Você está na página 1de 81

Composição do Solo

Tânia B. G. Morselli
DS/FAEM
COMPOSIÇÃO DA FASE SÓLIDA DO SOLO
(Composição química e mineralógica)

 Fase sólida do solo:


a) fração mineral:
meteorização da rocha-mãe

b) orgânica:
restos vegetais e animais
varia com o solo
geralmente não passa de 5% do total

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 2


Matéria mineral sólida do solo

Minerais Oriundos da
primários Rocha

Matéria
Mineral Sólida
Oriundos dos
Minerais
Minerais
secundários
primários

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 3


Composição do solo
 Fragmentos de rocha
 Minerais primários
 Minerais secundários:
- Argilo-minerais
- Silicatos não cristalinos
- Óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio
- Carbonatos
- Colóides
- Matéria-orgânica e húmus

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 4


Os minerais primários
 temperatura e pressões elevadas

 quimicamente instáveis

 após a intemperização

 passam a fazer parte da solução do solo

 formando um conjunto de novos minerais que

 são os secundários (argilas)

 dentre os primários estão (silte e areia)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 5


Dentre os minerais primários temos
 Quartzo  Indicam:
 Feldspatos
 Feldspatóides  o grau de evolução
 Micas do solo
 Piroxênios
 Anfibólios  sua reserva
 Olivinas nutritiva
 Apatitas
 Magnetitas
 Calcita
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 6
Minerais Secundários (ARGILAS)
 Podem ocorrer nos solos
principalmente por três processos:
(a) resultantes da meteorização dos
minerais primários menos
resistentes
(b) oriundos de simples alterações na
estrutura de determinados minerais
primários
(c) herdados diretamente da rocha
matriz
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 7
Minerais Secundários (ARGILAS)

 Ocorrem mais  Silicatos não


cristalizados:
freqüentemente: óxidos e hidróxidos
de Fe e Al

 minerais de argila  Alguns solos:


(silicatos de Al no Mn e Ti
estado cristalino) carbonatos de
cálcio e magnésio

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 8


Alguns minerais de importância agrícola

 Olivina Mg, Fe  Biotita K, Fe, Mg


(Co, Cu, Mn, Mo, Zn)
(Co, Cu, Mn, Zn),
 Plagioclásio Ca,Na
 Piroxênio Ca, Mg, Fe (Cu, Zn)
(Co, Cu, Mn, Zn)
 Feldspatos
potássicos K (Cu)
 Anfibólio Ca, Mg, Fe muscovitas K
( Co, Cu, Mn, Zn)
 Apatitas P, Ca (Fe)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 9


Origem dos minerais primários
 materiais fragmentados (rocha mãe)
 > 0,02 mm de diâmetro (silte e areias)

 Mais resistentes: olivina, augita,


horneblenda, plagioclásios cálcicos
Menos resistentes: quartzo, rutilo, zircão e
turmalina

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 10


Estabilidade dos minerais primários

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 11


Tipos de reservas minerais
 Reserva mineral a curto prazo:
ferromagnesianos, feldspatos, muscovitas,
(diâmetro < silte)
 Reserva mineral a médio prazo:
ferromagnesianos, plagioclásios
(diâmetro semelhante ao silte)
 Reserva mineral a longo prazo: feldspatos
potássicos e muscovitas e outros minerais
dificilmente alteráveis (diâmetro > silte)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 12


 A presença de micronutrientes nos
minerais primários se deve:

 SI na estrutura cristalina

 Os elementos a serem substituídos


devem apresentar RI quase idêntico
para a troca

 Estes elementos apresentam-se ricos:


Na, K, Ca, Mg, (Cu, Co, Mn, Zn, Fe)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 13


Composição da crosta
Elemento Média Crosta RI (nm) Volume (%)
g kg-1

Oxigênio 466 0,140 89,84

Silício 277 0,039 2,37

Alumínio 81 0,051 1,24

Ferro 50 0,074 0,79

Magnésio 21 0,066 0,60

Cálcio 36 0,099 0,39

Sódio 28 0,097 0,84

Potássio 26 0,133 1,84

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 14


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 15
Principais fornecedores de elementos

 Olivinas ou Peridotos
- coloração verde
- ocorrem como pequenos cristais
- resultantes de ortossilicatos de
magnésio e de ferro em diferentes
proporções
- principal representante é a olivina
4(Mg, Fe)2 . SiO4

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 16


Principais fornecedores de elementos
(Olivinas ou Peridotos)

 Presentes nas rochas básicas e ultrabásicas


(biabásio, gabro, peridotito)
 Na decomposição aparecem os carbonatos (Fe e Mg) e
a serpentina

 Serpentina se decompõe com a liberação de magnésio


e a formação do ácido silícico.

 O magnésio é o mais importante sob o ponto de vista


agrícola

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 17


Principais fornecedores de elementos
(Olivinas ou Peridotos)

2 Mg2 . SiO4 + 3 H2O  3 MgO. 2 SiO2 . 2 H2O + Mg (OH)2


Olivina Serpentina Hidróxido de magnésio

4 (Mg,Fe)2 SiO4 + 5 CO2 + 2 H2O  3 MgO. 2 SiO2 .2 H2O + MgCO3+4 FeCO3 + 2 SiO2
Olivina Serpentina Carbonatos de Mg e Fe

MgCO3 + FeCO3 + H2 O  Mg (OH)2 + Fe (OH)2


Hidróxidos de magnésio e ferro

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 18


Principais fornecedores de elementos
(Piroxênio e Anfibólios)
Constituídos por tetraedros de sílica formam
cadeias simples ou duplas
 Composição:
Si2O6 (Si/O = 0,33) ou Si4O11 (Si/O = 0,36)

 Anfibólios: SI do Si X Al

 Os dois têm - cátions bivalentes derivados do


ácido metassilícico (H2SiO3)n
substituição do H+ x Ca2+, Mg2+ ou Fe2+

 São silicatos ferromagnesianos escuros

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 19


Principais fornecedores de elementos
(Piroxênio e Anfibólios)
 Anfibólios: grupamento atômico em cadeia dupla
composição (Si4O11)n
Ex. Estantita (<5% FeO), Bronzita (5-14% FeO),
Hyperstênio (> 14% FeO).

 Piroxênios: grupamento atômico em cadeia


alongada diferem nas proporções de Ca, Mg, Fe
horneblenda
augita mais rica (Ca e Mg), maior importância
sob o ponto de vista agrícola

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 20


Principais fornecedores de elementos
(Micas) K (Mg, Fe)3 (Si3Al)O10 (OH)2
 Formados por reunião de tetraedros e octaédros
 Com Si no centro
 O e OH nos vértices
 Al ao centro
 SI do Si X Al
 Representante principal (biotita rica em K)
 Apresenta rigidez entre as camadas pela presença do
K, não permitindo sua expansão e a penetração de
água ou íons

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 21


Principais fornecedores de elementos
(Feldspatos)
 Grupo de maior importância
 Mais abundante na crosta terrestre
 Definidos como polissilicatos:
alumínio com (K, Na ou Ca)
 Representante:
 ortoclásio (K2O.Al2O3 .6 SiO2)
 albita (Na2O.Al2O3 .6 SiO2)
 Anortita (CaO.Al2O3 .2 SiO2)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 22


Principais fornecedores de elementos
(Feldspatos)

 Se dividem em;

 Feldspatos alcalinos ou potássico-sódicos:


formados pelas misturas de ortoclásio e albita
variando na quantidade de sódio e potássio

 Feldspatos calco-sódicos ou plagioclásios:


misturas de moléculas de albita e anortita ou de
feldspatos sódicos e cálcicos.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 23


Principais fornecedores de elementos
(Feldspatóides)

 Ortossilicatos de Al com K e Na

 Derivam do resfriamento do magma cujo teor de


sílica não foi suficiente para saturar todos os
óxidos metálicos

 Seus principais representantes são:

leucita (K2O.Al2O3 .4 SiO2)

nefelita (Na2O.Al2O3 .2 SiO2)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 24


Principais fornecedores de elementos
(Feldspatóides)

 A leucita (clara, transparente ou inclor)

 A nefelita (quase sempre, incolor ou ligeiramente


acinzentada e de brilho graxo)

 Entre as duas:

leucita: maior importância agrícola

libera mais facilmente o K solução do solo

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 25


Principais fornecedores de elementos
(Quartzo)
 É o dióxido de silício em estado cristalino
 sílica cristalina – quartzo
 criptocristalina – calcedônia, ágata
 Amorfa – opala
 Não fornece nutrientes
 constitui a fração arenosa do solo
 Solos ricos nesse mineral (pouca capacidade de
adsorção de bases e de retenção de água)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 26


Principais fornecedores de elementos
(Minerais fosfatados)

 Apatita (principal fornecedor de P – plantas)

 Quimicamente é um fosfato de cálcio contendo fluor ou cloro

 os que contém cálcio:

 fluorapatita, carbonatoapatita, hidroxidoapatita, óxidoapatita,

fosfatotricálcio, fosfatobicálcico, fosfatomonocálcico

 os que contém ferro e alumínio:

vivianita, variscita, estrengita

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 27


Principais fornecedores de elementos
(carbonatos e sulfatos)

 Na forma de carbonatos participam:

calcita, dolomita e nacolita

 Na forma de sulfatos participam:

gesso, anidrita e epsomita

FeS2 + H2O + 7 O  FeSO4 + H2SO4

FeSO4 + CaCO3 + 2H2O  CaSO4. 2H2O + FeCO3

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 28


Importância agrícola dos minerais primários

 Resistência dos solos à erosão


 Resistência da sua reserva mineral
 Devem ser considerados:
água e ar (C, H, O)
solo (N, P, K, Ca, Mg, S)
(Fe, Zn, B, Mn, Cu, Cl, Mo)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 29


Minerais

Silicatados Não Silicatados


(c/Silício) (s/Silício)
93% dos minerais da crosta 7% dos minerais da crosta

Nesossilicatos Sorossilicatos Ciclossilicatos Inossilicatos Filossilicatos Tectossilicatos

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 30


Minerais de argila
 O termo argila pode ser empregado com três
significados para:
 expressar a granulometria: separação da argila
 designar a classe textural argila: demonstrar a
classe textural através de partículas de dimensões
menores do que 2μ.
 designar a fração do solo, constituída por:
(1) silicatos hidratados de alumínio denominados
minerais de argila (cristalinos) e alofanitas
(quando amorfos)
(2) óxidos e hidróxidos de ferro, alumínio,
manganês e titânio
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 31
Minerais de argila cristalinos

 Cristal - é um sólido limitado por superfícies


planas que formam ângulos definidos e forma
geométrica regular.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 32


Minerais de argila cristalinos

Cela unitária
 menor unidade do
retículo cristalino

 menor estrutura
cristalina do
mineral

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 33


Propriedades atômicas dos elementos metálicos

Valência Iônica:
relação entre a carga de uma espécie iônica (i) e
carga do próton (H)

Raio Iônico:
 O RI do íon oxigênio de todos os minerais =1,4 Å
 A soma dos raios dos cátions e ânions se iguala a
distância interatômica entre dois íons
d = C+ (r+) + A- (r-)
 O RI depende do número de coordenação e
independe do tipo de estrutura mineral que contém
o íon

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 34


Os elementos químicos componentes dos minerais do solo

 como espécies iônicas


 configuração eletrônica única

Os raios iônicos:
 diminuem com o aumento da valência
iônica (z).

 aumentam com o aumento do número


de coordenação para uma valência
constante.
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 35
O que é Número de Coordenação (NC)?

 É o número de íons de carga contrária


que giram em torno de outro íon.

 Os ânions por apresentarem raio


iônico maior se localizam ao redor do
cátion.

 NC mais comuns: 4, 6, 8 e 12

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 36


Metal Valência NC RI(mm) Aº Quanto:
Mg 2 6 0,072 0,72 > VI < RI
Al 3 4 0,039 0,39 < NC < RI
3 6 0,050 0,50 > RI > NC
K 1 6 0,138 1,38 > RI < VI
1 8 0,151 1,51
1 12 0,164 1,64
Fe 2 6 0,078 0,78
3 6 0,065 0,68

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 37


O que é Substituição isomórfica (SI)?

 São substituições (minerais de argila


ou entre colóides).

 É controlada pelo:

(a)Tamanho do cátion

(b) Carga do cátion

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 38


Equações de equilíbrio
 Baseada na lei das massas (M-M, M-D)

a) M-M solo-K+ + Na+ solo-Na+ + K+


b) M-D solo-Ca2++ 2K+ solo-2K+ + Ca2+

 Constantes de Equilíbrio K1 e K2

a) M-M K1 = {[Solo.Na+]. [K+]}/ {[Solo.k+]. [Na+]}


b) M-D K2 = {[Solo.K]2. [Ca]}/ {[Solo.Ca]. [K]2}

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 39


Equação de Donnan e Gouy
 Envolve soluções internas e externas

a) M-M [K+]i.[Cl-]i = [K+]e.[Cl-]e

b) M-D [Ca2+]i.[Cl-]i-2 = [Cl-]e-2.[ Ca2+]e

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 40


O que é Superfície específica (Se)?

 Se refere à área pela unidade de peso


de solo.

 Varia com:
- textura
- tipo de minerais de argila
- teor de matéria orgânica

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 41


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 42
 O aumento na área das partículas pode ser
explicada teoricamente, tomando-se um cubo de
1m de lado cuja superfície é de 6m2 (6 lados x
1m2), dividindo-se este cubo 10 vezes podemos
obter:

Dimensão da aresta Número de cubos Superfície dos cubos em m2


1m 10 6
0,1m 103 60
0,01m 106 600
0,001m 109 6.000
0,0001m 1012 60.000
0,00001m 1015 600.000
0,000001m 1018 6.000000
0,0000001m 1021 60.000000

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 43


Cargas elétricas das argilas

 Carga permanente:
- carga negativa
- independe do pH da SS
- cátions adsorvidos a essa carga podem
ser substituídos em qualquer valor de pH
- se originam das SI dos minerais de argila

 Carga dependente:
- carga que se anula a valores baixos de pH

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 44


O que utilizamos para entender as estruturas dos
minerais de argila? Regras de Pauling

Primeira regra:
 Um poliedro de ânions é formado ao
redor de cada cátion.

 A distância entre os cátions e ânions


é determinada pelo tamanho dos
respectivos raios.

 O NC é determinado pela razão de raios entre


cátions e ânions.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 45


O que utilizamos para entender as estruturas dos
minerais de argila? Regras de Pauling

Segunda regra:
 Em uma estrutura cristalina estável:

o total das forças das ligações que alcançam o

ânion vindas do cátion adjacente = valor absoluto

da valência do ânion.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 46


O que utilizamos para entender as estruturas dos
minerais de argila? Regras de Pauling

Terceira regra:
 Os cátions mantêm a maior separação possível
havendo ânions intercalados entre eles, de tal
modo que uma carga não influa na outra.

 Em termos geométricos isto significa que o


poliedro de ânions não tende a compartilhar
arestas ou especialmente faces.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 47


O que utilizamos para entender as estruturas dos
minerais de argila? Regras de Pauling

Quarta regra:
 Em uma estrutura com diferentes espécies de

cátions, aqueles de maior VI e de menor NC

tendem a não compartilhar elementos do poliedro

com outro.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 48


O que utilizamos para entender as estruturas dos
minerais de argila? Regras de Pauling

Quinta regra:
 O número de espécie de íons diferentes na

estrutura do cristal tende a ser tão pequeno quanto

possível.

 Dessa maneira o tipo de poliedros da coordenação

em um arranjo de ânions tende a ser mínimo.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 49


Razão de raio Número de Raio Iônico
mínima coordenação (RI)
(RRM) (NC)
1,00 12 Oxigênio = 1,40 Å
0,732 8 Hidroxila = 1,45 Å
0,414 6 Silício = 0,42 Å
0,225 4 Alumínio = 0,51 Å

Ex. C+ , O2- RIO =1,4 Å


Qualquer cátion com NC 6 deveria ter RI > 0,058mm.
RI = RRM x RIO
RI = 0,414 x 0,140
RI = 0,05796 mm ou 0,58 Å
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 50
NC nos minerais de argila

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 51


Tetraedro de Silício SiO4

 1O = -2

 1 Si = +4

 3 O = -6

= -4 Não estável

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 52


Ácido silícico H4SiO4

 1 OH = -1

 1 Si = +4

 3 OH = -3

= - 00 Estável

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 53


Principais minerais de argila
 Argilas amorfas (aloganitas)
 Argilas cristalinas:
a) 1:1
Grupo da caulinita (caulinita, nácrita)
Grupo da haloisita
b) 2:1
Grupo da esmectita (montmorilonita, beidelita,
nontronita, saponita, hectorita, vermiculita, ilita)
c) 2:1:1
Grupo da clorita (clorita)
d) Estrutura em cadeia (atapulgita, sepiolita,
paligorsquita
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 54
Resumo dos principais minerais de argila

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 55


Minerais de argila mais representativos

 São aluminossilicatos que predominam na


fração argila dos solos

 Compostos por tetraedros e octaedros

 A união das folhas tetraedrais e octaedrais


ocorrem através dos íons oxigênio apicais

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 56


Alofanitas Al2O3. 2SiO2. H2O

 material amorfo

 tetraedros de Si e octaedros de Al, dispostos

irregularmente

 agregado sem forma definida com formato

noduloso.

 comum em solos de origem vulcânica.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 57


Caulinita (1:1)

 Não expansiva (ligações OH – O)

 Não absorvem água

 O espaçamento basal 7,2 Å

 CTC é de 3 a 15 cmolc Kg-1

 Baixa: CRA, plasticidade, contração,


dilatação e Se

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 58


Caulinita (1:1)

 Ocorre em solos que sofrem lixiviação de


bases e com baixa concentração de cátions

 Regiões de clima quente e úmido, podendo ser


também encontrada em solos de outros climas

 Produto da intemperização química de


feldspato de sódio e potássio e de micas
hidratada.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 59


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 60
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 61
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 62
Montmorilonita (2:1)

 SI na camada octaédrica o Al x Mg e na
tetraédrica o Si x Al

 Se muito elevada

 O espaçamento basal 12 a 18Å

 Completamente seca (10Å)

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 63


Montmorilonita (2:1)

 SI Al x Mg
 Gera cargas negativas livres
 OBS: tetraedro o Si de NC = 4 poderá ser substituído pelo
Al de NC = 4 ou 6.
 O inverso não poderá ocorrer, o Si jamais poderá ocupar o
centro de um octaedro
 A CTC 80 a 150 cmolc Kg-1
 Clima frio
 Alta CRA
 Alta expansibilidade

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 64


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 65
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 66
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 67
17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 68
Vermiculita (2:1)
 formada principalmente a partir das micas,
pela remoção do K das entrecamadas

 pode ser trioctaedral (biotita)

 dioctaedral (muscovita)

 EB médio = 14 Å

 excesso de cargas negativas Si x Al

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 69


Vermiculita (2:1)
 Os cristais > montmorilonita

 CTC 100 a 150 cmolc.Kg-1

 Alta fixação K nas entre camadas


tornando-o indisponível para as plantas

 Isto pode ocorrer quando aplicamos


adubos potássicos em solos com este tipo
de argilas.

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 70


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 71
Ilita 2:1
 não expansiva

 duas lâminas tetraedrais de Si e uma octaedrica


de Al, Mg ou Fe

 SI entrando K não trocável

 impede a entrada de água entre as lâminas dando


rigidez à estrutura do mineral

 EB 10 Å

 CTC de 20 a 40 cmolc.Kg-1

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 72


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 73
Clorita (2:2) ou (2:1:1)
 Mg6 Si6 Al2 O20 (OH)4 Mg6 (OH)2

 Menos freqüente no solo


 Formas polimorfas
 uma camada de talco alternada pela brucita Mg (OH)2
 EB 14 Å
 substituição Si x Al nas camadas tetraedrais
 Mg x Al nas camadas de brucita
 não expansiva

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 74


Óxidos e Hidróxidos
 O termo sesquióxidos representa:

óxidos

hidróxidos Fe, Al ou Mn

oxihidróxidos,

 Baixa: solubilidade, CRA, adsorção e


plasticidade

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 75


Óxidos e Hidróxidos
 formas cristalinas mais freqüentes:

 gibsita Al(OH)3 ou Al2O3. 3H2O

 goetita α FeO.OH ou Fe2O3 . H2O

 hematita Fe2O3

 ferrihidrita é um óxido de Fe jovem

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 76


ÓXIDOS E HIDRÓXIDOS
Goethita - α-FeOOH – amarela
 regiões mais frias e úmidas, com
 alta matéria orgânica e pH ácido

Hematita - α -Fe2O3 – vermelha


 regiões quentes

Ferrihidrita – 5 Fe2O3.9H2O – bruna


 em situações de má drenagem

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 77


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 78
Modos de identificação dos minerais do solo

Difração de Raios X (Método Röentgonográfico):


 Identifica a decomposição mineralógica.

n λ = 2d . sen θ
onde:

n = é o número que representa a ordem de difração do plano

λ = é o comprimento de onda da radiação usada

d = distância interplanar

θ = ângulo de Bragg

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 79


n λ = 2d . sen θ

17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 80


17/04/2011 Tânia Morselli DS/FAEM/UFPel 81

Você também pode gostar