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Ciclone Idai faz pelo menos 173 vítimas em Moçambique e no

Zimbábue

Número de mortos pode passar de mil conforme resgates avançam, dizem


autoridades

18.mar.2019 às 15h49

MAPUTO (MOÇAMBIQUE) O presidente de Moçambique Filipe Nyusi, estimou nesta segunda-feira (18)
que o balanço do ciclone Idai, que também afetou o vizinho Zimbábue pode ultrapassar mil mortos.
"No momento, oficialmente registramos 84 mortos. Mas quando sobrevoamos a área nesta manhã para
entender o que aconteceu, tudo indica que poderemos registrar mais de mil", afirmou.
Ele acrescentou que "mais de 100 mil pessoas estão em perigo. Nós vimos corpos na água, é um
verdadeiro desastre humanitário". Disse ainda que, até o momento, mais de 400 pessoas foram salvas de
áreas inundadas.
O ciclone Idai atingiu o centro de Moçambique antes de avançar pelo Zimbábue.
Foram registradas 55 vítimas na cidade portuária de Beira, no Moçambique, a segunda maior do país,
devastada por ventos que chegaram a 177 km por hora e fortes chuvas. Segundo a agência de notícias AFP, as
ruas da cidade estão cheias de árvores caídas, janelas quebradas e ferro retorcido.
Segundo a BBC, as equipes de resgate só conseguiram chegar à Beira no domingo. A Federação
Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho (FICV) afirmaram que 90% de Beira e seus arredores
foram atingidos.
O Zimbábue registrou 89 vítimas, de acordo com o porta-voz do governo,Nick Mangwana. O país nunca
sofreu uma "destruição de infraestruturas desse nível", disse o ministro dos Transportes, Joel Biggie Matiza.
Diante da catástrofe, o presidente Emmerson Mnangagwa retornou às pressas de uma viagem aos Emirados
Árabes Unidos.
Em ambos os países, quase 10 mil pessoas foram afetadas, 873 casas foram destruídas e 24 hospitais e
267 salas de aula foram inundados, de acordo com o relatório da autoridade moçambicana de gerenciamento
de desastres. As autoridades temem, no entanto, que o balanço seja pior, com o avanço das operações de
resgate.
Em Moçambique, "várias barragens cederam ou atingiram seu nível máximo", alertou Emma Beaty, da
organização não-governamental Oxfam. As fortes chuvas registradas antes da chegada do ciclone já haviam
deixado pelo menos 122 mortos em Moçambique e no Malaui, que não sofreu os estragos pela passagem do
Idai.

ENDEREÇO DA PÁGINA https:/ www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/03/ciclone-idai-faz-pelo-menos173-


vitimas-em-mocambique-e-no-zimbabue.shtml

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