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DO POLIPROPILENO
Resumo: Este trabalho tem como objetivo avaliar as propriedades mecânicas de compósitos
termoplásticos com e sem agentes de reforço. Os materiais foram misturados e processados na
máquina extrusora e injetados para obter os corpos de prova de tração e de impacto. Para a
análise dos corpos de prova foi utilizado o laboratório de materiais e práticas da UNISOCIESC.
Os resultados revelaram que o módulo de elasticidade do polipropileno copolímero com 20% de
talco teve um aumento significativo de 33% em relação do polipropileno copolímero e de
polipropileno copolímero 20% CaCO3. No ensaio de resistência ao impacto, o PPC 20% de talco
teve um aumento na resistência de 34,35% e no PPC 20% de CaCO3 um aumento 5,30%
comparado com o PPC puro. A partir desses dados, verificou-se que o PPC com 20% de talco
apresentou melhores propriedades mecânica.
1 INTRODUÇÃO
O poliproprileno têm como monômero uma olefina simples, oriundas da nafta do petróleo,
desenvolvidos utilizando-se resinas diferenciadas, que permitem uma ampla gama de variações
estruturais e morfológicas nos diferentes tipos de homopolímeros e copolímeros produzidos. É um
dos termoplásticos mais importantes utilizados comercialmente por ser um plástico abundante e de
baixo custo, possibilitando o uso de cargas e reforços.
Um dos principais aditivos de reforço dos polímeros é o talco, material muito utilizado como
carga no polipropileno, pois possui vantagens adicionais, tais como: boa qualidade de superfície no
produto final; baixa contração após moldagem e fácil composição a outros materiais. Com o uso do
talco é ainda conseguido aumento de rigidez e resistência à alta temperatura nos homopolímeros de
polipropileno. Quando comparado com uma quantidade similar de carbonato de cálcio ou em
plásticos não carregados, oferece melhor resistência ao impacto, à tração e dureza (WIEBECK &
HARADA, 2005).
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¹Tajiane Cristine de R.L. Felizari – UNISOCIESC. Email: tajianecristine@yahoo.com.br
O carbonato de cálcio componente de rochas como calcários, é um mineral muito utilizado
como carga em polímeros. Basicamente, há dois tipos de carbonato de cálcio disponíveis
comercialmente, o natural, que é aquele retirado da natureza e moído de acordo com a
granulometria desejada, e o precipitado, que é obtido de um processo químico, é utilizado para a
fabricação do produto (com etapas de calcinação, hidratação, carbonatação e secagem) (WIEBECK
& HARADA, 2005).
As propriedades mecânicas dos materiais poliméricos são de grande importância devido aos
requisitos que os diversos polímeros existentes devem atender na parte de suas aplicações. Valores
de propriedades mecânicas, tais como módulo de elasticidade, resistência à compressão, impacto,
módulo de flexão, viscosidade dentre outros, servem de comparação no desempenho mecânico entre
os diversos polímeros, possibilitando avaliar a necessidade de alteração do polímero-base pela
utilização de cargas, reforços, aditivos ou plastificantes. Então de acordo com as características
mecânicas do ensaio de tração e impacto, atender a aplicação das necessidades do produto no qual o
polímero será utilizado (CANEVAROLO, 2007).
1.1 OBJETIVO
2 MATERIAIS E MÉTODOS
Neste artigo foi utilizado como matriz polimérica das misturas, o polipropileno CP 241 da
marca Braskem. As cagas utilizadas foram Carbonato de Cálcio 1/9 CD da marca MICRON –
ITA, e Talco industrial da marca Quimidrol. As propiedades do Polipropileno CP 241,
Carbonato de Cálcio 1/9 CD da marca MICRON – ITA, e Talco industrial da marca Quimidrol
estão apresentadas nas Tabelas 1,2 e 3.
2.1 Materiais
Resistência a Tração no
Escoamento D 638 Mpa 22
2.2 MÉTODOS
2.2 Caracterização
O ensaio de tração obedeceu à norma ISO 527 e foi realizado no equipamento Emic
DL30000N, com uma célula de carga 5000 kgf com a velocidade de ensaio de 50mm/min. Para a
realização dos ensaios de tração foram utilizados 15 corpos de prova, ou seja, 5 CP´s de PPC, 5 CP
´s de PPC 20% Talco e 5 CP´s PPC 20% CaCO3 .
O ensaio de impacto obedeceu a norma ISO 180 e foi realizado no equipamento Emic com
Martelo de 2J, para a realização do ensaio de impacto, foram utilizados 10 corpos de prova para
cada formulação.
3 RESULTADOS E DISCUSÕES
A seguir serão apresentados os resultados obtidos nos ensaios aplicados às amostras e uma
breve analise a partir dos mesmos.
Conforme a Tabela 4 pode-se observar que não houve diferença significativa do PPC, em
relação aos compósitos, na tensão de escoamento e na tensão máxima, porém, o módulo de
elasticidade do PPC 20% de talco, obteve-se um aumento significativo de 33,56% em relação do
PPC, e de PPC 20% CaCO3. Segundo Rabello (2000) o aumento no módulo de elasticidade do PPC
20% de talco, pode ser justificado pela incorporação da carga na hora do processamento e pela
própria rigidez do talco, pois a carga torna os compósitos mais rígidos, além do efeito nucleante que
o talco gera no PPC. Na Figura 01 apresenta-se o gráfico dos resultados do ensaio de tração.
Figura 1 - Gráfico representativo com os valores de resistência a tração dos corpos de prova
testados de PPC, PPC 20% de Talco, PPC 20% de CaCO3.
Resistência ao
Identificação
Impacto (kJ/m2)
Conforme a Tabela 5, o PPC 20% de talco teve resistência ao impacto de 34,35% maior
comparado ao PPC. Em comparação do PPC com o PPC 20% CaCO3 esta diferença na resistência
foi de 5,30%, pode ser justificado pela incorporação da carga na hora do processamento e pela
própria rigidez do talco. Na Figura 02 representa-se o gráfico com os valores de resistência ao
impacto dos corpos de prova testados.
Figura 02 - Gráfico representativo com os valores de resistência ao impacto dos corpos de prova
testados PPC, PPC 20% de Talco e PPC 20% de CaCO3.
Com base nos resultados obtidos, verificou–se que não houve diferença significativa do PPC
em relação aos compósitos na tensão de escoamento e tensão máxima, porém o módulo de
elasticidade do PPC com 20% de talco teve um aumento significativo de 33% em relação ao PPC e
ao PPC 20% de CaCO3.
Nos resultados de deformação específica observou-se que o PPC teve maior deformação em
relação aos compósitos, pois a carga deixa os compósitos mais rígidos.
No ensaio de impacto o PPC 20% de talco teve resistência ao impacto de 34,35% maior
comparado ao PPC. Em comparação do PPC com o PPC 20% CaCO3 ,esta diferença na resistência
foi de 5,30%, que pode ser justificado pela incorporação da carga na hora do processamento da
mistura dos compósitos da extrusora, já que a matriz era de formato tubular e não de macarrão, e
também a extrusora foi monorosca, não garantindo uma boa homogeneidade dos compósitos.
5 REFERÊNCIAS
CALLISTER, W. D. Ciência e Engenharia dos Materiais, Uma introdução. 5 ed, Rio de Janeiro,
2002.
LIMA, Antonio Bastos T.; KAHN, Henrique, GOUVÊA, Douglas. Aplicações de cargas minerais
em polímeros. 2007. Disponível em:
<www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/.../ArtigoTecnicofinal170407.doc>. Acesso em 09 agosto.
2019.
MANO, E.B. Introdução à Ciência dos Polímeros. 2 ed. São Paulo, 1999.
RAMOS, S.M.L.S.; SOUSA G.; BAUMGARTNER, J.; CARVALHO, L.H. Influência das
Condições de Mistura nas Propriedades Mecânicas de Compósitos de PP/Atapulgita. Anais do 2º
Congresso Brasileiro de Polímeros, São Paulo, p.276, 1993.
YOON, J., OH, S., KIM, M., Polymer, 39 (12), 1998, p.2479-2487