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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

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Engenharia Civil -EAD

Maio - 2022
Até o século XIX, pouco se conhecia acerca do proporcionamento
adequado dos materiais constitutivos dos concretos e argamassas. Em 1828,
na França, Louis J. Vicat (apud Ferrari, 1968) constatou experimentalmente
que uma determinada relação cimento/areia conduzia à máxima resistência das
argamassas.

O início da tecnologia no Brasil está ligado à instalação, pela Escola


Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP), do Gabinete de
Resistências dos Materiais, em 1899.

No ano de 1944, por ocasião do Simpósio de Estruturas realizado no Rio


de Janeiro, promovido pelo INT, Lobo Carneiro propôs a adoção de resistência
de dosagem tendo como base valores mínimos representados pelo quantil de
2.5%. Essas ideias eram avançadíssimas para a época, uma vez que,
internacionalmente, apenas poucos meses antes haviam sido publicados os
trabalhos clássicos de Morgan & Walker (1944). Esses pesquisadores
propuseram, no entanto, a adoção de uma resistência mínima que fosse
ultrapassada em 99% das vezes, ou seja, correspondente ao quantil de 1%. A
história demonstrou que Lobo Carneiro estava mais próximo do consenso, pois,
atualmente, adota-se, em nível mundial, a resistência mínima (característica)
como aquela que corresponde ao quantil de 5% (Helene, 1999). Ou seja,
mesmo no inicio da adoção de uma normatização aqui no Brasil, os valores
utilizados já eram bons até para os padrões atuais.

A melhor maneira de fazer uma analise de uma laje ou estrutura onde


são desconhecidos o projeto estrutural e a tecnologia do concreto utilizados, é
fazendo uma prova de carga controlada. A prova de carga é um conjunto de
atividades, destinadas a analisar o desempenho de uma estrutura através das
medições dos efeitos após a estrutura ser submetida a esforços solicitantes.

Para ocorrer estas medições, a estrutura deve ser submetida ao


carregamento de prova, ou seja, conjunto de ações externas que são
dimensionadas segundo critérios pré-estabelecidos a fim de não carregar a
estrutura em ELU (estado limite último).

A finalidade do ensaio é avaliar as seguintes situações: Utilização


prevista para a estrutura, tendo como base a frequência das ações e sua
intensidade; verificar o estado limite último; verificar o estado limite de serviço,
quando não se tem projetos estruturais e memórias de cálculo.

Este ensaio por não ser destrutivo tem sido a melhor opção para
verificação de uma estrutura, principalmente para edificações que tiveram sua
categoria de uso alterados.

O planejamento e controle da execução da prova de carga depende,


entre outros fatores, da perfeita coordenação entre a aplicação do
carregamento na estrutura, medição de seus efeitos, analise imediata dos
resultados e a liberação do carregamento.

Estas atividades devem ser supervisionadas por Engenheiro de


estruturas, capacitado a decidir em cada etapa do ensaio, sobre prosseguir ou
parar com o carregamento.

O Engenheiro deve ter relógios medidores de deformação ou qualquer


outro equipamento que garanta as medições de deformação. No momento do
carregamento, meios de comunicação entre quem lê os equipamentos e o
pessoal que está adicionando a carga, posicionamento da carga. A fim de que
ela fique distribuída sobre o elemento e não acumulado sobre um único ponto.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS:

TUTIKIAN, Bernardo F. e Paulo Helene, Dosagem dos Concretos de Cimento Portland, 2011.
IBRACON.

NBR 9607 – Prova de carga em estruturas de concreto armado, 2019.


https://projetosestruturaissp.com.br/blog/calculo-estrutural/nbr-9607-prova-de-carga-em-
estruturas-de-concreto-armado/. Acessado em 24/05/2022 as 17:30.

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