Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Lorena
2013
2
Lorena
2013
3
DEDICATÓRIA
AGRADECIMENTOS
Aos demais professores do curso, que muito contribuíram com sua experiência e dedicação.
Aos colegas de classe, companheiros sempre presentes nos momentos de alegria e nas
dificuldades encontradas neste caminho.
Aos meus amigos, por ter me incentivado a cursar esta faculdade e a não desistir nos
momentos difíceis.
RESUMO
Woese e Fox (1990) sugeriram que o sistema biológico fossem divididos em três
dominios: Archaea, Eukarya e Bacteria. No entanto essa divisão ocorreu com base nos dados
da fração 16S do RNA ribossomal (1997). Até o momento o metabolismo das
arquebacterias não está totalmente caracterizado. Entretanto algumas vias metabólicas
foram elucidadas (Danson 1988).
ABSTRACT
The Archaea domain comprises a group of bacteria with features extremophiles. They
tolerate extreme environmental conditions that resemble the environment of the early
appearance of life. They are able to develop under conditions of high or low temperatures, the
total absence of oxygen, osmotic conditions and extreme pHs. The cells exhibit unique
characteristics such as chemical composition of the cytoplasmic membrane and cell wall, in
addition to presenting specific metabolic pathways as methanogenic bacteria.
Woese and Fox (1990) suggested that the biological system to be divided into three
domains: Archaea, Bacteria and Eukarya. However this division was based on data from the
16S ribosomal RNA (1997). By the time the metabolism of archaea is not fully characterized.
However, some pathways were elucidated (Danson 1988).
The application of enzymes in industrial scale has been increased every year. After the
discovery of the Archaea, the interest of the enzymes synthesized by Archaea, expanded the
area of interest of commercial enzymes. As in industrial processes the operations are carried
out under adverse conditions especially temperature and pH, enzymes produced by Archaea
can be used in these operations or additional steps. Aiming at increasing the efficiency of
industrial processes and reducing production costs.
LISTA DE FIGURAS
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA ......................................................................................................................................... 3
AGRADECIMENTOS ................................................................................................................................ 4
RESUMO ................................................................................................................................................. 5
ABSTRACT............................................................................................................................................... 6
SUMÁRIO ............................................................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 9
SISTEMÁTICA ........................................................................................................................................ 10
HALÓFILOS ....................................................................................................................................... 20
METANOGÊNICAS............................................................................................................................. 22
APLICAÇÕES ......................................................................................................................................... 24
TERMOENZIMAS............................................................................................................................... 25
Amilases ....................................................................................................................................... 26
Celulases ...................................................................................................................................... 26
BACTERIORHODOPSIN ...................................................................................................................... 28
CONCLUSÃO ......................................................................................................................................... 31
INTRODUÇÃO
SISTEMÁTICA
Woese e Fox (1990) sugeriram que o sistema biológico fossem divididos em três
dominios: Archaea, Eukarya e Bacteria (Figura 1). No entanto essa divisão ocorreu com base
nos dados da fração 16S do RNA ribossomal (1997). A descoberta das Archaea permitiu que
a antiga divisão entre Eukarya e Bacteria fosse ampliada.
PAREDE CELULAR
MENBRANA CITOPLASMATICA.
Figura 3 - Estrutura de Lipídeos de Arqueobacteria (a) Estrutura diéter (b) Estrutura tetraéter
Figura 4- Diferentes mecanismos de formação de acetato e síntese de ATP a partir de piruvato em Archaea e
Bactérias anaeróbicas estritas. A numeração refere-se as enzimas: 1) piruvato descarboxilase; 2) ferredoxina
oxidoredutase; 3) acetil-CoA sintetase; 4) fosfato acetiltransferase 6) acetato quinase.
Figura 5 – Mecanismo proposto para a produção de acetato, CO2 e H2 em Pyrococcus sfuriosu. Os números referem-
se as enzimas: 1) α-glicosidase; 2) glicose: ferredoxina oxidoredutase. 3) gluconate desidratase; 4) KDG aldolase. 5)
ferredoxina oxidoredutase; 6) glicerato kinase; 7) enolase; 8) piruvato quinase. 9) piruvato: ferredoxina
oxidoredutase; 10) ADP-dependente acetil- CoA sintetase; 11) hidrogenase
Figura 6 - Via metabólica proposta para a formação de alanina a partir de maltose, celobiose ou piruvato por
Pyrococcus furiosus, combinação de não-fosforilada via Entner-Doudoroff. As numerações correspondem as seguintes
enzimas 1) alanina aminotransferase; 2) glutamato desidrogenase; 3) ferrodoxina: NADP + oxiredutase.
18
Figura 7 – Via metabólica de fermentação de glicose a acetato, CO2 e H2 do hipertermofilico Themotoga marítima
através do metabolismo de Embden-Meyerholf. Enzimas: 1) hexoquinase ATP dependente; 2) glicose-6-fosfato
isomerase; 3) 6-fosfofrutoquinase ATP dependente; 4) frutose-1,6-bisfosfato aldolase; 5) triose-fosfato isomerase; 6)
gliceraldeido-3-fosfato desidrogenase. 7) fosfoglicerato quinase; 8) fosfoglicerato quinase. 9) enolase; 10) piruvato
quinase; 11) piruvato; ferredoxina oxidoredutase; 12) fosfate acetiltranferase; 13) acetato quinase; 14) NADH:
ferrodoxina oxidoredutase; 15) desidrogenase
TERMÓFILOS E PSICRÓFICOS
HALÓFILOS
Para evitar o rompimento celular as Halófilos possuem uma parede celular constituída
por glicoproteínas que tem uma maior porcentagem de aminoácidos que atraem o íon Na + para
o contorno da célula. Em eletromicrografias (
Figura 8) arquebacteria parece semelhante a um bactérias gram negativas, porém
+
Na conecta a superfície da parede celular da Halobaceruim e é essencial para manter a
integridade celular. Quando a concentração de íons de sódio é insuficiente ocorre a lise das
paredes célula, levando ao rompimento da célula.
(a)
(b)
METANOGÊNICAS
ΔG0 = -31kJ
ΔG0 = -131kJ
Figura 9 – Enzimas envolvidas na redução do sulfato a H2S. Enzimas: 1) ATP sulfurilase; 2) pirofosfatase; 3) Adenililsulfato (APS)
redutase; 4) sulfito redutase.
APLICAÇÕES
TERMOENZIMAS
Aplicação de enzimas em processos industriais aumenta cada vez mais nas industriais
biotecnológicas (Battershy 1985). São utilizadas principalmente em processos de hidrólise.
Uma parte significante do custo da produção da enzima é proveniente da manutenção da
estabilidade enzimática. As termoenzimas são consideradas como um grande potencial para
as indústrias farmacêuticas, alimentícias, química como também aplicadas no tratamento de
efluentes. A utilização dessas enzimas apresenta vantagens quando aplicadas nos processos.
As reações podem ser conduzidas sob temperaturas mais elevadas ditas extremófilos com
temperatura ótima superior a 60°C, que proporciona aumento da taxa de infusão e
solubilidade. Como conseqüência diminui a viscosidade e a tensão superficial do sistema. Isso
ajuda na reduz de custos com o bombeamento, filtração, centrifugação, além de aumentar a
taxa de transferência de massa. Verifica-se também no processo uma redução da
contaminação microbiana de patógeno. O uso de temperaturas mais elevadas reduz a
viscosidade de líquidos.
Glicosil hidrolases
Glicosil hidrolases são capazes de hidrolisar as ligações glicosídicas de dois
carboidratos ou uma ligação entre carboidrato e não-carboidrato. Foram caracterizadas várias
configurações α-glicosidases e β-glicosidases de arqueobacterias.
26
Amilases
A enzima α-amilase hidrolisa a ligação α-1,4-glicosidica de maneira randômica
produzindo glicose e oligossacarídeos. Estudos realizados com α-amilases de termofilos
como Pyrococcus woesi, (Koch et al., 1991) e P. furiosus (Brown et al., 1990; Koch et al.,
1990) verificaram que a temperatura ótima dessas enzimas é de aproximadamente 100°C. A
maioria de termofilos produz pulanase II, que hidrolisa ligações α-1,6-glicosídicas. Os genes
de P. furiosus e P. woesi foram clonados em células de E. coli, que expressaram a enzima
(Ru¨diger et al., 1995; Dong et 1997).
Em processos industriais a enzima é utilizada no processo de liquefação (Figura 10).
O amido consiste em grânulos semicristalinos insolúveis, com baixa atividade enzimática.
Inicialmente, o processo consiste no aquecimento do amido para aumentar a sua solubilidade.
Condição fundamental para melhor atividade das enzimas.
Figura 10
CELULASES
Atualmente, a hidrólise da celulose tem tido destaque devido aos programas de energia
renovável. A glicose produzida principalmente, na hidrolise enzimática da celulose pode ser
utilizada na produção do biotetanol. Numa proposta de substituir a gasolina pelo etanol, como
fonte de energia.
BIOEXTRAÇÃO DE MINÉRIOS
O carvão possui uma taxa de enxofre que varia de 1 a 10% na forma de pirita. A
remoção de enxofre apresenta uma grande importância ambiental, pois sua remoção pode
levar a menor influência em chuvas ácidas. A arqueobacteria Sulfolobus acidoaldarius
apresentou um grande remoção de enxofre do carvão (Kargi 1986). A alta temperatura de
operação (70°C) melhorou a taxa de oxidação química da pirita de enxofre pela oxidação do
ferro metálico que é produzida por oxidação microbiológica da pirita metálica no carvão.
BACTERIORHODOPSIN
No entanto, verificou-se que a membrana púrpura são bastante resistentes, podem ser
renaturadas após drásticas desnaturações e as moléculas podem ser corretamente orientadas
através da aplicação de uma corrente elétrica (Kungi et all, 1988).
29
Essa eletricidade gerada por estes microrganismos tem sido visto como um grande
potencial para a produção de biochips para uma nova geração de computadores (Hong 1966).
A sensibilidade a luz e a robustez da proteína fazem com que traga vantagens nessa área.
Figura 11 -
metano é vista como uma alternativa limpa para a digestão de matéria orgânica que é degradas
(Daniel 1984. Kirsop 1984).
CONCLUSÃO
As arquebactérias contribuíram para a sistemática dos organismos em três domínios
Archaea, Eukarya e Bacteria. O estudo de ribossomos possibilitou verificar que estas
possuem genes presentes tanto em eucarióticos como em bactérias, e através disso
compreender melhor a ramificações das espécies.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUER MW, DRISKILL LE, CALLEN W, SNEAD MA, MATHUR EJ, KELLY RM. An
Endoglucanase, Egla, From The Hyperthermophilic Archaeon Pyrococcus Furiosus
Hydrolyzes Beta-1,4 Bonds In Mixed Linkage (1 3),(1 4)-Beta-D-Glucans And Cellulose.
J Bacteriol 1999;181:284–90.
BAYER, E.A. & LAMED, R. 1992. The cellulose paradox: pollutant par excellence and/or a
reclaimable natural resource? Biodegradation 3:171-188.
BULT, C. J.; WHITE, O.; OLSEN, G. J.; ZHOU, I. ;FLEISCHMANN,R. D. et all (1996).
Complete genome sequence of the methanogenic archaeon, Mathanococcusjannaschii,
Science. 273;1058-1073.
33
CONFALONIERI, F., ELIE, C., NADAL, M., BOUTHIER DE LA TOUR, C., FORTERRE,
P. AND DUGUET, M. Reverse gyrase : a helicase-like domain and a type I DNA
topoisomerase in the same polypeptide.Proc. Natl. Acad. Sci. 90, 4753-4757 (1993).
CONFALONIERI, F., ELIE, C., NADAL, M., BOUTHIER DE LA TOUR, C., FORTERRE,
EDGELL DR, DOOLITTLE WF. Archaebacterial genomics: the complete genome sequence
of Methanococcus jannaschii. Bioessays 1997, 19:1-4.
DANSON, M.J. 1988. Archaebacteria: the comparative enzymology of their central metabolic
pathways. Advances in Microbial Psysiology 29:165-231.
Dong G, Vieille , Zeikus Jg. Cloning, Sequencing And Expression Of The Gene
Amylopullulanase From Pyrococcus furiosus And Biochemical Characterisation Of The
Recombinant Enzyme. Appl Environ Microbiol 1997;63:3577–84.
FORTERRE, P. (1997). Archae: what can we learn from their sequences? Curr. Opin, Gen.
Devel, 7:764-770.
HOUGH, D.W. & DANSON M.J., 1989. A review of Archaebacteria: ancient organisms with
commercial potencial, In Letters in Applied Microbiology 9:33-39.
HUBER, H. ; HOHN, M. J.; RACHEL, R.; FUCHUS, T.; WIMMER, V. C.; STETTER, K. O.
(2002) A new phylum pf Archaea represented by a nanosized hymerthermophilic symbiont.
Nature. 417:63-67.
JOHNSON, D. B. 1985. The leaching of mineral ores using bacteria. Industrial Biotecnology.
5: 60-62.
KANDLER, O.; KÖNIG,H.; Cell Wall Polymers in Archaea (Archaebacteria). Cellular and
Molecular Life Sciences CMLS. Vol 54. 4:305-308. April 1998
KENGEN ,S. W. M; DE BOK, F. A. M.; VAN LOO, N-D.; DIJKEMA, C.; STAMS, A. J. M;
DE VOS, W. M. Evidence for the operation of a novel Embden-Meyerhof pathway that
35
KENGEN S.W., LUESINK E.J., STAMS A.J., ZEHNDER A.J.(1993) Purification and
characterization of an extremely thermostable beta-glucosidase from the hyperthermophilic
archaeon Pyrococcus furiosus. Eur J Biochem ;213:305–12.
KUSHNER, D. J. 1985. The Halpbacteriaceae.In the Bacteria ed. Woese. C.R & Wolfe, R.S.
Vol 8, PP 459-497. London: Academic Press.
LANGWORTHY, T. A. 1988. Lipids of archaebacteria. In the Bacteria ed. Woese C.R. &
Wolfe, R.S. Vol8, pp 171-214. London: Academics Press.
LETTINGA, G. et al. Use of the upflow sludge blanket (USB) reactor concept for biological
wastewater treatment, especially for anaerobic treatment. Biotechnology and bioengineering,
v.22, p.699-734. 1996.
LYNCH, J.M., SLATER, J.H., BENNETT, J.A. & HARPER, S.H.T. 1981. Cellulase
activities of some aerobic microorganisms isolated from soil. Journal of General
Microbiology 127:231-236.
ORBERG, P.K. 1981. Studies on cellulase production from annual ryegrass straw by
Trichoderma reesei. Dissertação de mestrado, Oregon State University, Oregon.
PRENTIS,S. 1981. Microbes that capture the sun.New Scientis. 191(8 March) 159-163.
SMITH, W. H. & FRANK. J. R. (eds) 1988. In Methane from Biomass, a Systems Approach.
London: Elsevier Applied Science.
THIEMANN, J.E., XAVIER, M.S.S.P., COLEN, G. & GUIA, M.M. 1980. Produção de
celulases e hidrólise enzimática de resíduos celulósicos. In Fermentações Industriais e
Transformações Microbianas no solo (J.S. Furtado, coord.). Sociedade Brasileira de
Microbiologia, São Paulo, p.168-185.
WHITMAN, W. B. 1985 Methanogenic bacteria. In The Bacteria ed. Woese, C.R. &
Wolfe,R.S. Vol 8,pp 3-84. London: Academic Press.
YUE DX, MAIZELS N, WEINER AM: CCA-adding enzymesand poly(A) polymerases are
all members of the same nucleotidyltransferase superfamily: characterization of the CCA-
adding enzyme from the archaeal hyperthermophile Sulfolobus shibatae. RNA 1996, 2:895-
908.