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• P56 Compreender criticamente
os sentidos e a intencionalidade
do relato.
• P57 Trocar impressões.
• P45 Reconhecer os efeitos
de sentido provocados
pela combinação, no texto,
de sequências narrativas,
descritivas, expositivas,
conversacionais, instrucionais
ou argumentativas.
Conta uma história, com base
em fatos do cotidiano, mas
que não são necessariamente
Busca informar sobre um fato verídicos ou mesmo
que supostamente aconteceu. verossímeis. A verossimilhança,
na crônica, pode ser contar
com o inverossímil, já que o
exagero faz parte do gênero.

Cria detalhes da situação


Usa os detalhes factuais do que fortalecem,
relato para fortalecer a sua exacerbam e tornam
versão dos fatos. divertidas/emocionantes
as situações contadas.

Para desenvolver a atividade do preocupação? A veracidade dos vão se transformando em material


item a, converse com a turma fatos ou a criação de situações para a escrita de crônicas.
para que todos troquem impres- literárias? Desenvolva o item b desta ativi-
sões sobre: O objetivo desta atividade não dade em pequenos grupos e pro-
Se a crônica e o relato usam o é elaborar uma classificação rí- ponha uma socialização depois,
mesmo assunto, o que diferencia gida a respeito das características para redigirem juntos uma lista
um do outro? dos gêneros, mas espera-se que de “características” que fazem de
Em que situações somos leva- os alunos percebam o lugar dos um texto uma crônica.
dos a relatar um fato cotidiano? relatos de fatos do cotidiano e, Alguns dos aspectos do texto de
Com que objetivo? Qual a nossa de algum modo, como esses fatos Novaes estão indicados a seguir:

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• P45 Reconhecer os efeitos
de sentido provocados
pela combinação, no texto,
de sequências narrativas,
descritivas, expositivas,
conversacionais, instrucionais
Analogias absurdas, como cadeira de dentista e pau de arara,
ou argumentativas. pessoas com dentes da frente de esquilo; duplo sentido das
palavras – “canal” como parte do dente e canal como porção estreita
de água, em geral, navegável; certo paralelismo nas construções:
“a anestesia vai impedir a dor” e “eu vou impedir a anestesia”; a
inversão de papéis – com a secretária e com o dentista; a ironia nos
diálogos; a presença de sequências de filmes de aventura em outro
contexto; o exagero das cenas e o inusitado do final.

Possibilidade de resposta: A anestesia deveria impedir a dor,


disse o dentista, e eu impedirei a anestesia, retruquei.
Segurei firme o pulso do dentista. Ele fez pressão para alcançar
minha pobre gengiva. Permaneci segurando seu pulso.
Ele apoiou o joelho no meu baixo-ventre. Continuei resistindo,
em posição defensiva. Ele subiu em cima de mim. Miserável!
E gemi quase sem forças. Ele afastou a mão que agarrava seu
pulso e desceu com a seringa. Lembrei-me de Indiana Jones
e, num gesto rápido, desviei a cabeça. A agulha penetrou a
poltrona. Peguei o esguichador de água e lancei-lhe um jato no
rosto. Ele voltou com a seringa.
Disse para ele não pensar que iria me anestesiar como
anestesia qualquer um. Dei-lhe um tapa na mão.
A seringa voou longe e escorregou pelo assoalho.
Corremos os dois pra alcançá-la, caímos no chão, embolados,
esticando os braços para ver quem pegava a seringa.
Tapei-lhe o rosto com meu babador e cheguei antes.
A situação se invertera: eu estava por cima.
Disse-lhe que agora quem dava as ordens era eu.
Ordenei-lhe que abrisse a boca. O dentista retrucou dizendo
que não havia nada de errado com seus dentes. Falei que a mim
ele não enganava, pois todo mundo tinha problemas dentários.
Foi então que confessou que morria de medo da anestesia.
Disse a ele que eu suspeitava disso, que era fácil ser corajoso
com a boca dos outros e que queria ver ele continuar dentista
na hora de abrir a própria boca. Levantei-me da cadeira e disse
que ele não passava de um paciente.

Valorização do episódio, até mes- sagem em que ele sugere a aten- Presença de diálogo em toda a
mo exacerbando fatos insignifican- dente sentar na cadeira do den- crônica. O diálogo e a fala pró-
tes para dar ênfase à cena, como tista e vivenciar a sua agonia de xima ao cotidiano, sem grandes
no trecho em que aproxima a odon- paciente (trecho 2). tratamentos/elaborações, ga-
tologia a uma atividade da Idade A narrativa como esquete de fil- rantem o caráter libertário da
Média e, a um só tempo, compara me como Indiana Jones, que dá à crônica que se ocupa em contar
a cadeira do dentista a um ins- crônica um ar de aventura vivida, os fatos da vida que, na maior
trumento de tortura (trecho 1). quando o que está sendo contado parte das vezes, são constituídos
Uso da ironia, que dá o tom do é “apenas” uma ida ao dentista de diálogos. Ao abordar esse as-
humor na crônica, como na pas- (trecho 3). pecto da crônica, retome o texto

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Antes da leitura da crônica de
Essa crônica foi escrita em 4 de julho de 1883. Machado, proponha a leitura
(em diferentes aulas) das
primeiras crônicas sugeridas
no Momento crônico (ver
texto de apresentação) que
tematizam diferentes fatos
cotidianos.

“Chatear e encher” – lido na in- ceber o efeito que o discurso di- leitor e com a cotidianidade. Reto-
trodução desta Unidade. Observe reto confere ao texto: aproxima o me com eles as noções de discurso
que o autor do texto usa a forma leitor dos fatos. É como se o narra- direto e indireto.
de diálogo, por excelência, para dor saísse de cena por um instante Para iniciar a questão 2, leia até
contar a situação. e deixasse o leitor frente a frente o artigo IV e proponha que os
Fim inesperado (o dentista ter com as personagens. Na crônica, alunos continuem a leitura silen-
medo de anestesia), que agrega em razão do registro de linguagem ciosamente.
o caráter inusitado à situação. usado – informal, o diálogo provo-
No item e, os alunos devem per- ca ainda maior proximidade com o

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• P41 Relacionar a crônica ao
seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
A forma da crônica é semelhante a de um estatuto.
suportes digitais).
• P45 Reconhecer os efeitos
de sentido provocados
pela combinação, no texto,
de sequências narrativas,
descritivas, expositivas,
conversacionais, instrucionais Porque, apesar de apresentar-se como um estatuto, seu
ou argumentativas. objetivo não é regulamentar o uso do bonde, mas outro, literário,
chamando a atenção, pelo uso inusitado do regulamento, para
• P44 Inferir, a partir de elementos os problemas que os passageiros de bonde enfrentam, pela
presentes no próprio texto, o uso falta de bom senso e de educação de alguns usuários.
de palavras ou expressões de
sentido figurado.
Cheiro, odor desagradável, repugnante; fedor, catinga

Pelo contexto, Machado de


Assis deve se referir a charutos
de péssima qualidade, pois o
cheiro incomoda aos demais.
Uma bala não traria desconforto
aos outros. Além disso, naquela
época, diferentemente de hoje,
era comum as pessoas fumarem
nos transportes coletivos.

Em relação ao item a, cabe res- preender melhor essa escolha, Gazeta de Notícias, que pretendia
saltar que o estatuto serve para proponha que os alunos pensem abordar aspectos da atualidade
regulamentar condutas de com- como ficaria o texto de Machado carioca, portanto, da vida social,
portamento em sociedade. A de Assis se fosse escrito como no caso, o uso do transporte
escrita da crônica na forma de carta ou mesmo como uma crô- público. Retome com os alunos
estatuto provoca certo humor e nica mais usual. Certamente, o algumas informações do boxe so-
possibilita que seus leitores pen- humor perderia a força. bre a seção Balas de Estalo, para
sem sobre determinada forma de É preciso também considerar chamar a atenção sobre como o
se comportar em uma situação o fato de que essa crônica foi bonde era uma novidade para os
social. Para que possam com- publicada em um jornal, como a moradores da cidade.

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• P50 Produzir crônica,
levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema e
aos propósitos do texto e a
continuidade temática.

Faz-se necessário prever


momentos para a revisão do
texto produzido. As Orientações
curriculares e proposição de
expectativas de aprendizagem
Ciclo II trazem sugestões
importantes para a
organização desta atividade
(ver p. 102-106).

Para auxiliar os alunos nesta pri- volta para casa. A fila deve ser acertar a cara ou as costas dos
meira produção escrita, escreva obedecida, sendo garantidas as outros quando você se vira ou
com eles no quadro dois ou três prioridades. Não é nada elegan- simplesmente anda no coletivo.
artigos que sirvam como ponto de te achar que a própria pressa é
partida para a escrita dos próxi- maior que a dos demais.
mos. Por exemplo: • Artigo II – Do transporte de
• Artigo I – Da entrada no ônibus mochilas
A entrada no ônibus é um mo- As mochilas devem ser retiradas
mento crucial, especialmente, no das costas durante a permanên-
início da noite, quando a maioria cia no ônibus. Não é de bom tom

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Para desenvolver o item a, pro- 90 anos como se agravou, isso que entopem bocas de lobo etc.
mova uma conversa com os alu- porque não foram dadas respostas É importante deixar os alunos à
nos sobre essa crônica. Seria inte- efetivas para a questão e o cres- vontade para responderem, troca-
ressante propor questões, como: cimento desordenado das cidades rem impressões e opinarem sobre
“Por que o tema abordado na piorou o quadro: pouca manuten- o texto. Comente com eles suas
crônica se mantém atual, seja ção de áreas verdes que absorvam impressões sobre a crônica de
no Rio de Janeiro, seja em São a água e ampliação das áreas de Lima Barreto!
Paulo?”. Esse problema não só asfalto (que acumulam água);
continuou a existir nos últimos sujeira nas ruas e nos córregos

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• P47 Aceitar ou recusar as
posições ideológicas que
reconheça nos textos que lê.
• P48 Trocar impressões com
outros leitores a respeito dos
textos lidos.
• P41 Relacionar a crônica ao
seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais).

As possibilidades de respostas são muitas. Por exemplo:

“Chuva deixa Rio de Janeiro em estado de atenção”

A chuva que caiu no úl- foram atingidos com inun-


timo fim de semana no dações e famílias inteiras
Rio de Janeiro deixou perderam seus bens por
a cidade em estado de causa da água que inva-
atenção. Vários bairros diu as residências.

No item b, destacar para os alu- de Janeiro, em 1915, que levou


nos a relação de proximidade que Lima Barreto a escrever a crôni-
a crônica tem com os fatos coti- ca “As enchentes”. A partir daí,
dianos, em especial os veiculados eles devem escrever a manchete
nos jornais. Posteriormente, serão e o lide de uma possível notícia
aprofundados os aspectos carac- sobre esses “fatos”, o que não
terísticos dessa relação crônica- será muito complicado, uma vez
-jornal; agora ajude-os a pensar que já desenvolveram atividades
o que pode ter acontecido no Rio sobre o gênero notícia.

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A década de 1970, época em familiares e as relações sociais. internet, à televisão a cabo ou
que a crônica de Rubem Braga A observação dessas mudanças à aberta. Importa aqui levar os
foi publicada, foi um período em pode ser considerada uma motiva- alunos a refletir que uma das fi-
que a televisão se disseminava ção para esse texto. A tentativa nalidades da crônica é abordar
nas cidades brasileiras. Não é de de atualização do tema da crônica assuntos contemporâneos, tendo
surpreender que tenha modifica- provavelmente levará a respos- como interlocutores o grande pú-
do significativamente as rotinas tas referentes ao video game, à blico de jornais e revistas.

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• P42 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P46 Estabelecer relações
intertextuais entre o texto e
outros a que ele se refere.
• P41 Relacionar a crônica ao
X
seu contexto (interlocutores,
finalidade, lugar e momento em
que se dá a interação) e suporte Na parte 1 do texto, o cronista tece considerações negativas
de circulação original (objetos e na parte 3, tece considerações positivas.
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais).

Uma interpretação possível à imagem é o “controle remoto”


que está no bolso do telespectador, no mesmo lugar que a
arma do ator na TV. Pode-se pensar que o controle remoto (e,
na época da crônica de Rubem Braga, o botão de desligar)
funciona como a “arma” do telespectador para impor limites
à influência da televisão. De certa forma, ele sempre pode
desligar a TV ou mudar de canal. O cartum também brinca com
a ideia de que o telespectador é passivo, imita o que vê na TV.

A década de 1970, época da publicação da crônica de Rubem


Braga, foi um período em que a televisão se disseminava nas
cidades brasileiras. Não é de surpreender que tenha modificado
significativamente as rotinas familiares e as relações sociais.
A observação dessas modificações pode ter sido uma das
motivações para a escrita do texto. A tentativa de atualização
desse tema provavelmente levará a respostas referentes ao video-
-game, à internet, à TV a cabo ou à aberta. Importa aqui
possibilitar que o aluno reflita que uma das finalidades da crônica
é abordar assuntos contemporâneos, tendo como interlocutor o
grande público dos jornais e revistas.

No item a, é interessante destacar últimos, mas também pode indicar assiste na televisão, a de um filme
que ambos os pontos de vista (ne- um elemento surpresa que o autor de faroeste. Essa imitação se refere
gativo e positivo) em relação à TV quis incluir (no meio intelectual, é a uma crítica muito frequente à te-
estão no texto, dando ao assunto o comum falar mal da televisão, mas levisão: de que cria certas imagens
tratamento do caráter contraditó- difícil reconhecer seus benefícios). e as apresenta como modelos a ser
rio que os fatos sociais geralmente Use o item b para debater com repetidos. Sobre isso, observe-se
têm. O movimento do texto, des- os alunos a influência da TV nos como a cada novela diferentes
tacar aspectos negativos no início modos e costumes do público em roupas, gestos, expressões etc. são
e positivos no fim, pode dar a en- geral. O cartum mostra um teles- lançados e copiados pelo público.
tender que a ênfase recai sobre os pectador imitando a cena a que

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Resposta pessoal justificada

Ainda é possível fazer


referência ao tradicional
programa de TV “Sessão
Coruja” (posteriormente
Ao relacionar a TV ao animal “coruja”, que tem hábitos “Corujão”), que, de certa
noturnos, e ainda acrescentar o termo no diminutivo, o maneira, emprega a mesma
“apelido” corujinha da madrugada ganha uma conotação metáfora para ressaltar a ideia
quase carinhosa para se referir à televisão. Em outras
palavras, a TV acompanha os insones, pois não dorme, de “se manter acordado”
assim como a coruja, e é tão próxima das pessoas que pela madrugada.
carinhosamente ganha um diminutivo.

Cachoeiro de Itapemirim é uma cidade no interior do


Espírito Santo. Ao colocar no plural, Braga parece
querer generalizar os impactos da TV para outras
pequenas cidades.

Espera-se que os alunos identi- ticas negativas à TV e, para tan- vo bastante comum, em que os
fiquem que, na primeira parte, o to, divide o texto com asteriscos argumentos contrários à posição
autor apresenta os impactos ne- e usa um “mas” que introduz a do autor são apresentados previa-
gativos da televisão, comumente conclusão, apontando argumentos mente, de forma que, ao se posi-
levantados quando se faz críticas positivos em relação ao veículo, cionar, ele deixa claro que está
a esse meio de comunicação. Na invertendo a orientação argu- considerando todo o cenário de
terceira parte, ele assume uma mentativa. Rubem Braga vale-se posições, mas sua fundamentação
posição contemporizadora das crí- de um movimento argumentati- vai na direção contrária.

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• P47 Aceitar ou recusar as
posições ideológicas que
reconheça nos textos que lê.
• P53 Reconhecer o
emprego de linguagem
figurada e compreender
os sentidos conotados.
• P52 Identificar possíveis Possibilidade de resposta: Aspectos negativos da TV.
elementos constitutivos Possibilidade de resposta: A TV provocando
da organização interna da desentendimentos familiares.
crônica: introdução, Possibilidade de resposta: Aspectos positivos da TV.
desenvolvimento e conclusão.

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Proponha a leitura da crônica
”A bola”, de Luis Fernando
Verissimo, disponível no
Momento crônico, que também
tematiza o desenvolvimento
tecnológico e as mudanças no
cotidiano.

Alguns estão marcados em


vermelho no próprio texto.

A dinâmica das relações sociais reproduz o funcionamento


de certo tipo de família em que o pai sai para trabalhar, a mãe
fica em casa e, no caso da crônica, há o “mordomo invisível”
que faz o serviço da casa. De certa forma, é possível pensar
em uma crítica a essa configuração familiar, já que, apesar do
inusitado da situação, há uma sensação de mal-estar que a
mãe deixa transparecer.

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• P46 Estabelecer relações
intertextuais entre o texto e
outros a que ele se refere.

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Comentários pessoais sobre o que leram na notícia e,
eventualmente, sobre o jogo, caso algum aluno tenha
assistido a ele e se lembre dele.

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Resposta pessoal

No item d, garanta que o título


criado pelos alunos sintetize o
texto, algo como “Venceu, mas
não convenceu”, “Vitória aperta-
da”, “Podemos confiar nessa se-
leção brasileira?”.

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• P44 Inferir, a partir de elementos
presentes no próprio texto, o uso
de palavras ou expressões de
sentido figurado.

Primeiro tempo
5 min – Goooooooolllll do Brasil, de Kaká, de chapéu!
8 min. – Brasil bobeia do lado esquerdo e Zidan marca o
primeiro gol do Egito, de cabeça!
11 min. – Segundo goooollll do Brasil, de Luís Fabiano, de
cabeça!
32 min. – Perigo para o Brasil. Abou Terika teve uma boa
chance de gol, mas se enrolou.
Fim do primeiro tempo – Mais um gol do Brasil! Juan faz 3
a 1 depois de escanteio cobrado por Elano.

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Segundo tempo
8 min. – Gol de Shawky, segundo gol do Egito.
9 min – O Egito empata 3 a 3 com gol de Zidan.
Alteração no time brasileiro – saída de Robinho e entrada
do Pato; sai Elano e entra Ramires e entra André Santos no
lugar de Kléber.
Marcação de pênalti – Kaká bate, goooooool do Brasil.
Fim do jogo – 4 a 3 para o Brasil.

O cronista faz uma brincadeira ao dizer “adverso leitor”


e “adversativa leitora”, fazendo referência às conjunções
adversativas. O “mases” do título é um plural inventado da
conjunção “mas” (para provocar humor).

Destaque o fato de que, em uma como no artigo de opinião. Ele comentar que elas encerram
crônica como essa, o autor faz pode expressar sua subjetivida- ideias de oposição, contraste.
muito mais do que dar informa- de, seus medos e angústias sem É como se algo fosse sendo afir-
ções sobre o jogo (como as que tanto compromisso com a lógica mado em uma direção e o uso da
estão no quadro). Ele tece co- argumentativa. conjunção adversativa preparas-
mentários, opina. Mas faz isso Aproveite para explicar/reto- se para a introdução de algo que
sem necessariamente ter de ar- mar as conjunções adversati- vem na direção contrária/oposta.
gumentar de forma consistente, vas. Em linhas gerais, você pode

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• isso durou pouco.
• a confiança durou pouco.
• logo veio um outro gol.
• O time dominava.
• Trocava a bola perto da
grande área.
• não veio.
• novamente estava errado.
• não era um dia para
fazer previsões.
• o jogo ficou equilibrado.
• isso não ocorreu.

• Venceu
•4x3

O essencial no item h não é acer-


tar com precisão o preenchimento
do quadro, mas, tendo em vista
um contexto, colaborar para a re-
flexão do aluno sobre o sentido
da conjunção adversativa. Assim,
são aceitáveis todas as respostas
que respeitarem o contexto geral
do texto e o sentido da oração
orientado pela ideia de contraste.

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• P56 Compreender criticamente
os sentidos e a intencionalidade
do relato.
• P57 Trocar impressões.

Com base em diferentes relatos contando uma ida ao estádio de posições nos relatos do vídeo e
sobre o mesmo fato – uma ida a futebol, mas com opiniões con- proponha que, em grupos, escre-
um estádio –, os alunos podem trárias: uma adorou a experiência, vam o início de uma crônica como
perceber mais uma variável que a outra detestou. Antes do vídeo, se fossem uma das garotas. A es-
torna bastante diversificadas as proponha uma conversa sobre crita da crônica (parágrafo inicial)
possibilidades de escrita das crô- futebol, sobre o último jogo da possibilita que “brinquem” um
nicas: a diferença de perspectivas seleção, enfim, abra espaço para pouco com as opiniões diversas e,
e opiniões, também explorada os alunos observarem que o fute- ao compararem as produções dos
nas atividades 4 e 6. Exiba o ví- bol é campo fértil para a crônica. grupos, pensem sobre as várias
deo que apresenta duas garotas Retome com eles as diferentes formas de contar o mesmo fato.

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• P48 Trocar impressões com
outros leitores a respeito dos
textos lidos.
• P50 Produzir crônica,
levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema e
aos propósitos do texto e da
continuidade temática.
• P51 Revisar e editar o texto
focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem.

Nesta atividade, os alunos escre- em duplas, para que eles possam mos que faça mediações, possi-
verão uma primeira crônica in- conhecer o texto e, depois, fazer bilitando que eles se posicionem
dividualmente, seguindo alguns uma leitura compartilhada em em relação aos textos que leem.
elementos fornecidos pela crônica que cada um lê o trecho referente Ressalte também aspectos da vida
de Ferréz. Antes de ler o texto, a uma das personagens (homem de Ferréz, morador da periferia de
pergunte-lhes se conhecem o au- malvestido, policial, senhora no São Paulo, espaço de onde extrai
tor, do qual alguns já devem ter banco do ônibus etc.). elementos inspiradores para seus
ouvido falar, dada sua proximi- Após a leitura, peça-lhes para textos.
dade com o movimento Hip-Hop. falarem a respeito de suas im- Outra pergunta possível nessa
Uma possibilidade é primeiro ler pressões sobre o texto. Sugeri- conversa é: “Como a crônica se

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relaciona com o nome do livro de Chame a atenção para o fato de Observe se percebem que o uso
Ferréz em que está publicada?” que praticamente todos os pará- do artigo definido justifica-se
O nome do livro é Ninguém é grafos do texto se iniciam com um pelo fato de o personagem já ter
inocente em São Paulo, relação artigo indefinido, o que cria sido introduzido na crônica. Essa
que, de algum modo, o autor vai um paralelismo crescente. Per- percepção dos alunos pode ser
tentando construir ao apresentar gunte aos alunos as razões que tomada como demonstrativa da
diferentes perspectivas e percep- levaram o autor a iniciar o 7o compreensão do uso adequado
ções para o mesmo fato. parágrafo com artigo definido. dos artigos.

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• P46 Estabelecer relações
intertextuais entre o texto e
outros a que ele se refere.
• P49 Planejar a crônica:
selecionar evento cotidiano
no noticiário ou episódio vivido;
pesquisar detalhes desse
acontecimento; identificar
aspecto do evento ou
episódio que pode ser
explorado criticamente.
• P50 Produzir crônica
levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema e
aos propósitos do texto e a
continuidade temática.

No item b, espera-se que os alu- por isso, nenhuma é “inocente”.


nos percebam que não se trata de Acusam a priori o sujeito malves-
um grande assalto e que o título tido, pretendem ficar olhando-o
é uma ironia, reação ao precon- apanhar.
ceito das pessoas. Proponha que alguns alunos es-
No item c, incentive-os a refletir crevam de diferentes perspectivas
sobre a implicação que cada uma e depois peça-lhes que leiam sua
das personagens da crônica tem crônica para a turma.
em relação à situação criada e,

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170 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 171

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172 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P50 Produzir crônica,
levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema e
aos propósitos do texto e a
continuidade temática.
Carta

Momento crônico: Antes da


leitura das notícias para que
os alunos escrevam crônicas,
proponha mais um Momento
crônico. Uma possibilidade é
indicar a leitura de mais uma
crônica de Scliar – “Mãe é
fogo” –, também inspirada
em uma notícia de jornal.
Veja referências no texto de
apresentação da Unidade.

Item b: Scliar escreve a crônica Item c: Esta atividade também aula o resultado da busca. O im-
em forma de carta, em que a dona demanda que os alunos produzam portante é que compreendam o
do restaurante pretende suposta- uma crônica, partindo da esco- “espírito” da produção de Scliar
mente explicar ao delegado que lha de uma das notícias. Outras para realizarem a proposta desta
a autuou que o siri no banheiro podem ser escolhidas por eles, atividade. Scliar parte de fatos
não era falta de higiene: ao con- mas, se esse for o caso, deverão verídicos para escrever histórias
trário, tratava-se de um hábito de pesquisar em jornais impressos muitas vezes inverossímeis, como
higiene do siri. ou online e levar para a sala de a do siri higiênico. Essa liberda-

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• P49 Planejar a crônica:
selecionar evento do cotidiano
no noticiário ou episódio vivido;
pesquisar detalhes desse
acontecimento, identificar
aspecto do evento ou episódio
que pode ser explorado
criticamente.

de que o autor tem para brincar


com um fato e criar outro cenário
é o que possibilita a escrita da
crônica. Para sensibilizar os alu-
nos para esse trabalho, destaque
a ideia da notícia como fato ve-
rídico e da crônica como espaço
de situações verossímeis ou inve-
rossímeis.

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 175

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Deixe que a turma comente livre-
mente a crônica do aluno, dizen-
do porque gostou ou não. Faça
isso em uma roda de conversa
para depois continuar o plane-
jamento da escrita da crônica.
O importante é que comentem e
troquem uns com os outros suas
ideias sobre os assuntos e as si-
tuações pensados.

176 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Para a próxima aula, você
pode propor que algum aluno
leia a crônica “Um fato e suas
versões”, que uma das autoras
deste material escreveu
seguindo a proposta de
produção feita para os alunos.
Veja indicações no texto de
apresentação da Unidade.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 177

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• P49 Planejar a crônica:
selecionar evento do cotidiano
no noticiário ou episódio vivido;
pesquisar detalhes desse
acontecimento, identificar
aspecto do evento ou episódio
que pode ser explorado
criticamente.
• P50 Produzir crônica,
levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema e
aos propósitos do texto e da
continuidade temática.
• P51 Revisar e editar o texto
focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem.

A primeira parte desta atividade o encaminhamento da crônica, é início da atividade, já que a ideia
é a da escolha do assunto a ser hora de produzir o texto escrito. é que o livro da turma possa cir-
abordado na crônica. Cada aluno Enquanto estiverem escrevendo a cular pela escola e, se todos con-
escolherá o seu depois de uma primeira versão do texto, observe cordarem, também pelos pais dos
roda de conversa em que a turma, se algum deles apresenta dificul- alunos. Leia o detalhamento do
com sua mediação, ajuda os cole- dades. Esse texto demandará revi- trabalho com a produção de texto
gas a encontrar motes para suas sões e edições, procedimento que escrito proposto nas Orientações
crônicas. Selecionado o assunto e deve ser indicado a eles desde o curriculares... (p. 102-106).

178 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Para organizar a produção
das crônicas, é fundamental
garantir orientações aos alunos
para a primeira escrita e para
a revisão/edição posterior.
As Orientações curriculares e
proposição de expectativas de
aprendizagem Ciclo II trazem
sugestões detalhadas para o
encaminhamento de atividades
de produção de texto (ver p.
102-106). Seria interessante
consultá-las antes de planejar
esta atividade.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 179

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A leitura dessas produções deve Este é o momento de organizar ria interessante pensar em uma
ser feita antes da organização do o livro da turma. Primeiro, em capa e desenhos internos para a
livro de crônicas da turma. Depois trios, os alunos escolherão que produção coletiva. A intenção é
da leitura, é provável que ainda crônica, entre todas as produzidas que essa produção circule pela
haja necessidade de propiciar por eles no decorrer da Unidade, escola e pela família dos alunos
aos alunos um momento para a comporão a coletânea. Em segui- (que podem ser convidadas a ver
edição final, já que sua leitura da, organize a impressão desses o livro na escola, por exemplo,
contribuirá indicando o que pode textos e verifique a possibilidade em algum evento). Por isso, pen-
ser melhorado. de encaderná-lo. Também se- se em uma encadernação e papéis

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mais resistentes, para que o livro No item a, é fundamental acom-
não deteriore. Outra possibilida- panhar os trios e ajudar os alunos
de é reunir as produções desta na seleção das crônicas. Alguns
Unidade e criar um blog com as critérios para essa avaliação são
crônicas da turma. Esta sugestão propostos no item e, da ativida-
não exclui a primeira. Para criar o de 7. Embora a decisão final seja
blog será necessário alguém que do autor, é importante que ele
conheça essa ferramenta. considere as opiniões dos colegas
– leitores das suas crônicas.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 181

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182 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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2o semestre

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• P1 Relacionar verbete de
enciclopédia ao seu contexto
de produção (interlocutores,
finalidade, lugar e momento
em que se dá a interação) e
suporte de circulação
original (objetos elaborados
especialmente para a escrita,
como livros, revistas, papéis
administrativos, periódicos,
documentos em geral).
• P2 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.

Resposta pessoal. Os alunos podem


responder que existe
uma organização específica (por ordem
alfabética ou temática),
que os verbetes explicam algo (palavras,
fenômenos, objetos etc.),
assim como comentar sobre a extensão
dos textos, a forma composicional e o
suporte ou sobre as diferentes funções
sociais do dicionário e da enciclopédia.

Recupere oralmente o que os utilizar um dicionário eletrônico


alunos sabem sobre o gênero e um impresso. Sistematize as
verbete, discutindo com eles as vivências de sua turma sobre o
questões iniciais. É provável que gênero verbete de enciclopédia
alguns comentem sobre dicio- para que você possa ampliar as
nários e enciclopédias virtuais. possibilidades de uso e sugestões
Nesse caso, pergunte, por exem- ao longo da Unidade.
plo, se há diferenças no modo de

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 185

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• P3 Recuperar informações
explícitas.
• P4 Inferir o sentido de palavras
ou expressões a partir do
contexto ou selecionar a
acepção mais adequada
em verbete de dicionário
ou de enciclopédia.

O dicionário

Resposta possível: Livros, enciclopédias, revistas, sites.

Alimente a discussão dos alunos, campo a que o termo se refere. vimento, personagens importan-
chamando a atenção para as ca- O verbete enciclopédico tem tes relacionados com o tema etc.
racterísticas de cada um dos ver- como função transmitir e divul- Em sua forma textual, reflete seu
betes. Ao analisar as semelhanças gar conceitos de diversas áreas contexto de comunicação e sua
e diferenças, destaque tanto as- do conhecimento humano para o função de divulgação de termos
pectos da estrutura composicio- público em geral em linguagem científicos: é breve (o máximo
nal como o tema e o estilo. simplificada e abreviada. Carac- possível), traz a ciência ou área
O verbete é um gênero da esfera teriza-se por expandir determi- a que o termo se associa, a defi-
da divulgação científica, orga- nado tema, apresentando fatos nição atualizada, algumas infor-
nizado por um especialista no históricos, a origem, o desenvol- mações extras, menos científicas

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e populares, e contextos de uso. sumir a linguagem especializada sua forma textual, apresenta a
Quanto ao estilo, mesmo que sim- e conceitos científicos, o verbete abreviação da classe gramatical
ples, utiliza o vocabulário cientí- enciclopédico apresenta remis- da palavra, a “rubrica” ou área de
fico, a linguagem especializada, sões ou “linkagens”, destacando conhecimento em que a defini-
em geral com verbos no presente outros termos que podem ser bus- ção se enquadra e exemplos de
do indicativo e formas nominais cados para aprofundar o assunto. aplicação da palavra em frases.
para dar a ideia de um “presente O verbete de dicionário é mais Lembre aos alunos que nem to-
eterno”, ou seja, de que trata de conciso, pois seu objetivo é de- das as definições servem para o
“verdades universais, eternas”. finir o vocábulo, e não explicá- contexto em questão.
Como não é fácil simplificar e re- -lo como um tema amplo. Em

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• P1 Relacionar verbete de
enciclopédia ao seu contexto
de produção (interlocutores,
finalidade, lugar e momento
em que se dá a interação) e
suporte de circulação
original (objetos elaborados
especialmente para a escrita,
como livros, revistas, papéis
administrativos, periódicos,
As acepções 3 e/ou 4
documentos em geral).
• P10 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna do verbete
de enciclopédia: termo de
entrada, área de conhecimento à
qual pertence o termo, definição.

A Encyclopédie (Enciclopédia) organização em ordem alfabética. entre si. Segundo Rojo (2008,
inaugurou, no século XVIII, uma Em sua criação, essa escolha se p. 590), “as remissões são, em
nova maneira de fazer circular deu para “democratizar” o aces- última análise, protocolos de
as ideias e conceitos científicos so às ciências: não é necessário leitura, ‘itinerários’ de viagem
e colocou à disposição do povo saber a relação temática entre que cabe ao autor/editor sugerir
imenso conjunto de textos, aten- termos para buscá-los em uma e colocar à disposição do leitor”.
dendo à crença dos iluministas de enciclopédia. Contudo, tal orga- A remissão consiste na ligação
que a razão, as ciências poderiam nização tornou necessária a re- de uma entrada com outras pre-
iluminar a mente das pessoas. É missão ou “linkagem”: maneira sentes na enciclopédia. Pode ser
importante explorar a questão da de relacionar os conhecimentos feita no fim do verbete (“veja

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também tal e tal entradas”) ou no remissão se faz por meio de links,
interior do próprio texto, normal- em geral sinalizados em azul.
mente em letras maiúsculas, em Para trabalhar o conteúdo do qua-
negrito ou itálico, como é o caso dro “Você sabia?”, é interessante
de HORÓSCOPO no exemplo do li- propor um trabalho interdiscipli-
vro. Nas enciclopédias digitais, a nar com o professor de História.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 189

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Algumas questões exigem uma a eles que o suporte impresso exi- do mouse. Esses links ocorrem
discussão sobre a diferença entre ge uma leitura linear e a consulta na forma de termos destacados no
os suportes da enciclopédia im- página por página. O digital apre- corpo do texto principal, ícones
pressa e da digital. Leve os alu- senta hipertexto, ou seja, texto gráficos, imagens ou mesmo sons
nos à sala de informática e peça ao qual se agregam conjuntos de e têm a função de interconectar
ajuda ao professor orientador de informação cujo acesso se dá por os diversos conjuntos de infor-
informática educativa, para que meio de referências específicas mação, oferecendo acesso às
os alunos possam navegar por denominadas hiperlinks, ou sim- informações que estendem ou
uma enciclopédia digital. Mostre plesmente links, com um clique complementam o tema principal.

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• P1 Relacionar verbete de
enciclopédia ao seu contexto
de produção (interlocutores,
finalidade, lugar e momento
em que se dá a interação) e
suporte de circulação
original (objetos elaborados
Não, porque o dicionário traz a definição de um vocábulo de maneira
mais breve e sucinta, sem expansões em relação ao tema. O primeiro
especialmente para a escrita,
verbete, no início, se assemelha ao verbete de dicionário – traz a como livros, revistas, papéis
abreviação da classe gramatical e uma definição breve –, mas logo o administrativos, periódicos,
tema se expande. documentos em geral).
• P2 Estabelecer conexões
A expansão do tema. Os verbetes enciclopédicos não apenas entre o texto e os
definem o vocábulo, mas também trazem outras explicações, conhecimentos prévios,
como origem, termos e conceitos relacionados, exemplos. vivências, crenças e valores.
• P3 Recuperar informações
explícitas.

O primeiro termo, a “entrada” do verbete, é astrologia, o tema


pesquisado. Depois, vem a origem (do grego). Nos dois casos,
há remissões a termos relacionados: no primeiro, aparece a
palavra HORÓSCOPO (em letras maiúsculas); no segundo,
links destacados em azul e sublinhados.

Abreviação da classe gramatical; relação da posição dos astros


no momento do nascimento

Período dos primeiros registros; outros campos de influência:


Vedas, Bíblia; processo histórico de distinção com a astronomia;
interpretação de astrólogos modernos; índice para outros
termos de conteúdo

Origem grega; definição direta; caracterização como


pseudociência; relação com a astronomia

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 191

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• P1 Relacionar verbete de
enciclopédia ao seu contexto
de produção (interlocutores,
finalidade, lugar e momento
em que se dá a interação) e
suporte de circulação
original (objetos elaborados
especialmente para a escrita, No primeiro verbete, depois de definir astrologia como
“prática divinatória que supõe a influência dos astros no curso
como livros, revistas, papéis dos acontecimentos na Terra e sobre o destino das pessoas,
administrativos, periódicos, grupos ou nações”, expande-se o tema para a prática de predição
documentos em geral). do futuro e sua relação com o horóscopo. Também é citada a
interpretação da astrologia como pseudociência.
• P10 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna do verbete
de enciclopédia: termo de No segundo verbete, a expansão se dá, principalmente, em
entrada, área de conhecimento à termos históricos: a possível origem da prática da astrologia,
sua relação com a astronomia e o processo de distinção entre
qual pertence o termo, definição. as duas, sua influência em registros como os Vedas e a Bíblia.
• P11 Examinar em textos o uso Também se expande o tema pela caracterização dos astrólogos e
de numerais na orientação pela interpretação que estes dão à prática, como “uma linguagem
simbólica, uma forma de arte ou uma forma de vidência”.
da subdivisão do tema ou na
enumeração de propriedades.
• P13 Examinar em textos o uso
de vocabulário técnico.

O suporte impresso tem limitação espacial. A informação


escrita segue uma sequência linear, linha por linha, página por
página. Dessa forma, cada verbete deve ser buscado na ordem
alfabética, virando as páginas, e, provavelmente, lido de maneira
linear e sequencial.
No suporte digital, basta digitar uma palavra no campo de busca
do site e clicar em “Ir”. O texto da internet é caracterizado
como hipertexto: seus links permitem uma leitura não linear;
o leitor tem liberdade de escolher vários caminhos, a partir de
sequências associativas possíveis entre blocos vinculados por
remissões, sem estar preso a um encadeamento linear único.

Quem consulta uma enciclopédia Se achar pertinente, sugira que


é, em geral, um não especialista os alunos façam uma visita à
que precisa da informação para sala de leitura para conhecer o
fins de estudo ou pesquisa. Tan- acervo de enciclopédias da es-
to a enciclopédia impressa como cola, analisando ano de publi-
a digital dirigem-se ao leigo em cação, extensão dos verbetes,
determinado assunto. Explore os temas e formas de organização.
diversos temas que podem ser
encontrados em enciclopédias.

192 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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No suporte impresso, o leitor deve buscar a palavra
HORÓSCOPO pela ordem alfabética. Já na internet, os termos
destacados em azul são links que levam a outras páginas
com as respectivas definições; dessa forma, ampliam-se a
dinamicidade e a quantidade de remissões possíveis em um
único verbete.

Os dois verbetes são dirigidos a pessoas que buscam


informações sobre um tema para realizar pesquisas ou
aprofundar seu conhecimento sobre um tema. Em geral, quem
consulta um verbete é o não especialista, o leigo no assunto,
que precisa da informação para estudar ou para outras
finalidades. A mudança de suporte não altera o público-alvo,
mas a maneira de fazer a busca, o que implica familiaridade
com o uso do computador no segundo caso.

O índice alfabético organiza os termos na ordem alfabética,


sem divisões em disciplinas ou áreas de conhecimento.
O índice temático separa os termos por tema, disciplina ou área.
O primeiro é uma maneira mais geral e interdisciplinar de
organização; o segundo aproxima os termos relacionados,
dispensando as remissões necessárias na organização alfabética.

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• P12 Examinar em textos o uso
de tempos verbais no eixo do
presente para reconhecer os
eventos anteriores e posteriores
a esse tempo (pretérito perfeito/
futuro do presente).

substantivo feminino substantivo feminino

observação grego

confira, confronte enciclopédia

exemplo

O leitor pode fazer uma pesquisa no dicionário ou na internet


para descobrir. No entanto, é importante mostrar que o
significado de tais abreviaturas aparece normalmente no início
das obras por meio de uma lista em ordem alfabética.

Presente do indicativo, porque expressa certeza e atemporalidade,


característico de textos que definem algo, o que algo “é”.

Os verbos no passado aparecem quando se retomam


relatos históricos.

Como o gênero verbete de di- linguagem especializada no pró- tempo verbal e modo verbal para
cionário é breve e preciso, os prio dicionário ou na enciclopé- que percebam a diferença entre o
dicionaristas e verbetistas uti- dia. Em geral, há uma lista no indicativo e o subjuntivo, o efei-
lizam em seus textos marcas início das obras. to de verdade e de dúvida sobre
estilísticas como abreviaturas Antes de iniciar a discussão sobre o que é dito/enunciado. Mostre
e siglas. Traga outros exemplos o tempo e o modo característi- que o verbete, por ser produzi-
para discussão em sala de aula e cos dos verbos que compõem os do na esfera científica, traz esse
mostre aos alunos onde eles en- verbetes de enciclopédia, retome tratamento de “verdade absoluta”
contram informações sobre tal com os alunos os conceitos de e que a ausência de expressões

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• P1 Relacionar verbete de
enciclopédia ao seu contexto
de produção (interlocutores,
finalidade, lugar e momento
em que se dá a interação) e
suporte de circulação
original (objetos elaborados
especialmente para a escrita,
como livros, revistas, papéis
administrativos, periódicos,
documentos em geral).
∙ No passado Não há expressões temporais
que apontam para o presente.

∙ Os registros mais antigos


∙ Terceiro milênio antes Não há expressões temporais
de Cristo que apontam para o presente.
∙ Até a Era Moderna
∙ A partir da Renascença até
o século XVIII

que se referem ao presente pode A questão 10 tem como obje- ou que querem se aprofundar em
ser uma marca estilística para tivo fazer com que os alunos um assunto específico; por isso,
enunciar algo como atemporal, sistematizem algumas informa- a linguagem do verbete precisa
aproximando-se dos verbetes de ções discutidas sobre o gênero ser adequada ao público-alvo. Se
dicionário. Traga outros verbe- verbete, especialmente a rela- possível, traga uma enciclopédia
tes para a sala de aula e amplie ção do produtor do texto com voltada para crianças e outra
a discussão sobre o tempo e o o público leitor. Converse com voltada para adultos a fim de que
modo verbal característicos dos eles sobre o fato de o verbete os alunos percebam semelhanças
textos de divulgação científica, ser produzido para pessoas leigas e diferenças.
como os verbetes.

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196 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 197

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198 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 199

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• P1 Relacionar verbete de
enciclopédia ao seu contexto
de produção (interlocutores,
finalidade, lugar e momento
em que se dá a interação) e
suporte de circulação
original (objetos elaborados
O texto traz a seguinte definição: “A astrologia relaciona a
especialmente para a escrita, posição dos planetas em relação às constelações do zodíaco
como livros, revistas, papéis e tenta correlacioná-las com o destino e com as tendências
administrativos, periódicos, humanas”. Também apresenta a definição de “astrologia natal”,
documentos em geral). quando diz: “Muitos acreditavam que a configuração dos planetas
no céu no momento do nascimento das pessoas definia aspectos
• P2 Estabelecer conexões da sua personalidade bem como de seu destino”.
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P3 Recuperar informações
explícitas.
O autor define a astrologia como “pseudociência” e seu principal
argumento é que esta não se baseia em dados corretos sobre
a movimentação dos planetas. Dessa forma, todas as datas
que definem o signo estariam equivocadas. Ao questionar a
veracidade das previsões e dar as razões para isso, o autor
mostra que não acredita em astrologia.

Segundo o artigo, a astrologia não explica as causas da relação


entre movimentação dos astros e o destino das pessoas, e
suas previsões não podem ser verificadas. Por essa razão, ela é
caracterizada como pseudociência. Com base nisso, ciência é um
estudo que pode provar as relações e explicações que estabelece,
sendo possível verificá-las.

Chame a atenção dos alunos para


o fato de que tanto o verbete
enciclopédico como o artigo de
divulgação científica fazem uma
ponte entre a esfera científica e
um público não especialista, ten-
do como função divulgar pesqui-
sas e conhecimentos científicos.

200 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P5 Estabelecer relações entre
imagens (fotos, ilustrações),
gráficos, tabelas, infográficos
e o corpo do texto.

Entre outras, informações sobre: constelações e movimentação


das estrelas e astros; origem da astrologia, por volta de 3000 a.C.,
entre os mesopotâmios e babilônios; astrologia natal e seu
apogeu com a publicação do livro Tetrabiblos, do astrônomo
grego Claudius Ptolomeu (85-165 d.C.); signos solares.

Como físico, o autor do artigo julga a astrologia com base nos


parâmetros da ciência e também em fatos da astronomia e da física.

O público leitor são pessoas leigas, não especialistas no assunto.


Os dois gêneros podem ser classificados como de divulgação científica e,
portanto, têm a mesma função: divulgar conhecimentos científicos.
Contudo, o verbete apresenta uma definição concisa e breve de
determinado assunto, enquanto o artigo, embora também traga
uma definição, discute o tema com base em determinado posicionamento.

“O céu noturno, quando a Lua não está presente, é sempre


uma visão maravilhosa. Se tivermos sorte de estar em um lugar
pouco iluminado e sem poluição, como ainda é o caso em
algumas localidades no interior do Brasil, podemos ver, em uma
única noite, milhares de estrelas. No alvorecer da consciência
humana, há milhares de anos, aprendemos a olhar para o alto e
nos impressionar com as estrelas”.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 201

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“A prática astrológica mais popular é baseada no chamado signo
solar, que considera a posição do Sol em relação a uma região do
céu de 30 graus, na eclíptica, que representa
o caminho que esse astro faz através das constelações. O signo é
definido por essa região, chamada casa zodiacal e associada
a uma das 12 constelações do zodíaco (como Touro, Áries,
Capricórnio etc.)”.

“Há 2 mil anos o Sol passava pela constelação de Capricórnio na


época do ano delimitada no horóscopo. Atualmente, no entanto,
no período entre 17 de dezembro e 18 de janeiro ele passa
pela região da constelação de Sagitário. Como explicar então a
influência dos astros sobre a vida da pessoa que nasce nesse
período? Essa discrepância vale também para todas as outras
constelações, ou seja, todas as datas estão equivocadas”.

Organize uma visita à sala de lei- sam manusear e ler ao longo do


tura da escola ou a uma biblioteca trabalho desta Unidade. A parceria
pública para que os alunos tenham com professores de História, Ciên-
contato com a diversidade temá- cias, Arte, Geografia e Educação
tica das enciclopédias. Outra opção Física pode ser bem interessante
é construir uma pequena bibliote- para a leitura de verbetes das mais
ca na classe com enciclopédias diversas áreas do conhecimento.
temáticas da escola para que pos-

202 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P7 Planejar verbete de
enciclopédia: coletar
informações em mídias diversas
(jornais, revistas, internet, em
entrevistas) sobre o termo de
entrada (palavra ou expressão)
que se vai definir.
• P8 Produzir verbete de
enciclopédia, levando em conta
o gênero e seu contexto de
A resposta depende do que os alunos percebem como temas que produção, estruturando-o de
precisariam ser definidos. Por exemplo: astrólogo, astronomia, maneira a garantir a relevância
babilônios, Claudius Ptolomeu, constelação, corpos celestes, das partes em relação ao tema
destino, horóscopo, mapa astral, mesopotâmios, mitologia, pedras
zodiacais, signos, superstição, Universo, zodíaco. e aos propósitos do texto e a
continuidade temática.

Cada grupo deve fazer uma pes- Se você julgar oportuno, sugira
quisa, em materiais específicos aos alunos que consultem o qua-
indicados por você, com o obje- dro de orientação para revisão da
tivo de planejar seu verbete, as- página 169 já durante a produção
sim como estabelecer conexões do verbete.
com seus conhecimentos prévios
da área de História, Geografia
e/ou outras disciplinas escolares.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 203

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204 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P9 Revisar e editar o texto
focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem.
• P10 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna do verbete
de enciclopédia: termo de
entrada, área de conhecimento à
qual pertence o termo, definição.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 205

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• P14 Expor trabalhos
individualmente ou em grupo
apoiados por roteiros.
• P15 Selecionar em função
do projeto textual registros
impressos ou audiovisuais
de apoio à fala.
• P16 Tomar notas de aspectos
relevantes do conteúdo de
uma exposição.
• P17 Adotar o papel de ouvinte
atento ou de locutor cooperativo
durante as exposições.
• P18 Ampliar o uso de
vocabulário diversificado
e de estruturas com maior
complexidade sintática.
• P19 Avaliar a expressão oral
própria ou alheia em interação.

Ao orientar as exposições orais, cando e exemplificando para


diga aos alunos que eles são os o público não especializado.
especialistas em determinado Certifique-se de que compreen-
tema naquele momento. É inte- deram bem as orientações que
ressante, então, que tragam aos constam do caderno do aluno,
outros os conhecimentos que para que se preparem adequa-
adquiriram na pesquisa, expli- damente para a exposição.

206 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 207

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208 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P58 Relacionar poema visual
ao seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais).

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 209

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Antes de apresentar a ativida- e pergunte qual das duas for-
de aos alunos, leia para eles o mas de apresentação do poema
poema acima. Peça que façam (oral ou escrita) é mais atrati-
comentários. Mostre-lhes en- va. Depois, proponha que leiam
tão o poema no livro do aluno os poemas que se encontram na
e faça nova leitura. Solicite que página 175.
acompanhem o texto com o dedo

210 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 211

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• P59 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P60 Estabelecer a relação entre
o título e o corpo do texto.
• P61 Reconhecer os efeitos
de sentido da diagramação, de
recursos gráfico-visuais (tipo,
tamanho ou estilo da fonte). As palavras formam uma flor, que é o símbolo da primavera.
• P62 Inferir, a partir de elementos
presentes no próprio texto, o uso
de palavras ou expressões de
sentido figurado.
• P68 Identificar possíveis Ele faz alusão a uma brincadeira que os apaixonados fazem para saber
se são amados: retiram as pétalas de uma flor enquanto pronunciam as
elementos constitutivos da expressões repetidas vezes, até não restar nenhuma pétala.
organização interna do poema
visual: arranjo gráfico e
espacial do poema. Talvez para mostrar que o zumbido das abelhas indica a chegada
da primavera e que é do miolo que elas sugam o néctar.
• P69 Examinar em textos o uso
de recursos gráficos no poema:
grafia das palavras e sua
exploração visual;
associação das palavras a Assim como o caule sustenta a flor, esses dois versos
objetos visuais (fotos, desenhos, sustentam o poema.
pinturas, colagens).

Resposta pessoal. Os alunos podem pensar no fato de as


“Poema visual” é um termo abelhas estarem zumbindo dentro dos olhos e não nos ouvidos
que abrange os poemas ou na explosão de imagens e sons que a primavera traz.
concretos tratados na
Unidade, mas que é mais
amplo, incluindo outros
movimentos de vanguarda,
como o neoconcretismo e os
poemas digitais. Para saber A do Cristo Redentor do Rio de Janeiro
mais sobre isso, consulte:
<www.antoniomiranda.com.br/
ensaios/poesiavisualbrasileira.
html>.

Essas questões são propostas que justifiquem suas respostas Por isso, os poetas dão às pala-
mais com o objetivo de levar os recorrendo ao texto, lembrando vras um sentido mais rico, como
alunos a refletir sobre os poemas a eles que em literatura e, so- se elas quisessem dizer mais de
visuais e a perceber suas carac- bretudo, em poesia são possíveis uma coisa ao mesmo tempo. No
terísticas do que a encontrar uma múltiplas interpretações, desde caso desses poemas, o poeta re-
resposta única, certa. Por isso, que fundamentadas no texto. solve recorrer à disposição grá-
antes de propor que respondam Diga a eles que os poemas mos- fica das palavras para enrique-
às questões por escrito, promova tram principalmente a maneira cer o sentido do que quer dizer.
uma discussão com a classe, para como os poetas veem as coisas.

212 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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X

A transformação de um fato banal de uma notícia


sensacionalista em relato da manifestação de sentimentos das
pessoas que presenciaram o fato, além da própria disposição
das palavras na página.

Porque as letras da palavra jacaré formam a figura do animal.

Uma pessoa

A disposição das letras reflete a queda referida no poema.

Tanto lembra a bandeira do Japão (que é branca com um círculo


vermelho no centro) como uma pessoa de “cabeça quente”.

Não, porque é a disposição gráfica que completa sua significação.

Sugira aos alunos que procurem


outros livros de Sérgio Caparelli
na sala de leitura e que leiam, se
possível, “Vovô fugiu de casa”,
que, embora seja um texto nar-
rativo, é extremamente poético.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 213

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• P65 Planejar um poema
visual: pesquisar e selecionar
componentes verbais e visuais,
observar grafia das palavras
e suas possibilidades de
exploração visual e sonora,
observar possibilidades de
associação das palavras
selecionadas a objetos visuais
(fotos, desenhos, pinturas,
colagens), explorar tecnicamente
imagens de modo a produzir
efeitos visuais adequados aos
propósitos do texto.

Combine com o professor orien- é convidado a compor poemas Por fim, proponha que eles co-
tador de informática educativa arrastando ou clicando em ele- piem o poema pronto no espaço
uma visita de seus alunos ao site mentos visuais dispostos na tela. destinado a isso no livro, se ne-
indicado, que traz poemas de Ana Dependendo do número de com- cessário, desenhando ou fazendo
Cláudia Gruszynski e Sérgio Capa- putadores disponíveis, organize colagens, para conseguir efeito
relli. Há poemas visuais, que po- os alunos em duplas ou trios, para semelhante ao que obtiveram na
dem ser simplesmente vistos e co- que eles possam interagir com as tela do computador.
mentados em um mural de recados, propostas do site, criando os pró-
e ciberpoemas, em que o usuário prios poemas.

214 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Organize um círculo com as car- periência de vida, os alunos te-
teiras para que todos os alunos rão dificuldade para compreender
possam se olhar. Proponha a lei- muitas das referências implícitas
tura de um poema de cada vez nos poemas. Mas você poderá
e explore as diferentes leituras ajudá-los contextualizando os
(compreensão) dos estudantes, textos no tempo e no espaço e
evitando, porém, que as falas fornecendo-lhes as informações
se tornem muito repetitivas. necessárias para ampliar sua
É claro que, dada sua pouca ex- compreensão.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 215

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216 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 217

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• P58 Relacionar poema visual
ao seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais). Octógono
• P59 Estabelecer conexões
Brasa e brisa
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
Resposta pessoal. Os alunos podem, por exemplo, comparar a
• P60 Estabelecer a relação entre figura à imagem de um ventilador, que produz brisa para aplacar
o título e o corpo do texto. o calor abrasador. Ou ainda, como o “i” é muito pequeno (dentro
• P61 Reconhecer os efeitos do “a” central), a “brisa” não é suficiente para abrandar o calor, daí
a sensação de “brasa”.
de sentido da diagramação, de
recursos gráfico-visuais (tipo,
tamanho ou estilo da fonte).
vazio/cheio; vazio/tudo; meio/cheio.
• P62 Inferir, a partir de elementos
presentes no próprio texto, o uso
de palavras ou expressões de O círculo incompleto remete à ideia de esvaziamento;
sentido figurado. a pincelada mais larga na parte de baixo do círculo
• P68 Identificar possíveis em contraste com o fino traço da parte de cima
elementos constitutivos da pode se referir respectivamente a cheio e agudo.
A disposição do texto ocupa só metade do círculo,
organização interna do poema lembrando a imagem de uma Lua.
visual: arranjo gráfico e espacial
do poema.
• P69 Examinar em textos o O fato de ele sentir um grande (agudo) vazio,
uso de recursos gráficos no não ver sentido nas coisas.
poema: grafia das palavras e sua
exploração visual; associação das
palavras a objetos visuais (fotos,
desenhos, pinturas, colagens).
As rimas: meio/cheio; tudo/agudo.
• P70 Relacionar o tratamento
dado à sonoridade (assonância,
aliteração) aos efeitos de sentido É a assinatura do autor, Paulo Leminski.
que provoca.
• P71 Reconhecer o
emprego de linguagem
figurada e compreender
os sentidos conotados.

A leitura de qualquer texto é leitura e foram apontadas aqui que os alunos procurem os signi-
sempre fruto das experiências apenas para ajudá-lo a condu- ficados possíveis de cada um dos
prévias do leitor; por isso, não zir a discussão da classe sobre poemas e abrir espaço para que
espere que seus alunos deem as cada poema. Tanto você como eles todos se manifestem. Só então
respostas que estão propostas na podem ter respostas diferentes você vai mostrar a eles sua leitu-
atividade. Elas são fruto de nossa dessas, que nem por isso estarão ra e a nossa, mas simplesmente
vivência e de nossas histórias de erradas. O importante é fazer com como outras leituras possíveis.

218 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Resposta pessoal. Os alunos podem, por exemplo, pensar na
determinação com que o eu lírico vai atrás daquilo com que sonha;
contrapondo o desejo (“vejo como um beijo”), com todos os sentidos
do corpo, à luta para conseguir (“miro como um tiro”) o que quer,
contraposição marcada pela inversão das frases no espaço do papel.
Mas muitas outras interpretações são possíveis e desejáveis.

Resposta pessoal. Uma interpretação possível é que, com a


perda, você pode se desapegar de coisas que podem não ser
essenciais, daí a libertação que decorre da perda.

Estaria, porque a palavra “cigarro” aparece cortada por uma tesoura.


E cortar aqui significa abandonar o vício.

Para mostrar que a poesia está no próprio cotidiano (por exemplo,


em uma placa de trânsito) e em suas contradições, bem como
para protestar quanto à falta de liberdade (Liberdade interditada).

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 219

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A flecha aponta para a direita, como referência à inclinação política
dos governantes.

Por se referir a uma situação doentia e, ao mesmo tempo,


transitória, isto é, por pior que seja, ela não vai durar para sempre.

Em primeiro lugar, proponha a dos poemas. É importante lembrar


leitura silenciosa dos poemas da sempre que as leituras vão variar
atividade 4. Depois, pergunte de aluno para aluno e que as
se alguns alunos gostariam de respostas apontadas aqui expres-
declamá-los. sam uma das leituras possíveis.
Ao responderem às ques tões
propostas, os alunos vão apenas
sistematizar o que entenderam

220 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 221

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• P59 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P60 Estabelecer a relação entre
o título e o corpo do texto.
• P61 Reconhecer os efeitos
de sentido da diagramação, de
Porque graficamente ele expressa
recursos gráfico-visuais (tipo, movimento.
tamanho ou estilo da fonte).
• P62 Inferir, a partir de elementos
presentes no próprio texto, o uso
de palavras ou expressões de
sentido figurado. As casas passavam em volta Assim

as
Numa procissão sem fim ass

si
• P68 Identificar possíveis ass
i m im

m
As coisas todas rodando
elementos constitutivos da

assim a
im

assim

assim
s
as
organização interna do poema

sim
ass
visual: arranjo gráfico e espacial

as
m
im

ss
si

im
do poema.

as
assim
• P69 Examinar em textos o uso
de recursos gráficos no poema:
grafia das palavras e sua
exploração visual;
associação das palavras a
objetos visuais (fotos, desenhos, X
pinturas, colagens).
• P70 Relacionar o tratamento
dado à sonoridade (assonância, O poema fala da destruição de leis e princípios, por isso não é
aliteração) aos efeitos de sentido somente uma destruição material.
que provoca.

Os espaços entre as palavras dão ideia de desagregação (separação);


as palavras aparecem fragmentadas, como se estivessem caindo.

222 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P59 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P60 Estabelecer a relação entre
o título e o corpo do texto.
Para reforçar sonoramente a ideia de desabamento, destruição. • P61 Reconhecer os efeitos
O som assemelha-se a um estrondo ou à queda sequenciada de sentido da diagramação, de
de objetos ou paredes.
recursos gráfico-visuais (tipo,
tamanho ou estilo da fonte).
• P62 Inferir, a partir de elementos
presentes no próprio texto, o uso
de palavras ou expressões de
sentido figurado.
• P63 Comparar poemas
(de mesma mídia ou não)
quanto ao tratamento temático
ou estilístico.
• P68 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna do poema
visual: arranjo gráfico e espacial
do poema.
• P69 Examinar em textos o uso
de recursos gráficos no poema:
grafia das palavras e sua
exploração visual;
associação das palavras a
objetos visuais (fotos, desenhos,
Nesses poemas, a disposição gráfica completa o sentido do
pinturas, colagens).
texto poético; nos poemas da atividade anterior, o aspecto visual • P70 Relacionar o tratamento
é o próprio poema, sendo mais importante do que as palavras. dado à sonoridade (assonância,
aliteração) aos efeitos de sentido
que provoca.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 223

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224 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P58 Relacionar poema visual
ao seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais).

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 225

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226 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P68 Identificar possíveis
elementos constitutivos
da organização interna do
poema visual: arranjo gráfico
e espacial do poema.
• P69 Examinar em textos o uso
de recursos gráficos no poema:
grafia das palavras e sua
exploração visual;
associação das palavras a
objetos visuais (fotos, desenhos,
pinturas, colagens).
“Jacaré letrado” O poema todo
“Sick transit” • P70 Relacionar o
“Corte” tratamento dado à sonoridade
... (assonância, aliteração) aos
efeitos de sentido que provoca.
“Poesia cinética I”
“Urgente!” • P71 Reconhecer o
“Falta de sorte” emprego de linguagem
... figurada e compreender
os sentidos conotados.
“Sick transit” Liberdade
“Urgente!” (bairro da Liberdade)
“Falta de sorte”
...

“Desabar” desabadesaba-
... desabadavam
...

“Desabar” L / e / i / s, edif / ícios


“Perder” Per / der / li / ber/ta
“Brasa e brisa” BRASA/BRISA

Todos Todos

O objetivo da atividade não é palavras e ideias, o desejo de


que os alunos dominem a teoria implodir com os conceitos tra-
sobre a poesia concreta ou visual. dicionais de poesia, a busca de
O que se deseja é que eles vol- conexão com o mundo contem-
tem à leitura dos poemas e per- porâneo. Organize com os alunos
cebam as características comuns uma exploração dos clippoemas:
a vários deles: a inventividade, a <www2.uol.com.br/augustode-
poesia como jogo de sentidos, campos/clippoemas.htm>.
a capacidade de brincar com

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 227

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228 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P65 Planejar um poema
visual: pesquisar e selecionar
componentes verbais e visuais,
observar grafia das palavras
e suas possibilidades de
exploração visual e sonora,
observar possibilidades de
associação das palavras
selecionadas a objetos visuais
(fotos, desenhos, pinturas,
Por causa da dependência econômica e cultural que o Brasil tem colagens), explorar tecnicamente
em relação aos Estados Unidos. imagens de modo a produzir
efeitos visuais adequados aos
propósitos do texto.
A figura de um rato, talvez numa alusão ao Mickey Mouse, personagem • P66 Produzir poema visual,
de Walt Disney e símbolo do ideal americano de comportamento. levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema
O autor buscou destacar a demora e a ineficácia do poder judiciário
brasileiro em resolver os processos que estão em suas mãos, em vez
e aos propósitos do texto e
de enaltecer a infalibilidade da justiça. continuidade temática.
• P68 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
A de um relógio, que aparece só pela metade, isto é, organização interna do poema
que não funciona direito.
visual: arranjo gráfico e espacial
do poema.
• P69 Examinar em textos o
uso de recursos gráficos no
poema: grafia das palavras e sua
exploração visual; associação das
palavras a objetos visuais (fotos,
desenhos, pinturas, colagens).
• P71 Reconhecer o
emprego de linguagem
figurada e compreender
os sentidos conotados.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 229

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Faça em grupo um exercício para • Quem não arrisca não petisca. Distribua tiras de papel pardo,
descobrir outros sentidos nos ditos MORRE para que eles escrevam esses di-
populares elencados no quadro. • A união faz a força. tos. Exponha-os nas paredes da
Veja os exemplos: NÃOFAÇA sala e faça com que os alunos
• A cavalo dado não se olham os • A ignorância é a mãe de todas brinquem com eles, procurando
dentes. S O M E N T E as doenças. M O D A possíveis sentidos na seleção
• Quem ama o feio bonito lhe Proponha aos alunos que pesqui- de algumas letras. Por fim, peça
parece. M E R E C E sem entre seus familiares e ami- que ilustrem os poemas de acordo
• Quem ri por último ri melhor. gos alguns ditos populares e que com o que querem destacar.
MORTE os tragam para a sala de aula.

230 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P65 Planejar um poema
visual: pesquisar e selecionar
componentes verbais e visuais,
observar grafia das palavras
e suas possibilidades de
exploração visual e sonora,
observar possibilidades de
associação das palavras
selecionadas a objetos visuais
(fotos, desenhos, pinturas,
colagens), explorar tecnicamente
imagens de modo a produzir
efeitos visuais adequados aos
propósitos do texto.

Combine com o professor orien- eles, organizar um dos poemas do separando-se as letras (V O A) ou
tador da sala de leitura para que livro do aluno, de modo a dar-lhes escrevendo-as de forma sinuosa
seus alunos possam consultar li- maior segurança. Depois, poderão para simular uma ave em voo. No
vros de poesia. Diga a eles para fazer suas tentativas individual- segundo poema, pode-se trabalhar
escolherem um poema para “con- mente ou em duplas, se preferi- com a palavra “salta” alongando
cretar”, isto é, para tentar dar-lhe rem. Ajude-os dando dicas, para o “l” e o “t” ou deslocando as sí-
a configuração de um poema con- que aprimorem seus trabalhos. labas de forma que “ta” fique em
creto, porém sem alterar o que diz Por exemplo, tomando-se os hai- um plano superior a “sal”. E, ain-
o poema. Caso tenham dificulda- cais de Angela Leite de Souza, da, a palavra “lado” pode ser con-
de em fazê-lo, você poderá, com a palavra “voa” pode ser escrita cretamente deslocada para o lado.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 231

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• P66 Produzir poema visual,
levando em conta o gênero
e seu contexto de produção,
estruturando-o de maneira
a garantir a relevância das
partes em relação ao tema
e aos propósitos do texto e a
continuidade temática.
• P67 Revisar e editar o texto
focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem.

Movimento hip hop

Explore com os alunos o mosaico


com imagens do hip hop repro-
duzido nessa página. Por meio
delas, provavelmente, muitos dos
alunos identificarão as caracte-
rísticas do movimento hip hop.

232 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P59 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P60 Estabelecer a relação entre
o título e o corpo do texto.

Peça que relacionem as siglas


e palavras a seu significado. Em
seguida, faça uma leitura compar-
tilhada do texto, que traz algu-
mas informações sobre a história
do hip hop.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 233

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• P74 Ouvir gravações de raps.
• P75 Compreender criticamente
os sentidos e a intencionalidade
de mensagens orais veiculadas
nos raps.
• P76 Trocar impressões.
• P77 Respeitar as diferentes
variedades linguísticas faladas.
• P105 Levantar as marcas de
variação linguística ligadas a
fatores geográficos (variedades
regionais, variedades urbanas
e rurais), históricos (linguagem
do passado e do presente),
sociológicos (gênero, gerações,
classe social), técnicos
(diferentes domínios da ciência
e da tecnologia).

Luiz Tatit, professor de


Linguística na Universidade
de São Paulo, considera que o
rap realiza a vocação máxima
da canção ao usar a fala como
instrumento. Afirma que o rap
assumiu o lugar da canção
de protesto. Para saber mais,
consulte: <www.revistapiaui.
com.br/edicao10/artigo108>.

Assista ao vídeo com os alunos e cultura hip hop em suas comuni- sentado. Combine com o professor
abra espaço para que o comen- dades. Se necessário, ao longo da orientador de informática educa-
tem. As questões do livro do alu- conversa, retome trechos do vídeo tiva para que eles pesquisem na
no não têm respostas previstas; para que possam esclarecer dúvi- internet mais sobre o hip hop e,
elas são apenas um roteiro para das ou ilustrar suas falas. Exiba principalmente, sobre o rap, pro-
orientar a discussão e convidá-los mais uma vez o trecho em que o curando ouvir e conhecer as letras
a falar sobre o que conhecem da rap “Poesia de concreto” é apre- de algumas dessas composições.

234 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 235

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• P74 Ouvir gravações de raps.

236 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 237

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• P75 Compreender criticamente
os sentidos e a intencionalidade
de mensagens orais veiculadas
nos raps.

A luta pela liberdade e a persistência de ir em busca de um


sonho, apesar das circunstâncias impostas pela vida urbana.

Sim, pode-se perceber a intenção de protesto em todo o


poema, por exemplo: “cada cidadão persegue a sua cota
lutando pra se manter / marcando a mesma rota lutando pra
nunca se perder / pra não perder não ver a cara da derrota /
estampada na lorota.”; “Entre as paredes de concreto da
cidade, se esconde o mundo / de quem faz qualquer negócio
só pra não ser taxado de vagabundo / sonhos de adultos se
dissipam por segundo a cada insulto do patrão / é o culto do
faz de conta que eu sou feliz assim”.

O título é adequado, já que critica as pessoas que desistem


de seus sonhos aprisionadas pelo “concreto” da cidade.

São todos aqueles que não se deixam dominar pelas


circunstâncias de vida e lutam para realizar seus sonhos.

Os versos não têm o mesmo número de sílabas,


mas ocorrem rimas que ajudam a marcar o ritmo.

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• P72 Produzir raps, levando em
conta a situação comunicativa.
• P73 Cantar raps acompanhando
a letra.
• P75 Compreender criticamente
os sentidos e a intencionalidade
Sim, o poeta escolhe palavras com os mesmos sons: de mensagens orais veiculadas
dedicada/cada; cidade/liberdade; restante/semelhante; nos raps.
escorreu/escondes; paredes/partiu.
• P76 Trocar impressões.
• P77 Respeitar as diferentes
variedades linguísticas faladas.

Organize grupos de três ou quatro Proponha que eles troquem o tex- Para encerrar, peçam que eles
participantes para compor os raps. to com outro grupo, para que se copiem a produção do grupo no
Leia com eles as orientações, en- ajudem mutuamente a aperfeiçoar caderno.
fatizando a necessidade de que os raps.
os raps tragam mensagens de Depois que todos tiverem termi-
estímulo e esperança para melho- nado, organize uma apresentação
rar a vida das pessoas. de cada grupo para a classe.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 239

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240 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P64 Trocar impressões com
outros leitores a respeito dos
textos lidos.
• P73 Cantar raps acompanhando
a letra.
• P74 Ouvir gravações de raps.
• P75 Compreender criticamente
os sentidos e a intencionalidade
de mensagens orais veiculadas
nos raps.
• P76 Trocar impressões.
• P77 Respeitar as diferentes
variedades linguísticas faladas.

A apresentação hip hop é o mo- por alunos e professores de ou- dos pelas áreas de maior circula-
mento culminante do trabalho tras classes, familiares e amigos. ção da escola. O traço do grafite
com esta Unidade. Nela, os alu- Combine a organização com a equi- pode estar presente já nesses
nos vão cantar, dançar, apresentar pe técnica da escola e peça a co- materiais de divulgação.
painéis com grafites, os textos que laboração dos demais professores. Procure contagiar a turma com
produziram e também outros Elabore com os alunos os convi- seu entusiasmo, para que todos
que queiram declamar, dramatizar tes e a programação, que podem façam desse um grande momen-
etc. Por isso, eles merecem ter ser impressos e/ou feitos em to de sua vida escolar e pessoal.
uma grande plateia, composta grandes cartazes, a ser espalha-

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 241

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O momento da avaliação de um Comece a avaliação com uma con- processo. Valorize bastante as
trabalho é muito importante. É a versa informal, dando oportuni- conquistas e minimize as difi-
hora de identificar avanços e di- dade a que todos se manifestem. culdades, dizendo que eles ainda
ficuldades e de traçar planos para Depois, com a ajuda deles, reve- têm muito tempo para vencê-las.
consolidar os primeiros e sanar ja todo o trabalho realizado e vá Por fi m, avalie os poemas vi-
as últimas. elencando no quadro as apren- suais produzidos e a apresenta-
Os alunos precisam tomar cons- dizagens alcançadas durante o ção hip hop.
ciência de seus progressos e das
aprendizagens obtidas.

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 243

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• P79 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.

Explore os cinco episódios com sobre os direitos e deveres dos


os alunos, promovendo rodas de sujeitos em cada situação. Se
conversa em pequenos grupos possível, peça que relatem casos
ou um debate com toda a sala. em que eles ou algum familiar ou
Neste momento, é importante amigo tiveram de recorrer a leis
sistematizar as reflexões deles para exigir seus direitos.

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 245

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Antes de iniciar as atividades e tas pessoas, ao fazerem compras conversa, informe aos alunos que
aprofundar conceitos, discuta no supermercado, não olham o existe uma lei que protege o con-
com os alunos: “Vocês conhecem prazo de validade dos produtos. sumidor em situações desse tipo.
o Código de Defesa do Consumi- Quando chegam em casa, perce- “O Código de Defesa do Consu-
dor?”, “Quais suas funções?”, “Em bem que o que levaram está com midor é uma lei abrangente que
que situações ele pode ser aplica- o prazo vencido. Como elas re- trata das relações de consumo
do?”, “Vocês sabem o que é lei?”, solvem tal situação? Voltam ao em todas as esferas: civil, defi-
“E cidadania?”. Levante também supermercado? E se lá o problema nindo as responsabilidades e os
algumas situações, como: “Mui- não for solucionado?”. Após essa mecanismos para a reparação

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de danos causados; administra-
tiva, definindo os mecanismos
para o poder público atuar nas re-
lações de consumo; e penal, esta-
belecendo novos tipos de crimes
e as punições para os mesmos”
(www.idec.org.br/cdc.asp).

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 247

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• P78 Relacionar o estatuto
ao seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais).
• P79 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P89 Examinar em textos o uso
de numerais na orientação da
subdivisão do tema ou na
enumeração de propriedades.

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D
D
R
D

D
R
R
R

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 249

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“A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos
e serviços” (inciso III).

Antes da resolução da questão 2, na organização do tema. Informe


faça uma leitura compartilhada que essa é apenas uma parte do
dos incisos do artigo 6o do Código código. Se possível, mostre como
de Defesa do Consumidor. Apro- esse estatuto se encontra organi-
veite para chamar a atenção dos zado, dando destaque às divisões
alunos para o uso de numerais em capítulos específicos.

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Incisos I e III

Os direitos de proteção da vida e saúde, pois o fornecimento de


medicamentos fora do prazo de validade pode ser considerado um
serviço perigoso e nocivo (inciso I); de informação adequada sobre
o preço dos produtos (inciso III); de proteção contra a presença de
propaganda enganosa (inciso IV).

Sim, o artigo 6o, inciso VII, que garante o acesso a órgãos


judiciários e administrativos para “reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos”.

Inciso X

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• P81 Inferir o sentido de
palavras ou expressões a partir
do contexto ou selecionar a
acepção mais adequada
em verbete de dicionário
ou de enciclopédia.

Resposta pessoal

Não houve adequação nem eficácia, pois o posto de saúde


deveria ter evitado que isso acontecesse.

O dono da lanchonete está utilizando um método coercitivo de venda,


o que não pode ocorrer, pois desrespeita o direito do consumidor.

No item f, mostre aos alunos que


o estatuto apresenta uma termi-
nologia específica e que eles pre-
cisam usar o dicionário para se
familiarizarem com alguns termos
desconhecidos, como também ex-
plorar o sentido dessas palavras
em diferentes contextos.

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• P79 Estabelecer conexões
entre o texto e os
conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.

Resposta pessoal

O item h exige um planejamento celas da população (índios, ido- exemplo, Estatuto do Desarma-
em relação ao tempo de execução sos, crianças e adolescentes etc.) mento). Com isso, eles começam
da entrevista e socialização com consideradas mais frágeis na luta a se familiarizar com os textos
a classe, em rodas de conversa. por seus direitos ou, ao menos, dos estatutos, por que eles exis-
Se possível, traga outros exem- envolvidas, recorrentemente, em tem, de que temas tratam, quem
plos de propaganda enganosa situações de desrespeito a seus os elabora, qual sua função re-
para discutir com os alunos. direitos; a papéis que as pessoas guladora.
Conduza a discussão de modo a podem assumir nas relações so- Organize pequenos grupos para
levar os alunos a perceber que ciais (consumidor, torcedor etc.); conversar sobre o trabalho in-
os estatutos se referem: a par- ou a determinados temas (por fantil, discutindo com a turma as

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 253

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Apesar de existir o estatuto, seus efeitos sobre a realidade dos
problemas sociais ainda deixam muito a desejar. Porém, se ele
não existisse, o problema seria ainda maior.

regras para o bom funcionamento de regiões, formado por países leram ou ouviram sobre denúncias
do debate. Após o debate, infor- desenvolvidos, economias em de trabalho infantil, explicando
me que Ásia e Pacífico formam transição e Oriente Médio e Norte que, antes do ECA, as denúncias
a região do mundo com o maior da África, tem 13,4 milhões, e em eram maiores, fato que serviu
número de crianças trabalhando, último lugar está América Latina para acelerar os processos de dis-
com 122,3 milhões de pequenos e Caribe, com 5,7 milhões. cussão sobre a elaboração desse
trabalhadores, seguido da Áfri- No Brasil, desde 1934, existem estatuto. É importante também
ca Subsaariana, com 49,3 mi- leis que proíbem o trabalho in- mostrar que o ECA está sendo
lhões. Um grupo heterogêneo fantil. Pergunte aos alunos se já cumprido, porém não totalmente.

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As crianças, fazendo trabalhos pesados destinados a adultos,
sem ter força física suficiente para executá-los, podem ter sérios
prejuízos em sua formação, tanto física como mental, afetiva e
mesmo social, já que não estão aproveitando essa fase de
brincar e se socializar com outras crianças.

Sim, porque estão trabalhando sem a proteção adequada,


como roupas e protetores solares.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 255

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Significa fazer valer o estatuto, ou seja, cumprir a lei prevista
nesse documento e, consequentemente, erradicar o trabalho
infantil no país.

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• P93 Comentar e
justificar opiniões.

Antes da leitura do estatuto, le- existem creches para os mais


vante situações como: “Algumas novos, permitindo aos filhos em
famílias têm cinco filhos e o pai idade escolar frequentar a escola,
e a mãe precisam trabalhar. Os e que esse direito é garantido por
dois filhos mais velhos não po- um documento de lei: o ECA. Se
dem ir à escola, pois precisam possível, mostre aos alunos um
cuidar dos irmãos mais novos. exemplar do estatuto, discutindo
Essa é a melhor maneira de re- com eles onde podem encontrar o
solver a situação?”. Explique que texto para consulta e uso.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 257

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• P81 Inferir o sentido de
palavras ou expressões a partir
do contexto ou selecionar a
acepção mais adequada
em verbete de dicionário
ou de enciclopédia.

Aquilo que vem antes.

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• P80 Estabelecer a relação
entre o título, subtítulo e
o corpo do texto.
• P81 Inferir o sentido de
palavras ou expressões a partir
do contexto ou selecionar a
O verbo explicar não teria o mesmo efeito, pois tem o sentido de
acepção mais adequada
expor, dar uma explicação, e não de uma determinação, como em verbete de dicionário
o verbo dispor. Assim, não seria possível a substituição, porque ou de enciclopédia.
dispõe é mais adequado de ser utilizado no contexto jurídico, já
que a lei deve ser cumprida, não somente esclarecida, explicada. • P86 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna de um
estatuto: títulos, capítulos,
seções e artigos, data,
assinaturas e rubricas.
• P88 Examinar em textos
o uso de formas verbais no
imperativo, no infinitivo ou
Sim, haveria mudança. O texto deixaria de ser entendido como lei, no futuro do presente em
pois o texto legal não pode referir-se ao passado nem ao futuro, sequências instrucionais.
já que está em vigor no momento de sua leitura. A lei até pode
ser revogada e deixar de existir, mas, em sua vigência, ela está
valendo e, portanto, refere-se ao tempo presente da leitura.

O tempo presente é utilizado para garantir certeza ao que


está sendo dito. O presente do indicativo é considerado o
tempo categórico.

Procure chamar a atenção dos meia a esfera jurídica, por isso é importante mostrar que o verbo
alunos para o uso de verbos pró- se utiliza o verbo dever. Leve-os no tempo presente é caracterís-
prios do contexto jurídico. Por a perceber a linguagem imposi- tico do texto legal, pois as leis
exemplo: a lei dispõe sobre algo, tiva do estatuto, assim como a são feitas para entrar em vigor na
isto é, determina, daí o uso do relação entre o “Título I – Das data de sua publicação, valendo
verbo dispor; o que é lei deve Disposições Preliminares” e o para o momento presente.
ser cumprido, há um sentido de corpo do texto, com base no es-
obrigação, de dever, que per- tudo do verbo dispor. Além disso,

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O parágrafo no texto legal procura esclarecer, completar
ou detalhar partes do artigo. Os parágrafos são adendos, ou
subseções do artigo, que apresentam o caráter excepcional da
ideia maior descrita no artigo.

Mostrar que, embora indivíduos dessa idade devessem estar


fora da abrangência da lei, em situações fora do comum, isto é,
extraordinárias, o ECA se aplica a eles também.

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• P86 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna de um
estatuto: títulos, capítulos,
seções e artigos, data,
assinaturas e rubricas.

Os direitos à vida, à saúde, à liberdade, à família, à vida em


comunidade, à educação, ao lazer, à informação, à cultura,
à profissionalização, à proteção no trabalho, consumo,
autorização para viajar etc.

O texto é organizado em títulos, que se dividem em capítulos.


Alguns capítulos podem ser divididos em seções e estas,
em subseções.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 261

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• P80 Estabelecer a relação
entre o título, subtítulo e o corpo
do texto.
• P81 Inferir o sentido de
palavras ou expressões a partir
do contexto ou selecionar a Organizar e subdividir os temas, além de enumerar as partes
acepção mais adequada principais do texto: títulos, capítulos e seções.
em verbete de dicionário
ou de enciclopédia.
• P86 Identificar possíveis X
elementos constitutivos da
organização interna de um
estatuto: títulos, capítulos,
seções e artigos, data,
assinaturas e rubricas.
• P88 Examinar em textos o uso
de formas verbais no imperativo,
no infinitivo ou no futuro do
presente em sequências
instrucionais.
• P89 Examinar em textos o uso
de numerais na orientação
da subdivisão do tema ou na Mostrar o tom de obrigatoriedade, próprio do texto da lei.
enumeração de propriedades.

Gozar: possuir, aproveitar-se;


inerente: próprio, específico;
assegurar: garantir;
facultar: permitir.

Oriente os alunos na realização


das atividades propostas, assegu-
rando-se de que compreenderam
o sentido das palavras e expres-
sões típicas desse gênero.

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Sim, porque o estatuto defende, no artigo 3o, “o desenvolvimento
físico, mental, moral, espiritual e social” da criança e do
adolescente “em condições de liberdade e de dignidade”, além de
prever, no artigo 4o, os direitos à educação, ao lazer etc., os quais
lhe são tomados com o trabalho infantil, impedindo a ampliação
de seu universo cultural, cognitivo e afetivo.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 263

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• P86 Identificar possíveis
elementos constitutivos da
organização interna de um
estatuto: títulos, capítulos,
seções e artigos, data,
assinaturas e rubricas.
• P88 Examinar em textos O poder público e os pais ou responsável
o uso de formas verbais no
imperativo, no infinitivo ou
no futuro do presente em
sequências instrucionais. Segundo o estatuto, é obrigação dos pais ou responsável matricular
os filhos nas escolas e zelar por sua frequência, cabendo à direção
• P89 Examinar em textos o uso escolar comunicar ao Conselho Tutelar caso algum aluno não esteja
de numerais na orientação da mais frequentando as aulas, apresente sinais de maus-tratos ou
subdivisão do tema ou na esteja com elevado índice de repetência, conforme prevê o artigo 56.
enumeração de propriedades.

Porque essa forma evidencia o tom de certeza.

As crianças e os adolescentes, atendendo ao que estabelece a


alínea a desse parágrafo.

Na questão 13, os alunos devem Faça com que percebam que a pessoa do presente do indicativo
observar, no parágrafo único, a linguagem do estatuto é muito (tempo categórico). A ausência
justaposição dos enunciados impessoal, que não há marcas de pronomes de primeira pessoa
e o uso de alíneas (letras a, b, que nos levem a pensar que o (singular ou plural) e de adjeti-
c, d) na orientação da subdivi- texto escrito é a opinião de al- vos também confere objetividade
são do tema, assim como esta- guém, embora tenha surgido da à linguagem do estatuto.
belecer conexões entre o texto discussão entre várias pessoas.
e seus conhecimentos prévios. Todos os verbos estão na terceira

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As crianças e os adolescentes, por causa da obrigatoriedade
exigida na alínea b desse parágrafo.

Aquelas que forem destinadas às crianças e aos adolescentes,


porque é o que determina a alínea c desse parágrafo.

Mostrar que são assuntos distintos que fazem parte da


ideia maior: garantia de prioridade.

Porque é preciso deixar claro que todos os itens, nessa ordem,


pertencem ao parágrafo único do artigo.

Não, a ordem de apresentação do conteúdo de cada alínea


segue uma hierarquia, colocando primeiro o que é considerado
“primazia”, depois a “precedência”, em seguida a “preferência”
e por fim a “destinação”.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 265

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Para dar maior visibilidade e importância a cada uma das
categorias apresentadas. As subdivisões fazem parte do gênero
estatuto, sempre enumeradas, a fim de destacar o conteúdo de
cada uma delas.

Todo o estatuto apresenta subdivisões, de modo que estas são


uma característica da estrutura do gênero. O estatuto é dividido em
títulos, subdivididos em capítulos; cada capítulo apresenta dado
número de artigos, que muitas vezes contêm um ou mais parágrafos,
os quais podem apresentar também subdivisões, as alíneas.

266 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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O poder judiciário, pois o estatuto é uma lei, ou conjunto de leis,
que disciplina as relações jurídicas. Um cidadão também pode
atuar para que a lei se faça valer, mas ele deve procurar o sistema
judiciário, pois este é o único com poder para intervir legalmente
nas questões jurídicas.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 267

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No primeiro parágrafo, foram acrescentadas a informação
de quem ouvirá a criança ou o adolescente sobre a adoção,
tutela ou guarda, ou seja, uma equipe interprofissional, e a de
que sua opinião será considerada respeitados seu estágio de
desenvolvimento e grau de compreensão sobre as implicações
da medida (não simplesmente considerada). Já no segundo
parágrafo, há uma mudança, de fato, da lei – não apenas
acréscimo –, pois não será levado em conta o grau de parentesco
ou afetividade da criança ou do adolescente com a família em
todos os casos, como previa a lei anteriormente, e sim, a partir
dos 12 anos, seu consentimento pronunciado em audiência.

Destinam-se à sociedade como um todo, de modo que


seus membros possam vigiar seu cumprimento e denunciar
possíveis descumprimentos.

Na questão 17, leve os alunos Se quiser explorar outros textos


a perceber quem são os interlo- que conversam com o estatu-
cutores, mostrando, nos próprios to, apresente-lhes o poema de
estatutos, a quem eles se dirigem Thiago de Mello “Os estatutos
especificamente e dizendo que do homem”. Diga-lhes que esse
um estatuto, para cumprir seus poema retoma a questão dos di-
objetivos, deve ser vigiado pelas reitos humanos sob nova ótica: a
pessoas da comunidade. da poesia.

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• P78 Relacionar o estatuto
ao seu contexto de produção
(interlocutores, finalidade,
lugar e momento em que se
dá a interação) e suporte de
circulação original (objetos
elaborados especialmente para
a escrita, como livros, revistas,
suportes digitais).

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 269

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• P92 Participar
construtivamente de
debates com o conjunto
da turma.
• P93 Comentar e
justificar opiniões.

Se possível, antes de exibir o Além disso, ajude-os a relacio-


vídeo, peça que os alunos pes- nar os direitos com as cenas de
quisem e leiam a Declaração filmes e de aspectos da História.
Universal dos Direitos Humanos. Se possível, explore o vídeo com
Discuta com eles os aspectos o auxílio do professor de Histó-
escolhidos pelo programa Pé na ria, pois cenas de filmes, fotogra-
rua, solicitando sua opinião em fias e outros documentos podem
relação aos pontos de vista dos contribuir para o debate em sala
entrevistados. de aula.

270 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Resposta pessoal

Resposta pessoal

Sistematize os resultados da dos resultados para que os alu- com os professores de História
questão 3 na lousa, produzindo nos possam comparar os pontos e Geografia pode favorecer a
um gráfico com os alunos. Em se- que cada um destacou para a ampliação do tema, assim como
guida, promova um debate sobre elaboração dos cartazes de pro- a escolha de filmes, músicas e
o porquê de alguns pontos se- testo. Discuta com eles a função documentários para exibir para
rem mais votados do que outros. das passeatas e dos movimentos a turma.
Na questão 5, organize também sociais organizados em luta dos
um momento de sistematização direitos humanos. A parceria

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 271

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• P92 Participar
construtivamente de
debates com o conjunto
da turma.
• P93 Comentar e
justificar opiniões.

É importante levar os alunos a Reitere o que foi trabalhado a regrado. Nesse momento, propo-
refletir sobre a produção do Es- respeito das discussões que per- nha a elaboração de um debate
tatuto da Sala de Aula. Caso não meiam a elaboração de um esta- regrado com o objetivo de levan-
pensem em nenhuma situação, tuto até sua redação final e pu- tar as principais ideias que cons-
direcione a discussão para a blicação. Depois, reflita com os tarão do estatuto, os subtemas,
convivência na escola ou na sala alunos sobre diversas formas de como será elaborado, se haverá
de aula. Os temas podem estar discussão, a fim de contextualizar uma comissão para sistematizar
relacionados com aprendizagem, o gênero debate regrado. Conver- as contribuições de toda a turma.
convivência, zelo, direitos e de- se sobre as diferenças entre con- Recolha as anotações e, em casa,
veres de cada um dos envolvidos. versa, briga, discussão e debate pense na reorganização dos gru-

272 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P92 Participar
construtivamente de
debates com o conjunto
da turma.
• P93 Comentar e
justificar opiniões.
• P94 Respeitar as
normas reguladoras do
funcionamento do debate.

pos de acordo com as seme- Se possível, grave o ensaio dos


lhanças apontadas pelos alunos. alunos para que eles possam as-
Faça com eles o modelo de um sistir ao vídeo posteriormente e
artigo do estatuto, chamando sua avaliar sua performance para, as-
atenção para o vocabulário espe- sim, refletir sobre o que poderiam
cífico para esse gênero de texto. fazer diferente.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 273

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• P92 Participar
construtivamente de
debates com o conjunto
da turma.
• P93 Comentar e
justificar opiniões.
• P94 Respeitar as
normas reguladoras do
funcionamento do debate.

Se o debate foi gravado, procure


chamar a atenção dos alunos para
a qualidade da interação, ou seja,
qual a relevância dos argumentos,
as trocas de turnos, a considera-
ção da opinião alheia, o uso de
contra-argumentos. Faça pausas
no vídeo ou volte sempre que jul-
gar necessário para os alunos não
perderem essa avaliação.

274 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 8 O ANO 275

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• P92 Participar
construtivamente de
debates com o conjunto
da turma.
• P93 Comentar e
justificar opiniões.
• P94 Respeitar as
normas reguladoras do
funcionamento do debate.

É imprescindível que os alu- Vá listando na lousa as aprendi- Tanto os alunos como você de-
nos tomem consciência de suas zagens realizadas, para que de- vem comentar os assuntos de que
aprendizagens e também dos as- pois eles as registrem no livro. mais gostaram, bem como os
pectos em que precisam melhorar. Avalie com eles o debate regra- pontos mais problemáticos.
Por isso, ao terminar a Unidade, do, destacando os aspectos po- É importante que todos compre-
peça que eles falem sobre o que sitivos e os que ainda precisam endam que essa avaliação deve
aprenderam e revejam as ativida- ser aprimorados. contribuir para a melhoria das
des produzidas. futuras aprendizagens.

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