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Marcélia Gomes Machado

Estudo Experimental da Ductilidade de Vigas em Concreto


Armado Reforçadas à Flexão Utilizando Compósitos
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

com Tecido de Fibras de Carbono

Dissertação de Mestrado

Dissertação apresentada como requisito parcial


para obtenção do título de Mestre pelo Programa de
Pós-Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio.
Área de Concentração: Estruturas.

Orientadores: Marta de Souza Lima Velasco


Emil de Souza Sánchez Filho

Rio de Janeiro
Julho de 2004
Marcélia Gomes Machado

Estudo experimental da ductilidade de vigas em concreto


armado reforçadas à flexão utilizando compósitos
com tecido de fibras de carbono

Dissertação apresentada como requisito parcial para


obtenção do título de Mestre pelo Programa de Pós-
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Graduação em Engenharia Civil da PUC-Rio. Aprovada


pela Comissão Examinadora abaixo assinada.

Profa. Marta de Souza Lima Velasco, D.Sc.


Orientadora
Departamento de Engenharia Civil - PUC-Rio

Prof. Emil de Souza Sánchez Filho, D.Sc.


Co-orientador
Universidade Federal de Juiz de Fora

Prof. Giuseppe Barbosa Guimarães, Ph.D.


Departamento de Engenharia Civil – PUC-Rio

Prof. Robson Luiz Gaiofatto, D.Sc.


Universidade Católica de Petrópolis

Prof. Ricardo Einsfeld, D.Sc.


Universidade Estadual do Rio de Janeiro

Prof. José Eugênio Leal.


Coordenador Setorial
do Centro Técnico Científico – PUC-Rio

Rio de Janeiro, 9 de Julho de 2004.


Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total
ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do
autor e dos orientadores.

Marcélia Gomes Machado


Graduou-se em Engenharia Civil na UFJF (Universidade
Federal de Juiz de Fora). Na UFJF, desenvolveu projetos
de Iniciação Científica na área de Viga de Concreto
Armado Reforçado com Fibras de Carbono. Na PUC-Rio
desenvolveu seu trabalho de pesquisa com ênfase em
Concreto Armado.

Ficha Catalográfica

Machado, Marcélia Gomes


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Estudo experimental da ductilidade de vigas em


concreto armado reforçadas à flexão utilizando
compósitos com tecido de fibras de carbono / Marcélia
Gomes Machado; orientadores: Marta de Souza Lima
Velasco, Emil de Souza Sánchez Filho. - Rio de Janeiro:
PUC, Departamento de Engenharia Civil, 2004.

301 f. : il. ; 29,7 cm

Dissertação (mestrado) - Pontifícia Universidade


Católica do Rio de Janeiro, Departamento de Engenharia
Civil.

Inclui referências bibliográficas.

1. Engenharia Civil – Teses. 2. Reforço Estrutural, 3.


Concreto Armado, 4. Fibra de Carbono. I. Velasco, Marta
de Souza Lima. II. Sánchez Filho, Emil de Souza. III.
Pontifícia Universidade Católica. Departamento de
Engenharia Civil. IV. Título.

CDD: 624
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Para meus queridos pais, Rita e Paulo,


pelo amor, incentivo,
apoio e confiança.
Agradecimentos

À minha orientadora, professora Marta de Souza Lima Velasco, pela dedicação


e compreensão.
Ao meu co-orientador, professor Emil de Souza Sanchez Filho, por
compartilhar comigo seu conhecimento, pela paciência, compreensão e
dedicação permanente.
Aos meus amados pais, pelo apoio, carinho e compreensão ao longo deste
trabalho que só foi possível por acreditarem no meu sucesso e estarem sempre
ao meu lado.
Aos funcionários Ana Roxo, Euclídes, José Nilson, Evandro e Haroldo por me
oferecerem condições de percorrer esse caminho, concretizando este trabalho.
Aos meus amigos, por terem sido grandes companheiros durante esta jornada,
em especial ao Flávio, Renato, Ramires, Júlio, Juliana e Marcela que
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contribuíram muito para a conclusão deste trabalho.


Ao João Batista do IBTS – Instituto Brasileiro de Telas Soldadas, pela atenção
e generosidade ao me ajudar no período de aquisição dos materiais.
À GERDAU pela doação de todo aço necessário e à LAFARGE BRASIL S.A.,
empresa que forneceu o concreto utilizado nas vigas ensaiadas.
Ao Guilherme Andrade da ABCP – Associação Brasileira de Cimento Portland,
pela ajuda na aquisição do concreto para a confecção das vigas.
À RHEOTEC, em especial ao Prof. Robson Luiz Gaiofatto, pelo fornecimento
de todo o tecido de fibra de carbono necessário e essencial para essa
pesquisa.
Á CAPES pelo apoio financeiro.
Ao meu namorado Mahomed, pelo amor, carinho e compreensão durante todos
os momentos de execução deste trabalho.
Ao Cris Anderson por sermos amigos pelo destino, mas grandes irmãos por
escolha. Pela verdadeira amizade, preocupação e carinho.
À Fernanda, Antônio, Lincoln e Tininha, pela amizade e carinho com que me
acolheram aqui no Rio de Janeiro, e ao Mahteus e Mahrcello por me
proporcionarem vários momentos de alegria e felicidade, ajudando-me a
superar a distancia e a saudade da minha família.
A Deus pela família maravilhosa que tenho, pelos amigos que conquistei, pela
força e graça de poder realizar este trabalho.
Resumo

Machado, Marcélia Gomes; Velasco, Marta de Souza Lima; Sánchez


Filho, Emil de Souza. Estudo Experimental da Ductilidade de Vigas em
Concreto Armado Reforçadas à Flexão Utilizando Compósitos com
Tecido de Fibras de Carbono. Rio de Janeiro, 2004. 301p. Dissertação de
Mestrado - Departamento de Engenharia Civil, Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro.

Este trabalho experimental tem como objetivo estudar a ductilidade de


vigas retangulares de concreto armado reforçadas à flexão utilizando compósitos
com tecido de fibras de carbono.
No estudo realizado são apresentados os conceitos clássicos de ductilidade
e é proposta uma nova sistemática para obtenção do índice de ductilidade,
baseada nas considerações da energia elástica e da energia inelástica. A
ductilidade é determinada por meio de um índice energético, que se caracteriza
como uma forma mais eficiente para a determinação e análise da ductilidade em
elementos estruturais.
O programa experimental consistiu no ensaio de sete vigas bi-apoiadas,
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sendo uma viga de referência e as demais reforçadas à flexão com tecido de


fibras de carbono. Todas as vigas possuem as mesmas características mecânicas
e geométricas e foram dimensionadas de modo a garantir a ruptura por flexão. A
viga de referência, a primeira ensaiada, não foi reforçada e serviu para
comparações de incremento de rigidez e resistência após a aplicação do reforço.
As vigas reforçadas foram divididas em dois grupos. O grupo A é constituído de
duas vigas, reforçadas inicialmente com uma e duas camadas de tecido de fibra
de carbono. O grupo B é constituído por quatro vigas que foram reforçadas após
um carregamento inicial. Neste grupo, duas vigas foram reforçadas com uma
camada de tecido de fibra de carbono e as outras duas foram reforçadas com
duas camadas de tecido de fibras de carbono, correspondendo à mesma área total
de reforço das anteriores.
Todas as vigas foram concretadas, instrumentadas e ensaiadas no
Laboratório de Estruturas e Materiais da PUC-Rio. Os ensaios das vigas do
grupo B foram realizados com as vigas pré-ensaiadas, reforçadas sob
deformação constante e em seguida levadas à ruptura. A deformação foi mantida
constante durante a aplicação e o período de cura do reforço.
Os resultados obtidos em termos de carga, flecha, momento, curvatura,
ductilidade energética e rotação plástica foram analisados. Os estudos realizados
mostraram que o reforço com compósitos de fibras de carbono é uma técnica
eficaz, que as vigas apresentam ductilidade adequada e que os índices
energéticos propostos são adequados para este tipo de estudo.

Palavras-chave
Reforço Estrutural; Concreto Armado; Compósitos de Fibra de Carbono;
Ductilidade.
Abstract

Machado, Marcélia Gomes; Velasco, Marta de Souza Lima; Sánchez


Filho, Emil de Souza (Advisors). Experimental Study on Ductility of
Reinforced Concrete Beams Strengthened in Flexure with Carbon
Fiber Composites. Rio de Janeiro, 2004. 301p. MSc. Dissertation – Civil
Engineering Department, Pontifícia Universidade Católica do Rio de
Janeiro.

The objective of this experimental work is to study the ductility of


reinforced concrete beams strengthened in flexure using externally bonded
carbon fiber fabric composites.
This study presents the classic concepts of ductility and proposes a new
systematic to obtain the ductility index, which is based on the considerations of
elastic and inelastic energy. The ductility was determined by an energetic index,
which has seen to be a more efficient method to establish and analyze the
ductility of structural elements.
The experimental program consisted of seven beams tests. One was used
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as a control beam without external reinforcement and the others were


strengthened with carbon fibers in order to resist flexural load. All the beams had
the same mechanical and geometrical characteristics and were designed to fail in
flexure. The control beam was not strengthened and its purpose was to compare
the stiffness’ increase and resistance after the strength. The strengthened beams
were divided in two groups. Group A was constituted by two beams, initially
strengthened by one and two layers of carbon fiber fabric. Group B was formed
by four beams which were strengthened after the application of an initial load. In
this group, two beams were strengthened by one layer of carbon fiber fabric and
the other two were strengthened by two layers, which corresponded to the same
area of the others.
All the beams were cast, instrumented and tested in the Structural and
Materials Laboratory at PUC-Rio. Group B tests were performed with the pre-
tested beams strengthened under constant strain, and then loaded up to rupture.
The strain was kept constant during the application and cure of the external
reinforcement.
The results obtained in terms of load, deflection, resistant moment,
curvature, energetic ductility indexes and plastic rotation were analyzed. The
study showed that the reinforcement using carbon fiber fabric composites is an
efficient technique, the beams presented adequate ductility and the proposed
energetic ductility indexes are consistent formulae for this kind of study.

Keywords
Structural Strengthening; Reinforced Concrete; Carbon Fiber Composites;
Ductility.
Sumário

1 Introdução 34
1.1. Considerações Gerais 34
1.2. Objetivos 35
1.3. Organização do Trabalho 36

2 Reforço Estrutural com Tecidos de Fibras de Carbono 38


2.1. Introdução 38
2.2. Compósitos de Fibras de Carbono 39
2.3. Resina Epoxídica 46
2.4. Tipos de Ruptura de Vigas Reforçadas 48
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2.5. Reforço à Flexão 52


2.5.1. Análise no Estado Limite Último 54

3 Conceitos Clássicos de Ductilidade 58


3.1. Introdução 58
3.2. Índices de Ductilidade 59
3.3. Energia de Deformação 60
3.4. Índice de Ductilidade Energética 62
3.5. Ductilidade de Vigas Reforçadas 67
3.5.1. Relação Momento Fletor x Curvatura 68
3.5.2. Vigas Reforçadas com Tecido de Fibra de Carbono 70
3.5.2.1. Homogeneização da Seção 71
3.5.2.2. Seção Fissurada 73
3.5.3. Determinação dos Índices de Ductilidade Energéticos 77
3.5.4. Rotação Plástica 81

4 Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 86


4.1. Introdução 86
4.2. Estudo de BENCARDINO (2002) 86
4.3. Estudo de MACHIDA e MARUYAMA (2002) 89
4.4. Estudo de DUTHINH e STARNES (2001) 90
4.5. Estudo de GRACE et al. (2002) 94
4.6. Estudo de PARRA e BENLLOCH (2001) 97
4.7. Estudo de EL MIHILMY e TEDESCO(2000) 100

5 Programa Experimental 107


5.1. Introdução 107
5.2. Materiais 108
5.2.1. Concreto 108
5.2.1.1. Resistência à Compressão Simples do Concreto 109
5.2.1.2. Resistência à Compressão Diametral do Concreto 110
5.2.1.3. Módulo de Elasticidade do Concreto 111
5.2.2. Aço 113
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5.2.3. Tecido de Fibra de Carbono 114


5.2.4. Materiais Necessários para a Aplicação do Tecido de Fibra de
Carbono 115
5.2.4.1. Resina de Imprimação 115
5.2.4.2. Resina Epoxídica 116
5.2.5. Ensaio de Resistência à Tração do Compósito de Fibra de
Carbono 117
5.3. Descrição das Vigas 119
5.3.1. Características Mecânicas e Geométricas das Vigas 119
5.3.2. Cálculos Básicos 121
5.3.3. Dimensionamento à Flexão 121
5.3.4. Dimensionamento à Força Cortante 122
5.3.5. Reforço à Flexão 124
5.4. Confecção das vigas 126
5.4.1. Formas 126
5.4.2. Concretagem 129
5.4.3. Execução do Reforço 129
5.4.4. Instrumentação das Vigas 130
5.4.4.1. Extensômetro Mecânico 130
5.4.4.2. Extensômetros Elétricos de Resistência 131
5.4.4.3. Deflectômetros Elétricos 131
5.5. Execução dos Ensaios das Vigas 132
5.6. Descrição dos Ensaios 134
5.6.1. Viga de Referência 134
5.6.2. Viga AI 135
5.6.3. Viga AII 136
5.6.4. Viga BI-1 137
5.6.5. Viga BI-2 139
5.6.6. Viga BII-1 140
5.6.7. Viga BII-2 141

6 Análise dos Resultados 143


6.1. Introdução 143
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6.2. Capacidade Resistente das Vigas 143


6.3. Gráficos Obtidos nos Ensaios 147
6.4. Índices de Ductilidade 147
6.4.1. Índices de Ductilidade de Flecha 148
6.4.2. Índices de Ductilidade de Curvatura 149
6.5. Índices de Ductilidade Energética 151
6.5.1. índices de Ductilidade Energética de Flecha 151
6.5.2. índices de Ductilidade Energética de Curvatura 152
6.6. Análise das Cargas 153
6.6.1. Cargas de Fissuração 154
6.6.2. Cargas de Escoamento 154
6.6.3. Cargas de Ruptura 155
6.7. Análise das Flechas 156
6.8. Curvas Experimentais Momento x Curvatura 158
6.9. Análise da Rigidez das Vigas 160
6.9.1. Rigidez de fissuração 161
6.9.2. Rigidez de escoamento 162
6.9.3. Rigidez de ruptura 162
6.10. Análise Comparativa dos Índices de Ductilidade 163
6.11. Rotação Plástica 170

7 Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 172

Referências Bibliográficas 177

Anexo A - Fotos 183


Anexo B - Resultados dos Ensaios das Barras de Aço 207
Anexo C - Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 214
Anexo D - Gráfico dos Ensaios das Vigas 236
Anexo E - Determinação dos Momentos e Curvaturas 263
Anexo F - Determinação da Energia Total e Energia Elástica 272
Anexo G - Determinação dos Índices de Ductilidade Energética 291
Anexo H - Determinação da Rotação Plástica 296
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Lista de figuras

FIGURA 2.1 - Diagrama tensão-deformação específica de fibras e metais;


adaptada de BEBER (2003). 41
Figura 2.2 – Compósito de epóxi com fibras de carbono;
www.rheotec.com.br (2002). 42
Figura 2.3 - Reforço em vigas de concreto armado utilizando os PRFC;
www. master builders.com.br (2003) 44
Figura 2.4 – Tecido de fibra de carbono; www.masterbuilders.com.br
(2003) 44
Figura 2.5 – Diagrama tensão-deformação específica de tecidos de fibras
de carbono (MASTER BUILDERS TECNOLOGIES, 1996). 45
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Figura 2.7 – Efeito de peeling off na interface concreto/compósito;


adaptada de BEBER (2003) 52
Figura 2.8 – Diagrama esquemático dos parâmetros da seção transversal
reforçada. 54
Figura 2.9. – Hipóteses para o comportamento mecânico da armadura de
flexão consideradas no dimensionamento do reforço à flexão. a) quando a
armadura negativa atinge o escoamento; b) quando a armadura negativa
não atinge o escoamento. 55
Figura 2.10 – Fluxograma da metodologia de determinação da resistência
à flexão; adaptada de ARAÚJO (2002). 56
Figura 3.1 – Diagramas tipo que permitem analisar a energia potencial de
deformação de elementos de concreto armado: a) carga x flecha; b)
momento x curvatura; c) momento x rotação; adaptados de NAAMAN e
JEONG (2001). 61
Figura 3.2 – Diagrama carga x flecha (P x δ ) real e teórico para
obtenção das parcelas de energia; adaptada de ARAÚJO (2002). 63
Figura 3.3 – Comparação das parcelas da energia elástica e energia
inelástica; adaptada de NAAMAN e JEONG (2001) 64
Figura 3.4 – Esquema para a obtenção do índice de ductilidade
energética: (a) curva teórica P × δ ; (b) determinação da inclinação da
linha de fechamento do triângulo que define a área da energia elástica;
adaptada de ARAÚJO (2002). 66
Figura 3.5 - Parâmetros básicos de uma viga solicitada à flexão. 68
Figura 3.6 – Estágios básicos da relação momento x curvatura. 69
Figura 3.7 – Parâmetros geométricos da seção reforçada com CFC. 71
Figura 3.8 - Relação tri-linear M × k . 74
Figura 3.9 - Consideração do momento no estágio de ruptura da seção. 75
Figura 3.10 - Relação bi-linear M × k . 75
Figura 3.11 – Gráfico carga x flecha teórico. 78
Figura 3.12– Gráfico teórico da relação momento x curvatura. 81
Figura 3.14 – Esquema das curvaturas das vigas. 81
Figura 3.15 – Área delimitada pela curvatura de fissuração. 82
Figura 3.16 – Esquema para obtenção de triângulos analisando-se a
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curvatura relativa ao escoamento. 83


Figura 3.17 – Esquema para obtenção da relação de triângulos
analisando-se a curvatura relativa à ruptura. 84
Figura 4.1 – Índice de Ductilidade pela norma da JSCE; adaptada de
MACHIDA e MARUYAMA (2002). 90
Figura 4.2 – Momento x curvatura para os valores experimentais e valores
teóricos; adaptada de DUTHINH e STARNES (2001) 93
Figura 4.3 – Parâmetros geométricos das vigas ensaiadas; adaptada de
GRACE et al. (2002). 96
Figura 4.4 – Detalhamento das vigas ensaiadas; adaptada de PARRA e
BENLLOCH (2001). 98
Figura 4.5 – Curva carga x flecha teórica para vigas de concrete armado
reforçadas com polímeros reforçados com fibras (PRF); adaptada de EL
MIHILMY e TEDESCO (2000). 102
Figura 4.6 – Relação de momento x curvatura para vigas reforçadas com
PRF; adaptada de EL MIHILMY e TEDESCO (2000). 105
Figura 5.1 – Diagrama tensão x idade do concreto utilizado. 110
Figura 5.2 – Gráfico tensão x deformação específica dos corpos-de-prova
de concreto. 113
Figura 5.3. – Dimensões dos corpos-de-prova para ensaio de tração;
ASTM D 3039. 118
Figura 5.4- Esquema de carregamento e seção transversal das vigas
(cotas em cm). 120
Figura 5.5 – Diagramas de esforços solicitantes das vigas; a) digrama de
momento fletor; b) diagrama de força cortante. 120
Figura 5.6 – Detalhamento das armaduras das vigas. 123
Figura 5.7 – Disposição do tecido de fibra de carbono; a) disposição ao
longo do comprimento para todas as vigas; b) vigas AI, BI-1, BI-2; c) vigas
AII,BII-1,BII-2. (cotas em cm ) 124
Figura 5.8 – Seção transversal das formas (cotas em cm). 126
Figura 5.9 – Detalhamento das formas – vista superior; 127
Figura 5.10 – Detalhamento das formas – vista lateral. 128
Figura 5.11 - Posicionamento das placas de alumínio para medição da
deformação do concreto com deflectômetro mecânico. (cotas em cm). 129
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Figura 5.12 – Posicionamento dos deflectômetros elétricos e dos


extensômetros elétricos de resistência. 132
Figura 5.13- Sistema de aplicação de carga. 133
Figura 6.1 – Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura teóricas e
experimentais das vigas ensaiadas. 144
Figura 6.2 - Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura e
experimentais para as vigas do grupo A. 145
Figura 6.3 - Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura experimentais
para as vigas do grupo B. 145
Figura 6.4 - Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura e
experimentais das vigas reforçadas e da viga de referência. 146
Figura 6.5 – Gráfico comparativo do índice de ductilidade de flecha das
vigas reforçadas em relação à VR. 149
Figura 6.6 – Gráfico comparativo do índice de ductilidade de curvatura das
vigas reforçadas em relação à VR. 150
Figura 6.7– Gráfico comparativo do índice de ductilidade energético de
flecha das vigas reforçadas em relação à VR. 152
Figura 6.8 – Gráfico comparativo do índice de ductilidade energético de
curvatura das vigas reforçadas em relação à VR. 153
Figura 6.9 – Gráfico carga x flecha de todas as vigas ensaiadas. 157
Figura 6.10 – Gráfico momento x curvatura das vigas ensaiadas. 159
Figura 6.11 – Gráfico comparativo da rigidez de fissuração entre as vigas
reforçadas e a viga VR. 161
Figura 6.12 – Gráfico comparativo da rigidez de escoamento entre as
vigas reforçadas e a viga VR. 162
Figura 6.13 – Gráfico comparativo da rigidez de ruptura entre as vigas
reforçadas e a viga VR. 162
Figura 6.14 – Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga
VR. 164
Figura 6.15 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga
AI. 164
Figura 6.16 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga
AII. 165
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Figura 6.17 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga


BI-1. 165
Figura 6.18 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga
BI-2. 166
Figura 6.19 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga
BII-1. 166
Figura 6.20 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga
BII-2. 167

Foto A.1- Ensaio de compressão diametral do concreto. 183


Foto A.2 – Corpos-de-prova de concreto antes e depois do ensaio. 184
Foto A.3 – Sistema de aplicação de carga e realização do ensaio. 184
Foto A.4 – Tecido de fibra de carbono utilizado no sistema de reforço das
vigas. 185
Foto A.5 – Tecido de fibra de carbono com destaque para (a) sentido das
fibras e (b) costura no verso do tecido (b). 185
Foto A.6– Corpos-de-prova de compósitos de fibra de carbono com placas
de alumínio nas extremidades. 186
Foto A.7– Ensaio dos corpos-de-prova de compósitos de fibra de carbono
com placas de alumínio nas extremidades com destaque para a (a) frente
e o (b) verso. 186
Foto A.8 – Equipamentos utilizados para a realização e aquisição dos
dados do ensaio nos corpos-de-prova de fibra de carbono. 187
Foto A.9 – Detalhe da ruptura de um dos corpos-de-prova de compósito
de fibra de carbono durante a realização do ensaio. 187
Foto A.10 – Resina de Imprimação (a) preparação e (b) mistura pronta
para a aplicação. 188
Foto A.11 – Resina epóxi (a) componentes A e B da resina; (b)
preparação da resina para a aplicação. 188
Foto A.12 - Armadura das vigas ensaiadas. 189
Foto A.13 - Formas das vigas. 189
Foto A.14 – Preparação das vigas para a concretagem; posicionamento
das armaduras nas formas das vigas. 190
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Foto A.15 – Vigas Concretadas. 190


Foto A.16 – Extensômetro usado nas barras de aço da armadura. 191
Foto A.17 – Extensômetro elétrico usado no compósito de fibra de
carbono. 191
Foto A.18 – Extensômetro mecânico utilizado na leitura das deformações
do concreto durante o ensaio das vigas. 191
Foto A.19 – Posicionamento dos deflectômetros elétricos usados para
medir as flechas nos ensaios das vigas VR, AI e AII. 192
Foto A.20 – Posicionamento dos deflectômetros elétricos usados para
medir as flechas nos ensaios das vigas BI-1, BI-2, BII-1 e BII-2. 192
Foto A.21 – Pórtico utilizado para a realização dos ensaios. 193
Foto A.22 – Sistema de aquisição de dados. 194
Foto A.23 – (a) aplicação da resina epóxi na superfície que receberá o
tecido; b)duas camadas de tecido preparadas para serem aplicadas. 194
Foto A.24 – Ruptura da viga VR por esmagamento da zona de
compressão. 195
Foto A.25 – Detalhes do esmagamento do concreto na zona de
compressão. (a) vista da parte da frente da viga; (b) vista do outro lado da
viga. 195
Foto A.26 – Ruptura do compósito entre o meio do vão e ponto de
aplicação de carga.(vista lateral direita) 196
Foto A.27 – Detalhes da parte do compósito após a ruptura com destaque
para a camada de concreto arrancada; (a) frente e (b) verso. 196
Foto A.28 – Ruptura do compósito entre o meio do vão e ponto de
aplicação de carga.(vista lateral esquerda) 197
Foto A.29 – Detalhe do meio da viga após a ruptura mostrando a
fissuração ocorrida durante a realização do ensaio. 197
Foto A.30 – Viga logo após a ruptura por flexão seguida do rompimento
do compósito de fibra de carbono. 198
Foto A.31 – Detalhe do compósito de fibra de carbono após a ruptura.
(vista frontal esquerda da viga) 198
Foto A.32 – Detalhe do compósito de fibra de carbono após a ruptura.
(vista frontal direita da viga) 199
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Foto A.33 – Compósito de fibra de carbono após a ruptura, com destaque


para as partes de concreto. 199
Foto A.34 – Viga logo após a ruptura por flexão seguida do rompimento
do compósito de fibra de carbono, com arrancamento da camada de
concreto. 200
Foto A.35 – Detalhe da ruptura com destaque para a ruptura do tecido de
fibra de carbono. 200
Foto A.36 – Detalhe do compósito após a ruptura arrancando a camada
de cobrimento de concreto. 201
Foto A.37 – Parte central da viga após a ruptura do compósito de fibra de
carbono. 201
Foto A.38 – Detalhes da fissuração antes da ruptura da viga; (a) vista
frontal – lado esquerdo e (b) vista frontal lado direito. 202
Foto A.39 – Viga após a ruptura do compósito de fibra de carbono. 202
Foto A.40 – Detalhes da fissuração da viga e da ruptura do compósito. 203
Foto A.41 – Parte central da viga após a ruptura explosiva do compósito
de fibra de carbono. 203
Foto A.42 – Detalhe da ruptura da viga com descolamento quase total do
compósito de fibra de carbono. 204
Foto A.43 – Detalhe das duas camadas de compósito de fibra de carbono
colados na viga. 205
Foto A.44 – Descolamento do compósito de fibra de carbono. 205
Foto A.45 – Viga após a ruptura do compósito. 206
Foto A.46 – Detalhe da ruptura do compósito de fibra de carbono. 206

Figura B.1 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra


de aço ensaiada com diâmetro nominal de 5,0 mm . 207
Figura B.2 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 5,0 mm . 207
Figura B.3 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 5,0 mm . 207
Figura B.4 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 208


Figura B.5 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 208
Figura B.6 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 208
Figura B.7 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 209
Figura B.8 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 209
Figura B.9 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 209
Figura B.10 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 210
Figura B.11 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 210
Figura B.12 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm . 210
Figura B.13 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 10 mm . 211
Figura B.14 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 10 mm . 211
Figura B.15 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 10 mm . 211
Figura B.16 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 12,5 mm . 212
Figura B.17 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 12,5 mm . 212
Figura B.18 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra
de aço ensaiada com diâmetro nominal de 12,5 mm . 212

Figura C.1 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

VR. 217
Figura C.2 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga
AI. 220
Figura C.3 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga
AII. 223
Figura C.4 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga
BI-1. 226
Figura C.5 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga
BI-2. 229
Figura C.6 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga
BII-1. 232
Figura C.7 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga
BII-2. 235

Figura D.1 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao


extensômetro 1 da viga VR. 236
Figura D.2 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 2 da viga VR. 236
Figura D.3 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 3 da viga VR. 236
Figura D.4 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 4 da viga VR. 237
Figura D.5 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 5 da viga VR. 237
Figura D.6 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 6 da viga VR. 237
Figura D.7 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga
VR. 238
Figura D.8 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga
VR. 238
Figura D.9 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga
VR. 238
Figura D.10 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

ao extensômetro 1 da viga AI. 239


Figura D.11 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 2 da viga AI. 239
Figura D.12 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 3 da viga AI. 239
Figura D.13 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 4 da viga AI. 240
Figura D.14 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 5 da viga AI. 240
Figura D.15 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 6 da viga AI. 240
Figura D.16 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 7 da viga AI. 241
Figura D.17 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 8 da viga AI. 241
Figura D.18 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 9 da viga AI. 241
Figura D.19 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da
viga AI. 242
Figura D.20 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da
viga AI. 242
Figura D.21 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da
viga AI. 242
Figura D.22 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 1 da viga AII. 243
Figura D.23 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 2 da viga AII. 243
Figura D.24 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 3 da viga AII. 243
Figura D.25 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 4 da viga AII. 244
Figura D.26 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 5 da viga AII. 244
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Figura D.27 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente


ao extensômetro 6 da viga AII. 244
Figura D.28 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 7 da viga AII. 245
Figura D.29 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 8 da viga AII. 245
Figura D.30 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 9 da viga AII. 245
Figura D.31 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da
viga AII. 246
Figura D.32 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da
viga AII. 246
Figura D.33– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da
viga AII. 246
Figura D.34 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 1 da viga BI-1. 247
Figura D.35 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 2 da viga BI-1. 247
Figura D.36 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 3 da viga BI-1. 247
Figura D.37 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 4 da viga BI-1. 248
Figura D.38 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 5 da viga BI-1. 248
Figura D.39 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 6 da viga BI-1. 248
Figura D.40 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 7 da viga BI-1. 249
Figura D.41 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 8 da viga BI-1. 249
Figura D.42 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 9 da viga BI-1. 249
Figura D.43– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

viga BI-1. 250


Figura D.44– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da
viga BI-1. 250
Figura D.45– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da
viga BI-1. 250
Figura D.46 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 1 da viga BI-2. 251
Figura D.47 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 2 da viga BI-2. 251
Figura D.48 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 3 da viga BI-2. 251
Figura D.49 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 4 da viga BI-2. 252
Figura D.50 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 5 da viga BI-2. 252
Figura D.51 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 6 da viga BI-2. 252
Figura D.52 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 7 da viga BI-2. 253
Figura D.53 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 8 da viga BI-2. 253
Figura D.54 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 9 da viga BI-2. 253
Figura D.55– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da
viga BI-2 254
Figura D.56– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da
viga BI-2. 254
Figura D.57– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da
viga BI-2. 254
Figura D.58 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 1 da viga BII-1. 255
Figura D.59- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 2 da viga BII-1. 255
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Figura D.60 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente


ao extensômetro 3 da viga BII-1. 255
Figura D.61 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 4 da viga BII-1. 256
Figura D.62 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 5 da viga BII-1. 256
Figura D.63- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 6 da viga BII-1. 256
Figura D.64 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 7 da viga BII-1. 257
Figura D.65 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 8 da viga BII-1. 257
Figura D.66 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 9 da viga BII-1. 257
Figura D.67– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da
viga BII-1. 258
Figura D.68– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da
viga BII-1. 258
Figura D.69 *– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da
viga BII-1. 258
Figura D.70- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 1 da viga BII-2. 259
Figura D.71- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 2 da viga BII-2. 259
Figura D.72- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao
extensômetro 3 da viga BII-2. 259
Figura D.73 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 4 da viga BII-2. 260
Figura D.74 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 5 da viga BII-2. 260
Figura D.75 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente
ao extensômetro 6 da viga BII-2. 260
Figura D.76 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

de carbono referente ao extensômetro 7 da viga BII-2. 261


Figura D.77 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 8 da viga BII-2. 261
Figura D.78 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra
de carbono referente ao extensômetro 9 da viga BII-2. 261
Figura D.79– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da
viga BII-2. 262
Figura D.80– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da
viga BII-2. 262
Figura D.81– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da
viga BII-2. 262

Figura F.1 – Diagrama teórico P × δ . 272


Figura F.2 – Diagrama teórico M × k . 277
Figura F.3 – Diagrama P × δ da viga VR. 281
Figura F.4 – Diagrama P × δ da viga AI 282
Figura F.5 – Diagrama P × δ da viga AII 283
Figura F.6 – Diagrama P × δ da viga BI-1. 283
Figura F.7– Diagrama P × δ da viga BI-2 284
Figura F.8 – Diagrama P × δ da viga BII -1. 285
Figura F.9 – Diagrama P × δ da viga BII-2. 285
Figura F.10 – Diagrama M × k da viga VR. 286
Figura F.11 – Diagrama M × k da viga AI. 287
Figura F.12 – Diagrama M × k da viga AII. 287
Figura F.13 – Diagrama M × k da viga BI-1. 288
Figura F.14 – Diagrama M × k da viga BI-2. 288
Figura F.15 – Diagrama M × k da viga BII-1. 289
Figura F.16 – Diagrama M × k da viga BII-2. 289
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB
Lista de Tabelas

Tabela 2.1- Propriedades típicas dos principais tipos de fibra; adaptada de


Matthys-2000, apud ARAÚJO (2002). 41
Tabela 2.2 – Características e aspectos de instalação de mantas e tecidos
de fibra de carbono. 45
Tabela 2.3 – Modos de ruptura possíveis, adaptado de BEBER (2003). 49
Tabela 4.1 - Índices de ductilidade. 88
Tabela 4.2 – Relação de ductilidade entre as vigas reforçadas e a viga de
referência. 88
Tabela 4.3 – Propriedades do laminado de carbono. 91
Tabela 4.4 – Propriedades do adesivo. 92
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Tabela 4.5 – Resultados de DUTHINH e STARNES (2001). 94


Tabela 4.6- Propriedades mecânicas* das fibras utilizadas. 95
Tabela 4.7 - Propriedades das resinas epóxi. 95
Tabela 4.8 – Comparação dos resultados das vigas ensaiadas. 97
Tabela 4.9 – Propriedades mecânicas dos materiais de reforço. 98
Tabela 4.10 – Resultados dos ensaios das vigas e os índices de
ductilidade. 100
Tabela 5.1 – Consumo de material por m 3 de concreto. 109
Tabela 5.2 – Resultados dos ensaios de resistência do concreto à
compressão. 109
Tabela 5.3 – Resultados do ensaio de resistência à compressão
diametral. 111
Tabela 5.4 – Resultado dos ensaios de corpos-de-prova de concreto. 112
Tabela 5.5 – Módulo de elasticidade do concreto. 113
Tabela 5.6 - Geometria dos corpos-de-prova recomendada para ensaio de
tração em materiais compósitos com matriz polimérica (ASTM
D3039/3039M). 118
Tabela 5.7 – Resultados dos ensaios de resistência à tração dos corpos-
de-prova de tecido de fibra de carbono revestidos com resina epóxi. 119
Tabela 5.8 – Verificação do reforço à flexão. 125
Tabela 5.9 – Dados obtidos no ensaio da viga VR. 134
Tabela 5.10 - Dados obtidos no ensaio da viga AI. 136
Tabela 5.11 - Dados obtidos no ensaio da viga AII. 137
Tabela 5.12 - Dados obtidos no ensaio da viga BI -1. 138
Tabela 5.13 - Dados obtidos no ensaio da viga BI-2. 140
Tabela 5.14 - Dados obtidos no ensaio da viga BII-1. 141
Tabela 5.15 - Dados obtidos no ensaio da viga BII-2. 142
Tabela 6.1 – Valores das cargas e modos de ruptura das vigas
ensaiadas. 144
Tabela 6.2 – Valores das cargas e flechas para as vigas ensaiadas. 148
Tabela 6.3 – Valores de momento e curvatura calculados. 148
Tabela 6.4 – Índices de ductilidade de flecha. 149
Tabela 6.5 – Índices de ductilidade de curvatura. 150
Tabela 6.6 - Índices de ductilidade energética de flecha. 151
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Tabela 6.7- Índice de ductilidade energética de curvatura. 153


Tabela 6.8 – Dados experimentais relativos à fissuração das vigas
ensaiadas. 154
Tabela 6.9 – Dados experimentais relativos ao escoamento da armadura
longitudinal das vigas. 154
Tabela 6.10 – Dados experimentais relativos à ruptura das vigas 155
Tabela 6.11 – Dados experimentais de carga e flecha para o LVDT2. 156
Tabela 6.12 - Dados das flechas obtidas nos ensaios e suas respectivas
variações em relação á VR. 157
Tabela 6.13 – Momentos e curvaturas das vigas. 158
Tabela 6.14 - Dados das curvaturas obtidas e suas respectivas variações
em relação á VR. 159
Tabela 6.15 – Rigidezes das vigas. 160
Tabela 6.16 - Índices de ductilidade calculados. 163
Tabela 6.17 - Análise estatística dos índices de ductilidade para todas as
vigas reforçadas em relação à VR. 168
Tabela 6.18 - Análise estatística dos índices de ductilidade para as vigas
do grupo A. 168
Tabela 6.19 - Análise estatística dos índices de ductilidade para as vigas
do grupo B. 168
Tabela 6.20 - Rotação Plástica das vigas 170

Tabela B.1- Resumo dos dados obtidos nos ensaios à tração nas barras
de aço. 213

Tabela C.1 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga


VR. 214
Tabela C.2 – Determinação da deformação específica do concreto. 215
Tabela C.3 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 217
Tabela C.4 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga
AI. 218
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Tabela C.5 – Determinação da deformação específica do concreto. 218


Tabela C.6 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 220
Tabela C.7 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga
AII. 221
Tabela C.8 – Determinação da deformação específica do concreto. 221
Tabela C.9 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 223
Tabela C.10 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da
viga BI-1. 224
Tabela C.11 – Determinação da deformação específica do concreto. 224
Tabela C.12 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 226
Tabela C.13 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da
viga BI-2. 227
Tabela C.14 – Determinação da deformação específica do concreto. 227
Tabela C.15 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 229
Tabela C.16 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da
viga BII-1. 230
Tabela C.17 – Determinação da deformação específica do concreto. 230
Tabela C.18 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 232
Tabela C.19 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da
viga BII-2. 233
Tabela C.20 – Determinação da deformação específica do concreto. 233
Tabela C.21 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x
deformação específica. 235
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Lista de Símbolos

Romanos

Af Área da seção transversal do tecido de fibra de carbono

AS Área da seção da armadura longitudinal de tração

AS′ Área da seção da armadura longitudinal de compressão

ASw Área da seção de um estribo

b Largura da seção

bf Largura do compósito de fibra de carbono


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c Cobrimento

CFC Compósito de fibra de carbono

d Altura útil da seção

EC Módulo de elasticidade do concreto

Ef Módulo de elasticidade do compósito de fibra de carbono

ES Módulo de elasticidade do aço

Etot Energia total

E el Energia elástica

E inel Energia inelástica

fC Resistência do concreto à compressão

fCk Resistência característica à compressão do concreto

f ct Resistência do concreto à tração

f fu Resistência última à tração do compósito de fibra de carbono

f tf Resistência do compósito de fibra de carbono à tração


fy Resistência de escoamento da armadura longitudinal

f yk Resistência característica à tração do aço

RC Força de compressão no concreto

RCS Força de compressão no aço

R tf Força de tração no compósito de fibra de carbono

RTS Força de tração no aço

h Altura da viga

J CR Momento de inércia da seção fissurada

M Momento fletor
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M CR Momento fletor de fissuração

My Momento fletor quando do escoamento da armadura longitudinal

Mu Momento fletor de ruptura

MR Momento fletor resistente

M Sd Momento fletor de cálculo

P Carga

PCR Carga de fissuração

Py Carga de escoamento da armadura longitudinal

Pu Carga de ruptura

s Espaçamento entre os estribos

tf Espessura do compósito de fibra de carbono

x0 Distância da linha neutra à borda comprimida do concreto

z Braço de alavanca
Gregos

δ CR Flecha para a carga de fissuração

δy Flecha para a tensão de escoamento do aço da armadura


longitudinal

δu Flecha para a carga de ruptura

εC Deformação específica do concreto

ε C0 Deformação específica prévia do concreto

ε Cu Deformação específica última do concreto

εf Deformação específica do compósito de fibra de carbono

ε fe Deformação específica efetiva do compósito de fibra de carbono


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ε fu Deformação específica última do compósito de fibra de carbono

εS Deformação específica do aço

γC Coeficiente de segurança do concreto

γS Coeficiente de segurança do aço

γf Coeficiente de segurança do compósito de fibra de carbono

k CR Curvatura para a carga de fissuração

ky Curvatura quando da tensão de escoamento da armadura


longitudinal

ku Curvatura para a carga de ruptura

ϕ pl Rotação plástica

µ Índice de ductilidade

µδ Índice de ductilidade energética de flecha

µk Índice de ductilidade energética de curvatura

ρS Taxa geométrica de armadura do aço tracionado


ρ S' Taxa geométrica de armadura do aço comprimido

ρf Taxa geométrica de armadura do compósito de fibra de carbono

ξ Coeficiente adimensional

ωS Taxa mecânica da armadura longitudinal de tração

ω S' Taxa mecânica da armadura longitudinal de compressão

ωf Taxa mecânica do reforço em compósito de fibra de carbono


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB
1
Introdução

1.1.
Considerações Gerais

As estruturas de concreto armado apresentam, em geral, um período de vida


útil longo, durante o qual seu regime de utilização pode ser alterado, seja por meio
do aumento das solicitações ou pelas alterações em sua geometria. Além disso, as
condições iniciais consideradas no projeto original são alteradas também pelo
envelhecimento natural e pela deterioração resultante da ação de agentes
agressivos. É interessante ressaltar que as estruturas podem apresentar diferenças
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em relação ao projeto inicial devido à execução.


A demanda pelo reforço de estruturas surgiu como resposta aos problemas
de deterioração, projetos inadequados, problemas de construção, mudança de
utilização da estrutura e como uma alternativa para melhorar a capacidade dessas
para resistir ao aumento das solicitações. Um projeto de reforço estrutural é
diferenciado pelas características que cada situação pode apresentar. Atualmente
existem várias técnicas de reforço disponíveis, cuja aplicação e desempenho
dependerão da configuração geométrica e do carregamento da estrutura.
Durante o procedimento de reforço deve-se ter cuidados especiais que
envolvem todos os aspectos, desde o material existente, geralmente deteriorado,
até o detalhamento da estrutura, que pode ser deficiente e não retratar a real
situação da estrutura. Quando um reforço é utilizado, as alterações possíveis no
comportamento estrutural do elemento devem ser cuidadosamente consideradas,
como num reforço à flexão que pode conduzir à ruptura por força cortante, ao
invés de permitir que seja alcançada a capacidade desejada.
A aplicação de materiais compósitos, mais especificamente os compósitos
de fibra de carbono, é uma das melhores técnicas surgidas nos últimos anos, como
alternativa e substituição às tradicionais chapas de aço, empregadas com grande
sucesso desde a década de 1960. Os compósitos de fibra de carbono possuem
diversas vantagens, dentre as quais, a alta resistência, o baixo peso próprio, a
Introdução 35

grande durabilidade e a capacidade de assumir formas complexas. Os compósitos


de fibra de carbono, ao contrário do aço, não são afetados pela corrosão
eletroquímica e resistem aos efeitos corrosivos de ácidos, sais e outros agentes
agressivos.
A necessidade de aumentar o conhecimento e a confiança na utilização dos
compósitos de fibra de carbono torna necessário o desenvolvimento de um
programa de pesquisa, experimental e teórico, sobre o comportamento e o
desempenho desses novos materiais empregados no reforço de estruturas de
concreto armado, de modo a disponibilizar essas informações, tanto para o
fabricante das fibras, quanto para os profissionais de engenharia que dimensionam
e especificam reforços estruturais.

1.2.
Objetivos
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O principal objetivo deste trabalho é o estudo experimental da ductilidade


de vigas retangulares de concreto armado reforçadas à flexão com compósitos de
fibra de carbono. Busca-se um melhor entendimento dessa propriedade face ao
uso crescente desta técnica de reforço em vigas de concreto.
Foram ensaiadas sete vigas bi-apoiadas, sendo uma viga de referência e as
demais reforçadas à flexão com tecido de fibra de carbono. Todas as vigas foram
dimensionadas de modo a garantir a ruptura por flexão e possuem as mesmas
características mecânicas e geométricas.
As vigas reforçadas foram divididas em dois grupos. O primeiro grupo não
foi submetido a um pré-carregamento, ou seja, o reforço foi feito inicialmente. O
segundo grupo foi submetido a um pré-carregamento, buscando-se avaliar uma
situação próxima da realidade. O primeiro grupo, sem carregamento inicial, é
constituído por duas vigas, sendo que uma delas foi reforçada com uma camada
de tecido de fibra de carbono e a outra foi reforçada com duas camadas de tecido,
mas com a mesma área final de reforço. O segundo grupo, submetido a um pré-
carregamento, é constituído de quatro vigas, sendo duas delas reforçadas com uma
camada de tecido de fibra de carbono e as outras reforçadas com duas camadas de
fibra de carbono.
Introdução 36

1.3.
Organização do Trabalho

No segundo capítulo são apresentadas, resumidamente, as principais


características dos materiais que compõem o sistema de reforço utilizado:
compósitos de fibra de carbono e resina epóxi. São descritos os tipos de ruptura
das vigas reforçadas e realiza-se uma breve análise da obtenção do reforço à
flexão.
O terceiro capítulo discute os conceitos clássicos para determinação da
ductilidade, mostrando os índices calculados por meio da relação das flechas e
curvaturas e o cálculo da ductilidade por meio de um critério energético. É
formulada a relação de momento x curvatura, bem como a determinação da
ductilidade energética das vigas por meio dos valores disponíveis de cargas,
flechas, momentos e curvaturas. Por fim, desenvolve-se uma breve análise da
determinação da rotação plástica a partir dos valores das curvaturas.
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No quarto capítulo são estudados alguns trabalhos experimentais e teóricos


encontrados na bibliografia sobre vigas de concreto armado reforçadas com
compósitos de fibra de carbono, com ênfase na determinação da ductilidade de
vigas reforçadas.
No quinto capítulo é descrito o programa experimental realizado. São
apresentados o detalhamento das vigas, os materiais empregados, o esquema de
instrumentações, o sistema de aplicação de carga, o sistema de manutenção de
deformação e todas as etapas necessárias para execução dos ensaios das vigas.
No sexto capítulo são relatados e analisados os resultados dos ensaios das
vigas, como os tipos de ruptura, as cargas de ruptura das vigas, os índices de
ductilidade de flecha e curvatura, os índices de ductilidade energéticos de flecha e
curvatura, as rigidezes das vigas ensaiadas e os valores da rotação plástica.
No sétimo capítulo são apresentadas as conclusões e as sugestões para
trabalhos futuros.
Nos Anexos estão as seguintes informações:

¾ Anexo A - fotos referentes ao programa experimental.


¾ Anexo B - resultados dos ensaios das barras de aço utilizadas na confecção
das vigas e uma tabela resumida dos valores obtidos.
Introdução 37

¾ Anexo C - resultados das leituras dos extensômetros mecânicos, bem


como as deformações específicas do concreto e os gráficos seção
transversal x deformação para cada uma das vigas ensaiadas.
¾ Anexo D - gráficos carga x deformação dos aços e das fibras e os gráficos
carga x flecha obtidos durante os ensaios das vigas.
¾ Anexo E – as etapas de cálculo para a obtenção dos momentos e
curvaturas das vigas.
¾ Anexo F - os passos para a determinação da energia total e energia elástica
de todas as vigas.
¾ Anexo G - os cálculos para a determinação dos índices de ductilidade
energéticos calculados.
¾ Anexo H - cálculos para a obtenção da rotação plástica.
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2
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono

2.1.
Introdução

As primeiras pesquisas relativas ao emprego de materiais compósitos na


construção civil foram desenvolvidas no Japão, há aproximadamente 25 anos, face
aos problemas e danos estruturais originados por abalos sísmicos, pois as
estruturas necessitavam de recuperação e reforço num curto intervalo de tempo.
Foram executados reforço de pilares com fibras de carbono, de modo a enrijecer
os nós das estruturas, buscando-se sanar os danos causados pelos abalos sísmicos.
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Nos EUA esse tipo de material foi utilizado em projetos aeroespaciais da NASA.
Posteriormente sua utilização estendeu-se à indústria automobilística, como
revestimento dos carros de Fórmula 1, para a proteção contra esmagamento das
pernas dos pilotos em caso de batidas.
O sistema de reforço com compósitos é indicado para aplicações em vigas,
lajes, paredes, silos, reservatórios, túneis e demais elementos estruturais sujeitos à
deterioração, ou para possibilitar o acréscimo de sua capacidade de carga ou para
diminuir as flechas.
Devido ao conjunto de materiais empregados nessa técnica, em que são
utilizados compósitos de fibras de carbono e resinas epoxídicas, a colagem
externa do reforço possibilita um aumento significativo na resistência das
estruturas, de modo a possibilitar uma mudança de uso das mesmas, corrigir erros
de projeto ou de execução, recuperação estrutural face ao tempo de uso ou por
algum acidente durante a vida útil da estrutura.
O reforço com compósitos de fibra de carbono além de possuir
características semelhantes às encontradas em sistemas de reforços realizados com
chapas de aço, tais como a enorme variedade de casos em que podem ser
empregadas, é uma técnica rápida, fácil e de eficaz aplicação. O fato das
dimensões das estruturas permanecerem praticamente inalteradas é um fator
determinante na adoção desse tipo de reforço. O baixo peso específico do sistema
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 39

de reforço é uma grande vantagem em relação à adoção de chapas metálicas.


BEBER (2000) afirma que para um mesmo incremento de resistência, 2 kg desse
material compósito poderiam substituir 47 kg de aço. Outras características são a
maleabilidade e o comprimento oferecido por certos tipos de compósito de fibra
de carbono. Os tecidos, por exemplo, além de serem fabricados de forma
contínua, permitem o uso em locais mais complexos, onde a utilização das chapas
se torna impossível. Essas duas vantagens, juntamente com a sua leveza, facilitam
a manipulação e aplicação do reforço com fibra de carbono, e uma execução
rápida. A resistência à corrosão desse sistema também é importante, uma vez que
elimina uma série de cuidados necessários quando o reforço é feito com chapas
metálicas.
Contudo, esse sistema de reforço tem suas desvantagens. As principais são a
incompatibilidade desses materiais com uma superfície irregular, a sua baixa
resistência ao fogo e à exposição aos raios ultravioletas. Mas esses são problemas
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presentes também em outros sistemas de reforço, como os de chapas de aço


coladas com epóxi. Além dessas desvantagens, quando esta técnica é comparada
com outros sistemas de reforço, ela apresenta na maioria das vezes, custos mais
elevados.

2.2.
Compósitos de Fibras de Carbono

Os compósitos são constituídos de uma matriz termoplástica ou matriz


com cura térmica (termofixos) e fibras contínuas dispostas aleatoriamente ou em
direções definidas. A resistência da matriz é menor que a das fibras, sendo que
essas devem resistir às cargas para obter-se um ganho maior na resistência do
compósito, mas o inconveniente que deve ser realçado é a ruptura brusca das
fibras. A função da matriz é colar as fibras e transmitir as ações externas para as
mesmas por meio de tensões tangenciais.
O comportamento e as propriedades dos materiais compósitos dependem da
natureza, da forma, do arranjo estrutural e da interação entre os componentes. As
propriedades e características de cada componente determinam as propriedades
gerais do compósito.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 40

As fibras de carbono resultam do processo de carbonização de fibras de


polímeros, como o poliacrilonitril, sendo suas características mecânicas
diretamente dependentes da estrutura molecular obtida. Dependendo do tipo de
tratamento da fibra básica que inclui carbonização, grafitização e oxidação, é
possível fabricar fibras de carbono com diversas configurações de resistência e
algumas delas podem chegar a ser várias vezes mais resistentes que o aço. A
produção dessas fibras exige exposição ao ar das fibras base, seguida de
processamento a altas temperaturas (da ordem de 1000º C a 1500º C para as fibras
de carbono). Essa característica confere à fibra resistência à tração da ordem de
3500 MPa com uma deformação específica de 1,5% .
A fibra de carbono é um material baseado na força das ligações carbono-
carbono, no grafite, e na leveza do átomo de carbono. As fibras de carbono são
caracterizadas por uma combinação de baixo peso, alta resistência e grande
rigidez. O seu alto módulo de elasticidade e alta resistência dependem do grau de
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orientação das fibras, ou seja, do paralelismo entre os eixos dessas.


As fibras têm diâmetros entre 0,07 mm e 0,10 mm . Elas podem ser longas,
quando forem contínuas, ou curtas, quando forem fios cortados (com
comprimentos de 3 mm a 50 mm ). A relação entre o comprimento e o diâmetro
médio das fibras curtas é chamada de fator de tamanho. As propriedades de um
compósito com fibras curtas são muito dependentes dessa relação, pois quanto
maior o fator de tamanho, maior será a resistência do compósito.
Os compósitos de fibras contínuas mais utilizadas atualmente são os de
vidro, os de carbono e a aramida. As propriedades físicas e mecânicas variam
consideravelmente para os diferentes tipos de compósitos e podem variar
significativamente para o mesmo tipo de material. A Tabela 2.1 mostra a variação
das propriedades físicas e mecânicas de diversas fibras e a Figura 2.1 ilustra uma
comparação do diagrama tensão x deformação específica desses compósitos com
o do aço.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 41

Tabela 2.1- Propriedades típicas dos principais tipos de fibra; adaptada de Matthys-2000,
apud ARAÚJO (2002b).

Resistência Módulo de Deformação Peso Diâmetro


Tipo de Fibras à Tração Elasticidade Específica Específico da Fibra
(MPa) (MPa) Última (%) 3
( kg / m ) ( µm )

tipo PAN* -
com alta 3500 -5000 200 - 260 1,2 – 1,8 1700 - 1800 5-8
resistência
(HS)
tipo PAN* -
Carbono com alto 2500 - 4000 350 - 700 0,4 – 0,8 1800 - 2000 5-8
módulo de
elasticidade (HM)
tipo Pitch**
com alto 3000 - 3500 400 - 800 0,4 – 1,5 1900 - 2100 9 -18
módulo de
elasticidade (HM)
com módulo de
elasticidade 2700 - 4500 60 - 80 4,0 – 4,8 1400 – 1450 12 – 15
Aramida intermediário (IM)
com alto módulo de
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elasticidade (HM) 2700 - 4500 115 - 130 2,5 – 3,5 1400 – 1450 12 - 15
aluminoborosilicato
de cálcio (E) 1800 - 2700 70 - 75 3,0 – 4,5 2550 – 2600 5 -25
Vidro aluminosilicato
de magnésio (S) 3400 - 4800 85 - 100 4,5 – 5,5 2550 - 2600 5 - 25

FIGURA 2.1 - Diagrama tensão-deformação específica de fibras e metais; adaptada de


BEBER (2003).
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 42

Observa-se na Figura 2.1 que os compósitos de fibras de carbono são


adequados para o reforço de vigas de concreto armado, devido ao alto
desempenho mecânico dessas fibras. A Figura 2.2 mostra fotos de um material
compósito com matriz epóxi (coloração escura) com fibras de carbono.

Figura 2.2 – Compósito de epóxi com fibras de carbono;( www.rheotec.com.br ,2002).


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Os compósitos de fibra de carbono permitem uma significativa redução nas


dimensões dos elementos de reforço, além de sua elevada resistência à tração e
módulo de elasticidade da ordem de grandeza do módulo de elasticidade do aço.
As características dessa técnica de reforço incorporam algumas vantagens,
como o acréscimo insignificante na carga permanente e uma espessura mínima do
reforço. A boa flexibilidade do material permite adaptação a várias formas e a
facilidade de aplicação reduz os custos e o tempo de paralisação do uso da
estrutura, além de ser um material não corrosivo, o que garante maior durabilidade
e menor manutenção.
Os polímeros são materiais compósitos não homogêneos, anisotrópicos e
de comportamento perfeitamente elástico até a ruína. Os polímeros reforçados
com fibras (PRF), ou fiber reinforced polymers (FRP), são constituídos por um
componente estrutural (as fibras) e por uma componente matricial (a resina
polimérica) e geralmente por alguns fillers e aditivos. O desempenho de um PRF é
determinado pelas propriedades e características dos materiais que o constituem,
pela interação entre esses materiais e pelas condições da execução do reforço, daí
sua enorme versatilidade.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 43

Os polímeros reforçados com fibras de carbono (PRFC), ou carbon fiber


reiforced polymers (CFRP), são apropriados para o reforço de estruturas de
concreto armado devido ao elevado desempenho mecânico das fibras de carbono.
O PRFC é um subproduto de materiais com base em poliacrilonitril, oriundo da
0
indústria de refinação, oxidado a 1500 C . O resultado é um material com base
em carbono, em forma de fibra, na qual os átomos ficam perfeitamente alinhados
ao longo da fibra.
Os compósitos de PRFC destacam-se principalmente porque:

¾ as fibras de carbono apresentam as maiores relações entre resistência e


rigidez com seu peso próprio;
¾ as fibras de carbono mantêm a alta resistência e rigidez sob temperaturas
elevadas;
¾ à temperatura ambiente as fibras de carbono não são afetadas pela umidade
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e ação de vários solventes, ácidos e bases;


¾ as fibras de carbono apresentam uma diversidade de características físicas
e mecânicas, permitindo que os compósitos apresentem grande
versatilidade para diversas aplicações em engenharia;
¾ os processos de fabricação de fibras e compósitos encontram-se altamente
desenvolvidos, são relativamente baratos e apresentam uma excelente
relação custo-benefício.

Inicialmente utilizados para o reforço de pilares submetidos a ações


sísmicas, esses polímeros já se encontram em aplicações práticas no reforço de
lajes, vigas, pilares e paredes, em estruturas de edifícios e de pontes. Uma vez
garantida a boa qualidade do concreto e a ausência de corrosão nas armaduras, tais
reforços possibilitam limitar a abertura das fissuras e reduzir as flechas, além de
aumentar a resistência à flexão e à força cortante.
Os PRFC possuem baixa condutividade térmica transversal e a sua
resistência ao fogo é limitada pela instabilidade da resina exposta a elevadas
temperaturas.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 44

Figura 2.3 - Reforço em vigas de concreto armado utilizando os PRFC; (www. master
builders.com.br, 2003)

Os compósitos utilizados em reforço estrutural apresentam-se sob diversas


formas, tais como tecidos unidirecionais, tecidos bidirecionais, lâminas, barras e
perfis.
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Os tecidos de fibras de carbono são pré-impregnados (prepreg), com


espessura similar a do papel de parede, colados sobre a superfície do concreto
com resina epóxi, seguindo exatamente a curvatura do elemento e permitindo a
aplicação em arestas (Figura 2.4).

Figura 2.4 – Tecido de fibra de carbono; www.masterbuilders.com.br (2003).

A Figura 2.5 mostra curvas tensão-deformação de dois tipos de tecidos


comercializados atualmente.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 45

σ (GPa)

3,0

CF 130
FC elevada tração

2,0
CF 530
FC elevado módulo

1,0

0 1,0 2,0 3,0 ε (%)


Figura 2.5 – Diagrama tensão-deformação específica de tecidos de fibras de carbono
(MASTER BUILDERS TECNOLOGIES, 1996).

As principais características e aspectos de instalação de sistemas de


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reforços com mantas e tecidos de fibra de carbono são apresentadas na Tabela 2.2.

Tabela 2.2 – Características e aspectos de instalação de mantas e tecidos de fibra de


carbono, adaptada de ARAÚJO (2002b).

Caracterísitcas Mantas e Tecidos

Sistema de reforço Curados in situ


estrutural
Espessura 0,1 a 0,5 mm
Utilização Colagem e impregnação das mantas e tecidos com resina
9 Independente da forma da superfície, necessidade
de arredondamento dos cantos

9 resina de baixa viscosidade para colagem e


impregnação

9 usa-se freqüentemente várias camadas


Aspectos típicos da
instalação 9 aplicação do putty é necessária para prevenir o
descolamento por imperfeição da superfície

9 versatilidade de aplicação, necessita de rigorosao


controle de qualidade

9 controle de qualidade ( má aplicação e mão –de–


obra de baixa qualidade = perda da ação
compósita entre o reforço e a estrutura, problemas
na integridade do reforço a longo prazo)
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 46

2.3.
Resina Epoxídica

A matriz dos compósitos reforçados com fibras é responsável pela união das
fibras que compõem o compósito, atuando como o meio pelo qual as solicitações
externas são transmitidas e distribuídas para as fibras. Apenas uma parcela muito
pequena desta solicitação é absorvida pela matriz.
As resinas sintéticas estão entre os materiais mais empregados na
recuperação e no reforço de estruturas. Essas resinas são formadas por
monômeros, que ao reagirem com catalisadores formam polímeros de cadeias de
grande extensão. As características desses polímeros variam de acordo com o
monômero e o catalisador utilizados, e com as proporções desses para a formação
dos polímeros.
As resinas epóxi, dentre as resinas sintéticas utilizadas na construção, tais
como as resinas acrílicas, as de poliéster, as poliuretânicas, são as mais utilizadas
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em reforços e recuperações de estruturas de concreto devido a uma série de


vantagens que essas apresentam sobre as outras. Dentre as vantagens dessas
resinas enfatiza-se as suas excelentes propriedades de aderência e durabilidade,
além da compatibilidade entre esses materiais e o concreto. Possuem excelente
resistência à tração, boa resistência à fluência, boa resistência química e a
solventes, forte adesão com as fibras e baixa retração durante a cura. O preço e o
longo período de cura são as desvantagens. As elevadas temperaturas
comprometem a resina epóxica, que se torna elastomérica, o que acarreta reduções
consideráveis de resistência.
As resinas epóxi (etoxileno) são derivadas do petróleo, resultante da
combinação da epicloridrina e do bisfenol “A”. A primeira é proveniente de gases
do petróleo, e a segunda da condensação de fenol com acetona. Essas resinas
representam uma importante classe dos polímeros termorrígidos e têm sido
comercializadas desde a década de 1940.
As resinas epóxi empregadas em aplicações da engenharia estrutural por si
só não apresentam características físicas para utilização prática. Geralmente são
formulações do tipo bi-componente, ou seja, compostas por um agente principal
(a própria resina) e um catalisador (endurecedor). Dessa forma, o catalisador reage
com a resinas gerando uma “formulação epóxi”.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 47

Cada “formulação epóxi” possui propriedades físicas e químicas bem


definidas, dentre elas destacam-se:

¾ Resistência à tração variando de 55 MPa a 130 MPa , e à compressão


variando de 120MPa a 210 MPa ;
¾ Módulo de Elasticidade : 2,5 GPa a 4,1 GPa
¾ Deformação Específica na Ruptura : 1 % a 9 %

¾ Peso Específico : 10,8 kN / m 3 a 12,7 kN / m 3


¾ Resistência à flexão : 131 MPa
¾ Excelente adesão ao concreto com resistência entre 30 MPa e 50 MPa,;
¾ Intervalo de tempo variando de 30 minutos a 10 horas para adquirir
resistência, sendo que a resistência máxima é obtida aos sete dias;
¾ Retração inferior à do concreto.
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A resina epóxi tem como finalidade atuar como adesivo, ou seja, fazer com
que o material atinja sua resistência própria em uma hora, apresentando excelente
resistência química, elevada capacidade de liga, resistência final muito elevada, e
garantir a aderência do compósito ao substrato de concreto, transferindo as
tensões tangenciais desse para o substrato, de modo a estabelecer a integridade do
arranjo compósito-epóxi-concreto, ou atuar como selante, para uso com diversos
materiais de construção, possuindo durabilidade e elasticidade muito maiores do
que os materiais usuais.
O epóxi puro formado exclusivamente por resina e catalisador é o material
utilizado no reforço e recuperação de estruturas de concreto. Por ser um material
isolante, influencia na estrutura dando a ela uma maior resistência à ruptura do
conjunto compósito-concreto, uma vez que esses dois materiais apresentam
coeficientes de dilatação térmica diferentes. A camada de epóxi não deve exceder
a 3 mm de espessura para que o seu endurecimento no interior da pasta não seja
reduzido, prejudicando assim o reforço realizado. Na prática a sua espessura final
fica em torno de 1,5 mm . A escolha do tipo de adesivo é fundamental, pois o
comportamento mecânico do reforço depende muito dele.
A temperatura que leva a passagem de um estado vítreo para um estado
elástico e dúctil é chamada temperatura de transição vítrea e a aproximação desta
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 48

temperatura faz com que as propriedades mecânicas, como a resistência e a


rigidez da resina, diminuam acentuadamente. Esse problema pode ser amenizado
com o uso de sprinklers, e/ou de pintura especial no acabamento do reforço,
buscando-se aumentar a resistência ao fogo.
O período em que a resina mantém suas características de aderência e pode
ser manipulada sem dificuldade, é chamado de tempo de utilização (pot life).
Quanto maior a temperatura e quantidade de material a ser preparado, menor o
tempo de utilização. Isso ocorre em função da maior quantidade de calor e
conseqüente aceleração das reações. O tempo de endurecimento (open time) é o
tempo que a resina leva para endurecer, e é o intervalo no qual o compósito deve
ser colado para que suas propriedades se desenvolvam satisfatoriamente. Esse
tempo é influenciado pelas temperaturas do ambiente, do compósito e da
superfície a ser reforçada.
Além da resina, fillers e aditivos comumente também compõem a matriz. Os
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fillers têm a função de diminuir o custo e melhorar as propriedades da matriz


(controlar a retração, melhorar a capacidade de transferência de tensões e
controlar a tixotropia da resina). Vários tipos de aditivos podem ser usados para
aumentar a resistência da matriz e facilitar a fabricação do compósito. Os mais
comuns são os inibidores da ação dos raios ultravioleta, os antioxidantes, os
catalisadores e os desmoldantes.

2.4.
Tipos de Ruptura de Vigas Reforçadas

A aplicação efetiva dos compósitos no reforço estrutural de elementos de


concreto armado somente será válida quando o comportamento e os mecanismos
de ruptura dos sistemas estruturais reforçados com compósitos de fibra de carbono
forem conhecidos e entendidos satisfatoriamente.
Os incrementos na resistência à flexão, empregando-se compósitos de fibra
de carbono, podem ser considerados bastante significativos. Entretanto os modos
de ruptura podem limitar estes incrementos. Os modos de ruptura ocorrem
geralmente de forma frágil, citando-se o destacamento do reforço, o arrancamento
da camada longitudinal de concreto e o colapso da viga por força cortante, sendo
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 49

que essas rupturas podem ocorrer sob cargas significativamente menores que
aquelas previstas pelos modelos teóricos.
As vigas de concreto armado solicitadas à flexão, reforçadas com
compósitos de fibras de carbono, podem apresentar modos de ruptura variados.
Quando as taxas de armadura e a quantidade de reforço forem significativamente
reduzidas, o escoamento da armadura longitudinal poderá ser seguido da ruptura à
tração do reforço. Se estes valores forem elevados, a ruptura poderá ocorrer por
esmagamento do concreto no bordo comprimido, enquanto o aço poderá ou não
ter atingido o escoamento, dependendo da taxa de armadura. Além disso, a
ligação entre o compósito e o concreto pode falhar. O descolamento pode ocorrer
em função da propagação rápida de fissuras no adesivo (as resinas apresentam
ruptura frágil).
Muitos programas experimentais sobre a aplicação de tecido, mantas e
laminados de fibras de carbono no reforço de peças fletidas de concreto armado,
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fazem referência a diversos modos de ruptura.


De forma geral, estes modos de ruptura podem ser divididos em três
categorias, apresentadas na Tabela 2.3 e ilustradas na Figura 2.5.

Tabela 2.3 – Modos de ruptura possíveis, adaptado de BEBER (2003).

(1) Deformação plástica excessiva da armadura longitudinal


Ruptura clássica
(2) Esmagamento do concreto
de estrutura
de concreto armado (3) Ruptura do reforço à tração
submetida à flexão
(4) Colapso da viga por cisalhamento

(5a) Devido à irregularidade da superfície


Destacamento
(5b) Devido a fissuras de cisalhamento (sudden peelling off)
do reforço
(5c) Devido a fissuras de flexão (continuous peelling off)

(6) Peeling off


Efeitos de
(7) Arrancamento da camada de concreto junto à armadura
extremidade
longitudinal

Existem ainda outros modos de ruptura possíveis, inerentes aos compósitos,


do tipo:
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 50

¾ Ruptura do adesivo na interface adesivo / compósito (8);


¾ Ruptura do adesivo na interface adesivo / concreto (9);
¾ Cisalhamento interlaminar do compósito (10).

Os números entre parênteses existentes na Tabela 2.3 e nos tópicos acima


indicam o modo de ruptura e são ilustrados na Figura 2.6.
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Figura 2.6 – Modos de Ruptura possíveis; adaptado de BEBER (2003).

As fissuras iniciais surgem na região de maior solicitação, originando uma


concentração de tensões ao seu redor. Essas tensões devem ser transferidas pelo
compósito de fibra de carbono a outras regiões do concreto, surgindo tensões
tangenciais nas interfaces concreto-epóxi-compósito, que são transferidas da
região fissurada para outras regiões capazes de absorvê-las. Alguns dos
mecanismos citados acima estão descritos a seguir:

¾ ruptura do compósito : a área do reforço é insuficiente para absorver as


tensões de tração na região mais solicitada;
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 51

¾ ruptura por esmagamento do concreto: a fissuração da peça se


desenvolve diminuindo a zona comprimida, até o momento no qual a
tensão de compressão no concreto atinge seu valor máximo, acarretando a
ruptura brusca dessa região;

¾ ruptura por força cortante: a fissura ocorre no extremo do reforço e se


desenvolve de forma inclinada, ao longo da altura da viga devido à
transferência das tensões tangenciais para os extremos do compósito de
fibra de carbono. Geralmente, ocorre em vigas com armadura transversal
insuficiente;

¾ ruptura por separação do substrato de concreto: esse tipo de ruptura


ocorre quando um valor excessivo para a espessura do reforço é adotado,
gerando um acréscimo de tensões na extremidade e caso essas tensões
ultrapassem a tensão de aderência admissível adesivo-concreto, o reforço
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separa inicialmente seu extremo, reduzindo seu comprimento efetivo,


provocando uma ruptura horizontal devido ao aumento imediato da tensão
de separação, representando uma ruptura brusca. Pode ocorrer também por
falha na aplicação ou por escolha inadequada do adesivo;

Os mecanismos de ruptura da ligação são do tipo frágil e resultam no


destacamento localizado do compósito (peeling off), a partir de sua zona de
ancoragem ou de zonas com fissuração excessiva, como pode ser observado na
Figura 2.7. Este tipo de ruptura pode ser dividido em três categorias, de acordo
com a região e a solicitação que a produz, isto é, descolamento no extremo do
reforço proveniente da força cortante, descolamento na região de momento fletor
máximo e descolamento iniciado por uma fissura de cortante numa região de
momento fletor de magnitude média.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 52

Figura 2.7 – Efeito de peeling off na interface concreto/compósito; adaptada de BEBER


(2003).

2.5.
Reforço à Flexão

A aplicação de compósitos de fibra de carbono no reforço à flexão de vigas


de concreto armado constitui-se em uma técnica já consolidada. Porém,
incrementos de resistência são somente alcançados se os modos de ruptura
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prematuros, falhas de aderência ou colapso por força cortante forem evitados.


A metodologia para o dimensionamento e verificação do comportamento de
vigas de concreto armado reforçadas com compósitos de fibra de carbono baseia-
se nos princípios e hipóteses do Estado Limite Último.
A capacidade resistente à flexão correspondente aos modos de ruptura
clássicos pode ser avaliada supondo-se que além das hipóteses básicas da flexão,
seja adicionada a hipótese de aderência perfeita entre o concreto e o reforço.
Os procedimentos utilizados no dimensionamento consideram apenas a
ruptura à flexão por falha do compósito à tração ou esmagamento do concreto,
sem ruptura prematura por descolamento.
O modo de ruptura a ser considerado no dimensionamento deve ser o
esmagamento do concreto após o escoamento da armadura longitudinal e a ruptura
do compósito após o escoamento da armadura. Nos dois casos, o escoamento da
armadura longitudinal precede a ruptura do compósito ou esmagamento do
concreto, o que garante que o colapso ocorrerá após a formação de fissuras de
flexão.
O elemento reforçado apresenta uma fissuração de flexão mais distribuída,
e fissuras com menores aberturas, pois após o escoamento da armadura
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 53

longitudinal da peça, o crescimento da abertura da fissura fica controlado pelo


reforço, ou seja, o reforço “costura” as fissuras.
Nas regiões extremas do material compósito tem-se concentrações de
tensões, as quais dependem:

¾ dimensões do reforço, que são avaliadas por meio de um fator tamanho


bf
definido por λ = , onde b f é a largura do reforço e t f sua espessura;
tf

¾ propriedades físicas e químicas do epóxi;


¾ propriedades mecânicas do concreto, associada principalmente à
resistência mínima à tração fCt ≥ 1,5 MPa , obtida em ensaio de
arrancamento do concreto.

A escolha do valor de λ deve-se ao fato que a ruptura do elemento


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reforçado ocorrerá quando esse atingir sua resistência máxima à flexão. Para
baixos valores de λ tem-se ruptura brusca do reforço, e deve-se ter λ > 50 de
modo a garantir que a ruptura ocorra por flexão. Esse parâmetro é fundamental no
caso de uso de lâminas de compósito de fibra de carbono. No caso de tecidos tem-
se um elevado λ .
O dimensionamento do reforço deve garantir a resistência e a ductilidade
do elemento estrutural e perfeitas condições de transmissão dos esforços nos
extremos do compósito, os quais devem ser bem ancorados.
O efeito do carregamento inicial, antes da aplicação de um reforço à flexão,
deve ser considerado no cálculo do elemento reforçado. Na prática, a presença de
algum tipo de carregamento sobre a estrutura, ou apenas a ação de seu peso
próprio é o caso usual. Além disso, sem contar as situações em que todas as
cargas são removidas (peso-próprio, forças de protensão, etc.), o substrato, no
qual será aplicado o reforço, apresentará alguma deformação. Esta deformação
inicial deve ser deduzida da deformação do compósito de reforço.
Deve-se ressaltar que, em função da consideração do carregamento
existente, o modo de ruptura de uma viga reforçada pode modificar-se, de ruptura
do reforço para esmagamento do concreto. Uma ruptura por esmagamento do
concreto sem o escoamento da armadura longitudinal deve ser evitada.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 54

A determinação da deformação inicial pode ser feita por meio de uma


análise elástica do elemento, considerando-se todas as cargas que atuarão durante
a aplicação do reforço. O ACI-440 (2002) recomenda que esta análise seja feita
com base nas propriedades de uma seção transversal de concreto fissurado, ou
seja, no estádio II.

2.5.1.
Análise no Estado Limite Último

Os modos de ruptura de uma viga de concreto armado reforçada à flexão


com compósitos, podem ser divididos em dois grupos: aqueles em que a aderência
entre o concreto e reforço permanece intacta até o esmagamento do concreto ou
ruptura do reforço à tração (modos de ruptura “clássicos”) e aqueles em que
ocorre uma ruptura prematura na ligação concreto/reforço (item 2.4).
A análise no Estado Limite Último permite determinar a capacidade da
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seção transversal, pela combinação do equilíbrio de tensões, compatibilidade de


deformações e leis constitutivas dos materiais na ruptura. As distribuições de
tensão e deformação de uma seção reforçada são ilustradas na Figura 2.8. Neste
trabalho não são aplicados os fatores de minoração nas resistências dos materiais,
não se considera o efeito de carregamento de longa duração e não são aplicados os
coeficientes de majoração das solicitações. Desta forma, estes resultados podem
ser comparados diretamente com os resultados experimentais.

Figura 2.8 – Diagrama esquemático dos parâmetros da seção transversal reforçada.


Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 55

As seguintes hipóteses básicas são consideradas:

¾ as seções transversais permanecem planas (hipótese de Bernoulli);


¾ a deformação específica máxima do concreto é 3,5‰;
¾ a deformação específica máxima para a armadura de tração é 10‰;
¾ é desprezada a resistência à tração do concreto;
¾ existe aderência perfeita entre o aço e o concreto;
¾ existe aderência perfeita entre o reforço e a superfície de concreto.

Com essas hipóteses, pode-se escrever as expressões que definem a


posição da linha neutra, as deformações específicas e as equações de equilíbrio
para a seção transversal do elemento reforçado. Por intermédio destas expressões
determina-se a capacidade resistente à flexão da seção transversal reforçada,
conforme apresentado no fluxograma ilustrado na Figura 2.10. No fluxograma
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estão mostrados os coeficientes de segurança, os quais serão considerados


unitários neste trabalho.
Nesta metodologia é realizada a análise de uma seção normalmente
armada, situação essa que permite um melhor aproveitamento dos materiais.
Dessa forma estabelecem-se duas hipóteses para o comportamento mecânico da
armadura de flexão existente na seção, sendo a primeira quando a armadura de
compressão atinge o escoamento, e a segunda quando a armadura de compressão
não atinge o escoamento (Figura 2.9).

A'S
ε CU ε CU
d' x0 - ε'S ε'y - ε'S < ε'y
h d LN
AS
+ εy + εy
d''
Af εf εf
b
(a) (b)

Figura 2.9. – Hipóteses para o comportamento mecânico da armadura de flexão


consideradas no dimensionamento do reforço à flexão. a) quando a armadura negativa
atinge o escoamento; b) quando a armadura negativa não atinge o escoamento.
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 56

d
d = h − d′ → ξ=
d′
AS′ AS
ρ S′ = → ρS =
bd bd
f yd′ f yd M Sd
ω S′ = ρ S′ → ωS = ρS → µ Sd =
β1 ⋅ 0,85 f Cd β1 ⋅ 0,85 f Cd β1 ⋅ 0,85 fC ⋅ bd 2

k x = 0, 259 γ f = 1,3

⎛ 1 + ξ − kx ⎞ f fu
ε f = ε Cu ⎜ ⎟ ff =
⎝ kx ⎠ γf

ff
f f = E f ⋅ε f Não εf =
Ef

f fu 1+ ξ
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≥ 1,3 kx =
ff ⎛ εf ⎞
⎜ + 1⎟
⎝ ε Cu ⎠

⎛ β1k x ⎞ ⎛ βk ⎞
µ Sd − ω S′ ⎜ − ξ ⎟ − ω s ⎜1 − 1 x ⎟
ωf = ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠
⎛ β1k x ⎞
⎜1 + ξ − ⎟
⎝ 2 ⎠

β1 ⋅ 0,85 fCd
ρf =ωf → Af = ρ f ⋅ b ⋅ d → Af ≥ Af
ff

ρ f ⋅ E f ⋅εC
W= → k x2 + (W − ω S ) k x − W (1 + ξ ) = 0
β1 ⋅ 0,85 f C

Af f f AS f y − AS′ f y′ + Af f f
ωf = → kx =
β1 ⋅ b ⋅ d ⋅ 0,85 fC β1 ⋅ b ⋅ d ⋅ 0,85 fC

⎛ β1k x ⎞ ⎛ βk ⎞ ⎛ β1k x ⎞
µ Rd = ω S′ ⎜ − ξ ⎟ + ω S ⎜1 − 1 x ⎟ + ω f ⎜1 + ξ − ⎟ → µ Rd ≥ µ Sd
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠

Figura 2.10 – Fluxograma da metodologia de determinação da resistência à flexão;


adaptada de ARAÚJO (2002a).
Reforço Estrutural com Tecido de Fibras de Carbono 57

onde:

h − altura da seção transversal;


d − altura útil;

ρ S − taxa geométrica de armadura do aço tracionado;

ρ S' − taxa geométrica da armadura do aço comprimido;


ρ f − taxa geométrica de armadura do compósito de fibra de carbono;

ω S − taxa mecânica da armadura longitudinal de tração;

ω S' − taxa mecânica da armadura longitudinal de compressão;


ω f − taxa mecânica do reforço em compósito de fibra de carbono;

β 1 − coeficiente adimensional que depende da relação constitutiva do concreto


(por exemplo β 1 = 0,80 para um diagrama retangular de tensões de compressão
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no concreto);
ξ − coeficiente adimensional.

Esta metodologia será aplicada na verificação do dimensionamento do


reforço das vigas do programa experimental, buscando validar os dados obtidos
nos ensaios com os valores teóricos esperados. Deve-se ressaltar que esta
metodologia não leva em consideração a deformação inicial existente na viga.
3
Conceitos Clássicos de Ductilidade

3.1.
Introdução

As vigas de concreto armado reforçadas externamente com compósitos de


fibra de carbono (CFC) apresentam um comportamento diferenciado em relação
às vigas de concreto armado.
Dentre os vários parâmetros que interferem no comportamento de um
elemento reforçado pode-se enfatizar a ductilidade. A ductilidade é definida como
a capacidade do material, seção, elemento estrutural ou sistema estrutural, de
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experimentar deformações inelásticas sem a perda de sua capacidade resistente,


atingindo a ruptura após um considerável acúmulo de energia inelástica de
deformação. A ductilidade é uma medida da capacidade do elemento estrutural se
deformar antes que a ruptura ocorra.
A ductilidade tem influência significativa no comportamento de um
elemento reforçado com CFC, sendo um parâmetro atualmente muito pesquisado,
com resultados experimentais ainda pouco conclusivos. Portanto, faz-se
necessário a realização de pesquisas mais detalhadas sobre a avaliação da
ductilidade, buscando-se analisar o desempenho das estruturas reforçadas com
CFC, pois se o dimensionamento do reforço for inadequado, ou se armadura do
reforço adotada for muito superior à necessária, o elemento estrutural poderá
apresentar um comportamento não dúctil.
Os procedimentos convencionais para a determinação da ductilidade em
elementos estruturais são, geralmente, expressos por meio de uma relação
chamada índice de ductilidade ou fator de ductilidade. Entretanto, as definições
tradicionais são consideradas pouco apropriadas para determinar a ductilidade de
vigas de concreto armado reforçadas com compósitos, daí propor-se uma nova
definição de índice de ductilidade. Esse novo índice de ductilidade é baseado nas
considerações da energia elástica e da energia inelástica. Dessa forma, a
ductilidade passa a ser determinada por meio de um índice energético, que se
Conceitos Clássicos de Ductilidade 59

caracteriza como uma forma mais eficiente para a determinação e análise da


ductilidade em elementos estruturais.

3.2.
Índices de Ductilidade

A ductilidade dos elementos de concreto estrutural é representada por meio


de índices, com valores numéricos adimensionais que visam expressar a
capacidade de deformação desses elementos antes que a ruptura ocorra, de modo a
se controlar os parâmetros que possam garantir uma ruptura dúctil.
A ductilidade é analisada quanto à flecha, à curvatura e à rotação, por meio
de valores retirados, respectivamente, dos diagramas de carga x flecha, momento
x curvatura e momento x rotação do elemento estrutural.
Em geral, definem-se os três índices de ductilidade por meio das seguintes
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equações:

¾ índice de ductilidade de flecha


δu
µδ = (3.1)
δy

¾ índice de ductilidade de curvatura


ku
µk = (3.2)
ky

¾ índice de ductilidade de rotação


θu
µϕ = (3.3)
θy

onde:
δ u − a flecha na carga de ruptura;
δ y − a flecha quando da tensão de escoamento do aço da armadura
longitudinal;
k u − a curvatura devido ao momento proveniente da carga de ruptura;
Conceitos Clássicos de Ductilidade 60

k y − a curvatura devido ao momento quando do escoamento da armadura

longitudinal;
θ u − a rotação devido ao momento proveniente da carga de ruptura;
θ y − a rotação devido ao momento quando do escoamento da armadura
longitudinal.

3.3.
Energia de Deformação

O concreto é um material frágil, mas as estruturas de concreto armado e


protendido são projetadas para terem um comportamento dúctil. Nesse
comportamento, a ductilidade é proveniente da deformação inelástica da armadura
convencional, permitindo a capacidade total de deformação do concreto e,
portanto, consumindo uma quantidade substancial de energia antes da ruptura.
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Em estruturas reforçadas, a ruptura pode surgir da ruptura do compósito e


a deformação inelástica necessária pode não ser atingida. Geralmente as fissuras
são induzidas pela enorme energia de deformação elástica liberada na ruptura pelo
polímero reforçado com fibra (PRF), ou seja, a energia elástica liberada é
absorvida em parte pelo concreto, acarretando o aumento das fissuras e danos no
concreto.
As grandes deformações que ocorrem antes da ruptura não,
necessariamente, representam uma ductilidade aceitável. A parte inelástica da
deformação é uma componente essencial de ductilidade. Entretanto, as definições
convencionais não levam em conta, diretamente, a energia inelástica absorvida
durante a deformação inelástica. Diversos pesquisadores assumem que desde que
grandes flechas sejam alcançadas, tem-se uma adequada ductilidade. Porém,
grandes flechas podem ser provenientes do baixo módulo de elasticidade do
sistema de reforço, o que leva a uma grande quantidade de energia elástica do
sistema.
Os diagramas mencionados no item 3.2 são mostrados na Figura 3.1 e
permitem determinar a energia potencial do elemento analisado por meio do
cálculo das áreas definidas sob as curvas obtidas em ensaios, sabendo-se que a
energia potencial total é a soma da energia inelástica e da energia elástica.
Conceitos Clássicos de Ductilidade 61

E tot = E inel + E el (3.4)

F carga x deflexão
(kN)

60

40

20

δ
0 5 10 15 20 (cm)

(a)

M momento x curvatura
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(MPa)

φ
0 1 2 3 4 5 (%)

(b)

M momento x rotação
(MPa)

θ
0 1 2 3 4 5 (rad)

(c)
Figura 3.1 – Diagramas tipo que permitem analisar a energia potencial de deformação de
elementos de concreto armado: a) carga x flecha; b) momento x curvatura; c) momento x
rotação; adaptados de NAAMAN e JEONG (2001).
Conceitos Clássicos de Ductilidade 62

Neste trabalho será adotada a metodologia proposta por NAAMAN e


JEONG (2001), estudada por ARAÚJO (2002), onde a ductilidade é avaliada por
meio de um índice de ductilidade energético, o qual será comparado com os
índices de ductilidade clássicos. Serão analisados os índices clássicos de
ductilidade de flecha, de curvatura, e os índices de ductilidade energética de
flecha e de curvatura.

3.4.
Índice de Ductilidade Energética

O índice de ductilidade energética representa a contínua interação entre a


ação aplicada e a deformação correspondente, de forma a se obter o
comportamento real da estrutura, elemento ou seção, até a ruptura, avaliando-se as
parcelas de energia de deformação armazenadas nos mesmos. Observa-se que não
é a deformação por si só que contribui para a ductilidade, mas sim a energia
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absorvida durante a deformação elástica e inelástica dos elementos estruturais.


Admitindo-se a carga última como sendo 75% da carga total, define-se a
relação entre as energias por
E Tot
µE = (3.5)
E 0, 75 Pu

A ETot corresponde à energia total obtida no diagrama em análise para a

carga de ruptura, e E 0,75 Pu representa a energia elástica obtida no diagrama

analisado para um carga correspondente a 75% da carga de ruptura.


O cálculo da ductilidade por meio da energia, adotando-se para a energia
elástica o valor que corresponde no gráfico a uma carga limite de até 75% da
carga última, tem o objetivo de eliminar os problemas que possam ocorrer com os
dados de ensaio obtidos com a carga última, Pu. Dessa forma determina-se a
ductilidade energética de flecha, de curvatura e de rotação utilizando-se as áreas
dos respectivos diagramas, ou seja, P × δ , M × k e M × θ , apresentados na
Figura 3.1.
Conceitos Clássicos de Ductilidade 63

Pu
0,75 Pu

0 δy δu δ

a) real

Etot
Pu
0,75 Pu

Eel
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0 δy δu δ

b) teórico

Figura 3.2 – Diagrama carga x flecha (P x δ ) real e teórico para obtenção das parcelas
de energia; adaptada de ARAÚJO (2002).

As definições de NAAMAN e JEONG (2001) foram feitas para estruturas


de concreto armado sem qualquer tipo de reforço, a não ser o das barras de
armaduras internas de material compósito. Nesse caso sabe-se que a armadura
consegue alcançar sua deformação inelástica antes da ruptura, permitindo que o
concreto atinja a sua total capacidade de deformação, o que acarreta o consumo de
uma quantidade bastante significativa de energia inelástica.
Se um sistema de reforço externo for adicionando às estruturas, essas
passam a ter um conjunto capaz de absorver uma maior quantidade de carga, mas
a sua capacidade de deformação não permanece a mesma, havendo uma tendência
para a estrutura atingir a ruptura sem que esta tenha alcançado uma determinada
deformação.
As flechas em estruturas sem reforço e em estruturas reforçadas podem ser
da mesma ordem de grandeza, mas as estruturas reforçadas possuirão uma energia
elástica acumulada muito maior que a das estruturas sem reforço, e uma energia
Conceitos Clássicos de Ductilidade 64

inelástica acumulada inferior à mesma, como está mostrado na Figura 3.3. Dessa
forma, pode-se dizer que a ductilidade em estruturas reforçadas será, em geral,
menor do que em estruturas convencionais.
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Figura 3.3 – Comparação das parcelas da energia elástica e energia inelástica; adaptada
de NAAMAN e JEONG (2001)

Em geral, quando um elemento reforçado com compósito de fibra de


carbono apresenta grandes deformações, tem-se uma ductilidade energética
bastante satisfatória. Uma nova definição de índice de ductilidade, considerando-
se a energia elástica e inelástica, foi estudada por ARAÚJO (2002) para a
aplicação em estruturas com um sistema de reforço com compósitos de fibras de
carbono.
A Figura 3.4a ilustra um gráfico teórico carga x flecha ( P × δ ), onde se
observam as parcelas de energia elástica e da energia total, dadas por:

E tot δ
= 2 u −1 (3.6)
E el δy

δ u 1 ⎛ E tot ⎞
= ⎜⎜ + 1⎟⎟ (3.7)
δ y 2 ⎝ E el ⎠
Conceitos Clássicos de Ductilidade 65

sendo os termos de energia obtidos por meio das áreas sob o diagrama P × δ ,
seguindo-se

1 ⎛ E tot ⎞
µ = ⎜⎜ + 1⎟⎟ (3.8)
2 ⎝ E el ⎠

onde:
µ − índice de ductilidade energética;
Eto t − energia total;

E el − energia elástica.
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A energia total E to t é calculada como sendo a área sob o diagrama carga

x flecha para a carga última. Esta carga última pode ser definida como sendo a
carga de ruptura, ou então, como sendo a carga que corresponde a uma parcela da
carga máxima.
A energia elástica E el corresponde a uma parte da energia total (Figura
3.4a) e é obtida após uma descarga do elemento estrutural, o que pode ser obtido
por meio de um teste de carga-descarga, e caso esse teste não possa ser realizado,
esta pode ser calculada como sendo a área de um triângulo mostrado na Figura
3.4b, formado pela linha vertical que passa pela carga última, e pela linha que tem
como inclinação o valor médio das duas primeiras linhas formadas pelas
deformações iniciais do diagrama carga x flecha (Figura 3.4b).
Conceitos Clássicos de Ductilidade 66

Pu
Eel
Etot

0 δy δu δ

(a)
P
E inel
Pu
P2

S2 E el
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P1 S

S1

0 δu δ

(b)

Figura 3.4 – Esquema para a obtenção do índice de ductilidade energética: (a) curva
teórica P × δ ; (b) determinação da inclinação da linha de fechamento do triângulo que
define a área da energia elástica; adaptada de ARAÚJO (2002).

A sistemática adotada segue em linhas gerais o estudo de ARAÚJO


(2002), que considera:

E tot = E inel + E el (3.9)

sendo que a energia elástica é calculada por meio da área do triângulo (Figura
3.4b) dada por:
Conceitos Clássicos de Ductilidade 67

P1 S1 + (P2 − P1 )S 2
S= (3.10)
P2

onde S , S1 e S2 correspondem às linhas de inclinação formadas pelas deformações


iniciais do diagrama de P×δ.
Desta forma tem-se que as mesmas definições aplicáveis ao cálculo da
ductilidade energética de flecha podem ser utilizadas para os diagramas de
momento-curvatura e momento-rotação, que permitem calcular, respectivamente,
os índices de ductilidade energética para curvatura e para rotação.
As expressões para a ductilidade energética de flecha, curvatura e rotação
são:

¾ Ductilidade energética de flecha:


1⎛E ⎞
µ δ = ⎜⎜ tot + 1⎟⎟
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(3.11)
2 ⎝ E el ⎠

¾ Ductilidade energética de curvatura:


1⎛E ⎞
µ k = ⎜⎜ tot + 1⎟⎟ (3.12)
2 ⎝ E el ⎠

¾ Ductilidade energética de rotação:


1⎛E ⎞
µ θ = ⎜⎜ tot + 1⎟⎟ (3.13)
2 ⎝ E el ⎠

sendo as energias total e elástica obtidas nos respectivos gráficos.

3.5.
Ductilidade de Vigas Reforçadas

Apresenta-se o estudo teórico da ductilidade de vigas reforçadas por meio


da relação momento x curvatura, fundamentando-se uma análise baseada na
homogeneização da seção e na seção fissurada. São mostrados também os
procedimentos de cálculo utilizado na determinação dos índices de ductilidade
energética de flecha e curvatura. Efetua-se a determinação da rotação plástica no
Conceitos Clássicos de Ductilidade 68

meio do vão da viga a partir dos valores de curvaturas obtidas por meio do estudo
da ductilidade.

3.5.1.
Relação Momento Fletor x Curvatura

A relação momento x curvatura, M × k é fundamental para a análise da


ductilidade dos elementos estruturais solicitados à flexão. A Figura 3.5 ilustra os
parâmetros básicos para o estudo dessa relação.
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Figura 3.5 - Parâmetros básicos de uma viga solicitada à flexão.

Para um elemento com comprimento ∆x submetido ao momento fletor M,


tem-se a deformação específica na fibra superior:
h
M
(3.14)
εS = − 2
EJ

e para a deformação específica na fibra inferior tem-se


h
M
(3.15)
εi = + 2
EJ

logo a rotação da seção é dada por


(ε + ε i )∆x
∆ϕ =
S
(3.16)
h

Definindo-se a curvatura como o inverso do raio de curvatura, tem-se:


1 ∆ϕ ε S + ε i
k= = = (3.17)
r ∆x h
Conceitos Clássicos de Ductilidade 69

e substituindo-se as expressões de ε S e ε I nessa equação resulta

1 M
= (3.18)
r EJ
onde J é dado pela eq. (3.32)
A Figura 3.6 ilustra os estágios da relação M × k relativos ao
comportamento de uma viga de concreto armado, desde a fase não fissurada até a
fase de ruptura.
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Estágio 0 –1 Seção não fissurada Estágio 1-2 Formação de fissuras

Estágio 2 – 3 Estabilização das fissuras Estágio 3 – 4 Escoamento do aço

Figura 3.6 – Estágios básicos da relação momento x curvatura.


Conceitos Clássicos de Ductilidade 70

Os estágios ilustrados na Figura 3.6 são:

¾ Estágio 0 – 1: Seção Não-Fissurada


A seção não apresenta fissuras, donde a armadura de aço
não contribui para a resistência da seção, que pode ser considerada composta de
um material homogêneo;

¾ Estágio 1 – 2: Formação de Fissuras


As primeiras fissuras começam a surgir, aumentam e
alcançam a zona de compressão da seção. As fissuras subseqüentes possuem
comprimentos menores (devido a influência das primeiras fissuras), pois a seção
transversal não é plenamente tracionada. Novas fissuras poderão surgir junto à
armadura de flexão;
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¾ Estágio 2 – 3: Estabilização das Fissuras

Nessa fase tem-se uma estabilização das fissuras, e não


aparecem novas fissuras. As fissuras existentes têm sua abertura aumentada;

¾ Estágio 3 – 4: Escoamento do Aço


Após o crescimento paulatino das fissuras tem-se o
escoamento da armadura de flexão. A curvatura aumenta acentuadamente,
enquanto o aumento do momento fletor é praticamente constante. Os acréscimos
finais da curvatura ocorrem em virtude do pequeno aumento do braço de alavanca
interna, e o concreto na área de compressão atinge a ruptura, o que corresponde ao
ponto 4 da Figura 3.6.

3.5.2.
Vigas Reforçadas com Tecido de Fibra de Carbono

Neste item será descrita uma sistemática encontrada na literatura, para se


obter o diagrama M × k , por meio da homogeneização da seção fissurada.
Conceitos Clássicos de Ductilidade 71

3.5.2.1.
Homogeneização da Seção

A análise da ductilidade da seção reforçada é realizada admitindo-se a seção


homogeneizada. Os parâmetros dessa análise são mostrados na Figura 3.7.

h
CG
yt

tf
bf

b
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Figura 3.7 – Parâmetros geométricos da seção reforçada com CFC.

As características dos materiais são:

¾ Compósito de Fibra de Carbono (CFC)

E f − módulo de elasticidade da fibra;

t f − espessura da fibra;

b f − largura da fibra;

A f − área de reforço.

sendo que:

Af = b f t f (3.19)

¾ Aço
E s − módulo de elasticidade do aço;

As − área de armadura.
Conceitos Clássicos de Ductilidade 72

¾ Concreto

Ec − módulo de elasticidade do concreto;


b − largura da seção transversal;
h − altura da seção transversal;

Ac − a área da seção de concreto.

A relação entre os módulos de elasticidade do compósito de fibra de


carbono e do concreto é dada por:
Ef
nf = (3.20)
EC

A relação entre o módulo de elasticidade do aço e módulo de elasticidade do


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concreto é dada por:


ES
n= (3.21)
EC

sendo que E S = 200 GPa , E f depende do tipo de produto, e EC é dado pela NB-

1 /2003 por meio da seguinte expressão:

E C = 5600 f c (3.22)

onde f c é a resistência à compressão do concreto ( MPa ) .

A área da seção transversal homogeneizada é dada por:

At = AC + (n − 1)AS + n f A f (3.23)

Adotando-se os seguintes parâmetros geométricos:


tf
h+ =df (3.24)
2

onde d f é a altura útil do reforço, tem-se


Conceitos Clássicos de Ductilidade 73

h
AC + AS d + A f d f
y= 2 (3.25)
At

onde y é a distância do centro de gravidade da seção de concreto até a fibra


superior mais comprimida, com

y + yt = h (3.26)

sendo y t a distância do centro de gravidade até a fibra inferior mais tracionada.


O momento de inércia da seção homogeneizada é dado por:

+ AC ⎜ y − ⎟ + (n − 1)AS (d − y ) + n f A f (h − d f )
bh 3 ⎛ h⎞
J=
2 2
(3.27)
12 ⎝ 2⎠
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3.5.2.2.
Seção Fissurada

A análise da relação M × k em vigas reforçadas com compósitos de fibra


de carbono segue a sistemática análoga à descrita no item 3.5.1. A Figura 3.5
ilustra a compatibilidade cinemática da seção transversal.
As deformações específicas dos materiais são dadas por:

¾ deformação específica do concreto:


−M x
εC = (3.28)
EJ
¾ deformação específica do aço:
M (d − x )
εS = (3.29)
EJ
¾ deformação específica da fibra:
M (d f − x )
εf = (3.30)
EJ
Conceitos Clássicos de Ductilidade 74

A curvatura da seção é dada por:


1 M
k= = (3.31)
r EJ

A análise da relação M × k é admitida como uma relação tri-linear, tal


como mostra a Figura 3.8.

My
3 4
M CR 1

0 k CR ky ku k
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Figura 3.8 - Relação tri-linear M × k .

Os estágios da relação M × k tri-linear (Figura 3.9) são:


¾ Estágio 0 – 1: o momento solicitante não fissura a viga, ou seja,
M < M CR ;

¾ Estágio 1 – 3: representa o estágio de pós-fissuração, mas sem a armadura


longitudinal atingir o escoamento, ou seja, M CR ≤ M ≤ M y ;

¾ Estágio 3 – 4: o momento solicitante é superior ao momento de


escoamento da seção, sendo admitido como cerca de 10 % inferior ao
momento último, ou seja, M y ≤ M ≤ 0,9M u .
Conceitos Clássicos de Ductilidade 75

Mu
0,9M u

My

0 ky ku k

Figura 3.9 - Consideração do momento no estágio de ruptura da seção.

Uma análise simplificada admite a relação bi-linear (Figura 3.10), onde


não se tem um dos trechos da relação tri-linear (Figura 3.9).
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Mu

M CR

0 k CR ku k

Figura 3.10 - Relação bi-linear M × k .

Nesse modelo tem-se o momento de inércia de fissuração dado pela


seguinte equação:

+ nAS (d − x ) + n f A f (d f − x ) 2
bx 3
J CR =
2
(3.32)
3

sendo o momento de fissuração dado por


Conceitos Clássicos de Ductilidade 76

f ct J CR
M CR = (3.33)
y

onde f ct = f ct , flexão é a tensão de tração na flexão dada por MIHILMY e

TEDESCO (2000)

f ct = f r = 0,62 f c (3.34)

Da Figura 3.7 tem-se:


tf
y = yt + (3.35)
2

A determinação da linha neutra é dada por:

∑M =0 (3.36)
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ESTÁTICO

(bx ) x − nAs (d − x ) − n f A f (d f − x) = 0 (3.37)


2

x2 +
2
(nAs + n f A f )x − 2 (nAs d + n f A f d f ) = 0 (3.38)
b b

sendo que as raízes dessa equação do segundo grau fornecem a posição da linha
neutra.
A compatibilidade cinemática fornece:
εC εy ⎛ x ⎞
= ⇒ εC = ⎜ ⎟ε y (3.39)
x d−x ⎝d −x⎠
seguindo-se para o momento de escoamento
f y J CR
My = = E C J CR k y (3.40)
n(d − x )

A curvatura da seção no estágio 1 - 2 (Figura 3.10) é dada por:


Conceitos Clássicos de Ductilidade 77

⎛ M ⎞
⎜ − 1⎟
⎜M ⎟
⎠(
ku − k y )
⎝ y
k = ky + (3.41)
⎛ Mu ⎞
⎜ − 1⎟
⎜M ⎟
⎝ y ⎠
A curvatura última é dada por:
εC 0,35%
ku = = (3.42)
xu xu
com
Mu
ku = (3.43)
J eq EC
tem-se
Mu
J eq = (3.44)
k u EC
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3.5.3.
Determinação dos Índices de Ductilidade Energéticos

O procedimento para a determinação dos índices de ductilidade


desenvolvido neste estudo fundamenta-se na curva experimental P × δ . Tem
como objetivo obter todos os índices de ductilidade energéticos por meio dos
valores de carga e flecha para os estágios de fissuração, escoamento e ruptura.
Com o diagrama P × δ da viga é possível determinar-se as energias total e
elásticas, e obter o índice de ductilidade energético de flecha, bem como
determinar os valores dos momentos e das curvaturas. A Figura 3.11 apresenta o
diagrama P × δ fundamental para a determinação da ductilidade por meio desta
análise.
Conceitos Clássicos de Ductilidade 78

P
Pu

E elástica
O δ δu
δ
Figura 3.11 – Gráfico carga x flecha teórico.

A energia total corresponde à área sob a curva P × δ , que pode ser


determinada de várias formas, seja pela integração da equação da linha de
tendência que mais se aproxima do gráfico real, ou por meio de programas que
fornecem a área sob a curva.
A determinação da energia elástica, que corresponde a uma parte da energia
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total (Figura 3.11), é obtida após um descarregamento do elemento estrutural.


Portanto, o cálculo da energia elástica pode ser expresso por:

E elástica =
1
2
(
Pu δ u − δ ) (3.45)

onde:
P u − carga de ruptura;

δ u − flecha de ruptura;

δ − flecha que delimita a área do triangulo que fornece a energia elástica.

Sendo:

δ = δu − δ (3.46)

e sabendo-se que
PCR
tgα = (3.47)
δ CR

onde:
Conceitos Clássicos de Ductilidade 79

P CR − carga de fissuração;

δ CR − flecha de fissuração.

com
Pu
tgα = (3.48)
δ
encontra-se o valor de δ .

As energias total e elástica permitem a determinação do índice de


ductilidade energético de flecha por meio da seguinte expressão:

1⎛E ⎞
µ δ = ⎜⎜ tot + 1⎟⎟ (3.49)
2 ⎝ E el ⎠
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De posse desses valores é possível determinar os respectivos valores de


momento e curvatura de cada elemento estrutural, para cada um dos estágios em
estudo. Com os valores de carga obtém-se os respectivos valores de momento, e
com os valores das flechas e das cargas obtém-se as rigidezes dos elementos. Para
a determinação da curvatura, conhecendo-se os momentos e as rigidezes tem-se:

1 M CR
k CR = = (3.50)
r ( EJ ) CR

A determinação do índice de ductilidade energético de curvatura é análogo


ao índice de ductilidade energético de flechas, ou seja, é necessário a
determinação das energias total e elástica seguindo-se os mesmos conceitos,
porém analisando-se os diagramas de M × k .
A energia total, analisando-se os momentos e as curvaturas, é obtida por
meio da área total sob a curva, e a energia elástica é determinada pela seguinte
expressão:

E elástica =
1
2
(
M u ku − k ) (3.51)
Conceitos Clássicos de Ductilidade 80

onde:
M u− momento de ruptura;

k u − curvatura de ruptura;

k − curvatura que delimita a área do triangulo que fornece a energia elástica.

Com:

k = ku − k (3.52)

e sabendo-se que
M CR
tgα = (3.53)
k CR

onde
M CR − momento de fissuração;
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k CR − curvatura de fissuração.
com
Mu
tgα = (3.54)
k
encontra-se o valor de k .
As energias total e elástica permitem determinar o índice de ductilidade
energético de curvatura por meio da seguinte expressão:

1⎛E ⎞
µ k = ⎜⎜ tot + 1⎟⎟ (3.55)
2 ⎝ E el ⎠

Dessa forma é possível visualizar a grande importância dos


diagramas P × δ , e dos diagramas dos M × k para a determinação de índices de
ductilidade energéticos. Todos os passos realizados para a determinação dos
índices utilizando-se este procedimento são mostrados nos Anexos E, F e G.
Conceitos Clássicos de Ductilidade 81

3.5.4.
Rotação Plástica

A rotação plástica é obtida por meio da análise das curvaturas nos estágios
de fissuração, de escoamento e de ruptura.

Mu
My αu
αy
M CR
α0 α eq
O κ CR κy κu
Figura 3.12– Gráfico teórico da relação momento x curvatura.
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Para a determinação da rotação plástica é necessário analisar as curvaturas


das vigas. O esquema das curvaturas ao longo da viga está ilustrado na Figura
3.13. Esse esquema admite uma função linear para a variação das curvaturas.

a l −a a

k CR ky

ku
A3
4,00

Figura 3.13 – Esquema das curvaturas das vigas.

A rotação plástica é determinada por:

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3 (3.58)

onde ∆ é a diferença das áreas do trapézio da Figura 3.13, e A3 é a área


delimitada pela curvatura de fissuração (Figura 3.15).
Conceitos Clássicos de Ductilidade 82

Para se determinar ∆ é necessário obter-se as áreas dos trapézios mostrados


Figura 3.14.
1,25 4,00 − 2,50 1,25

k CR ky

ku
A3
4,00

Figura 3.14 – Esquema das curvaturas com as dimensões das vigas.

Dessa forma tem-se:


¾ A1 = Trapézio maior
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⎛ 4,00 + 1,50 ⎞ ⎛ 4,00 + 1,50 ⎞


=⎜ ⎟κ u = 2,75κ u ⎜ ⎟k u = 2,75k u
⎝ 2 ⎠ ⎝ 2 ⎠

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
¾ A2 = Trapézio menor : ⎜ ⎟κ y = 2,75κ y
⎝ 2 ⎠

Portanto:

∆ = A1 − A2 (3.56)

Substituindo-se os valores das áreas na expressão 3.56 resulta:


⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y ) (3.57)
⎝ 2 ⎠

k CR

X CR − xcr

Figura 3.15 – Área delimitada pela curvatura de fissuração.


Conceitos Clássicos de Ductilidade 83

Analisando-se o triângulo formado pela área delimitada pela curvatura de


fissuração A3 (Figura 3.15), tem-se a expressão para o cálculo da área:

k CR ( X CR − x cr )
1
A3 = (3.59)
2

Por meio da Figura 3.16 obtém-se a expressão de xCR para a

determinação de A3 .
a

k CR
ky
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x cr

Figura 3.16 – Esquema para obtenção de triângulos analisando-se a curvatura relativa


ao escoamento.

Com:
ky
tg α y = (3.60)
a

e por meio da relação de triângulos


ky k y − k CR
= (3.61)
a x cr

resulta
⎛ k y − k cr ⎞
xCR = a⎜ ⎟ (3.62)
⎜ k ⎟
⎝ y ⎠
Conceitos Clássicos de Ductilidade 84

Por meio da Figura 3.17 obtém-se a expressão de X CR para a

determinação de A3 .

k CR
ku

X CR

Figura 3.17 – Esquema para obtenção da relação de triângulos analisando-se a


curvatura relativa à ruptura.
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Com
ku
tg α u = (3.63)
a

e por meio da relação de triângulos

k u k u − k CR
= (3.64)
a X cr

resulta
⎛ k − k cr ⎞
X CR = a⎜⎜ u ⎟⎟ (3.65)
⎝ ku ⎠

Como definido anteriormente, a área A3 é dada por:

k CR ( X CR − x cr )
1
A3 = (3.66)
2

Substituindo-se as equações 3.62 e 3.65 na equação 3.66 tem-se:


Conceitos Clássicos de Ductilidade 85

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 = (3.67)
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A rotação plástica, como definida em 3.58, é dada por

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3 (3.68)

É possível determinar o valor da rotação plástica das vigas a partir dos


valores das curvaturas de fissuração, de escoamento e de ruptura, por meio da
análise dessas curvaturas, e admitindo-se a existência de uma função linear para a
variação das curvaturas. Todos os passos realizados para a determinação da
rotação utilizando-se este procedimento são mostrados nos Anexos H.
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4
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas

4.1.
Introdução

Este capítulo apresenta alguns estudos teóricos e experimentais encontrados


na literatura sobre vigas de concreto armado reforçadas com compósitos de fibra
de carbono, com ênfase na determinação da ductilidade dessas vigas.
São apresentadas nestes estudos algumas definições de índice de ductilidade
de flecha e de curvatura, assim como o índice de ductilidade energética de vigas
reforçadas.
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Na maioria dos estudos constatou-se que a ductilidade dos elementos


estruturais reforçados com materiais compósitos com fibras é menor do que em
elementos estruturais usuais de concreto armado. Verificou-se o aumento da
rigidez das vigas reforçadas em relação às vigas de controle. Dependendo da
solução de reforço adotada, o aumento da resistência é alcançado com a
diminuição da ductilidade.
São apresentados neste capítulo seis estudos sobre vigas reforçadas com
polímeros reforçados com fibras, analisando-se o comportamento à flexão e à
força cortante, e a variação da rigidez e da ductilidade dessas vigas em relação às
vigas de referência de concreto armado.

4.2.
Estudo de BENCARDINO (2002)

BENCARDINO (2002) estudou experimentalmente vigas de concreto


armado reforçadas com manta de fibra de carbono e apresenta resultados obtidos
nos ensaios de vigas reforçadas à flexão e à força cortante. Duas séries de vigas
foram ensaiadas por meio de cargas aplicadas em quatro pontos. As vigas de
ambas as séries foram armadas com aço com tensão de escoamento
f yk = 540MPa . Em cada série foi ensaiada uma viga de referência sem reforço.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 87

As principais variáveis das vigas de referência, nas duas séries analisadas,


foram a resistência do concreto e a quantidade de estribos. Na primeira série
foram usadas duas camadas de tecido de fibra de carbono na zona tracionada, com
o tecido envolvendo a zona de tração e as faces verticais das vigas. Na segunda
série de ensaios, as vigas foram reforçadas externamente com quatro camadas de
tecido de fibra de carbono na zona tracionada, com ancoragens adicionais nas
extremidades do reforço.
As seis vigas possuíam seção transversal com as dimensões
140 mm × 300 mm , com armaduras de compressão e de tração composta de
2φ16 mm .
O tecido bidirecional de fibras de carbono formava uma trama flexível. A
orientação do reforço foi de modo a ter-se 70 % das fibras na direção das
deformações e 30 % na outra direção.
As vigas eram simplesmente apoiadas com um vão de 4800 mm , e com
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duas cargas concentradas simétricas. Os ensaios foram realizados sob condições


de controle de deslocamento, com imposição de flecha no meio do vão. As cargas
aplicadas foram monitoradas com precisão de carga de 0,1 kN .
Os resultados obtidos mostram que as vigas reforçadas com manta
apresentaram melhor desempenho estrutural que as vigas não reforçadas. As vigas
reforçadas apresentaram cargas mais altas que as vigas de controle quando as
fissuras à flexão ficaram visíveis. As medidas de deformação mostraram que as
vigas reforçadas perderam a ação do compósito em aproximadamente 60% a
70% das cargas de ruptura. Esse tipo de reforço conduz a um aumento na
capacidade de carga última e na rigidez à flexão, quando comparadas com as
vigas de referência. Foram observadas reduções significativas nas flechas, nas
curvaturas, e nas ductilidades.
As Tabelas 4.1 e 4.2 mostram os resultados experimentais obtidos nesse
trabalho. As ductilidades foram definidas por esse autor pelas seguintes
expressões:

¾ ductilidade de flecha:
∆u
µ∆ = (4.1)
∆y
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 88

¾ ductilidade de curvatura:
φu
µφ = (4.2)
φy
¾ ductilidade energética:
Eu
µE = (4.3)
Ey

onde:
∆ u = flecha na carga última;

∆ y = flecha no início do escoamento da armadura longitudinal;

φu = curvatura para carga última;


φ y = curvatura no início do escoamento da armadura longitudinal;

Eu = área sob o diagrama carga-flecha até a carga última;

E y = área sob o diagrama carga-flecha até a tensão de escoamento da armadura


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longitudinal (energia elástica).

Tabela 4.1 - Índices de ductilidade.

Resistência do Carga de Ductilidade Ductilidade de Ductilidade


Viga concreto aos 28 Ruptura de Flecha Curvatura Energética
dias (MPa) (kN) µ∆ µφ µE
A3 29,5 57,20 6,97 10,28 15,70
A3.4 35,4 101,26 2,93 5,13 5,84
A3.5 36,7 133,09 2,87 2,89 6,00
C1 21,0 45,00 6,61 5,52 13,75
C1.1 21,9 90,03 3,02 3,56 6,42
C1.2 22,1 102,29 1,99 2,31 3,42

Tabela 4.2 – Relação de ductilidade entre as vigas reforçadas e a viga de referência.

Viga Ductilidade de Ductilidade de Ductilidade


Flecha Curvatura Energética
A3 1,00 1,00 1,00
A3.4 0,42 0,50 0,37
A3.5 0,41 0,28 0,38
C1 1,00 1,00 1,00
C1.1 0,46 0,64 0,47
C1.2 0,30 0,42 0,25
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 89

4.3.
Estudo de MACHIDA e MARUYAMA (2002)

Em MACHIDA e MARUYAMA (2002) a análise da ductilidade de


estruturas reforçadas com fibras foi realizada por meio das prescrições do
Japanese Strucutral Civil Engineers (JSCE).
De acordo com esse trabalho, tem-se que os laminados de polímeros
reforçados com fibras (FRP) melhoram a resistência à força cortante nos
elementos de concreto armado e promovem o confinamento do concreto,
resultando num aumento na capacidade de deformação. Esses autores relatam que
as recomendações da fib descrevem os efeitos de confinamento do concreto em
termos da relação tensão vs. deformação específica, e que as prescrições JCSE
indicam diretamente como obter um ganho de deformação específica (ou flecha)
nos elementos de concreto armado solicitados à força cortante.
A sistemática do JSCE para avaliar a capacidade de deformação adota um
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coeficiente de ductilidade µ . O coeficiente da capacidade de resistência à força


cortante e coeficiente da capacidade de flexão, determinam a ductilidade do
elemento. A equação prescrita é a seguinte:

⎡1,16(0,5VC + V S ) ⎧ ε fu ρ f ⎫ ⎤
⎢ ⋅ ⎨1 + α 0 ⎬ + 3,58⎥
⎣⎢ V mu ⎩ V m (Bz ) ⎭ ⎦⎥ (4.4)
µ fd = ≤ 10
γ bf

Af
ρf = (4.5)
sf B

onde :
µ fd - coeficiente de ductilidade;

VC - parcela da força cortante resistida pelo concreto;

VS - parcela da força cortante resistida pelo aço;

Vmu - força cortante relativa à carga última na flexão;


B - largura do elemento;
z 0 - braço de alavanca;

ε fu - deformação específica última da FRP (Fiber reinforced polymers);


Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 90

ρ f - taxa geométrica do reforço;

γ bf - coeficiente de segurança.
A equação 4.4 foi obtida por meio da análise de dados experimentais para
alguns materiais, como mostrado na Figura 4.1.

Concreto
Aramida
Aramida
Carbono
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Figura 4.1 – Índice de Ductilidade pela norma da JSCE; adaptada de MACHIDA e


MARUYAMA (2002).

Esse trabalho mostra que os tipos de ruptura em estruturas de concreto


reforçadas com polímeros reforçados com fibras (PRF) são frágeis, a menos que
algumas medidas especiais sejam adotadas. A ductilidade das estruturas
reforçadas com PRF é menor do que em estruturas usuais de concreto armado.

4.4.
Estudo de DUTHINH e STARNES (2001)

DUTHINH e STARNES (2001) estudaram o reforço de vigas de concreto


armado com polímero reforçado com fibras de carbono (CFRP). Foram testadas à
flexão sete vigas de concreto armadas internamente com aço e externamente com
polímero reforçado com fibras de carbono, aplicadas após a fissuração do
concreto. Os resultados obtidos mostram que CFRP é muito eficaz para reforço à
flexão. Comparadas com uma viga de concreto armado com altas taxas de
armadura, as vigas reforçadas com aço e compósito de fibra de carbono possuem
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 91

capacidade de deformação adequada, mas com tipos de ruptura frágeis. Esses


autores mostram que envolver as extremidades da manta de FRP, combinado com
o adesivo de ligação é um procedimento muito eficaz para ancorar o laminado.
Os objetivos principais desse estudo foram avaliar se o comportamento à
flexão das vigas de concreto reforçadas com aço e compósito de fibra de carbono
é suficientemente dúctil e determinar o acréscimo da resistência à flexão devido
ao reforço.
Foi ensaiada uma série de sete vigas, que foram fortemente armadas à
força cortante para assegurar que a ruptura ocorresse somente devido à flexão. Na
maioria dos casos, o reforço foi realizado com a aplicação de laminados de
carbono após o aparecimento das primeiras fissuras, mais ou menos em torno de
um terço da carga última da viga de concreto armado. Para as vigas 4a e 4b, o
reforço foi feito a uma carga cerca de 68% e 52%, respectivamente, da carga
última da viga de referência.
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O reforço externo seguiu os procedimentos recomendados pelos


fabricantes. A manta (ou laminado) de fibra de carbono foi deixado para curar
durante 24 horas. As Tabelas 4.3 e 4.4 mostram as propriedades dos materiais
utilizados.

Tabela 4.3 – Propriedades do laminado de carbono.

Resistência à tração 2400 MPa


Módulo de elasticidade 155 GPa
Volume de fibra > 68 %
Espessura 1,2 mm
Comprimento 50 mm
Deformação específica 1,9 %
última
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 92

Tabela 4.4 – Propriedades do adesivo.

Resistência na ligação 22,0 MPa ( 2 dias, cura seca )


concreto – concreto 21,3 MPa (14 dias, cura úmida)

Resistência à tração (7 dias) 24,8 MPa

Resistência ao cisalhamento (14 dias) 24,8 MPa

Deformação específica última 1%

Esses autores desenvolveram um programa computacional para calcular o


momento e a curvatura das vigas de concreto sob momento constante, com
armadura interna de aço e externa de compósito de fibra de carbono. Para uma
dada posição da linha neutra, o programa assume um valor de deformação
específica à compressão do concreto na extremidade da seção ε cM , com a qual
calcula-se a curvatura da viga, as deformações específicas, as tensões e as forças
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no concreto, no aço e no reforço de compósito de fibra de carbono. Foram


admitidas as hipóteses:
¾ seções planas;
¾ o concreto possui uma curva parabólica de tensão-deformação específica;
¾ o reforço é colado para um determinado momento fletor.
Se o equilíbrio não é satisfeito, um novo valor de ε cM é assumido, e a

iteração é repetida. Porém, se o equilíbrio é satisfeito, uma nova posição da linha


neutra é assumida e a iteração é repetida. O programa admite a ruptura do
concreto por esmagamento, ou a ruptura do reforço por tração. Ressalta-se que o
momento último e a curvatura do aço das vigas de concreto armado foram
calculados por meio da norma ACI 318-99.
Essa pesquisa mostra que as deformações medidas no meio do vão
permitem efetuar o cálculo da curvatura da viga e da deformação específica do
concreto à compressão. Esse valor é adicionado à medida inicial de deformação
do laminado.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 93

Dados Experimentais
Reforço
Valores Teóricos
1o Fissura de Flexão

Curvatura
Figura 4.2 – Momento x curvatura para os valores experimentais e valores teóricos;
adaptada de DUTHINH e STARNES (2001)
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Como conclusões desse estudo:

¾ A aplicação de laminados de fibra de carbono é efetiva para reforço à


flexão de vigas de concreto armado, desde que seja garantida uma
ancoragem adequada para o laminado. Num caso (viga 4b), a viga
reforçada foi 3,33 vezes mais resistente que a viga sem reforço, cuja
capacidade resistente foi calculada pela norma ACI 318-95. Com o
acréscimo da armadura de aço, a resistência adicional obtida com o reforço
externo de carbono diminui. A Tabela 4.5 mostra os resultados obtidos,
sendo:

M V - momento último da viga de referência;

M u - momento último da viga reforçada;

ε LM - deformação específica máxima do laminado (na ruptura da viga);


φV - curvatura última calculada para a viga de concreto armado;
φ u - curvatura última da viga reforçada;
φ Vb - curvatura ultima calculada para a viga de concreto armado.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 94

Tabela 4.5 – Resultados de DUTHINH e STARNES (2001).

Vigas MV Mu Mu ε LM φV φu
φVb
-3 -1
kN.m kN.m MV 10 km

4a 44,0 93,5 2,13 10,07 113 1,75


4b 45,0 151 3,36 9,88 111 1,86
5 80,1 117 1,46 6,62 62,2 1,43
6 99,2 148 1,49 7,80 46,9 1,41
7N 136 179 1,32 6,23 33,6 1,69
8N 172 204 1,19 6,10 26,7 1,45
9 207 213 1,03 - 22,2 1,09
10 252 - - - 17,5 1,00

¾ Comparando-se com a curvatura de uma viga, com taxa de armadura de


75% da taxa de armadura de uma seção normalmente armada, as vigas
armadas com aço e reforçadas com polímeros reforçados com fibras de
carbono, possuem adequada capacidade de deformação, ressaltando-se o
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tipo de ruptura frágil obtido.


¾ O envolvimento com adesivo é bastante efetivo na ancoragem do laminado
de FRP.

4.5.
Estudo de GRACE et al. (2002)

No estudo de GRACE et al. (2002) foi realizada a análise de vigas de


concreto armado reforçadas com um novo material compósito, contendo dois tipos
de fibras de carbono e um tipo de fibra de vidro, de maneira a se conseguir uma
maior ductilidade do que a obtida nos compósitos tradicionais. A ductilidade
desse novo tecido desenvolvido foi estudada por meio do ensaio de oito vigas
reforçadas à flexão com o tecido híbrido e por quatro vigas similares reforçadas,
uma viga com placa, outra com tecido e duas com lâminas de fibra de carbono. O
objetivo foi comparar o comportamento da viga reforçada com o material
compósito híbrido com as demais vigas reforçadas com material convencional. A
resina epóxi utilizada para a impregnação do material na superfície do concreto
foi diferente para o reforço com material híbrido e para o reforço com material
convencional. Na Tabela 4.6 são apresentadas as propriedades mecânicas das
fibras utilizadas no reforço das vigas ensaiadas, e na Tabela 4.7 são apresentadas
as características das resinas utilizadas na aplicação do reforço.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 95

Tabela 4.6- Propriedades mecânicas* das fibras utilizadas.

Módulo de Resistência à Deformação


Tipo de Fibra Descrição Elasticidade GPa Tração MPa Específica na
Ruptura %
Fibras com
Carbono 1 elevado módulo 379 1324 0,35
Fibras com alto
Carbono 2 módulo 231 2413 0,9 a 1,0
Fibras de vidro
Vidro (E-glass) 48 1034 2,1
* as propriedades são baseadas em 60% da fração de volume da fibra.

Tabela 4.7 - Propriedades das resinas epóxi.

Tipo Resistência Deformação Resistência à


de Epóxi à Tração Específica Compressão
MPa Última % MPa
A 66.6 4,4 109,2
B 68.9 2,0 86,2
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* resina epóxi tipo A para tecido híbrido;


* resina epóxi tipo B para material convencional.

As treze vigas de concreto armado reforçadas possuíam seção transversal


152 × 254 mm e comprimento 2744 mm . A armadura de flexão era composta por
duas barras de φ 16 mm na parte inferior da viga, e 2 φ 9,5 mm na parte superior.
Para evitar ruptura por força cortante, as vigas foram reforçadas com estribos de
φ 9,5 mm espaçados de 102 mm . A tensão de escoamento da armadura
longitudinal foi 415 MPa e a resistência à compressão do concreto no período do
ensaio foi 55,2 MPa . A Figura 4.3 mostra as dimensões das vigas, o detalhamento
das armaduras e os pontos de aplicação da carga.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 96
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Figura 4.3 – Parâmetros geométricos das vigas ensaiadas; adaptada de GRACE et al.
(2002).

Esses ensaios mostraram que:


¾ as curvas P× δ relativas aos ensaios das treze vigas, com exceção da viga
C-2, apresentaram dois trechos lineares, o primeiro até o escoamento e o
segundo do escoamento até a ruptura;
¾ as vigas reforçadas com material compósito híbrido apresentaram cargas de
escoamento mais elevadas e alcançaram índices de ductilidade maiores que
os das vigas reforçadas com material convencional;
¾ a viga C-2 rompeu por força cortante, de modo brusco e sem ductilidade,
mas com um acréscimo de 61% na resistência à flexão.
¾ as vigas reforçadas com lâminas de fibra de carbono não apresentaram
significante perda de ductilidade, mas apresentaram perda de carga de
escoamento.
¾ o uso dos materiais compósitos, do tipo polímeros reforçados com fibras,
em sistemas de reforço à flexão para estruturas de concreto, nem sempre
melhoram o patamar de escoamento das vigas reforçadas. Em algumas
aplicações o reforço pode provocar uma ruptura frágil, ou um insignificante
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 97

aumento de carga de escoamento da viga reforçada, ou ainda, as duas


situações.
Esses autores calcularam os índices de ductilidade para as vigas por meio da
δu
expressão , onde δ u , δ y são as flechas na ruptura e quando do escoamento da
δy
armadura longitudinal, respectivamente. A Tabela 4.8 mostra uma comparação
dos resultados das vigas ensaiadas.

Tabela 4.8 – Comparação dos resultados das vigas ensaiadas.


Flecha Deformação
Viga Sistema de Carga de Flecha de Carga de de δu Específica
Reforço Escoamento Escoamento Ruptura Ruptura do PRF
(kN) δy (mm) (kN) δu δy na ruptura
(%)
(mm)
sem reforço
VR 82,3 14,0 95,7 49,5 3,55 -
lamina de
C-1 fibra de 85,9 13,2 101,9 28,4 2,15 1,10
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carbono
placa de
C-2 fibra de - - 132,6 16,0 1,00 0,33
carbono
tecido de
C-3 fibra de 107,7 13,5 134,4 22,1 1,64 0,67
carbono
tecido
H-50 híbrido 97,9 15,2 114,8 35,6 2,33 1,55
(t=1.0 mm)
tecido
H-75 híbrido 113,9 13,7 130,8 29,2 2,13 0,74
(t=1.5 mm)

4.6.
Estudo de PARRA e BENLLOCH (2001)

Esta pesquisa experimental analisa o comportamento a flexão de vigas


reforçadas com compósitos de fibra de carbono. Foram ensaiadas oito vigas bi-
apoiadas de seção transversal retangular: duas vigas de controle, quatro reforçadas
usando-se fitas (ou tiras) de fibra de carbono e as outras duas após a colagem das
fitas na região de tração das vigas, as extremidades foram fixadas com tecido de
fibra de carbono.
As armaduras de flexão foram de dois tipos, A e B, sendo 500 MPa a
tensão de escoamento do aço. Todas as vigas foram testadas até a ruptura. As
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 98

vigas foram reforçadas com fitas (tiras) de fibra de carbono, que mostraram um
comportamento elástico até a ruptura. As propriedades mecânicas dos materiais de
reforço são apresentadas na Tabela 4.9, e o detalhamento das mesmas é mostrado
na Figura 4.4.

Viga Tipo A Viga Tipo B

Tecido Tecido
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Fitas

Figura 4.4 – Detalhamento das vigas ensaiadas; adaptada de PARRA e BENLLOCH


(2001).

Tabela 4.9 – Propriedades mecânicas dos materiais de reforço.

Propriedades Tira ou Fita Tecido Resina Epóxi Resina Epóxi


Fita ou Tira Tecido
Resistência à
Compressão 2600 3500 - 30
(MPa)
Módulo de
Elasticidade 165000 230000 12800 3800
(MPa)
Deformação de 1,7 1,5
Ruptura (%) - -
Dimensões (mm) 50 x 1,2 305 x 0,13 - -

As vigas de controle romperam por flexão com esmagamento do concreto


na zona de compressão, com excesso de fissuras na zona de tração. As vigas
reforçadas apenas com tiras de fibra de carbono apresentaram o mesmo
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 99

comportamento, quase linear até a ruptura que ocorreu de forma frágil devido ao
descolamento da fibra de carbono na extremidade. Todas essas vigas mostraram
fissuras devido à força cortante, causadas por insuficiência de armadura
transversal.
Um outro aspecto importante apresentado em todas as vigas reforçadas em
relação às vigas de controle foi o aumento da rigidez. Para cargas elevadas todas
as vigas reforçadas apresentaram flechas menores devido a um incremento de
rigidez. As cargas de ruptura em todas as vigas reforçadas foram maiores que as
cargas das duas vigas de controle.
Para calcular a ductilidade das vigas ensaiadas alguns índices de ductilidade
foram definidos em função das características estruturais, como a flecha no meio
do vão e a área sob a curva do gráfico carga x flecha, sendo esta a medida da
energia de deformação. Esses índices foram definidos como:
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∆u
µ∆ = (4.6)
∆y

Eu
µE = (4.7)
Ey

onde:
∆ u − flecha no meio do vão relativa à carga última;

∆ y − flecha no meio do vão relativa ao escoamento da armadura longitudinal;

Eu − área sob o gráfico carga x flecha para a carga última;

E y − área sob o gráfico carga x flecha relativa ao escoamento da armadura

longitudinal (energia elástica).

Os índices de ductilidade calculados e a relação da ductilidade entre as


vigas reforçadas e as vigas de controle sem reforço, são mostrados na Tabela 4.10.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 100

Tabela 4.10 – Resultados dos ensaios das vigas e os índices de ductilidade.

Relação de
Vigas Carga de Modo de Ruptura Índices de Ductilidade Ductilidade
Ruptura Flecha Energia Flecha Energia
(kg)
µ∆ µE
A-C 5904 Flexão 1,97 2,68 1,00 1,00
A-S1 8003 Peeling-off 1,05 1,99 0,54 0,41
A-S2 8585 Peeling-off 1,00 1,00 0,51 0,37
Peeling-off e
A-SF 8303 ruptura do tecido 2,94 4,78 1,49 1,78
B-C 6126 Flexão 2,32 3,41 1,00 1,00
B-S1 7163 Peeling-off 1,01 1,01 0,43 0,30
B-S2 7710 Peeling-off 1,03 1,05 0,44 0,31
Peeling-off e
B-SF 7753 ruptura do tecido 2,36 3,36 1,02 0,98
* S1 e S2 são vigas reforçadas apenas com tiras ou fitas de fibra de carbono;
* SF representa as vigas reforçadas com tiras ou fitas, mas que são ancoradas com tecido de fibra de carbono.

Esses ensaios mostraram que:


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¾ as vigas que foram reforçadas apenas com tiras de fibra de carbono e as vigas
que foram reforçadas com tiras e tecido de fibra de carbono, apresentaram
incremento similar de rigidez e capacidade de carga;
¾ as vigas reforçadas com tiras e tecido apresentaram um comportamento dúctil
similar, ou melhor que as vigas não-reforçadas, enquanto as vigas reforçadas
somente com tiras mostraram uma redução da ductilidade;
¾ as duas partes reforçadas com tecido tiveram uma notável influência no
desempenho estrutural, melhorando a capacidade de carga, modificando o
comportamento estrutural, a rigidez, a ductilidade, e o modo de ruptura;
¾ dependendo da solução de reforço adotada, o aumento da resistência pode ser
alcançado com a diminuição da ductilidade.

4.7.
Estudo de EL MIHILMY e TEDESCO(2000)

Esta pesquisa apresenta um estudo sobre as flechas de vigas de concreto


armado reforçadas com polímeros reforçados com fibras (PRF). Foram propostas
algumas equações para o cálculo das flechas, as quais foram comparadas com as
flechas medidas nos ensaios das vigas.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 101

As flechas últimas de vigas de concreto armado convencionais representam


cerca de 5 a 12 vezes a flecha devida à carga de escoamento da armadura
longitudinal. Entretanto, a flecha última de vigas reforçadas com polímeros
reforçados com fibras (PRF) geralmente é em torno de 2 a 5 vezes a flecha devida
à carga de escoamento da armadura longitudinal. A curva típica de carga x flecha
para vigas de concreto armado reforçadas com lâminas de PRF coladas pode ser
separada em três estágios lineares distintos (Figura 4.5). Estes três estágios
básicos da curva de carga x flecha são representados da seguinte forma:

¾ Estágio 1
Pré-Fissuração ⇒ M < M CR
¾ Estágio 2
Fissuração ⇒ M CR ≤ M ≤ M y
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¾ Estágio 3
Pós- Fissuração ⇒ M y < M < 0,9M u

onde:

M CR − momento de fissuração;

M y − momento correspondente ao escoamento da armadura longitudinal;

M u − momento último;
M − momento de serviço.
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 102

o
açã
ur
Fiss
s -

Carga

Flecha
Figura 4.5 – Curva carga x flecha teórica para vigas de concreto armado reforçadas com
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polímeros reforçados com fibras (PRF); adaptada de EL MIHILMY e TEDESCO (2000).

¾ Pré-Fissuração

Neste estágio são usadas equações elásticas para se obter as flechas das
vigas reforçadas, admitindo-se o momento de inércia transformado da seção não-
fissurada I g que inclui a contribuição do reforço. As equações elásticas podem

ser usadas para o momento de serviço menor que o momento de fissuração


( M < M CR ), então:

fr I g
M CR = (4.8)
yt

onde:

f r − módulo de ruptura do concreto (0,62 f c´' MPa ) ;

y t − distância do centro da seção transversal para a fibra na tração;

I g − momento de inércia da seção não-fissurada incluindo a lâmina de PRF.


Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 103

¾ Fissuração
Se o momento de serviço for maior que o momento de fissuração, a viga
fissura no meio do vão e a rigidez à flexão da viga diminui. Nas regiões de
momentos menores, onde não há fissuras no concreto, o momento de inércia é
aproximadamente igual ao momento de inércia da seção transversal não-fissurada
I g . Nas seções onde aparecem fissuras de tração discretas, o momento de inércia

da seção transversal é aproximadamente o momento de inércia da seção fissurada


I CR . Entretanto, entre o aparecimento dessas fissuras, o momento de inércia

corresponde a um valor entre os valores extremos de I g e I CR . Este momento

de inércia efetivo depende da extensão da fissura, da distribuição do


carregamento, da contribuição de resistência à tração do concreto. A aproximação
mais aceita para estimar o momento de inércia efetivo foi desenvolvida por
Branson e adaptada pela norma ACI 318-99. Esta equação empírica é baseada em
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análises estatísticas de medidas de flechas obtidas em ensaios, e é escrita como:

3
⎛M ⎞
I e = I CR + (I g − I CR ) ⎜⎜ CR ⎟⎟ (4.9)
⎝ Ma ⎠

onde:
I e − momento de inércia efetivo;

I g − momento de inércia da seção não-fissurada incluindo a lâmina de PRF;

I CR − momento de inércia da seção fissurada;

M CR − momento de fissuração;

M a − momento máximo do vão.

As flechas calculadas para as vigas reforçadas com PRF, utilizando-se a


equação proposta por Branson com as propriedades das seções transformadas, são
geralmente menores que as observadas experimentalmente, ou seja, a inércia
efetiva é superestimada.
A equação proposta para se obter o momento de inércia é baseada no fato
de que o momento de inércia quando do escoamento da armadura longitudinal é
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 104

aproximadamente igual ao momento de inércia da viga fissurada. A equação


proposta para momento de inércia efetivo é dada por:

⎛ ⎛ ⎞ ⎞⎟
3

I e = I CR ⎜1 + ⎜1 −
M ⎟ para M CR ≤ M ≤ M y (4.10)
⎜ ⎜⎝ M y ⎟⎠ ⎟⎟
⎝ ⎠
sendo
f y I CR
M y = E c I CR ϕ Y = (4.11)
n( d − c )
e
εy
ϕY = (4.12)
d −c

ES
n= (4.13)
Ec
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onde:
d − altura útil;
c − altura da linha neutra analisando-se seção fissurada;
ϕ y − curvatura de escoamento;

ε y − deformação específica de escoamento da armadura longitudinal;

EC − módulo de elasticidade do concreto;

As flechas calculadas com a equação proposta por EL MIHILMY e


TEDESCO (2000) apresentam boa concordância com os dados dos ensaios, para o
estágio de fissuração e de escoamento da armadura longitudinal.

¾ Pós – Fissuração
As vigas de concreto armado convencionais neste estágio são consideradas
como tendo alcançado sua capacidade de carga última, mas as vigas reforçadas
podem apresentar uma capacidade adicional de carga, dependendo da taxa de
armadura, da área de seção transversal do PRF e da resistência à tração do mesmo.
Usar o método proposto pelo ACI para calcular as flechas neste estágio de pós-
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 105

fissuração acarreta erros. Portanto, o cálculo das flechas pode ser realizado por
meio da integração da curvatura ao longo do comprimento da viga. O cálculo da
curvatura no estágio pós-fissuração é complicado, devido a não-linearidade
apresentada na relação tensão-deformação específica do concreto para este
estágio. O cálculo pode ser simplificado admitindo-se que a relação momento-
curvatura da viga reforçada é uma relação bi-linear (Figura 4.6).

Mu

Mu −M y
M

My

ϕu −ϕ y
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ϕy ϕ ϕu
Curvatura
Figura 4.6 – Relação de momento x curvatura para vigas reforçadas com PRF; adaptada
de EL MIHILMY e TEDESCO (2000).

O cálculo da curvatura, quando do escoamento da armadura longitudinal, é


realizado usando-se uma interpolação linear entre a curvatura relativa ao
escoamento ϕ y , e a curvatura última ϕ u , seguindo-se:

(M − M Y )
ϕ =ϕy + (ϕ −ϕy )
(M u −My)
u (4.14)

onde M y e ϕ y são obtidos pelas equações 4.11 e 4.12, e ϕ u é dada por

ε cu
ϕu = (4.15)
c
Estudos sobre Ductilidade de Vigas Reforçadas 106

Após a determinação da curvatura máxima na seção da viga, o cálculo da


flecha é realizado utilizando-se as equações elásticas clássicas, onde o momento
efetivo de inércia neste estágio é dado por:

M
Ie = (4.16)
ϕE c
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5
Programa Experimental

5.1.
Introdução

Este estudo experimental tem como objetivo principal avaliar a ductilidade


de vigas retangulares de concreto armado reforçadas à flexão com tecido de fibras
de carbono, por meio da análise do seu comportamento estrutural, da
determinação das flechas, das curvaturas, das deformações das armaduras
internas, das deformações do tecido, da obtenção da carga de ruptura e do
momento de ruptura das vigas ensaiadas.
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Foram ensaiadas sete vigas de concreto armado bi-apoiadas, com resistência


de dosagem à compressão de 20 MPa . Todas as vigas têm as mesmas armaduras.
A viga de referência VR, a primeira ensaiada, não foi reforçada e serve para
comparações de incremento de rigidez e resistência após a aplicação do reforço.
Esta viga foi levada à ruptura, que ocorreu, no meio do vão por escoamento da
armadura seguido do esmagamento do concreto na zona de compressão.
A segunda e terceira vigas ensaiadas - AI e AII - foram assim chamadas,
com a letra A significando que as vigas foram reforçadas à flexão antes do início
do ensaio, ou seja, o reforço foi aplicado sem carregamento inicial. Os números
romanos I e II representam o número de camadas de tecido de fibra de carbono
que foram utilizadas em cada viga. Portanto, tem-se AI, a viga reforçada
inicialmente com uma camada de tecido de fibra de carbono e AII representa a
viga reforçada inicialmente com duas camadas de tecido.
As demais vigas ensaiadas – BI-1, BI-2, BII-1 e BII-2 – foram assim
chamadas, com a letra B representando uma segunda forma de ensaio, no qual as
vigas foram pré-ensaiadas antes da aplicação do reforço, buscando-se simular uma
situação próxima da realidade. Já os números romanos têm os mesmos
significados utilizados para as vigas do grupo A. Os números 1 e 2 representam o
número da viga com o mesmo tipo de reforço, ou seja, foram ensaiadas duas vigas
com uma camada de tecido, e duas vigas com duas camadas de tecido de fibra de
Programa Experimental 108

carbono. Portanto o ensaio da viga de referência e das vigas AI e AII foram


realizados numa única etapa, não havendo pré-carregamento. Os ensaios das
demais vigas, buscando-se uma situação real, foram realizados com as vigas pré-
ensaiadas, reforçadas sob deformação teoricamente constante, e em seguida
levadas à ruptura. Para a manutenção da deformação foi desenvolvido um sistema
mecânico especial. A deformação foi mantida constante durante a aplicação e o
período de cura do reforço.
Neste capítulo são apresentados os materiais utilizados na confecção das
vigas, as características desses elementos, os esquemas de concretagem e de
instrumentação das vigas, os sistemas de aplicação e manutenção de deformação,
a descrição das etapas de aplicação do reforço, além de todas as etapas dos
ensaios.

5.2.
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Materiais

5.2.1.
Concreto

O concreto utilizado na confecção das vigas foi fornecido pela LAFARGE


BRASIL S/A, e foi dosado para alcançar uma resistência à compressão de
20 MPa aos 28 dias.
O cimento empregado no preparo do concreto foi do tipo CPIII-RS. O
concreto foi misturado de forma a se obter 3 m 3 de material, de acordo com a
NBR – 5738 (1993) e NBR – 5739 (1994), num caminhão betoneira com
capacidade de 8 m 3 , e apresentou 100 mm de abatimento do tronco de cone. As
quantidades dos materiais empregados por metro cúbico de concreto, são descritas
na Tabela 5.1.
Programa Experimental 109

3
Tabela 5.1 – Consumo de material por m de concreto.

Material Quantidade / m
3

Cimento CPIII-RS 726 kg


Areia 2,76 m3
Pedra 2,08 m3
Água 576 l
Aditivo 2,17 ml

5.2.1.1.
Resistência à Compressão do Concreto

Foram realizados ensaios de compressão em 13 corpos-de-prova cilíndricos.


Os corpos-de-prova foram moldados conforme a NBR- 5738, com dimensões de
150 mm × 300 mm . Após 48 horas, os corpos-de-prova foram desformados e
mantidos imersos em água. Os ensaios foram realizados aos 28 dias após a
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concretagem, e aos 60, 96 e 115 dias. Os ensaios após os 28 dias foram realizados
no intervalo do ensaio de cada grupo de vigas. Seis corpos-de-prova foram
ensaiados à compressão na prensa AMSLER UNIVERSAL, com capacidade de
1000 kN , no Laboratório de Ensaios Mecânicos do ITUC – Instituto de
Tecnologia da Universidade Católica da PUC-Rio, de acordo com a norma NBR-
5739. Os seis corpos-de-prova restantes foram ensaiados à compressão simples na
prensa CONTENCO com capacidade de 2400 kN , no Laboratório de Estruturas
e Matérias (LEM) da PUC-Rio. Os valores médios da resistência do concreto à
compressão são mostrados na Tabela 5.2, e no diagrama tensão x dias de
concretagem apresentado na Figura 5.1.

Tabela 5.2 – Resultados dos ensaios de resistência do concreto à compressão.

Ensaio da viga Idade do concreto Quantidade de fc médio


(dias) corpos-de-prova (MPa)
VR 28 4 22,1
AI e AII 60 3 25,2
BI-1 e BI-2 96 3 27,1
BII-1e BII-2 115 3 29,9
Programa Experimental 110

35
Tensão (MPa) 30
25
20
15
10
5
0
0 20 40 60 80 100 120
Idade do Concreto (dias)

Figura 5.1 – Diagrama tensão x idade do concreto utilizado.

5.2.1.2.
Resistência à Compressão Diametral do Concreto

Foram realizados os ensaios de compressão diametral de três corpos de


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prova de concreto aos 28 dias. Estes ensaios visam determinar a resistência à


tração do concreto utilizado na execução das vigas. Os corpos-de-prova para a
realização desse ensaio foram moldados de acordo com a NBR-5738, com
dimensões de 150 mm × 300 mm . O ensaio foi realizado na prensa AMSLER
UNIVERSAL, com capacidade de 1000 kN , no Laboratório de Ensaios
Mecânicos do ITUC – Instituto de Tecnologia da Universidade Católica da PUC-
Rio, conforme a NBR - 7222.
Após a realização do ensaio obteve-se a carga máxima de cada corpo-de-
prova. A resistência à tração por compressão diametral é dada por:
2F
f tD = (5.1)
πdL

onde:
f tD − resistência à tração por compressão diametral, expressa em MPa , com
aproximação de 0,05 MPa ;
F − carga máxima obtida no ensaio;
d − diâmetro do corpo-de-prova;
L − altura do corpo-de-prova.
Programa Experimental 111

De posse dos valores das cargas obtidos no ensaio tem-se, por meio da
expressão 5.1, a resistência à tração de cada corpo-de-prova ensaiado. Na Tabela
5.3 são apresentados os resultados do ensaio de compressão diametral, com os
valores obtidos para cada corpo-de-prova.

Tabela 5.3 – Resultados do ensaio de resistência à compressão diametral.

Corpos-de-Prova Carga Resistência à Tração


(kN ) f t,D
1 167 2,36 MPa
2 175 2,48 MPa
3 192 2,72 MPa

Com a resistência à tração de cada corpo-de-prova obtém-se o valor da


resistência à tração média do concreto utilizado na confecção das vigas. A
resistência à tração média do concreto é f t , D = 2,52 MPa . O esquema do ensaio,
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aplicação de carga e ruptura do corpo-de-prova são apresentados na Foto A.1 do


Anexo A.

5.2.1.3.
Módulo de Elasticidade do Concreto

Para determinação do módulo de deformação estática (módulo de


elasticidade do concreto) foram moldados três corpos-de-prova de concreto,
conforme a NBR – 5738, com dimensões 150 mm × 300 mm . Foram utilizados dois
extensômetros elétricos em cada corpo-de-prova para medir a deformação do
concreto durante o ensaio. Este ensaio, realizado de acordo com NBR-8522,
consiste na aplicação de carregamento crescente, com leitura das deformações
para as respectivas cargas aplicadas. A relação constitutiva é dada por:

σ = Eε (5.2)

sendo σ a tensão no concreto, E o módulo de elasticidade do concreto, e ε a


deformação específica do concreto. Com o aumento do carregamento aplicado,
Programa Experimental 112

efetuam-se as leituras das deformações. Para cada carregamento tem-se uma


tensão no concreto e a sua respectiva deformação específica.
O módulo de elasticidade foi calculado por meio da seguinte expressão:

σ n − σ inf
E= (5.3)
εn − ε0

onde:
E − módulo de deformação secante;
σ n − tensão considerada para o cálculo do módulo secante;
ε n − deformação específica correspondente à tensão σ n ;
n − variação dos níveis de aplicação de carga, 0,1.....0,7 ou 0,8;
ε 0 − deformação específica correspondente à leitura l 0 ;
σ inf − 0,5 MPa .
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Os resultados dos ensaios são apresentados na Tabela 5.4. O esquema do


ensaio, da aplicação de carga e da medida de deformação são mostrados nas Fotos
A.2 e A.3 do Anexo A.

Tabela 5.4 – Resultado dos ensaios de corpos-de-prova de concreto.

Corpos-de- Carga de Tensão de Deformação


Prova ruptura Ruptura σ Específica ε c
P (kN ) ( MPa ) (‰)
1 587,16 33,23 2,07
2 530,58 30,03 1,88
3 566,67 32,07 2,08

O procedimento utilizado para a determinação do módulo de elasticidade


do concreto é o correspondente a uma simulação de uma estrutura em seu
primeiro carregamento (plano de carga III da NBR 8522), ou seja, obtém-se por
meio da equação 5.3 o módulo de deformação secante, sendo este o módulo que
corresponde a 0,3 f c . De acordo com a NBR-8522, os ensaios serão válidos se os
resultados dos corpos-de-prova não diferirem mais de 20 % das resistências
previstas. Como a resistência dos corpos-de-prova está em torno de
Programa Experimental 113

f c = 31,77 MPa , todos os resultados dos corpos-de-prova são válidos e


apresentados na Tabela 5.5. A Figura 5.2 mostra o gráfico tensão x deformação
específica dos três corpos-de-prova ensaiados.

Tabela 5.5 – Módulo de elasticidade do concreto.


Carga Tensão Módulo de
Corpos-de- para 0,3 f c para 0,3 f c Elasticidade
Prova Secante (MPa)
(kN) (MPa)
1 158,97 8,39 28,81
2 159,35 8,40 26,15
3 160,20 8,43 27,43
Média 159,51 8,41 27,46

-35

-30

-25
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Tensão (MPa)

CP1
-20
CP2
-15 CP3

-10

-5

0
0 -0,5 -1 -1,5 -2 -2,5

Deform ação específica (‰)

Figura 5.2 – Gráfico tensão x deformação específica dos corpos-de-prova de concreto.

5.2.2.
Aço

Para as armaduras longitudinal e transversal das vigas foram utilizadas


barras de aço CA-50 e CA-60. Os diâmetros das barras da armadura longitudinal
foram de 5,0 mm , para armadura de montagem, e de 12,5 mm e 10 mm para a
armadura longitudinal de tração. As vigas não foram armadas à compressão. As
barras com diâmetro de 5,0 mm foram usadas somente como barras de montagem
e sua parcela de contribuição à força de compressão foi desprezada.
A armadura transversal consistiu de estribos de 6,3 mm de diâmetro, com
espaçamento de 17,5 cm ao longo do comprimento das extremidades para o centro
Programa Experimental 114

da viga, e na região central o espaçamento foi de 25 cm ao longo do comprimento


de 1,50 m .
Foram ensaiadas à tração 15 amostras de aço, no Laboratório de Ensaios
Mecânicos do ITUC - Instituto de Tecnologia da Universidade Católica da PUC-
Rio, de acordo com a NBR-6152 (1980). As três amostras do aço com diâmetro
de 5,0 mm , as nove amostras com diâmetro de 6,3 mm e as três amostras com
diâmetro de 10 mm foram ensaiadas à tração na máquina Instron-5500R. Foi
necessário realizar o ensaio de nove corpos-de-prova de diâmetro de 6,3 mm ,
devido à utilização de aços de diferente fabricação. Como os demais aços
utilizados nas vigas foram de um mesmo lote fez-se necessário o ensaio de três
amostras.
As três amostras do aço com diâmetro de 12,5 mm foram ensaiadas na
máquina AMSLER UNIVERSAL, com capacidade de 1000 kN , no Laboratório
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de Ensaios Mecânicos do ITUC – Instituto de Tecnologia da Universidade


Católica da PUC-Rio.
Todos os valores obtidos nos ensaios de tração foram superiores aos
mínimos exigidos pela norma. Os resultados dos ensaios de resistência à tração
encontram-se apresentados por meio de gráficos e da Tabela B.1 contidos no
Anexo B.

5.2.3.
Tecido de Fibra de Carbono

Para a confecção do reforço à flexão das vigas AI, AII, BI-1, BI-2, BII-1 e
BII-2 foram utilizados tecidos de fibra de carbono fornecidos pela Rheotec
Adtivos de Concreto Ltda., tipo N-300 (Fotos A.4 e A.5 do Anexo A), com as
seguintes características fornecidas pelo fabricante:

¾ Largura = 50 cm ;
¾ Espessura = 0,165 mm ;

¾ Área da seção transversal = 85,2 mm 2 ;


¾ Deformação específica na ruptura = 1,55 % ;
¾ Resistência à tração > 3550MPa ;
Programa Experimental 115

¾ Módulo de elasticidade = 235GPa .

Para o reforço das vigas AI, BI-1e BI-2 foram usadas tiras de tecido de
fibra de carbono com dimensões de 20 cm × 380 cm na parte inferior da viga entre
os apoios. Para o reforço das vigas AII, BII-1 e BII-2 foram usadas duas tiras com
dimensões de 10 cm × 380 cm , também coladas na zona tracionada das vigas.

5.2.4.
Materiais Necessários para a Aplicação do Tecido de Fibra de
Carbono

Para a aplicação do tecido de fibra de carbono, obedecendo-se ao sistema


correto de impregnação, deve-se utilizar quatro produtos que permitem a correta
aplicação do reforço. Os quatro produtos são:
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¾ Argamassa de reparo;
¾ Resina de imprimação;
¾ Argassama epoxídica;
¾ Resina epoxídica.

Dois destes produtos, a argamassa de reparo e a argamassa epoxídica são


dispensáveis, dependendo das condições da superfície. A argamassa de reparo se
torna necessária se houver significativas irregularidades na superfície. A
argamassa epoxídica promove a regularização final da superfície. Portanto, em
superfícies sem muitas irregularidades o uso dessas argamassas se torna
dispensável.
Na aplicação do tecido de fibra de carbono no reforço à flexão das vigas
não houve a necessidade de regularizar as superfícies que receberiam o tecido,
portanto, a aplicação foi feita utilizando-se somente a resina de imprimação e a
resina epoxídica.
Programa Experimental 116

5.2.4.1.
Resina de Imprimação

Após a limpeza da superfície inferior da viga foi aplicada a Tec-Poxi PR da


RHEOTEC (Foto A.10). Esta resina é responsável pela perfeita aderência da
camada de resina epoxídica ao substrato, e é de uso obrigatório neste sistema de
aplicação. Algumas de suas propriedades para 100 gramas da mistura A + B, a
22º C são:
¾ Componente A: transparente;
¾ Componente B: transparente amarelado;
¾ Mistura A+B: incolor;
¾ Proporção dos componentes: 71% de componente A e 29 % de
componente B (em peso);
¾ Viscosidade: 65 a 75 s (CF 4);
¾ Peso específico: 1,050 g / cm 3 ;
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¾ Sólido por volume: mínimo de 98%;


¾ Tempo de vida útil da mistura: máximo de 40 min;
¾ Secagem ao toque: 4 horas máximo;
¾ Secagem ao manuseio: 6 horas máximo;
¾ Secagem completa: 10 horas máximo;
¾ Cura total: 7 dias;
¾ Deformação específica na ruptura: 0,218 mm / mm ;
¾ Resistência à tração: 20,0 ± 2,0 MPa após 24 horas;
¾ Rugosidade do substrato: 60 a 80 mícrons;
¾ Tempo de aplicação: a 10º C máximo de 2 horas;
a 20º C máximo de 1 hora;
a 35º C máximo de 15 minutos.

5.2.4.2.
Resina Epoxídica

A resina epoxídica é responsável pela perfeita aderência do reforço com


tecido de fibra de carbono e o substrato de concreto, transferindo as tensões do
reforço para esse. É uma componente básica deste sistema de reforço (Foto A.11)
Programa Experimental 117

Algumas das propriedades dessa resina, numa quantidade de 100 gramas da


mistura A + B, temperatura de 220C, são:

¾ Componente A: transparente;
¾ Componente B: azul;
Mistura A+B: azul transparente;
¾ Proporção dos componentes: 71% de componente A e 29 % de
componente B (em peso);
¾ Viscosidade: 70 a 80 s (CF 4);
¾ Cura total: 7 dias
¾ Aderência: 1,5 MPa ;
¾ Deformação específica na ruptura: 0,300 mm / mm

¾ Peso específico: 1,055 g / cm 3 ;


¾ Sólido por volume: mínimo de 98 %;
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¾ Tempo de vida útil da mistura: máximo de 40 min;


¾ Secagem ao toque: 4 horas máximo;
¾ Secagem ao manuseio: 6 horas máximo;
¾ Resistência à tração: 55 ± 3,0 MPa após 24 horas;
¾ Resistência à compressão: mínima de 60 MPa ;
¾ Tempo de aplicação: a 10º C máximo de 2 horas;
a 20º C máximo de 1 hora;
à 35º C máximo de 20 minutos.

5.2.5.
Ensaio de Resistência à Tração do Compósito de Fibra de Carbono

O método de ensaio utilizado foi o da norma ASTM D 3039 / D 3039M, que


especifica os procedimentos para a determinação da resistência à tração e do
módulo de elasticidade de materiais compostos de fibras revestidos com matriz
polimérica (por exemplo, resina epóxi)
Essa norma estabelece dimensões mínimas para os corpos-de-prova. Essas
dimensões, utilizadas nos ensaios de resistência à tração, são mostradas na Figura
Programa Experimental 118

5.3. A Tabela 5.6. apresenta algumas dimensões recomendadas em função da


orientação das fibras.
Os corpos-de-prova unidirecionais possuem abas, com o objetivo de evitar o
surgimento de falhas prematuras quando da aplicação de carga.
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Figura 5.3. – Dimensões dos corpos-de-prova para ensaio de tração; ASTM D 3039.

Tabela 5.6 - Geometria dos corpos-de-prova recomendada para ensaio de tração em


materiais compósitos com matriz polimérica (ASTM D3039/3039M).

Orientação das Largura Comp. Espessura Comp. Espessura Ângulo


Fibras (mm) (mm) (mm) Aba Aba (mm) Aba
(mm) (0)
00 Unidirecional 15 250 1,0 56 1,5 7 ou 90
900 25 175 2,0 25 1,5 90
Unidirecional
Fios 25 250 2,5 - - -
Descontínuos

A resistência à tração do compósito de fibras de carbono é dada por:


p MAXx
f tf = (5.4)
A

onde:
f tf − resistência à tração ( MPa ) ;

Pmáx − carga máxima aplicada ( N ) ;

A − área do corpo-de-prova (mm 2 ) .


Programa Experimental 119

Foram ensaiados à tração quatro corpos-de-prova de tecido unidirecional


de fibra de carbono revestidos com resina epóxi, com dimensões 2,5 cm de
largura e 40 cm de comprimento. O ensaio foi realizado na máquina Instron-
5500R no Laboratório de Ensaios Mecânicos do ITUC - Instituto de Tecnologia
da Universidade Católica da PUC-Rio. Foram utilizadas como placas de fixação
nas extremidades das amostras quatro (duas a duas) “almofadas” de alumínio,
coladas com a mesma resina epóxi misturada com areia para promover uma
melhor aderência entre o tecido e as placas de alumínio. Os resultados do ensaio
constam na Tabela 5.7. As Fotos A.6, A.7, A.8 e e A.9 do Anexo A mostram os
corpos-de-prova ensaiados,o esquema de ensaio e os equipamentos utilizados para
a realização deste.

Tabela 5.7 – Resultados dos ensaios de resistência à tração dos corpos-de-prova de


tecido de fibra de carbono revestidos com resina epóxi.
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Corpos-de- Carga P Resistência f tf Módulo de


prova (kN) Elasticidade E f
(MPa)
(MPa)
1 12.785 2556,98 193.933
2 11.700 2339,92 189.089
3 14.242 2848,49 203.602
4 11.157 2231,42 177.807
Média 12.471 2494,21 191.108

5.3.
Descrição das Vigas

5.3.1.
Características Mecânicas e Geométricas das Vigas

As sete vigas bi-apoiadas possuem comprimento total de 4,20 m e seção


transversal retangular de 20 cm × 40 cm . Foram aplicadas duas cargas
concentradas a 75cm do centro da viga. O esquema de cálculo, a seção
transversal, os diagramas de momento fletor e de força cortante, são mostrados
nas Figuras 5.4 e 5.5.
Programa Experimental 120

P
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Figura 5.4- Esquema de carregamento e seção transversal das vigas (cotas em cm).

DMF

0,625 P 0,625 P

a)

DEC
P +
2
P
- 2

b)
Figura 5.5 – Diagramas de esforços solicitantes das vigas; a) digrama de momento fletor;
b) diagrama de força cortante.
Programa Experimental 121

5.3.2.
Cálculos Básicos

Os parâmetros geométricos das vigas ensaiadas são:

¾ distância de aplicação da carga aplicada até o apoio a = 1250 mm ;


¾ altura útil da viga d = 370 mm .
a
A relação = 3,37 mostra que a ruptura por flexão é esperada.
d
A flecha teórica é dada por:

δ=
2 Pa
48 EJ
(
3l 2 − 4a 2 ) (5.5)

Com os dados do esquema dos ensaios resulta:


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

P
δ = 2,175 ×10 9 (5.6)
EJ

com a flecha em mm.

Os dados da seção transversal são:


¾ largura b = 20 cm ;
¾ altura h = 40 cm .

Os parâmetros mecânicos básicos dos materiais são:


¾ resistência à compressão do concreto f C = 20 MPa ;

¾ resistência de escoamento do aço f y = 500 MPa .

Esses valores foram usados para o dimensionamento prévio das vigas.

5.3.3.
Dimensionamento à Flexão

O dimensionamento à flexão das vigas foi feito de acordo com a Nova


Normalização Brasileira para o Concreto Estrutural. Seguindo-se:
Programa Experimental 122

bd 2
Kc = = 4,4 (5.7)
M
donde
2
bd 2 20 × 37
M = = = 5891 ⇒ M = 58,91 kNm (5.8)
kc 4,4

De acordo com a Tabela 1 da Nova Normalização Brasileira para o


Concreto Estrutural (1999), para flexão simples em seção retangular–armadura
simples, tem-se:
As d
Ks = = 0,026 (5.9)
M
e para a armadura de flexão resulta:
0,026 × 5891
As = = 4,26 cm 2 (5.10)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

36
A bitolagem da armadura de flexão fornece a seguinte armadura:

AS , ADOT = 2φ12,5 + 2φ10 = 4,10 cm 2 (5.11)

Com o valor de M calculado anteriormente obtém-se a carga última:


58,91 kN
Pu = = 94,26 kN (5.12)
0,625

5.3.4.
Dimensionamento à Força Cortante

Para o dimensionamento à força cortante, adotando-se a Treliça Clássica


de Ritter-Mörsch, ou seja, θ = 45 0 , segue-se:

V
ASw = (5.13)
zf y

com o braço de alavanca dado por :

z = 0,9d = 0,9 × 37 ≅ 33 cm (5.14)


Programa Experimental 123

resulta

(5.15)
ASw = 3,68 cm 2 /cm

Bitolando-se a armadura transversal tem-se φ 6,3 cada 17,5 .


A armadura transversal mínima é dada por:

a sw, min = 0,07%d × 100 = 2,52 cm 2 / m (5.16)

logo tem-se φ 6,3 c 25 , que é inferior à armadura transversal adotada.

A Figura 5.6 ilustra o detalhamento das armaduras das vigas.


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N4 - 2 Ø 5, 0 mm - 417 c m

N3 - 7 ø 6,3 c/17,5 N3 - 6 ø 6,3 c/25 N3 - 7 ø 6,3 c/17,5

20 N1 - 2 Ø 12 ,5 mm - 457 c m 20
417 cm

N2 - 2 Ø 10 mm - 417 c m

A'

2 N4 N3 - 7 Ø 6,3 c/17,5 - 120 cm


6
6
40

37

2 N2 17

2 N1
20

Figura 5.6 – Detalhamento das armaduras das vigas.


Programa Experimental 124

5.3.5.
Reforço à Flexão

O reforço à flexão das vigas AI, BI-1 e BI-2 foi feito com uma camada de
tecido de fibra de carbono cobrindo toda a largura da viga. As vigas AII, BII-1 e
BII-2 receberam duas camadas de reforço com tecido de fibra de carbono com a
metade da largura da viga. Em todas as vigas o tecido foi colocado ao longo do
comprimento de 3,80 m da viga. Os detalhamentos das armaduras de reforços
aplicados em todas as vigas são mostrados na Figura 5.7. São apresentados, na
Tabela 5.8, os valores obtidos para a verificação proposta no item 2.5. deste
trabalho, levando-se em conta todos os dados utilizados para as vigas ensaiadas. É
necessário enfatizar que há uma aproximação na comparação desta verificação
com os ensaios realizados em função da não consideração das deformações
iniciais existentes nas vigas que receberam carregamento antes da aplicação do
reforço.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

a)

Af
Af

b) c)
Figura 5.7 – Disposição do tecido de fibra de carbono; a) disposição ao longo do
comprimento para todas as vigas; b) vigas AI, BI-1, BI-2; c) vigas AII, BII-1, BII-2. (cotas
em cm)
Programa Experimental 125
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Tabela 5.8 – Verificação do reforço à flexão.


Programa Experimental 126

5.4.
Confecção das vigas

5.4.1.
Formas

Na montagem das formas das vigas foram utilizadas chapas de madeirit e


sarrafos, como mostrado na Foto A.13 do Anexo A.
Foram aplicadas nas superfícies internas das formas duas camadas de
desmoldantes, de modo a promover a vedação das mesmas e facilitar o processo
de desmoldagem. As Figuras 5.8, 5.9 e 5.10 mostram as dimensões e detalhes das
formas.
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Corte AA

Figura 5.8 – Seção transversal das formas (cotas em cm).


Programa Experimental 127
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A
Vista Superior

Obs: cotas em cm.

Figura 5.9 – Detalhamento das formas – vista superior;


Programa Experimental 128
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Vista Lateral

Obs: cotas em cm.

Figura 5.10 – Detalhamento das formas – vista lateral.


Programa Experimental 129

5.4.2.
Concretagem

O concreto foi misturado de forma a se obter 3 m 3 de material, num

caminhão betoneira com capacidade de 8 m 3 , e apresentou 100 mm de abatimento


do tronco de cone. Todas as vigas foram concretadas no Laboratório de Estruturas
e Materiais da PUC-Rio.
Seu lançamento nas formas se deu de forma manual e demorou em torno
de uma hora e meia até a última viga ser concretada. Durante e imediatamente
após o lançamento do concreto nas formas, foi realizado o adensamento por meio
de vibrador de imersão com diâmetro de 20 mm . Não foi realizado nenhum
processo especial de cura.
As vigas foram desformadas após 15 dias de concretagem, e
permaneceram em condições ambientes no laboratório, até as datas dos ensaios.
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(Foto A.15 do Anexo A).

5.4.3.
Execução do Reforço

O sistema de aplicação do reforço por meio de tecidos de fibra de carbono é


uma técnica bastante simples. Primeiramente o tecido foi cortado nas dimensões
pré-determinadas. Em seguida, foi feita a preparação da superfície do substrato de
concreto que recebeu o reforço. Nesta etapa a superfície do substrato foi limpa,
deixando-a livre de qualquer resíduo ou poeira.
Com a superfície pronta para receber o reforço, realizou-se a imprimação do
substrato. O primer é um epóxi que permite um alto poder de impregnação devido
a sua baixa viscosidade. O objetivo da aplicação do primer é vedar os poros do
concreto, promovendo a perfeita aderência entre a superfície de concreto e o
sistema de reforço.
Após a imprimação, quando o ponto de visgo foi alcançado, aplicou-se a
primeira camada de resina epóxi no concreto, e simultaneamente uma camada de
resina no tecido que foi aplicado. Fez-se então a aplicação do tecido na estrutura,
tentando-se retirar todo o ar aprisionado. Outra camada de resina foi aplicada
sobre o tecido de fibra de carbono para finalizar a formação do compósito. (Foto
A.23)
Programa Experimental 130

5.4.4.
Instrumentação das Vigas

O comportamento estrutural das vigas foi acompanhado durante os ensaios


por medições das deformações das armaduras longitudinal de tração e transversal,
das deformações do reforço, das deformações do concreto, das flechas no meio do
vão e nas duas seções de aplicação de carga.

5.4.4.1.
Extensômetro Mecânico

A medição das deformações do concreto na seção do meio do vão foi feita


com um extensômetro mecânico com base de medida de 100 mm e precisão de
0,001 mm. (Foto A.18)
A Figura 5.11 mostra a posição das placas de cobre coladas na superfície do
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

concreto que serviram de base de medição. Os resultados obtidos para a


deformação do concreto por meio da leitura do extensômetro são apresentados no
Anexo C.

Figura 5.11 - Posicionamento das placas de alumínio para medição da deformação do


concreto com deflectômetro mecânico. (cotas em cm).
Programa Experimental 131

5.4.4.2.
Extensômetros Elétricos de Resistência

Foram utilizados extensômetros elétricos, com base de medição de 5 mm ,


para medir as deformações das armaduras longitudinal de tração e transversal, em
todas as vigas, e das deformações da armadura de reforço nas vigas AI, AII, BI-1,
BI-2, BII-1, BII-2.(Foto A.16 do Anexo A)
Em todas as vigas foram posicionados dois extensômetros na armadura
transversal nas seções de aplicação de carga, e quatro extensômetros na armadura
longitudinal, sendo dois no meio do vão, e um em cada seção de aplicação de
carga. A Figura 5.12 mostra o posicionamento dos extensômetros elétricos na
armadura das vigas.
Nas vigas reforçadas foram posicionados três extensômetros no reforço,
sendo um na seção do meio do vão e os demais nas seções de aplicação de carga
(Figura 5.12 e Foto A.17).
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

5.4.4.3.
Deflectômetros Elétricos

As flechas da viga no meio do vão e nas duas seções de aplicação de carga,


foram medidas por intermédio de três deflectômetros elétricos com os valores
obtidos diretamente em mm. A posição dos deflectômetros é mostrada na Figura
5.12. Nas três primeiras vigas, VR, AI e AII os deflectômetros foram
posicionados como mostrado na figura, sendo necessário sua retirada antes do
término do ensaio, visando a preservação do equipamento, visto que não se sabia
qual seria o comportamento destas durante o ensaio (Fotos A.19 do Anexo A).
Nas demais vigas, os deflectômetros foram posicionados de forma a permitir a
leitura das flechas até o fim do ensaio (Foto A.20 do Anexo A).
Programa Experimental 132

1 2 3

1 2 3

SG 2 SG 6
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SG 1 SG 3 SG 4 SG 5

SG 7 SG 8 SG 9

Figura 5.12 – Posicionamento dos deflectômetros elétricos e dos extensômetros elétricos


de resistência.

5.5.
Execução dos Ensaios das Vigas

As vigas foram ensaiadas no Laboratório de Estruturas e Materiais da PUC-


Rio (LEM). Foi montado um sistema de pórtico para a sustentação de um macaco
hidráulico com capacidade de 1000 kN (Figura 5.13).
Para as vigas ensaiadas em duas etapas foi necessário interromper o ensaio e
dar seqüência ao mesmo, somente seis ou sete dias depois, ou seja, apenas após o
período de cura do reforço aplicado. Como não foi possível manter o equipamento
de aplicação de carga ligado durante este período, foi montado um sistema de
manutenção de deformação, que representasse a situação real em que havia sido
interrompido o ensaio. Este sistema foi feito por meio de parafusos fixados nas
regiões próximas às de aplicação de carga, que foram apertados para se alcançar
uma determinada deformação na viga. Foi estabelecido que na etapa inicial a
carga aplicada deveria corresponder a uma deformação específica da armadura
longitudinal de 1,5 ‰ (Fotos A.21 e a.22).
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Programa Experimental

Figura 5.13- Sistema de aplicação de carga.


Legenda: macaco de aplicação de carga

viga metálica de distribuição de carga

viga ensaiada
133

Obs: cotas em cm.


Programa Experimental 134

5.6.
Descrição dos Ensaios

5.6.1.
Viga de Referência

O ensaio da viga de referência foi realizado no dia 12/12/2003, sendo


iniciado às 9 h: 45 min, e terminando às 13 h: 30 min. O incremento de carga
inicial foi de 1 kN até se atingir a carga de fissuração aproximadamente igual a
30 kN e a partir desta carga por meio de incrementos iguais a 2 kN até a ruptura
da viga. A carga de escoamento da armadura longitudinal foi de 96,05 kN .
Com a carga de 140 kN foram observadas fissuras com abertura de até
1 mm . O Estado Limite Último da viga foi atingido por deformação excessiva do
aço da armadura longitudinal, para uma carga de 141,54 kN , configurando-se um
comportamento dúctil.
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De acordo com os resultados observados, determinou-se que os ensaios das


demais vigas teriam sua primeira etapa finalizada para uma carga correspondente
à deformação específica de 1,5 ‰ da armadura longitudinal antes da aplicação do
reforço, visto que, para essa magnitude de carga não foi observada a presença de
fissuras com grandes aberturas.
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por compressão do concreto no
meio do vão, para uma carga de 163,54 kN . As Fotos A.24 e A.25 do Anexo A
mostram detalhes da ruptura da VR. Os resultados do ensaio são apresentados de
forma resumida na Tabela 5.9.

Tabela 5.9 – Dados obtidos no ensaio da viga VR.

Carga Flecha Deformação


Estágios (kN ) (mm) Específica do
Aço (‰)
Fissuração 15,39 0,80 0,11
Escoamento 96,05 14,14 2,01
Ruptura 143,55 42,74 9,94
Programa Experimental 135

5.6.2.
Viga AI

O ensaio da viga AI foi realizado no dia 21/01/2004, sendo iniciado às 14 h,


e terminando às 16 h: 15 min. Esta viga foi inicialmente reforçada com uma
camada de tecido de fibra de carbono de 20 cm de largura ao longo do
comprimento de 3,80 m da viga. O objetivo desse ensaio é analisar o
comportamento da viga já reforçada antes da aplicação do carregamento,
buscando-se avaliar sua capacidade resistente e sua deformabilidade, e com esses
dados obter a sua ductilidade.
Para a aplicação de carga foi utilizado o mesmo sistema utilizado na viga de
referência. O reforço foi executado em várias etapas. Inicialmente foi feita uma
limpeza na superfície de aplicação do reforço, e em seguida, aplicou-se o
“primer”, que serve de ligação entre o concreto e a próxima camada. Cerca de três
horas após a aplicação do “primer”, tempo necessário para se chegar ao ponto de
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viscosidade ideal da resina, aplicou-se a resina epóxi juntamente com o tecido.


Esta última camada de resina possui a função de ligar o “primer” ao compósito de
fibra de carbono, e de proteger o tecido. Após a aplicação do tecido foi necessário
esperar seis dias, tempo esse indicado pela empresa que forneceu o material, para
que o ensaio pudesse ser realizado.
O incremento de carga inicial foi de 2 kN até se atingir a carga de
fissuração que foi 30,17kN . Após esta carga, os incrementos foram de 10 kN até
a ruptura da viga. A carga de escoamento da armadura longitudinal foi de
80,7 kN .
Neste ensaio não foram observadas grandes aberturas de fissuras, mas sim o
surgimento de diversas fissuras com aberturas pequenas. Observou-se uma
uniformidade no aparecimento das fissuras, que ocorreram em grande quantidade
e com aberturas pequenas.
O Estado Limite Último da viga ocorreu por deformação excessiva da
armadura longitudinal, para uma carga de 150,29 kN
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por ruptura do compósito de fibra
de carbono entre o apoio e o ponto de aplicação de carga, seguido de
desprendimento do cobrimento da armadura longitudinal, com ruptura explosiva,
para uma carga de 187,34 kN . As Fotos A.26, A.27, A.28 e A.29 do Anexo A
Programa Experimental 136

mostram detalhes da ruptura da viga VAI. Os resultados do ensaio são


apresentados de forma resumida na Tabela 5.10.

Tabela 5.10 - Dados obtidos no ensaio da viga AI.

Carga Flecha Deformação Deformação


Estágios (kN ) (mm) Específica do Específica da
Aço (‰) Fibra (‰)
Fissuração 21,88 1,81 0,31 0,22
Escoamento 80,70 11,98 1,99 1,71
Ruptura 187,34 52,61 19,68 11,02

5.6.3.
Viga AII

O ensaio da viga AII foi realizado no dia 29/01/2004, sendo iniciado às


14 h, e terminando às 15 h: 20 min. Esta viga foi reforçada com duas camadas de
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tecido de fibra de carbono de 10 cm de largura ao longo do comprimento de


3,80 m antes do início do ensaio. Esta viga foi reforçada antes da aplicação do
carregamento, buscando-se obter a ductilidade desta por meio da análise da sua
capacidade resistente e das suas deformações.
Para a aplicação de carga foi utilizado o mesmo sistema utilizado na viga de
referência. O reforço foi executado em várias etapas. Inicialmente foi feita uma
limpeza na superfície de aplicação do reforço, e em seguida, aplicou-se o
“primer”, que serviu de ligação entre o concreto e a próxima camada. Cerca de
três horas após a aplicação do “primer”, tempo necessário para se chegar ao ponto
de viscosidade ideal da resina, aplicou-se a resina epóxi juntamente com o
tecido. Após duas horas aplicou-se a outra camada de tecido juntamente com a
resina epóxi. Esta camada de resina possui a função de ligar o “primer” ao
compósito de fibra de carbono, e de proteger o tecido. Após a aplicação das duas
camadas de tecido foi necessário esperar seis dias, tempo esse indicado pela
empresa que forneceu o material, para que o ensaio pudesse ser realizado.
O incremento de carga inicial foi de 5 kN até se atingir a carga de fissuração
que foi 25,10 kN . Após esta carga, os incrementos de carga foram de10 kN até a
ruptura da viga. A carga de escoamento da armadura longitudinal foi de 89,88 kN .
Programa Experimental 137

Neste ensaio não foram observadas grandes aberturas de fissuras, mas sim o
surgimento de muitas fissuras com aberturas pequenas. Houve uma uniformidade
no aparecimento das fissuras, que ocorreram em maior quantidade e com
aberturas pequenas.
O Estado Limite Último da viga ocorreu por deformação excessiva da
armadura longitudinal para uma carga de 159,97 kN
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por ruptura do compósito de fibra
de carbono para uma carga de 191,09 kN , seguida de descolamento do tecido ao
longo do substrato de concreto, com ruptura explosiva. As Fotos A.30, A.31, A.32
e A.33 do Anexo A mostram detalhes da ruptura da viga VAI. O resultados do
ensaio são apresentados de forma resumida na Tabela 5.11.

Tabela 5.11 - Dados obtidos no ensaio da viga AII.

Carga Flecha Deformação Deformação


(kN )
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Estágios (mm) Específica do Específica da


Aço (‰) Fibra (‰)
Fissuração 15,35 0,77 0,06 0,064
Escoamento 89,88 12,53 1,99 2,03
Ruptura 191,09 36,63 17,22 11,05

5.6.4.
Viga BI-1

A primeira parte do ensaio da viga BI-1 foi realizada no dia 04/02/2004,


com o ensaio iniciado às 16 h: 15 min, e terminando às 16 h: 40 min. Inicialmente
foi determinado que se chegaria a uma carga máxima de aplicação que
correspondesse a deformação específica da armadura longitudinal igual a 1,5% o .
A partir dessa carga o ensaio foi interrompido temporariamente, e a deformação
foi mantida para que assim se realizasse o reforço com o tecido de fibra de
carbono. Foi necessário manter a deformação por seis dias, tempo esse necessário
para a aplicação e cura do reforço. Foi desenvolvido um sistema de perfis para
garantir uma deformação constante da viga.
A carga foi aplicada inicialmente em incrementos de 5 kN até se atingir
40 kN , possibilitando assim uma maior acomodação da viga ao sistema de
carregamento, sendo que a carga de fissuração foi de 24,92 kN . Em seguida a
aplicação foi em incrementos de 10 kN . Quando a viga atingiu a carga de 60kN ,
Programa Experimental 138

correspondente à deformação específica da armadura longitudinal igual a 1,5 ‰, o


ensaio foi interrompido. O sistema de manutenção da deformação foi aplicado e a
máquina desligada.
O reforço foi realizado logo após a paralisação do ensaio. Nesta viga foi
utilizada uma camada de tecido de fibra de carbono de 20 cm de largura ao longo
de 3,80 m do comprimento da viga. O reforço foi executado em várias etapas.
Inicialmente foi feita uma limpeza na superfície de aplicação do reforço, em
seguida, aplicou-se o “primer”, que serviu de ligação entre o concreto e a próxima
camada. Cerca de três horas após a aplicação do “primer”, tempo necessário para
se chegar ao ponto de viscosidade ideal da resina, aplicou-se a resina epóxi
juntamente com o tecido. Esta última camada de resina tem a função de ligar o
“primer” ao compósito de fibra de carbono, e de proteger o tecido. Seis dias após
a aplicação do sistema de reforço, tempo esse indicado pela empresa que forneceu
o material, como o mínimo necessário para a aplicação de carga, o ensaio foi
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reiniciado.
O ensaio foi reiniciado no dia 10 /02 /2004 às 10 h: 15 min e terminando às
11h: 30 min. O incremento de carga foi de 10 kN e a carga de escoamento da
armadura longitudinal foi de 84,95 kN .
Neste ensaio não foram observadas grandes aberturas de fissuras, mas
observou-se uma uniformidade no aparecimento das fissuras.
O Estado Limite Último da viga ocorreu por deformação excessiva da
armadura longitudinal, para uma carga de 155,39 kN .
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por ruptura do compósito de fibra
de carbono, seguido de desprendimento do cobrimento da armadura longitudinal,
com ruptura explosiva para uma carga de 199,13kN . As Fotos A.34, A.35, A.36 e
A.37 do Anexo A mostram detalhes da ruptura da viga BI-1.Os resultados do
ensaio são apresentados de forma resumida na Tabela 5.12.

Tabela 5.12 - Dados obtidos no ensaio da viga BI -1.

Carga Flecha Deformação Deformação


Estágios (kN ) (mm) Específica do Específica da
Aço (‰) Fibra (‰)
Fissuração 20,59 1,43 0,24 -
Escoamento 74,25 11,27 2,03 0,42
Ruptura 199,13 77,50 19,80 11,52
Programa Experimental 139

5.6.5.
Viga BI-2

A primeira parte do ensaio da viga BI-2 foi realizada no dia 01/03/2004,


com o ensaio iniciado às 11 h: 45 min, e terminando às 12 h:15 min. Foi
determinado, como na viga BI-1, que se chegaria a uma carga máxima de
aplicação que correspondesse a deformação específica da armadura longitudinal
igual a 1,5 ‰ . Nessa carga, o ensaio foi interrompido temporariamente, e a
deformação alcançada mantida para que se realizasse o reforço com o tecido de
fibra de carbono. A deformação foi mantida por sete dias, tempo esse necessário
para a aplicação e cura do reforço. Para garantir uma constante deformação da
viga, mesmo depois que se desligasse a máquina de aplicação de cargas, foi
utilizado o mesmo sistema de perfis da viga BI-1. Esse sistema consistia de perfis
que passaram a realizar a transmissão da carga sobre a viga.
A carga foi aplicada inicialmente em incrementos de 5kN até se atingir
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40kN possibilitando assim uma maior acomodação da viga ao sistema de


carregamento, sendo que a carga de fissuração foi de 23,91 kN . Quando a viga
atingiu a carga de 55 kN , correspondente a deformação específica da armadura
longitudinal igual a 1,5% o , o ensaio foi interrompido. O sistema de manutenção
de deformação foi aplicado e a máquina desligada.
O reforço foi realizado logo após a paralisação do ensaio. Nesta viga foi
utilizada uma camada de tecido de fibra de carbono de 20 cm de largura ao longo
de 3,80 m do comprimento da viga. O reforço foi executado em várias etapas,
como na viga BI-1.
O ensaio foi reiniciado no dia 08 /03 /2004 às 14 h: 10 min e terminando às
15h: 10 min. O incremento de carga foi de 10 kN e a carga de escoamento da
armadura longitudinal foi de 75,47 kN .
O Estado Limite Último da viga ocorreu por deformação excessiva da
armadura longitudinal, para uma carga de 124,88 kN .
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por ruptura do compósito de fibra
de carbono na parte central da viga, seguido de desprendimento do cobrimento da
armadura longitudinal, com ruptura explosiva para uma carga de 145,33 kN . As
Programa Experimental 140

Fotos A.38, A.39, A.40 e A.41 do Anexo A mostram detalhes da ruptura da viga
BI-2.Os resultados do ensaio são apresentados de forma resumida na Tabela 5.13.

Tabela 5.13 - Dados obtidos no ensaio da viga BI-2.

Carga Flecha Deformação Deformação


Estágios (kN ) (mm) Específica do Específica da
Aço (‰) Fibra (‰)
Fissuração 16,63 1,15 0,32 -
Escoamento 75,47 13,12 2,13 0,703
Ruptura 145,33 68,78 15,11 9,68

5.6.6.
Viga BII-1

A primeira parte do ensaio da viga BII-1 foi realizada no dia 16/03/2004,


com o ensaio iniciado às 10 h: 50 min, e terminando às 11 h: 20 min. Foi
determinado, como na viga BI-1, que se chegaria a uma carga máxima de
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

aplicação que correspondesse a deformação específica da armadura longitudinal


igual a 1,5 ‰. Nessa carga, o ensaio foi interrompido temporariamente, e a
deformação alcançada mantida para que se realizasse o reforço com o compósito
de fibra de carbono. A carga aplicada foi mantida por sete dias, tempo esse
necessário para a aplicação e cura do reforço. Para garantir uma constante
deformação da viga, mesmo depois que se desligasse a máquina de aplicação de
cargas, foi utilizado o mesmo sistema de perfis da viga BI-1.
A carga foi aplicada inicialmente em incrementos de 5kN até se atingir
40kN , possibilitando assim uma maior acomodação da viga ao sistema de
carregamento, sendo que a carga de fissuração foi de 21,47 kN . Quando a viga
atingiu a carga de 58 kN , correspondente à deformação específica na armadura
longitudinal igual a 1,5 ‰, o ensaio foi interrompido. O sistema de manutenção
de deformação foi aplicado e a máquina desligada.
O reforço foi realizado logo após a paralisação do ensaio. Esta viga foi
reforçada com duas camadas de tecido de fibra de carbono de 10 cm de largura ao
longo do comprimento de 3,80 m antes do inicio do ensaio. O reforço foi
executado em várias etapas. Inicialmente foi feita uma limpeza na superfície de
aplicação do reforço, em seguida, aplicou-se o “primer”, que serviu de ligação
entre o concreto e a próxima camada. Cerca de três horas após a aplicação do
Programa Experimental 141

“primer”, tempo necessário para se chegar ao ponto de viscosidade ideal da


resina, aplicou-se a resina epóxi juntamente com o tecido. Após duas horas,
aplicou-se a outra camada de tecido juntamente com a resina epóxi. Esta camada
de resina possui a função de ligar o “primer” ao compósito de fibra de carbono, e
de proteger o tecido. Seis dias após a aplicação do sistema de reforço, tempo esse
indicado pela empresa que forneceu o material como o mínimo necessário para a
aplicação de carga, o ensaio foi reiniciado.
O ensaio foi reiniciado no dia 22 /03 /2004 às 10 h: 40 min e terminando às
11h: 30 min. O incremento de carga foi de 10 kN e a carga de escoamento da
armadura longitudinal foi de 75,38 kN .
O Estado Limite Último da viga ocorreu por deformação excessiva da
armadura longitudinal, para uma carga de 130,01 kN .
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por flexão seguida de
descolamento do compósito de fibra de carbono ao longo de grande parte do
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comprimento da viga, com ruptura para uma carga de 165,86 kN . As Fotos A.42,
A.43 e A.44 do Anexo A mostram detalhes da ruptura da viga BII-1. Os
resultados do ensaio são apresentados de forma resumida na Tabela 5.14.

Tabela 5.14 - Dados obtidos no ensaio da viga BII-1.

Carga Flecha Deformação Deformação


Estágios (kN ) (mm) Específica do Específica da
Aço (‰) Fibra (‰)
Fissuração 15,86 0,805 0,15 -
Escoamento 75,38 12,27 2,05 0,41
Ruptura 165,86 66,87 18,09 9,98

5.6.7.
Viga BII-2

A primeira parte do ensaio da viga BII-2 foi realizada no dia 29/03/2004,


com o ensaio iniciado às 10 h : 35 min, e terminando às 11 h. Foi determinado,
como na BI-1, que se chegaria a uma carga máxima de aplicação que
correspondesse a deformação específica da armadura longitudinal igual a 1,5 ‰.
Nessa carga o ensaio foi interrompido temporariamente, e a deformação alcançada
mantida para que se realizasse o reforço com tecido de fibra de carbono. A carga
aplicada foi mantida por sete dias, tempo esse necessário para a aplicação e cura
Programa Experimental 142

do reforço. Para garantir uma constante deformação da viga, mesmo depois que se
desligasse a máquina de aplicação de cargas, foi utilizado o mesmo sistema de
perfis da viga BI-1.
A carga foi aplicada inicialmente em incrementos de 5 kN até se atingir
40 kN , possibilitando assim uma maior acomodação da viga ao sistema de
carregamento, sendo que a carga de fissuração foi de 25,77 kN . Quando a viga
atingiu a carga de 61 kN , correspondente à deformação específica da armadura
longitudinal igual a 1,5 ‰, o ensaio foi interrompido. O sistema de manutenção
de deformação foi aplicado e a máquina desligada.
O reforço foi realizado logo após a paralisação do ensaio. Esta viga foi
reforçada com duas camadas de tecido de fibra de carbono de 10 cm de largura ao
longo do comprimento de 3,80 m antes do início do ensaio. O reforço foi
executado em várias etapas, como na viga BII-1.
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O ensaio foi reiniciado no dia 06 /04 /2004 às 14 h: 15 min e terminando às


15h: 10 min. O incremento de carga foi de 10 kN, e a carga de escoamento da
armadura longitudinal foi de 60,23 kN .
O Estado Limite Último da viga ocorreu por deformação excessiva da
armadura longitudinal, para uma carga de 120,12 kN .
A viga foi levada até a ruína, que ocorreu por flexão seguida da ruptura do
tecido de fibra de carbono, com ruptura para uma carga de 152,16 kN . As Fotos
A.45 e A.46 do Anexo A mostram detalhes da ruptura da viga BII-2. Os
resultados do ensaio são apresentados de forma resumida na Tabela 5.15.

Tabela 5.15 - Dados obtidos no ensaio da viga BII-2.

Carga Flecha Deformação Deformação


Estágios (kN ) (mm) Específica do Específica da
Aço (‰) Fibra (‰)
Fissuração 20,16 0,943 0,09 -
Escoamento 60,23 12,79 2,12 0,65
Ruptura 152,16 67,53 18,18 9,56
6
Análise dos Resultados

6.1.
Introdução

Neste capítulo são apresentados e analisados os resultados obtidos nos


ensaios das sete vigas e a determinação dos seus índices de ductilidade. As
resistências das vigas são analisadas por meio da relação entre as cargas máximas
teóricas e as cargas obtidas experimentalmente.
Os gráficos de carga x deformação específica dos aços, carga x deformação
específica das fibras e os gráficos de carga x flecha das sete vigas, constam do
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Anexo D.
Os resultados dos índices de ductilidade de flecha, os índices de ductilidade
de curvatura, os índices de ductilidade energética de flecha e os índices de
ductilidade energética de curvatura são calculados e apresentados neste capítulo.
O estudo para cada índice de ductilidade é realizado separadamente e,
posteriormente, elabora-se uma análise comparativa de todos os índices de
ductilidade obtidos.
Os resultados encontrados para a rotação plástica das vigas são apresentados
e analisados.

6.2.
Capacidade Resistente das Vigas

As vigas são analisadas em relação às cargas máximas teóricas e as cargas


obtidas nos ensaios. A Tabela 6.1 mostra os valores teóricos das cargas, os valores
experimentais e os tipos de ruptura ocorridos. Na determinação dos valores
teóricos das cargas são utilizados os valores experimentais obtidos no ensaio de
resistência à tração do compósito de fibra de carbono, como está descrito no item
5.2.5, e apresentados na Tabela 5.8. Esses valores teóricos foram obtidos por meio
da sistemática apresentada no capítulo 2 (item 2.5.1). A Figura 6.1 mostra um
gráfico comparativo entre as cargas teórica e experimental.
Análise dos Resultados 144

Tabela 6.1 – Valores das cargas e modos de ruptura das vigas ensaiadas.

PTeórica Pexp PExperimental Variação de


Viga Tipo de Variação Pexp das vigas
Ruptura (kN (kN) PTeórica (%)
emrelação à
VR
Esmagamento do
VR concreto na zona 120,25 143,55 1,194 19,40 -
de compressão
AI Ruptura do CFC
entre o apoio e 169,31 187,34 1,107 10,70 1,31
aplicação de carga
AII Ruptura do CFC 169,31 191,09 1,129 12,90 1,33
BI-1 Ruptura do CFC 170,28 199,13 1,169 16,90 1,37
Ruptura do CFC
BI-2 na parte central da 170,28 145,33 0,853 -14,65 1,01
viga
Ruptura por
BII-1 flexão seguida do 171,50 165,86 0,967 -3,289 1,16
descolamento do
CFC
BII-2 Ruptura do CFC 171,50 152,16 0,887 -11,28 1,06
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

1,4

1,2

1
Pexp/ Pteórico

0,8

0,6

0,4

0,2

0
VR AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.1 – Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura teóricas e experimentais das
vigas ensaiadas.
Análise dos Resultados 145

260

240

220
Pexperimental (kN)

200 AI
AII
180 Linha de Tendencia
+20%
160 -20%

140

120

100
100 120 140 160 180 200 220 240 260
Pteórico (kN)

Figura 6.2 - Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura teórica e experimental para
as vigas do grupo A.
A Figura 6.2 compara as cargas de ruptura teórica e experimental para as
vigas do grupo A, marcando o limite de ± 20 % de diferença entre essas cargas.
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

260

240

220
Pexperimental (kN)

BI-1
200 BI-2
BII-1
180 BII-2
Linha de Tendencia
+20%
160
-20%

140

120

100
100 120 140 160 180 200 220 240 260
Pteórico (kN)
Figura 6.3 - Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura teórica e experimental para
as vigas do grupo B.
A Figura 6.3 compara as cargas de ruptura teórica e experimental para as vigas
do grupo B, marcando o limite de ± 20 % de diferença entre essas cargas.
Análise dos Resultados 146

260

240
VR
220
AI
Pexperimental (kN)

AII
200
BI-1
BI-2
180
BII-1
BII-2
160
Linha de Tendência
20%
140
-20%

120

100
100 120 140 160 180 200 220 240 260
Pteórico (kN)

Figura 6.4 - Gráfico comparativo entre as cargas de ruptura e experimentais das vigas
reforçadas e da viga de referência.
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i. O resultado teórico para a carga de ruptura da VR foi 19 % inferior ao


valor experimental.
ii. Os valores teóricos das vigas do grupo A foram inferiores aos valores
experimentais. As variações ficaram entre 10 e 13 %.
iii. Para a viga AI a variação foi de 10,70 % e para a viga AII foi de 12,9 %,
tendo como base a viga de referência.
iv. Os valores teóricos das vigas do grupo BI apresentaram maior
discrepância em relação aos valores experimentais:
¾ a carga experimental de ruptura da viga BI-1 foi 199,13 kN e a
teórica foi de 170,28 kN, o que resulta numa variação de 16,9 %;
¾ a carga experimental de ruptura da viga BI-2 foi de 145,33 kN e a
carga teórica foi de 170,28 kN, o que resulta numa variação de
- 14,65 %.
v. As cargas de ruptura experimentais das vigas do grupo BII foram
inferiores às cargas teóricas. Para a BII-1 a variação entre o valor teórico e
o experimental foi de - 3,89 % e para a viga BII-2 foi de -11,28 %.
vi. A discrepância entre os valores teóricos e experimentais para as vigas do
grupo B pode ser atribuída ao fato de que os valores teóricos mostrados na
Tabela 5.8 não consideram a deformação inicial da viga.
Análise dos Resultados 147

vii. Analisando-se os dois grupos, A e B, verifica-se que a relação entre a


carga teórica e experimental não ultrapassa 20 %. Esse limite para a
variação da relação entre essas cargas é aceitável, o que mostra que os
valores obtidos estão consistentes.
viii. As vigas do grupo A tiveram acréscimo de cerca de 30 % nas cargas
experimentais de ruptura em relação à carga experimental de ruptura da
VR.
ix. As vigas do grupo B, com exceção da viga BI-1, não tiveram acréscimo
significativo na carga experimental de ruptura em relação à carga de
ruptura experimental da VR.

6.3.
Gráficos Obtidos nos Ensaios

No Anexo D são apresentados os diagramas de carga x deformação


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específica dos aços, carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono e


as cargas x flechas das vigas ensaiadas. O posicionamento dos extensômetro
elétrico e dos deflectômetros são mostrados na Figura 5.10.
Nas vigas VR, AI, AII as leituras dos deflectômetros não foram realizadas
até o final do ensaio, visando preservar o equipamento utilizado. Portanto, as
leituras das flechas dessas vigas foram interrompidas para cargas em torno de
160 kN . Para o ensaio das vigas do grupo B, mudou-se o posicionamento dos
deflectômetros, permitindo que estes pudessem efetuar as leituras das flechas até o
término do ensaio.

6.4.
Índices de Ductilidade

Os índices de ductilidade foram calculados a partir dos dados obtidos nos


ensaios das vigas. A Tabela 6.2 mostra os valores das cargas e das flechas para as
situações de fissuração, escoamento e ruptura, para o deflectômetro posicionado
no meio do vão. Foram calculados os índices que permitem analisar a ductilidade
das vigas reforçadas.
Análise dos Resultados 148

Tabela 6.2 – Valores das cargas e flechas para as vigas ensaiadas.

VIGA PCR δ CR Py δy Pu δu
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
VR 15,39 0,80 96,05 14,14 143,55 42,74
AI 21,88 1,81 80,70 11,98 187,34 52,61
AII 15,35 0,77 89,88 12,53 191,09 36,63
BI-1 20,59 1,43 74,25 11,27 199,13 77,50
BI-2 16,67 1,15 75,47 13,12 145,33 68,78
BII-1 15,86 0,81 75,38 12,27 165,86 66,87
BII-2 20,16 0,94 60,23 12,25 152,16 67,53

Com os valores das cargas e flechas obtidos diretamente dos ensaios foram
calculados os momentos e as curvaturas de cada viga, pela metodologia
apresentada no capítulo 3. Os cálculos realizados para a determinação dos
momentos e curvaturas de fissuração, escoamento da armadura longitudinal e de
ruptura, são apresentados no Anexo E. Na tabela 6.3 são mostrados todos os
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valores de momentos e curvaturas calculados.

Tabela 6.3 – Valores de momento e curvatura calculados.

VIGA M CR k CR My ky Mu ku
(kN.m) (mm) (kN.m) (mm) (kN.m) (mm)
VR 9,62 0,0002 60,03 0,0041 89,72 0,0123
AI 13,68 0,0005 50,44 0,0034 117,09 0,0151
AII 9,59 0,0002 56,18 0,0036 119,43 0,0105
BI-1 12,87 0,0004 46,41 0,0032 124,46 0,022
BI-2 10,42 0,0003 47,17 0,0038 90,83 0,0198
BII-1 9,912 0,0002 47,11 0,0035 103,66 0,019
BII-2 12,60 0,0003 37,64 0,0035 95,10 0,0194

6.4.1.
Índices de Ductilidade de Flecha

O índice de ductilidade de flecha corresponde à relação entre a flecha de


ruptura e a flecha de escoamento. Analisando-se o deflectômetro posicionado no
meio do vão, tem-se o índice de ductilidade de flecha para todas as vigas (Tabela
6.4). A Figura 6.5 apresenta um gráfico comparativo dos índices de ductilidades
das vigas reforçadas em relação à VR.
Análise dos Resultados 149

Tabela 6.4 – Índices de ductilidade de flecha.

VIGA Py δy Pu δu δu
(kN) (mm) (kN) (mm) δy
VR 96,05 14,14 143,55 42,74 3,02
AI 80,70 11,98 187,34 52,61 4,39
AII 89,88 12,53 191,09 36,63 2,92
BI-1 74,25 11,27 199,13 77,50 6,87
BI-2 75,47 13,12 145,33 68,78 5,24
BII-1 75,38 12,27 165,86 66,87 5,44
BII-2 60,23 12,25 152,16 67,53 5,51

2,5

2
Vigas / VR

1,5

0,5
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AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.5 – Gráfico comparativo do índice de ductilidade de flecha das vigas reforçadas
em relação à VR.

¾ As vigas do grupo B, ou seja, aquelas que receberam reforço após a


aplicação de um carregamento inicial tiveram índices de ductilidade de
flecha maiores que as vigas do grupo A, que receberam reforço
inicialmente;
¾ Todos os índices de ductilidade de flecha das vigas do grupo B foram
consideravelmente maiores que o índice de ductilidade de flecha da viga
VR.

6.4.2.
Índices de Ductilidade de Curvatura

O índice de ductilidade de curvatura corresponde à relação entre a curvatura


de ruptura e a curvatura correspondente ao escoamento da armadura longitudinal.
Considerando-se o deflectômetro posicionado no meio do vão, os dados de
Análise dos Resultados 150

escoamento, de ruptura e o índice de ductilidade de curvatura, são mostrados na


Tabela 6.5.

Tabela 6.5 – Índices de ductilidade de curvatura.

VIGA My ky Mu ku ku
-1 -1
(kN.m) (m ) (kN) (m ) ky
VR 60,03 0,0041 89,72 0,0123 3,02
AI 50,44 0,0034 117,09 0,0151 4,44
AII 56,18 0,0036 119,43 0,0105 2,92
BI-1 46,41 0,0032 124,46 0,022 6,87
BI-2 47,17 0,0038 90,83 0,0198 5,21
BII-1 47,11 0,0035 103,66 0,019 5,75
BII-2 37,64 0,0035 95,10 0,0194 5,43

2,5

2
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Vigas / VR

1,5

0,5

AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2


Figura 6.6 – Gráfico comparativo do índice de ductilidade de curvatura das vigas
reforçadas em relação à VR.

¾ Para as vigas grupo B, reforçadas após carregamento inicial, os índices de


ductilidade de curvatura foram maiores que os índices de ductilidade das
vigas do grupo A, nas quais foi aplicado o reforço antes do carregamento;
¾ Todos os índices de ductilidade de curvatura das vigas do grupo B foram
maiores que o índice de ductilidade da viga VR.

6.5.
Índices de Ductilidade Energética

Os índices de ductilidade energética foram obtidos por meio da análise das


energias total e elástica. A energia total foi obtida por meio da área sob a curva
Análise dos Resultados 151

correspondente. Os cálculos dos momentos e curvaturas, e a determinação das


energias elásticas encontram-se nos Anexos E e F, respectivamente.
Os gráficos de carga x flecha, e momento x curvatura para determinação da
área sob a curva encontram-se no Anexo D.

6.5.1.
índices de Ductilidade Energética de Flecha

Os índices de ductilidade energética de flecha foram obtidos por meio da


análise dos gráficos de carga x flecha experimental. A Tabela 6.6 apresenta os
valores das energias total e elástica e os índices de ductilidade energéticos de
flecha de cada viga. Os cálculos das energias e a determinação dos índices de
ductilidade energética de flecha encontram-se nos Anexos F e G, respectivamente.

Tabela 6.6 - Índices de ductilidade energética de flecha.


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Energia Total Energia Elástica µδ


VIGA ETotal E ELÁSTICA
VR 4466,16 535,58 4,67
AI 6278,73 1451,65 2,66
AII 3897,72 915,86 2,63
BI-1 10958,40 1376,96 4,48
BI-2 7337,15 728,52 5,54
BII-1 7883,33 698,15 6,17
BII-2 7232,27 541,28 7,18
Análise dos Resultados 152

1,8

1,6
1,4
1,2

Vigas / VR 1

0,8
0,6

0,4
0,2
0

AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.7– Gráfico comparativo do índice de ductilidade energética de flecha das vigas
reforçadas em relação à VR.

¾ Os índices de ductilidade energética de flecha das vigas do grupo A,


reforçadas inicialmente, foram menores que o índice de ductilidade
energética de flecha da viga de referência;
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¾ Três vigas do grupo B tiveram índices de ductilidade energética de flecha


consideravelmente maiores que o índice de ductilidade da viga VR. Esse
índice foi menor para a viga BI-1 em relação à VR, mas da mesma ordem
de grandeza.

6.5.2.
índices de Ductilidade Energética de Curvatura

Os índices de ductilidade energética de curvatura das vigas ensaiadas foram


obtidos por meio da análise dos gráficos de momento x curvatura experimentais.
Os valores de momento e curvatura encontrados são apresentados no Anexo E. Na
Tabela 6.7 estão os valores das energias total e elástica e os índices de ductilidade
energética de curvatura de cada viga ensaiada. Os cálculos das energias e o
cálculo dos índices de ductilidade energético de curvatura encontram-se no Anexo
F e G, respectivamente.
Análise dos Resultados 153

Tabela 6. 7- Índice de ductilidade energética de curvatura.

Energia Total Energia Elástica µk


VIGA ETotal E ELÁSTICA
VR 0,751 0,084 4,98
AI 1,076 0,251 2,65
AII 0,718 0,149 2,91
BI-1 1,692 0,241 4,02
BI-2 1,206 0,119 5,57
BII-1 1,339 0,108 6,67
BII-2 1,129 0,108 5,74

1,6
1,4
1,2
Vigas / VR

0,8
0,6
0,4
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0,2
0

AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.8 – Gráfico comparativo do índice de ductilidade energética de curvatura das


vigas reforçadas em relação à VR.

¾ As vigas do grupo A, reforçadas inicialmente, tiveram índices de


ductilidade energética de curvatura menores que o índice de ductilidade
energética de curvatura da viga de referência;
¾ Três das vigas do grupo B, reforçadas após carregamento inicial, tiveram
índices de ductilidade energética de curvatura superiores ao índice de
ductilidade energética de curvatura da viga VR, com exceção da viga BI-1,
que teve um valor para esse índice inferior ao da VR, mas da mesma
ordem de grandeza.

6.6.
Análise das Cargas

Neste item são analisados os valores das cargas atuantes nas vigas em cada
um dos três estágios: fissuração, escoamento e ruptura.
Análise dos Resultados 154

6.6.1.
Cargas de Fissuração

Tabela 6.8 – Dados experimentais relativos à fissuração das vigas ensaiadas.


Carga de Variação da
VIGA Fissuração PCR Carga

(kN)
VR 15,39 -
AI 21,88 1,42
AII 15,35 0,99
BI-1 20,59 1,34
BI-2 16,67 1,08
BII-1 15,86 1,03
BII-2 20,16 1,31

¾ Todas as cargas de fissuração das vigas do grupo B foram superiores à


carga de fissuração da viga VR.
¾ Para a viga AI, reforçada inicialmente com uma camada de tecido, obteve-
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se uma carga consideravelmente maior que a carga da VR, enquanto para a


viga AII, obteve uma carga de fissuração da mesma ordem de grandeza da
carga de fissuração da VR.

6.6.2.
Cargas de Escoamento

Tabela 6.9 – Dados experimentais relativos ao escoamento da armadura longitudinal das


vigas.
Carga de Variação da
VIGA Escoamento Py Carga

(kN)
VR 96,05 -
AI 80,70 0,84
AII 89,88 0,94
BI-1 74,25 0,77
BI-2 75,47 0,78
BII-1 75,38 0,78
BII-2 60,23 0,63

¾ As cargas relativas ao escoamento da armadura longitudinal de todas as


vigas reforçadas foram inferiores à carga de escoamento da VR, tal como
mostram os resultados obtidos durante o ensaio.
Análise dos Resultados 155

¾ As cargas de escoamento das vigas do grupo A foram próximas da carga


de escoamento da VR, o que mostra que a execução do reforço sem pré-
carregamento não influencia de maneira acentuada o comportamento da
viga até o escoamento.
¾ As cargas de escoamento das vigas do grupo B foram significativamente
inferiores à carga de escoamento da VR.

6.6.3.
Cargas de Ruptura

Tabela 6.10 – Dados experimentais relativos à ruptura das vigas


Carga de Variação da
VIGA Ruptura Pu Carga

(kN)
VR 143,55 -
AI 187,34 1,31
AII 191,09 1,33
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BI-1 199,13 1,39


BI-2 145,33 1,01
BII-1 165,86 1,56
BII-2 152,16 1,06

¾ Os valores experimentais das cargas de ruptura das vigas reforçadas foram


superiores ao valor da carga de ruptura da VR. Isto mostra a eficácia desse
sistema de reforço.
¾ As vigas do grupo A apresentaram valores de carga de ruptura
experimentais cerca de 30 % superiores ao valor da carga de ruptura da
VR, o que mostra que o comportamento das vigas reforçadas sem pré-
carregamento independe do arranjo do reforço: uma camada com 20 cm de
largura (viga AI) ou duas camadas com 10 cm de largura (viga AII).
¾ As vigas do grupo B apresentaram cargas de ruptura com maior
discrepância em relação à carga de ruptura da VR. As cargas de ruptura
das vigas BI-2 e BII-2 foram praticamente iguais à carga de ruptura da
VR. As vigas BI-1 e BII-1 tiveram valores superiores aos da VR, sendo a
relação entre a carga de ruptura dessas vigas e a carga de ruptura da VR,
39 % e 56 %, respectivamente.
Análise dos Resultados 156

6.7.
Análise das Flechas

Os valores das flechas experimentais são mostrados na Tabela 6.11. Os


valores de flecha apresentados são os referentes ao deflectômetro posicionado no
meio do vão. A Figura 6.9 ilustra os diagramas carga x flecha para todas as vigas.

Tabela 6.11 – Dados experimentais de carga e flecha para o LVDT2.

VIGA PCR δ CR Py δy Pu δu
(kN) (mm) (kN) (mm) (kN) (mm)
VR 15,39 0,80 96,05 14,14 143,55 42,74
AI 21,88 1,81 80,70 11,98 187,34 52,61
AII 15,35 0,77 89,88 12,53 191,09 36,63
BI-1 20,59 1,43 74,25 11,27 199,13 77,50
BI-2 16,67 1,15 75,47 13,12 145,33 68,78
BII-1 15,86 0,81 75,38 12,27 165,86 66,87
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BII-2 20,16 0,94 60,23 12,25 152,16 67,53

¾ As flechas de ruptura das vigas do grupo B, que foram carregadas


inicialmente antes da aplicação do reforço, são todas maiores que a flecha
de ruptura da viga VR.
¾ As flechas de escoamento δ y de todas as vigas reforçadas são menores

que a flecha de escoamento δ y da viga VR.

¾ A flecha de ruptura da viga AII foi inferior à flecha da VR. Tal fato pode
ser explicado porque o LVDT foi retirado quando da leitura da carga de
160 kN. Tal procedimento foi também efetuado para a viga AI, que teve
uma flecha de ruptura superior à flecha de ruptura da VR. Esse
comportamento diferenciado poderia ser explicado pelo efeito de rigidez
originado pelas duas camadas de reforço (viga AII).
Análise dos Resultados 157

2 10

18 0

15 0
VR
Carga (kN)

AI
12 0 A II
B I- 1
90 B I- 2
B II- 1
60 B II- 2

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Flecha (mm)

Figura 6.9 – Gráfico carga x flecha de todas as vigas ensaiadas.


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A Tabela 6.12 apresenta as flechas em todos os estágios analisados, bem


como sua variação em relação à viga de referência.

Tabela 6.12 - Dados das flechas obtidas nos ensaios e suas respectivas variações em
relação á VR.

VIGA Flecha de Variação Flecha de Variação Flecha de Variação


Fissuração das Escoamento das Ruptura das
δ CR Flechas δy Flechas δu Flechas
(mm) (mm) (mm)
VR 0,80 - 14,14 - 42,74 -
AI 1,81 2,26 11,98 0,85 52,61 1,23
AII 0,77 0,96 12,53 0,89 36,63 0,86
BI-1 1,43 1,79 11,27 0,79 77,50 1,81
BI-2 1,15 1,44 13,12 0,93 68,78 1,61
BII-1 0,81 1,01 12,27 0,87 66,87 1,56
BII-2 0,94 1,17 12,25 0,86 67,53 1,58

¾ A flecha de fissuração da viga AII foi inferior à da VR enquanto as demais


vigas tiveram valores superiores.
¾ As flechas de escoamento de todas as vigas reforçadas foram superiores à
flecha de escoamento da VR.
¾ As variações das flechas de escoamento dos grupos A e B em relação à
flecha de escoamento da VR são pouco afetadas pelo tipo de arranjo de
Análise dos Resultados 158

reforço, ou pela maneira na qual o carregamento é aplicado. Os limites


superior e inferior dessas variações são próximos.
¾ A flecha de ruptura da viga AII foi inferior e as demais vigas tiveram
valores superiores à flecha de ruptura da VR.
¾ Os dados da Tabela 6.12 mostram que a viga AII teve um comportamento
diferenciado das demais.
¾ As vigas do grupo B tiveram uma maior variação de flecha de ruptura em
relação à flecha da VR, o que mostra que o pré-carregamento modifica
acentuadamente a rigidez das vigas, visto a existência de uma deformação
inicial das mesmas.

6.8.
Curvas Experimentais Momento x Curvatura
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A Tabela 6.13 apresenta os valores dos momentos e curvaturas obtidos por


meio das cargas e das flechas experimentais. A Figura 6.10 ilustra os diagramas
momento x curvatura para todas as vigas.

Tabela 6.13 – Momentos e curvaturas das vigas.

VIGA M CR k CR My ky Mu ku
(kN.m) (mm) (kN.m) (mm) (kN) (mm)
VR 9,62 0,0002 60,03 0,0041 89,72 0,0123
AI 13,68 0,0005 50,44 0,0034 117,09 0,0151
AII 9,59 0,0002 56,18 0,0036 119,43 0,0105
BI-1 12,87 0,0004 46,41 0,0032 124,46 0,022
BI-2 10,42 0,0003 47,17 0,0038 90,83 0,0198
BII-1 9,912 0,0002 47,11 0,0035 103,66 0,019
BII-2 12,60 0,0003 37,64 0,0035 95,10 0,0194
Análise dos Resultados 159

140

120

100 VR
Momento (kNm)

AI
A II
80
B I- 1
B I- 2
60 B I I- 1
B I I- 2
40

20

0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025

Curvatura (m -1)

Figura 6.10 – Gráfico momento x curvatura das vigas ensaiadas.


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Tabela 6.14 - Dados das curvaturas obtidas e suas respectivas variações em relação á
VR.

VIGA Curvatura Variação Curvatura Variação Curvatura Variação


de das de das de das
Fissuração Curvatura Escoamento Curvatura Ruptura Curvatura
k CR (%) ky (%) ku (%)
(mm) (mm) (mm)
VR 0,0002 - 0,0041 - 0,0123 -
AI 0,0005 2,5 0,0034 0,82 0,0151 1,23
AII 0,0002 1,0 0,0036 0,88 0,0105 0,85
BI-1 0,0004 2,0 0,0032 0,78 0,022 1,79
BI-2 0,0003 1,5 0,0038 0,93 0,0198 1,61
BII-1 0,0002 1,0 0,0035 0,85 0,019 1,54
BII-2 0,0003 1,5 0,0035 0,85 0,0194 1,58

¾ A viga AI apresenta a maior variação da curvatura de fissuração em


relação à curvatura de fissuração da viga VR.
¾ O tipo de arranjo dos reforços utilizados não influenciam a variação das
curvaturas de fissuração das vigas AI e AII em relação à curvatura de
fissuração da VR.
¾ As variações da curvatura de escoamento para as vigas do grupo A são
praticamente iguais. O reforço inicial não influencia de forma considerável
na curvatura de escoamento destas em relação à viga VR.
Análise dos Resultados 160

¾ Os valores das variações das curvaturas de rupturas das vigas do grupo B


são superiores aos mesmos valores para as vigas do grupo A, verificando-
se que a presença do carregamento inicial nas vigas do grupo B, aumentam
as curvaturas destas.
¾ Os valores de curvatura de ruptura das vigas do grupo A são próximos. A
viga AII teve uma menor variação da curvatura de ruptura em relação à
curvatura de ruptura da VR. Isto indica que a execução de duas camadas
de reforço torna a viga mais rígida.
¾ Duas vigas do grupo B, BII-1 e BII-2, tiveram variações das curvaturas de
escoamento e de ruptura, praticamente iguais. Isto indica que a execução
do reforço em duas camadas leva a valores das curvaturas mais uniformes
na fase pós-fissuração.

6.9.
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Análise da Rigidez das Vigas

Neste item são analisadas as rigidezes das vigas na fissuração, quando do


escoamento da armadura longitudinal e quando da ruptura. O cálculo da rigidez da
viga em cada estágio está apresentado no Anexo E. Na Tabela 6.15 é mostrado um
resumo dos valores de rigidez encontrados para as sete vigas. As Figuras 6.11,
6.12 e 6.13 apresentam gráficos comparativos das rigidezes de fissuração, quando
do escoamento da armadura longitudinal e quando da ruptura das vigas
reforçadas, em relação à VR.

Tabela 6.15 – Rigidezes das vigas.


Rigidez de Variação Rigidez de Variação Rigidez de Variação
VIGA Fissuração da Rigidez Escoamento da Rigidez Ruptura da Rigidez
(EJ )CR de
Fissuração
(EJ ) y de
Escoamento
(EJ )u de
Ruptura
(kN.m2) (kN.m2) (kN.m2)
VR 41.815 - 14.774 - 7.305 -
AI 26.292 0,63 14.651 0,99 7.745 1,06
AII 43.358 1,04 15.602 1,06 11.346 1,55
BI-1 31.317 0,75 14.329 0,97 5.588 0,76
BI-2 31.528 0,75 12.511 0,85 4.596 0,63
BII-1 42.851 1,03 13.362 0,90 5.395 0,74
BII-2 46.498 0,97 10.694 0,72 4.901 0,67
Análise dos Resultados 161

¾ A viga AII teve todos os valores de rigidez superiores aos valores de


rigidez da viga VR.
¾ As vigas do grupo B tiveram valores das rigidezes de escoamento e de
ruptura inferiores aos valores de rigidez de escoamento e de ruptura da
VR. Isto mostra que o pré-carregamento influencia a variação da rigidez
na fase pós-fissuração.

6.9.1.
Rigidez de fissuração

1,2

0,8
Vigas / VR

0,6

0,4
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0,2

AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.11 – Gráfico comparativo da rigidez de fissuração entre as vigas reforçadas e a


viga VR.

¾ Os valores de rigidez à fissuração não apresentam um comportamento


regular. A metade das vigas teve um valor de rigidez de fissuração
superior ao da VR, e as outras três vigas tiveram valores inferiores. Isto se
deve a aleatoriedade da formação de fissuras, que depende
primordialmente da resistência à tração do concreto.
¾ As vigas AI, BI-1 e BI-2, todas com o reforço em uma camada,
apresentaram valores de rigidez à fissuração inferiores aos das vigas
reforçadas com duas camadas de compósito de fibra de carbono. Isto
mostra que o reforço em duas camadas aumenta a rigidez inicial das vigas.
Análise dos Resultados 162

6.9.2.
Rigidez de escoamento

1,2

0,8
Vigas / VR

0,6

0,4

0,2

AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.12 – Gráfico comparativo da rigidez de escoamento entre as vigas reforçadas e


a viga VR.

¾ Somente a viga AII teve um valor de rigidez de escoamento superior


ao da VR.
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¾ A viga AI teve um valor da ordem de grandeza do valor da rigidez de


escoamento da VR.
¾ As vigas do grupo B tiveram valores de rigidez de escoamento
inferiores ao da VR. Isto mostra que o pré-carregamento diminui
acentuadamente o valor deste parâmetro.

6.9.3.
Rigidez de ruptura

1,8

1,6
1,4

1,2
Vigas / VR

0,8

0,6

0,4
0,2

AI AII BI-1 BI-2 BII-1 BII-2

Figura 6.13 – Gráfico comparativo da rigidez de ruptura entre as vigas reforçadas e a


viga VR.
Análise dos Resultados 163

¾ Os valores de rigidez de ruptura para as vigas do grupo A foram superiores


ao valor da rigidez de ruptura da viga VR. As vigas reforçadas
inicialmente apresentam um aumento de rigidez.
¾ As vigas do grupo B tiverem os valores de rigidez de ruptura inferiores ao
valor da rigidez de ruptura da VR, o que permite concluir que as vigas
reforçadas após um carregamento inicial (grupo B), que já estão fissuradas
quando da execução do reforço têm sua rigidez de ruptura reduzida.

6.10.
Análise Comparativa dos Índices de Ductilidade

A Tabela 6.16 mostra os diversos índices de ductilidade obtidos para as sete


vigas e as Figuras 6.14, 6.15, 6.16, 6.17, 6.18, 6.19 e 6.20 apresentam gráficos
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comparativos de todos os índices de ductilidade calculados para cada uma das


vigas. As análises para cada viga são descritas após cada gráfico.

Tabela 6.16 - Índices de ductilidade calculados.

δu ku µδ µk
Viga
δy ky
VR 3,02 3,02 4,67 4,98
AI 4,39 4,44 2,66 2,65
AII 2,92 2,92 2,63 2,91
BI-1 6,87 6,87 4,48 4,02
BI-2 5,24 5,21 5,54 5,57
BII-1 5,44 5,75 6,17 6,67
BII-2 5,51 5,43 7,18 5,74
Análise dos Resultados 164

Viga Referência

VR 4

flecha curvatura energético energético


flecha curvatura

Figura 6.14 – Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga VR.
δu k
¾ Os valores dos índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da
δy ky

VR são iguais.
¾ Os índices de ductilidade energética de flecha e de curvatura foram da
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mesma ordem de grandeza, sendo µ k > µ δ .

Viga AI
5
4,5
4
3,5
3
AI

2,5
2
1,5
1
0,5
0

flecha curvatura energético energético


flecha curvatura
Figura 6.15 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga AI.
δu k
¾ Os índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da viga AI são
δy ky

ku δ
da mesma ordem de grandeza, sendo > u , demonstrando não haver
ky δy
muita discrepância entre esses índices, devido à relação direta dos valores
de flecha e curvatura, sendo estes últimos calculados diretamente com as
flechas existentes.
Análise dos Resultados 165

¾ Os índices de ductilidade energética de flecha e de curvatura são da


mesma ordem de grandeza, sendo µ k < µ δ .

Viga AII

3,5

2,5

2
AII

1,5

0,5

0
flecha curvatura energético energético
flecha curvatura

Figura 6.16 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga AII.
δu k
¾ Os índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da viga AII
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δy ky

são iguais.
¾ Os índices de ductilidade energética de flecha e de curvatura são da
mesma ordem de grandeza sendo, µ k > µ δ .
¾ Os índices de ductilidade energética da viga AII são consideravelmente
inferiores aos valores dos índices de ductilidade energética da viga VR.
Isto mostra que o reforço inicial diminui este parâmetro e que a estrutura
reforçada inicialmente perde ductilidade e ganha rigidez.

Viga BI-1
8
7
6

5
BI-1

3
2

1
0

flecha curvatura energético energético


flecha curvatura

Figura 6.17 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga BI-1.
Análise dos Resultados 166

δu k
¾ Os índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da viga B-1
δy ky

são iguais.
¾ Os índices de ductilidade energética de flecha e curvatura são da mesma
orem de grandeza, sendo µ δ > µ k .

Viga BI-2
6

4
B I-2

flecha curvatura energético energético


flecha curvatura
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Figura 6.18 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga BI-2.

δu k
¾ Os índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da VBI-2 são
δy ky

praticamente iguais.
¾ Os índices de ductilidade energético de flecha e de curvatura foram
praticamente iguais, sendo µ k > µ δ .

Viga BII-1

8
7
6
5
BII-1

4
3
2
1
0

flecha curvatura energético energético


flecha curvatura

Figura 6.19 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga BII-1.
Análise dos Resultados 167

δu k
¾ Os índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da viga BII-1
δy ky

ku δ
são da mesma ordem de grandeza, sendo > u .
ky δy
¾ Os índices de ductilidade energético de flecha e de curvatura são da
mesma ordem de grandeza, sendo, µ k > µ δ .

Viga BII-2
8

7
6
5
BII-2

4
3

2
1
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flecha curvatura energético energético


flecha curvatura

Figura 6.20 - Gráfico comparativo dos índices de ductilidade para a viga BII-2.

δu k
¾ Os índices de ductilidade de flecha e de curvatura u da VBII-1 são
δy ky

δu k
da mesma ordem de grandeza, sendo > u .
δy ky

¾ O índice de ductilidade energética de flecha foi maior que o índice de


ductilidade energética de curvatura µ k < µ δ , sendo esta diferença cerca
de 25 % .

As Tabelas 6.17, 6.18 e 6.19 apresentam uma análise estatística dos índices
de ductilidade calculados para todas as vigas reforçadas em relação à VR, para as
vigas do grupo A em relação à VR e para as vigas do grupo B em relação à VR,
respectivamente. São calculados a média, o desvio padrão e o coeficiente de
variação em cada uma das análises.
Análise dos Resultados 168

Tabela 6.17 - Análise estatística dos índices de ductilidade para todas as vigas
reforçadas em relação à VR.

δu Em ku Em µδ Em µk Em
Viga relação à relação à relação à relação à
δy VR ky VR VR VR

VR 3,02 - 3,02 - 4,67 - 4,98 -


AI 4,39 1,45 4,44 1,47 2,66 0,57 2,65 0,53
AII 2,92 0,97 2,92 0,97 2,63 0,56 2,91 0,58
BI-1 6,87 2,27 6,87 2,27 4,48 0,96 4,02 0,81
BI-2 5,24 1,73 5,21 1,72 5,54 1,19 5,57 1,12
BII-1 5,44 1,80 5,75 1,90 6,17 1,32 6,67 1,34
BII-2 5,51 1,82 5,43 1,79 7,18 1,54 5,74 1,15
Média - 1,67 - 1,69 - 1,02 - 0,92
Desvio - - - -
Padrão 0,434 0,1916 0,1614 0,1098
(DP)
Coeficiente
de variação - 0,259 - 0,1134 - 0,158 - 0,1194
(CV)

Tabela 6.18 - Análise estatística dos índices de ductilidade para as vigas do grupo A.
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δu Em ku Em µδ Em µk Em
Viga relação à relação à relação à relação à
δy VR ky VR VR VR

VR 3,02 - 3,02 - 4,67 - 4,98 -


AI 4,39 1,45 4,44 1,47 2,66 0,57 2,65 0,53
AII 2,92 0,97 2,92 0,97 2,63 0,56 2,91 0,58
Média - 1,21 - 1,22 - 0,565 - 0,55
Desvio - - - -
Padrão 0,34 0,353 0,007 0,036
(DP)
Coeficiente
de variação - 0,280 - 0,289 - 0,0125 - 0,0655
(CV)

Tabela 6.19 - Análise estatística dos índices de ductilidade para as vigas do grupo B.

δu Em ku Em µδ Em µk Em
Viga relação relação relação relação
δy à VR ky à VR à VR à VR

VR 3,02 - 3,02 - 4,67 - 4,98 -


BI-1 6,87 2,27 6,87 2,27 4,48 0,96 4,02 0,81
BI-2 5,24 1,73 5,21 1,72 5,54 1,19 5,57 1,12
BII-1 5,44 1,80 5,75 1,90 6,17 1,32 6,67 1,34
BII-2 5,51 1,82 5,43 1,79 7,18 1,54 5,74 1,15
Média - 1,91 - 1,92 - 1,25 - 1,105
Desvio - - - -
Padrão 0,246 0,245 0,243 0,219
(DP)
Coeficiente
de variação - 0,129 - 0,127 - 0,194 - 0,197
(CV)
Análise dos Resultados 169

¾ O índice δ u apresenta DP = 43,40 % e CV= 25,90 % considerando-se


δy

todas as vigas. Esses valores dos índices de dispersão são elevados.


Analisando-se apenas as vigas do grupo A tem-se DP = 34,40%, que é um
valor muito elevado, mas é menor do que o desvio padrão considerando-se
todas as vigas, e CV = 28,00 %. O grupo B apresenta DP = 24,60 % e
CV = 12,90 %, que são valores menores do que os obtidos para as análises
anteriores.

¾ o índice k u considerando-se todas as vigas apresenta DP = 19,61 % e


ky

CV = 11,34 %, que representam cerca de 50% dos valores dos índices de

dispersão obtidos para os índices δ u relativos a este caso. Para o grupo A


δy

tem-se DP = 35,30 % e CV = 28,90 %, que são da mesma ordem de

grandeza dos valores obtidos para os índices δ u relativos a este caso. Para
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δy

o grupo B tem-se DP = 24,50 % e CV= 12,70 %, que são da mesma ordem

de grandeza dos valores obtidos para os índices δ u relativos a este caso. A


δy

consideração de todas as vigas leva a maiores índices de dispersão para os

parâmetros δ u e k u , o que indica que a análise estatística deve ser


δy ky

efetuada, preferencialmente, para os grupos A e B em separado.

¾ o índice µδ apresenta DP = 16,41 % e CV = 15,80 % considerando-se


todas as vigas reforçadas. Considerando-se apenas as vigas do grupo A
tem-se o DP = 0,70 % e o CV =1,25 % . Considerando-se apenas as vigas
do grupo B tem-se o DP = 24,30 % e CV= 19,40 %. Verifica-se que o
grupo A é o que apresenta menor dispersão.

¾ o índice µ k apresenta DP = 10,98 % e CV = 11,94 % para todas as vigas.

Para as vigas do grupo A, µ k apresenta DP = 3,60 % e CV = 6,55 % que


correspondem a mais de 50 % de diferença quando comparados com a
análise realizada para todas as vigas. As vigas do grupo B apresentam
Análise dos Resultados 170

DP =21,90 % e CV = 19,70 %, representando um grande acréscimo. Isso


permite concluir que em os dois grupos possuem uma dispersão aceitável.
¾ Para uma melhor avaliação estatística desses dados experimentais,
recomenda-se a execução de uma maior número de ensaios.

6.11.
Rotação Plástica

Os valores de carga e flecha obtidos nos ensaios permitiram a determinação


dos momentos e curvaturas para os estágios de fissuração, quando do escoamento
da armadura longitudinal e ruptura das vigas ensaiadas. Como foi descrita no
Capítulo 3, a rotação plástica pode ser determinada por meio dos valores
curvaturas de fissuração, de escoamento e de ruptura, seguindo-se os passos do
item 3.5.4.
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A Tabela 6.20 mostra os resultados obtidos para a rotação plástica das sete
vigas, sendo apresentados os cálculos detalhados destes valores no Anexo H.

Tabela 6.20 – Rotação plástica das vigas.

Rotação Plástica
ϕ plast.
Vigas Variação
Radianos Graus
(rad ) (0 )
VR 2,279 ×10 −2 1,27 -
AI 3,21×10 −2 1,78 1,40
AII 1,89 ×10 −2 1,08 0,85
BI-1 5,17 ×10 −2 2,87 2,26
BI-2 4,39 ×10 −2 2,44 1,92
BII-1 4,528 ×10 −2 2,59 2,04
BII-2 4,37 ×10 −2 2,43 1,91

¾ A viga AII é a única viga que apresenta ϕ plast. inferior à da VR. Isto

parece indicar que o arranjo em duas camadas de reforço leva a uma maior
rigidez da viga.
Análise dos Resultados 171

¾ As demais vigas apresentam valores de ϕ plast. superiores ao da viga de

referência.
¾ As vigas do grupo B tiveram valores de rotação plástica superiores em
relação à rotação plástica da VR. Esses valores mostram que o pré-
carregamento influencia a rotação plástica das vigas.
¾ Os valores de ϕ plast. das vigas do grupo A apresentam uma variação de 65

% entre si.
¾ As quatro vigas do grupo B apresentam uma variação máxima de 18 %
entre si.
¾ A variação entre o valor máximo de rotação plástica ϕ plast. , viga BI-1

(2,870) e o valor mínimo desse parâmetro, viga AII (1,080), foi 166 %.
¾ A variação máxima em relação à VR foi de 126 % e a mínima variação foi
15 %.
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7
Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros

Este trabalho experimental estuda a influência do parâmetro ductilidade em


sete vigas retangulares de concreto armado reforçadas à flexão com tecidos de
fibra de carbono. As vigas, bi-apoiadas, possuem as mesmas características
mecânicas e geométricas. O concreto utilizado, calculado inicialmente para atingir
20 MPa, alcançou resistência à compressão de até 29,9 MPa e o aço utilizado foi o
CA-50. Foram ensaiadas sete vigas, sendo uma viga de referência que não foi
reforçada, três vigas reforçadas com uma camada de tecido de fibras de carbono e
as demais com duas camadas de tecido de fibras de carbono, mantendo-se a
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mesma área total de reforço. O comportamento estrutural das vigas reforçadas é


afetado por muitas variáveis, porém, o principal interesse desse estudo foi a
avaliação da ductilidade por meio da adoção de índices energéticos, os quais
avaliam as parcelas de energia potencial elástica e inelástica das vigas.
No dimensionamento buscou-se obter uma viga armada de modo a garantir
a ruptura por flexão. Após a realização dos ensaios pode-se observar que todas as
vigas reforçadas realmente romperam por flexão.
Durante a execução dos reforços das vigas não ocorreram grandes
problemas na aplicação do sistema com tecido de fibra de carbono colado com
resina epóxi. Apenas numa das vigas, a BII-1, ocorreu um problema de falta de
aderência entre o adesivo e o concreto visto que a superfície que recebeu o reforço
(concreto) estava se fragmentando. Neste caso, talvez fosse melhor uma
preparação da superfície que recebeu o reforço utilizando-se resina de
imprimação. Contudo, esta viga rompeu por flexão seguida de descolamento da
camada de tecido de fibra de carbono ao longo de quase todo o comprimento da
viga.
Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 173

Analisando-se a ductilidade e suas influências, conclui-se:

¾ A análise dos dados experimentais juntamente com os dados obtidos por


meio da formulação teórica mostra que as vigas ensaiadas em duas etapas,
aplicação de carregamento – reforço – carregamento, possuem maiores
índices de dispersão.

¾ O comportamento dos índices de ductilidade de flecha δ u e de curvatura


δy

ku
diferem dos comportamentos dos índices de ductilidade energéticos
ky

de flecha µ δ e de curvatura µ k para o grupo A, reforçadas inicialmente.


Isto pode ser explicado pelo fato de que os índices energéticos
consideram o comportamento total da viga (fase elástica e fase inelástica)
por meio da consideração da área total do gráfico em estudo, enquanto os
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índices de ductilidade de flecha e curvatura δ u e k u só tratam da parte


δy ky

inelástica.
¾ O grupo A foi reforçado inicialmente, dessa forma, as vigas AI e AII
tiveram suas rigidezes iniciais modificadas, o que levou a valores
diferentes para a energia acumulada no processo de deformação.
¾ Os índices de ductilidade energética de curvatura e flecha das vigas do
grupo A são menores que os índices de ductilidade energéticos da VR.
Conclui-se que o reforço inicial reduz a ductilidade dessas vigas
¾ As vigas do grupo B funcionaram na fase elástica como a viga de
referência, isto é, comportamento de viga de concreto armado. A
execução do reforço com CFC após o carregamento inicial acarreta um
comportamento diferenciado das vigas. A ductilidade das mesmas
aumenta consideravelmente. Ressalta-se que nos casos práticos as vigas
devem ser recuperadas e depois reforçadas. Isto não foi feito nesta
pesquisa.
¾ Antes da aplicação do reforço ser executado, alguns serviços de
recuperação precisam ser realizados, tais como: as flechas devem ser
minimizadas, as fissuras devem ser injetadas, e as camadas de cobrimento
danificadas devem ser tratadas com argamassas especiais.
Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 174

¾ Pode-se concluir que o estudo desses índices, principalmente os


energéticos, deve ser efetuado criteriosamente e só devem ser comparadas
vigas que possuam índice de esbeltez semelhante.
¾ As análises dos dados teóricos e experimentais mostram que as vigas
reforçadas apresentaram ductilidade adequada para aplicações práticas. O
índice de ductilidade energética serve como fundamento para se
estabelecer limites da energia de deformação armazenada na seção,
levando à determinação das deformações específicas do aço, concreto e
compósito de fibra de carbono, de modo a se estabelecer limites para
esses parâmetros, assim como critérios e metodologias para o
dimensionamento.
¾ As prescrições das normas e recomendações internacionais tratam desse
tema de forma superficial e pouco conclusiva. Daí a importância desta
dissertação: acrescentar subsídios para novas prescrições e estabelecer
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alguns parâmetros fundamentais para pesquisas posteriores.

Da análise dos valores de rigidez das vigas conclui-se:

¾ Os valores de rigidez de fissuração não apresentam um comportamento


regular, pois a aleatoriedade da formação de fissuras, que depende da
resistência à tração do concreto, é responsável por esses resultados;
¾ As vigas reforçadas com duas camadas possuem um aumento na sua
rigidez inicial quando comparadas à viga de referência.
¾ As vigas com pré-carregamento, as do grupo B têm sua rigidez ao
escoamento significativamente reduzida.
¾ As vigas do grupo A tiveram rigidez de ruptura superior aos valores de
rigidez de ruptura das vigas do grupo B. Portanto, conclui-se que o pré-
carregamento reduz a rigidez de ruptura, sendo que as vigas do grupo B
tiveram os valores desse parâmetro inferiores aos da VR.
Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 175

Analisando as cargas resistentes das vigas, conclui-se:

¾ As vigas do grupo A tiveram cerca de 30 % de acréscimo de carga de


ruptura experimental em relação à carga de ruptura da VR, o que leva a
concluir que a execução da armadura de reforço sem um pré-carregamento
acarreta uma maior resistência à flexão.
¾ Observou-se que três vigas do grupo B não tiveram acréscimo
significativo de carga na ruptura em relação à carga de ruptura
experimental da VR, sendo plausível admitir que o pré-carregamento
influencia a carga última.
¾ O reduzido acréscimo da carga de ruptura de três vigas do grupo B pode
estar associado à baixa taxa de armadura de reforço.
¾ Com exceção da viga BI-1, as vigas que possuem concretos com maiores
resistências à compressão tiveram menor acréscimo de carga de ruptura.
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Isto parece indicar que o parâmetro que controlou a ruptura das fibras foi a
taxa de armadura de reforço.
Conclusões e Sugestões para Trabalhos Futuros 176

Sugestões para trabalhos futuros

9 Os índices de ductilidade energéticos mostram-se como parâmetros


adequados para avaliar o comportamento de vigas reforçadas à flexão com
compósitos de fibra de carbono. Recomenda-se o ensaio de um número
maior de vigas e a comparação com os resultados dos ensaios encontrados
na literatura.
9 O comportamento diferenciado da viga AII, reforçada com duas camadas
de tecido com largura de 10 cm, indica que este tipo de arranjo sem pré-
carregamento necessita de um estudo mais apurado. Recomenda-se a
realização de ensaios de mais vigas com esse tipo de arranjo, de modo a
permitir uma melhor avaliação da variação dos diversos parâmetros.
9 Recomenda-se que em ensaios futuros seja utilizada uma taxa geométrica
de armadura de reforço no mínimo 0,10 %, visto que baixas taxas
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geométricas acarretam sempre uma ruptura do compósito de fibra de


carbono, com pouco acréscimo na carga de ruptura.
9 A verificação do comportamento das flechas face à normalização
internacional (FIB, ACI, Concrete Society) deve ser criteriosamente
realizada. Recomenda-se a realização de estudos teóricos e experimentais
de modo a permitir uma análise comparativa das prescrições dessas
normas.
9 Recomenda-se o aprimoramento e ampliação da linha de pesquisa sobre
reforço com compósitos de fibra de carbono em estruturas de concreto
armado, existente na PUC-Rio, pois esse tema ainda necessita de estudos
mais consistentes.
9 Recomenda-se a compilação dos diversos resultados de pesquisas
desenvolvidas no Brasil, de maneira a permitir a elaboração de um manual
de procedimentos e técnicas que traduzam o estado-da-arte dos
conhecimentos adquiridos.
Referências Bibliográficas

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and Construction of the Externally Bonded FRP Systems for Strengthening
Concrete Structures; U.S.A.

AMERICAN SOCIETY for TESTING and MATERIALS - ASTM -


D3039/D3039, 2000 – Standard Test Method for Tensile Properties of
Polymer Matrix Composite Materials. USA.
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ARAÚJO, A.C. N. Estudo Experimental do Reforço à Flexão de Vigas de


Concreto Armado Utilizando Compósitos com Tecido de Fibras de Carbono.
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ARAÚJO, C.M. Reforço de Vigas de Concreto à Flexão e ao Cisalhamento


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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) – NBR-5738


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ANEXO A
Fotos
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Foto A.1- Ensaio de compressão diametral do concreto.


ANEXO A - Fotos 184

¾ Determinação do Módulo de elasticidade dos corpos-de-prova do concreto.


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Foto A.2 – Corpos-de-prova de concreto antes e depois do ensaio.

Foto A.3 – Sistema de aplicação de carga e realização do ensaio.


ANEXO A - Fotos 185

¾ Tecido de Fibra de Carbono


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Foto A.4 – Tecido de fibra de carbono utilizado no sistema de reforço das vigas.

(a) (b)

Foto A.5 – Tecido de fibra de carbono com destaque para (a) sentido das fibras e (b)
costura no verso do tecido (b).
ANEXO A - Fotos 186

¾ Ensaio de Resistência à Tração do Compósito de Fibra de Carbono.


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Foto A.6– Corpos-de-prova de compósitos de fibra de carbono com placas de alumínio


nas extremidades.

(a) (b)
Foto A.7– Ensaio dos corpos-de-prova de compósitos de fibra de carbono com placas de
alumínio nas extremidades com destaque para a (a) frente e o (b) verso.
ANEXO A - Fotos 187
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Foto A.8 – Equipamentos utilizados para a realização e aquisição dos dados do ensaio
nos corpos-de-prova de fibra de carbono.

Foto A.9 – Detalhe da ruptura de um dos corpos-de-prova de compósito de fibra de


carbono durante a realização do ensaio.
ANEXO A - Fotos 188

¾ Matrizes utilizadas no reforço com tecido de fibra de carbono.

(a) (b)
Foto A.10 – Resina de Imprimação (a) preparação e (b) mistura pronta para a aplicação.
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(a) (b)

Foto A.11 – Resina epóxi (a) componentes A e B da resina; (b) preparação da resina
para a aplicação.
ANEXO A - Fotos 189

¾ Confecção das vigas


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Foto A.12 - Armadura das vigas ensaiadas.

Foto A.13 - Formas das vigas.


ANEXO A - Fotos 190

¾ Confecção das vigas


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Foto A.14 – Preparação das vigas para a concretagem; posicionamento das armaduras
nas formas das vigas.

Foto A.15 – Vigas Concretadas.


ANEXO A - Fotos 191

¾ Instrumentação das vigas.

Foto A.16 – Extensômetro usado nas barras de aço da armadura.


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Foto A.17 – Extensômetro elétrico usado no compósito de fibra de carbono.

Foto A.18 – Extensômetro mecânico utilizado na leitura das deformações do concreto


durante o ensaio das vigas.
ANEXO A - Fotos 192
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Foto A.19 – Posicionamento dos deflectômetros elétricos usados para medir as flechas
nos ensaios das vigas VR, AI e AII.

Foto A.20 – Posicionamento dos deflectômetros elétricos usados para medir as flechas
nos ensaios das vigas BI-1, BI-2, BII-1 e BII-2.
ANEXO A - Fotos 193

¾ Esquema de ensaio
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Foto A.21 – Pórtico utilizado para a realização dos ensaios.


ANEXO A - Fotos 194

Foto A.22 – Sistema de aquisição de dados.


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¾ Aplicação do Reforço

(a) (b)

Foto A.23 – (a) aplicação da resina epóxi na superfície que receberá o tecido; b)duas
camadas de tecido preparadas para serem aplicadas.
ANEXO A - Fotos 195

¾ Viga de Referência
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Foto A.24 – Ruptura da viga VR por esmagamento da zona de compressão.

(a) (b)
Foto A.25 – Detalhes do esmagamento do concreto na zona de compressão. (a) vista da
parte da frente da viga; (b) vista do outro lado da viga.
ANEXO A - Fotos 196

¾ Viga AI
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Foto A.26 – Ruptura do compósito entre o meio do vão e ponto de aplicação de


carga.(vista lateral direita)

(a)

(b)
Foto A.27 – Detalhes da parte do compósito após a ruptura com destaque para a
camada de concreto arrancada; (a) frente e (b) verso.
ANEXO A - Fotos 197

¾ Viga AI
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Foto A.28 – Ruptura do compósito entre o meio do vão e ponto de aplicação de


carga.(vista lateral esquerda)

Foto A.29 – Detalhe do meio da viga após a ruptura mostrando a fissuração ocorrida
durante a realização do ensaio.
ANEXO A - Fotos 198

¾ Viga AII
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Foto A.30 – Viga logo após a ruptura por flexão seguida do rompimento do compósito de
fibra de carbono.

Foto A.31 – Detalhe do compósito de fibra de carbono após a ruptura. (vista frontal
esquerda da viga)
ANEXO A - Fotos 199

¾ Viga AII
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Foto A.32 – Detalhe do compósito de fibra de carbono após a ruptura. (vista frontal
direita da viga)

Foto A.33 – Compósito de fibra de carbono após a ruptura, com destaque para as partes
de concreto.
ANEXO A - Fotos 200

¾ Viga BI-1
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Foto A.34 – Viga logo após a ruptura por flexão seguida do rompimento do compósito de
fibra de carbono, com arrancamento da camada de concreto.

Foto A.35 – Detalhe da ruptura com destaque para a ruptura do tecido de fibra de
carbono.
ANEXO A - Fotos 201

¾ Viga BI-1
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Foto A.36 – Detalhe do compósito após a ruptura arrancando a camada de cobrimento


de concreto.

Foto A.37 – Parte central da viga após a ruptura do compósito de fibra de carbono.
ANEXO A - Fotos 202

¾ Viga BI-2

(a) (b)
Foto A.38 – Detalhes da fissuração antes da ruptura da viga; (a) vista frontal – lado
esquerdo e (b) vista frontal lado direito.
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Foto A.39 – Viga após a ruptura do compósito de fibra de carbono.


ANEXO A - Fotos 203

¾ Viga BI-2
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Foto A.40 – Detalhes da fissuração da viga e da ruptura do compósito.

Foto A.41 – Parte central da viga após a ruptura explosiva do compósito de fibra de
carbono.
ANEXO A - Fotos 204

¾ Viga BII-1
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Foto A.42 – Detalhe da ruptura da viga com descolamento quase total do compósito de
fibra de carbono.
ANEXO A - Fotos 205

¾ Viga BII-1
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Foto A.43 – Detalhe das duas camadas de compósito de fibra de carbono colados na
viga.

Foto A.44 – Descolamento do compósito de fibra de carbono.


ANEXO A - Fotos 206

¾ Viga BII-2
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Foto A.45 – Viga após a ruptura do compósito.

Foto A.46 – Detalhe da ruptura do compósito de fibra de carbono.


ANEXO B
Resultados dos Ensaios das Barras de Aço

800
700
Te nsão (MPa)

600
500
400
300
200
100
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Deformação específica (%)

Figura B.1 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 5,0 mm .
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

800
700
Te nsão (MP a)

600
500
400
300
200
100
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Deformação específica (%)

Figura B.2 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 5,0 mm .
800
700
600
Tensão (MPa)

500
400
300
200
100
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Deformação específica (%)

Figura B.3 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra de aço ensaiada
com diâmetro nominal de 5,0 mm .
ANEXO B – Resultados dos Ensaios das Barras de Aço 208

¾ Primeira amostra de aço de diâmetro 6,3 mm.

900
800
Tensão (MPa) 700
600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deformação (%)

Figura B.4 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

900
800
700
Tensão (MPa)

600
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deformação (%)
Figura B.5 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra de aço
ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

900
800
700
Tensão (MPa)

600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deformação (%)
Figura B.6 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra de aço ensaiada
com diâmetro nominal de 6,3 mm .
ANEXO B – Resultados dos Ensaios das Barras de Aço 209

¾ Segunda amostra de aço de diâmetro 6,3 mm.

900
800
700
Tensão (MPa)

600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deformação (%)

Figura B.7 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

900
800
700
Tensão (MPa)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deformação (%)

Figura B.8 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

900
800

700
Tensão (MPa)

600
500
400

300
200
100

0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deform ação (%)

Figura B.9 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra de aço ensaiada
com diâmetro nominal de 6,3 mm .
ANEXO B – Resultados dos Ensaios das Barras de Aço 210

¾ Terceira amostra do aço de diâmetro de 6,3 mm.

900
800
700
Tensão (MPa)
600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deform ação (%)

Figura B.10 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

900
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

800
700
Tensão (MPa)

600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deform ação (%)

Figura B.11 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

900
800
700
Tensão (MPa)

600
500
400
300
200
100
0
0 0,4 0,8 1,2 1,6 2

Deform ação (%)


Figura B.12 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra de aço
ensaiada com diâmetro nominal de 6,3 mm .

¾ Aço Diâmetro φ10 mm


ANEXO B – Resultados dos Ensaios das Barras de Aço 211

900
800
700

Tensão (MPa)
600
500
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8

Deform ação específica (%)

Figura B.13 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 10 mm .

900
800
700
T en são ( M Pa)

600
500
400
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8

De form ação específica (%)

Figura B.14 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 10 mm .

900
800
700
Tensão (MPa)

600
500
400
300
200
100
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8

Deformação específica (%)

Figura B.15 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 10 mm .

¾ Aço Diâmetro φ 12,5 mm


ANEXO B – Resultados dos Ensaios das Barras de Aço 212

70 0

600

Tensão (MPa)
50 0

400

300

200
10 0

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Deform ação espe cífica (‰)

Figura B.16 - Diagrama tensão x deformação específica da primeira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 12,5 mm .

700

600
T en são (MPa)

500

400
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

300

200

100

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Deform ação específ ica (‰)

Figura B.17 - Diagrama tensão x deformação específica da segunda barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 12,5 mm .

700

600

500
Tensão (MPa)

400

300

200

10 0

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Deform ação específica (‰)

Figura B.18 - Diagrama tensão x deformação específica da terceira barra de aço


ensaiada com diâmetro nominal de 12,5 mm .
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Cor pos-de - Ti po Diâmetr o Área Carg a Tensão Módulo de


Prova de (mm) Real (kN) (MPa) Elastici dade
Aço (cm2 ) (GPa)
Nominal Real Escoamento Ruptura Escoamen to Ruptu ra
CP-1 CA-60 5,00 5,00 0,196 13,94 14,62 709,99 744,31 187,14
5mm CP-2 CA-60 5,00 5,10 0,204 14,13 15,69 691,58 768,27 211,73
CP-3 CA-60 5,00 5,10 0,204 14,06 15,35 688,49 751,31 243,75
Val or mé di o CA-60 5,00 5,06 0,201 14,04 15,22 696,69 754,63 214,20
CP-1 CA-60 6,30 6,20 0,302 18,68 26,32 599,25 844,16 221,59
6,3mm CP-2 CA-60 6,30 6,20 0,302 19,22 26,22 616,19 841,25 245,75
I CP-3 CA-60 6,30 6,30 0,312 18,72 26,38 600,59 846,18 212,04
Val or mé di o CA-60 6,30 6,23 0,305 18,87 26,31 605,34 843,86 226,46
CP-1 CA-60 6,30 6,40 0,321 19,10 26,96 612,75 864,95 234,04

6,3mm CP-2 CA-60 6,30 6,40 0,321 18,93 26,89 607,38 862,84 229,39
II CP-3 CA-60 6,30 6,40 0,321 19,13 27,16 613,59 871,33 246,28
Val or mé di o CA-60 6,30 6,40 0,321 19,05 27,01 611,24 866,37 236,57
CP-1 CA-60 6,30 6,30 0,312 19,32 25,94 619,61 831,56 224,26
ANEXO B – Resultados dos Ensaios das Barras de Aço

6,3mm CP-2 CA-60 6,30 6,30 0,312 18,72 25,59 600,39 820,93 320,96
III CP-3 CA-60 6,30 6,30 0,312 18,88 26,05 605,57 835,51 203,71
Val or mé di o CA-60 6,30 6,30 0,312 18,97 25,86 608,52 829,33 249,64
CP-1 CA-50 10,00 9,90 0,769 40,39 64,76 524,71 841,34 207,48
10mm CP-2 CA-50 10,00 10,00 0,800 42,59 65,73 542,28 836,92 210,53
CP-3 CA-50 10,00 9,90 0,769 42,99 65,64 558,45 852,72 191,59
Val or Mé dio CA-50 10,00 9,93 0,779 41,99 65,38 541,82 832 203,20

Tabela B.1- Resumo dos dados obtidos nos ensaios à tração nas barras de aço.
CP-1 CA-50 12,50 12,40 1,207 64,42 100 533,74 828,50 214,14

12,5 CP-2 CA-50 12,50 12,40 1,207 64,67 99 535,77 820,21 203,72
mm CP-3 CA-50 12,50 12,30 1,188 63,41 98 533,74 824,92 217,26
213

Val or Mé dio CA-50 12,50 12,37 1,201 64,17 99 534,41 824,54 211,71
ANEXO C
Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico

Para a construção do gráfico de seção transversal x deformação específica


do concreto foram analisados os valores de deformação específica próximos das
cargas de fissuração, escoamento e ruptura, bem como os respectivos valores para
a deformação do aço na mesma situação de carregamento.

C.1.
Viga de Referência – VR

Tabela C.1 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga VR.


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga Extensômetro Mecânico


(kN ) 1 2 3 4
0 763 798 555 545
5 762 797 557 566
10 742 796 554 557
15 710 734 556 560
20 684 748 561 575
25 654 748 562 580
30 627 749 559 591
36 605 748 559 593
42 567 747 553 573
48 523 744 552 601
60 519 742 553 605
66 504 741 555 608
72 498 742 557 611
80 461 743 559 612
88 432 744 562 618
96 410 742 563 565
104 403 742 565 566
112 398 740 567 569
120 389 769 569 571
130 387 770 571 573
140 381 772 572 581
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 215

Tabela C.2 – Determinação da deformação específica do concreto.


Carga l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC
(kN ) Leituras
( mm) * (mm) (‰)
1 763 0,0153363 - -
2 798 0,0160398 - -
0
3 555 0,0111555 - -
4 545 0,0109545 - -
1 762 0,0153162 -1,98E-05 -0,00129

5
2 797 0,0160197 -2,03E-05 -0,00127
3 557 0,0111957 7,613E-05 0,00680
4 566 0,0113766 0,0004221 0,03710
1 742 0,0149142 -0,0004218 -0,02828
2 796 0,0159996 -4,04E-05 -0,00253
10
3 554 0,0111354 1,583E-05 0,00142
4 557 0,0111957 0,0002412 0,02154
1 710 0,014271 -0,001065 -0,07463
2 734 0,0147534 -0,0012866 -0,08721
15
3 556 0,0111756 5,603E-05 0,00501
4 560 0,011256 0,0003015 0,02679
1 684 0,0137484 -0,0015876 -0,11548
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

2 748 0,0150348 -0,0010052 -0,06686


20
3 561 0,0112761 0,00015653 0,01388
4 575 0,0115575 0,000603 0,05217
1 654 0,0131454 -0,0021906 -0,16664
2 748 0,0150348 -0,0010052 -0,06686
25
3 562 0,0112962 0,00017663 0,01564
4 580 0,011658 0,0007035 0,06034
1 627 0,0126027 -0,0027333 -0,21688
2 749 0,0150549 -0,0009851 -0,06543
30
3 559 0,0112359 0,00011633 0,01035
4 591 0,0118791 0,0009246 0,07783
1 605 0,0121605 -0,0031755 -0,26113
2 748 0,0150348 -0,0010052 -0,06686
36
3 559 0,0112359 0,00011633 0,01035
4 593 0,0119193 0,0009648 0,08094
1 567 0,0113967 -0,0039393 -0,34565
2 747 0,0150147 -0,0010253 -0,06829
42
3 553 0,0111153 -4,27E-06 -0,00038
4 573 0,0115173 0,0005628 0,04887
1 523 0,0105123 -0,0048237 -0,45886
2 744 0,0149544 -0,0010856 -0,07259
48
3 552 0,0110952 -2,437E-05 -0,00220
4 601 0,0120801 0,0011256 0,09318
1 519 0,0104319 -0,0049041 -0,47011
2 742 0,0149142 -0,0011258 -0,07549
60
3 553 0,0111153 -4,27E-06 -0,00038
4 605 0,0121605 0,001206 0,09917
1 504 0,0101304 -0,0052056 -0,51386
66 2 741 0,0148941 -0,0011459 -0,07694
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 216

66 3 555 0,0111555 0,00003593 0,00322


4 608 0,0122208 0,0012663 0,10362
1 498 0,0100098 -0,0053262 -0,53210
2 742 0,0149142 -0,0011258 -0,07549
72
3 557 0,0111957 7,613E-05 0,00680
4 611 0,0122811 0,0013266 0,10802
1 461 0,0092661 -0,0060699 -0,65507
2 743 0,0149343 -0,0011057 -0,07404
80
3 559 0,0112359 0,00011633 0,01035
4 612 0,0123012 0,0013467 0,10948
1 432 0,0086832 -0,0066528 -0,76617
2 744 0,0149544 -0,0010856 -0,07259
88
3 562 0,0112962 0,00017663 0,01564
4 618 0,0124218 0,0014673 0,11812
1 410 0,008241 -0,007095 -0,86094
2 742 0,0149142 -0,0011258 -0,07549
96
3 563 0,0113163 0,00019673 0,01738
4 565 0,0113565 0,000402 0,03540
1 403 0,0081003 -0,0072357 -0,89326
2 742 0,0149142 -0,0011258 -0,07549
104
3 565 0,0113565 0,00023693 0,02086
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

4 566 0,0113766 0,0004221 0,03710


1 398 0,0079998 -0,0073362 -0,91705
2 740 0,014874 -0,001166 -0,07839
112
3 567 0,0113967 0,00027713 0,02432
4 569 0,0114369 0,0004824 0,04218
1 389 0,0078189 -0,0075171 -0,96140
2 769 0,0154569 -0,0005831 -0,03772
120
3 569 0,0114369 0,00031733 0,02775
4 571 0,0114771 0,0005226 0,04553
1 387 0,0077787 -0,0075573 -0,97154
2 770 0,015477 -0,000563 -0,03638
130
3 571 0,0114771 0,00035753 0,03115
4 573 0,0115173 0,0005628 0,04887
1 381 0,0076581 -0,0076779 -1,00259
2 772 0,0155172 -0,0005228 -0,03369
140
3 572 0,0114972 0,00037763 0,03285
4 581 0,0116781 0,0007236 0,06196
* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 217

Tabela C.3 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação específica.
Aço Concreto
Carga Altura da
(kN ) Deformação
específica
Leitura Deformação
específica
seção
transversal
(‰) (‰)
1 -0,07463 385
2 -0,08721 335
15 0,11
3 0,00501 285
4 0,02679 235
1 -0,86094 385
2 -0,07549 335
96 2,01
3 0,01738 285
4 0,03540 235
1 -1,00259 385
2 -0,03369 335
140 9,94
3 0,03285 285
4 0,06196 235
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

450

400

350

300
Altura (mm)

250

200

150

100

50

0
-2 0 2 4 6 8 10 12
Deformação
15 kN 96 kN 140 kN

Figura C.1 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga VR.


ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 218

C.2.
Viga AI

Tabela C.4 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga AI.


Carga Extensômetro Mecânico
(kN ) 1 2 3 4
0 554 563 680 668
10 541 562 662 659
20 492 551 660 657
30 490 536 658 656
40 484 527 636 656
50 462 512 621 655
60 421 506 613 654
70 395 489 602 653
80 372 487 603 645
90 361 473 562 632
100 362 456 553 627
110 332 443 552 613
120 312 421 543 615
130 305 418 541 603
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

140 252 402 531 598

Tabela C.5 – Determinação da deformação específica do concreto.

Carga Leituras l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC


(kN ) ( mm) * (mm) (‰)
1 554 0,0111354 - -
2 563 0,0113163 - -
0 3 680 0,013668 - -
4 668 0,0134268 - -
1 541 0,0108741 -0,00026 -0,02403
2 562 0,0112962 -0,00002 -0,00178
10 3 662 0,0133062 -0,00036 -0,02719
4 659 0,0132459 -0,00018 -0,01366
1 492 0,0098892 -0,00125 -0,12602
2 551 0,0110751 -0,00024 -0,02178
20 3 660 0,013266 -0,00040 -0,0303
4 657 0,0132057 -0,00022 -0,01674
1 490 0,009849 -0,00129 -0,13061
2 536 0,0107736 -0,00054 -0,05037
30 3 658 0,0132258 -0,00044 -0,03343
4 656 0,0131856 -0,00024 -0,01829
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 219

Carga l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC
(kN ) Leituras
( mm) * (mm) (‰)
1 484 0,0097284 -0,00141 -0,14463
2 527 0,0105927 -0,00072 -0,06831
40 3 636 0,0127836 -0,00088 -0,06918
4 656 0,0131856 -0,00024 -0,01829
1 462 0,0092862 -0,00185 -0,19913
2 512 0,0102912 -0,00103 -0,09961
50 3 621 0,0124821 -0,00119 -0,09501
4 655 0,0131655 -0,00026 -0,01985
1 421 0,0084621 -0,00267 -0,31591
2 506 0,0101706 -0,00115 -0,11265
60 3 613 0,0123213 -0,00135 -0,1093
4 654 0,0131454 -0,00028 -0,02141
1 395 0,0079395 -0,00320 -0,40253
2 489 0,0098289 -0,00149 -0,15133
70 3 602 0,0121002 -0,00157 -0,12957
4 653 0,0131253 -0,00030 -0,02297
1 372 0,0074772 -0,00366 -0,48925
2 487 0,0097887 -0,00153 -0,15606
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

80 3 603 0,0121203 -0,00155 -0,12769


4 645 0,0129645 -0,00046 -0,03566
1 361 0,0072561 -0,00388 -0,53463
2 473 0,0095073 -0,00181 -0,19027
90 3 562 0,0112962 -0,00237 -0,20996
4 632 0,0127032 -0,00072 -0,05696
1 362 0,0072762 -0,00386 -0,53039
2 456 0,0091656 -0,00215 -0,23465
100 3 553 0,0111153 -0,00255 -0,22966
4 627 0,0126027 -0,00082 -0,06539
1 332 0,0066732 -0,00446 -0,66867
2 443 0,0089043 -0,00241 -0,27088
110 3 552 0,0110952 -0,00257 -0,23188
4 613 0,0123213 -0,00111 -0,08972
1 312 0,0062712 -0,00486 -0,77564
2 421 0,0084621 -0,00285 -0,33729
120 3 543 0,0109143 -0,00275 -0,2523
4 -
615 0,0123615 0,00107 -0,08618
1 305 0,0061305 -0,00500 -0,81639
2 418 0,0084018 -0,00291 -0,34689
130 3 541 0,0108741 -0,00279 -0,25693
4 603 0,0121203 -0,00131 -0,10779
1 252 0,0050652 -0,00607 -1,19841
2 402 0,0080802 -0,00324 -0,4005
140 3 531 0,0106731 -0,00299 -0,2806
4 598 0,0120198 -0,00141 -0,11706
* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 220

Tabela C.6 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação específica.
Carga Aço Concreto Altura da
(kN ) Deformação Leitura Deformação
seção
transversal
Específica específica
(‰) (‰)
1 -0,126 385
2 -0,022 335
20 0,310
3 -0,030 285
4 -0,017 235
1 -0,126 385
2 -0,022 335
80 1,990
3 -0,030 285
4 -0,017 235
1 -0,126 385
2 -0,022 335
140 8,410
3 -0,030 285
4 -0,017 235
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

400

350

300
Altura (mm)

250

200

150

100

50

0
-2,5 0 2,5 5 7,5 10
Deformação (‰)

20 kN 80 kN 140 kN

Figura C.2 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga AI.


ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 221

C.3.
Viga AII

Tabela C.7 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga AII.


Carga Extensômetro Mecânico
(kN ) 1 2 3 4
0 786 706 710 757
10 718 698 675 752
20 662 689 677 745
30 648 654 655 738
40 632 652 607 724
50 647 649 605 721
60 598 631 602 703
70 578 628 598 699
80 546 619 596 694
90 531 587 591 682
100 499 574 597 680
110 486 553 594 676
120 475 552 587 673
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

130 446 546 588 668


140 423 534 579 669
192 408 521 574 653

Tabela C.8 – Determinação da deformação específica do concreto.

Carga Leituras l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC


(kN ) ( mm) * (mm) (‰)
1 786 0,0157986 - -
2 706 0,0141906 - -
0 3 710 0,014271 - -
4 757 0,0152157 - -
1 718 0,0144318 -0,0013668 -0,09471
2 698 0,0140298 -0,0001608 -0,01146
10 3 675 0,0135675 -0,0007035 -0,05185
4 752 0,0151152 -0,0001005 -0,00665
1 662 0,0133062 -0,0024924 -0,18731
2 689 0,0138489 -0,0003417 -0,02467
20 3 677 0,0136077 -0,0006633 -0,04874
4 745 0,0149745 -0,0002412 -0,01611
1 648 0,0130248 -0,0027738 -0,21296
2 654 0,0131454 -0,0010452 -0,07951
30 3 655 0,0131655 -0,0011055 -0,08397
4 738 0,0148338 -0,0003819 -0,02575
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 222

1 632 0,0127032 -0,0030954 -0,24367


2 652 0,0131052 -0,0010854 -0,08282
40 3 607 0,0122007 -0,0020703 -0,05553
4 724 0,0145524 -0,0006633 -0,04558
1 647 0,0130047 -0,0027939 -0,21484
2 649 0,0130449 -0,0011457 -0,08783
50 3 605 0,0121605 -0,0021105 -0,17355
4 721 0,0144921 -0,0007236 -0,04993
1 598 0,0120198 -0,0037788 -0,31438
2 631 0,0126831 -0,0015075 -0,11886
60 3 602 0,0121002 -0,0021708 -0,1794
4 703 0,0141303 -0,0010854 -0,07681
1 578 0,0116178 -0,0041808 -0,35986
2 628 0,0126228 -0,0015678 -0,1242
70 3 598 0,0120198 -0,0022512 -0,18729
4 699 0,0140499 -0,0011658 -0,08298
1 546 0,0109746 -0,004824 -0,43956
2 619 0,0124419 -0,0017487 -0,14055
80 3 596 0,0119796 -0,0022914 -0,19128
4 694 0,0139494 -0,0012663 -0,09078
1 531 0,0106731 -0,0051255 -0,48023
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

2 587 0,0117987 -0,0023919 -0,20273


90 3 591 0,0118791 -0,0023919 -0,20135
4 682 0,0137082 -0,0015075 -0,10997
1 499 0,0100299 -0,0057687 -0,57515
2 574 0,0115374 -0,0026532 -0,22997
100 3 597 0,0119997 -0,0022713 -0,18928
4 680 0,013668 -0,0015477 -0,11324
1 486 0,0097686 -0,00603 -0,61728
2 553 0,0111153 -0,0030753 -0,27667
110 3 594 0,0119394 -0,0023316 -0,19529
4 676 0,0135876 -0,0016281 -0,11982
1 475 0,0095475 -0,0062511 -0,65474
2 552 0,0110952 -0,0030954 -0,27899
120 3 587 0,0117987 -0,0024723 -0,20954
4 673 0,0135273 -0,0016884 -0,12481
1 446 0,0089646 -0,006834 -0,76233
2 546 0,0109746 -0,003216 -0,29304
130 3 588 0,0118188 -0,0024522 -0,20748
4 668 0,0134268 -0,0017889 -0,13323
1 423 0,0085023 -0,0072963 -0,85816
2 534 0,0107334 -0,0034572 -0,3221
140 3 579 0,0116379 -0,0026331 -0,22625
4 669 0,0134469 -0,0017688 -0,13154
1 408 0,0082008 -0,0075978 -0,92647
2 521 0,0104721 -0,0037185 -0,35509
192 3 574 0,0115374 -0,0027336 -0,23693
4 653 0,0131253 -0,0020904 -0,15926
* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 223

Tabela C.9 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação específica.
Carga Aço Concreto Altura da
(kN ) Deformação Leitura Deformação
seção
Transversal
Específica específica (mm)
(‰) (‰)
1 -0,187 385
2 -0,025 335
20 0,060
3 -0,049 285
4 -0,016 235
1 -0,480 385
2 -0,203 335
90 1,990
3 -0,201 285
4 -0,110 235
1 -0,858 385
2 -0,322 335
140 5,29
3 -0,226 285
4 -0,132 235
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

400

350

300

250
Altura (mm)

200

150

100

50

0
-1,5 0,0 1,5 3,0 4,5 6,0
Deformação (‰)
20 kN 90 kN 140 kN

Figura C.3 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga AII.


ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 224

C.4.
Viga BI-1

Tabela C.10 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga BI-1.

Carga Extensômetro Mecânico


(kN ) 1 2 3 4
0 738 610 680 820
10 717 565 678 760
20 703 562 668 729
30 648 559 667 727
40 623 545 664 765
50 597 552 652 765
60-1* 591 543 644 743
60-2* 556 539 639 739
70 523 521 629 738
80 516 519 625 735
90 472 512 624 734
100 431 501 615 728
110 410 489 608 728
120 385 467 599 732
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

130 344 452 577 736


140 312 399 551 741
1* - primeira parte do ensaio
2* - segunda parte do ensaio

Tabela C.11 – Determinação da deformação específica do concreto.

Carga Leituras l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC


(kN ) ( mm) * (mm) (‰)
1 738 0,0148338 - -
2 610 0,012261 - -
0 3 680 0,013668 - -
4 820 0,016482 - -
1 717 0,0144117 -0,00042 -0,02929
2 565 0,0113565 -0,0009 -0,07965
10 3 678 0,0136278 -4E-05 -0,00295
4 760 0,015276 -0,00121 -0,07895
1 703 0,0141303 -0,0007 -0,04979
2 562 0,0112962 -0,00096 -0,08541
20 3 668 0,0134268 -0,00024 -0,01796
4 729 0,0146529 -0,00183 -0,12483
1 648 0,0130248 -0,00181 -0,13889
2 559 0,0112359 -0,00103 -0,09123
30 3 667 0,0134067 -0,00026 -0,01949
4 727 0,0146127 -0,00187 -0,12792
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 225

1 623 0,0125223 -0,00231 -0,18459


2 545 0,0109545 -0,00131 -0,11927
40 3 664 0,0133464 -0,00032 -0,0241
4 765 0,0153765 -0,00111 -0,0719
1 597 0,0119997 -0,00283 -0,23618
2 552 0,0110952 -0,00117 -0,10507
50 3 652 0,0131052 -0,00056 -0,04294
4 765 0,0153765 -0,00111 -0,0719
1 591 0,0118791 -0,00295 -0,24873
2 543 0,0109143 -0,00135 -0,12339
60-1 3 644 0,0129444 -0,00072 -0,0559
4 743 0,0149343 -0,00155 -0,10363
1 556 0,0111756 -0,00366 -0,32734
2 539 0,0108339 -0,00143 -0,13173
60-2 3 639 0,0128439 -0,00082 -0,06416
4 739 0,0148539 -0,00163 -0,10961
1 523 0,0105123 -0,00432 -0,41109
2 521 0,0104721 -0,00179 -0,17083
70 3 629 0,0126429 -0,00103 -0,08108
4 738 0,0148338 -0,00165 -0,11111
1 516 0,0103716 -0,00446 -0,43023
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

2 519 0,0104319 -0,00183 -0,17534


80 3 625 0,0125625 -0,00111 -0,088
4 735 0,0147735 -0,00171 -0,11565
1 472 0,0094872 -0,00535 -0,56356
2 512 0,0102912 -0,00197 -0,19141
90 3 624 0,0125424 -0,00113 -0,08974
4 734 0,0147534 -0,00173 -0,11717
1 431 0,0086631 -0,00617 -0,7123
2 501 0,0100701 -0,00219 -0,21756
100 3 615 0,0123615 -0,00131 -0,10569
4 728 0,0146328 -0,00185 -0,12637
1 410 0,008241 -0,00659 -0,8
2 489 0,0098289 -0,00243 -0,24744
110 3 608 0,0122208 -0,00145 -0,11842
4 728 0,0146328 -0,00185 -0,12637
1 385 0,0077385 -0,0071 -0,91688
2 467 0,0093867 -0,00287 -0,30621
120 3 599 0,0120399 -0,00163 -0,13523
4 732 0,0147132 -0,00177 -0,12022
1 344 0,0069144 -0,00792 -1,14535
2 452 0,0090852 -0,00318 -0,34956
130 3 577 0,0115977 -0,00207 -0,17851
4 736 0,0147936 -0,00169 -0,11413
1 312 0,0062712 -0,00856 -1,36538
2 399 0,0080199 -0,00424 -0,52882
140 3 551 0,0110751 -0,00259 -0,23412
4 741 0,0148941 -0,00159 -0,10661
* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 226

Tabela C.12 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação


específica.
Carga Aço Concreto Altura da
(kN ) Deformação Leitura Deformação
seção
Transversal
Específica específica (mm)
(‰) (‰)
1 -0,050 385
2 -0,085 335
20 0,240
3 -0,018 285
4 -0,125 235
1 -0,249 385
2 -0,123 335
60-1 1,590
3 -0,056 285
4 -0,104 235
1 -0,327 385
2 -0,132 335
60-2 1,77
3 -0,064 285
4 -0,110 235
1 -0,430 385
2 -0,175 335
80 2,03
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

3 -0,088 285
4 -0,116 235
1 -1,365 385
2 -0,529 335
140 6,44
3 -0,234 285
4 -0,107 235

400

350

300
Altura (mm)

250

200

150

100

50

0
-2,0 -1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0
Deformação específica (‰)
20 kN 60 kN 60 kN (reforçada) 80 KN (reforçada) 140 kN (reforçada)

Figura C.4 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga BI-1.


ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 227

C.5.
Viga BI-2

Tabela C.13 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga BI-2.

Carga Extensômetro Mecânico


(kN ) 1 2 3 4
0 659 499 396 593
10 631 440 390 591
20 605 412 374 587
30 569 410 352 582
40 567 403 346 573
50 542 402 342 561
55-1* 525 402 327 558
55-2* 501 399 325 556
56 485 394 441 586
60 472 385 487 577
70 436 382 322 564
80 402 379 316 556
90 367 364 304 552
100 347 329 299 543
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

110 318 328 286 531


120 305 314 284 529
130 299 306 278 527
140 288 299 276 525
1* - primeira parte do ensaio
2* - segunda parte do ensaio

Tabela C.14 – Determinação da deformação específica do concreto.


Carga Leituras l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC
(kN ) ( mm) * (mm) (‰)
1 659 0,0132459 - -
2 499 0,0100299 - -
0
3 396 0,0079596 - -
4 593 0,0119193 - -
1 631 0,0126831 -0,00056 -0,04437
2 440 0,008844 -0,00119 -0,13409
10
3 390 0,007839 -0,00012 -0,01538
4 591 0,0118791 -4E-05 -0,00338
1 605 0,0121605 -0,00109 -0,08926
2 412 0,0082812 -0,00175 -0,21117
20
3 374 0,0075174 -0,00044 -0,05882
4 587 0,0117987 -0,00012 -0,01022
1 569 0,0114369 -0,00181 -0,15817
2 410 0,008241 -0,00179 -0,21707
30
3 352 0,0070752 -0,00088 -0,125
4 582 0,0116982 -0,00022 -0,0189
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 228

1 567 0,0113967 -0,00185 -0,16226


2 403 0,0081003 -0,00193 -0,23821
40
3 346 0,0069546 -0,00101 -0,14451
4 573 0,0115173 -0,0004 -0,0349
1 542 0,0108942 -0,00235 -0,21587
2 402 0,0080802 -0,00195 -0,24129
50
3 342 0,0068742 -0,00109 -0,15789
4 561 0,0112761 -0,00064 -0,05704
1 525 0,0105525 -0,00269 -0,25524
2 402 0,0080802 -0,00195 -0,24129
55-1
3 327 0,0065727 -0,00139 -0,21101
4 558 0,0112158 -0,0007 -0,06272
1 501 0,0100701 -0,00318 -0,31537
2 399 0,0080199 -0,00201 -0,25063
55-2
3 325 0,0065325 -0,00143 -0,21846
4 556 0,0111756 -0,00074 -0,06655
1 485 0,0097485 -0,0035 -0,35876
2 394 0,0079194 -0,00211 -0,2665
56
3 441 0,0088641 0,000904 0,102041
4 586 0,0117786 -0,00014 -0,01195
1 472 0,0094872 -0,00376 -0,39619
2 385 0,0077385 -0,00229 -0,2961
60
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

3 487 0,0097887 0,001829 0,186858


4 577 0,0115977 -0,00032 -0,02773
1 436 0,0087636 -0,00448 -0,51147
2 382 0,0076782 -0,00235 -0,30628
70
3 322 0,0064722 -0,00149 -0,22981
4 564 0,0113364 -0,00058 -0,05142
1 402 0,0080802 -0,00517 -0,6393
2 379 0,0076179 -0,00241 -0,31662
80
3 316 0,0063516 -0,00161 -0,25316
4 556 0,0111756 -0,00074 -0,06655
1 367 0,0073767 -0,00587 -0,79564
2 364 0,0073164 -0,00271 -0,37088
90
3 304 0,0061104 -0,00185 -0,30263
4 552 0,0110952 -0,00082 -0,07428
1 347 0,0069747 -0,00627 -0,89914
2 329 0,0066129 -0,00342 -0,51672
100
3 299 0,0060099 -0,00195 -0,32441
4 543 0,0109143 -0,00101 -0,09208
1 318 0,0063918 -0,00685 -1,07233
2 328 0,0065928 -0,00344 -0,52134
110
3 286 0,0057486 -0,00221 -0,38462
4 531 0,0106731 -0,00125 -0,11676
1 305 0,0061305 -0,00712 -1,16066
2 314 0,0063114 -0,00372 -0,58917
120
3 284 0,0057084 -0,00225 -0,39437
4 529 0,0106329 -0,00129 -0,12098
1 299 0,0060099 -0,00724 -1,20401
2 306 0,0061506 -0,00388 -0,63072
130
3 278 0,0055878 -0,00237 -0,42446
4 527 0,0105927 -0,00133 -0,12524

1 288 0,0057888 -0,00746 -1,28819


2 299 0,0060099 -0,00402 -0,6689
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 229

140 3 276 0,0055476 -0,00241 -0,43478


4 525 0,0105525 -0,00137 -0,12952

* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.

Tabela C.15 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação


específica.
Carga Aço Concreto Altura da
(kN ) Deformação Leitura Deformação
seção
Transversal
Específica específica (mm)
(‰) (‰)
1 -0,089 385
2 -0,211 335
20 0,32
3 -0,059 285
4 -0,010 235
1 -0,489 385
2 -0,156 335
55-1 1,28
3 -0,128 285
4 -0,036 235
1 -1,198 385
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

2 -0,400 335
55-2 1,19
3 -0,281 285
4 -0,117 235
1 -1,198 385
2 -0,400 335
80 2,13
3 -0,281 285
4 -0,117 235
1 -1,198 385
2 -0,400 335
140 14,45
3 -0,281 285
4 -0,117 235

400

350

300
Altura (mm)

250

200

150

100

50

0
-3,0 0,0 3,0 6,0 9,0 12,0 15,0

Deformação específica (‰)


20 kN 55 kN 55 kN (reforçada) 80 kN (reforçada) 140 Kn (reforçada)

Figura C.5 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga BI-2.


ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 230

C.6.
Viga BII-1

Tabela C.16 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga BII-1.

Carga Extensômetro Mecânico


(kN ) 1 2 3 4
0 655 464 579 510
10 657 420 534 565
20 646 410 569 538
30 623 305 568 588
40 615 294 544 568
50 599 291 554 544
58-1* 546 286 575 574
58-2* 542 278 561 547
70 492 246 551 577
80 436 239 567 578
90 388 225 564 573
100 352 223 562 577
110 334 221 562 579
120 315 119 580 570
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

130 302 122 581 571


140 284 118 557 587
1* - primeira parte do ensaio
2* - segunda parte do ensaio

Tabela C.17 – Determinação da deformação específica do concreto.

Carga Leituras l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC


(kN ) ( mm) * (mm) (‰)
1 655 0,0131655 - -
2 464 0,0093264 - -
0 3 579 0,0116379 - -
4 510 0,010251 - -
1 657 0,0132057 4,02E-05 0,003044
2 420 0,008442 -0,0008844 -0,10476
10 3 534 0,0107334 -0,0009045 -0,08427
4 565 0,0113565 0,0011055 0,097345
1 646 0,0129846 -0,0001809 -0,01393
2 410 0,008241 -0,0010854 -0,13171
20 3 569 0,0114369 -0,000201 -0,01757
4 538 0,0108138 0,0005628 0,052045
1 623 0,0125223 -0,0006432 -0,05136
2 305 0,0061305 -0,0031959 -0,52131
30 3 568 0,0114168 -0,0002211 -0,01937
4 588 0,0118188 0,0015678 0,132653
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 231

1 615 0,0123615 -0,000804 -0,06504


2 294 0,0059094 -0,003417 -0,57823
40 3 544 0,0109344 -0,0007035 -0,05553
4 568 0,0114168 0,0011658 0,102113
1 599 0,0120399 -0,0011256 -0,09349
2 291 0,0058491 -0,0034773 -0,5945
50 3 554 0,0111354 -0,0005025 -0,04513
4 544 0,0109344 0,0006834 0,0625
1 546 0,0109746 -0,0021909 -0,19963
2 286 0,0057486 -0,0035778 -0,62238
58-1 3 575 0,0115575 -8,04E-05 -0,00696
4 574 0,0115374 0,0012864 0,111498
1 542 0,0108942 -0,0022713 -0,20849
2 278 0,0055878 -0,0037386 -0,66906
58-2 3 561 0,0112761 -0,0003618 -0,03209
4 547 0,0109947 0,0007437 0,067642
1 492 0,0098892 -0,0032763 -0,3313
2 246 0,0049446 -0,0043818 -0,88618
70 3 551 0,0110751 -0,0005628 -0,05082
4 577 0,0115977 0,0013467 0,116118
1 436 0,0087636 -0,0044019 -0,50229
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

2 239 0,0048039 -0,0045225 -0,94142


80 3 567 0,0113967 -0,0002412 -0,02116
4 578 0,0116178 0,0013668 0,117647
1 388 0,0077988 -0,0053667 -0,68814
2 225 0,0045225 -0,0048039 -1,06222
90 3 564 0,0113364 -0,0003015 -0,0266
4 573 0,0115173 0,0012663 0,109948
1 352 0,0070752 -0,0060903 -0,8608
2 223 0,0044823 -0,0048441 -1,08072
100 3 562 0,0112962 -0,0003417 -0,03025
4 577 0,0115977 0,0013467 0,116118
1 334 0,0067134 -0,0064521 -0,96108
2 221 0,0044421 -0,0048843 -1,09955
110 3 562 0,0112962 -0,0003417 -0,03025
4 579 0,0116379 0,0013869 0,119171
1 315 0,0063315 -0,006834 -1,07937
2 119 0,0023919 -0,0069345 -2,89916
120 3 580 0,011658 2,01E-05 0,001724
4 570 0,011457 0,001206 0,105263
1 302 0,0060702 -0,0070953 -1,16887
2 122 0,0024522 -0,0068742 -2,80328
130 3 581 0,0116781 4,02E-05 0,003442
4 571 0,0114771 0,0012261 0,10683
1 284 0,0057084 -0,0074571 -1,30634
2 118 0,0023718 -0,0069546 -2,9322
140 3 557 0,0111957 -0,0004422 -0,0395
4 587 0,0117987 0,0015477 0,131175
* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 232

Tabela C.18 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação


específica.
Carga Aço Concreto Altura da
(kN ) Deformação Leitura Deformação
seção
Transversal
Específica específica (mm)
(‰) (‰)
1 -0,01 385
2 -0,13 335
20 0,15
3 -0,018 285
4 0,05 235
1 -0,200 385
2 -0,622 335
58-1 1,59
3 -0,007 285
4 0,111 235
1 -0,208 385
2 -0,669 335
58-2 1,69
3 -0,032 285
4 0,068 235
1 -0,502 385
2 -0,941 335
80 2,35
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

3 -0,021 285
4 0,118 235
1 -1,306 385
2 -2,932 335
140 13,57
3 -0,039 285
4 0,131 235

400

350

300
Altura (mm)

250

200

150

100

50

0
-4,0 0,0 4,0 8,0 12,0 16,0

Deformação específica (‰)


20 kN 58 kN 58 kN (reforçada) 80 kN (reforçada) 140 kN (reforçada)

Figura C.6 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga BII-1.


ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 233

C.7.
Viga BII-2

Tabela C.19 – Leitura do extensômetro mecânico durante o ensaio da viga BII-2.

Carga Extensômetro Mecânico


(kN ) 1 2 3 4
0 723 626 488 695
10 670 549 487 795
20 630 548 475 684
30 625 554 468 682
40 614 551 465 678
50 602 543 451 672
61-1* 584 544 447 664
61-2* 573 542 431 653
70 541 538 430 648
80 498 535 427 637
90 465 507 425 634
100 437 508 419 631
110 416 499 416 629
120 406 498 411 626
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

130 395 447 405 629


140 374 432 403 619
1* - primeira parte do ensaio
2* - segunda parte do ensaio

Tabela C.20 – Determinação da deformação específica do concreto.

Carga Leituras l l × 2,01× 10 −5 ∆l εC


(kN ) ( mm) * (mm) (‰)
1 723 0,0145323 - -
2 626 0,0125826 - -
0 3 488 0,0098088 - -
4 695 0,0139695 - -
1 670 0,013467 -0,0010653 -0,0791
2 549 0,0110349 -0,0015477 -0,14026
10 3 487 0,0097887 -2,01E-05 -0,00205
4 795 0,0159795 0,00201 0,125786
1 630 0,012663 -0,0018693 -0,14762
2 548 0,0110148 -0,0015678 -0,14234
20 3 475 0,0095475 -0,0002613 -0,02737
4 684 0,0137484 -0,0002211 -0,01608
1 625 0,0125625 -0,0019698 -0,1568
2 554 0,0111354 -0,0014472 -0,12996
30 3 468 0,0094068 -0,000402 -0,04274
4 682 0,0137082 -0,0002613 -0,01906
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 234

1 614 0,0123414 -0,0021909 -0,17752


2 551 0,0110751 -0,0015075 -0,13612
40 3 465 0,0093465 -0,0004623 -0,04946
4 678 0,0136278 -0,0003417 -0,02507
1 602 0,0121002 -0,0024321 -0,201
2 543 0,0109143 -0,0016683 -0,15285
50 3 451 0,0090651 -0,0007437 -0,08204
4 672 0,0135072 -0,0004623 -0,03423
1 584 0,0117384 -0,0027939 -0,23801
2 544 0,0109344 -0,0016482 -0,15074
60 3 447 0,0089847 -0,0008241 -0,09172
4 664 0,0133464 -0,0006231 -0,04669
1 573 0,0115173 -0,003015 -0,26178
2 542 0,0108942 -0,0016884 -0,15498
61-1 3 431 0,0086631 -0,0011457 -0,13225
4 653 0,0131253 -0,0008442 -0,06432
1 541 0,0108741 -0,0036582 -0,33641
2 538 0,0108138 -0,0017688 -0,16357
60-2 3 430 0,008643 -0,0011658 -0,13488
4 648 0,0130248 -0,0009447 -0,07253
1 498 0,0100098 -0,0045225 -0,45181
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

2 535 0,0107535 -0,0018291 -0,17009


70 3 427 0,0085827 -0,0012261 -0,14286
4 637 0,0128037 -0,0011658 -0,09105
1 465 0,0093465 -0,0051858 -0,55484
2 507 0,0101907 -0,0023919 -0,23471
80 3 425 0,0085425 -0,0012663 -0,14824
4 634 0,0127434 -0,0012261 -0,09621
1 437 0,0087837 -0,0057486 -0,65446
2 508 0,0102108 -0,0023718 -0,23228
90 3 419 0,0084219 -0,0013869 -0,16468
4 631 0,0126831 -0,0012864 -0,10143
1 416 0,0083616 -0,0061707 -0,73798
2 499 0,0100299 -0,0025527 -0,25451
100 3 416 0,0083616 -0,0014472 -0,17308
4 629 0,0126429 -0,0013266 -0,10493
1 406 0,0081606 -0,0063717 -0,78079
2 498 0,0100098 -0,0025728 -0,25703
110 3 411 0,0082611 -0,0015477 -0,18735
4 626 0,0125826 -0,0013869 -0,11022
1 395 0,0079395 -0,0065928 -0,83038
2 447 0,0089847 -0,0035979 -0,40045
120 3 405 0,0081405 -0,0016683 -0,20494
4 629 0,0126429 -0,0013266 -0,10493
1 374 0,0075174 -0,0070149 -0,93316
2 432 0,0086832 -0,0038994 -0,44907
130 3 403 0,0081003 -0,0017085 -0,21092
4 619 0,0124419 -0,0015276 -0,12278
* os valores obtidos pelo extensômetro mecânico devem ser multiplicados por essa constante do aparelho.
ANEXO C –Dados obtidos pelo Extensômetro Mecânico 235

Tabela C.21 - Dados para obtenção do gráfico seção transversal x deformação


específica.
Carga Aço Concreto Altura da
(kN ) Deformação Leitura Deformação
seção
Transversal
Específica específica (mm)
(‰) (‰)
1 -0,15 385
2 -0,14 335
20 0,09
3 -0,027 285
4 -0,02 235
1 -0,238 385
2 -0,151 335
60 2,12
3 -0,092 285
4 -0,047 235
1 -0,262 385
2 -0,155 335
61-1 1,49
3 -0,132 285
4 -0,064 235
1 -0,336 385
2 -0,164 335
61-2 2,29
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

3 -0,135 285
4 -0,073 235
1 -0,933 385
2 -0,449 335
130 13,31
3 -0,211 285
4 -0,123 235

400

350

300
Altura (mm)

250

200

150

100

50

0
-2,0 0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 14,0
Deform ação específica (‰)
20 kN 60 kN 61kN 61kN (reforçada) 130 kN (reforçada)

Figura C.7 – Gráfico seção transversal x deformação específica da viga BII-2.


ANEXO D
Gráficos dos Ensaios das Vigas

D.1.
Viga de Referência

160
140
120
Ca rga (kN)

100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deformação (‰)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Figura D.1 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga VR.

160
140
120
Carga (kN)

100

80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deform ação (‰)

Figura D.2 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


2 da viga VR.
160
140
120
Carga (kN)

100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deform ação (‰)

Figura D.3 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga VR.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 237

160
140
120

Carga (kN)
100
80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10

Deformação (‰)

Figura D.4 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


4 da viga VR.

160
140
120
Carga (kN)

100
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

80
60
40
20
0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)

Figura D.5 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


5 da viga VR.

160
140
120
Carga (kN)

100
80
60
40
20
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8

Deformação (‰)

Figura D.6 – Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


6 da viga VR.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 238

160

140
120
Carga (kN)

100

80
60

40
20

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Flecha (mm)

Figura D.7 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga VR.

160
140
120
Carga (kN)

100
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60

Flecha (mm)

Figura D.8 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga VR.

160

140

120
Carga (kN)

100

80

60

40

20

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50

Flecha (mm)

Figura D.9 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga VR.


ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 239

D.2.
Viga AI

200

160
C arga (kN )

120

80

40

0
0 4 8 12 16 20 24

Deformação (‰)

Figura D.10 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga AI.

200

160
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga (kN)

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10

Deform ação (‰)

Figura D.11 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


2 da viga AI.
200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 4 8 12 16 20 24

Deform ação (‰)

Figura D.12 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga AI.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 240

200

160

C arga (kN )
120

80

40

0
0 4 8 12 16 20 24

Deformação (‰)
Figura D.13 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
4 da viga AI.

200

160
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

120

80

40

0
0 4 8 12 16 20 24

Deform ação (‰)

Figura D.14 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


5 da viga AI.

200

160
C arga (kN )

120

80

40

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Deformação (‰)
Figura D.15 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
6 da viga AI.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 241

200

160
C a rga (kN )
120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)
Figura D.16 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 7 da viga AI.

200

160
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12
Deformação (‰)

Figura D.17 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 8 da viga AI.

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)

Figura D.18 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 9 da viga AI.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 242

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45

Flecha (mm)

Figura D.19 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga AI.

180

150
Carga (kN)

120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60

Flecha (mm)

Figura D.20 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga AI.

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Flecha (mm)

Figura D.21 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga AI.


ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 243

D.3.
Viga AII

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.22 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga AII.

200
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

160
Carga (kN)

120

80

40

0
-0,5 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5

Deformação (‰)
Figura D.23 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
2 da viga AII.
200

160
C arga (kN )

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.24 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga AII.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 244

200

160

Carga (kN)
120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.25 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


4 da viga AII.

200

160
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga (kN)

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16

Deformação (‰)

Figura D.26 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


5 da viga AII.

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8

Deformação (‰)

Figura D.27 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


6 da viga AII.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 245

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)
Figura D.28 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 7 da viga AII.

200

160
Carga (kN)

120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)
Figura D.29 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 8 da viga AII.

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 1 2 3 4 5 6

Deform ação (‰)

Figura D.30 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 9 da viga AII.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 246

180

150

120
Carg a (kN)

90

60

30

0
0 5 10 15 20 25 30 35

Flecha (mm)
Figura D.31 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga AII.

180

150

120
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

90

60

30

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Flecha (mm)

Figura D.32 – Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga AII.

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 5 10 15 20 25 30 35

Flecha (mm)
Figura D.33– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga AII.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 247

D.4.
Viga BI-1

250

200
Carga (kN)

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Deformação (‰)

Figura D.34 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga BI-1.

250
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

200
Carga (kN)

150

100

50

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8

Deformação (‰)

Figura D.35 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


2 da viga BI-1.

250

200
Carga (kN)

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22

Deformação (‰)

Figura D.36 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga BI-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 248

250

Carga (kN) 200

150

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Deform ação (‰)

Figura D.37 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


4 da viga BI-1.
250

200
Carga (kN)

150
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

100

50

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.38 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


5 da viga BI-1.
250

200
Carga (kN)

150

100

50

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4

Deformação (‰)
Figura D.39 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
6 da viga BI-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 249

240

200
Carga (kN)
160

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deformação (‰)
Figura D.40 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 7 da viga BI-1.
240

200
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga (kN)

160

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deformação (‰)

Figura D.41 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 8 da viga BI-1.

240

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deformação (‰)

Figura D.42 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 9 da viga BI-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 250

240

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)

Figura D.43– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga BI-1.


240

200
Carga (kN)

160
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

120

80

40

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Flecha (mm)
Figura D.44– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga BI-1.

240

200

160
Carga (kN)

120

80

40

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Flecha (mm)
Figura D.45– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga BI-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 251

D.5.
Viga BI-2

160

120
Carga (kN)

80

40

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.46 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga BI-2.
60
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

45
Carga (kN)

30

15

0
-2,5 -2 -1,5 -1 -0,5 0 0,5 1

Deform ação (‰)

Figura D.47 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


2 da viga BI-2.
180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)

Figura D.48 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga BI-2.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 252

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18
Deformação (‰)

Figura D.49 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


4 da viga BI-2.

180

150
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Deformação (‰)
Figura D.50 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
5 da viga BI-2.

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.51 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


6 da viga BI-2.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 253

180

Carga (kN) 150

120

90

60

30

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Deformação (‰)
Figura D.52 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 7 da viga BI-2.

180

150
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

120

90

60

30

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Deformação (‰)
Figura D.53 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 8 da viga BI-2.

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Deformação (‰)

Figura D.54 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 9 da viga BI-2.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 254

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)

Figura D.55– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga BI-2


.
180

150
Carga (kN)

120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)
Figura D.56– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga BI-2.

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)

Figura D.57– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga BI-2.


ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 255

D.6.
Viga BII-1

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Deformação (‰)

Figura D.58 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga BII-1.
180
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2

Deformação (‰)

Figura D.59- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


2 da viga BII-1.
180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Deformação (‰)

Figura D.60 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga BII-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 256

180

150
Carg a (kN)
120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)
Figura D.61 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
4 da viga BII-1.

180

150
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰ )

Figura D.62 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


5 da viga BII-1.
180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
-1 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1

Deformação (‰)

Figura D.63- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


6 da viga BII-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 257

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)
Figura D.64 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono
referente ao extensômetro 7 da viga BII-1.

180

150

120
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)

Figura D.65 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 8 da viga BII-1.

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12

Deformação (‰)

Figura D.66 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 9 da viga BII-1.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 258

180

150
Carga (kN)
120

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)

Figura D.67– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga BII-1.

180

150
Carga (kN)

120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)

Figura D.68– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga BII-1.

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)
Figura D.69 *– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga BII-1.
* este LVDT não foi posicionado corretamente na segunda parte do ensaio.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 259

D.7.
Viga BII-2

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18

Deformação (‰)

Figura D.70- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


1 da viga BII-2.

180
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
-0,5 -0,4 -0,3 -0,2 -0,1 0 0,1

Deformação (‰)

Figura D.71- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


2 da viga BII-2.
180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14

Deformação (‰)

Figura D.72- Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


3 da viga BII-2.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 260

180

150
Carga (kN)
120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Deformação (‰)

Figura D.73 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


4 da viga BII-2.
180

150
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Deformação (‰)
Figura D.74 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro
5 da viga BII-2.

180

150

120
Carga (kN)

90

60

30

0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2

Deformação (‰)

Figura D.75 - Diagrama carga x deformação específica do aço referente ao extensômetro


6 da viga BII-2.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 261

180

150

Carga (kN)
120

90

60

30

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Deformação (‰)

Figura D.76 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 7 da viga BII-2.
180

150

120
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

90

60

30

0
-80 -70 -60 -50 -40 -30 -20 -10 0 10 20

Deformação (‰)

Figura D.77* - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 8 da viga BII-2.
*Problema na ligação do extensômetro, perda das leituras.

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Deformação (‰)

Figura D.78 - Diagrama carga x deformação específica do tecido de fibra de carbono


referente ao extensômetro 9 da viga BII-2.
ANEXO C –Gráficos dos Ensaios das Vigas 262

180

Carga (kN) 150

120

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)

Figura D.79– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 1 da viga BII-2.

180

150
Carga (kN)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

120

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)
Figura D.80– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 2 da viga BII-2.

180

150
Carga (kN)

120

90

60

30

0
0 10 20 30 40 50 60 70

Flecha (mm)
Figura D.81– Diagrama carga x flecha referente ao deflectômetro 3 da viga BII-2.
Anexo E
Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas

E.1.
Viga de Referência – VR

¾ Fissuração

PCR = 15,39 kN

δ CR = 0,80 mm
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

O momento de fissuração é calculado por meio da seguinte expressão:

M CR = 0,625 PCR (E.1)

logo tem-se

M CR = 9,62 kN .m

A rigidez de fissuração é obtida por:

PCR
δ CR = 2,175
(EJ )CR (E.2)

PCR
(EJ )CR = 2,175 (E.3)
δ CR
logo tem-se

(EJ )CR = 41815 kN .m 2

A curvatura de fissuração é obtida por meio da seguinte expressão:


Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 264

1 M CR
κ CR = =
r (EJ )CR
(E.4)

Logo tem-se

κ CR = 0,0002 m −1

¾ Escoamento

Py = 96,05 kN

δ y = 14,14 mm

O momento de escoamento é calculado por:

M y = 0,625 Py (E.5)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

logo tem-se

M y = 60,03 kN .m

A rigidez de escoamento é obtida por:


Py
δ y = 2,175
(EJ ) y (E.6)

Py
(EJ ) y = 2,175 (E.7)
δy
logo:

(EJ ) y = 14774 kN .m 2

A curvatura de escoamento é obtida por meio da seguinte expressão:


1 My
κy = =
r (EJ ) y
(E.8)

então

κ y = 0,0041 m −1
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 265

¾ Ruptura

Pu = 143,55 kN

δ u = 42,74 mm

O momento de ruptura é calculado por meio da seguinte expressão:

M u = 0,625 Pu (E.9)

logo tem-se

M u = 89,72 kN .m

A rigidez de ruptura é obtida por:


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Pu
δ u = 2,175
(EJ )u (E.10)

Pu
(EJ )u = 2,175 (E.11)
δu
logo tem-se

(EJ )u = 7305 kN.m 2


A curvatura de ruptura é obtida por meio da seguinte expressão
1 Mu
κu = =
r (EJ )u
(E.12)

Logo tem-se

κ u = 0,0123 m −1
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 266

E.2.
Viga AI

¾ Fissuração

PCR = 21,88 kN

δ CR = 1,81 mm

M CR = 0,625 PCR = 13,68 kN .m

PCR
(EJ )CR = 2,175 = 26292 kN .m 2
δ CR

1 My
κ CR = = = 0,0005 m −1
r (EJ ) y

¾ Escoamento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Py = 80,70 kN

δ y =11,98 mm

M y = 0,625 Py = 50,44 kN .m

Py
(EJ ) y = 2,175 = 14651 kN .m 2
δy

1 My
κy = = = 0,0034 m −1
r (EJ ) y

¾ Ruptura

Pu = 187,34 kN

δ u = 52,61 mm

M u = 0,625 Pu = 117 ,09 kN .m

Pu
(EJ )u = 2,175 = 7745 kN .m 2
δu
1 Mu
κu = = = 0,015 m −1
r (EJ )u
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 267

E.3.
Viga AII

¾ Fissuração

PCR = 15,35 kN

δ CR = 0,77 mm

M CR = 0,625 PCR = 9,59 kN .m

PCR
(EJ )CR = 2,175 = 43358kN .m 2
δ CR

1 My
κ CR = = = 0,0002 m −1
r (EJ ) y

¾ Escoamento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Py = 89,88 kN

δ y =12,53 mm

M y = 0,625 Py = 56,17 kN .m

Py
(EJ ) y = 2,175 = 15602 kN .m 2
δy

1 My
κy = = = 0,0036 m −1
r (EJ ) y

¾ Ruptura

Pu = 191,09 kN

δ u = 36,63 mm

M u = 0,625 Pu = 119,43 kN .m

Pu
(EJ )u = 2,175 = 11346 kN .m 2
δu
1 Mu
κu = = = 0,0105 m −1
r (EJ )u
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 268

E.4.
Viga BI-1

¾ Fissuração

PCR = 20,59 kN

δ CR =1,43 mm

M CR = 0,625 PCR = 12,87 kN .m

PCR
(EJ )CR = 2,175 = 31317kN .m 2
δ CR

1 My
κ CR = = = 0,0004 m −1
r (EJ ) y

¾ Escoamento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Py = 74,25 kN

δ y =11,27 mm

M y = 0,625 Py = 46,41 kN .m

Py
(EJ ) y = 2,175 = 14329 kN .m 2
δy

1 My
κy = = = 0,0032 m −1
r (EJ ) y

¾ Ruptura

Pu = 199,13 kN

δ u = 77,50 mm

M u = 0,625 Pu = 124,46 kN .m

Pu
(EJ )u = 2,175 = 5588 kN .m 2
δu
1 Mu
κu = = = 0,022 m −1
r (EJ )u
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 269

E.5.
Viga BI-2

¾ Fissuração

PCR = 16,67 kN

δ CR =1,15 mm

M CR = 0,625 PCR = 10,42 kN .m

PCR
(EJ )CR = 2,175 = 31528kN .m 2
δ CR

1 My
κ CR = = = 0,0003 m −1
r (EJ ) y

¾ Escoamento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Py = 75,47 kN

δ y =13,12 mm

M y = 0,625 Py = 47 ,17 kN .m

Py
(EJ ) y = 2,175 = 12511 kN .m 2
δy

1 My
κy = = = 0,0038 m −1
r (EJ ) y

¾ Ruptura

Pu = 145,33 kN

δ u = 68,78 mm

M u = 0,625 Pu = 90,83 kN .m

Pu
(EJ )u = 2,175 = 4596 kN .m 2
δu
1 Mu
κu = = = 0,0198 m −1
r (EJ )u
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 270

E.6.
Viga BII-1

¾ Fissuração

PCR = 15,86 kN

δ CR = 0,805 mm

M CR = 0,625 PCR = 9,9125 kN .m

PCR
(EJ )CR = 2,175 = 42851kN .m 2
δ CR

1 My
κ CR = = = 0,0002 m −1
r (EJ ) y

¾ Escoamento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Py = 75,38 kN

δ y =12,27 mm

M y = 0,625 Py = 47 ,11 kN .m

Py
(EJ ) y = 2,175 = 13362 kN .m 2
δy

1 My
κy = = = 0,0035 m −1
r (EJ ) y

¾ Ruptura

Pu = 165,86 kN

δ u = 66,87 mm

M u = 0,625 Pu = 103,66 kN .m

Pu
(EJ )u = 2,175 = 5395kN .m 2
δu
1 Mu
κu = = = 0,02 m −1
r (EJ )u
Anexo E -Cálculo dos Momentos e Curvaturas das Vigas 271

E.7.
Viga BII-2

¾ Fissuração

PCR = 20,16 kN

δ CR = 0,943 mm

M CR = 0,625 PCR = 12,60 kN .m

PCR
(EJ )CR = 2,175 = 46498kN .m 2
δ CR

1 My
κ CR = = = 0,0003 m −1
r (EJ ) y

¾ Escoamento
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Py = 60,23 kN

δ y =12,25 mm

M y = 0,625 Py = 37 ,64 kN .m

Py
(EJ ) y = 2,175 = 10694 kN .m 2
δy

1 My
κy = = = 0,0035 m −1
r (EJ ) y

¾ Ruptura

Pu = 152,16 kN

δ u = 67,53 mm

M u = 0,625 Pu = 95,10 kN .m

Pu
(EJ )u = 2,175 = 4901kN .m 2
δu
1 Mu
κu = = = 0,02 m −1
r (EJ )u
ANEXO F
Determinação das Energias Elástica e Total

F.1.
Energia Elástica

F.1.1.
Carga x Flecha

A energia elástica, analisando-se as cargas e as flechas, é obtida por meio da


seguinte expressão:

E elástica =
1
2
(
Pu δ u − δ ) (F.1)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

onde:
P u − carga de ruptura;

δ u − flecha de ruptura;

δ − flecha que delimita a área do triangulo que fornece a energia elástica.

P
Pu

Eelástica
O δ δu
δ
Figura F.1 – Diagrama teórico P × δ.

Sendo:

δ = δu − δ (F.2)

e sabendo-se que
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 273

PCR
tan α = (F.3)
δ CR

onde:
P CR − carga de fissuração;

δ CR − flecha de fissuração.

tem-se o valor de tan α dado por


Pu
tan α = (F.4)
δ
encontra-se o valor de δ .

¾ Viga de Referência –VR


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

PCR = 15,39 kN Py = 96,05 kN Pu = 143,55 kN

δ CR = 0,80 mm δ y = 14,14 mm δ u = 42,74 mm

PCR
tan α = = 19,24
δ CR
Pu Pu 143,55
tan α = ⇒δ = = = 7,46 mm
δ tan α 19,24

δ = δ u − δ = 7,46 mm

E elástica =
1
2
( )
Pu δ u − δ = 535,58 kNmm

¾ Viga AI

PCR = 21,88 kN Py = 80,70 kN Pu = 187,34 kN

δ CR = 1,81 mm δ y = 11,98 mm δ u = 52,61 mm


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 274

PCR
tan α = = 12,09
δ CR
Pu Pu 187,34
tan α = ⇒δ = = = 15,49 mm
δ tan α 12,09

δ = δ u − δ = 15,49 mm

E elástica =
1
2
( )
Pu δ u − δ = 1451,65 kNmm

¾ Viga AII

PCR = 15,35 kN Py = 89,88 kN Pu = 191,09 kN

δ CR = 0,77 mm δ y = 12,53 mm δ u = 36,63 mm


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

PCR
tan α = = 19,94
δ CR
Pu Pu 191,09
tan α = ⇒δ = = = 9,59
δ tan α 19,94

δ = δ u − δ = 9,59 mm

E elástica =
1
2
( )
Pu δ u − δ = 915,86 kNmm

¾ Viga BI-1

PCR = 20,59 kN Py = 74,25 kN Pu = 199,13 kN

δ CR =1,43 mm δ y =11,27 mm δ u = 77,50 mm

PCR
tan α = = 14,39
δ CR
Pu Pu 199,13
tan α = ⇒δ = = = 13,83
δ tan α 14,39
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 275

δ = δ u − δ = 13,83 mm

E elástica =
1
2
( )
Pu δ u − δ = 1376,96 kNmm

¾ Viga BI-2

PCR = 16,67 kN Py = 75,47 kN Pu = 145,33 kN

δ CR = 1,15 mm δ y = 13,12 mm δ u = 68,78 mm

PCR
tan α = = 14,49
δ CR
Pu Pu 145,33
tan α = ⇒δ = = = 10,03
δ tan α 14,49
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

δ = δ u − δ = 10,03 mm

E elástica =
1
2
( )
Pu δ u − δ = 728,52 kNmm

¾ Viga BII-1

PCR = 15,86 kN Py = 75,38 kN Pu = 165,86 kN

δ CR = 0,81 mm δ y = 12,27 mm δ u = 66,87 mm

PCR
tan α = = 19,70
δ CR
Pu Pu 165,86
tan α = ⇒δ = = = 8,42
δ tan α 19,70

δ = δ u − δ = 8,42 mm

E elástica =
1
2
( )
Pu δ u − δ = 698,15 kNmm
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 276

¾ Viga BII-2

PCR = 20,16 kN Py = 60,23 kN Pu = 152,16 kN

δ CR = 0,94 mm δ y = 12,25 mm δ u = 67,53 mm

PCR
tan α = = 21,38
δ CR
Pu Pu 152,16
tan α = ⇒δ = = = 7,12 mm
δ tan α 21,38

δ = δ u − δ = 7,12 mm

( )
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

1
E elástica = Pu δ u − δ = 541,28 kNmm
2

F.1.2.
Momento x Curvatura

A energia elástica, analisando-se os momentos e as curvaturas, é obtida por


meio da seguinte expressão:

E elástica =
1
2
(
M u ku − k ) (F.5)

onde:

M u− momento de ruptura;

k u − curvatura de ruptura;

k − curvatura que delimita a área do triangulo que fornece a energia elástica.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 277

Mu

E elástica

O
κ κu κ
Figura F.2 – Diagrama teórico M × k .

Sendo

k = ku − k (F.6)

e sabendo-se que
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

M CR
tan α = (F.7)
k CR
onde:
M CR→ momento de fissuração;

k CR → curvatura de fissuração.

tem-se o valor de tan α dado por


Mu
tan α = (F.8)
k
encontra-se o valor de k .

¾ Viga de Referência –VR

M CR = 9,56 kNm M y = 60,03 kNm M u = 89,72 kNm

kCR = 0,0002 m −1 k y = 0,004 m −1 ku = 0,0123 m −1

M CR
tan α = = 48100
k CR
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 278

Mu Mu 89,72
tan α = ⇒k= = = 0,00186 m −1
k tan α 48100
k = k u − k = 0, ,00186m −1

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,0837 kNm / m

¾ Viga AI

M CR = 13,68 kNm M y = 50,44 kNm M u = 117,09 kNm

kCR = 0,0005 m −1 k y = 0,0041 m −1 ku = 0,015 m −1

M CR
tan α = = 27360
k CR
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Mu Mu 117,09
tan α = ⇒k = = = 0,0043 m −1
k tan α 27360
k = k u − k = 0,0043 m −1

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,251 kNm / m

¾ Viga AII

M CR = 9,59 kNm M y = 56,18 kNm M u = 119,43 kNm

kCR = 0,0002 m −1 k y = 0,0036 m −1 ku = 0,0105 m −1

M CR
tan α = = 47950
k CR

Mu Mu 119,43
tan α = ⇒k = = = 0,0025 m −1
k tan α 47950
k = k u − k = 0,0025 m −1
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 279

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,149 kNm / m

¾ Viga BI-1

M CR = 12,87 kNm M y = 46,41 kNm M u = 124,46 kNm

kCR = 0,0004 m −1 k y = 0,0032 m −1 ku = 0,022 m −1

M CR
tan α = = 32175
k CR

Mu Mu 124,46
tan α = ⇒k = = = 0,0039 m −1
k tan α 32175
k = k u − k = 0,0039 m −1
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,241 kNm / m

¾ Viga BI-2

M CR = 10,42 kNm M y = 47,17 kNm M u = 90,83 kNm

kCR = 0,0003 m −1 k y = 0,0038 m −1 ku = 0,0198 m −1

M CR
tan α = = 34733
k CR

Mu Mu 90,83
tan α = ⇒k = = = 0,0026 m −1
k tan α 34733
k = k u − k = 0,0026 m −1

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,119 kNm / m
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 280

¾ Viga BII-1

M CR = 9,91 kNm M y = 47,11 kNm M u = 103,66 kNm

kCR = 0,0002 m −1 k y = 0,0035 m −1 ku = 0,019 m −1

M CR
tan α = = 49550
k CR

Mu Mu 103,66
tan α = ⇒k= = = 0,0021 m −1
k tan α 49550
k = k u − k = 0,0021m −1

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,108 kNm / m
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

¾ VBII-2

M CR = 12,60 kNm M y = 37,64 kNm M u = 95,10 kNm

kCR = 0,0003 m −1 k y = 0,0035 m −1 ku = 0,0194 m −1

M CR
tan α = = 42000
k CR

Mu Mu 95,10
tan α = ⇒k = = = 0,0023 m −1
k tan α 42000
k = k u − k = 0,0023m −1

E elástica =
1
2
( )
M u k u − k = 0,108 kNm / m
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 281

F.2.
Energia Total

F.2.1.
Carga x Flecha

A energia total é calculada por:

δu
ETOTAL = ∫ Pdδ (F.9)
O

que representa a área sob a curva formada pelo diagrama de carga x flecha para
todas as vigas. Dessa forma, a energia total para a determinação do índice de
ductilidade energética de flecha das vigas foi obtida por meio do cálculo da área
do diagrama P × δ . O programa GRAFHER calcula diretamente a área sob a
curva de interesse. Portanto, todos os diagramas de P × δ foram analisados por
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

este para a obtenção direta da área que representa a energia total.

¾ Viga de Referência –VR

O gráfico de P × δ da viga de referência fornece diretamente o valor da


energia total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a
energia total.
160
140
120
Carga (kN)

100

80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60

Flecha (mm )

Figura F.3 – Diagrama P × δ dos dados obtidos no ensaio da viga VR.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 282

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:

ETOTAL = 4466,16 kNmm

¾ Viga AI

O gráfico de P × δ da viga AI fornece diretamente o valor da energia


total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a energia total.

180
160
140
Carga (kN)

120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

100
80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60

Flecha (mm)

Figura F.4 – Diagrama P × δ dos dados obtidos da viga AI

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:

ETOTAL = 6278,73 kNmm

¾ Viga AII

O gráfico de P × δ da viga AII fornece diretamente o valor da energia


total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a energia total.
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 283

180
160
140
Carga (kN) 120
100
80
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Flecha (mm)

Figura F.5 – Diagrama P × δ dos dados obtidos no ensaio da viga AII

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

ETOTAL = 3897,72 kNmm

¾ Viga BI-1

O gráfico de P × δ da viga BI-1 fornece diretamente o valor da energia


total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a energia total.

220
200
180
160
Carga (kN)

140
120
100
80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90

Flecha (mm)

Figura F.6 – Diagrama P × δ dos dados obtidos no ensaio da viga BI-1.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 284

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:

ETOTAL = 10958,40 kNmm

¾ Viga BI-2

O gráfico de P × δ da viga BI-1 fornece diretamente o valor da energia


total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a energia total.

160
140
120
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Carga (kN)

100

80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Flecha (m m )

Figura F.7– Diagrama P × δ dos dados obtidos no ensaio da viga BI-2

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:

ETOTAL = 7337,15 kNmm

¾ Viga BII-1

O gráfico de P × δ da viga BI-1 fornece diretamente o valor da energia


total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a energia total.
Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 285

180
160
140
Carga (kN) 120
100
80
60
40
20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Flecha (m m )

Figura F.8 – Diagrama P × δ dos dados obtidos no ensaio da viga BII -1.

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

ETOTAL = 7883,33 kNmm

¾ Viga BII-2

O gráfico de P × δ da viga BII-2 fornece diretamente o valor da energia


total. Calculando-se a área sob a curva P × δ , determina-se então a energia total.

160

140

120
Carga (kN)

100

80
60

40

20
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80

Flecha (mm)

Figura F.9 – Diagrama P × δ dos dados obtidos no ensaio da viga BII-2.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 286

A energia total é o cálculo da área delimitada por meio do programa


Grafher, com o qual obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto,
tem-se:
ETOTAL = 7232,27 kNmm

F.2.2.
Momento x Curvatura

A energia total é calculada por meio da seguinte expressão:

ku

E TOTAL = ∫ M dk (F.10)
O

que representa a área sob a curva formada pelo diagrama de momento x curvatura
para todas as vigas. Dessa forma a energia total para a determinação do índice de
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

ductilidade energética de curvatura das vigas foi obtida por meio do cálculo da
área do diagrama M × k . O programa GRAFHER calcula diretamente a área sob
a curva de interesse. Portanto, todos os diagramas de M × k foram analisados por
este programa para a obtenção direta da área que representa a energia total.

¾ Viga de Referência –VR

100
90
80
Momento (kNm)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014
-1
Curvatura (m )

Figura F.10 – Diagrama M × k da viga VR.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 287

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 0,751 kNm / m

¾ Viga AI
140

120
Mom ento (kN m )

100

80

60

40

20

0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012 0,014 0,016
-1
Curvatura (m )
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Figura F.11 – Diagrama M × k da viga AI.

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 1,076 kNm / m

¾ Viga VAII

140

120
Momento (kNm)

100

80

60

40

20

0
0 0,002 0,004 0,006 0,008 0,01 0,012

Curvatura (m-1)

Figura F.12 – Diagrama M × k da viga AII.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 288

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 0,719 kNm / m

¾ Viga BI-1

140

120
Momento (kNm)

100

80

60

40

20

0
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025

Curvatura (m-1)

Figura F.13 – Diagrama M × k dos dados obtidos no ensaio da viga BI-1.

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 1,692 kNm / m

¾ Viga BI-2

100
90
Momento (kNm)

80
70
60
50
40
30
20
10
0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
-1
Curvatura (m )

Figura F.14 – Diagrama M × k da viga BI-2.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 289

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 1,206 kNm / m

¾ Viga BII-1

120

100
Momento (kNm)

80

60

40

20

0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025

Curvatura (m-1)
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

Figura F.15 – Diagrama M × k da viga BII-1.

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 1,339 kNm / m

¾ Viga BII-2

100
90
80
Momento (kNm)

70
60
50
40
30
20
10
0
0 0,005 0,01 0,015 0,02 0,025
-1
Curvatura (m )

Figura F.16 – Diagrama M × k dos dados obtidos no ensaio da viga BII-2.


Anexo F – Determinação das Energias Elástica e Total 290

A energia total é o cálculo da área delimitada. Através do programa


Grafher obtém-se diretamente o valor da área sob a curva. Portanto, tem-se:

ETOTAL = 1,129 kNm / m


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ANEXO G
Determinação dos Índices de Ductilidade Energética

G.1.
Índice de Ductilidade Energética de Flecha

O índice de ductilidade energética de flecha é determinado por meio da


seguinte expressão:
1⎛ E ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ (G.1)
2 ⎝ E ELASTICA ⎠

A determinação dos valores das energias está descrita no Anexo F.


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Portanto, conhecendo-se os valores das energias elástica e total, e utilizando-se a


expressão G.1, obtêm-se todos os valores dos índices de ductilidade energética de
flecha.
A seguir é apresentado o cálculo do índice de ductilidade energética de
flecha para cada uma das sete vigas.

¾ Viga de Referencia – VR

ETOTAL = 4466,16 kNmm

E ELÁSTICA = 538,58 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 4466,16 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 538,58 ⎠
µ δ = 4,67

¾ Viga VAI

ETOTAL = 6278,73 kNmm


Anexo G – Determinação dos Índices de Ductilidade Energética 292

E ELÁSTICA = 1451,65 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 6278,73 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 1451,65 ⎠
µ δ = 2,66

¾ Viga VAII

ETOTAL = 3897,72 kNmm

E ELÁSTICA = 915,86 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 3897,72 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 915,86 ⎠
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µ δ = 2,63

¾ Viga VBI-1

ETOTAL = 10958,4 kNmm

E ELÁSTICA = 1376,96 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 10958,4 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 1376,96 ⎠
µ δ = 4,48

¾ Viga VBI-2

ETOTAL = 7337,15 kNmm

E ELÁSTICA = 728,52 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 7337,15 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 728,52 ⎠
Anexo G – Determinação dos Índices de Ductilidade Energética 293

µ δ = 5,53
¾ Viga VBII-1

ETOTAL = 7883,33 kNmm

E ELÁSTICA = 698,15 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 7883,33 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 698,15 ⎠
µ δ = 6,17

¾ Viga VBII-2

ETOTAL = 7232,27 kNmm


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E ELÁSTICA = 541,28 kNmm

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 7232,27 ⎞
µ δ = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 541, 28 ⎠
µ δ = 7,18

G.2.
Índice de Ductilidade de Energética de Curvatura

O índice de ductilidade energética de curvatura é determinado por meio da


seguinte expressão:
1⎛ E ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ (G.2)
2 ⎝ E ELASTICA ⎠

A determinação dos valores das energias está descrita no Anexo F.


Portanto, conhecendo-se os valores das energias elástica e total, e utilizando-se a
expressão G.2, obtêm-se todos os valores dos índices de ductilidade energética de
curvatura.
Anexo G – Determinação dos Índices de Ductilidade Energética 294

A seguir, é apresentado o cálculo do índice de ductilidade energética de


curvatura para cada uma das sete vigas.

¾ Viga de Referencia – VR

ETOTAL = 0,751 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,0837 kNm / m

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 0,751 ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,0837 ⎠
µ k = 4,98

¾ Viga VAI
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ETOTAL = 1,076 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,251 kNm / m

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 1,076 ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,251 ⎠
µ κ = 2,65

¾ Viga VAII

ETOTAL = 0,7186 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,149 kNm / m

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 0,7186 ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,149 ⎠
µ k = 2,91

¾ Viga VBI-1
Anexo G – Determinação dos Índices de Ductilidade Energética 295

ETOTAL = 1,692 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,241 kNm / m

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 1,692 ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,241 ⎠
µ k = 4,02

¾ Viga VBI-2

ETOTAL = 1,206 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,119 kNm / m

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 1,206 ⎞
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,119 ⎠
µ k = 5,57

¾ Viga VBII-1

ETOTAL = 1,339 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,108 kNm / m

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 1,339 ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,108 ⎠
µ k = 6,67

¾ Viga VBII-2

ETOTAL = 1,129 kNm / m

E ELÁSTICA = 0,108 kNm / m


Anexo G – Determinação dos Índices de Ductilidade Energética 296

1⎛ E ⎞ 1 ⎛ 1,129 ⎞
µ k = ⎜⎜ TOTAL + 1⎟⎟ = ⎜ + 1⎟
2 ⎝ E ELASTICA ⎠ 2 ⎝ 0,108 ⎠
µ k = 5,74
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Anexo H
Determinação da Rotação Plástica

A determinação da rotação plástica segue a os passos descritos no item


3.5.4. A seguir, são apresentados, detalhadamente, estes passos para cada uma das
vigas analisadas neste estudo.

¾ Viga de Referência - VR

k CR = 0,0002 m −1

k y = 0,004 m −1
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k u = 0,0123 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
∆ = 2,75(0,0123 − 0,004 )
∆ = 0,0228

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A3 =
(0,0002 )2 ⎛ 0,0123 − 0,004 ⎞
⎜ ⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,0123 × 0,004 ⎠

A3 = 2,69 ×10 −6

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,0228 − 2,69 ×10 −6


Anexo H – Determinação da Rotação Plástica 297

ϕ PLÁSTICA = 2,279 ×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 1,27 0

¾ Viga AI

k CR = 0,0005 m −1

k y = 0,0034 m −1

k u = 0,0151 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

∆ = 2,75(0,0151 − 0,0034 )
∆ = 0,0321

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A3 =
(0,0005)2 ⎛⎜ 0,0151 − 0,0034 ⎞⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,0151 × 0,0034 ⎠

A3 = 2,278 ×10 −5 rad

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,0321 − 2,278 ×10 −5

ϕ PLÁSTICA = 3,21×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 1,78 0

¾ Viga AII

k CR = 0,0002 m −1
Anexo H – Determinação da Rotação Plástica 298

k y = 0,0036 m −1

k u = 0,0105 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
∆ = 2,75(0,0105 − 0,0036 )
∆ = 0,0189

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

(0,0002 ) ⎛ 0,0105 − 0,0036 ⎞


2
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

A3 = ⎜ ⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,0105 × 0,0036 ⎠

A3 = 2,92 ×10 −6 rad

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,0189 − 2,92 ×10 −6

ϕ PLÁSTICA = 1,89 ×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 1,083 0

¾ Viga BI-1

k CR = 0,0004 m −1

k y = 0,0032 m −1

k u = 0,022 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3
Anexo H – Determinação da Rotação Plástica 299

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
∆ = 2,75(0,022 − 0,0032 )
∆ = 0,0517

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A3 =
(0,0004 ) ⎛ 0,022 − 0,0032 ⎞
2

⎜ ⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,022 × 0,0032 ⎠

A3 = 1,709 ×10 −5 rad

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,0517 − 1,709 ×10 −5


PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

ϕ PLÁSTICA = 5,17 ×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 2,87 0

¾ Viga BI-2

k CR = 0,0003 m −1

k y = 0,0038 m −1

k u = 0,0198 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
∆ = 2,75(0,0198 − 0,0038 )
∆ = 0,044
Anexo H – Determinação da Rotação Plástica 300

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A3 =
(0,0003)2 ⎛ 0,0198 − 0,0038 ⎞
⎜ ⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,0198 × 0,0038 ⎠

A3 = 7,65 ×10 −6 rad

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,044 − 7,65 ×10 −6

ϕ PLÁSTICA = 4,39 ×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 2,44 0

¾ Viga BII-1
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

k CR = 0,0002 m −1

k y = 0,0035 m −1

k u = 0,019 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
∆ = 2,75(0,019 − 0,0035 )
∆ = 0,0453

(k CR )2 ⎛⎜ k u
− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A3 =
(0,0002 )2 ⎛⎜ 0,019 − 0,0035 ⎞⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,019 × 0,0035 ⎠

A3 = 3,729 ×10 −6 rad


Anexo H – Determinação da Rotação Plástica 301

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,0453 − 3,729 ×10 −6

ϕ PLÁSTICA = 4,528 ×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 2,590

¾ Viga BII-2
U

k CR = 0,0003 m −1

k y = 0,0035 m −1

k u = 0,0194 m −1

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3
PUC-Rio - Certificação Digital Nº 0210658/CB

⎛ 4,00 + 1,50 ⎞
∆ = (k u − k y )⎜ ⎟ = 2,75(k u − k y )
⎝ 2 ⎠
∆ = 2,75(0,0194 − 0,0035 )
∆ = 0,0437

(k CR )2 ⎛⎜ k u− ky ⎞

A3 =
2a ⎜⎝ k u k y ⎟⎠

A3 =
(0,0003) ⎛ 0,0194 − 0,0035 ⎞
2

⎜ ⎟
2 × 1,25 ⎝ 0,0194 × 0,0035 ⎠

A3 = 8,46 ×10 −6 rad

ϕ PLÁSTICA = ∆ − A3

ϕ PLÁSTICA = 0,0437 − 8,46 ×10 −6

ϕ PLÁSTICA = 4,37 ×10 −2 rad

ϕ PLÁSTICA = 2,430

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