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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIS DE DIREITO DA 30° VARA CIVIL COMARCA DE

SÃO PAULO/SP.

Processo n°:...........

ZÍLIO, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o n°......., portador do RG n°........., residente e
domiciliado na rua:......, n°...., CEP:......., Cidade, Estado, com endereço eletrônico......, representado por seu
advogado que nesta subscreve (procuração em anexo), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 525 e seguintes do CPC, apresentar;

IMPUGNAÇÃO DA EXECUÇÃO COM PEDIDO DE EFEITO SUSPENSIVO

Nos autos da execução movida por DEUSTÊMIO, estado civil, profissão, inscrito no CPF sob o
n°......., portador do RG n°........., residente e domiciliado na rua:......, n°...., CEP:......., Cidade, Estado, com
endereço eletrônico......, pelos fatos e fundamentos expostos a seguir.

I- FATOS

Deustêmio, de posse de uma sentença estrangeira condenatória contra Zílio, devidamente homologada


perante o Superior Tribunal de Justiça.
Ocorre que o bem penhorado não é da propriedade de Zílio, pois trata-se de veículo de propriedade da
empresa em que ele trabalha, estando na sua posse para exercício da profissão. Além do mais, os cálculos
elaborados pelo credor estão em desconformidade com o disposto na sentença.

II- DOS FUNDAMENTOS

II.1 DA NULIDADE DE PENHORA: CONSTRIÇÃO JUDICIAL DE BEM DE TERCEIRO E NÃO DO


DEVEDOR.
Em relação à penhora realizada houve a constrição de um veículo, contudo percebe-se claramente que o
Zílio não é proprietário do bem de penhora, tendo em vista que o mesmo trata-se de um veículo da empresa,
onde o requerente é empregado e que só está na posse de Zílio, pois ele utiliza apenas no exercício da sua
profissão. Assim, considerando que o bem penhorado é de terceiro, essa penhora é indevida e não deve ser
levantada de acordo com o art. 525, parágrafo 1º, VI, DO CPC/2015.

Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário,


inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.

§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:

VI  - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

II.2 EXCESSO DE EXECUÇÃO: DA DESCONFORMIDADE DOS CÁLCULOS APRESENTADOS PELO


CREDOR.

Art 525: § 1º Na impugnação, o


executado poderá alegar:
IV - penhora incorreta ou
avaliação errônea;
É importante salientar também o excesso ao valor impugnado, ante o exposto proferido em sentença, visto
que isso é devidamente garantido pelo art.525, parágrafo 1º, V, do CPC/2015. Ademais, conforme o
dispositivo do art. 525, parágrafo 4º, do CPC/2015 segue anexa a planilha contento o cálculo com o valor que
o requerente acha ser devido.
Art 525: § 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:
V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;
§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia
quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que
entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.

Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário,


inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.

§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:

V - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções;


§ 4º Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia
superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende
correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo.
II. 3 DO EFEITO SUSPENSIVO

Essa presente ação deve ser recebida com efeito suspensivo, tendo em vista todos os requisitos
necessários que conforme o art. 525, parágrafo 6º, do CPC/2015 três são os requisitos para isso: 1° juízo
garantido por penhora, 2° relevância dos fundamentos de defesa e 3° grave dano no prosseguimento da
execução.
Ante o exposto até o presente momento, verifica-se que o veículo penhora não era bem do requerente e
que os cálculos apresentados contem excesso em relação aos valores proferidos em sentença. Dessa forma, a
penhora do bem de terceiro configura-se o grave dano de prosseguir à execução, afinal a qualquer momento o
Zílio poderá ter que devolver o bem ao empregador, o causará uma situação de risco, já que não mais terá a
guarda do bem depositado. Outrossim, também há risco por essa fase de cumprimento de sentença ocorrer
por um valor superior ao devido, já que o nome do impugnado é colocado como devedor de quantia superior à
efetivamente devida.

II.4 INCOMPETENCIA ABSOLUTA

Com base no disposto no artigo 525, VI, do CPC/2015, houve a penhora de maneira incorreta uma vez
que a sentença homologada pelo STJ, deve a ação ser distribuída na justiça federal, não sendo a presente, a via
judicial correta.

Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento voluntário,


inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, independentemente de
penhora ou nova intimação, apresente, nos próprios autos, sua impugnação.

§ 1º Na impugnação, o executado poderá alegar:

VI  - incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução;

III DOS PEDIDOS


Ante o exposto, requer-se:

a) Desde logo requer que seja concedido liminarmente o efeito suspensivo a presente execução;
b) Intimação do impugnado, na pessoa de seu procurador para que, caso queira, apresentar resposta a essa
impugnação.
c) Que seja acolhida a incompetência absoluta, extinguindo-se a execução, caso não seja este o entendimento
desde juízo, que seja os autos remetidos para a justiça federal;
d) Que seja acolhida a penhora incorreta retirando-se o gravame que incide sobre o automóvel da empresa a
qual o executado trabalha, nomeando-se novo bem a penhora;
e) Que seja acolhida a exceção de execução devendo a mesma continuar conforme o valor determinado em
sentença de R$......
f) A Condenação do exequente ao pagamento de eventuais custas e honorários de advogado no importe de
10%, sob o valor da causa.

IV - DAS PROVAS

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme disposto no artigo 369 do CPC/2015,
em especial a documental e caso o juízo entenda necessário, por perícia contábil.

Termos em que,
Pede deferimento.

Local, Data, Nome


Advogado/OAB

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