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O caso prático em apreço reconduz-se ao contencioso administrativo, definido como

um conjunto de normas jurídicas reguladoras da intervenção dos tribunais face a


litígios existentes entre a administração pública e os particulares e que são
solucionadas por aplicação de normas de direito administrativo e por jurisdição
própria.
A hipótese sub Júdice, assenta sobre o recurso contencioso de anulação do acto
sendo este o mecanismos para obtenção da anulação do acto, da declaração de
nulidade ou ainda da inexistência do acto. Através da impugnação do acto interposto
perante o tribunal.
Deste modo, A administração pública sendo um órgão do Estado, dotada de poderes
conferidos por lei. Ao celebrar um contrato de empreitada( o contrato de concepção
e construção do parque empresarial de cacuaco), importa aferir que a administração
está apta a celebrar contratos com particulares como disposto no artigo 120° n° 1 e
2 al. a) das NPAA conjugado com o artigo 3° da LiAA.
Relativamente aos Elementos processuais identificamos os elementos do recurso
contencioso de anulação: Onde as Partes são o Ministério Público, a Administração
Pública e o Empreiteiro. O pedido, singe-se na condenação das partes a executarem
integralmente o contrato ora celebrado ( artigo 8° do RPCA) e a Causa de pedir
funda-se no prejuízo que podia ter sido causado a qualidade de vida dos residentes
da zona de Cacuaco.
Relativamente aos elementos subjetivos identificamos as partes processuais sendo o
Recorrente( o Ministério Público (artigo 2° do RPCA) O qual em matéria tanto
constitucional como administrativa tem legitimidade para fiscalizar e condenar a
execução integral do contrato( artigo 3° al.d) do RPCA conjugado com o artigo 186°
da CRA). E o Recorrido, que é o empreiteiro e/ou a administração pública segundo o
artigo 4° al. a) e c) tbm do RPCA .

Por fim, pronunciando-se sobre os tipos de acções adequadas para fazer valer a
pretensão supra, apraz apontar em primeiro lugar as “Acções para o reconhecimento
de um direito ou interesse legalmente protegido” o qual remete-nos ao texto
constitucional concretamente o artigo 30°( direito à vida) oque implica aferir que
o Estado respeita e protege a vida da pessoa humana e é imprescindível evitar
situações que coloquem o bem jurídico vida, de todo e qualquer cidadão em perigo,
pelo que na hipótese sub judice, a qualidade de vida dos residentes da zona do
Cacuaco seria gravemente lesada pelo não devido cumprimento das cláusulas do
contrato ora estabelecido. O mesmo tipo de acção não é adequada para a obter a
anulação do acto , a declaração de nulidade ou a inexistência do acto, será então
aplicado em segundo lugar outro tipo de acção. Das acções relativas ao contrato
administrativo( artigos 2° n°1 e 3° da LIAA) derivam as “acções sobre execução do
contrato administrativo” que consistirá como meio para o Ministério Público obter
do tribunal uma sentença que condene a administração ou o contraente ( O
empreiteiro, no caso em concreto) a executar integralmente o acordo celebrado para
a concepção e construção do parque empresarial de Cauco.
Assim sendo, o Ministério Público poderá impugnar o acto para obtenção de uma
sanção condenatória junto do tribunal Supremo como consta no artigo 35° al.b) do
RPCA em conjugação com o artigo 69° do mesmo regulamento.

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