das


correções necessárias, recomeçando a contagem após a comunicação da decisão do recurso.

§ 9º – A cassação do Alvará de Construção poderá ser aplicada sem suspensão prévia, se


constatadas infrações a parâmetros urbanísticos no projeto arquitetônico ou na obra que indiquem
que o empreendimento é incompatível com a legislação urbanística aplicável.

§ 10 – Na hipótese em que não sejam realizadas as correções dentro do prazo previsto no § 7º, e
ressalvada a condição do § 8º, o órgão municipal responsável pela política de regulação urbana
deverá:
I – cassar o Alvará de Construção, com notificação dos responsáveis técnicos e do responsável legal;
II – indeferir o processo e encaminhar para ação fiscal;
III – encaminhar denúncia ao respectivo conselho de classe, se for o caso, para apuração de eventual
infração disciplinar;
IV – encaminhar informações à Procuradoria-Geral do Município, se for o caso, para apuração de
eventual responsabilidade administrativa, civil e criminal.

§ 11 – No licenciamento da edificação sob a modalidade de Alvará na Hora, o responsável técnico


assume a responsabilidade pelo cumprimento da legislação aplicável ao projeto, com ciência do
responsável legal, mediante assinatura de termos de compromisso e responsabilidade específicos,
hipótese na qual o órgão municipal responsável pela política urbana fica dispensado da análise dos
parâmetros listados no caput.

§ 12 – A cada etapa da obra, o responsável técnico pela execução da obra sob a modalidade Alvará
na Hora, nos termos do § 11, deverá solicitar vistoria de acompanhamento de obra, sob pena de
suspensão do Alvará de Construção.

§ 13 – O responsável técnico e o responsável legal de processos em andamento podem solicitar,


mediante apresentação de recurso, o licenciamento previsto no § 11.

§ 14 – A dispensa de análise de parâmetros a que se refere o § 11 se aplica somente à aprovação


inicial e à modificação de projeto de edificação cujo projeto inicial tenha sido licenciado conforme a
legislação vigente.
Art. 28 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 14)

Art. 28-A – O exame da modificação de projeto arquitetônico aprovado em legislação anterior a 5 de


fevereiro de 2020 e o exame da regularização de edificação que teve projeto aprovado e que faça jus
à aplicação da Lei nº 9.074, de 2005, em situações em que houver acréscimo de projeção, levará em
conta a análise dos parâmetros dispostos no art. 28, aplicando-se as seguintes regras diferenciadas
para o cumprimento da taxa de permeabilidade:
I – será exigido cumprimento da taxa de permeabilidade proporcional à área remanescente do terreno
quando houver acréscimo de projeção da edificação;
II – será admitida a realocação das áreas permeáveis sobre laje constantes do projeto aprovado,
desde que as novas áreas permeáveis atendam às seguintes condições:
a) sejam compostas de:
1 – substrato em camada de, no mínimo, 0,2m (zero vírgula dois metros) de espessura;
2 – camada, de no mínimo, 0,1m (zero vírgula um metro), bloqueadora da passagem de partículas ou
sedimentos;
3 – camada de drenagem;
4 – impermeabilização;
b) sejam vegetadas;
c) estejam apoiadas sobre estrutura projetada para suportá-las;
d) estejam conectadas a uma caixa de captação.

§ 1º – Nas situações previstas no caput em que for exigido cumprimento de taxa de permeabilidade
ou quando houver proposta de aumento de área permeável nas regularizações pela Lei nº 9.074, de
2005, aplica-se o parâmetro de arborização contido no Decreto nº 17.273, de 4 de fevereiro de 2020.

§ 2º – Para fins de aplicação do inciso I do caput, o cálculo da área remanescente será feito conforme
fórmula “AR = AT - (Aproj + Aperm)”, em que:
I – AR = área remanescente;
II – AT = área total do terreno contida no cadastro de planta – CP;
III – Aproj = área de projeção das edificações, conforme projeto aprovado;
IV – Aperm = área permeável, conforme projeto aprovado.

§ 3º – Não será admitida a realocação das áreas permeáveis sobre laje, prevista no inciso II do caput,
de áreas de uso comum para áreas privativas.

§ 4º – Nos casos de condomínios habitacionais de interesse social e de condomínios formados por


edificações verticais multifamiliares, nas situações em que:
I – não houver delimitação da unidade de terreno fisicamente determinada por unidade autônoma ou
que não seja possível inferir uma área permeável vinculada à unidade autônoma, a obrigatoriedade
da taxa de permeabilidade mínima, para fins de modificação de projeto arquitetônico ou de
regularização de edificação nas hipóteses do caput, equivalerá à projeção edilícia aumentada, sendo
a área permeável obrigatória igual à taxa de permeabilidade do terreno multiplicada pela área de
projeção edilícia acrescida;
II – houver delimitação da unidade de terreno fisicamente determinada por unidade autônoma ou que
houver delimitação que seja possível inferir estar o terreno vinculado à unidade autônoma, mesmo
sem delimitação física, a obrigatoriedade da taxa de permeabilidade mínima, para fins de modificação
de projeto arquitetônico ou de regularização de edificação nas hipóteses do caput, equivalerá à área
remanescente da unidade de terreno correspondente à unidade autônoma.

§ 5º – Aplica-se o disposto neste artigo aos postos de gasolina, sendo que, na hipótese de haver
compensação em valores, conforme estabelecido na Lei nº 9.074, de 2005, pelo cumprimento de taxa
de permeabilidade ou de caixa de captação referentes ao § 13 do art. 161 da Lei nº 11.181, de 2019,
o cálculo terá como base a taxa de permeabilidade referenciada na tabela 11 do Anexo XII da Lei nº
11.181, de 2019.
Art. 28-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 15)

Art. 28-B – A caixa de captação, quando obrigatória na modificação de projeto prevista no art. 90 do
Decreto nº 17.273, de 2020, terá o cálculo do volume baseado na área de impermeabilização do
terreno acarretada pela modificação, não podendo o volume da caixa de captação ser inferior a 1,0m³
(um metro cúbico).

Parágrafo único – A exigência de caixa de captação não se aplica aos empreendimentos ou à parte
do empreendimento com processos de regularização pela Lei nº 9.074, de 2005.
Art. 28-B acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 15)

Art. 28-C – O cálculo do coeficiente de aproveitamento, nos processos de regularização de edificação


e de modificação de projeto de edificação, será realizado a partir da diferença entre o coeficiente de
aproveitamento praticado e o coeficiente de aproveitamento básico, considerando os benefícios
urbanísticos constantes da tabela 7 do Anexo XII da Lei nº 11.181, de 2019.
Art. 28-C acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 15)

Art. 29 - O andamento do processo de aprovação de projeto deverá ser acompanhado pelo


responsável técnico e pelo proprietário pela Internet.

Parágrafo único - Será fornecido protocolo eletrônico no momento do recebimento da documentação,


que indicará o endereço eletrônico para o seu acompanhamento.
Art. 30 - A abertura de processo administrativo de análise de projeto de edificação é precedida do
exame do protocolo de documentação a ser efetuado no prazo máximo de 07 (sete) dias.

§ 1º - O prazo de 45 (quarenta e cinco) dias previsto no caput do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é contado
a partir da data do protocolo da documentação acatada.

§ 2º - O prazo de 45 dias, previsto no §1º deste artigo, poderá ser prorrogado por meio de Portaria ou
de despacho fundamentado do Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, quando ocorrer
superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação e impossibilitem seu cumprimento.

Art. 31 - O processo de obtenção de licença para a execução de obras públicas ou privadas de


edificações deverá ser instruído com a seguinte documentação:
I - projeto arquitetônico, nos termos do art. 14 deste Decreto;
II - documentos que atendam ao disposto na informação básica;
III - formulário de caracterização da edificação;
IV - termo unificado de compromisso;
V - levantamento planialtimétrico, quando se tratar de aprovação inicial;
V – levantamento planialtimétrico, nas hipóteses de aprovação inicial ou de modificação de projeto
com acréscimo na projeção da edificação;
Inciso V com redação dada pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 1º)
VI - termo de compromisso prestado pelo responsável técnico, nos termos do Anexo Único deste
Decreto.
VII - declaração firmada por responsável técnico de que o terreno possui condições geológicas e
geotécnicas de estabilidade e segurança, inclusive em relação aos terrenos vizinhos ou apresentação
de Anotação de Responsabilidade Técnica - ART de projeto geotécnico, bem como das obras que se
façam necessárias para a estabilização e segurança do terreno;
Inciso VII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º).
VIII - compromisso firmado pelo proprietário do imóvel e por responsável técnico de que a obra
somente será iniciada após a realização das obras que visam a solucionar as condições de risco
apontadas no projeto geotécnico.
Inciso VIII acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º).
IX - planilha e memória de cálculo com o perímetro das áreas brutas;
Inciso IX acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 5º)
X - memória de cálculo das áreas permeáveis e sua indicação na planilha de cálculo;
Inciso X acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 5º)
XI - Anotação de Responsabilidade Técnica – ART ou Registro de Responsabilidade Técnica – RRT
de projeto arquitetônico, no caso do licenciamento a que se refere o § 8º do art. 28 deste Decreto;
Inciso XI acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 5º)
XII - Termo de Responsabilidade pelo Cumprimento da Legislação Aplicável ao Projeto Arquitetônico,
no caso do licenciamento a que se refere o § 8º do art. 28 deste Decreto.
Inciso XII acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 5º)

Parágrafo único - Sem prejuízo das demais penalidades previstas no Código de Edificações, a
prestação de informações inverídicas acarretará:
I - o indeferimento ou invalidação do Alvará de Construção, conforme o caso;
II - a instauração de ação fiscal para aplicação das penalidades administrativas cabíveis;
III - o encaminhamento de denúncia ao respectivo conselho de classe para apuração de infração
disciplinar;
IV - submissão do ocorrido à Procuradoria-Geral do Município para apuração da responsabilidade
administrativa, civil e criminal.
Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 14.873, de 28/3/2012 (Art. 2º).

Art. 31 – A documentação para solicitação de licença de execução de obras públicas ou privadas de


edificações e de regularização de edificações estará prevista em portaria expedida pelo órgão
municipal responsável pela política urbana e detalhada no Portal de Serviços da PBH.

§ 1º – Sem prejuízo das penalidades previstas na Lei nº 9.725, de 2009, a prestação de informações
inverídicas acarretará:
I – a não abertura do processo administrativo;
II – se já aberto processo administrativo, seu indeferimento com a consequente suspensão ou
cassação do Alvará de Construção;
III – instauração de ação fiscal para aplicação das penalidades administrativas cabíveis;
IV – encaminhamento de denúncia ao respectivo conselho de classe, se for o caso, para apuração de
eventual infração disciplinar;
V – encaminhamento de informações à Procuradoria-Geral do Município, se for o caso, para
apuração de eventual responsabilidade administrativa, civil e criminal.

§ 2º – A ART ou o RRT referente ao projeto arquitetônico contemplará a responsabilidade pelo


atendimento às regras de acessibilidade previstas em legislação e em normas técnicas pertinentes,
em conformidade com o § 1º do art. 56 da Lei Federal nº 13.146, de 6 de julho de 2015.
Art. 31 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 16)

Art. 31-A – O processo de regularização de edificações deverá ser instruído com a seguinte
documentação:
I – levantamento da edificação, nos termos do art. 14;
II – relatório fotográfico, conforme padrão definido pela Secretaria Municipal de Política Urbana –
SMPU;
III – documentos que atendam ao disposto na informação básica;
IV – termo unificado de compromisso firmado pelo proprietário;
V – termo de compromisso firmado pelo responsável técnico, nos termos do Anexo Único;
VI – levantamento planialtimétrico ou levantamento aerofotogramétrico da Prodabel;
VII – planilha e memória de cálculo com o perímetro das áreas brutas;
VIII – memória de cálculo das áreas permeáveis e sua indicação na planilha de cálculo;
IX – memória de cálculo, nos casos de enquadramento, das infrações referenciadas nos arts. 21, 22,
23 e 24 da Lei nº 9.074, de 18 de janeiro de 2005.

Parágrafo único – Aplica-se aos processos de regularização de edificações o disposto no parágrafo


único do art. 31.
Art. 31-A acrescentado pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 2º)

Art. 31-A – A apresentação do comunicado de início de obra a que se refere o § 4º do art. 18 da Lei nº
9.725, de 2009, deverá ocorrer de forma digital, pelo menos vinte e quatro horas antes do início da
obra, mediante apresentação da documentação prevista em portaria expedida pelo órgão municipal
responsável pela política urbana e detalhada no Portal de Serviços da PBH.
Art. 31-A com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 17)

Art. 32 - Constatado o não atendimento ao disposto no art. 31 deste Decreto, o protocolo será
indeferido e instruído com o respectivo relatório das pendências.

Art. 32 – Constatado o não atendimento ao disposto nos arts. 31 e 31-A, o protocolo será indeferido e
instruído com o respectivo relatório das pendências.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 3º)

Art. 32 – Constatado o não atendimento ao disposto no art. 31, o protocolo será indeferido e instruído
com o respectivo relatório das pendências.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 18)

§ 1º - O proprietário e o responsável técnico deverão ser comunicados do indeferimento por meio do


protocolo eletrônico de que trata o parágrafo único do art. 29 deste Decreto.
§1º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 2º - A documentação ficará disponível na Central de Atendimento por 10 (dez) dias, sendo


eliminada após o decurso deste prazo.
§2º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 33 - Qualquer manifestação dos órgãos e unidades da Administração Direta e Indireta do


Município quanto a definições que interfiram na aprovação do projeto, conforme previsto no § 3° do
art. 15 da Lei n° 9.725/09, será realizada sob coordenação da SMARU.

§ 1º - A análise citada no caput deste artigo não poderá ser realizada isoladamente por cada órgão da
Administração Direta e Indireta.

§ 2º - A análise conjunta do projeto de edificação e a definição de diretrizes com os demais órgãos


municipais deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias, contados a partir da data do protocolo
da documentação acatada.
§ 3º- A SMARU convocará reuniões para deliberações dos órgãos competentes para o licenciamento
de cada projeto de edificação.

§ 4º - A não manifestação dos órgãos competentes no prazo previsto no § 2º deste artigo implicará
anuência destes em relação ao projeto de edificação apresentado, nos limites das competências
legais de cada órgão.

§ 5º - Configurada a hipótese do parágrafo anterior, a SMARU notificará o órgão sobre a aprovação


do projeto de edificação.

§ 6º - Fica vedado o envio do processo de licenciamento a órgãos da Administração Pública, quando


não houver previsão expressa na legislação municipal.

§ 7º - O disposto nos §§ 1º a 5º deste artigo não se aplica aos projetos para os quais haja previsão
legal de manifestação dos conselhos municipais, a teor do disposto no § 12 do art. 15 da Lei n°
9.725/09.

Art. 33 – No processo de licenciamento ou de regularização de edificação e no processo de


licenciamento de obras complementares, quando necessária a manifestação de outros órgãos e
entidades do Poder Executivo, o órgão municipal responsável pela política urbana os consultará via
procedimento de interface, conforme previsto no § 3º do art. 15 da Lei nº 9.725, de 2009.

§ 1º – As consultas serão realizadas digitalmente por procedimento de interface, conforme portaria


específica.

§ 2º – O órgão ou a entidade consultada terá o prazo de quinze dias para responder à consulta de
interface.

§ 3º – A não manifestação dos órgãos, no prazo previsto no § 2º, implicará anuência em relação ao
objeto da consulta de interface.

§ 4º – O órgão ou a entidade que não se manifestar será notificado sobre a continuidade da


tramitação do processo.

§ 5º – O disposto nos §§ 2º a 4º não se aplica aos projetos para os quais haja previsão legal de
manifestação dos conselhos municipais, a teor do disposto no § 12 do art. 15 da Lei nº 9.725, de
2009.

§ 6º – Na hipótese em que regulamentações publicadas pelo Poder Executivo ou em que


deliberações de conselhos de políticas públicas exigirem a expedição de diretrizes de ocupação que
impactem sobremaneira o desenvolvimento de projeto para licenciamento ou para regularização,
deverá ser realizada avaliação pelos órgãos do Poder Executivo previamente ao protocolo no órgão
municipal responsável pela política de regulação urbana, conforme portaria específica.

§ 7º – Configurado o protocolo prévio de projeto para licenciamento ou regularização de edificação


em órgão do Poder Executivo que não seja o órgão municipal responsável pela política de regulação
urbana, caberá apenas a complementação de documentação para a regularização de edificação ou
para a emissão de Alvará de Construção, de licenças complementares ou de Certidão de Baixa de
Construção.
Art. 33 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 19)

Art. 34 - O prazo de 30 (trinta) dias previsto no § 5º do art. 15 da Lei n° 9.725/09 é improrrogável e


será contado a partir do recebimento pelo responsável técnico de comunicação por escrito relativa às
normas infringidas e aos erros técnicos cometidos na elaboração do projeto.

Parágrafo único – O responsável técnico terá o prazo de 30 (trinta) dias, contados de sua intimação,
para corrigir o projeto, sendo que o não atendimento desse prazo implica o indeferimento do projeto.

Art. 35 - O prazo de 25 (vinte e cinco) dias previsto no § 6º do art. 15 da Lei n° 9.725/09 será contado
a partir da data de apresentação do projeto corrigido na Central de Atendimento.
Art. 35 – O prazo de vinte e cinco dias previsto no § 6º do art. 15 da Lei nº 9.725, de 2009, será
contado a partir da data de quitação dos valores devidos após o protocolo do projeto corrigido por
meio digital.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 20)

§ 1º - A apresentação de projeto diverso do anteriormente examinado implicará o indeferimento do


processo.

§ 2º - Entende-se por diverso o projeto que apresenta alterações que descaracterizem o projeto
analisado, implicando nova análise e não apenas a verificação das correções anteriormente exigidas.

§ 3º - Após o segundo exame do projeto de edificação, o responsável técnico e o proprietário


receberão a comunicação de aprovação do projeto de edificação ou de indeferimento do processo de
licenciamento.

§ 4º – Após o segundo exame, havendo pendências de pequena complexidade, poderá ser admitida,
excepcionalmente, apresentação do projeto corrigido de licenciamento ou de regularização de
edificação, bem como de obras complementares e dos demais documentos pertinentes.
§4º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 20)

Art. 36 - O prazo para interposição de recurso contra o indeferimento de processo de licenciamento


será de 10 (dez) dias improrrogáveis contados da intimação do responsável técnico.

Art. 37 - Na hipótese prevista no § 7º do art. 15 da Lei n° 9.725/09, a notificação deverá ser feita ao
Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana.

Art. 37 – Na hipótese prevista no § 7º do art. 15 da Lei nº 9.725, de 2009, a notificação deverá ser
feita ao dirigente máximo do órgão municipal responsável pela política de regulação urbana.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 21)

§ 1º - O requerente deverá protocolar a notificação na SMARU, recebendo documento comprobatório


de sua entrega.
§1º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 2º - Na hipótese do decurso do prazo previsto no §7º do art. 15 da Lei nº 9.725/09 sem que haja
manifestação do Secretário, a obra referente ao projeto de edificação em análise poderá ser iniciada,
desde que atendidas, cumulativamente, às seguintes condições:
I - observância ao disposto no § 9º do art. 15 da Lei nº 9.725/09;
II - manutenção de cópia do protocolo da notificação de que trata o §1º deste artigo na obra, para fins
de comprovação do direito ao início da mesma sem a aprovação do projeto;
III - assinatura do Termo de Compromisso a que se refere o Anexo Único deste Decreto.
III – assinatura do termo de compromisso.
Inciso III com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 21)

Art. 38 - A apuração da responsabilidade pelo descumprimento dos prazos previstos no art. 15 da Lei
n° 9.725/09 deverá seguir os seguintes procedimentos:
I - elaboração de relatório que considere o andamento do processo desde o protocolo de documentos
e justifique, quando for o caso, o descumprimento do prazo, devidamente assinado pelo servidor
responsável pelo exame do projeto;
II - manifestação do superior imediato em relação à inadimplência do técnico.

Parágrafo único - O referido relatório poderá subsidiar a decisão do Secretário Municipal Adjunto de
Regulação Urbana quanto à prorrogação do prazo prevista no § 2º do art. 15 da Lei n° 9.725/09,
desde que, cumulativamente:
I - se comprove a superveniência de fatores que justifiquem a prorrogação do prazo e pelos quais
fique caracterizada a impossibilidade de cumprimento dos prazos legais pelo servidor responsável
pelo exame do projeto de edificação;
II - o descumprimento dos prazos não tenha ocorrido em função de faltas cometidas pelo proprietário
ou pelo responsável técnico, hipótese em que a prorrogação deverá ser negada.

Art. 39 - Não havendo pendências, o projeto de edificação será aprovado e o Alvará de Construção
será emitido.
Art. 40 - A SMARU deverá garantir o cumprimento dos prazos para resposta ao munícipe em relação
ao exame do projeto, independentemente da omissão do servidor responsável pelo exame do
mesmo.

Art. 41 - O Secretário Municipal Adjunto de Regulação Urbana, mediante despacho fundamentado,


poderá determinar a substituição do servidor responsável pelo exame do projeto, conforme previsto
no § 11 do art. 15 da Lei n° 9.725/09.

Art. 42 - Constatada, a qualquer tempo, a necessidade de manifestação dos conselhos municipais,


em processo de licenciamento em curso na SMARU, os prazos ficarão suspensos durante a análise
dos conselhos.

Art. 43 - A manifestação dos conselhos municipais deverá ocorrer no prazo de 30 (trinta) dias,
prorrogáveis, justificadamente, por igual prazo.
Art. 43 revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 44 - A aplicação do art. 16 da Lei n° 9.725/09 observará, para o cálculo do coeficiente de


aproveitamento e da taxa de permeabilidade, a área do terreno constante na planta de parcelamento
aprovada, conforme indicada nas Informações Básicas.

Art. 44 – Na aplicação do art. 16 da Lei nº 9.725, de 2009, será observada, para o cálculo do
potencial construtivo, da taxa de ocupação, da quota de terreno por unidade habitacional e da taxa de
permeabilidade, a área constante da planta de parcelamento aprovada, conforme Cadastro de
Plantas – CP.

Parágrafo único – Para aplicação dos demais parâmetros urbanísticos, prevalecerão as dimensões
reais do terreno, quando elas forem inferiores às constantes no CP
Art. 44 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 22)

Art. 45 - Para efeito do disposto no § 3º do art. 16 da Lei n° 9.725/09, entende-se por divisa
consolidada aquela delimitadora de lote ocupado e aprovado por CP.

Art. 45-A - Aos lotes de quarteirões com dimensões inferiores às aprovadas, desde que seja o
sistema viário preservado, aplicar-se-ão as regras do art. 16 da Lei nº 9.725/09, sem a
obrigatoriedade da realização de modificação do parcelamento do solo anteriormente à aprovação da
edificação.

§ 1º - Por sistema viário preservado entende-se aquele que não sofreu alteração relativa à largura ou
ao traçado após sua aprovação e implantação.

§ 2º - A dispensa de modificação do parcelamento do solo prevista no caput deste artigo tem a única
finalidade de viabilizar o licenciamento da edificação e não implica regularização do lote.
Art. 45-A acrescentado pelo Decreto nº16.278, de 5/4/2016 (Art. 6º)

Art. 45-B - Os projetos de edificação em lotes com dimensões reais superiores às da planta de
parcelamento podem ser aprovados sem necessidade de regularização do parcelamento do solo,
desde que o sistema viário seja preservado e o projeto respeite as dimensões do lote aprovado em
planta de parcelamento do solo.

Parágrafo único - No caso previsto no caput deste artigo, a aprovação de projeto de edificação que
inclua as dimensões superiores às da planta de parcelamento depende de prévia regularização do
parcelamento do solo.
Art. 45-B acrescentado pelo Decreto nº16.278, de 5/4/2016 (Art. 6º)

Art. 45-B – Os projetos de edificação em lotes com dimensões reais superiores às constantes no CP
podem ser aprovados sem necessidade de regularização do parcelamento do solo, desde que:
I – o sistema viário e as áreas remanescentes da implantação do sistema viário sejam preservados;
II – os parâmetros urbanísticos previstos no caput do art. 28 sejam respeitados dentro das divisas do
lote CP ou do lote real, de acordo com a situação mais restritiva.

§ 1º – Quando a divergência na divisa entre o terreno real e o terreno constante no CP for superior a
1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) e considerada para atendimento dos parâmetros
urbanísticos, deverá ser apresentada a anuência dos proprietários identificados em matrículas de
terrenos vizinhos laterais e de fundos onde ocorra a divergência, em formulário próprio, protocolado
quando da solicitação de licenciamento do projeto de edificação.

§ 2º – Para aprovação dos projetos nas situações enquadradas neste artigo, deverá ser disposta nota
no selo do projeto na qual o proprietário reconhece e declara que o Poder Executivo está isento de
responsabilidade perante terceiros.
Art. 45-B com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 23)

Art. 45-C - A aprovação de projetos de edificação em lotes afetados por via que sofreu alteração em
sua largura ou traçado e em lotes oriundos de desapropriação deve ser precedida da regularização
do parcelamento do solo.”. (NR)
Art. 45-C acrescentado pelo Decreto nº16.278, de 5/4/2016 (Art. 6º)

Art. 45-D – A regularização de edificação em lote com dimensões reais divergentes das dimensões da
planta de parcelamento aprovada, conforme CP, pode ser realizada sem necessidade de
regularização do parcelamento do solo, desde que:
I – o sistema viário e as áreas remanescentes da implantação do sistema viário sejam preservados;
II – os parâmetros urbanísticos previstos no caput do art. 28 sejam respeitados dentro das divisas do
lote CP ou real, de acordo com a situação mais restritiva.

§ 1º – Quando a divergência na divisa entre o terreno real e o terreno constante no CP for superior a
1,50m (um metro e cinquenta centímetros) e considerada para atendimento dos parâmetros
urbanísticos, deverá ser apresentada a anuência dos proprietários identificados em matrículas de
terrenos vizinhos laterais e de fundos onde ocorra a divergência, em formulário próprio, protocolado
quando da solicitação de regularização da edificação.

§ 2º – Para regularização das edificações nas situações enquadradas neste artigo, deverá ser
disposta nota no selo do projeto na qual o proprietário reconhece e declara que o Poder Executivo
está isento de responsabilidade perante terceiros.
Art. 45-D acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 24)

Art. 46 - A responsabilidade do Município restringe-se à avaliação da regularidade técnica e


urbanística do lote ou conjunto de lotes face às normas legais aplicáveis, não cabendo o exame da
regularidade dominial ou possessória dos mesmos.

§ 1º- O Município de Belo Horizonte não responderá a questionamentos de munícipes relativos à


regularidade dos direitos de posse, domínio ou quaisquer outros sobre lotes ou conjunto de lotes.

§ 2º- O responsável técnico e o proprietário são responsáveis pelas dimensões dos lotes no qual se
situa o projeto de edificação a ser aprovado, cabendo aos mesmos responder por invasão do
logradouro público ou à propriedade de terceiros.

Seção IV
Do Alvará de Construção

Art. 47 - O proprietário ou o responsável técnico poderá solicitar por escrito, na Central de


Atendimento, a Certidão de Aprovação de Projeto de Edificação, que será emitida no prazo máximo
de 05 (cinco) dias, nos termos do § 1º art. 18 da Lei n° 9.725/09.
Art. 47 revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 48 - A entrega do Alvará de Construção fica condicionada:


I - ao recolhimento dos valores referentes à fiscalização de obras;
II - à quitação do preço público complementar relativo ao exame de projeto de edificação, na hipótese
de a edificação possuir área superior àquela declarada quando da apresentação do projeto de
edificação para aprovação;
III - à emissão das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09, caso tenha sido feita a
opção pelo Alvará de Construção Consolidado, conforme a legislação em vigor.
Inciso III revogado pelo Decreto nº 17.724, de 4/2/2020 (Art. 23, I)
Art. 48 revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 49 - O proprietário poderá optar pela inclusão das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei
n° 9.725/09, no Alvará de Construção.
§ 1º - A opção pela inclusão ou não das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09
deverá ser feita no formulário próprio para abertura do processo de aprovação de projeto.

§ 2º - Na hipótese de se optar pela inclusão das autorizações no Alvará de Construção, a SMARU


será responsável por proceder aos licenciamentos solicitados junto aos órgãos municipais
competentes.

§ 3º - Na hipótese de não inclusão das autorizações no Alvará de Construção, essas deverão ser
solicitadas à respectiva Secretaria Municipal de Administração Regional.

§ 4º - Na hipótese contida no § 3° deste artigo, os valores serão cobrados no momento da solicitação


de cada autorização pelo órgão municipal competente.

§ 5º - Nos casos previstos no § 3° deste artigo, os órgãos municipais competentes deverão comunicar
à SMARU as autorizações concedidas.
Art. 49 revogado pelo Decreto nº 17.724, de 4/2/2020 (Art. 23, I)

Art. 50 - A cassação das autorizações previstas no § 2º do art. 18 da Lei n° 9.725/09 não implicará a
cassação do Alvará de Construção, salvo quando houver previsão legal.
Art. 50 revogado pelo Decreto nº 17.724, de 4/2/2020 (Art. 23, I)

Art. 51 - O impedimento de que trata o §1º do art. 19 da Lei nº 9.725/09 deverá ser imediatamente
comunicado à SMARU, que avaliará a suspensão do prazo de validade do Alvará de Construção.

Art. 52 - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09 será


realizada mediante requerimento e após verificação do estágio da obra pela SMARU.

§ 1º - A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09 deverá ser


solicitada à SMARU até a data de vencimento do mesmo, mediante requerimento próprio.

§ 1º – A revalidação do Alvará de Construção ocorrerá mediante requerimento à Subsecretaria de


Regulação Urbana e, ainda que solicitada após o término da vigência do alvará anterior, terá como
data de início de sua validade o dia seguinte ao seu vencimento.
§ 1º com redação dada pelo Decreto nº 17.124, de 30/5/2019 (art. 1º)

§ 2º - O requerente receberá cópia do protocolo da solicitação de revalidação do Alvará de


Construção, que deverá ser mantida na obra.

§ 3º - O Executivo terá 15 (quinze) dias para efetuar a vistoria da obra e se manifestar sobre a
revalidação do Alvará de Construção.

§ 3º – O Poder Executivo terá trinta dias para manifestar sobre a revalidação do Alvará de
Construção, contados a partir da data do requerimento, ficando facultado o agendamento de vistoria,
no prazo de quinze dias.
§ 3º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 25)

§ 4º - Decorrido o prazo de validade do Alvará de Construção, sem solicitação de sua revalidação, a


referida licença caducará, cabendo ao proprietário da obra solicitar nova aprovação do projeto
conforme a legislação vigente.
§ 4º revogado pelo Decreto nº 17.124, de 30/5/2019 (art. 4º, II)

§ 5º – Para concessão da Certidão de Baixa de Construção, o atendimento às normas técnicas de


acessibilidade, nos termos do § 2º do art. 60 da Lei Federal nº 13.146, de 2015, deverá ser
comprovado por meio de protocolo de as built ou projeto de modificação, seguido de realização de
vistoria.
§ 5º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 25)

Art. 53 - Na hipótese do inciso II do § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09, a renovação do Alvará de


Construção fica condicionada:
I - à análise do projeto, nos termos da legislação vigente;
II - ao relatório da vistoria, com descrição detalhada da fase da obra, especialmente no que diz
respeito à estrutura da edificação.
II – ao relatório fotográfico ou ao relatório da vistoria, com descrição da fase da obra, especialmente
no que diz respeito à estrutura da edificação.
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 26)

§ 1º - No caso de obra em que a estrutura não esteja totalmente concluída e não atenda a legislação
vigente, a solicitação de renovação de alvará será indeferida e o proprietário deverá ser notificado a
solicitar aprovação de projeto de modificação de edificação, nos termos da legislação vigente.

§ 2º - A solicitação de aprovação de modificação de projeto deverá ser efetuada na SMARU e deverá


ser analisada e aprovada segundo procedimentos fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n°
9.725/09 e neste Regulamento.
§2º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 3º - A não apresentação do projeto de modificação da edificação para aprovação no prazo máximo


de 30 (trinta) dias contado da notificação implicará o encaminhamento do processo para ação fiscal e
imediato embargo da obra até sua regularização.

Art. 53-A – A revalidação do Alvará de Construção prevista no § 3º-A do art. 19 da Lei nº 9.725, de
2009, será realizada mediante requerimento e fica condicionada ao relatório fotográfico ou ao relatório
da vistoria, com descrição da fase da obra, especialmente no que diz respeito ao estágio da estrutura
da edificação, se houver.
Art. 53-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 27)

Art. 54 - O Alvará de Construção poderá ser cancelado mediante solicitação expressa do proprietário
feita à SMARU.

Parágrafo único - Cancelado o Alvará de Construção, a Secretaria Municipal de Administração


Regional deverá ser comunicada pela SMARU para início da ação fiscal.
Parágrafo único revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 55 - Para fins do disposto no art. 20 da Lei n° 9.725/09, entende-se por substituição a aprovação
de novo projeto de edificação que apresente alteração relativa aos parâmetros urbanísticos incluídos
na Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo.

Parágrafo único - Ocorrendo a hipótese do inciso II do § 2º do art. 19 da Lei n° 9.725/09, deverá ser
aberto novo processo a ser analisado pela legislação vigente, sendo vedada, nesse caso, a
substituição de projeto de edificação.

Art. 55 - Configuram-se modificação de projeto as seguintes alterações:


I - alteração dos níveis de implantação da edificação;
II - alteração das áreas destinadas ao estacionamento de veículos;
II – alteração das áreas não computadas para cálculo de área líquida;
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)
III - alteração da área permeável que compõe a Taxa de Permeabilidade mínima;
III – alteração da área permeável que compõe a Taxa de Permeabilidade mínima ou da localização
dessa área;
Inciso III com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)
IV - acréscimo ou decréscimo de área construída;
V - alteração das áreas enquadradas nos incisos IV ao XIII do art. 46 da Lei nº 7.166/96;
V – alteração das soluções projetuais de gentileza urbana;
Inciso V com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)
VI - alteração da locação de qualquer bloco integrante do projeto;
VII - alteração do uso da edificação.
VIII – alteração nos dispositivos para controle de drenagem.
Inciso VIII acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)

§ 1º - A modificação de projeto não implica o cancelamento do Alvará de Construção e não requer


abertura de novo processo.

§ 2º - A modificação de projeto somente será aprovada nos casos em que o Alvará de Construção
esteja em vigor ou houver Baixa de Construção da Edificação.

§ 3º - Havendo solicitação de modificação de projeto com alteração de parâmetro urbanístico, cada


parâmetro deverá ser aprovado nos termos da legislação vigente.
§ 4º - Em caso de solicitação de modificação de projeto concomitante com a renovação de alvará
prevista no inciso II do § 2º do art. 19 da Lei nº 9.725/09, serão observados os parâmetros
urbanísticos constantes da legislação em vigor para aprovação da parte referente à construção de
área sem estrutura concluída.
Art. 55 com redação dada pelo Decreto nº 14.508, de 26/7/2011 (Art. 1º)

§ 4º – Os parâmetros urbanísticos que se referem à totalidade do terreno e da edificação serão


recalculados, não sendo possível calcular isoladamente para a parte objeto de modificação, à
exceção da Taxa de Permeabilidade.
§4º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)

§ 5º – O técnico responsável pelo exame da modificação de projeto se aterá à semelhança com o


partido arquitetônico do projeto aprovado ou com a Certidão de Baixa de Construção e a proposta
apresentada como modificação, observando, para descartar a hipótese de novo licenciamento, as
seguintes características:
I – parâmetros urbanísticos;
II – finalidade;
III – porte do empreendimento;
IV – volumetria;
V– escolha estrutural geral.
§5º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)

§ 6º – Havendo dúvida no enquadramento de um projeto como modificação da edificação na hipótese


do § 5º, tal enquadramento deverá ser avaliado por câmara técnica ou junta de recursos.
§6º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 28)

Art. 55-A – Independe de licenciamento para obtenção de Alvará de Construção o projeto de


modificação de edificação que contemple alteração na disposição dos compartimentos relativos à
área interna das unidades autônomas, desde que a área total das unidades autônomas e os
parâmetros urbanísticos em relação ao projeto aprovado não sejam alterados.

Parágrafo único – Excetuam-se do disposto no caput os projetos de modificação de edificação sem


alteração de parâmetro urbanístico em imóveis de interesse cultural ou inseridos em conjuntos
urbanos protegidos, hipótese em que serão tratados como reformas, de acordo com o previsto no § 1º
do art. 12 da Lei nº 9.725, de 2009, e seguirão procedimento contido em portaria expedida pelo órgão
municipal responsável pela política urbana e pelo órgão responsável pela política de proteção cultural.
Art. 55-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 29)

Art. 56 - A aprovação de modificação de projeto referente a obra cujo Alvará de Construção esteja em
vigor, não alterará o prazo de validade do mesmo.

Art. 56 – A aprovação de modificação de projeto referente à obra cujo Alvará de Construção esteja em
vigor, não alterará o prazo de validade do alvará.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 30)

Parágrafo único - Não se configura como modificação de projeto de edificação as alterações que
abranjam somente a modificação da disposição dos compartimentos relativos à área interna da
unidade autônoma tipo, desde que não haja alteração dos seguintes parâmetros constantes do
projeto de edificação aprovado:
I - área total da unidade autônoma tipo;
II - disposição e dimensões dos vãos de ventilação e iluminação;
III - pé-direito.

Seção V
Da Regularização

Art. 57 - A solicitação de exame para regularização de edificações ocorrerá na SMARU, mediante


requerimento próprio, devidamente instruído e comprovado o recolhimento prévio do preço público
previsto para exame de projetos de edificações, vistoria e multa pela construção sem o devido
licenciamento.
§ 1º - O responsável técnico deverá declarar, no momento do protocolo da documentação para
exame, o enquadramento da edificação para exame nas diretrizes da legislação vigente, nos termos
do caput do art. 21 da Lei n° 9.725/09, ou nos critérios da Lei n° 9.074/05, nos termos do § 1° do
mesmo artigo.

§ 2º- A abertura do processo de regularização de edificação obedece aos procedimentos


estabelecidos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto.

§ 3º- Acatada a documentação, será aberto o processo administrativo e será agendada vistoria com
comunicação ao responsável técnico por meio eletrônico, em até 05 (cinco) dias.

§ 3º – Acatada a documentação, será aberto processo administrativo e agendado o exame do


levantamento da edificação, com comunicação eletrônica ao responsável técnico, em até quinze dias.
§ 3º com redação dada pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 4º)

§ 4º - A vistoria deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias contados a partir da data de
protocolo.
§ 4º revogado pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 7º)

§ 5º - Os valores previstos no caput serão calculados considerando a área da edificação a ser


licenciada informada pelo responsável técnico.

§ 6º- Após a vistoria, comprovado o enquadramento da edificação nos critérios da Lei n° 9.074/05, o
processo de regularização seguirá as definições contidas na referida lei.

§ 6º – Aprovado o levantamento, será agendada vistoria para verificação da sua conformidade com a
edificação.
§ 6º com redação dada pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 4º)

§ 7º - Constatado que a edificação possui área superior à declarada, a concessão da Certidão de


Baixa de Construção fica condicionada à quitação do preço público correspondente.

§ 7º – Constatada a existência de divergência entre a edificação e o levantamento aprovado, a


concessão da Certidão de Baixa de Construção será negada, decorrendo de tal ato, alternativamente:
I – o indeferimento da solicitação;
II – a possibilidade de correção do levantamento por meio do procedimento de ajuste de
levantamento, cujas hipóteses de aplicação serão estabelecidas em portaria da Secretaria Municipal
de Política Urbana – SMPU.
§ 7º com redação dada pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 4º)

§ 8º – A concessão da Certidão de Baixa de Construção é condicionada ao pagamento integral dos


valores previstos na Lei nº 9.074, de 2005, de taxas e à resolução de pendências da obra.
§ 8º acrescentado pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 4º)

§ 9º – Transcorridos doze meses da aprovação da regularização sem que o pagamento dos valores
devidos tenha sido iniciado ou que as pendências da obra tenham sido sanadas, o processo de
regularização será indeferido.
§ 9º acrescentado pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 4º)

§ 10 – Constatada a impossibilidade de regularização da edificação nos termos da Lei nº 9.074, de


2005, o responsável técnico será notificado para apresentar, em até trinta dias, projeto de adequação
da edificação à legislação vigente, sob pena de indeferimento do processo.
§ 10 acrescentado pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 4º)

Art. 57 – A solicitação de exame para regularização de edificações ocorrerá em conformidade com o


art. 27 e mediante pagamento de preço público e de taxas previstos para exame e vistoria e de
valores devidos pela construção irregular, bem como mediante assinatura de termo de conduta
urbanística, se for o caso.

§ 1º – O responsável técnico deverá declarar, no momento do protocolo da documentação, se o


exame quanto à regularidade da edificação ocorrerá sob os critérios da legislação vigente, nos termos
do caput do art. 21 da Lei nº 9.725, de 2009, ou sob os critérios da Lei nº 9.074, de 2005.
§ 2º – No caso da edificação em processo de regularização ter tido projeto licenciado pelo Poder
Executivo, os parâmetros urbanísticos da edificação existente contidos no projeto aprovado poderão
ser mantidos e serão considerados para o cálculo das infrações, não havendo cobrança de valores
sobre o que houve aprovação.

§ 3º – O processo de regularização de edificação obedecerá ao disposto na Seção III do Capítulo IV,


no que se refere à forma de exame, aos prazos e procedimentos, não cabendo a modalidade de
Alvará na Hora, e sendo a concessão de Alvará de Construção realizada em função da complexidade
de obras necessárias à adequação quanto a parâmetros urbanísticos, conforme portaria específica do
órgão municipal responsável pela política urbana.

§ 4º – Constatada, na etapa de exame, a impossibilidade de regularização da edificação nos termos


da Lei nº 9.074, de 2005, o responsável técnico será notificado para apresentar, em até trinta dias,
projeto de adequação da edificação à legislação vigente, sob pena de indeferimento do processo.

§ 5º – É de integral responsabilidade do responsável técnico pelo projeto e pela obra a observância e


o cumprimento das demais disposições relativas à edificação previstas nas legislações federal,
estadual e municipal.

§ 6º – A aprovação do projeto de regularização implicará o lançamento dos valores devidos pelas


irregularidades previstas na Lei nº 9.074, de 2005, e o agendamento de vistoria.

§ 7º – Os responsáveis técnico e legal serão comunicados, por meio digital, acerca da data e do turno
agendados pelo órgão municipal responsável pela política de regulação urbana da vistoria a que se
refere o § 6º.

§ 8º – Na data e no turno marcados para vistoria, o responsável técnico, ou seu representante legal,
deverá aguardar o servidor municipal responsável pela vistoria, no local da obra, conforme art. 82 e
portaria do órgão municipal responsável pela política urbana.

§ 9º – A vistoria poderá ser remarcada desde que a solicitação seja realizada pelo responsável
técnico, por meio digital, conforme orientação contida no Portal de Serviços da PBH, com
antecedência mínima de dois dias úteis da vistoria agendada.

§ 10 – O não comparecimento do responsável técnico, ou do representante por ele designado, na


data e no turno agendados, demandará a solicitação da marcação de nova vistoria no prazo máximo
de sessenta dias, sendo que a reincidência implicará o indeferimento do processo.

§ 11 – Cada novo agendamento de vistoria por parte do responsável técnico implica novo pagamento
do valor previsto para a sua realização.

§ 12 – A vistoria, quando não ocorrer por causa do órgão municipal responsável pela política de
regulação urbana, será remarcada, conforme disponibilidade do responsável técnico e do órgão, no
prazo de três dias, sem incidência de nova cobrança.

§ 13 – O processo de regularização será indeferido se, transcorridos doze meses da aprovação do


projeto de regularização:
I – o pagamento dos valores devidos não tiver sido iniciado;
II – as pendências de obras identificadas na aprovação do projeto de regularização ou na vistoria não
tiverem sido sanadas.

§ 14 – O órgão municipal responsável pela política urbana poderá estabelecer, por meio de portaria,
procedimentos que substituam a vistoria para baixa de construção presencial por relatório fotográfico
e vistoria por videoconferência.
Art. 57 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 31)

Art. 57-A – A concessão da Certidão de Baixa de Construção é condicionada ao pagamento integral


das taxas e preços públicos previstos para exame e vistoria e, se for o caso, de valores devidos pelas
irregularidades previstas na Lei nº 9.074, de 2005, à conclusão das obras para sanar as pendências
identificadas na aprovação do projeto ou na vistoria, bem como à conformidade de termo de conduta
urbanística, caso necessário.
§ 1º – Após a realização da vistoria, o responsável técnico deverá ser comunicado, em até cinco dias,
sobre o deferimento da concessão da Certidão de Baixa de Construção ou sobre as pendências
constatadas no local.

§ 2º – Constatada divergência entre a edificação e o projeto de regularização aprovado, a concessão


da Certidão de Baixa de Construção será negada, decorrendo de tal ato, alternativamente:
I – o indeferimento do processo de regularização;
II – a possibilidade de correção do levantamento por meio do procedimento de ajuste de
levantamento, cujas hipóteses de aplicação serão estabelecidas em portaria do órgão municipal
responsável pela política urbana.
Art. 57-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 32)

Art. 58 – Na hipótese prevista no caput do art. 21 da Lei nº 9.725/09, constatadas divergências entre
o levantamento da edificação apresentado e a edificação implantada no local, o responsável técnico
será comunicado por meio do protocolo eletrônico disponibilizado via Internet, no sítio
www.pbh.gov.br.

§ 1º - No caso de divergências entre o levantamento apresentado e a edificação implantada no local,


o responsável técnico terá o prazo de 10 (dez) dias para correção do mesmo, sob pena de
indeferimento da respectiva solicitação de regularização.

§ 2º - Caso as divergências descritas no caput deste artigo persistam, o processo será indeferido.

§ 3º - Constatada a impossibilidade de regularização da edificação nos termos da Lei n° 9.074/05, o


responsável técnico será notificado a apresentar à SMARU projeto de adequação da edificação à
legislação vigente, em até 30 (trinta) dias, sob pena de indeferimento do processo.

§ 4º - A aprovação do projeto de adequação das irregularidades ocorrerá segundo procedimentos


fixados na Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento.

§ 5º - O Alvará de Construção será concedido conforme a Seção III do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09
e o disposto neste Regulamento.

§ 6º - O responsável técnico pela direção da obra deverá declarar sua responsabilidade conforme
previsto no art. 2° deste Decreto.

§ 7º - A concessão da Certidão de Baixa de Construção seguirá os procedimentos fixados na Seção


III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto.
Art. 58 revogado pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 6º)

Art. 59 - Na hipótese de indeferimento do processo, o proprietário deverá ser comunicado e o


processo será imediatamente encaminhado para ação fiscal.

Art. 59 – Na hipótese de indeferimento do processo, o proprietário deverá ser comunicado e o


processo poderá ser encaminhado para ação fiscal.
Art. 59 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 33)

Art. 60 - Poderá ser regularizada a unidade autônoma, independentemente da regularidade da


edificação ou de suas demais unidades.

Parágrafo único - A SMARU notificará o condomínio a promover a regularização da edificação ou de


suas unidades.

Art. 60 – Será admitida a regularização isolada de unidade autônoma, desde que todas as unidades
autônomas existentes no lote ou conjunto de lotes sejam dotadas de Certidão de Baixa de
Construção anterior.

Parágrafo único – Na hipótese prevista no caput, o condomínio e as demais unidades do terreno


poderão ser notificados a promover a regularização, se for o caso.
Art. 60 com redação dada pelo Decreto nº 17.124, de 30/5/2019 (art. 2º)
Art. 61 - Para regularização das edificações destinadas a abrigar as atividades que se seguem,
destinadas a serviços de uso coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo,
serão exigidas as condições de acessibilidade contidas na legislação e nas normas técnicas vigentes:
I - estabelecimentos de ensino de qualquer nível;
II - teatros;
III - cinemas;
IV - auditórios;
V - estádios;
VI - ginásios de esporte;
VII - casas de espetáculos;
VIII - salas de conferência e similares.

§ 1º- Para regularização de edificação destinada aos demais usos, comprovadamente construída
antes de 8 de novembro de 2000, será dispensado o atendimento às exigências das normas de
acessibilidade previstas na Lei Federal n° 10.098, de 19 de dezembro de 2000.

§ 2º - Para fins de regularização, comprovada a impossibilidade de garantia de vagas para


estacionamento de veículos adaptados para uso de pessoas portadoras de deficiência, poderá o
órgão responsável pela gestão do trânsito autorizar a disposição das mesmas no logradouro público.

Art. 61 – Para regularização de edificação destinada a abrigar predominantemente atividades de uso


coletivo, conforme inciso VII do art. 8º do Decreto Federal nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004, serão
exigidas as condições de acessibilidade contidas na Lei Federal nº 13.146, de 2015, e em demais
normativas vigentes.

Parágrafo único – Para regularização de edificação destinada ao uso residencial multifamiliar,


comprovadamente construída antes de 19 de dezembro de 2000, será dispensado o atendimento às
exigências das normas de acessibilidade.
Art. 61 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 34)

Art. 61-A - Para a regularização de edificações construídas a partir de 15 de outubro de 2015 cuja
altimetria ultrapassa os limites estabelecidos pelo Ministério da Defesa para proteção de operações
aéreas, será exigida autorização para implantação da edificação expedida pelo CINDACTA 1.
Art. 61-A acrescentado pelo Decreto nº 16.440, de 4/10/2016 (Art. 2º)

Art. 61-B – Para a regularização das edificações multifamiliares comprovadamente construídas depois
de 19 de dezembro de 2000, serão aceitas especificações técnicas e projeto que facilitem a
instalação de equipamento eletromecânico de deslocamento vertical para uso das pessoas com
deficiência ou com mobilidade reduzida, quando não for obrigatória a instalação de elevador.

§ 1º – Fica o órgão municipal responsável pela política de regulação urbana autorizado a definir
critérios de acessibilidade específicos para adaptações razoáveis voltadas às edificações, a que se
refere o caput, em que alterações no acesso para adaptação de rotas para que se tornem acessíveis
impliquem:
I – interferência negativa em bens culturais;
II – alterações na estrutura portante de elementos construtivos;
III – ônus desproporcional;
IV – alteração de área privativa.

§ 2º – Independentemente de outras adaptações razoáveis, será considerado cumprido o critério de


acessibilidade quando houver, pelo menos, uma rota adaptada da área de uso comum até um
dispositivo mecânico de acessibilidade, caso exista ou esteja previsto, ou até acesso às unidades
autônomas.

§ 3º – Na hipótese do caput, será aceita como adaptação razoável, sem prejuízo de outras
avaliações, a adaptação de instalações sanitárias às normas de acessibilidade nas áreas de uso
comum apenas se estiverem disponíveis aos condôminos, ficando facultada a adaptação das
instalações sanitárias de uso exclusivo de funcionários.
Art. 61-B acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 35)

Art. 61-C – Para regularização de edificações de uso não residencial, serão aceitas especificações
técnicas e projeto que facilitem a instalação de equipamento eletromecânico de deslocamento vertical
para uso das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, quando não for obrigatória a
instalação de elevador ou quando o nível não for voltado à atividade aberta ao público.

§ 1º – O órgão municipal responsável pela política de regulação urbana fica autorizado a definir
critérios de acessibilidade específicos para adaptações razoáveis para as edificações de uso não
residencial quando as alterações no acesso voltadas à adaptação de rotas implicarem:
I – interferência negativa em bens culturais;
II – alterações na estrutura portante de elementos construtivos;
III – ônus desproporcional;
IV – alteração de área privativa ou de área bruta locável.

§ 2º – Na hipótese do § 1º, serão aceitas como adaptação razoável, sem prejuízo de outras
avaliações, as soluções:
I – em que pelo menos o piso de atendimento ao público possibilite a autonomia de clientes e
funcionários com necessidades especiais;
II – em que as inclinações e dimensões de rampas sejam diferentes das especificadas em
normativas, desde que demonstrada, alternativamente:
a) a impossibilidade técnica de cumprimento de inclinações e dimensões referenciadas nas normas
técnicas;
b) que a obediência das normas técnicas deprecie sobremaneira ou inviabilize o uso do ambiente de
permanência prolongada ou de permanência transitória;
III – em que a instalação sanitária existente ou a ser incorporada em unidades autônomas com menos
de 30m² (trinta metros quadrados) contemple a correta disposição de sinalização e equipamentos,
desconsiderada a dimensão contida nas normas técnicas.”.
Art. 61-C acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 35)

Art. 61-D – Para fins de aprovação de projetos de edificações de uso residencial multifamiliar aos
quais se aplicam as condições do art. 56, fica dispensada a obrigatoriedade da instalação de
equipamento eletromecânico de deslocamento vertical, desde que apresentado espaço reservado em
todos os níveis da edificação destinado à futura instalação, nos termos da legislação federal e
municipal.

Parágrafo único – A solução disposta no caput será considerada suficiente para cumprimento de
requisito de acessibilidade tanto para unidades privativas quanto para áreas de uso comum.
Art. 61-D acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 35)

Art. 61-E – Para fins de aprovação de projetos de edificações de uso não residencial aos quais se
aplicam as condições do art. 56, fica dispensada a obrigatoriedade da instalação de equipamento
eletromecânico de deslocamento vertical nos níveis em que não haja acesso ao público, desde que
seja apresentado espaço reservado em todos os níveis da edificação destinado à futura instalação,
nos termos da legislação federal e municipal.

Parágrafo único – A solução disposta no caput será considerada suficiente para cumprimento de
requisito de acessibilidade tanto para unidades privativas quanto para áreas de uso comum.
Art. 61-E acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 35)

Seção VI
Da Licença de Demolição
Seção VI revogada pelo Decreto nº 17.724, de 4/2/2020 (Art. 23, I)

Art. 62 - A demolição total ou parcial de edificação deverá ser solicitada à SMARU ou à Secretaria de
Administração Regional, conforme a localização do imóvel.

§ 1º - A licença de demolição será concedida juntamente com a licença para movimentação de terra e
entulho, conforme disposto na Lei n° 9.725/09 e neste Decreto.

§ 2º - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão da


licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados da data da solicitação
do requerente.

Art. 63 - O licenciamento tratado no art. 22 da Lei n° 9.725/09 fica condicionado:


I - à obediência dos critérios estabelecidos pelo Código de Posturas e sua regulamentação;
II - ao disposto no Regulamento de Limpeza Urbana;
III - à legislação ou deliberações dos órgãos responsáveis pelo patrimônio histórico e cultural, quando
for o caso;
IV - à legislação ambiental.

Art. 64 - A demolição parcial de edificação fica condicionada à aprovação de projeto e obtenção de


Alvará de Construção, nos termos da legislação vigente e deste Decreto.

Art. 65 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte definirá o valor da multa prevista no §2º
do art. 22 da Lei n° 9.725/09, considerando-se:
I - a relevância histórica e cultural do imóvel;
II - o dano causado aos direitos difusos;
III - a irreversibilidade do dano causado;
IV - a área demolida;
V - o risco que a demolição acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro público.

§ 1º - É vedada a regularização de demolição de imóvel tombado ou de interesse de proteção.

§ 2º - Na hipótese prevista no §1º deste artigo, a solicitação de Certidão de Demolição deverá ser
indeferida e o processo encaminhado para ação fiscal, para aplicação das penalidades cabíveis,
conforme disposto no §2° do art. 22 da Lei n° 9.725/09 e demais legislações pertinentes.

Art. 66 - Nas hipóteses de conclusão da demolição licenciada ou de regularização de demolição não


licenciada, o requerente deverá solicitar à Secretaria Municipal de Administração Regional pertinente
a emissão da Certidão de Demolição.

§1º - Excetuam-se do previsto no caput deste artigo as hipóteses nas quais, estando o Alvará de
Construção válido, a licença de demolição tenha sido concedida juntamente com o mesmo.

§ 2 º - A emissão da Certidão de Demolição fica condicionada:


I - à constatação, por meio de vistoria, da efetiva demolição;
II - ao recolhimento do preço público correspondente.

§ 3º - A Certidão de Demolição deverá ser emitida pela Secretaria Municipal de Administração


Regional competente, no prazo máximo de 10 (dez) dias após sua solicitação.

§ 4º - No caso de regularização de demolição efetuada sem o devido licenciamento, a emissão da


Certidão de Demolição fica condicionada ao pagamento da multa e do preço público
correspondentes.

Art. 67 - Em qualquer demolição e retirada de entulho, o responsável técnico e o proprietário serão os


responsáveis por todas as medidas de segurança de terceiros, do logradouro público e de
propriedades vizinhas, bem como por todas as medidas necessárias à garantia de limpeza e
circulação dos transeuntes, nos termos da legislação em vigor.

Seção VII
Da Licença de Reconstrução

Art. 68 - A edificação irregular não poderá ser reconstruída.

Art. 69 - A licença de reconstrução total ou parcial de edificação, nos termos do art. 23 da Lei n°
9.725/09, deverá ser solicitada à SMARU, por meio de formulário próprio.

§ 1º - A abertura do processo de licenciamento de reconstrução obedecerá aos procedimentos


dispostos na Seção III do Capítulo IV deste Decreto.

§ 2º - Na hipótese de o projeto a ser reconstruído não obedecer à legislação e às normas técnicas


relativas à acessibilidade de pessoas com mobilidade reduzida, será exigida a incorporação de
adaptações necessárias ao atendimento das mesmas.

§ 3º - Não será admitida nenhuma modificação no projeto que não tenha como objetivo cumprir
normas e leis fixadas posteriormente à concessão da Baixa de Construção da edificação que tenha
sofrido o sinistro.
§ 4º - Nos casos previstos no §2° deste artigo, o responsável técnico deverá apresentar solicitação de
exame à SMARU, que deverá realizá-lo no prazo de 15 (quinze) dias.

§ 5º - Caso seja constatada irregularidade no projeto, a tramitação passa a observar o rito previsto na
Seção II do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09 e neste Decreto.

§ 6º - Em qualquer hipótese, após a aprovação do projeto de reconstrução total ou parcial da


edificação, a obra será licenciada mediante emissão de Alvará de Construção, nos termos da Seção
III do Capítulo IV da Lei n° 9.725/09.

§ 7º - Soluções emergenciais com vistas a abrandar situações de risco podem ser efetivadas antes da
obtenção do Alvará de Construção ou de outras licenças, nas seguintes condições:
I - depois de efetuado aviso à Secretaria de Administração Regional competente;
Inciso I revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
II - garantido o acompanhamento por responsável técnico.

§ 8º - Após o término da obra, o responsável técnico deverá comunicá-la ao Executivo para que
sejam aplicados os procedimentos de concessão da Certidão de Baixa de Construção contidos na
Seção III do Capítulo V da Lei n° 9.725/09 e neste regulamento.

Art. 70 - A solicitação de licença de reconstrução fica condicionada ao recolhimento dos valores


referentes à emissão de Alvará de Construção e Certidão de Baixa de Construção, bem como às
vistorias e exame de projeto, quando for o caso.

CAPÍTULO V
DAS OBRAS

Seção I
Do Canteiro de Obras

Art. 71 - A placa de identificação de obra, de instalação obrigatória conforme disposto no art. 24 da


Lei n° 9.725/09, deverá conter as seguintes informações:

Art. 71 – A placa de identificação de obra, de instalação obrigatória conforme art. 24 da Lei nº 9.725,
de 2009, deverá seguir o padrão especificado em portaria expedida pelo órgão municipal responsável
pela política urbana.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 36)
I - número do processo de licenciamento e do respectivo Alvará de Construção;
Inciso I revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
II - uso a que se destina a edificação segundo a Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo em
vigor;
Inciso II revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
III - número de pavimentos;
Inciso III revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
IV - número de unidades autônomas;
Inciso IV revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
V - área total da edificação;
Inciso V revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
VI - nome e número do registro do CREA do Responsável Técnico pela execução da obra;
Inciso VI revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
VII - nome e número do CNPJ da empresa responsável pela direção da obra, se for o caso;
Inciso VII revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
VIII - número e descrição de autorizações complementares, quando for o caso;
Inciso VIII revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
IX - autorizações dos conselhos temáticos, quando houver;
Inciso IX revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
X - o zoneamento em que está inserido o imóvel, nos termos da Lei de Parcelamento, Ocupação e
Uso do Solo.
Inciso X revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
XI - nome e número do registro profissional do Responsável Técnico pela elaboração do projeto
arquitetônico.
Inciso XI acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 7º)
Inciso XI revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)
§ 1º - A placa de identificação não poderá ter nenhuma mensagem publicitária.

§ 2º - A placa de identificação deve obedecer aos seguintes critérios:


I - ter no máximo 1,00 m² (um metro quadrado);
II - não possuir dispositivo de iluminação ou animação;
III - não possuir estrutura própria de sustentação.

Art. 72 - As licenças expedidas pelas Secretarias de Administração Regional, nos casos previstos na
Lei n° 9.725/09 e neste decreto, devem ser mantidas no canteiro de obras.

Art. 72 – Deve ser mantida no canteiro de obras a seguinte documentação:


I – o Alvará de Construção;
II – as licenças de obras complementares não compreendidas no Alvará de Construção;
III – as ARTs ou RRTs referentes à obra e à estabilidade do terreno;
IV – o termo de conduta urbanística, caso haja.
Art. 72 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 37)

Seção II
Da Movimentação de Terra, Entulho e Material Orgânico.
Seção II revogada pelo Decreto nº 17.724, de 4/2/2020 (Art. 23, I)

Art. 73 - A movimentação de terra, entulho e material orgânico deverá ser solicitada à SMARU ou à
Secretaria de Administração Regional competente, conforme disposto nos incisos I e II do art. 18
deste Decreto.

§ 1º - Caso haja necessidade de deslocamento e transporte de material fora do terreno, o responsável técnico
deverá comunicar à Secretaria responsável pelo licenciamento a placa do veículo que irá realizar o transporte da
carga, no momento da solicitação de licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico.
§ 1º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I)

§ 2º - A licença de movimentação de terra, entulho e material orgânico incluirá a autorização de


tráfego de terra, entulho e material orgânico.

§ 3º - No caso previsto no §1° deste artigo, serão emitidas autorizações correspondentes ao número
de veículos utilizados, os quais devem trafegar com as mesmas.

§ 4º - No caso de concessão de Alvará de Construção consolidado, a Secretaria Municipal de Administração


Regional competente poderá rever a localização do “bota-fora”, promovendo a emissão de nova licença sem
ônus ao proprietário.
§ 4º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, I)

Art. 74 - A Secretaria Municipal de Administração Regional competente deverá efetuar a concessão


da licença de que trata esta seção no prazo máximo de 15 (quinze) dias a partir da solicitação do
requerente.

§ 1º - Caso a documentação apresentada seja insuficiente para a abertura do processo, o mesmo


será imediatamente indeferido, devendo o responsável técnico e o proprietário ser comunicados do
fato pela Secretaria Municipal de Administração Regional.

§ 2º - Nos casos previstos no parágrafo único do art. 30 da Lei nº 9.725/09, ficam o proprietário e o
responsável técnico obrigados a executar as obras corretivas necessárias, no prazo máximo de 10
(dez) dias a partir da constatação da ocorrência do dano.

Parágrafo único - As obras corretivas devem ser executadas em conformidade com a legislação
pertinente, de forma a reparar completamente o dano ocasionado.

Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com base em projeto de
terraplanagem, conforme previsto no inciso II do art. 30 da Lei n° 9.725/09.
Parágrafo único - Será exigida ART para o projeto de terraplanagem e para a execução de movimentação de
terra.
Art. 75 - As movimentações de terra, entulho e material orgânico serão licenciadas com base em
declaração de responsabilidade e em projeto de terraplenagem apresentados por responsável
técnico, conforme padrão definido pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Parágrafo único - Não será exigido licenciamento para a movimentação e o tráfego de material
orgânico derivada da capina de terreno.
Art. 75 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 4º)

Art. 76 - A Fundação Municipal de Cultura de Belo Horizonte, ou a Secretaria Municipal de Meio


Ambiente, quando for o caso, definirá o valor da multa prevista no §2º do art. 29 da Lei n° 9.725/09,
considerando-se:
I - a relevância histórica e cultural do imóvel;
II - o dano causado aos direitos difusos;
III - a irreversibilidade do dano causado;
IV - o risco que a movimentação de material acarreta ao imóvel, aos imóveis vizinhos e ao logradouro
público.

Art. 77 - Constatada divergência entre o volume de terra, entulho e material orgânico a ser retirado
durante a obra e o volume indicado no licenciamento, deverá ser solicitada à Secretaria de
Administração Regional pertinente nova licença referente à complementação da licença anteriormente
concedida, que será fornecida após pagamento dos valores devidos em até 10 (dez) dias.

Seção III
Do Acompanhamento de Obras de Edificações

Art. 78 - O servidor municipal incumbido das vistorias e da fiscalização de obras deverá ter garantido
livre acesso ao local.

Art. 79 - A SMARU, resguardada a competência das Secretarias Municipais de Administração


Regional relativa aos licenciamentos a que proceder, realizará vistorias periódicas de
acompanhamento de obras com os seguintes objetivos:

Art. 79 - A SMARU realizará vistorias periódicas de acompanhamento de obras com os seguintes


objetivos:
Caput com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 8º)
I - conferir a fidelidade da obra ao projeto de edificação licenciado;
II - identificar potenciais pendências para a futura concessão da Certidão de Baixa de Construção;
III - identificar irregularidades que demandem ação fiscal e aplicação das devidas penalidades.
IV - conferir a regularidade do projeto em face da legislação pertinente.
Inciso IV acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 8º)

§ 1º - Deverá ser emitido laudo de acompanhamento de obras com descrição das etapas já
executadas e constatações da situação da obra em relação ao projeto aprovado e à legislação
vigente.

§ 2º - Constatada desconformidade entre a obra executada e o projeto de edificação aprovado, a


mesma será embargada, nos termos do inciso II do art. 78 e do Anexo VII da Lei n° 9.725/09.

§ 3º – O órgão municipal responsável pela política urbana poderá estabelecer, por meio de portaria,
procedimentos que substituam a vistoria para acompanhamento de obra presencial por relatório
fotográfico e vistoria por videoconferência.
§3º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 38)

Art. 80 - A SMARU elaborará o Plano Estratégico de Acompanhamento de Obras do Município,


considerando:
I - o adensamento de cada região;
II - o porte das edificações;
III - alteração de legislação que imponha modificações em parâmetros de ocupação do solo no
Município.

Art. 81 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ocorrer:


I - em caráter compulsório, com agendamento pelos técnicos da SMARU com 5 (cinco) dias de
antecedência;
I – em caráter compulsório, a critério do órgão municipal responsável pela política de regulação
urbana, mediante agendamento por técnico da gerência responsável pelo controle urbano, com cinco
dias de antecedência;
Inciso I com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 39)
II - por solicitação do responsável técnico, por meio de requerimento próprio, com atendimento pelos
técnicos da SMARU em até 10 (dez) dias.
II - por solicitação do responsável técnico, por meio de requerimento próprio, com atendimento pelos
técnicos da SMARU em até 20 (vinte) dias.
Inciso II com redação dada pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 9º)

§ 1º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas por técnicos da


gerência responsável pelo controle urbano da SMARU e, quando necessário, por agente fiscal das
Administrações Regionais e da SMARU.

§ 1º – As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas por técnico da


gerência responsável pelo controle urbano do órgão municipal responsável pela política de regulação
urbana e, quando necessário, por fiscal de controle urbanístico e ambiental.
§1º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 39)

§ 2º - As vistorias compulsórias de acompanhamento de obras serão realizadas nas seguintes


situações:
I - a cada 06 (seis) meses, contados da data da emissão do Alvará de Construção;
II - quando concluído o sistema estrutural da fundação;
III - quando concluída a estrutura da edificação.
§2º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 3º - O responsável técnico deve informar a SMARU sobre a conclusão da estrutura da edificação


por meio de formulário próprio, após recolhimento de valor previsto para vistoria.
§3º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 4º - As vistorias de acompanhamento de obras por requerimento serão solicitadas pelo


Responsável de Técnico da obra, em formulário próprio, mediante recolhimento do valor
correspondente.

§ 5º - Após a realização da vistoria solicitada pelo responsável técnico, o técnico da SMARU que a
conduziu deverá emitir, em até 5 (cinco) dias úteis, laudo atestando o cumprimento ou não dos
parâmetros que pôde verificar no estágio que a obra se encontra.
§ 5º acrescentado pelo Decreto nº 16.278, de 5/4/2016 (Art. 8º)

Art. 82 - As vistorias de acompanhamento de obras deverão ser acompanhadas pelo responsável


técnico da obra ou por profissional habilitado designado por ele por meio de documento a ser
entregue ao vistoriador no momento da visita à obra.

Seção IV
Da Baixa De Construção

Art. 83 - Após a conclusão da obra, o responsável técnico pela obra deverá comunicar o seu término
à SMARU, mediante formulário próprio, instruído com a documentação pertinente e com o
recolhimento prévio dos valores previstos para vistoria e emissão da respectiva Certidão de Baixa de
Construção.

Art. 83 - Após a conclusão da obra referente a edificação não-residencial ou a edificação residencial


multifamiliar, o responsável técnico pela obra deverá comunicar o seu término à SMARU, mediante
formulário próprio, instruído com a documentação pertinente e com o recolhimento prévio dos valores
previstos para vistoria e emissão da respectiva Certidão de Baixa de Construção.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 1º)

Art. 83 – Após a conclusão da obra, o responsável técnico pela obra deverá comunicar o seu término
ao órgão municipal responsável pela política de regulação urbana, por meio digital, conforme portaria
expedida pelo órgão municipal responsável pela política urbana, com o recolhimento prévio dos
valores previstos para vistoria virtual ou presencial, se for o caso.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 40)

§ 1º - A documentação exigida será a anexada ao formulário de comunicação de término de obra.


§1º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 2º - Para comunicação de término de obra, a obra deverá estar concluída nos termos do disposto
no art. 32 da Lei n° 9.725/09.

§ 3º - No ato de comunicação de término da obra, o Alvará de Construção deverá estar dentro do


prazo de validade.
§ 3º revogado pelo Decreto nº 14.624, de 1/11/2011 (Art. 1º)

§ 4º – A exigência prevista no § 4º do art. 33 da Lei nº 9.725, de 2009, não se aplica aos processos
de regularização de edificações.
§ 4º com acrescentado pelo Decreto nº 17.124, de 30/5/2019 (art. 3º)
§ 5º – O órgão municipal responsável pela política urbana poderá estabelecer, por meio de portaria,
procedimentos que substituam a vistoria para baixa de construção presencial por relatório fotográfico
e vistoria por videoconferência.
§5º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 40)

§ 6º – Deverão estar instaladas no empreendimento, como condição para a concessão de Certidão


de Baixa de Construção, placas de identificação referentes a soluções projetuais de gentileza urbana
e a dispositivos de controle de drenagem, quando houver, seguindo o padrão definido por portaria do
órgão municipal responsável pela política urbana.
§6º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 40)

Art. 84 - A concessão da Certidão de Baixa de Construção será baseada na constatação da


conformidade da obra executada ao projeto aprovado.

Art. 84 - A concessão da Certidão de Baixa de Construção será baseada na constatação da


conformidade da obra executada ao projeto aprovado e do atendimento aos parâmetros previstos nos
incisos do caput do art. 28 deste Decreto.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 2º)

§ 1º - Os relatórios das vistorias de acompanhamento de obras embasarão a análise da solicitação de


concessão de Certidão de Baixa de Construção. 

§ 1º - Os relatórios de vistorias embasarão a análise da solicitação de concessão de Certidão de


Baixa de Construção.
§1º com redação dada pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 2º)

§ 1º – O relatório de vistoria ou do procedimento que a substituir embasará a análise para concessão


de Certidão de Baixa de Construção.
§1º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 41)

§ 2º - A vistoria interna das unidades autônomas residenciais e não residenciais poderá se dar por
amostragem.

§ 2º – A vistoria ou o procedimento que a substituir poderá verificar a conformidade das unidades


autônomas por amostragem.
§2º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 41)

Art. 85 - Comunicado o término da obra, a vistoria no local deverá ocorrer no prazo máximo de 20
(vinte) dias.

Art. 85 - Comunicado o término da obra referente a edificação não-residencial ou a edificação


residencial multifamiliar, a vistoria no local deverá ocorrer no prazo máximo de 20 (vinte) dias.
Caput com redação dada pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 3º)

§ 1º - O responsável técnico pela execução da obra será comunicado por meio eletrônico em 05
(cinco) dias, a partir da data de comunicação de término, sobre a data e o turno em que ocorrerá a
vistoria, exceto na hipótese prevista no § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09.

§ 2º - Na data e turno marcados, o responsável técnico ou seu representante legal deverá aguardar o
profissional da SMARU responsável pela vistoria, no local da obra.
§ 3º - A vistoria poderá ser desmarcada pelo responsável técnico pela execução da obra com
antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas.

§ 4º - O não comparecimento do responsável técnico, ou do representante por ele designado, ao


acompanhamento da vistoria, na data e turno agendados torna sem efeito a comunicação de término
de obra, caso não haja nova vistoria no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§ 5º - No prazo máximo de 05 (cinco) dias após a realização da vistoria, o responsável técnico deverá
ser comunicado sobre o deferimento da concessão da Certidão de Baixa de Construção ou sobre as
pendências constatadas no local, pelo comunicado de vistoria.

§ 5º - No prazo máximo de 05 (cinco) dias após a realização da vistoria, o responsável técnico deverá
ser comunicado sobre o deferimento da concessão da Certidão de Baixa de Construção ou sobre as
pendências constatadas no local.
§5º com redação dada pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 3º)

§ 6º - Cada novo agendamento de vistoria por parte do responsável técnico implica pagamento do
valor previsto para a realização da mesma.

§ 7º - Nos casos em que a SMARU der causa à não realização da vistoria, esta será remarcada
conforme disponibilidade do responsável técnico e da SMARU, no prazo máximo de 03 (três) dias,
sem reincidência de cobrança do valor previsto para a vistoria.

Art. 85 – Comunicado o término da obra, o exame do relatório fotográfico, seguido da vistoria virtual
ou presencial no local, se necessária, ocorrerá no prazo máximo de vinte dias.

§ 1º – Os responsáveis técnico e legal serão comunicados, por meio digital, acerca da data e do turno
agendados pelo órgão municipal responsável pela política de regulação urbana da vistoria a que se
refere o caput.

§ 2º – Na data e no turno marcados para vistoria, o responsável técnico ou seu representante legal
deverá aguardar o servidor municipal responsável pela vistoria, no local da obra, conforme portaria do
órgão municipal responsável pela política urbana.

§ 3º – A vistoria poderá ser remarcada desde que a solicitação seja realizada pelo responsável
técnico, por meio digital, conforme orientação contida no Portal de Serviços da PBH, com
antecedência mínima de dois dias úteis da vistoria agendada.

§ 4º – O não comparecimento do responsável técnico, ou do representante por ele designado, na


data e no turno agendados demandará a solicitação da marcação de nova vistoria no prazo máximo
de vinte dias, sendo que a reincidência implicará o indeferimento do processo.

§ 5º – Cada novo agendamento de vistoria por parte do responsável técnico implica novo pagamento
do valor previsto para a sua realização.

§ 6º – A vistoria, quando não ocorrer por causa do órgão municipal responsável pela política de
regulação urbana, será remarcada, conforme disponibilidade do responsável técnico e do órgão, no
prazo de três dias, sem incidência de nova cobrança.
Art. 85 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 42)

Art. 86 - Após a vistoria, no prazo máximo de 05 (cinco) dias, o responsável técnico deverá, pelo
comunicado de vistoria, tomar conhecimento se a Certidão de Baixa de Construção solicitada foi
concedida ou se existem irregularidades ou pendências a serem sanadas.

Art. 86 - Após a vistoria de edificação não-residencial ou de edificação residencial multifamiliar, no


prazo máximo de 05 (cinco) dias, o responsável técnico será informado se a Certidão de Baixa de
Construção solicitada foi concedida ou se existem irregularidades ou pendências a serem sanadas
Art. 86 com redação dada pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 4º)

Art. 87 - Na ocorrência de pendências ou na constatação de obra em desconformidade com o projeto


aprovado, o responsável técnico deverá providenciar a regularização a partir do recebimento do
comunicado de vistoria:
I - apresentando novo projeto para aprovação de acordo com a legislação vigente, no prazo de 15
(quinze) dias; ou
II - procedendo à adequação do local ao projeto aprovado no prazo máximo de 30 (trinta) dias.

§ 1º – Constatada a existência de divergência entre a edificação e o projeto aprovado, a concessão


da Certidão de Baixa de Construção será negada, decorrendo de tal ato, alternativamente:
I – o indeferimento da solicitação;
II – a possibilidade de correção do projeto por meio do procedimento de apresentação de as built,
cujas hipóteses de aplicação serão estabelecidas em portaria da SMPU.
§ 1º acrescentado pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 5º)

Parágrafo único - O descumprimento dos prazos previstos neste Decreto implicará o indeferimento do
processo e a aplicação das sanções previstas na Lei n° 9.725/09.

§ 2º - O descumprimento dos prazos previstos neste Decreto implicará o indeferimento do processo e


a aplicação das sanções previstas na Lei n° 9.725/09.
Parágrafo único renumerado como § 2º pelo Decreto nº 17.057, de 29/1/2019 (Art. 5º)

Art. 88 - Na hipótese do § 1º do art. 33 da Lei n° 9.725/09, o levantamento das alterações deverá ser
apresentado no ato da comunicação de término.

§ 1º - O exame do levantamento da situação existente será realizado pela SMARU no prazo máximo
de 15 (quinze) dias.

§ 2º - Constatado que as alterações ocorridas atendem à legislação vigente, o levantamento será


visado e seus dados arquivados.

§ 3º - Na situação prevista no § 2º deste artigo, a vistoria deverá ser agendada no prazo máximo de
05 (cinco) dias e o responsável técnico comunicado da data e do turno em que ocorrerá a referida
vistoria.

§ 4º - Caso as alterações não atendam à legislação vigente, o responsável técnico deverá ser
notificado a adequar a edificação ao projeto licenciado, no prazo previsto no art. 34 da Lei n°
9.725/09, sob pena de indeferimento do processo.

§ 5º - Na situação prevista no parágrafo anterior, somente após a comunicação do responsável


técnico à SMARU sobre a adequação da obra deverá ser agendada a vistoria para fins de concessão
da Certidão de Baixa de Construção.

Art. 88-A - A vistoria prevista no inciso II do art. 33 da Lei nº 9.725/09 deverá ser realizada pelo
responsável técnico pela obra em caso de edificação residencial unifamiliar.

§ 1º - As vistorias realizadas por responsável técnico independem do recolhimento da taxa de vistoria.

§ 2º - Concluída a obra, o responsável técnico deverá realizar a vistoria e apresentar à SMARU


comunicado de término de obra de edificação residencial unifamiliar e relatório fotográfico com
imagens que comprovem o cumprimento de todos os parâmetros urbanísticos previstos nos incisos
do caput do art. 28 deste Decreto, além de comprovante do recolhimento do valor previsto para
emissão da Certidão de Baixa de Construção.

§ 2º – Concluída a obra, o responsável técnico deverá realizar a vistoria e apresentar ao órgão


municipal responsável pela política de regulação urbana o comunicado de término de obra,
acompanhado de relatório fotográfico, em conformidade com portaria específica.
§2º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 43)

§ 3º - No prazo máximo de 10 (dez) dias após o protocolo do comunicado de término e do relatório


fotográfico, a SMARU comunicará se a Certidão de Baixa de Construção foi concedida ou se existem
desconformidades ou pendências a serem sanadas.

§ 3º – No prazo de vinte dias após o protocolo do comunicado de término de obra, o órgão municipal
responsável pela política de regulação urbana comunicará se a Certidão de Baixa de Construção foi
concedida ou se existem desconformidades ou pendências a serem sanadas.
§3º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 43)
§ 4º - Havendo desconformidades ou pendências, aplica-se o disposto nos art. 87 deste Decreto.

§ 5º - Caso o responsável técnico opte pela adequação do local ao projeto aprovado, deverá, após a
adequação, realizar nova vistoria do imóvel e apresentar novo comunicado de término de obra e novo
relatório fotográfico no prazo de 30 (trinta) dias previsto no inciso II do art. 87 deste Decreto.

§ 5º – Caso o responsável técnico opte pela adequação do local ao projeto aprovado, deverá, após a
adequação, realizar nova vistoria do imóvel e solicitar nova análise de relatório fotográfico.
§5º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 43)

§ 6º - Nos casos em que o relatório fotográfico não for suficiente para averiguar a conformidade da
obra executada ao projeto aprovado e o atendimento aos parâmetros previstos nos incisos do caput
do art. 28 deste Decreto, o responsável técnico será informado e deverá solicitar vistoria realizada
pela SMARU, apresentando comprovante do recolhimento do valor previsto para vistoria de obra.
Art. 88-A acrescentado pelo Decreto nº 16.346, de 16/6/16 (Art. 5º)

§ 6º – Nos casos em que o relatório fotográfico não for suficiente para a comprovação da
conformidade da obra executada com projeto aprovado e para o atendimento aos parâmetros
previstos no caput do art. 28, o responsável técnico será informado sobre a necessidade de
realização de vistoria pelo órgão municipal responsável pela política de regulação urbana, devendo
apresentar comprovante do recolhimento do valor previsto para vistoria de obra.
§6º com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 43)

Art. 89 - A constatação de irregularidades em relação à legislação vigente impede a concessão da


Certidão de Baixa de Construção.

Parágrafo único - O responsável técnico deverá ser notificado a sanar a irregularidade da obra.

§1º - O responsável técnico deverá ser notificado a sanar a irregularidade da obra.


Parágrafo renumerado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 44)

§ 2º – Caso as irregularidades da obra não sejam sanadas no prazo de doze meses a partir da
comunicação ao responsável técnico, como determinado pelo art. 34 da Lei nº 9.725, de 2009, o
processo será indeferido.
§2º acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 44)

Art. 89-A – A comprovação de que foram plantadas as árvores previstas no projeto arquitetônico com
objetivo de obtenção de Certidão de Baixa de Construção, conforme disposto no art. 24 da Lei nº
8.616, de 14 de julho de 2003, deverá ser realizada pelo responsável técnico pela obra por meio de
relatório fotográfico protocolado no comunicado de término de obra ou antes da vistoria final de
regularização da edificação.

§ 1º – O relatório fotográfico deverá conter imagens das árvores e do canteiro e texto com a descrição
das espécies utilizadas.

§ 2º – Caberá ao órgão municipal responsável pela política de regulação urbana o encaminhamento


do relatório fotográfico ao órgão municipal responsável pela política de obras e infraestrutura, ao qual
caberá a verificação da conformidade do plantio, em até seis meses após a concessão da Certidão de
Baixa de Construção.

§ 3º – O órgão municipal responsável pela política de obras e infraestrutura poderá estabelecer, por
meio de portaria, procedimentos que substituam a vistoria presencial por relatório fotográfico e vistoria
por videoconferência.

§ 4º – O órgão municipal responsável pela política de regulação urbana conferirá, na vistoria para a
concessão da Certidão de Baixa de Construção, as dimensões horizontais do canteiro ou do jardim
indicadas no projeto quanto à conformidade com a Lei nº 8.616, de 2003 e com o padrão de passeio
definido pelo Poder Executivo.

§ 5º – Tendo sido avaliada a conformidade do plantio de árvore no passeio pelo órgão municipal
responsável pela política de obras e infraestrutura, o responsável técnico deverá apresentar o
Parecer Técnico para Plantio, que substitui a entrega do relatório fotográfico e o procedimento
previstos neste artigo.
Art. 89-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 45)

Art. 90 - O responsável técnico pelo projeto arquitetônico, o responsável técnico pela direção da obra
e o proprietário são responsáveis pelas irregularidades constatadas nas áreas privativas das
unidades autônomas.

Parágrafo único - A relação entre o responsável técnico de projeto arquitetônico, o responsável


técnico de execução da obra, o proprietário da obra e terceiros é regida pelo Código Civil, pelo
Código do Consumidor e pelas demais normas pertinentes.

Seção V
Das Obras Paralisadas

Art. 91 - Na hipótese prevista no art. 35 da Lei n° 9.725/09, as condições de salubridade no terreno


devem ser garantidas, nos termos do Código de Posturas e do Regulamento de Limpeza Urbana.

Parágrafo único - O proprietário deverá manter a obra em boas condições sanitárias e de segurança,
fechada, com portão de acesso e com passeio regular conforme padrão estabelecido, no prazo
máximo de 10 (dez) dias após a sua paralisação.

CAPÍTULO VI
DAS EDIFICAÇÕES

Seção I
Das Disposições Gerais

Art. 92 - Para efeito de aplicação do art. 37 da Lei n° 9.725/09, considera-se área sem utilização sob
projeção da edificação a área sobre terreno natural, sem piso.

Seção II
Dos Elementos Construtivos e dos Materiais de Construção

Art. 93 - Para fins do disposto no art. 40 da Lei n° 9.725/09, no sistema de lançamento de água pluvial
não podem ser lançados dejetos, produtos químicos e nenhum tipo de água servida, sob pena de
aplicação das sanções previstas.

Art. 94 - Para efeito do disposto no art. 41 da Lei n° 9.725/09, consideram-se acabadas as estruturas
e paredes que possuam algum tipo de revestimento, além do reboco.

Art. 95 - O espaço não utilizado sob a projeção da edificação em terreno em declive deverá:
I - ser mantido limpo;
II - ser ajardinado ou fechado;
III - possuir acesso exclusivo para sua manutenção.

Seção III
Das Fachadas

Art. 96 - Para efeito do disposto no art. 42 da Lei n° 9.725/09, as saliências deverão estar sempre em
balanço e não conter nenhum elemento de sustentação.

Art. 97 - As marquises, além de atender os requisitos previstos no § 3º do art. 42 da Lei n° 9.725/09,


não poderão ser utilizadas para depósito ou guarda de qualquer tipo de carga.

Art. 98 - As fachadas e os elementos de fechamento de terrenos, muros, grades e portões não


poderão ter saliências projetadas sobre o passeio, mesmo que temporárias.

Art. 98A - O tratamento paisagístico ou construtivo de que trata o art. 45 da Lei nº 9.725/09 será
analisado concomitantemente ao licenciamento de edificação.
Art. 98A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 5º)
Art. 98-B – As áreas cobertas não consideradas áreas construídas, nos termos do art. 37 da Lei nº
9.725, de 2009, poderão avançar nos afastamentos mínimos das edificações, exceto quando o
afastamento frontal mínimo for configurado como prolongamento de passeio.

§ 1º – As saliências e os toldos, conforme previsão nos incisos IV e V do art. 37 da Lei nº 9.725, de


2009, poderão avançar nos afastamentos mínimos das edificações, inclusive nos casos em que o
afastamento frontal mínimo for configurado como prolongamento do passeio.

§ 2º – No afastamento frontal, elementos da edificação, caso permitidos, deverão situar-se à altura


mínima de 2,60m (dois metros e sessenta centímetros) acima do piso medido ponto a ponto.

§ 3º – A pérgula não pode avançar no afastamento frontal mais de 1,20m (um metro e vinte
centímetros), em relação à fachada.
Art. 98-B acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 46)

Seção IV
Dos Ambientes e Compartimentos

Art. 99 - O ambiente de consumo de alimentos fica classificado como de permanência prolongada e o


de preparo de alimentos como de permanência transitória.

Art. 100 - Na ocorrência do previsto no § 6º do art. 50 da Lei n° 9.725/09, o leiaute apresentado será
de total responsabilidade do responsável técnico e do proprietário.

Seção V
Das Circulações e Escadas em Edificações de Uso Residencial Multifamilar e Não Residencial

Art. 101 - As dimensões mínimas para circulações, rampas e escadas definidas nos Anexos III, V e VI
da Lei n° 9.725/09 serão livres, não sendo computados os espaços ocupados por elementos
estruturais, decorativos, de proteção e segurança.

Art. 102 - Para fins do disposto no inciso III do art. 57 da Lei n° 9.725/09, consideram-se ressaltos os
desníveis superiores a 5mm (cinco milímetros).

Art. 103 - Nas escadas de uso comum, a cada 19 degraus, no máximo, deverá conter patamar com
extensão mínima igual à largura da escada.

Parágrafo único - Os patamares da escada devem estar livres de quaisquer obstáculos.


Art. 103 revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Seção VI
Da Acessibilidade das Edificações

Art. 104 - Para aplicação das normas e das condições de acessibilidade às pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, previstas na Lei Federal n° 10.098/2000 e nas demais
normas pertinentes, adotam-se os seguintes conceitos:
I - Edificações de Uso Público – elas administradas por entidades da Administração Pública, direta ou
indireta, ou por empresas prestadoras de serviços públicos e as destinadas ao público em geral.
II - Edificações de Uso Coletivo – aquelas destinadas às seguintes atividades, nos termos da Lei de
Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo:
a) serviço de uso coletivo, exceto os previstos no inciso I do caput deste artigo;
b) comércio, em ambientes de lojas;
c) indústria;
d) serviços de natureza hoteleira, cultural, esportiva, financeira, de saúde, social, religiosa, recreativa,
turística e educacional.
III - Edificações de Uso Privado - aquelas destinadas à habitação e às atividades e serviços não
mencionados na alínea “d” do inciso II deste artigo.

Art. 104 – Para aplicação das normas de acessibilidade previstas na Lei Federal nº 10.098, de 2000,
serão consideradas:
I – as edificações de uso público conceituadas no inciso VI do art. 8º do Decreto Federal nº 5.296, de
2 de dezembro de 2004, equiparadas às edificações destinadas a serviços de uso coletivo, conforme
Anexo XIII da Lei nº 11.181, de 2019, que sejam administradas por entidades da administração
pública de qualquer esfera de governo, direta e indireta, ou por empresas prestadoras de serviços
públicos;
II – as edificações de uso coletivo conceituadas no inciso VII do art. 8º do Decreto Federal nº 5.296,
de 2004, equiparadas às edificações de uso não residencial, conforme definidas na Lei nº 11.181, de
2019, exceto aquelas descritas no inciso I
Art. 104 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 47)

Art. 105 - Para efeito do disposto no art. 58 da Lei n° 9.725/09, consideram-se normas pertinentes as
Normas Técnicas de Acessibilidade da ABNT.

Parágrafo único – A responsabilidade pela correta sinalização, instalação e funcionamento de


equipamentos e dispositivos em atendimento às normas federais de acessibilidade é exclusiva dos
responsáveis técnico e legal pelo empreendimento.
Parágrafo único acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 48)

Art. 105-A – A adaptabilidade das unidades habitacionais exigida pelo Decreto Federal nº 9.451, de 26
de julho de 2018, é de responsabilidade do responsável técnico pelo projeto arquitetônico, não sendo
objeto de análise no licenciamento ou na modificação do projeto.

Parágrafo único – A adaptação de unidades habitacionais realizada após a concessão de Alvará de


Construção fica dispensada de nova aprovação, podendo ser apresentada em processo de as built.
Art. 105-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 49)

Art. 106 - O percurso acessível, quando exigido, além de atender as normas fixadas na ABNT, deverá
estar livre de barreiras arquitetônicas e possuir piso antiderrapante e contínuo, sendo vedada a
utilização de piso intertravado.

§ 1º - Nas edificações deve ser garantido pelo menos um percurso acessível às pessoas portadoras
de deficiência do logradouro ao interior da edificação, das lojas e das áreas de uso comum da
edificação.
§1º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

§ 2º - A acessibilidade às áreas comuns fica dispensada nas edificações com mais de um pavimento
e que não estejam obrigadas à instalação de elevador, mas que apresentam espaço reservado em
todos os níveis da edificação destinados ao uso comum, para futura instalação de elevador adaptado
nos termos da legislação federal e municipal.
§2º revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 107 - O sanitário acessível, quando exigido, deverá garantir os requisitos mínimos previstos na
ABNT.

§ 1º - Nas Edificações de Uso Público, nos termos deste Decreto, deve ser garantido pelo menos um
sanitário acessível, para cada sexo, em cada pavimento, com entrada independente dos demais
sanitários coletivos.

§ 2º - Nas Edificações destinadas aos Serviços de Uso Coletivo, nos termos da Lei de Parcelamento,
Ocupação e Uso do Solo e da alínea “a” do inciso II do art. 104 deste Decreto, deve ser garantido
pelo menos um sanitário acessível em cada pavimento, com entrada independente dos demais
sanitários coletivos.

§ 3º - Nas Edificações de Uso Coletivo previstas nas alíneas “b”, “c” e “d” do inciso II do art. 104 deste
Decreto, quando obrigatório ou na existência de sanitário de uso comum ou aberto ao público, este
deverá ser acessível ao uso por pessoa portadora de deficiência e deverão ter entrada independente
dos demais.

Art. 107 – O sanitário acessível, quando exigido, deverá garantir os requisitos mínimos previstos na
ABNT.

Parágrafo único – Nas edificações destinadas a serviços de uso coletivo, conforme Anexo XIII da Lei
nº 11.181, de 2019, deve ser garantido pelo menos um sanitário acessível em cada pavimento, com
entrada independente dos demais sanitários coletivos.
Art. 107 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 50)
Art. 108 - As vagas de estacionamento de veículos para uso de pessoas portadoras de deficiência
deverão atender, além dos requisitos constantes da ABNT, os seguintes requisitos:
I - localizarem-se próximas ao acesso à edificação;
II - percurso entre a vaga e a entrada da edificação totalmente acessível e sinalizado;
III - utilização de piso contínuo e antiderrapante, sendo vedado o piso intertravado;
IV - serem de livre acesso, não configurando vagas presas.

Seção VII
Da Iluminação e Ventilação das Edificações de Uso Residencial Multifamiliar e Não Residencial

Art. 109 - Um compartimento não pode ser iluminado e ventilado por outro, com exceção da situação
prevista no inciso III do art. 61 da Lei n° 9.725/09.

Art. 110 - O confinamento a que se refere a definição de Área de iluminação fechada no glossário da
Lei n° 9.725/09 é configurado por paredes e muros de divisa.

Art. 110-A – As instalações e os equipamentos das edificações previstos no art. 66 da Lei nº 9.725, de
2009, em edificações de uso não residencial voltadas predominantemente a serviços de uso coletivo
e industrial poderão estar suspensos em suportes, desde que:
I – não seja configurado ambiente de permanência prolongada ou de permanência transitória sob
eles, configurando área sem utilização sob sua projeção;
II – estejam instalados em suportes em proporções adequadas às instalações e equipamentos,
podendo conter acesso para manutenção;
III – a estrutura tenha única destinação de suporte e manutenção dos equipamentos.
Art. 110-A acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 51)

Seção VIII
Das Instalações e Equipamentos em Edificações de Uso Residencial Multifamiliar e Não Residencial

Art. 111 - Para efeito de aplicação do parágrafo único do art. 69 da Lei n° 9.725/09, consideram-se
acessos independentes e diretos ao logradouro público os acessos por áreas abertas, com largura
mínima de 2,00 m (dois metros) sem obstáculos construtivos.

CAPÍTULO VII
DA INFRAÇÃO

Seção I
Das Infrações e Penalidades

Art. 112 - Para fins do disposto no art. 74 da Lei n° 9.725/09, considera-se:


I - embargo de obra - interrupção compulsória e imediata da obra;
II - interdição da edificação - impedimento de sua ocupação e de seu uso.

Parágrafo único - As Secretarias Municipais de Administração Regional deverão comunicar


oficialmente à Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana acerca dos autos de infração, de
embargo e de interdição emitidos.
Parágrafo único revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Art. 113 - Para fins do disposto no § 2º do art. 76 da Lei n° 9.725/09, em cada reincidência, o valor da
multa corresponderá ao valor da multa anterior acrescido de seu valor base.

Art. 114 - Aplicada a penalidade de embargo da obra ou interdição, estas persistirão até que seja
regularizada a situação que as provocou.

Parágrafo único - Os elementos essenciais da edificação de que trata o inciso II do art. 77 da Lei n°
9.725/09, são:
I - nível de implantação da edificação;
II - locação da edificação em relação ao terreno;
III - perímetro da edificação;
IV - altura da edificação, incluindo pé direito e espessura de lajes;
V - qualquer outro elemento que configure a mudança de destinação da edificação.
VI – soluções projetuais de gentileza urbana;
Inciso VI acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 52)
VII – dispositivos de controle de drenagem;
Inciso VII acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 52)
VIII – compromissos assumidos no Termo de Conduta Urbanística.
Inciso VIII acrescentado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 52)

Art. 115 - O laudo técnico mencionado no inciso IV do art.77, no § 2º do art. 79 e no inciso II do art.
80, todos da Lei n° 9.725/09, deverá ser elaborado por técnico indicado pelo Executivo.

Parágrafo único - O laudo contemplará as obras necessárias à garantia da segurança da edificação


ou dos imóveis vizinhos e as necessárias para fins de regularização, bem como as condições e o
prazo em que estas deverão ser realizadas.

Art. 115 – O laudo técnico mencionado no inciso IV do art. 77, no § 2º do art. 79 e no inciso II do art.
80 da Lei nº 9.725, de 2009, deverá contemplar as obras necessárias à garantia da segurança da
edificação e dos imóveis vizinhos e as necessárias para fins de regularização, bem como as
condições e o prazo em que deverão ser realizadas.
Art. 115 com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 53)

Art. 116 - No auto de embargo de que trata o art. 77 da Lei n° 9.725/09 deverão constar as condições
estabelecidas no laudo técnico referido no art. 115 deste Decreto.

Art. 117 - Na hipótese do disposto no art. 78 da Lei n° 9.725/09, o órgão de fiscalização encaminhará
à Gerência da SMARU responsável pelo controle urbano a solicitação de cassação do Alvará de
Construção.

Parágrafo único - A cassação será publicada no Diário Oficial do Município e a intimação do


interessado se consumará nos termos do inciso II do art. 73 da Lei n° 9.725/09.

Art. 118 - A autorização prevista no § 2º do art. 79 da Lei n° 9.725/09, durante o prazo em que vigorar
o embargo ou a interdição, deverá ser solicitada ao órgão emissor da autuação.

Art. 119 - A demolição de obra ou edificação correrá a cargo do proprietário.


Parágrafo único - Notificado o proprietário, a demolição deverá ser iniciada em até 90 (noventa) dias e
concluída no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado do recebimento da notificação.

Art. 119-A - A dispensa da notificação prévia relativa aos itens 16, 18 e 19 do Anexo VII da Lei
9.725/09, conforme autorização contida no art. 83 da referida Lei, não ocorrerá quando se tratar de:
I - edificação residencial unifamiliar;
II - edificação residencial multifamiliar ou de uso misto de até 03 (três) pavimentos;
III - edificação não-residencial na qual seja exercida atividade econômica classificada de baixo risco,
nos termos do Anexo Único do Decreto 13.566, de 07 de maio de 2009.
III – edificação não-residencial na qual não seja exercida atividade econômica classificada como de
alto risco, conforme Anexo XIII da Lei nº 11.181, de 2019, e que possua até três pavimentos.
Inciso III com redação dada pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 54)

§ 1º - Para efeito do disposto neste artigo a notificação prévia será considerada atendida mediante a
abertura do respectivo processo de licenciamento, em até 60 (sessenta) dias, contados do
recebimento ou da publicação do documento respectivo, conforme o caso.

§ 2º - A multa será aplicada no caso de não atendimento da notificação prévia.


Art. 119-A acrescentado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 6º)

Seção II
Da aplicação das Penalidades e dos Recursos

Art. 120 - A autuação do infrator dar-se-á em conformidade com o Capítulo VII e o Anexo VII da Lei n°
9.725/09.

§ 1 º - O documento de autuação deverá ser assinado e recebido pelo autuado, seu representante
legal ou preposto, e, em caso de recusa, esta circunstância deverá ser registrada pelo agente fiscal.
§ 2º - A publicação no Diário Oficial do Município dar-se-á quando houver recusa do recebimento do
documento de autuação, pessoalmente ou via postal, ou no caso do infrator, seu representante legal
ou preposto não serem encontrados.

Art. 121 - Para aplicação do disposto nos arts. 81 e 83 da Lei n° 9.725/09, a notificação prévia poderá
ser dispensada, de acordo com o disposto no Anexo VII da mesma lei, hipótese em que será emitida
notificação acessória e haverá aplicação direta da penalidade correspondente à infração.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 122 - Os licenciamentos de demolição, movimentação de terra e tráfego de veículos não vinculados à
aprovação de projetos de edificação serão realizados pela Secretaria de Administração Regional Municipal
pertinente e excepcionalmente pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana.

Art. 122 - Os licenciamentos de demolição, de movimentação de terra, construção de marquise e de


tráfego de veículos não vinculados à aprovação de projetos de edificação serão realizados pela
Secretaria de Administração Regional Municipal pertinente e, excepcionalmente, pela Secretaria
Municipal Adjunta de Regulação Urbana.
Art. 122 com redação dada pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 7º)

Art. 122 – O órgão municipal de regulação urbana é responsável pelo licenciamento das obras
complementares, devendo estabelecer procedimentos para licenciamentos de:
I – demolição;
II – movimentação de terra, entulho e material orgânico;
III – autorização de tráfego de terra, entulho e material orgânico;
IV– muros de arrimo;
V – tapume;
VI – barracão de obras;
VII – reforma.
Inciso VII revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

Parágrafo único – Quando houver necessidade de autorização para ocupação de áreas de relevância
ambiental, o órgão municipal responsável pela política de meio ambiente deverá proceder ao
licenciamento das obras complementares de que tratam os incisos II e III.
Art. 122 com redação dada pelo Decreto nº 17.724, de 4/2/2020 (Art. 22)

Art. 123 - Até que a matéria seja regulamentada pelo Executivo, as edificações destinadas a usos
especiais que impliquem a aglomeração de pessoas, conforme disposto no art. 88 da Lei n° 9.725/09
deverão respeitar:
I - pé direito mínimo de 3,50 m;
II - vão de acesso principal com largura mínima de 1,50 m;

Parágrafo único - Excetuam-se da exigência prevista no inciso I do caput deste artigo:


I - as escolas destinadas ao Ensino Fundamental, Médio e Superior, que deverão garantir pé direito
mínimo de 3,00 m;
II - as pré-escolas, que deverão garantir pé direito mínimo de 2,80 m.

Art. 124 - Ficam revogados:


I - o Decreto n° 3.616, de 13 de novembro de 1979;
II - o Decreto n° 8.928, de 26 de setembro de 1996;
III - o Decreto n° 9.469, de 23 de dezembro de 1997;
IV - o Decreto n° 9.615, de 26 de junho de 1998;
V - o Decreto n° 10.040, de 27 de outubro de 1999;
VI - o Decreto n° 10.064 de 17 de novembro de 1999;
VII - os incisos I e II do art. 137 do Decreto n° 11.601 de 9 de janeiro de 2004;
VIII - o Decreto n° 12.238, de 13 de dezembro de 2005;
IX - o Decreto n° 12.684, de 18 de abril de 2007;
X - o Decreto nº 3.623, de 19 de novembro de 1979;
Inciso X acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 2º)
XI - o Decreto nº 8.863, de 08 de agosto de 1996.
Inciso XI acrescentado pelo Decreto nº 14.408, de 9/5/2011 (Art. 2º)
Art. 125 - Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

CAPÍTULO IX
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

Art. 1º - Os processos de licenciamento, cuja análise não tenha sido concluída pela SMARU até a data de
publicação deste Decreto, ficam sujeitos aos prazos previstos no art. 15 da Lei n° 9.725/09, iniciando-se sua
contagem na data de entrada em vigor da referida Lei.

Art. 1º - Somente estarão sujeitos aos procedimentos, prazos e parâmetros previstos na Lei n°
9.725/09 e neste Decreto os processos de licenciamento e de aprovação de projeto iniciados a partir
de 12 de janeiro de 2010.
 
§ 1° - Aos processos de licenciamento e de aprovação de projeto iniciados até 11 de janeiro de 2010,
cuja análise não tenha sido concluída pelo Executivo até a entrada em vigor da Lei n° 9.725/09,
aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21 de dezembro de 1940.

§ 2º - O Alvará de Construção concedido com fundamento no § 1º deste artigo terá validade de 18 (dezoito)
meses, nos termos do art. 13 do Decreto-Lei n° 84/40, permitida sua renovação, por igual período, por uma única
vez.
§ 2º revogado pelo Decreto nº 13.950, de 29/4/2010 (Art. 8º, II)

§ 3º - O Alvará de Construção emitido antes da vigência da Lei n° 9.725/09 poderá ser revalidado por
mais um período de 18 (dezoito) meses, contados a partir da data do término de sua validade, ficando
as revalidações posteriores sujeitas às exigências desta Lei.
Art. 1º com redação dada pelo Decreto nº 13.882, de 12/2/2010 (Art. 1º)

§ 4º - A renovação prevista no § 3º deste artigo considerará o término da validade do alvará depois de


renovado de acordo com a legislação anterior, quando na data do requerimento estiverem concluídas
as fundações, ou, ainda, no caso de obras em que devido ao porte e características do projeto ou às
condições do terreno, for demonstrada a inviabilidade técnica de conclusão das fundações no prazo
de validade do Alvará de Construção.
§ 4º acrescentado pelo Decreto nº 14.591, de 28/9/2011 (Art. 1º)

§ 5º - O disposto no § 4º deste artigo somente se aplica a obras que já tiverem ultrapassado todas as
etapas anteriores ao comprometimento do terreno com o projeto aprovado, tais como terraplenagem,
limpeza do terreno, colocação de tapume, demolição de edificação existente, quando for o caso, entre
outras.
§ 5º acrescentado pelo Decreto nº 14.591, de 28/9/2011 (Art. 1º)

Art. 2º - Às ações fiscais em curso aplicam-se as disposições do Decreto-Lei n° 84, de 21 de


dezembro de 1940, bem como as penalidades nele previstas.

Art. 3º - O Executivo poderá promover a revisão do presente Decreto a partir de propostas


apresentadas no âmbito dos conselhos municipais pertinentes, bem como pelos órgãos e entidades
de classe interessados, no prazo de 60 (sessenta) dias.

Belo Horizonte, 11 de janeiro de 2010

Roberto Vieira de Carvalho


Prefeito em exercício

ANEXO ÚNICO
TERMO DE COMPROMISSO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO NOS TERMOS DA LEI MUNICIPAL N°
9.725/09 E DE SEU REGULAMENTO
Anexo Único revogado pelo Decreto nº 18.146, de 8/11/2022 (Art. 67)

1. IDENTIFICAÇÃO DO IMÓVEL

CÓDIGO DO DENOMINAÇÃO DO BAIRRO


BAIRRO

SEÇÃO QUARTEIRÃO LOTE(S)

2.IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

NOME CPF/CNPJ

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA (RUA/AVE) N.º

COMPLEMENTO CEP BAIRRO MUNICÍPIO U.F.

E-MAIL TELEFONES PARA CONTATO FAX

CREA:

DATA: ASSINATURA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

COMO Responsável Técnico:


- Declaro que o projeto arquitetônico ora apresentado atende a legislação municipal vigente, em
especial ÀS leiS MunicipaIS N° 9.725/09 e seu regulamento; N° 8.616/03; N° 7.166/96, alterada pela
LEI N°8.137/00; À lei federal N° 10.098/00 e decreto federal N° 5.296/04.

a declaração em desacordo com as REFERIDAS leis implica:


- indeferimento do pedido de licença para construir;
- nulidade da licença eventualmente expedida com suporte na declaração;
- remessa do processo de licenciamento à fiscalização para aplicação DAS penalidades
administrativas cabíveis;
- responsabilidade profissional do declarante junto ao órgão de controle do exercício da profissão;
- remessa de documentos à procuradoria geral do município para apuração da responsabilidade
administrativa, civil e criminal.

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