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ENTIDADES RELIGIOSAS
CRISTÃS
Uma reflexão inicial
Eduardo Gonçalves Mateus
Introdução
O crescimento do terceiro setor no Brasil teve como propulsão a promoção do
bem-estar social, tentando de alguma forma, suprir a ineficiência do Estado
(primeiro setor) em propiciar os direitos básicos da sociedade, assim como vem
ganhando força também, ao tentar proporcionar oportunidades que no setor
privado (segundo setor) estão cada vez mais escassas, e assim estabelecer
um objetivo social e comunitário.
Desenvolvimento
Juridicamente, todas as igrejas-instituição deveriam ser
instituídas/estabelecidas pelos meios legais brasileiros (estatutos sociais,
registros em cartório, abertura de CNPJ, registros nos órgãos competentes).
O CNAE – Código Nacional de Atividades Econômicas define:
91.9 OUTRAS ATIVIDADES ASSOCIATIVAS
91.91-0 Atividades de organizações religiosas
9191-0/00 Atividades de organizações religiosas
Esta subclasse compreende:
- As atividades de organizações religiosas ou filosóficas
- As atividades de igrejas, mosteiros, conventos ou organizações similares.
- A catequese, a celebração ou organização de cultos.
“Em outro caso, surgiram problemas entre diversos irmãos e o pastor. Este
mudava constantemente as pessoas do cargo de liderança da igreja, pois dizia
que não cumpriam sua tarefa. Isto criou fortes ressentimentos contra ele e uma
resistência da parte dos outros irmãos a aceitar cargos. Ao ser estudada a
situação, descobriu-se que os irmãos “que não cumpriam as tarefas”
argumentavam que eles eram nomeados e recebiam um cargo, mas não
sabiam em que consistiam, quais eram seus deveres, e não recebiam
nenhuma instrução para desempenhá-los adequadamente”.
Controles e Formalidades
Muitas instituições não se deram conta da obrigatoriedade do registro em
órgãos competentes e de se manter a contabilidade formal para a igreja-
instituição. Para dar mais transparência e profissionalismo, seria muito
importante que fosse contratado um contador ou um escritório de contabilidade.
Outro controle muito eficiente é o fluxo de caixa e o balancete mensal contendo
de forma discriminada todas as entradas e saídas financeiras, disponível e de
fácil acesso para todos os membros/associados acompanharem o
direcionamento dos recursos.
Conclusão
Como o próprio título diz, é uma reflexão inicial sobre o assunto, portanto ainda
merece um aprofundamento em diversos pontos e questões, mas já sabemos
que é preciso diferenciar as questões espirituais e de crenças das questões
administrativas. Uma boa gestão administrativa no terceiro setor é
imprescindível. Concluímos que no mínimo a igreja-instituição deve possuir:
• Instituição pelos meios legais brasileiros (estatutos sociais, registros em
cartório, abertura de CNPJ, registros nos órgãos competentes).
• Regimento Interno e a instituição do modelo de decisão
• Transparência na gestão administrativa
• Comprometimento dos membros/associados no acompanhamento e
fiscalização
• Planejamento orçamentário
• Controles internos e contabilidade formal
• Meios lícitos de assegurar recursos financeiros
· Pis sobre folha: A contribuição para o PIS das será determinada na base de
1% sobre a folha de salários do mês.
Bibliografia
IBGE, <http://www.ibge.gov.br/concla/download/CNAE_fiscal1.1.pdf >
acessado em 14/11/2008 – pág. 210 e 211