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Participação e Cidadania
Resumo
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Abstract
Com a inevitável interferência que uma nação exerce sobre a outra por meio das ações
relacionadas ao meio ambiente, a questão ambiental passa a compor a lista dos temas de
relevância internacional. É nesse contexto que se iniciam as grandes reuniões mundiais sobre o
tema. Ao lado da chamada “globalização econômica”, assiste-se a globalização dos problemas
ambientais. Instituiu-se, assim, um fórum internacional em que os países, apesar de suas imensas
divergências, se vêem politicamente obrigados a se posicionar quanto às decisões ambientais de
alcance mundial, a negociar e a legislar, de forma que os direitos e os interesses de cada nação
possam ser minimamente equacionados em função do interesse maior da humanidade.
Esse estudo teve como objetivo fazer uma reflexão sobre as recomendações das
conferências internacionais em Educação Ambiental, o seu ensino formal e não-formal no Brasil
e demonstrar a importância da integração dessas formas complementares na promoção de um
sistema educativo ambiental.
Conferências Internacionais e Educação Ambiental
uma dimensão dada ao conteúdo e à prática da educação, orientada para a resolução dos
problemas concretos do meio ambiente por intermédio de enfoques interdisciplinares e de
uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade. (DIAS, 1992,
p.31).
Na Conferência Rio/92 aprovou-se, entre outros documentos, a “Agenda 21”, que reúne
propostas de ação e estratégias para os países superarem a crise ambiental no próximo século.
Paralelamente à Conferência acontecia na cidade o Fórum Global que teve como um dos seus
resultados, a redação do “Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e
Responsabilidade Global”.
Além do tema transversal “meio ambiente” ser tratado dentro na escola em todas as
disciplinas e em projetos interdisciplinares, recomenda-se não limitar o seu ensino ao espaço da
escola. Os PCNs afirmam que as escolas devem fazer contato com instituições compromissadas
com as questões inseridas nos temas transversais e que desenvolvem atividades nesse sentido.
Esse contato com postos de saúde, organizações governamentais e não governamentais, grupos
culturais e empresas privadas são uma rica contribuição, principalmente pelo vínculo que
estabelecem com a realidade.
[...] é preciso buscar formas de a escola estar mais presente no dia-a-dia da comunidade e
também o inverso, isto é a presença da comunidade no cotidiano da escola [...], de modo que
a escola, os estudantes e os professores possam se envolver em atividades voltadas para o
bem-estar da sua comunidade, desenvolvendo projetos que repercutam dentro e fora da
escola. (BRASIL, 1998, p.32-33).
Considerando o projeto educativo específico de cada escola, os PCNs destacam que por
meio da Educação Ambiental se ensina e se aprende. Que essa prática é um elemento
indispensável para transformação da consciência ambiental e que pode levar a mudanças de
valores e comportamentos que podem ter importantes conseqüências sociais. Por ser a questão
ambiental não apenas um conjunto de temáticas que dizem respeito à proteção da vida no
planeta, mas também à melhoria da qualidade de vida das diferentes comunidades, ela enfatiza o
papel imprescindível da participação popular na resolução dos problemas responsáveis pela crise
ambiental. Trabalhar de forma transversal significa buscar a transformação sempre vinculados à
realidade cotidiana da sociedade.
Conclusão
Em função dos danos ambientais cada vez mais em evidência, são gerados valores e
práticas coletivas no sentido de preservação do meio ambiente, o que possibilita interessantes
espaços para a democracia participativa. Mas a desinformação favorece a falta de consciência
ambiental e o pouco envolvimento do cidadão nesse processo. A Agenda 21, como plano de ação
para o desenvolvimento sustentável, considera a participação da sociedade destacando sua
pluralidade e diversidade como essenciais para a promoção de um modelo de crescimento que
leve em conta tanto a viabilidade econômica quanto a ambiental. Nestes tempos que a informação
representa um papel cada vez mais relevante, a educação ambiental sob todas as formas,
representa uma eficiente estratégia para expandir a participação da população em níveis mais
altos no processo decisório nas políticas públicas, incentivando e motivando o processo de
cidadania.
Ao tratar uma questão tão abrangente como a ambiental, não se pode pensar de uma
forma fragmentada. O pensamento ambiental estabelece relações entre os fatos cotidianos e os
acontecimentos no mundo. Por isso, ao se praticar educação ambiental, os educadores precisam
pensar em parcerias, em um sistema educativo. Nesse sentido a educação comunitária tem muito
a contribuir, que Segundo Kerensky (1982), é um sistema educativo em vez de um sistema de
escolas, porque é a comunidade toda que educa. Por isso, o ensino formal e o não-formal não se
antagonizam, eles se complementam na tarefa educativa. Os ambientes não formais ampliam o
espaço escolar, fazendo de seus espaços mais um laboratório de aprendizagem. Os objetivos são
os mesmos: o desenvolvimento da cidadania local e global, democratização da informação,
participação, e o desenvolvimento de uma sociedade saudável e equilibrada.
Bibliografia
_____. Educação ambiental: princípios e práticas. 7. ed. São Paulo: Gaia, 2001.
KERENSKY, V. M. Community educators: the high touch people. Boca Raton: Florida
Atlantic University, 1982. (Community Education Bulletin, 4). Folder.