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Cadernos de apoio

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P R O G R A M A S : L E R E E S C R E V E R / O R I E N TA Ç Õ E S C U R R I C U L A R E S

LIVRO DO PROFESSOR
2010

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Prefeitura da Cidade de São Paulo Fundação Padre Anchieta
Prefeito Presidente
Gilberto Kassab João Sayad
Vice-Presidentes
Secretaria Municipal de Educação Ronaldo Bianchi
Secretário Fernando Vieira de Mello
Alexandre Alves Schneider
Diretoria de Educação
Secretária Adjunta
Célia Regina Guidon Falótico Diretor
Diretora da Assessoria Técnica de Planejamento Fernando José de Almeida
Fátima Elisabete Pereira Thimoteo Gerentes
Monica Gardelli Franco
Diretora de Orientação Técnica
Júlio Moreno
Regina Célia Lico Suzuki
Coordenadora do projeto
(Coordenadora Geral do Programa)
Maria Helena Soares de Souza
Divisão de Orientação Técnica
Ensino Fundamental e Médio Equipe de autoria
Suzete de Souza Borelli Coordenação
(Diretora e Coordenadora do Programa DOT/EF) Clecio dos Santos Bunzen Júnior, Jacqueline Peixoto Barbosa
Cristhiane de Souza, Hugo Luiz Montenegro, Assessoria de coordenação
Humberto Luis de Jesus, Ione Aparecida Cardoso Oliveira, Márcia Mendonça e Claudia Vóvio
Leika Watabe, Leila de Cássia José Mendes, Autores
Margareth Aparecida Ballesteros Buzinaro, Maria Emilia América dos Anjos Costa Marinho, Anna Maria C. Caricatti M. Cera,
Lima, Regina Célia dos Santos Câmara, Silvia Moretti Carolina Assis Dias Vianna, Celina Diaféria, Clecio dos Santos Bunzen Júnior,
Rosa Ferrari, Viviane de Camargo Valadares Denise de Oliveira Teixeira, Ellen Rosenblat, Geraldo Antônio Andreasi Fantim,
Divisão de Orientação Técnica Educação Especial Jacqueline Peixoto Barbosa, Jordana Lima de Moura Thadei, Laura Inês Breda
Silvana Lucena dos Santos Drago de Figueiredo, Margareth Aparecida Ballesteros Buzinaro, Maria Helena Costa,
Diretores Regionais de Educação Maria Inês Nocite, Marisa Balthasar Soares, Marisa Vasconcelos Ferreira,
Eliane Seraphim Abrantes, Elizabeth Oliveira Dias, Patrícia Prado Calheta, Paula Bacarat De Grande, Rosa Maria Antunes de Barros,
Hatsue Ito, Isaias Pereira de Souza, José Waldir Gregio, Shirley de Oliveira Garcia Jurado, Virginia Scopacasa
Leila Barbosa Oliva, Leila Portella Ferreira, Maria Angela Pesquisa
Gianetti, Maria Antonieta Carneiro, Marcelo Rinaldi, Átila Augusto Morand, Eduardo de Moura Almeida
Silvana Ribeiro de Faria, Sueli Chaves Eguchi, Leitura crítica
Waldecir Navarrete Pelissoni Roxane Rojo
Equipe técnica de apoio da SME/DOT Equipe Editorial
Ana Lúcia Dias Baldineti Oliveira, Ana Maria Rodrigues
Gerência editorial
Jordão Massa, Claudia Aparecida Fonseca Costa,
Carlos Seabra
Delma Aparecida da Silva, Jarbas Mazzariello,
Magda Giacchetto de Ávila, Maria Teresa Yae Kubota Secretaria editorial
Ferrari, Mariana Pereira Rosa Santos, Janaína Chervezan da Costa Cardoso
Tania Nardi de Padua, Telma de Oliveira Assessoria de conteúdo
Márcia Regina Savioli (Língua Portuguesa)
Assessoria Pedagógica SME/DOT
Maria Helena Soares de Souza (Matemática)
Célia Maria Carolino Pires, Maria José Nóbrega,
Rosaura Angélica Soligo Controle de iconografia
Elisa Rojas
Apoio administrativo
Acrizia Araújo dos Santos, Ricardo Gomes, Walderci Hipólito
Edição de texto
Dida Bessana, Maria Carolina de Araujo
Revisão
Ana Luiza Saad Pereira, Barbara Eleodora Benevides Arruda, Marcia Menin,
Maria Carolina de Araujo, Miguel Facchini, Silvia Amancio de Oliveira
Direção de arte
Eliana Kestenbaum, Marco Irici
Arte e diagramação
Cristiane Pino, Cristina Izuno, Henrique Ozawa, Mariana Schmidt
Ilustrações
Osnei
Fernando Makita
Bureau de editoração
Mare Magnum Artes Gráficas

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Bibliotecária Silvia Marques CRB 8/7377)
C122
Cadernos de apoio e aprendizagem: Língua Portuguesa / Programas:
Ler e Escrever e Orientações curriculares. Livro do Professor.
São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2010.
Quinto ano, il.

(vários autores)

ISBN 978-85-8028-016-6
ISBN 978-85-8028-007-4 (aluno)

1. Ensino Fundamental 2. Língua Portuguesa 3. Leitura 4. Escrita


I. Título.
CDD 371.302.813

Esta obra, Cadernos de apoio e aprendizagem – Matemática e Língua Portuguesa,


é uma edição que tem a Fundação Padre Anchieta como Organizadora
e foi produzida com a supervisão e orientação pedagógica da
Divisão de Orientação Técnica da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo.

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Sumário

Apresentação dos Cadernos de apoio e aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9


Expectativas de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Uma nota sobre o trabalho com gêneros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Integração entre as modalidades de atividades. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .12
Organização do Caderno do aluno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Organização do Caderno do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .14

O trabalho com o 5o ano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .15


Unidade 1 – Indo e vindo: estudando itinerários, mapas e roteiros . . . . . . . . . . . . 15
Unidade 2 – Deu no jornal! “Aconteceu, virou manchete?” . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .19
Unidade 3 – O mundo visto pelas lendas: histórias contadas e encantadas . . . 23
Unidade 4 – A ciência divulga o que acontece com nosso corpo . . . . . . . . . . . . . .25
Unidade 5 – Lendo e declamando poemas: ritmo e melodia. . . . . . . . . . . . . . . . . . .29
Acompanhamento e avaliação de aprendizagem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Referências bibliográficas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

Comentários e sugestões página a página


Unidade 1. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Unidade 2. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
Unidade 3. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
Unidade 4. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
Unidade 5. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 181

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Apresentação dos
Cadernos de apoio e aprendizagem

A produção deste material se justifica por contemplar as es-


pecificidades da rede pública municipal paulistana do ponto
de vista de suas realidades regionais, das condições de acervo de
livros, de equipamentos disponíveis, de espaços físicos das
escolas e do processo de formação de educadores desenvolvi-
do nos últimos cinco anos.
Os Cadernos dos alunos têm formato consumível, para que
eles possam usá-los individualmente e fazer as atividades
tanto em sala de aula quanto em casa. Um DVD acompanha
os Cadernos do professor e contém os vídeos previstos em
algumas atividades, além de textos a serem lidos para os
alunos (em determinados casos).
O foco das atividades dos Cadernos são as expectativas de
aprendizagem relativas às práticas de leitura, produção es-
crita, escuta e produção oral de textos e de análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem, articuladas em torno dos gêne-
ros selecionados propostas para estudo e aprofundamento.
Assim, para cada ano, estão previstas cinco unidades – que
correspondem às esferas/gêneros selecionados para o traba-
lho com sequências didáticas ou projetos.1 O quadro a seguir 1 Para mais especificações
dessas modalidades de atividade,
apresenta os gêneros selecionados para os dois ciclos do En- ver p. 121 e 134 das
sino Fundamental. Orientações curriculares e proposição
de expectativas de aprendizagem
para o Ensino Fundamental – Ciclo I
e p. 106-107 das Orientações
curriculares e proposição de
expectativas de aprendizagem para
o Ensino Fundamental – Ciclo II,
Língua Portuguesa.

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Gêneros selecionados em cada ano do Ciclo I em sequências didáticas ou projetos
Esfera de circulação
Cotidiana Jornalística Literária (prosa) Literária (verso) Escolar

Legenda/ Parlenda/Regras
Diagrama/
1o ano Bilhete/Recado Comentário de Conto de repetição de jogos e
Explicação
notícia brincadeiras
Cantiga/Regras
Manchete/Notícia Verbete de
de cirandas e
2o ano Receita televisiva e Conto tradicional curiosidades/
brincadeiras
radiofônica Explicação
cantadas
Notícia/ Verbete de
Poema para
3o ano Regras de jogo Comentário de Conto tradicional enciclopédia
crianças
notícias infantil/Explicação
Carta, e-mail, Verbete de
o relato de enciclopédia
4 ano Entrevista Fábula Poema narrativo
experiências infantil/
vividas Exposição oral
Artigo de
Roteiro e mapa
Notícia/Relato de divulgação
de localização/
5o ano acontecimento Lenda e mito Poema científica para
Descrição de
cotidiano crianças/
itinerário
Exposição oral

Gêneros selecionados em cada ano do Ciclo II em sequências didáticas ou projetos


Esfera de circulação
Vida pública e
Jornalística Literária (prosa) Literária (verso) Escolar
profissional

Carta de
solicitação e Biografia/
6o ano Entrevista Conto/Causo Canção
de reclamação/ Depoimento
Debate
Requerimento
e carta de Artigo de
solicitação e Resenha/ divulgação
7o ano HQ e tiras/Piadas Cordel
de reclamação/ Comentário científica/
Solicitação, Exposição oral
reclamação
Notícia,
Verbete de
Estatuto/Debate reportagem/ Crônica/Relato de
8o ano Poema visual/Rap enciclopédia/
regrado Notícia televisiva e fatos cotidianos
Exposição oral
radiofônica
Currículo/
Artigo de opinião/ Relato histórico/
9o ano Entrevista Teatro Poema
Comentário Exposição oral
profissional

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Expectativas de aprendizagem
As expectativas de aprendizagem, organizadas em torno das
práticas de linguagem – leitura, produção de texto, fala e es-
cuta e análise linguística –, “são metas de desenvolvimento
que se alargam e se aprofundam progressivamente, conforme
as possibilidades e necessidades dos estudantes. A cada ano
do ciclo, são exploradas basicamente as mesmas expectati-
vas de aprendizagem, em graus de complexidade crescentes”.2 2 Orientações curriculares e proposição
de expectativas de aprendizagem para
Nos Cadernos do professor, as atividades estão acompanhadas o Ensino Fundamental – Ciclo I, p. 36.
das respectivas expectativas de aprendizagem para o ano, o
gênero e a prática de linguagem contemplada, com a mesma
formulação presente no documento de orientações curricula-
res. Essas são as aprendizagens que se espera que todos os
alunos construam (como diz Vygotsky,3 aprendizagens que 3 VYGOSTSKY, L. S. A formação social da
mente. São Paulo: Martins Fontes,
possam, no fim de cada etapa de trabalho, fazer parte de
1987.
seu desenvolvimento). Algumas atividades abrangem expec-
tativas propostas para anos ou ciclo posteriores, o que se
justifica por se tratar de um processo de construção em que
é importante que o que se espera ver consolidado em deter-
minado ano seja processualmente trabalhado desde os anos
anteriores (para Vygotsky, fariam parte do desenvolvimento
potencial dos alunos – criariam zonas de desenvolvimento
proximal –, vindo, futuramente, a fazer parte de seu desen-
volvimento real).
Há ainda questões que não se referem diretamente às ex-
pectativas de aprendizagem, quer para o ano em questão,
quer para os seguintes, mas que foram propostas porque, de
alguma forma, contribuem com os processos de compreensão
ou produção dos textos, objetivo maior de qualquer material
didático ou prática pedagógica.

Uma nota sobre o trabalho com gêneros


No dia a dia, participamos de várias esferas de atividades (fa-
miliar/cotidiana, escolar, jornalística, acadêmica, produtiva/
de consumo, política etc.), realizando ações próprias des-
sas esferas. Toda esfera de atividade é também uma esfera

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de comunicação, e, para agir, nos comunicamos mediante os
gêneros textuais que nelas circulam. Assim, ao nos apropriar-
mos deles, temos oportunidade de participar mais adequada
e plenamente das práticas de linguagem que circulam em
cada uma dessas esferas, razão pela qual elegemos os gêneros
textuais como um dos eixos organizadores do currículo, arti-
culados às práticas de linguagem – leitura, produção escrita,
escuta/produção oral e análise linguística. Desse modo, ga-
rantimos também um movimento metodológico que privilegia
as práticas de uso – leitura/produção escrita, escuta/produ-
ção oral – em relação às práticas de análise linguística, que
devem reverter para os próprios usos.
Portanto, é necessário cuidado para não transformar o tra-
balho com os gêneros em uma série de atividades meramen-
te classificatórias e metalinguísticas não convergentes para
o uso – leitura/escuta e produção de textos. Não adianta o
aluno saber dizer uma série de características dos gêneros
(de forma decorada), se não puder reverter esse conhecimen-
to para a compreensão e/ou produção de textos relativos a
esses gêneros textuais.
Também na exploração dos elementos constitutivos dos gê-
neros, é fundamental garantir uma perspectiva que relacione
os gêneros (e os textos) aos contextos das esferas em que
circulam, às suas condições de produção típicas (e específi-
cas) e ao contexto sócio-histórico mais amplo, indo além de
uma perspectiva de abordagem meramente formal/estrutural,
possibilitando que o aluno compreenda conteúdos explícitos
e implícitos, interaja efetivamente com os textos lidos e pro-
duza textos adequados a cada uma das situações.

Integração entre as modalidades de atividades


Cabe ressaltar que os Cadernos de apoio e aprendizagem
abrangem parte das modalidades de atividades propostas
para os anos – sequências didáticas e projetos. Ao fazer seu
planejamento, você deve prever também atividades perma-
nentes ou pontuais, não contidas neste Caderno, para que
as demais intenções educativas possam se concretizar: não

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é possível formar leitor literário ou de periódicos (jornais,
revistas etc.) apenas trabalhando alguns gêneros em algumas
séries. É preciso promover uma interação significativa cons-
tante com esses portadores.4 4 Para melhor organização e
fundamentação de seu planejamento,
é essencial a leitura do
item 4.2.1 Língua Portuguesa
Organização do Caderno do aluno (p. 123-136) das Orientações
Em cada Unidade, há um grupo de atividades que contem- curriculares e proposição de
expectativas de aprendizagem para
plam expectativas de aprendizagem elaboradas especifica- o Ensino Fundamental – Ciclo I e
mente para o ano/gênero/esfera/prática de linguagem abor- do item 5.3 Planejamento da rotina
e das modalidades organizativas
dada. Cada uma delas, por sua vez, é composta por uma série (p. 96-111) das Orientações
de questões, exercícios e demandas de ações articuladas. curriculares e proposição de
expectativas de aprendizagem para
Todas as Unidades são abertas com uma seção – Para co- o Ensino Fundamental – Ciclo II,
meço de conversa – que objetiva convidar os alunos para o Língua Portuguesa do.
trabalho, contar quais serão os conteúdos trabalhados e as
principais produções e ativar alguns conhecimentos prévios
sobre o gênero em questão. É fundamental que você leia o
texto dessa seção com os alunos, garantindo que eles tenham
conhecimento do que vão estudar, por que isso está sendo
proposto e o que se espera deles, para que também eles pos-
sam aderir à proposta.
Após essa seção, são apresentadas atividades que compre-
endem exploração oral e respostas escritas coletivas e indi-
viduais. Questões a serem exploradas oralmente não preveem
espaço/linhas para resposta.
Algumas das atividades (devidamente indicadas) supõem que
os alunos assistam a vídeos. É fundamental que você os assis-
ta previamente e leia as orientações para o desenvolvimento
dessas atividades, a fim de fazer mediações que potenciali-
zem o uso desse recurso. Embora o trabalho com vídeo não
seja uma proposta nova, infelizmente ainda é prática pouco
frequente nas escolas e “o vídeo tem entrado na sala de aula
quase pela porta de trás”. No entanto, trata-se de recurso
de grande potencial mobilizador – pelas diferentes lingua-
gens de que se vale, pelos ritmos e tempos dinâmicos conso-
nantes com o tempo (de atenção/concentração) dos alunos,
pela forma sofisticada de contar histórias ou pela forma

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sintética e organizada de apresentar/discutir informações.
Além disso, é de grande relevância para o trabalho com gêne-
ros orais, cujos modelos de texto também precisam ser dis-
cutidos. Senão, como ensinar a debater ou a participar de
seminários se aos alunos não se permite assistir a debates
e apresentações e discutir suas finalidades, seus conteúdos e
características? Entretanto, o vídeo por si só não promove
a interação. Daí a importância fundamental de sua mediação,
que pode e deve prever pausas, retomadas, elaboração de ou-
tras questões/atividades, objetivando o ajuste necessário en-
tre o proposto e as possibilidades/necessidades dos alunos.
No fim de cada Unidade, a seção Retomando percursos propõe
uma retomada da aprendizagem, mediante uma síntese que
destaca os principais conteúdos/conceitos, relações e habi-
lidades, e/ou mediante uma proposta de (auto)avaliação.

Organização do Caderno do professor


O Caderno do professor traz orientações de uso geral do ma-
terial (Apresentação dos Cadernos) e orientações específicas
para uso dos volumes (O trabalho com o 5o ano). Cada volume
conta com uma breve descrição dos gêneros que serão objeto
de trabalho (subsídios direcionados para o professor, que não
necessariamente devem ser aplicados aos alunos), orienta-
ções gerais para a condução das atividades, possibilidades de
resposta e, algumas vezes, indicações de atividades comple-
mentares ou referências bibliográficas.
Por último, deve-se ressaltar que as propostas de atividade
fornecem pistas para caminhos que só serão efetivamente tri-
lhados (contando com rotas alternativas que se façam neces-
sárias) com a interação professor-alunos. Apenas a mediação
do professor pode concretizar uma proposta didática.
Bom trabalho!

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O trabalho com o 5o ano

Unidade 1 – Indo e vindo:


estudando itinerários, mapas e roteiros

Itinerários, mapas e roteiros de visita são o foco da primeira


Unidade do Caderno do 5o ano e contemplam o trabalho
na esfera cotidiana. Viver em uma metrópole como São Paulo
exige o desenvolvimento de habilidades complexas, entre
elas a de se locomover no emaranhado de ruas que compõem
seus bairros. Por outro lado, a busca pela sobrevivência num
ambiente tão pouco amigável leva as pessoas a priorizar o
trabalho e a deixar de lado atividades fundamentais para uma
vida plena e saudável. Por isso, atividades de lazer e cultura
são negligenciadas.
O principal desafio desta Unidade, portanto, é articular esses
dois direitos dos cidadãos: o de ir e vir e o de acesso à cultura
e ao lazer.
Ter acesso a lazer e cultura é um direito garantido pela Cons-
tituição (art. 6o) e, mais especificamente, pelo Estatuto da
Criança e do Adolescente – ECA (arts. 4o, 58o, 59o e 71o).
Ainda que seja necessária a ampliação de espaços de cul-
tura e lazer acessíveis a toda população, a cidade tem uma
oferta razoável de lugares desse tipo, alguns a baixo cus-
to. Entretanto, como não há muitos espaços em todos os
bairros, primeiro é preciso pesquisar que opções existem e,
entre elas, selecionar a mais interessante, em circunstâncias
determinadas. Para isso, deve-se considerar aspectos como
localização, facilidade de acesso, custo e tempo disponível.
Por fim, tendo selecionado o lugar e analisado o itinerário,
é preciso pensar que roteiro seguir para aproveitar melhor a
visita a ser feita.

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Isso significa que também para ter acesso e poder usufruir
mais de atividades de cultura e lazer é importante desenvol-
ver capacidades cognitivas e de leitura. Por exemplo, para
escolher de qual atividade participar ou qual lugar visitar,
antes é preciso ler criticamente diferentes textos, articu-
lando diversas informações, o que requer o desenvolvimento
de capacidades de leitura como: localização e comparação de
informações de diferentes textos (organizados em diferentes
gêneros); realização de redução de informação e generaliza-
ção; apreciação estética e afetiva de aspectos implicados no
passeio, entre outras capacidades. Ao mesmo tempo, para
melhor podermos aproveitar esses momentos de lazer, é ne-
cessário fazer um planejamento. Assim, além das capacidades
de leitura e de produção oral e escrita específicas da discipli-
na de Língua Portuguesa, as atividades propostas visam a de-
senvolver no aluno habilidades de planejamento, que abran-
gem, por exemplo, avaliação de propostas segundo critérios
de viabilidade e condições pessoais.
Para desenvolver tais capacidades, a primeira atividade ob-
jetiva sensibilizar o aluno para a importância de conhecer
os gêneros enfocados na Unidade. Em seguida, há atividades
sobre itinerário, com as quais se pretende desenvolver as
habilidades requeridas na leitura de mapas de ruas. Portanto,
propõe-se ao aluno estabelecer trajetos para se locomover de
um ponto a outro da cidade.
A Unidade prossegue com atividades que visam a trabalhar
com diferentes aspectos relacionados ao contexto de produ-
ção dos roteiros, bem como à forma composicional e ao estilo
do gênero.
Na atividade 4, propõe-se a primeira produção de um roteiro,
que servirá de referência para que você, com base na análise
do que os alunos já sabem fazer e do que ainda precisam
aprender, possa planejar, entre as atividades da Unidade, as
que deve priorizar.
Nas situações de análise de roteiros e mapas de localização,
é importante chamar a atenção para os marcadores temporais

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e espaciais usados nos textos e examinar, com os alunos, a
presença de verbos de ação/deslocamento.
Nas atividades finais, os alunos leem vários textos em dis-
tintos gêneros para, no fim, produzir roteiros para fazer uma
visita a um dos dois lugares sugeridos: o Museu do Futebol
(Estádio do Pacaembu) ou o espaço Catavento Cultural e
Educacional (Parque D. Pedro II). Essa produção final, ao
ser comparada com aquela feita na atividade 4, tem fun-
damental importância para avaliar os avanços dos alunos
e quanto você ainda precisará interferir para que avancem
mais. Seria muito interessante que a visita a um dos dois
lugares pudesse ser feita.
A descrição a seguir tem por objetivo sistematizar as princi-
pais características desses gêneros relacionadas com seu con-
texto de produção. Não se pretende que o quadro se constitua
em um rol de conteúdos a serem transmitidos aos alunos.
Entre as características dos gêneros, apenas algumas foram
selecionadas e incorporadas às atividades propostas.

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Breve descrição dos gêneros roteiro e itinerário
I – Situação comunicativa
Autores: empresas responsáveis pela sinalização de determinado espaço (museu, parque,
shopping etc.) ou serviço (trens e metrôs; transportes públicos em geral) e empresas vinculadas
ao turismo. Também é possível que profissionais ligados ao turismo (ou amadores) produzam e
divulguem roteiros em blogs, sites etc. O próprio usuário pode assumir a “coautoria” do trajeto,
como é o caso de roteiros culturais e mapas/itinerários gerados pela internet.
Finalidade: sugerir onde ir, auxiliar na seleção do melhor caminho a se tomar. Uso meramente
informativo (itinerários do metrô e trem afixados nos vagões e nas estações) ou com finalidades
ligadas ao lazer ou à cultura. Podem também ter uma dimensão comercial (por exemplo,
roteiros culturais com propagandas de empresas que apoiam a disseminação da cultura e do
entretenimento na sociedade; planejamento de viagens e passeios que agências de viagem
oferecem como serviço e como parte de seus pacotes promocionais).
Suporte/circulação: revistas e jornais; panfletos, guias, fôlderes e folhetos; cartazes ou
placas; sites de museus, eventos ou empresas de transportes; também podem ser gerados na
internet pelo próprio usuário, segundo suas necessidades (algumas ferramentas são Google
Maps, Bing Maps, MapQuest, MapLink, Apontador.com etc.). Além de circularem em meios
impressos, circulam oralmente: um roteiro pode ser apresentado por um guia turístico ou
por um guia de museu; um itinerário pode ser anunciado pelos alto-falantes das estações de
trens e metrôs; pode-se escutar pelo rádio o melhor caminho a seguir em um dia de trânsito
congestionado etc.
Roteiros, mapas e itinerários podem ser gerados pela internet, pelas ferramentas citadas.
Preencha os campos “ponto de partida” e “destino” e a ferramenta oferece opções de percursos
(de carro, a pé ou de transporte público), com todo o trajeto destacado em um mapa principal
e, ao lado deste, um roteiro detalhado, indicando as principais coordenadas que o usuário deve
seguir. Caso o usuário queira ver em detalhes algum ponto de referência, o uso de mapas conta
agora também com sofisticados recursos tecnológicos, que permitem a visualização de perto de
qualquer ponto, em imagens fotográficas com alta definição, capturadas por satélites.

II – Forma composicional e estilo


Roteiro: pode ser predominantemente visual, como um mapa, usar ícones e legendas para
facilitar a localização, bem como ter flechas e setas para indicar o caminho. Também pode ser
um texto descritivo, com indicações de direções a serem tomadas, locais e pontos de referência.
Neste caso, o uso das formas verbais no imperativo ou no infinitivo predomina na indicação das
instruções, assim como o uso de marcadores espaciais (dentro/fora, em cima/embaixo, direita/
esquerda etc.) e temporais (depois, logo após, então, em seguida etc.), além de numerais para
indicar as distâncias.
Itinerário: organização interna básica – ponto de partida, trajeto e ponto de chegada. Todos
obrigatórios. Em um roteiro ou mapa, o trajeto pode ser mais flexível, não sendo o caminho
proposto obrigatório. Os marcadores textuais e iconográficos são os mesmos do Roteiro.
Mapas de localização: mostra onde o leitor está, cabendo a ele traçar o itinerário que
considerar melhor, mais prático ou rápido. Assemelha-se muito à planta baixa do local ou mapa
da cidade, bairro etc. Repetem-se os marcadores textuais e iconográficos do Roteiro (setas e
flechas, ícones e legendas).

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Unidade 2 – Deu no jornal! “Aconteceu, virou
manchete?”

A Unidade 2 integra a proposta de trabalho com gêneros da


esfera jornalística, selecionados em cada ano do Ciclo I em
sequências didáticas ou projetos, que, na modalidade escri-
ta, serão abordados nesta coleção: legenda (1o ano), man-
chete (2o ano), notícia (3o, 5o e 8o anos), entrevista (4o e
6o anos), resenha (7o ano), reportagem (8o ano) e artigo de
opinião (9o ano).
Esta Unidade é composta por um conjunto de atividades que
abordam o gênero textual notícia e o relato de acontecimento
cotidiano.
Na introdução, convida-se o aluno para refletir sobre os meios
pelos quais se pode ter acesso a notícias atualmente. Em se-
guida, compara-se a velocidade da informação do fato novo
em várias mídias e veículos atuais e os meios de transmissão
da notícia em tempos mais distantes.
Assim, permeando propostas de leituras e discussões sobre
notícias, as atividades exploram os fatos noticiáveis e as for-
mas de fazê-lo, focalizando os seus contextos de produção e
de circulação.
No estudo do suporte – jornal impresso – explora-se a or-
ganização interna de diferentes jornais, visando a propiciar
ao aluno a elaboração do conhecimento sobre o que se pode
encontrar no jornal e onde. Com essa base, o gênero notícia
começa a ser trabalhado em suas propriedades e caracterís-
ticas: elementos estruturais/forma composicional (título, li-
nha fina, lide e corpo do texto), conteúdo temático (o que é
noticiável e para quem) e estilo (marcas linguísticas próprias
da notícia).
As atividades de compreensão dos textos exploram tanto as-
pectos que ajudam no entendimento da notícia quanto os do
gênero, suas propriedades e sua circulação.
As atividades de análise e reflexão sobre a língua estudam
conteúdos característicos do gênero ou que possam auxiliar o

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aluno nas propostas de compreensão e de produção textual,
servindo, dessa forma, como andaime para essas atividades.
Como já foi explicado, a proposta de trabalho com o gênero
notícia está dimensionada para ocorrer de forma mais siste-
mática no 3o, 5o e 8o anos, razão pela qual se faz necessária a
reflexão acerca da progressão para o ensino do gênero, como
destacado no quadro abaixo:
3o ano 5o ano 8o ano
Exploração simplificada do Exploração de suportes: Jornal-empresa.
suporte jornal. editorias, gêneros, 1a página. Diferentes tipos de imprensa:
Notícia nas diferentes mídias. Diferentes tipos de suportes. sensacionalismo.
Objetivos das notícias. O espaço da publicidade. Características das notícias
Leitores/espectadores de Intencionalidade/implícitos nas diferentes mídias
notícias. (suposta neutralidade). (a ilusão de diversidade
da internet).
Implicação do controle
de informações (o 4o poder).
Intencionalidade/implícitos
(suposta neutralidade).
Comparação de diferentes
versões.
A criação de fatos (um tipo de
reportagem).
Os fatos noticiados: o novo, Idem ao 5o ano com aumento
o trágico, o sensacional de complexidade.
Manchete, lide. Manchete, lide, corpo do Manchete, lide, corpo do
Marcadores temporais e de texto. texto (sequência dada pelo
causalidade. que se supõe ser de maior
Fotos, ilustrações. importância para o leitor).
Coesão, referência. Infográficos e tabelas.
Tempos verbais no pretérito. Coesão sequencial.
“Verbos dicendi ”.
Expressões de tempo e lugar.

A descrição a seguir objetiva sistematizar as principais ca-


racterísticas desse gênero relacionadas ao contexto de
sua produção. Não se pretende que o quadro se constitua
em um rol de conteúdos a serem transmitidos aos alunos.
Por isso, apenas algumas características foram selecionadas
e incorporadas às atividades propostas.

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5 Descrição baseada em
Breve descrição do gênero notícia5 BARBOSA, J. P.
I – Situação comunicativa Do professor suposto
pelos PCNs ao
Autor: redator/ Algumas matérias não são assinadas por um profissional, outras professor real de
jornalista identificam o redator. Língua Portuguesa:
Leitor/espectador/ Leitores diversos, com perfil conhecido pelo jornal ou veículo de são os PCNs
ouvinte transmissão da notícia. praticáveis? In: ROJO,
R. H. R. (Org.), 2000.
Audiência Leitores, telespectadores e ouvintes.
Informar leitores, espectadores e ouvintes, fazendo-os se interessar
Finalidade pela notícia (todo jornal visa à maior audiência); contribuir para
(influir na) a formação de opinião do interlocutor.
Local de circulação/ Jornal impresso, revistas, jornais on-line, sites, blogs, telejornal e
publicação rádio.
Sensacionalismo: divulgação do fato ocorrido visando mais a
provocar algum tipo de comoção ou de emoção do que propriamente
informar as causas. Busca pelo que é sensacional. Coleta de
informação a qualquer preço e de qualquer maneira, muitas vezes,
sem critérios de apuração e organização dos fatos.
Tipos de jornalismo Informação: busca pelo desenvolvimento de métodos de
pesquisa para apuração e tratamento da informação. Nesse
caso, a investigação do fato objetiva informar as causas, prever
consequências, apresentar relatos e depoimentos de especialistas no
assunto etc. Pode-se pensar que a distinção entre os dois modos de
fazer notícia implica dois tipos básicos de imprensa.
Neutralidade: aspectos éticos e ideológicos envolvidos na
seleção, coleta e divulgação de informação. No entanto, sabe-se
que a neutralidade é suposta: as escolhas lexicais, fraseológicas,
Outras características
gramaticais e até mesmo a ordem como os fatos são apresentados e
da situação
seu local de inserção no jornal revelam uma ideologia subjacente.
comunicativa
Notícia: “matéria-prima” do jornal. Apesar da diversidade de seções
e gêneros de um jornal, sobretudo os impressos e on-line, a noticia é
sua “matéria-prima”, mobilizando um forte mercado de consumo.

II – Conteúdo temático
O fato novo, de interesse de determinado público e noticiável, como assuntos políticos,
ambientais, administrativos, esportivos etc. Fatos trágicos, como acidentes, assassinatos
etc., e sensacionais, como escândalos de diversas ordens (a depender do tipo de jornal), e
acontecimentos envolvendo personalidades públicas.

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III – Forma composicional e estilo
Estruturação geral: ordenação pelo interesse ou importância decrescente da perspectiva de
quem conta e, sobretudo, da suposta perspectiva de quem ouve. Isso implica uma seleção
prévia de eventos, organizados do mais para o menos importante. A notícia inicia-se por um
lide, primeiro parágrafo que, de modo geral, informa os principais elementos da notícia (quem
fez o quê, a quem, quando, onde, como, por quê). Esses dados são mais detalhados, não
necessariamente nessa ordem, e acrescidos de outras circunstâncias no corpo da notícia.
• Existência de enunciados mais referenciais e ausência de enunciados opinativos.
• Privilégio do modo indicativo.
• Uso da terceira pessoa.
• Marcas de impessoalidade (pronome oblíquo – se; uso de passivas sintética e analítica etc.).
• Evita-se o uso de adjetivos testemunhais e subjetivos (alto, chocante, bela, próspero etc.) nas
notícias. A ideia é fornecer dados para que o leitor faça sua própria avaliação.
• Presença de palavras que indicam precisão como números, numerais (placas de carro, hora
exata, o número de desabrigados etc.).
• O verbo principal do lide está quase sempre nos tempos perfectivos (perfeito – se a notícia é
de fato acontecido – ou futuro do presente – se a notícia anuncia fato previsto), o que dá mais
especificidade ao fato, apresentado como concluído ou muito provável.
• Adequação e escolha lexical. Além dos léxicos de precisão, há outras escolhas lexicais
decorrentes não só do gênero em si, mas também de questões ideológicas e do veículo em que
o texto será impresso, tipo do jornal. Por exemplo, existe uma sinonímia entre os termos corpo/
defunto/presunto/cadáver. Em um jornal sem apelo sensacionalista, dificilmente encontra-se o
termo “presunto”, já em um jornal de tipo mais sensacionalista, esse termo pode aparecer.
Escolher entre usar “grande fazendeiro” ou “latifundiário” tem implicações ideológicas.
• Usa-se, muitas vezes, o tempo presente nas manchetes ou nos títulos da matéria, o que causa
efeito de aproximação do leitor com o fato e de novidade/instantaneidade do fato.
• A linguagem usada tenta conciliar registros (combinações ou expressões possíveis no registro
coloquial e aceitas no formal). Isso porque se busca uma comunicação eficiente e, ao mesmo
tempo, de aceitação social.

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Unidade 3 – O mundo visto pelas lendas:
histórias contadas e encantadas

A terceira Unidade do 5o ano tem como foco o gênero lenda.


Essa proposta dá continuidade ao trabalho com gêneros da
esfera literária, iniciado no Ciclo I, com a abordagem de con-
to de repetição (1o ano), conto tradicional (2o e 3o anos) e
fábula (4o ano).
A Unidade convida o aluno para refletir sobre a relação entre
a necessidade de o homem compreender fenômenos da natu-
reza, origens de seres, fatos do cotidiano, o comportamento
humano e a origem das lendas. Mediante perguntas que aju-
dam a pensar sobre essa relação e, em seguida, a leitura de
textos informativos, procura-se colocar o aluno no caminho da
compreensão do contexto de produção do gênero em estudo.
A seleção das lendas procurou apresentar histórias que reme-
tam a diferentes regiões e grupos culturais de nossa tradição,
propiciando um repertório de iniciação dos alunos no univer-
so das lendas.
As questões de compreensão da leitura, por sua vez, visam a
explorar o entendimento do texto, o contexto de circulação
e as características do gênero: forma composicional (como o
gênero se apresenta, como está organizado), conteúdo temá-
tico (o que, em geral, se diz nesse gênero) e estilo (como se
diz, com que recursos linguísticos).
As atividades de análise e reflexão sobre a língua procuram
explorar, nos textos propostos, conteúdos específicos do gê-
nero ou que auxiliem o aluno nas propostas de compreensão
e de produção textual como lastro para essas atividades.
Neste volume, as atividades foram planejadas com base em
pressupostos e expectativas de aprendizagens definidas nas
Orientações curriculares para o Ensino Fundamental I. Algumas,
no entanto, vão além dessas expectativas, antecipando-se a
outras que serão aprofundadas em volumes posteriores. A in-
tenção é construir ou dar continuidade a uma progressão no
estudo do gênero ou entre os gêneros de uma mesma esfera.

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O quadro abaixo visa a sintetizar e a sistematizar algumas
características recorrentes das lendas, relativas às suas pro-
priedades, como mencionadas.
A descrição a seguir tem por objetivo sistematizar as princi-
pais características desse gênero relacionadas com o contexto
de sua produção. Não se pretende que o quadro se constitua
em um rol de conteúdos a serem transmitidos aos alunos.
Por isso, apenas algumas características foram selecionadas
e incorporadas às atividades propostas.
Breve descrição do gênero lenda
I – Situação comunicativa
Em sua origem, a lenda circula entre os membros da comunidade
em que surge. Por meio de etnólogos, pesquisadores e folcloristas
Interlocutores
passa a circular, pelo registro escrito, entre leitores de outros
espaços, tempos e culturas.
Esclarecer a origem de fenômenos da natureza e fatos
Finalidade incompreendidos, compartilhar ensinamentos de uma comunidade,
explicar comportamentos humanos.
Circula na própria comunidade onde é produzida. Quando coletada,
Local de circulação/
em geral é publicada em livros específicos, sites e, eventualmente,
publicação
adaptada para quadrinhos.
Outras características Por ser gênero originariamente de transmissão oral, apresenta
da situação diversidade de versões, de acordo com a região em que circula.
comunicativa

II – Conteúdo temático
Narrativas com forte apelo ao imaginário de:
• explicações de fenômenos da natureza, características de animais, origem de plantas;
• histórias de heróis, santos e personagens alegóricas;
• divulgação de valores e aspectos culturais de uma comunidade.

III – Construção composicional e marcas linguísticas (estilo)


• Título conciso.
• Contextualização do fato a ser narrado.
• Apresentação do fato.
• Explicação e desenvolvimento do fato ocorrido (incluindo conflito, se houver).
• Desfecho que, em geral, origina a explicação dada na lenda.
As lendas apresentam linguagem formal ou informal, dependendo do contexto em que se
originaram e vão circular. De modo geral, estão presentes termos da cultura do local
de origem ou do grupo ao qual se referem, como as lendas folclóricas regionais e as indígenas.
Em geral, há um narrador em 3a pessoa, podendo os diálogos ser marcados pelos discursos
direto ou indireto.

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Unidade 4 – A ciência divulga o que acontece
com nosso corpo

A divulgação científica constitui um gênero discursivo bas-


tante peculiar, na medida em que resulta da interseção de
dois outros gêneros: o discurso da ciência – hermético, mar-
cadamente objetivo e impessoal, compreensível apenas para
os iniciados – e o discurso jornalístico, que busca a trans-
missão de informações por meio de uma linguagem objetiva,
clara e concisa.
O discurso científico, produzido por e para especialistas,
fundamenta-se em convenções linguísticas próprias. Nele,
o jargão envolve uma linguagem objetiva, enxuta e formal,
em que o uso de mecanismos argumentativos – as nomina-
lizações, o vocabulário técnico, a indeterminação do sujei-
to (verbo na terceira pessoa do singular + partícula se) ou
do sujeito universal (verbo na primeira pessoa do plural) –
redunda no apagamento do sujeito, na camuflagem de ín-
dices de subjetividade, conferindo ao texto um caráter de
neutralidade e, em última instância, de inquestionabilidade.
Dessa forma, o discurso científico objetiva construir e legi-
timar um saber por ele postulado, fazendo crer ao leitor que
o que está sendo exposto não é uma interpretação do real,
mas a própria realidade. Nessa medida, ele é eminentemente
persuasivo. Já o discurso jornalístico – pelo menos em pri-
meira instância – caracteriza-se também pela objetividade e
concisão.
Com a finalidade de estabelecer uma ponte entre leigos
e a ciência, o divulgador abandona o hermetismo, próprio da
linguagem especializada, em favor de um registro mais colo-
quial. Na tentativa de aproximar o leitor da temática abor-
dada, procura explicitar os termos técnicos, “traduzindo-os”
para um vocabulário mais familiar; lança mão de exempli-
ficações, analogias, metáforas, nomimalizações, paráfrases;
seleciona bem as palavras e utiliza recursos visuais.

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A par dessas marcas de subjetividade, o texto de divulga-
ção científica também incorpora a perspectiva do discurso da
ciência, principalmente quando, por meio de citações explíci-
tas ou implícitas, deixa emergir a voz do cientista.
Essa coexistência de subjetividade e objetividade, ora apro-
ximando, ora distanciando o leitor em relação ao que está
sendo dito, confirma o caráter persuasivo do texto de divul-
gação científica.
Esta Unidade visa a oferecer ferramentas para que os alu-
nos possam ir em busca de informações que satisfaçam sua
curiosidade a respeito dos mais variados assuntos e atendam
a suas necessidades como estudantes e como cidadãos. Seu
objetivo é ensiná-los a realizar uma boa pesquisa, isto é, a
procurar nos livros e em outros suportes textuais respostas
a determinadas questões, para ampliar ou aprofundar um
tema em estudo.
Pesquisas educacionais têm mostrado que, em comparação
com adolescentes e adultos, as crianças são muito mais
curiosas e receptivas às ideias relacionadas com a ciência.
Portanto, é nessa faixa etária que as iniciativas de divulga-
ção científica tendem a ser mais bem-sucedidas, sobretudo
se elas se derem por meio de uma abordagem mais coloquial,
leve e até divertida da ciência, em textos cuja linguagem ino-
vadora seja capaz de instigar a curiosidade dos leitores para a
relação entre o fato científico e a experiência cotidiana.
Seu foco reside na leitura e produção de textos de divulgação
científica, possibilitando práticas de fala, leitura e escrita com
as mais diversas finalidades: prazer, estudo, divulgação etc.
O artigo de divulgação científica integra a proposta de tra-
balhar com os gêneros da esfera escolar em diálogo com a
esfera da divulgação científica e, na sequência de atividades,
insere-se em diferentes momentos do Ensino Fundamental,
em uma progressão específica para o trabalho com o gênero
ao longo dos dois ciclos: verbete de curiosidades/explicação
(2o ano); verbete de enciclopédia infantil/explicação (3o ano);
verbete de enciclopédia infantil/exposição oral (4o ano); artigo

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de divulgação científica para crianças/exposição oral (5o ano);
biografia/depoimento (6o ano); artigo de divulgação científi-
ca/exposição oral (7o ano); verbete de enciclopédia/exposi-
ção oral (8o ano); relato histórico/exposição oral (9o ano).
Durante o desenvolvimento das atividades, observe seus alu-
nos e faça as intervenções necessárias para que avancem no
processo de letramento (uso da leitura e da escrita) e nos
conhecimentos discursivos (como fazer um resumo, de que
recursos linguísticos lançar mão em uma exposição oral).
Em qualquer situação de pesquisa, para que o professor orien-
te os alunos, é necessário que antes visite a sala de leitura
da escola. O professor orientador pode ajudar a encontrar as
obras a serem indicadas. É importante também que conheça
sites que disponibilizam essas informações para sugeri-los
aos alunos.
No 5o ano, os alunos ampliarão o trabalho com o gênero
exposição oral. Quem vai expor precisa se preocupar com:
localização de diferentes fontes; seleção, registro e organi-
zação das informações de acordo com o tema e a finalidade
da exposição; preparo e escolha de estratégias e recursos de
apresentação dos conteúdos, tendo em vista possíveis inter-
locutores – antecipando interesses e conhecimentos prévios
desse público, possíveis questões que serão feitas –, bem
como o espaço onde será feita a apresentação. A linguagem
deve ser formal, clara e objetiva, e a exposição, didática e
organizada de maneira a facilitar a compreensão do público.
O quadro a seguir visa a sistematizar as principais caracte-
rísticas do artigo de divulgação científica relacionadas com o
contexto de sua produção. Não se trata de um rol de conteúdos
a ser transmitido aos alunos. Apenas algumas características
foram selecionadas e incorporadas em progressão às ativida-
des propostas para o 3o e 4o anos. No 5o ano, as expectativas
de aprendizagem previstas são basicamente as mesmas, mas
em um movimento que as torna “metas de desenvolvimento 6 Orientações curriculares e proposição
de expectativas de aprendizagem para
que se alargam e se aprofundam, progressivamente, conforme o Ensino Fundamental – Ciclo I,
as possibilidades e necessidades dos estudantes”.6 p. 36.

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7 A descrição tomou como
base ROJO, R. H. R., 2008. Breve descrição do gênero artigo de divulgação científica7
I – Situação comunicativa
Em geral, educadores ou jornalistas, que fazem a ponte entre
Autor
o discurso da ciência e o público infantil.
Crianças interessadas em explicações científicas para realizar
Público-alvo pesquisas escolares ou outras finalidades relacionadas com a
divulgação do conhecimento.
Inserir as crianças na cultura científica, apresentando-lhes
conceitos e explicações por meio de estratégias de
Objetivo/intenção
divulgação do conhecimento adequadas ao público infantil, de
forma mais simples e didática.
Local de circulação/ Enciclopédias, revistas de divulgação científica para crianças,
publicação livros didáticos, suplementos infantis, sites para crianças.

II – Conteúdo temático
Como o próprio nome sugere, o assunto normalmente tratado no texto de divulgação
científica é o saber sistematizado, produzido pela humanidade em todas as áreas de
conhecimento: biologia, física, química, matemática, história etc.

III – Estrutura composicional e marcas linguísticas (estilo)


As características básicas da organização do texto de divulgação científica para crianças
são bastante determinadas pela incorporação de elementos tanto do discurso jornalístico
como do científico, entre eles o predomínio de textos relativamente curtos, estruturados
em colunas, com um título que procura despertar a atenção do jovem leitor. Muitas vezes
são utilizados recursos visuais (fotos, ilustrações, gráficos, tabelas). Embora, de modo
geral, sua estrutura se aproxime mais da forma de composição do texto jornalístico,
por incorporar suas características de objetividade, também apresenta marcas de
subjetividade, o que o torna um gênero discursivo com especificidades próprias. Entre
elas, constatam-se maior preocupação com os elementos didatizantes e a ausência
do depoimento de autoridade, que, aparentemente, não é considerado relevante para o
convencimento do leitor.
Além disso, o texto é informal, leve, estabelecendo uma interlocução muito mais próxima
com o leitor. Emprega a primeira pessoa do plural (“nós”) ou seu equivalente “a gente”,
ainda mais coloquial, para fazer o leitor sentir-se incluído no discurso, e utiliza marcadores
conversacionais próprios da linguagem oral, para chamar a atenção do interlocutor.
O caráter metalinguístico é ainda mais acentuado no texto para crianças. A explicação
dos termos técnicos ou distantes do vocabulário infantil acontece de três formas:
pela definição, pela exemplificação e pela paráfrase.

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Unidade 5 – Lendo e declamando poemas:
ritmo e melodia

Um bom poema é aquele que nos dá a impressão 8 QUINTANA, Mário. Sapo amarelo.
de que está lendo a gente... e não a gente a ele!8 Porto Alegre: Mercado Aberto, 1986.
Mário Quintana

A poesia está presente em diversos momentos da vida: nas


canções com que as mães embalam os bebês; nas falas, ques-
tionamentos e descobertas das crianças; nas cantigas de
roda; nas parlendas; nos trava-línguas; nas adivinhas; nas
páginas perdidas de um diário da adolescência; nas frases de
amor, de dor ou de consolo que trocamos; nas músicas que
ouvimos e cantarolamos sem atinar por quê... Em tais situa-
ções, as palavras têm uma força e um sentido incomuns – elas
são empregadas com base em seu poder lúdico, sugestivo,
emocional.
Para muitos de nós – e também para o poeta Carlos Drum-
mond de Andrade –, essa poesia tão inerente à infância vai
se perdendo com o passar dos anos. Muitos culpam a escola
por essa perda. Acreditamos, porém, que a aproximação com
a poesia pode ocorrer em qualquer espaço, desde que se convi-
va com autores e estilos, reavivando continuamente a capa-
cidade de olhar e ver as coisas “com olhos de primeira vez”.
Assim, o objetivo desta Unidade não é a dissecação formal
dos poemas, nem o estudo e a classificação tediosos de rimas,
métricas, figuras de estilo etc. É, antes, a aproximação com a
linguagem poética, a fim de familiarizar os alunos com a poe-
sia, para que tenham prazer em ler e ouvir poemas e, sobretu-
do, sintam-se motivados a expor suas emoções por meio dos
recursos tão expressivos da linguagem poética.
Apostamos no professor como mediador sensível, capaz de
intensificar o contato dos alunos com a poesia, de orientá-los
para ler e ouvir cada poema, levando-os a saborear o ritmo,
os sons, as imagens, a disposição gráfica, não apenas uma
vez, mas várias, e, em cada uma delas, a fazer novas des-

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cobertas. Certamente, a observação mais atenta desses recur-
sos fará com que compreendam melhor a linguagem poética e
lhes dará condições para que ensaiem os próprios passos
em poesia.
Selecionamos poemas de autores e estilos diversos; alguns
destinam-se apenas à leitura e apreciação, enquanto outros
servem também de base para as atividades propostas. Ao final
de cada uma delas, é importante promover a troca dos poe-
mas produzidos entre os alunos para leitura silenciosa e oral,
motivar para um trabalho de ilustração (quando desejarem) e
garantir a revisão.
Para assegurar a função social da escrita, fazendo com que os
textos produzidos por eles tenham um leitor real, os poemas
criados deverão ser expostos em varais, painéis, jornal mu-
ral. Alguns serão selecionados pela classe, para compor uma
coletânea.
Esta Unidade é parte da proposta de trabalho com os gêneros
da esfera literária, desenvolvida ao longo de todo o Ensino
Fundamental. O objetivo central dessa proposta, considerada
no todo, é o de permitir o acesso efetivo do aluno à literatu-
9 Orientações curriculares e proposição ra, “cujos textos de ficção em verso e em prosa se apresentam
de expectativas de aprendizagem para
o Ensino Fundamental – Ciclo I, à apreciação e fruição estética de modo a produzir maravilha-
p. 34. mento e reflexão a respeito das experiências humanas”.9
No Ensino Fundamental, o poema é o centro das atividades
em cinco anos distintos:

Ciclo I Ciclo II
3o ano 4o ano 5o ano 8o ano 9o ano
Poema para Poema Poema Poema visual Poema
crianças narrativo

Como se pode observar no quadro acima, no 5o ano, o foco é


o gênero poema, em suas modalidades oral e escrita.
Espera-se que os alunos ampliem suas aprendizagens no que
se refere a como se lê e como se produz um poema e que o
professor seja mediador desse processo.

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E, se nesse convívio os alunos perceberem de que estratégias
os poetas lançam mão para provocar em nós o impacto pró-
prio da poesia e, mais ainda, se conseguirem utilizar esses
recursos em seus poemas, não se pode pedir mais nada.

Breve descrição do gênero poema


I – Conteúdo temático
Todos os temas podem ser objeto dos poemas: o amor, a morte, a condição humana, a
natureza...

II – Estrutura composicional e estilo


Um poema sempre se organiza em versos, que exploram intencionalmente a sonoridade
e alcançam uma divisão estrutural e lógica diferente dos parágrafos em prosa, com
surpreendentes efeitos de musicalidade e sentido. Os versos são agrupados em conjuntos,
chamados estrofes, que podem variar em quantidade de versos. Na passagem da forma
cantada para a escrita, os poemas conservaram recursos que aproximam música e
palavra: as repetições de estrofes, de ritmos, de versos (refrão), de palavras, de sílabas,
de fonemas, enfim, as rimas e todas as imagens que põem em harmonia o som e o
sentido das palavras. A musicalidade da linguagem, em um casamento perfeito entre som
e sentido, é um dos componentes mais importantes de qualquer tipo de manifestação
poética.

III – Aspectos estilísticos


Nenhum outro gênero trabalha tanto a expressividade como o poético, pela concentração
semântica, pelo ritmo e pela musicalidade, pela procura dos efeitos sugestivos e simbólicos
das palavras, pela busca da originalidade, pela forma inesperada de dizer as coisas. Por
meio de repetições, redundâncias, inversões, antíteses, paradoxos, eufemismos, hipérboles,
comparações e, sobretudo, metáforas, a linguagem poética subverte a norma gramatical e a
lógica discursiva e cria um contexto impreciso em que tudo se dissolve: o eu, o mundo
e a própria estrutura da língua.

Um texto é sempre o resultado das experiências do autor


à época de sua produção, isto é, de sua maneira de ver o
mundo, de suas expectativas, crenças, valores, dos conheci-
mentos de que dispunha naquele momento, das influências
que recebeu. A leitura desse texto também é fruto das expe-
riências e conhecimentos de que dispõe o leitor, do momento
histórico em que ocorre a leitura. Assim, nem sempre os sen-
tidos aparentemente mais significativos para o autor corres-
pondem aos sentidos atribuídos por seus possíveis leitores,
ainda que autor e leitores dominem a mesma língua e vivam
no mesmo tempo.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 31

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Por isso, nunca se pode exigir que todos os alunos leiam um
texto da mesma forma ou como o professor (ou o autor do
livro didático) leu. O importante é fazer com que procurem os
significados possíveis de cada um dos textos e abrir espaço
para que todos se manifestem e acolham as diversas leituras,
e, assim, organizar uma possível leitura coletiva.

32 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Acompanhamento e avaliação de aprendizagem
Para acompanhamento sistemático do trabalho realizado ao
longo de cada Unidade, encontra-se nas páginas finais a avalia-
ção individual dos alunos. As atividades da seção “Retomando
percursos” foram elaboradas com base na aprendizagem dos
gêneros propostos para cada ano/ciclo nas Orientações curri-
culares e proposição de expectativas de aprendizagem para o
Ensino Fundamental, como no exemplo a seguir:
 Agora que você aprendeu mais um pouco sobre divulgação
científica, que tal registrar o que mais chamou sua
atenção nas atividades? Procure lembrar como são os
artigos de divulgação científica para crianças e jovens,
como estão organizados, onde é possível encontrá-los, o
que são infográficos etc.

O objetivo é que esse não seja o único instrumento de ava-


liação, mas que o professor estabeleça, durante o desenvol-
vimento das Unidades, outros critérios e indicadores para
avaliar o processo de ensino e aprendizagem.
[...] Observar, compreender, explicar uma situação não é
avaliá-la; essas ações são apenas uma parte do processo.
Para além da investigação e da interpretação da situação,
a avaliação envolve necessariamente uma ação que pro-
mova a melhoria.
[...] O papel do avaliador, ativo em termos de processo,
transforma-se no de partícipe do sucesso ou do fracasso

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 33

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dos alunos, uma vez que os percursos individuais serão
mais ou menos favorecidos a partir de suas decisões pe-
dagógicas que dependerão, igualmente, da amplitude das
observações.
[...] O professor assume o papel de investigador, de es-
clarecedor, de organizador de experiências significativas
de aprendizagem. Seu compromisso é o de agir refletida-
mente, criando e recriando alternativas pedagógicas ade-
quadas a partir da melhor observação e conhecimento de
cada um dos alunos, sem perder a observação do conjunto
e promovendo sempre ações interativas (Hoffmann, 2009,
p. 17-18).
O professor poderá elaborar para cada Unidade uma plani-
lha, como a da página 35, com as expectativas de apren-
dizagem contempladas na sequência didática, mostrando o
que o estudante sabe e o que é preciso retomar, por meio
da regulação de atividades e de intervenções mais pontuais.

34 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Expectativas de aprendizagem Alunos
Unidade 4 – A ciência divulga o que acontece com
1 2 3 4 5 6 7 8 9...
nosso corpo
P16 Relacionar o artigo de divulgação científica
à situação comunicativa e ao suporte em que circula S
originalmente.
P17 Estabelecer conexões entre o texto e os
N
conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.
P18 Estabelecer a relação entre o título e o corpo
do texto ou entre as imagens (fotos, ilustrações) e o P
corpo do texto.
P19 Inferir o sentido de palavras ou expressões a partir
do contexto ou selecionar a acepção mais adequada
em verbete de dicionário ou de enciclopédia.
P20 Recuperar informações explícitas.
P21 Localizar informações em gráficos, tabelas,
mapas etc. que acompanham o texto.
P22 Explicitar a ideia principal (O que o texto fala
do assunto tratado?).
P24 Relacionar pronomes ou expressões usadas
como sinônimos a seu referente para estabelecer
a coesão textual.
P25 Resumir artigo de divulgação científica.
P26 Revisar e editar o texto focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão sobre a língua e a
linguagem.
P27 Identificar, com auxílio do professor, possíveis
elementos da organização interna do artigo de
divulgação científica: esquematização inicial, expansão,
conclusão.
P28 Examinar o uso dos tempos verbais no eixo
do presente.
P29 Explorar o emprego de vocabulário técnico
de acordo com o assunto tratado.
P30 Examinar o uso de elementos paratextuais:
boxe, gráficos, tabelas, infográficos.
P31 Expor o assunto do artigo, apoiando-se em
ilustração ou pequeno esquema.
P32 Participar de situações de intercâmbio oral,
formulando perguntas ou estabelecendo conexões com
os conhecimentos prévios, vivências, crenças e valores.
Legenda: S = sim; P = parcialmente; N = não.

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 37

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HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. 11. ed.
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MAGALDI, Sábato. Iniciação ao teatro. São Paulo: Ática, 1985.
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38 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO/DIRETORIA DE ORIENTAÇÃO
TÉCNICA. Guia de planejamento e orientações didáticas para o profes-
sor do 3o e 4o ano. São Paulo: SME/DOT, 2007.
. Projeto Intensivo do Ciclo I. São Paulo: SME/DOT, 2006.
. Orientações curriculares e proposição de expectativas de apren-
dizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo I, 1o ao 5o ano. São
Paulo: SME/DOT, 2007.
. Orientações curriculares e proposição de expectativas de apren-
dizagem para o Ensino Fundamental – Ciclo II, Língua Portuguesa.
São Paulo: SME/DOT, 2007.
. Orientações gerais para o ensino de Língua Portuguesa e de
Matemática no Ciclo I. São Paulo: SME/DOT, 2006.
. Referencial de expectativas para o desenvolvimento da com-
petência leitora e escritora no Ciclo II do Ensino Fundamental. São
Paulo: SME/DOT, 2006.
. Referencial de expectativas para o desenvolvimento da compe-
tência leitora e escritora no Ciclo II do Ensino Fundamental: caderno
de orientação didática de Língua Portuguesa. São Paulo: SME/DOT,
2006.
SOUZA, Ana Lúcia; CORTI, Ana Paula; MENDONÇA, Márcia. Ler e escrever
para aprender na escola. In: Letramentos no Ensino Médio. São
Paulo: Ação Educativa, 2009.
TRAVASSOS, Tarcísia. Títulos, para que os quero? In: DIONÍSIO, Angela
Paiva; BESERRA, Normanda (Orgs.). Tecendo textos, construindo ex-
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VILAS BOAS, Sergio (Org.). Formação e informação científica: jornalismo
para iniciados e leigos. São Paulo: Summus, 2005.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 39

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1o semestre

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• P6 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios.

Espera-se que o aluno responda que Haroldo está enganado,


pois está considerando a distância representada no mapa e
não a distância real.

Provavelmente eles não conseguirão chegar, pois trata-se de


uma viagem muito longa, que exige vários conhecimentos e
planejamento.

Resposta pessoal. Esta questão objetiva desenvolver no aluno


a capacidade de inferir efeitos de humor e ironia do texto.

Esta atividade objetiva promover fazer um roteiro e considerando pas são apenas representações da
uma discussão inicial sobre os uma série de variáveis, como meios realidade. Ou seja, o mapa não é
gêneros abordados nesta Unida- de transporte existentes, tempo, a realidade, como parece supor
de e levar o aluno a começar a custos etc. Haroldo na tirinha, mas uma repre-
perceber que, para uma viagem Durante as conversas sobre a ti- sentação reduzida e proporcional
ou um passeio, é preciso se pla- rinha, procure fazer que eles jus- de espaços reais.
nejar, levantando diversos tipos tifiquem suas opiniões. Procure
de informações sobre o local para também lembrá-los de que os ma-

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• P14 Descrever itinerário,
ajustando-o ao gênero, aos
propósitos, ao destinatário e ao
contexto de circulação previsto.
• P15 Participar de situações de
intercâmbio oral, formulando
perguntas.

Veja as instruções de uso da


ferramenta Google Maps na
atividade 7 desta Unidade.

Como o tema do ano é “Vivendo Caminhe pela sala e verifique que (http://maps.google.com.br/) ou
em São Paulo”, é pertinente que o alunos demonstram mais facilidade em outra ferramenta semelhante.
aluno conheça os mapas da cidade ou dificuldade em usar os marca- Eles também podem usar os mapas
e como se localizar nela. dores espaciais como “à direita”, para descrever outros caminhos.
O objetivo desta atividade é levá- “à esquerda”, “em frente” etc. Para que não se dispersem, soli-
-lo a se habituar à leitura e ao Depois desta atividade oral sem cite, para o término da aula, que
uso de mapas de ruas. apoio de um mapa, se possível, entreguem a descrição do caminho
Esta é uma atividade de levanta- leve os alunos ao laboratório de sua casa à casa de um colega
mento de conhecimentos prévios de informática para que loca- e da escola a algum outro ponto.
e de sensibilização. lizem sua casa no Google Maps

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 45

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• P11 Identificar marcadores
espaciais (dentro/fora, em cima/
embaixo, direita/esquerda etc.)
para compreender alguns de
seus usos.
• P13 Examinar o uso dos verbos
de ação/deslocamento: seguir,
virar, passar, contornar etc.
• P10 Examinar o uso das formas
verbais no infinitivo ou no
imperativo para executar as
instruções.

Esta é uma atividade que, prova- de mapas tem suas peculiaridades. base em um mapa, digamos para
velmente, vai mobilizar bastan- Assim, é fundamental que compre- a pessoa virar à esquerda, embora
te a turma, pois é possível que endam que, quando lemos um mapa, a rua fique à direita na imagem.
muitos alunos, não habituados a falamos “direita” ou “esquerda” de Aproveite também para ensinar
ler mapas, não consigam chegar acordo com o ponto de vista de aos alunos que, em alguns casos
à resposta correta. A princípio, quem estaria de verdade no local ao lermos um mapa, é natural
muitos argumentarão que há algum e não de acordo com o ponto de precisarmos virar o papel onde
erro no enunciado. Na realidade, vista de quem olha a imagem ele está impresso (às vezes até o
porém, não há nenhum erro. do mapa. Isso faz que, às vezes, deixarmos de cabeça para baixo!)
Explique aos alunos que a leitura quando orientamos alguém com para que consigamos nos pôr no

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• P11 Identificar marcadores
espaciais (dentro/fora, em cima/
embaixo, direita/esquerda etc.)
para compreender alguns de
seus usos.
À rua Manduba. • P13 Examinar o uso dos verbos
de ação/deslocamento: seguir,
virar, passar, contornar etc.
• P10 Examinar o uso das formas
verbais no infinitivo ou no
imperativo para executar as
instruções.
À rua Manduba.

Siga em frente; vire à esquerda;


vire à direita; vá até o fim da rua.

Virar à direita na rua Isabel Schmidt. Ir até o fim da rua e virar à


esquerda na Av. Ministro Roberto Cardoso Alves. Virar à direita
na rua Padre José de Anchieta e à esquerda na rua Darwin. Ir
até o fim da rua e virar à esquerda.

Segui em frente e virei à direita na rua Isabel Schmidt.


Virei à esquerda na rua Comendador Elias Zarzur, à direita
na rua Conde de Itu. Segui em frente e virei à esquerda na
rua São Nazário e à direita na terceira rua.

lugar de alguém que estivesse de textuais essas formas são usadas. Se volte ao mapa e explore os vários
fato naquele local. não souberem, ou não se lembrarem elementos gráficos presentes. Por
Se achar conveniente, peça que os das receitas e das instruções de exemplo: o que indicam a via ama-
alunos escolham, no mapa desta jogos, apresente alternativas para rela, as áreas verdes, a letra M e
atividade, um ponto de partida e que pensem e escolham. as setas azuis? Explore também
outro de chegada para escrever in- Nesse momento não é necessário trajetos a pé e de carro. O percurso
dicações de caminho, adotando as nomear essas formas verbais. Tal que Jaime e Davi fizeram se altera
duas formas verbais indicadas no conceituação está prevista para se for feito de carro?
item b (imperativo e infinitivo). ser abordada apenas no Ciclo II.
Pergunte em que outros gêneros Depois de discutir as questões,

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Ao dar indicação de caminho a alguém.

Ao contar algo que aconteceu com alguém.

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• P14 Descrever itinerário,
ajustando-o ao gênero, aos
propósitos, ao destinatário e ao
contexto de circulação previsto.

O ideal seria começar pela padaria para que houvesse tempo de


o bolo ser feito.

Alternativa 1: farmácia, correio, supermercado, padaria, casa.


Alternativa 2: supermercado, correio, farmácia, padaria, casa.

O ideal é que a segunda ida à pa-


daria seja o último lugar do trajeto
antes de voltar para casa, para
não precisar ficar muito tempo
caminhando e carregando o bolo.

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• P1 Relacionar o roteiro/mapa
de localização à situação
comunicativa e ao suporte em
que circula originalmente.
• P9 Identificar, com o auxílio do
professor, possíveis elementos
da organização interna do
roteiro/mapa de localização:
ponto de partida, trajeto, ponto
de chegada.

Resposta pessoal

Resposta pessoal

Resposta pessoal

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• P1 Relacionar o roteiro/mapa
de localização à situação
comunicativa e ao suporte em
que circula originalmente.
• P2 Estabelecer a relação
entre o título e o corpo do texto
ou entre as imagens (fotos,
ilustrações) e o corpo
do texto.
• P4 Recuperar informações
explícitas.
• P10 Examinar o uso das formas
verbais no infinitivo ou no
imperativo para executar as
instruções.

A atividade 3 explora um dos o trecho que falava sobre a Av. Na atividade 4 espera-se que o
possíveis suportes de roteiros – Paulista?”,“Qual a função das fotos aluno perceba que, ao elaborar um
o folheto turístico. Oriente os que aparecem entre os textos?”. roteiro (assim como ao elaborar
alunos para destacarem e mon- “Tendo em vista os interesses do qualquer tipo de texto), é funda-
tarem o folheto que está no fim seu primo, que outros pontos na mental considerar quem será seu
deste volume e explore-o com região da Av. Paulista você sugeri- leitor ou destinatário. No caso dos
eles: como está dividido, o mapa, ria?“ (Centro Cultural FIESP, MASP, roteiros, isso significa que é preciso
os títulos e subtítulos, as fotos Itaú Cultural, Conjunto Nacional – adaptar as sugestões de visitas a
etc. Faça perguntas como: “Como livrarias e cinemas – SESC Paulista, interesses, experiências, faixa etária
vocês descobriram onde estava Parque Trianon.) ou objetivos de cada pessoa.

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X

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54 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P5 Localizar informações em
gráficos, tabelas, mapas etc.
que acompanham o roteiro.
• P10 Examinar o uso das
formas verbais no infinitivo ou
no imperativo para seguir as
instruções.

“Comece”, “caminhe”, “visite”, “encontre”, “observe”, “veja”.

“Pode-se visitar”, “uma possibilidade”, “nossa dica”, “sugerimos”.

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• P9 Identificar, com o auxílio do
professor, possíveis elementos
da organização interna do
roteiro/mapa de localização:
ponto de partida, trajeto, ponto
de chegada.
• P12 Identificar marcadores
temporais (depois, logo após, em
seguida etc.) para compreender
Após a entrada no Zoo, de início, você pode começar visitando.
alguns de seus usos.
• P5 Localizar informações em
gráficos, tabelas, mapas etc. que
acompanham o roteiro.
Em seguida, a seguir.

Por fim, antes de ir embora, finalmente.

A questão 5 pode ser uma lição de da atividade, faça uma reescrita melhor seu papel de estudante.
casa. Apesar de ser uma reescrita, coletiva na lousa, aproveitando Nesta atividade, o procedimento
esta atividade pode ser conside- as sugestões deles, trazidas em será a anotação à margem do
rada uma primeira produção de suas produções. texto com síntese de determinados
roteiro feita pelos alunos. Use-a Atividade 5: Além de apresentar trechos. Anotar a ideia principal
para verificar que dificuldades eles para o aluno um modelo gráfico ao lado do parágrafo é uma for-
apresentam e o que precisa ser de um percurso, esta atividade ma de aproximar os alunos de um
trabalhado para que, no fim desta objetiva estimulá-lo a fazer uso comportamento de leitores profi-
Unidade, possam escrever roteiros de um procedimento de leitura cientes – os registros marginais.
mais adequados. Para a correção importante para que desempenhe Leia o texto da p. 66 do Referencial

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Possibilidades: Percurso da corrida, histórico, número e tipo de
participantes etc.

Como começou.

de expectativas para o desenvol- mos localizar as informações mais tiverem envolvidos com as infor-
vimento da competência leitora prontamente e, se precisarmos ou mações, certamente vão deduzir
e escritora no Ciclo II do Ensino quisermos resumir os textos que o que significam pelo contexto.
Fundamental: estamos lendo, essas anotações Não indicamos que sublinhem
“Quando lemos com a finalidade simplificarão o trabalho”. as palavras difíceis, porque isso
de conhecer, de aprender algo, as Antes da leitura, sugerimos que pode desviar a atenção deles do
anotações podem ajudar a tare- converse com os alunos para objetivo principal desta atividade:
fa de compreensão. Sublinhando alertá-los de que o texto pode a compreensão global do texto.
trechos importantes e anotando conter palavras cujo significado
palavras-chave à margem, podere- desconhecem. No entanto, se es-

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Quem podia e pode
disputá-la.

Quando as mulheres
começaram a disputá-la.

Que mudanças
ocorreram
com o tempo.

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• P5 Localizar informações em
gráficos, tabelas, mapas etc.
que acompanham o roteiro.

Onde começa? Onde termina? Por onde passa?

Depois de sua leitura em voz alta, as ideias principais das secundá-


cujo objetivo era que os alunos rias. Com relação à questão 4,
tivessem uma compreensão global explore oralmente o percurso, pe-
do texto, o objetivo da questão 3 dindo que alguns alunos o “leiam”.
é que eles façam uma leitura do Você pode solicitar que tentem
texto, cujo propósito é distinguir dizer o percurso ao contrário.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 59

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• P5 Localizar informações em
gráficos, tabelas, mapas etc.
que acompanham o roteiro.
• P9 Identificar, com o auxílio
do professor, possíveis
elementos da organização
interna do roteiro/mapa de Resposta pessoal. Sugestão: Por onde os corredores passarão
localização: ponto de partida, primeiro: pelo Cemitério da Consolação ou pela praça da
trajeto, ponto de chegada. República? Depois de correr 7 quilômetros, por onde os
corredores vão passar? Quantos quilômetros o atleta precisa
• P4 Recuperar informações correr até chegar ao Teatro Municipal? Onde é a largada?
explícitas.

Largada e chegada.

A seta vermelha.

Até a atividade 10, os alunos en-


trarão em contato com uma série
de informações e com procedi-
mentos de leitura e estratégias
de escrita que visam a orientá-los
sobre como escrever um roteiro e
como se organizar para fazer um
passeio.

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• P6 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios.

Resposta pessoal

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• P4 Recuperar informações
explícitas.
• P6 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios.
Resposta pessoal

O local mais visitado é o Catavento.

Museu do Futebol Espaço Catavento

Resposta pessoal. Sugestão: Número de visitantes/mês em


museus de São Paulo.

Se achar conveniente, peça para


os alunos colocarem o nome de
todos os museus em suas respec-
tivas colunas.

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• P2 Estabelecer a relação entre o
título e o corpo do texto ou entre
as imagens (fotos, ilustrações) e
o corpo do texto.
• P4 Recuperar informações
explícitas.
• P5 Localizar informações em
gráficos, tabelas, mapas etc. que
acompanham o roteiro.

Para esta atividade é preciso que


os alunos levem este material ao
laboratório de informática e sigam
as indicações apresentadas.

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• P4 Recuperar informações
explícitas.

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66 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Ingressos normais custam R$ 6,00 e as meias-entradas, R$ 3,00.

Não será gasto nada, pois as visitas agendadas de grupos de


escolas são gratuitas.

Resposta pessoal. Se a visita for pela manhã, no espaço


Catavento. Se for à tarde, no Museu do Futebol.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 67

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O objetivo desta atividade é fazer determinado lugar, e objetiva ob- ção, caso desta atividade, pessoas
os alunos escreverem – em du- ter informações relevantes sobre comuns, interessadas em conhecer
plas –, e com base em informações esse local para orientar possíveis um lugar novo, recorrem à lei-
dadas, um roteiro para uma pos- leitores sobre prováveis percursos tura de diferentes informações e
sível visita ao Museu do Futebol. de visita. Ou seja, trata-se de um roteiros para elaborar um roteiro
Podem ser consideradas duas situa- especialista (em seu próprio nome próprio como parte do planeja-
ções de produção de um roteiro: ou no de uma instituição ou veí- mento de sua visita.
na primeira, o roteiro é escrito culo de comunicação) escrevendo
por especialistas após visitarem para terceiros. Na segunda situa-

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 69

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LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 71

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• P11 Identificar marcadores
espaciais (dentro/fora, em cima/
embaixo, direita/esquerda etc.)
para compreender alguns de
seus usos.
• P12 Identificar marcadores
temporais (depois, logo após, em
seguida etc.) para compreender
alguns de seus usos.
• P7 Produzir roteiro levando em
conta o gênero e o seu contexto
de produção.

As palavras realçadas em amarelo


servem para indicar a ordem ou
a sequência em que os lugares
poderão ser visitados.

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Leia o texto com os alunos, que,
provavelmente, terão dificulda-
des para fazê-lo sozinhos dada
a complexidade do vocabulário, e
ajude-os a selecionar os setores
mais interessantes.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 73

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74 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P2 Estabelecer a relação entre o
título e o corpo do texto ou entre
as imagens (fotos, ilustrações) e
o corpo do texto.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 75

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• P5 Localizar informações em
gráficos, tabelas, mapas etc.
que acompanham o roteiro.
• P7 Produzir roteiro levando
em conta o gênero e o seu
contexto de produção.

Seção Universo, setor Astronomia.

Na seção Sociedade, setor Ecologia ou, talvez, também na


seção Universo, setor Sistema Solar e Céu.

Observe se o uso da forma verbal


está adequado, se as palavras que
indicam aonde ir estão presentes.
Na próxima atividade, propõe-se
que o aluno revise seu texto de
acordo com esses critérios.

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• P8 Revisar e editar o texto,
focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem.

É preciso, sempre, que fique bem O quadro oferecido na atividade


claro para os alunos que a revisão deve fornecer a eles os parâmetros
faz parte da escrita. Assim, esta necessários para a revisão. O ideal
atividade tem como objetivo pro- é que, com o tempo, não preci-
por a escrita de nova versão dos sem mais desse recurso externo
roteiros elaborados nas atividades e revisem seus textos de forma
anteriores. autônoma.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 77

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Organize a classe para fazer a leiam os roteiros de todos os cole- contrário, o roteiro selecionado
votação do lugar preferido pela gas e escolham o seu favorito. poderá ser indicado para os alu-
maioria. Depois, numere e expo- Providencie uma urna para que nos fazerem um passeio por conta
nha no mural da classe apenas possam manifestar sua predileção. própria em um fim de semana.
os roteiros escritos para visitar O roteiro mais votado deverá ser o Se for possível, providencie cópias
esse lugar. Peça que os alunos usado, se o passeio for feito. Caso do roteiro.

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• P34 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças
e valores.
• P33 Relacionar o gênero
notícia à situação comunicativa
e ao suporte em que circula
originalmente.

Resposta pessoal. Espera-se


que o aluno relacione as vinhetas
a alguma notícia urgente,
importante para a maioria da
população.

Neste início de Unidade, leia o dade deles, sem deixar de lhes


texto introdutório para os alunos, apresentar outros mais distantes.
como um convite ao estudo do Se o aluno não conhecer a vi-
gênero notícia. Abra espaço para nheta apresentada, relacione-a a
a discussão do texto, para que vinhetas de plantões jornalísticos
eles expressem suas ideias so- de outras emissoras. O importan-
bre o gênero, o que servirá para te é que ele perceba a vinheta
você identificar os conhecimentos como sinal de uma notícia urgente,
prévios de sua turma. Selecione o que desperta a atenção dos
exemplos mais próximos à reali- espectadores.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 79

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O objetivo desta atividade é sa- noticiado ocorreu recentemente, tearão o trabalho com o gênero,
ber se os alunos são capazes de é novo, interessa à população?”. mostrando a eles que já dispõem
diferenciar a notícia (texto 3) Observe que, nos textos, pode de alguns conhecimentos sobre
de outros gêneros – notas de haver assuntos novos para eles. esse assunto. Assim, a resposta
divulgação científica (texto 1) e Por isso, enfatize a palavra “acon- do aluno identificando o texto 3
relato de acontecimento cotidiano tecimento” ou “fato”. A notícia só como o que apresenta uma notícia
(texto 2). Faça perguntas que os tem valor quando é imediatamente deve apoiar-se em seu foco sobre
ajudem a analisar se se trata ou publicada. As informações cole- algo de interesse que ocorreu
não de uma notícia, como: “O fato tadas nesta primeira parte nor- recentemente.

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• P36 Explicitar o assunto
do texto.
• P38 Recuperar informações
explícitas.
• P39 Correlacionar causa
e efeito, problema e solução,
fato e opinião.

Um homem foi morto por tigres em um zoológico.

A imprudência do visitante ao desrespeitar os avisos de


segurança, passar pela primeira barreira de proteção e colocar a
mão no recinto que abriga os tigres.

As perguntas visam a verificar se argumentação. Reserve um tem-


o aluno compreendeu o texto, o po para conversar sobre o tema,
que abrange a capacidade de o que ajudará o aluno a perceber
localizar informações no texto que a notícia informa e alerta,
e fazer inferências. Além disso, a educando sobre o uso de espaços
última questão requer uma ava- coletivos e o respeito a regras de
liação subjetiva, o que favorece a segurança.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 81

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• P33 Relacionar o gênero
notícia à situação comunicativa
e ao suporte em que circula
originalmente.
• P49 Participar de situações
de intercâmbio oral, Resposta pessoal. Uma possibilidade: sim, porque serve de
formulando perguntas ou alerta para visitantes de locais públicos que ignoram os avisos
estabelecendo conexões com de segurança.
os conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.

Nesta atividade talvez o aluno que o celular, a internet e o rádio


responda apenas sobre os meios (disponível também em celulares
mais tradicionais de veiculação da e computadores). No entanto,
notícia. Ajude-o a perceber que ressalte também que esse acesso
a notícia é veiculada em diferen- rápido é, em certa medida, restrito
tes meios de comunicação e que, aos grandes centros, pois é neces-
atualmente, os fatos podem ser sário ter acesso a meios impressos,
informados poucos minutos de- à eletricidade e à conexão com a
pois de terem acontecido. Desta- internet.

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• P33 Relacionar o gênero
notícia à situação comunicativa
e ao suporte em que circula
originalmente.

Leia a linha do tempo com os alunos para a imagem que reproduz


alunos. Se não estiverem fami- a página do jornal Gazeta do Rio
liarizados com as exigências dessa de Janeiro. Favoreça a comparação
leitura, dirija-a, relacionando as entre essa primeira página e a de
datas a dados do conhecimento um jornal atual (disposição em
cotidiano, como a idade de pais, colunas, imagens, cores).
avós etc. Chame a atenção dos

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 83

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• P38 Recuperar informações
explícitas.
• P34 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças
e valores.

Analise com os alunos o intervalo game eletrônico se torna obsoleto, para que os alunos percebam sua
de tempo entre um invento e ou- para ajudá-los a entender a velo- diversidade. Se a comunidade ti-
tro. Converse sobre a velocidade do cidade tecnológica. Espera-se que ver uma publicação jornalística
avanço tecnológico em diferentes eles concluam que quanto mais própria, solicite-a a eles. Peça-
épocas. Se necessário, recorra a recente o meio de comunicação, -lhes para que, se possível, tragam
exemplos de outros inventos de mais rapidamente este evolui. o jornal do sindicato da categoria
nossa época, como os games: ex- Atividade 3: É importante ter di- a que seus pais pertencem.
plore em quão pouco tempo um ferentes jornais em sala de aula

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• P33 Relacionar o gênero
notícia à situação comunicativa
e ao suporte em que circula
originalmente.

Temas relacionados à região do Grande ABC, próxima à


capital São Paulo. Moradores da região do Grande ABC.
Temas relacionados ao esporte mundial e nacional.
Interessados em esporte e futebol.
Temas relacionados à Zona Norte da cidade de São Paulo.
Moradores da Zona Norte.
Temas relacionados à metalurgia, aos metalúrgicos, ao
sindicato etc. Metalúrgicos, sindicalistas, industriais da
metalurgia.

Antes de iniciar esta atividade, desses jornais. Antecipe essas


explore o nome, a periodicidade informações para ajudar os alu-
(diário, semanal, quinzenal, men- nos a perceber algumas de suas
sal etc.), o local de publicação, a particularidades. Se achar conve-
apresentação e a forma provável niente, incentive-os a identificar
de distribuição (gratuita, por as- essas informações nas imagens de
sinatura, venda em bancas etc.) jornal desta atividade.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 85

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• P34 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças e
valores.
• P33 Relacionar o gênero
notícia à situação comunicativa
e ao suporte em que circula
originalmente.

Que geralmente são novidades.

A atividade 4 visa a explorar os lam nessas esferas. Enfatize que


temas das notícias. Ao conversar viram notícia os fatos novos, de
sobre a primeira questão, peça interesse de determinada popula-
aos alunos para citarem temas ção. Podem ser fatos polêmicos,
de interesse mundial, nacional, escândalos, tragédias, descobertas
municipal e local que poderiam científicas, novidades políticas e
ser notícia em jornais que circu- econômicas.

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X

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno enfatize a ideia de


que os fatos noticiáveis são sempre o novo, o trágico ou o
sensacional, isto é, o que pode interessar aos leitores.

As duas opções que se referem a das, um jovem casal que namorou das notícias. Se necessário, retome
casamento podem ser exploradas, apenas 6 meses, ao passo que o com eles os estudos anteriores,
considerando que o fato em si é outro trata de pessoas famosas. para que tenham condições de
a cerimônia. O que os diferencia, O objetivo do item c é permitir elaborar sua resposta.
no entanto, é que um deles diz que os alunos sintetizem os co-
respeito a pessoas desconheci- nhecimentos a respeito do tema

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 87

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No caderno de cultura ou nas seções de entretenimento.

No caderno ou na seção de economia.

No caderno de esportes.

Em entretenimento, diversão, lazer.

Esta atividade visa a trabalhar a haver um jornal diferente para Solicite aos alunos que contem o
organização interna dos jornais. É cada grupo, mas é fundamental que encontraram de interessante
importante que os alunos tenham que todos sejam da cidade de no jornal analisado. Espera-se não
acesso a diários de verdade, pre- São Paulo. Converse sobre a ques- só que identifiquem as seções do
ferencialmente do dia ou de data tão 1, estimulando os grupos a jornal, mas que também as leiam.
próxima. Não há necessidade de comentar suas buscas e escolhas.

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• P34 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças e
valores.

Nos classificados.

Resposta pessoal. Espera-se que


o aluno responda que ela informa
as principais notícias do jornal e
tenta atrair o leitor para os textos
dos diferentes cadernos.

Significa que é muito


importante, que interessa a
muita gente ou que é grave.

Aquelas que o jornal


considera mais importantes
para seu leitor.

Tenha em mãos alguns jornais do


dia e avalie a pertinência das res-
postas dos alunos.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 89

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• P34 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças e
valores.
• P38 Recuperar informações
explícitas.

Esta questão estimula as capacida-


des de análise e comparação e visa
a ajudar o aluno a compreender a
função da primeira página de um
jornal.

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Preconceito racial diminui no país.

Não. Justificativa pessoal. Espera-se que o aluno perceba que o


jornal seleciona um assunto para ser o principal.

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que a escolha


relaciona-se ao fato de se tratar de um país cuja população
é formada pela mistura de raças, mas que ainda apresenta
preconceitos.

Durante a conversa sobre a pri- valor desses diferentes recursos servar como o jornal é dobrado,
meira página, enfatize antes de na promoção do destaque do as- o aluno indica onde o assunto de
tudo a presença de títulos desta- sunto. Mostre a página do jornal destaque provavelmente aparecerá.
cados e textos curtos, imagens e dobrada ao meio, tal como se vê Ajude-o a perceber também que os
cores. Ressalte as letras de vários nas bancas. Informe que, em geral, assuntos mencionados na primeira
tamanhos, o uso de negrito e de os assuntos de destaque são postos página são de cadernos ou seções
cores nas letras e a localização na na metade superior da primeira diversas do jornal, contemplando
página como formas de destacar página, o que se pode explorar diferentes editorias.
um assunto. Faça-os perceber o fazendo perguntas. Depois de ob-

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• P44 Identificar, com o auxílio do
professor, possíveis elementos
da organização interna da
notícia: manchete, parágrafo-
-síntese (lide) e corpo do texto.
• P37 Inferir o sentido de
palavras ou expressões a partir
do contexto ou selecionar a
acepção mais adequada em
verbete de dicionário ou de
enciclopédia. Espera-se que o aluno infira que é uma fotografia que cumpre a
função de manchete.

A manchete fotográfica é a vitória


de Barrichello na corrida de F1 no
dia anterior à edição do jornal.

Sim, porque é possível perceber a


vitória de Barrichello antes mesmo de lermos o texto.

Uma dupla comemoração: F1 e vôlei. As fotos sugerem que


Barrichello “derrama” champanhe nas “meninas do vôlei”.

Chame a atenção dos alunos para


o diálogo que se estabeleceu entre
as duas fotos. Ressalte que este,
provavelmente, foi um recurso usa-
do intencionalmente pelos diagra-
madores do jornal, para fazer os
vitoriosos “dialogarem”.

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• P38 Recuperar informações
explícitas.

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que a


fotografia enriquece, comprova, explica uma informação verbal.

Serve para explicar, complementar a imagem ou informar sua fonte.

Esta atividade visa a mostrar que em letras menores e distribuídos facilitam a compreensão global,
a manchete também é um título, pelo restante da página. Ressalte porque apreender as ideias princi-
embora nem todos os títulos sejam que o destaque gráfico do título pais é essencial para estabelecer
manchetes. Cada questão deve ser permite diferenciá-lo do corpo da relações entre as proposições,
corrigida antes da seguinte. Volte à notícia e atrair a atenção do leitor. hierarquizando-as com base nas
primeira página discutida, retome Uma rápida leitura do título ou pistas sugeridas no próprio texto.
o que é manchete e pergunte sobre dos subtítulos permite ao leitor A antecipação do conteúdo da no-
as pistas gráficas que ajudam a identificar desde o início o assun- tícia permite que o leitor decida
diferenciá-la dos demais títulos. to do texto e elaborar predições se vai lê-la ou não.
Os que não são a manchete estão a respeito da ideia principal que

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 93

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X

No presente.

Texto curto.

Sempre há verbo.

Presente.

Em geral, não se inicia título de notícia


com artigos.

Serve para informar o conteúdo da notícia,


para atrair o leitor.

Analise os títulos da questão an- Ao tratar do tempo verbal empre- O quadro é uma síntese da forma
terior e desta, ressaltando a classe gado nos títulos, mostre que a composicional dos títulos de no-
gramatical das palavras que iniciam maioria aparece no presente para tícias. Se o aluno não conseguir
os títulos e daquelas que apare- que a notícia pareça mais atual. preenchê-lo sozinho, retome as
cem sublinhadas. Destaque que Eventualmente, pode haver ou- questões anteriores e sistematize-o
sempre haverá verbo no título e tros verbos conjugados no futuro, linha por linha.
quase nunca o título será iniciado já que há notícias que tratam de fa-
por artigo. tos que ainda estão por acontecer.

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Antes de ler a notícia, chame a parágrafo, interrompa a leitura e
atenção dos alunos para o pará- estimule-os a levantar hipóteses
grafo que antecede o texto da no- sobre como Marlise encontra um
tícia. Ele a contextualiza. Leia em novo lar para os animais. Em segui-
voz alta a notícia enquanto eles da, retome a leitura e confirme-as
acompanham lendo-a silenciosa- ou refute-as com eles.
mente. Após a leitura do primeiro

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 95

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• P36 Explicitar o assunto do
texto.
• P38 Recuperar informações
explícitas.
• P39 Correlacionar causa e
efeito, problema e solução, fato
e opinião.

De uma enfermeira que recolhe gatos e cachorros de rua, cuida


e procura lar para eles.

A enfermeira e os animais que ela recolhe da rua.

Marlise ainda faz um acompanhamento depois


que eles são adotados.

Ela acredita que é necessário conhecer quem vai receber o


animal e avaliar se ele será bem tratado.

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• P40 Relacionar pronomes
ou expressões usadas como
sinônimos a seu referente para
estabelecer a coesão textual.
• P45 Localizar palavras e
Resposta pessoal. Espera-se que o aluno considere que sim, expressões que marcam a
uma vez que a enfermeira se preocupa com o bem-estar dos progressão do tempo
animais doados. e as que estabelecem as
relações de causalidade entre
os acontecimentos relatados
para compreender alguns
de seus usos.
• P46 Examinar o uso dos tempos
verbais no eixo do pretérito.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 97

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• P44 Identificar, com o auxílio do
professor, possíveis elementos
da organização interna da
notícia: manchete, parágrafo-
-síntese (lide) e corpo do texto.
• P49 Participar de situações
de intercâmbio oral, Fatos que aconteceram antes da escrita da notícia.
formulando perguntas ou
estabelecendo conexões com
os conhecimentos prévios, Referem-se ao que a enfermeira comenta e às ações que ela
vivências, crenças e valores. ainda realiza.

As questões partem de uma análise pouco preciso. Faça as atividades los são vagos. Assim, a leitura da
da forma composicional da notí- com os alunos. A correção e o co- linha fina permite o levantamento
cia, mais especificamente da linha mentário sobre cada uma são muito de hipóteses sobre o texto que só
fina, para a análise da sua função importantes e deverão levá-los a o título não permitia.
e importância para a compreensão perceber que a linha fina é funda-
do fato noticiado ou de um título mental, sobretudo quando os títu-

98 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P39 Correlacionar causa e
efeito, problema e solução, fato
e opinião.

Fato.

Opinião.

Ajude os alunos a sistematizar a


função da linha fina na notícia.
Se não puderem fazê-lo sozinhos,
retome as notícias lidas até aqui
e mostre como a linha fina com-
plementa a informação do título
e, algumas vezes, antecipa o que
está no corpo da notícia.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 99

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• P49 Participar de situações
de intercâmbio oral,
formulando perguntas ou
estabelecendo conexões com
os conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P47 Reconhecer, em relação
à finalidade e ao interlocutor,
o nível de linguagem em uso:
formal/informal.
• P34 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças e
valores.

A discussão sobre a linguagem das que se trata de uma reportagem notícia, como fizeram antes. Veri-
notícias deve levar o aluno a per- e mostre-lhes como esta se pare- fique essas hipóteses antes de eles
ceber que sua definição depende ce com a notícia. Na reportagem lerem o resumo que está no boxe.
da definição do leitor do jornal, noticia-se uma descoberta cientí- Com base nessa leitura, espera-se
seus interesses e expectativas. fica. Neste caso, para levantarem que percebam que a notícia é da
No encaminhamento do item 2 – hipóteses, eles terão de se basear área médico-científica.
analisando a linguagem das no- apenas no tema, e não no título
tícias –, explicite para os alunos ou em um trecho da reportagem/

100 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P35 Estabelecer a relação
entre o título e o corpo do texto
ou entre as imagens (fotos,
ilustrações) e o corpo do texto.
• P49 Participar de situações
de intercâmbio oral,
Antioxidante, radicais livres, saúde, doenças cardíacas, formulando perguntas ou
substâncias, proteínas, carboidratos. estabelecendo conexões com
os conhecimentos prévios,
vivências, crenças e valores.
• P44 Identificar, com o auxílio do
professor, possíveis elementos
da organização interna da
notícia: manchete, parágrafo-
-síntese (lide) e corpo do texto.

A atividade 10 visa a sensibilizar o e antecipar a ideia principal que o com imagens e peça aos alunos
aluno para a importância da leitura ajudará a processar as informações que levantem hipóteses sobre o
da imagem na antecipação do con- do texto, ativando os esquemas conteúdo do texto com base no
teúdo do texto e na construção de de conhecimento e integrando os que observaram na imagem.
seu sentido. A leitura exploratória novos elementos que o texto trou- Na atividade 11, informe-lhes o
de imagens e destaques gráficos xer. Na notícia analisada, a ima- que é lide e pergunte quem sabe
(estilo, tamanho e cor da fonte) e gem mostra tristeza e decepção, que informações encontramos nele.
o emprego de recursos como itálico confirmadas no corpo da notícia. Incentive-os a verificar suas hipó-
e negrito são essenciais para o lei- Antes das atividades a seguir, apre- teses com base nos boxes de infor-
tor. Permitem identificar o assunto sente outros materiais jornalísticos mação e nas atividades a seguir.

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Abrigo, cuidado e Derrota em competição de
encaminhamento de ginástica olímpica.
animais para adoção.

Enfermeira Marlise Flach Ginasta russa Yelena


Werle. Isimbayeva.

Não é possível precisar. No Mundial de Berlim, em


agosto de 2009.

Em Santa Maria. Em Berlim.

Disponibilidade para Má fase da ginasta.


adoção na seção
“Mascotes”.

Discuta que é comum encontrar


as informações de “o quê” acon-
teceu e “quem” ou “com quem”,
“quando”, “como” e “onde” nos
primeiros parágrafos de uma no-
tícia. Ainda assim, mostre outras
notícias aos alunos e destaque que
nem sempre encontramos todas as
informações no primeiro parágrafo.

102 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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• P44 Identificar, com o auxílio do
professor, possíveis elementos
da organização interna da
notícia: manchete, parágrafo-
-síntese (lide) e corpo do texto.

Leia o texto para os alunos, inter-


rompendo-o em momentos estra-
tégicos para relembrar conteúdos.
Agora é importante retomar com
eles as partes da notícia já estu-
dadas. Peça que citem algumas das
características dessas partes, onde
se localizam e para que servem.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 103

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X

O uso de travessão. As palavras “avalia” e “conta”.

A atividade também visa a intro-


duzir o estudo dos relatos (depoi-
mentos) que aparecem em textos
jornalísticos, sobretudo na notícia.

104 CADERNOS DE APOIO E APRENDIZAGEM · SMESP

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Ela o faz usando “eu”, primeira pessoa.

Ela usa ele(s)/ela(s), terceira pessoa.

Resposta pessoal. Espera-se que o aluno perceba que o relato de


uma pessoa envolvida de alguma forma com o fato que é noticiado
dá credibilidade à notícia, além de explicar os fatos.

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Vídeo 1.

Vídeo 2.

Vídeo 3.

Esta atividade objetiva desenvolver No terceiro, oriente-os para obser- dos acontecimentos na notícia.
a escuta e a compreensão de notí- varem a fala dos alunos da escola. É muito importante que os alunos
cias. No primeiro vídeo, oriente os Se necessário, antes desta ati- percebam que essa ordem é uma
alunos para ficarem atentos à fala vidade, retome as notícias lidas, característica do gênero. Se não
dos adultos. Chame a atenção deles ouvidas ou assistidas e ajude os conseguirem, apresente outras
para o momento em que aparecem alunos a localizar na notícia onde notícias e identifique suas partes
os depoimentos. estão os relatos (meio e fim). com eles.
No segundo, oriente-os para pres- A última pergunta desta ativi-
tarem atenção à fala do primeiro dade pretende sistematizar os
entrevistado: o pai de uma criança. conhecimentos sobre a ordem

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X

Atividade 13: Explore o uso do


dicionário, pedindo que os alunos
consultem em diferentes obras o
verbete relatar. Em seguida,
compare as diferentes definições
e acepções, procurando o elemento
comum entre elas e sistematize a
definição do termo.

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X

O primeiro. Espera-se que o aluno perceba que a primeira


forma dá mais credibilidade ao relato porque são as palavras do
próprio relator.

Se necessário, adote o mesmo


procedimento com outras notí-
cias desta Unidade ou de jornais
e telejornais atuais. É importante
que o aluno perceba que os relatos
são contextualizados na notícia.

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• P42 Produzir notícia de fato
relevante, levando em conta
o gênero e o seu contexto de
produção.
• P43 Revisar e editar o texto,
focalizando os aspectos
estudados na análise e reflexão
sobre a língua e a linguagem.

Vivenciaram.

Diz o nome na notícia televisiva.

No meio da notícia.

Antes de assistir ao vídeo, leia o alunos preencham a parte do fundamental que o aluno leve esse
quadro com os alunos e verifique quadro correspondente à notícia contexto em consideração na se-
o entendimento dos aspectos a mostrada. Atividade 14: A rele- leção dos fatos que vai noticiar e
ser observados. Exiba-o mais de vância do contexto de circulação da linguagem que usará. Discuta
uma vez: a primeira para terem do jornal como determinante da que pessoas terão contato com o
contato com a notícia; a segunda, notícia e de como será transmiti- mural, que temas lhes interessam
orientada pelos aspectos solici- da já foi explorada nas primeiras e que linguagem seria recomen-
tados pelo quadro. atividades desta Unidade. Reto- dável usar.
Discuta os aspectos estudados me essa característica do gênero. Orientar as escolhas dos alunos é
nesta Unidade e solicite que os Nesta atividade de produção, é essencial. Percorra os grupos de

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trabalho. Orientações sobre essas Na avaliação dos textos desta ati-
escolhas também devem ser feitas vidade, o mais importante a consi-
coletivamente, distribuindo os te- derar é a textualidade (construção
mas da notícia de acordo com os do texto). Observe também os pro-
interesses de cada grupo. blemas ortográficos recorrentes, a
O planejamento do texto também ser trabalhados posteriormente,
é uma forma de retomar o que foi de forma coletiva.
estudado sobre o gênero.

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• P48 Relatar acontecimentos,
respeitando a sequência
temporal e causal.

A revisão é uma leitura crítica da Atividade 15: Diferentemente do planejamento prévio em que não
própria produção, visando, princi- que se imagina, em todo texto necessariamente o que se vai dizer
palmente, à construção do texto. oral há um planejamento. O que é redigido, embora seja preciso
Retome com os alunos as funções distingue esse planejamento da- elencar as informações que serão
do título e da linha fina da no- quele do texto escrito é que, no fornecidas, colocá-las em ordem,
tícia e da legenda da foto. Volte primeiro, planejamento e fala decidir se a linguagem usada será
às atividades realizadas. Oriente a são simultâneos. No entanto, si- formal ou informal etc. É impor-
elaboração do jornal mural. Veja se tuações formais, como um relato tante que os alunos tenham isso
é possível organizá-lo em seções, de de acontecimento cotidiano para em mente no planejamento de seus
acordo com as notícias produzidas. uma notícia, podem exigir um textos orais formais.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 111

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Resposta pessoal

Atividade 16: Esta atividade reto- cia?”, “O que mais você aprendeu
ma o que foi trabalhado na Unida- sobre notícia?”, “Por que algumas
de. Reveja com os alunos aspectos notícias apresentam relatos?”, “Em
como: “Onde encontramos as no- que momento da notícia os relatos
tícias?”, “Para que servem?”, “Por aparecem?”, “Quem relata?” etc.
que há título, imagem, linha fina, Em seguida, peça aos alunos que
filmagem, relatos de pessoas etc.?”, façam a atividade e socializem as
“O que, em geral, está escrito no respostas em classe.
primeiro parágrafo de uma notí-

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• P51 Estabelecer conexões entre
o texto e os conhecimentos
prévios, vivências, crenças e
valores.

A seção Para Começo de Conversa ou quando há a possibilidade de possível, registre e depois compare
visa a apresentar e a despertar interrompê-la, em momentos estra- com o que será estudado. Deixe-
a curiosidade e o interesse do tégicos, para fazer inferência sobre -os à vontade para falar, anotar e
aluno pelo tema e pelo gênero alguma palavra, levantar hipóteses organizar os saberes construídos.
estudados. Recomendamos leitura ou, mesmo, responder a questões (Adaptado de Referencial de expec-
compartilhada – em voz alta por que o próprio texto propõe. tativas para o desenvolvimento da
você e acompanhada silenciosa- Incentive respostas às questões, competência leitora e escritora no
mente pelos alunos –, em especial para levantar os conhecimentos Ciclo II do Ensino Fundamental.
quando o texto não corresponde prévios dos alunos. Evite confirmar São Paulo: SME/DOT, 2006.)
ao nível de leitura autônoma deles ou negar a participação deles. Se

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Vitória-Régia

Saci-Pererê

Cobra Norato

Mapinguari

Incentive os alunos a contar o


que já sabem sobre as lendas com
essas personagens. Se contarem
diferentes versões, valorize-as e
procure saber como as conheceram.
Se outras lendas com personagens
diferentes forem mencionadas,
valorize-as também.

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• P55 Reconhecer os temas
subjacentes às lendas e mitos
(o Universo, o mundo, a vida).

Avalie o nível de leitura de sua


turma e proponha uma leitura si-
lenciosa, se achar que seus alunos
têm condições de ler o texto com
autonomia. Caso contrário, faça
uma leitura compartilhada. Mesmo
que opte pela leitura silenciosa,
leia o texto em voz alta para lhes
servir de modelo.

LIVRO DO PROFESSOR LÍNGUA PORTUGUESA · 5 O ANO 115

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