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Albert Einstein
Einstein procurou assim explicar de forma bem-humorada sua complexa teoria da relatividade:
“Quando você está cortejando uma moça simpática, uma hora parece um segundo. Quando
você se senta sobre carvão em brasa, um segundo parece uma hora. Isso é a relatividade.”
Sua aversão à maior parte das disciplinas escolares lhe rendeu a fama de ter dificuldades no
aprendizado. Mas naquilo que lhe interessava, como física e matemática, mostrava sua inteligência
precoce e revelava-se um autodidata. Consciente dessa capacidade, mostrava-se às vezes
convencido e insolente. A filosofia era outro campo do conhecimento que agradava muito ao jovem
Einstein. Apresentado à complexa obra metafísica de Immanuel Kant, provavelmente como um
desafio a sua precoce genialidade, descobriu nela uma construção de excepcional profundidade que
buscava explicar absolutamente tudo. Aquilo o influenciaria pelo resto de sua vida.
Apesar da vontade do pai para que estudasse engenharia e ingressasse nos negócios da família,
Einstein contou com a compreensão paterna ao demonstrar que aquilo não o interessava. Sua vida
estudantil manteve-se errática. Alcançava excepcionais notas em matemática e física, mas era de
forma proposital um fracasso nas demais disciplinas. Recusava-se a seguir instruções e preferia usar
seus próprios métodos, mesmo quando fazia experiências em laboratório.
Com o apoio financeiro dos parentes de sua mãe, Einstein foi estudar na Suíça. Em 1895, começou
a frequentar a Politécnica de Zurique, a melhor escola técnica da Europa central. A atmosfera
intelectual, a liberdade para o debate e o ar cosmopolita de Zurique ajudaram Einstein a
desenvolver seu brilhantismo e o aproximaram das idéias socialistas. Nesse período, formou um
círculo de amigos íntimos, que como ele eram estudantes de matemática e física obcecados pelas
questões fundamentais da ciência. A capacidade genial de Einstein foi logo percebida pelos colegas
que o ajudavam de forma que ele pudesse acompanhar o curso.
Entre os amigos de Einstein em Zurique havia uma moça, aliás a única da turma. Mileva Maric era
sérvia e se tornou a primeira mulher com quem o namoradeiro Einstein podia discutir seus temas
mais complexos de física. Às duras penas, conseguiu se formar em 1900. Para escapar do serviço
militar na Alemanha, permaneceu na Suíça, onde obteve sua cidadania, mas teve enormes
dificuldades para arranjar emprego. Enquanto trabalhava como professor temporário em uma escola
próxima a Zurique, tornou-se amante de Mileva. Ao fim do emprego temporário descobriu que ela
estava grávida. Desempregado e sem dinheiro, não teria como se casar e sustentá-la. Mileva então
voltou a morar com os pais, onde deu a luz a uma menina. O destino de Lisa, a primeira filha de
Einstein é nebuloso. Ao que tudo indica, ela foi adotada pelos pais de Mileva, mas desapareceu sem
deixar vestígios.
Enquanto isso, Einstein conseguiu um emprego no Escritório de Patentes em Berna, na Suíça. Um
ano após o nascimento de Lisa, Mileva deixou sozinha a casa dos pais e foi se encontrar com
Einstein. Eles se casaram em 1903 e, no ano seguinte, nasceu Hans Albert. Naquele momento,
Einstein produzia ensaios que apesar de não serem excepcionais traziam alguns dos insights que
revolucionariam a física. Suas idéias sobre a luz, o espaço e o tempo não se enquadravam nas leis
da física clássica desenvolvidas por Newton dois séculos antes. Einstein começava a elaborar as
teorias que mudariam nossa forma de compreender o universo.
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