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UNIDADE I
Sumário
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida ou transmitida de
qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação ou
qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização,
por escrito, do Grupo Ser Educacional.
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Tópicos Integradores I
Unidade I
Esse é o nosso primeiro encontro desta nova jornada de estudos, aqui você vai receber
orientações para que no futuro seu trabalho seja bem executado.
Desejo que você tenha um excelente aproveitamento com o estudo do nosso guia. Con-
to com seu comprometimento nesta nova jornada acadêmica e acredito que ao final da
nossa disciplina, você terá total domínio do assunto estudado.
Podemos começar?
Orientações da Disciplina
Nesta disciplina você terá a oportunidade de revisar, na unidade I, os conceitos estudados na disciplina
Física Geral e Experimental. Revisaremos a cinemática das partículas, as operações vetoriais e finalizare-
mos com a cinética das partículas.
Na unidade II continuaremos com o estudo da cinética de uma partícula com a apresentação do Princípio
do Trabalho, da Conservação da Energia Mecânica, o Princípio do Impulso, e por fim, apresentaremos o
Princípio da Conservação do Momento Linear.
Na unidade III estudaremos as colisões e iniciaremos o estudo dos corpos sólidos. Analisaremos o mo-
vimento de rotação de um corpo sólido em torno de um eixo fixo e estudaremos a cinética de um corpo
sólido com a definição de Torque e a formulação da Segunda Lei de Newton para o movimento de rotação.
Por fim, na unidade IV, apresentaremos os conceitos de pressão e densidade e estudaremos os líquidos
em equilíbrio, analisando a pressão que eles exercem e a força com que atuam sobre os corpos sólidos
neles imerso. Finalizaremos esta unidade com o estudo dos líquidos em movimento, apresentaremos a
formulação da lei de vazão e da equação de Bernoulli.
Então, você terá ao longo do guia, vários recursos disponíveis para facilitar seu aprendizado. Caso você
queira fazer alguma pesquisa, utilize a nossa Biblioteca Virtual, esta é uma maneira de agregar novos
conhecimentos.
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Assista às videoaulas e as webconferências, elas vão ajudar a esclarecer possíveis dúvidas.
Ao final da nossa unidade, acesse o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e responda as atividades.
Caso tenha alguma dúvida, não perca tempo e pergunte ao seu tutor.
Então, nessa unidade teremos a oportunidade de revisar alguns dos conceitos físicos que estudamos na
disciplina de física geral e experimental. Estudaremos a cinemática escalar, as operações vetoriais e a
cinética. A cinemática é o ramo da mecânica que descreve o movimento independente de suas causas.
Já na cinética a variação do movimento da partícula é analisado a partir das forças que atuam no corpo,
sendo a força o agente físico responsável pela variação do movimento.
Cinemática
Caro(a) aluno (a), neste momento iremos analisar o movimento em si e sua variação, sem nos preocupar-
mos com o que gerou esse movimento ou o que gerou a variação. Estudaremos a posição do corpo ao
longo do tempo, mediremos a velocidade do mesmo, analisaremos se a velocidade está aumentando ou
se ela está diminuindo.
Concentramos nossa atenção na cinemática da partícula. Consideraremos que partícula é qualquer objeto
pontual ou qualquer objeto que se comporte como um corpo pontual (isto é, suas dimensões não serão
relevantes para a resolução do problema). Para compreender a cinemática precisamos entender alguns
conceitos básicos como posição, deslocamento, velocidade e aceleração.
Prezado (a), para simplificar a nossa discursão, vamos limitar nossa análise ao movimento em uma só
dimensão. Por exemplo, o movimento de um carro em linha reta ao longo de uma estrada ou o movimento
de queda de uma maçã madura na cabeça de um jovem estudante de física sentado à sombra de uma
macieira.
Para descrever o movimento, precisamos em primeiro lugar de um referencial, que no caso unidimensio-
nal, é simplesmente uma reta orientada, em que se escolhe a origem O; a distância da partícula até o
referencial, em um dado instante t, é a posição da partícula. Quando a partícula muda sua posição, ela
realiza um deslocamento. Quando esse deslocamento acontece, ele leva um tempo para acontecer. Essa
demora ou intervalo de tempo, necessária para esse deslocamento também é importante. Isso porque o
deslocamento e o intervalo de tempo definem a rapidez do movimento. A rapidez de um movimento é a
velocidade desse corpo.
Na maioria dos movimentos analisados a rapidez da partícula não é constante, assim podemos também
estudar como a rapidez (velocidade) da partícula está variando ao longo do tempo. A taxa de variação da
velocidade em relação ao tempo é chamada de aceleração.
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Velocidade média
Vejamos, a velocidade média de um corpo é definida como a razão entre o deslocamento da partícula e a
variação do intervalo de tempo decorrido. Traduzindo para a linguagem da física e da matemática, o que
dissemos foi que:
Ou
Essa é a forma mais simples de medir a rapidez da partícula. A velocidade no SI (Sistema Internacional
de Unidades) é dada em metros por segundo (m/s). A velocidade média determina a distância percorrida
pela partícula em cada unidade de tempo. Por exemplo, a velocidade de 5 m/s indica a que o corpo per-
corre a distância de 5 m em um 1 segundo e uma velocidade de 80 km/h, indica que o corpo percorre uma
distância de 80 km em 1 hora, assim em 2,5 h ele percorreria a distância de 200 km.
Fique atento!
Quando analisamos o deslocamento de uma partícula e calculamos a sua velocidade
média, não estamos afirmando que a partícula possui uma velocidade constante, mas
que estamos determinando uma velocidade constante que permite a partícula realizar
o mesmo deslocamento no mesmo intervalo de tempo.
Velocidade instantânea
Acredito que nesse momento você deve estar se perguntando: como calcular a velocidade atual de uma
partícula?
Então, a velocidade atual de uma partícula, ou melhor, a velocidade instantânea de uma partícula é de-
termina tomando valores cada vez menores de ∆t. Assim podemos determinar a velocidade instantânea
como:
ou
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Observe que ∆t ou dt é sempre positivo, desta forma quem define o sentido da velocidade é o sinal do
∆x ou dx. Por exemplo, se a partícula está se movendo para a direita (movimento progressivo), figura 1, a
velocidade é positiva; ao passo que se ela está se deslocando para a esquerda, a velocidade é negativa
(movimento retrógrado).
Fique atento!
Exemplo
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Solução:
Sistema de coordenada
A coordenada de posição entende-se da origem fixa O até o carro, positiva para a direita.
Velocidade média
A velocidade média da partícula é dada por
Sendo a posição final e a posição inicial, isso significa que para calcular a velocidade média não precisa-
mos nos preocuparmos com a trajetória, mas apenas com sua posição no início e no final do movimento.
Logo:
ATENÇÂO: A posição inicial da partícula é negativa (, porque o ponto A está à esquerda da origem).
Como é a distância total percorrida pela partícula, a velocidade escalar média depende da trajetória
da partícula. Sendo a distância do ponto A ao ponto B mais a distância do ponto B até o ponto C, ou
seja, =|-7-(-1)|+|14-(-7)|=6+21=27 m Logo:
Aceleração Média
Estudante, se conhecemos a velocidade de uma partícula em dois pontos, a aceleração média da partí-
cula durante um intervalo de tempo ∆t é defino como:
Nesse caso, ∆t representa a variação da velocidade durante o intervalo de tempo ∆t, ou seja, .
A unidade de aceleração no SI é o m/s² (metro por segundo ao quadrado).
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O que significa uma aceleração de 10 m/s²?
Se uma partícula possui uma aceleração de 10 m/s², isso significa que a cada segundo a sua velocidade
está variando em 10 m/s. Por exemplo, se uma partícula parte do repouso com aceleração de 10 m/s²,
decorrido um segundo sua velocidade será de 10 m/s, decorrido mais um segundo sua velocidade será de
20 m/s; ou seja, a cada segunda a velocidade está variando em + 10m/s.
Agora se uma partícula inicia seu movimento com uma velocidade de 12 m/s e uma aceleração constante
é de – 2m/s², decorrido 1 segundo sua velocidade será de 10 m/s; mais um segundo será de 8 m/s, mais
um segundo será de 6 m/s e assim sucessivamente. Observe que nesse segundo exemplo a variação da
velocidade foi de – 2m/s a cada segundo.
Fica a Dica
Aceleração instantânea
A aceleração instantânea no tempo t é determinado tornando-se valores cada vez menores de ∆t e cor-
respontentes valores cada vez menores de ? De maneira que:
ou
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Assim podemos definir que a aceleração é a taxa de variação temporal da velocidade. Em alguns proble-
mas de cinemática a velocidade é uma função da posição, ou seja , Nesse caso, precisamos
eliminar o da equação acima. Fazendo uso da regra da cadeia podemos escrever:
Embora tenhamos produzidos três importantes equações cinemáticas, perceba que a equação não
é independente das equações:
Fica a Dica
Caro (a) aluno (a), nesse conteúdo usaremos as equações cinemáticas para determinar funções que nos
permitam descrever o movimento de um corpo com aceleração constante. Quero deixar claro que o pro-
cedimento que iremos desenvolver nesse momento poder ser aplicado em qualquer problema, ou seja, o
procedimento não é exclusivo para análise de movimentos com aceleração constante; mas, as equações
que iremos obter serão exclusivas para o MRUV.
Considerando que conhecemos a aceleração, cada uma das três equações da cinemática
, e pode ser integrada para se obter fórmulas que relacionam a, v, x e t.
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Integrando em ambos os lados da equação anterior, temos
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Integrando ambos os lados da equação anterior, obtemos:
Exemplo
Neste exemplo, inicialmente, o carro move-se ao longo de uma estrada reta com velocidade de 35 m/s. Se
os freios são aplicados e a velocidade do carro é reduzida a 10 m/s em 15 s, determine a desaceleração
constante do carro e o seu deslocamento.
SOLUÇÃO:
Sistema de coordenada
A coordenada de posição estende-se da origem fixa O até o carro, positiva para a direita.
Aceleração
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Deslocamento
O deslocamento da partícula pode ser determina pela equação de Torricelli, que é utilizada apenas em
problemas em que a aceleração é constante.
Você também poderia resolver esse problema usando a equação horária da posição para o MRUV.
Exemplo
O carro da figura abaixo move-se em uma linha reta de tal maneira que, por um curto período, sua velo-
cidade é definida por v = (0,6t² + t) m/s, onde t está em segundos. Determine sua posição e aceleração
quando t = 3s. Quando t = 0, s = 0.
Solução:
Sistema de coordenada
A coordenada de posição estende-se da origem fixa O até o carro, positiva para a direita.
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Posição
Visto que v = f(t), a posição do carro pode ser determinada a partir de v = dx/dt, pois essa equação rela-
ciona v, x e t. Observe que s = 0 quando t = 0, temos:
Aceleração
Visto que v=f(t), a aceleração é determinada a partir de a = dv/dt, pois essa equação relaciona a, v e t.
ATENÇÃO: as fórmulas para a aceleração constante não podem ser usadas para solucionar esse proble-
ma, porque a aceleração é uma função do tempo.
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Grandeza escalar e grandeza vetorial
Praticando
Então, qual a aceleração do corpo com massa de 5 kg, que está sobre uma superfície com atrito
(µc = 0,2) e sob ação de duas forças com intensidades de 12 N e 20 N?
Fica claro que será impossível resolver esse problema, pois ele está incompleto. Sem conhecer as dire-
ções e os sentidos das forças não teremos como aplicar a segunda lei de Newton para a resolução do
problema. Assim, podemos observar que algumas grandezas físicas só possuem sentido completo quando
definimos seu módulo, sua direção, seu sentido e sua unidade. Essas grandezas são chamadas de gran-
dezas vetoriais. Por outro lado, quando afirmamos que a massa do bloco é 5 kg, temos o entendimento
completo da grandeza massa. Isso significa que algumas grandezas podem ser completamente especifi-
cas quando definimos seu módulo e sua unidade. Essas grandezas são chamadas de grandezas escalares.
Assim em resumo temos:
• Grandeza escalar é qualquer quantidade física positiva ou negativa que pode ser completamente
especificada por seu módulo (intensidade) e sua unidade. São grandezas escalares: massa, tempo, com-
primento etc.
• Grandeza vetorial é qualquer quantidade física que requer uma intensidade, um sentido, uma
direção e sua unidade de medida para sua completa descrição. São grandezas vetoriais: velocidade, força,
momento etc.
De uma forma geral meu caro (a), quando trabalhamos com grandezas escalares precisamos ter um cui-
dado especial com suas unidades, para não somarmos grandezas com unidades diferentes. E quando
trabalhamos com grandezas vetoriais precisamos considerar não só o módulo e a unidade, mas também a
direção e o sentido de cada grandeza. Para auxiliar nas operações com grandezas vetoriais, vamos iniciar
o estudo dos vetores e da matemática vetorial.
Vetor
Para a representação de uma grandeza vetorial utilizamos os vetores. O vetor é um ente matemática
caracterizado por possuir um módulo (intensidade), uma direção e um sentido. Graficamente, um vetor
é representado por um segmento de reta orientado, indicado por uma letra em negrito ou por uma letra
sobre o qual colocamos uma seta.
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Lembre-se que o uso dos vetores nos auxilia nas operações matemáticas com grandezas vetoriais.
Operações Vetoriais
Se um vetor é multiplicado por um escalar positivo, sua intensidade é alterada por essa quantidade. Se o
escalar for um número positivo maior que 1, o vetor será ampliado. Se o escalar for positivo entre 0 e 1 a
intensidade será reduzida. Quando multiplicado por um escalar negativo, além da mudança da intensida-
de ele também mudará o sentido do vetor.
Fica a Dica
A multiplicação de um escalar por um vetor não altera a direção do vetor. Tudo bem até
agora meu caro (a) aluno (a)? Caso você precise de ajuda, sinalize o seu tutor, ele vai te
ajudar no que for preciso.
Adição de vetores
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Regra do paralelogramo
Para ilustrar a regra do paralelogramo na adição de vetores, os vetores A e B, figura abaixo, são somados
para formar um vetor resultante R = A + B usando o seguinte procedimento:
1º Desenhe os vetores com suas origens em um mesmo ponto, mantendo suas intensidades, sentidos e
direções originais.
2º A partir da extremidade de A desenhe uma linha paralela ao vetor B e na sequência desenhe uma
nova linha a partir da extremidade de B paralela ao vetor A. Essas duas linhas se cruzam e formam um
paralelogramo.
3º A diagonal desse paralelogramo, com mesma origem dos vetores A e B e extremidade no vértice opos-
to, represente o vetor resultante R = A + B.
A regra da construção de polígonos é muito útil quando devemos somar mais de dois vetores. Para somar
os vetores A, B e C usando a Regra da construção de Polígonos devemos usar o seguinte procedimento:
2º O vetor com a origem na origem do primeiro vetor e sua extremidade na extremidade do último vetor é
o vetor soma ou vetor resultante R = A + B + C.
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Palavras do Professor
Subtração de vetores
Para subtração de vetores podemos usar a lei do paralelogramo ou a regra da construção de polígonos,
para isso, você deve transformar a operação de subtração em uma operação de soma de vetores. Assim o
vetor diferença D = A – B deve ser escrito como D = A + (-B). O vetor -B é o vetor oposto ao vetor B, ou seja,
o vetor com mesmo módulo, mesma direção e sentido oposto a B. Procedimento para calcular a diferença
entre (D = A – B) dois vetores utilizando a regra da construção de polígonos:
2º O vetor com a origem no início do primeiro vetor e sua extremidade no fim do segundo vetor é o vetor
resultante D = A + (-B), ou seja, o vetor D = A – B.
Comutativa: A ordem em que os vetores são somados não altera a soma, ou seja,
A + B = B + A.
Associativa: A soma dos vetores não é alterada pela associação dos vetores de diferentes formas, ou
seja,
(A + B) + C = A + (B + C).
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Fica a Dica
Agora que já sabemos representar graficamente o vetor soma e o vetor diferença, es-
tamos prontos para determinar o módulo, a direção e o sentido desses vetores resul-
tantes. Para isso usamos a lei dos senos, a lei dos cossenos, a lei do paralelogramo e o
fato que a soma dos ângulos internos de um triângulo é igual a 180º.
A lei dos senos e dos cossenos são duas relações matemáticas que nos permite relacionar os ângulos
internos dos triângulos com as medidas nos seus lados.
Lei dos senos: Em um triângulo qualquer, a razão entre a medida de um lado do triângulo e o seno do
ângulo interno oposto a esse lado é constante, ou seja,
Lei dos cossenos: O quadrado da medida e um dos lados, de triângulo qualquer, é igual à soma dos
quadrados dos outros dois lados, menos o dobro do produto desses dois lados pelo cosseno do ângulo
entre eles, nominalmente,
Lei do Paralelogramo
O quadrado da medida da diagonal, de um paralelogramo qualquer, é igual à soma dos quadrados dos
dois lados adjacentes, mais o dobro do produto desses dois lados pelo cosseno do ângulo entre eles,
nominalmente,
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Notação vetorial cartesiana
Ângulo diretor
É possível representar um vetor em termos de vetores cartesianos unitários . Eles são chamados
de vetores unitários porque possuem módulo 1 e são usados para determinar as direções cartesianas x e
y, respectivamente.
onde Ax e Ay são as componentes ortogonais do vetor A, ou seja, são as projeções do vetor A sobre os
eixos x e y, respectivamente. Como essas componentes formam um triângulo retângulo, podemos deter-
minar suas intensidades a partir das razões trigonométricas do triângulo retângulo da seguinte forma:
No intuito de “simplificar” seu estudo, alguns alunos decoram algumas fórmulas sem entender o seu
real significado, que resulta em erros na resolução de problemas. Um bom exemplo é decorar que
a , onde na realidade ele precisa entender que a componente do
vetor A na direção do cateto adjacente do ângulo diretor é igual ao módulo de vezes o cosseno do
ângulo diretor e a componente do vetor que está da direção do cateto oposto ao vetor diretor é igual
ao módulo de vezes o seno do ângulo diretor.
Triângulo diretor
Nesse caso o vetor pode ser escrito na forma cartesiana do seguinte modo:
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Onde as componentes ortogonais do vetor são obtidas das razões de proporcionalidade entre os lados
correspondentes dos triângulos semelhantes abc e AxAyA.
Se você ficou com alguma dúvida na representação dos vetores cartesianos a partir do seu
triângulo diretor, assista a web conferência da UNIDADE I, utilize seu material de estudo e
principalmente não esqueça do seu tutor, ele pode te ajudar no que for preciso.
Palavras do Professor
Meu caro (a), agora que você aprendeu com a aplicação dos conceitos estudados até
aqui, recomento que acompanhe a resolução dos exemplos a seguir, para que você
aprenda realmente não terá outra opção a não ser praticar.
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Exemplo
Solução
Utilizando a regra dos paralelogramos traçamos uma reta com início na extremidade do vetor F e paralela
ao vetor força de intensidade 200 N e na sequência desenhamos uma nova reta com origem na extremi-
dade do vetor com intensidade de 200 N e paralela ao vetor F. A interseção das retas estará sobre o eixo
y, pois o problema afirma que a resultante das forças está sobre esse eixo. Com o paralelogramo formado,
encontramos os ângulos internos e utilizamos a lei dos senos para determinar a intensidade do vetor
resultante e do vetor F.
Se você observar apenas o lado esquerdo do paralelogramo verá um triângulo com os ângulos de 45° e
30°. Como a soma dos internos é igual a 180°, o terceiro ângulo será de θ = 75°.
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Aplicando a lei dos senos para determinar o módulo de F, temos:
e
Aplicando novamente a lei dos senos para determinar a intensidade da força resultante, temos:
Exemplo
O anel mostrado na figura está submetido a duas forças F1 e F2. Se for necessário que a força resultante
tenha intensidade de 1 kN e seja orientada verticalmente para baixo, determine (a) a intensidade de F1 e
F2, desde que Ɵ = 30°, e (b) as intensidades de F1 e F2, se F2 for mínima.
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Solução
Letra a: Utilizando a regra da construção de triangulo, você deve desenhar o vetor F1 com sua origem na
extremidade do vetor F2, mantendo módulo direção e sentido. O vetor resultante tem origem no início do
vetor F2 e sua extremidade a fim do vetor F1. Como a soma dos ângulos internos do triângulo é 180º, o
ângulo entre F2 e F1 é 130°. Já que a intensidade do vetor resultante é 1 kN podemos determinar as inten-
sidades de F1 e F2 usando a lei dos senos.
Letra b: Observando a figura ao lado você pode concluir que a força F2 será mínima se o ângulo entre F1 e
F2 for igual a 90°. E usando as razões trigonométricas do triângulo retângulo, temos:
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Determine as componentes x e y de F1 e F2 que atuam sobre a lança mostrada na figura. Expresse cada
força como um vetor cartesiano.
Solução: Na figura b temos o desenho das componentes do vetor F1 nas direções x e y. A componente F1x
pode ser deslocada verticalmente para cima para formar um triângulo retângulo, regra da construção de
triângulos, no intuito de ser usada a definição de seno e de cosseno na determinação das intensidades
das componentes de F1.
Nota1: O sinal de menos foi utilizado na equação acima porque a direção da componente horizontal de F1
aponta no sentido negativo do eixo x.
Para determinar as componentes de F2 iremos usar a semelhança de triângulos. Agora F2x pode ser deslo-
cado de maneira a formar um triangulo retângulo semelhante ao triangulo diretor 5, 12, 15.
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Nota1: O sinal de menos foi utilizado na equação acima porque a direção da componente vertical de F2
aponta no sentido negativo do eixo y.
Exemplo
A ponta de uma lança O na figura (a) está submetida a três forças coplanares e correntes. Determine a
intensidade e a direção da força resultante.
Solução
Somando as componentes x, temos:
O sinal negativo indica que a resultante na direção x atua para a esquerda. E somando as componentes
y, temos:
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A direção do vetor resultante é dada por:
Esse ângulo é medido com relação ao eixo negativo de x no sentido horário. É comum a direção do ângulo
ser determinado com relação ao semieixo x positivo no sentido anti-horário. Nesse caso θ = 180° - 37,8°
= 142,2°.
Cinética
Bom meu caro (a) aluno (a), cinética é o ramo da dinâmica que trata da relação entre a variação do
movimento de uma partícula e as forças que causam esta variação. A base para a cinética são as leis de
Newton, em especial a sua segunda Lei, que afirma que quando uma força resultante atua sobre uma
partícula, a partícula acelerará na direção da força com uma intensidade que é diretamente proporcional
a força resultante.
Se a massa da partícula é m, a segunda lei do movimento de Newton pode ser escrita em forma mate-
mática como;
É importante lembrar que essa é uma equação vetorial, assim se mais de uma força atua sobre uma partí-
cula a força resultante é determinada por uma soma vetorial de todas as forças que atuam sobre a partícu-
la. A unidade de força no SI é Newton (N). Newton postulou mais duas leis de movimento. Vamos a elas:
Primeira Lei: Todo corpo permanece em estado de repouso ou movimento retilíneo e uniforme, a menos
que atuem sobre ele uma força resultante diferente de zero.
Segunda lei: A toda ação existe sempre uma reação igual em módulo e direção, mas sentido contrário.
Fica a Dica
Fica a dica, na determinação das forças que atuam em um corpo é importante que você
entenda que as força de ação e reação sempre possuem o mesmo módulo, a mesma
direção e o sentido oposto. Além disso, a forças de ação e reação sempre atuam em
corpos diferentes, ou seja, se o corpo A exerce uma força sobre o porco B de módulo
F, direção horizontal e no sentido da direita para a esquerda; isso significa que o corpo
B exercerá sobre o corpo A uma força com módulo F, direção horizontal e sentido da
esquerda para direita.
Logo, a força Normal não pode ser a reação da força Peso, pois elas atuam sobre o
mesmo corpo e sua direção e módulo não são necessariamente iguais.
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Equação do movimento: coordenadas cartesianas
Como a equação do movimento é uma equação vetorial precisamos determinar o sistema de coordenas
para a análise do movimento da partícula. Nessa disciplina utilizaremos o sistema de coordena retangular.
O sistema de coordenada retangular é um sistema fixo com três direções ortogonais, que chamaremos
de x, y e z. A direções x, y e z serão representadas pelo versores . Assim podemos escrever a
equação do movimento da seguinte forma:
Uma vantagem em se usar um sistema de coordenada retangular é o fato de que suas componentes são
independentes, ou seja, a componente x da aceleração depende exclusivamente da componente x da
força resultante, assim como as demais componentes. Isso nos permite transformar a equação vetorial
acima em três equações escares, como representado abaixo:
Leitura complementar
Caro (a) aluno (a), com intuito de aprofundar o entendimento das leis de Newton suge-
rimos a leitura complementar do livro-texto do professor Hugh D Young, Curso de Física
Básica, vol. 01, ed. Pearson Education do Brasil, capítulos 4 e 5. Livro disponível da
Biblioteca Virtual da Pearson.
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Exemplo
A caixa mostrada na figura (a) repousa sobre uma superfície horizontal para a qual o coeficiente de atrito
cinético é =0,3. Se a caixa está sujeita a uma força de 400 N como mostrado, determine a velocidade da
caixa após 3 s partindo do repouso.
SOLUÇÃO
Podemos utilizar a equação do movimento para determinarmos a aceleração da caixa a partir das forças
que agem sobre a caixa e a velocidade da caixa pode então ser determinada utilizando-se a cinemática.
A construção do diagrama de corpo livre é uma etapa essencial para resoluções de problema de cinética.
O diagramada consiste em desenhar o contorno do corpo analisado, sem as informações ao seu redor e
sem riqueza de detalhes, indicando todas as forças que atuam no corpo, como respectivos valores e dire-
ções, ver figura (b). O peso da caixa é P = mg = 509,81 = 409,5 N. A força de atrito tem uma intensidade
Fat = µcNc e atua para a esquerda, visto que ela se opõe ao movimento da caixa. Como a componente da
vertical da força F é menor que o peso da caixa, a aceleração da caixa será na direção horizontal positiva.
Temos duas incógnitas, a saber, Nc e a.
Equação do movimento
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Cinemática
Como a aceleração é constante, podemos utilizar a equação horárias do MRUV para determinarmos a
velocidade em t = 3s. Observe que a velocidade inicial é 0, pois a partícula parte do repouso, assim temos:
v = v0 + at
v = 0 + 5,185·3
v = 15,6 m/s
Exemplo
Um projétil de 10 kg é disparado para cima a partir do solo com uma velocidade inicial de 50 m/s. Deter-
mine a altura máxima que ele atingirá se a resistência atmosférica for medida como FD = (0,00v²) N, onde
v é a velocidade escalar do projétil a qualquer instante, medida em m/s.
Solução
Além da força peso, a força FD também tende a retardar o movimento para cima do projétil, elas atuam
para baixo, como mostra o diagramada de corpo livre.
Equação do movimento
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Cinemática
Aqui, a aceleração não é constante, visto que FD depende da velocidade. Como , podemos
relacionar a aceleração à posição utilizando:
Palavras do Professor
Finalizamos o nosso primeiro encontro e espero que você tenha aproveitado todas as
informações aqui apresentadas com muita responsabilidade.
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