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Universidade de Caxias do Sul – UCS

Centro de Ciências Contábeis, Econômicas e Administrativas


Profª Jacqueline Maria Cora
Acadêmico: Bruno Henrique Onzi

Revisão de conteúdos trabalhados em sala de aula.

Com base no capítulo 5 – que está disponível no Xerox do centro de convivência, responda as
questões abaixo:

1 – Explique a Teoria do Valor-Trabalho; a Teoria do Valor-Utilidade e a relação entre elas.

A Teoria do valor-trabalho é uma teoria econômica associada majoritariamente a Adam Smith, David Ricardo
e Karl Marx.
Segundo essa teoria, o valor econômico de uma mercadoria (ou, mais exatamente, de uma mercadoria
"reproduzível" - grande parte dos teóricos do valor trabalho deixam de lado mercadorias não reproduzíveis, como obras
de arte, etc.) é determinado pela quantidade de trabalho que, em média, é necessário para a produzir (incluindo o
trabalho necessário para produzir as matérias primas, máquinas, etc.)
Num exemplo clássico entre os teóricos do valor-trabalho, a razão porque um diamante é mais valioso que um
copo de água (mesmo que o copo de água possa ter mais utilidade) é porque dá, em média, mais trabalho, encontrar e
extrair um diamante do que um copo de água.
A Teoria do valor-utilidade contrapõe-se a chamada teoria do valor-trabalho, desenvolvida pelos economistas
clássicos (Malthus, Smith, Ricardo, Marx). A teoria do valor-utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma pela
sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. Ela é portanto subjetiva, e considera que
o valor nasce da relação do homem com os objetos. Representa a chamada visão utilitarista, onde prepondera a
soberania do consumidor, pilar do capitalismo.
Podemos dizer que a relação entre as duas é direta, pois a Teoria do Valor-utilidade veio complementar a
Teoria do valor-trabalho, pois não era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com base
nos custos da mão-de-obra (ou mesmo custos em geral) sem considerar o lado da demanda (padrão de gostos, hábitos,
renda, etc).

2 - Sobre a Demanda:

a) o que se entende por Lei Geral da Demanda?

Demanda ou Procura é a quantidade de um bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir por um
preço definido em um dado mercado, durante uma unidade de tempo.
A demanda pode ser interpretada como procura, mas nem sempre como consumo, uma vez que é possível
demandar (desejar) e não consumir (adquirir) um bem ou serviço. A quantidade de um bem que os compradores
desejam e podem comprar é chamada de quantidade demandada.
Para a lei da demanda, a quantidade demandada de um bem diminui quando o seu preço aumenta.
Graficamente, então, a demanda é quase sempre negativamente inclinada no plano preço e quantidade. As únicas duas
exceções são os casos extremos de Demanda Perfeitamente Inelástica e Demanda Perfeitamente Elástica, quando
uma variação qualquer no preço resulta, respectivamente, numa variação zero ou infinita da quantidade demandada.

b) Explique o efeito substituição e o efeito renda sobre a demanda.

Podemos explicar o efeito da substituição se um bem possui um substituto, ou seja, outro bem similar que
satisfaça a mesma necessidade, quando seu preço aumenta, o consumidor passa a adquirir o bem substituto, reduzindo
assim a sua demanda. Exemplo: se o preço da caixa de fósforos subir demasiadamente, os consumidores passarão a
demandar isqueiros, reduzindo assim a sua demanda por fósforos.

O efeito renda pode ser explicado da seguinte forma: Quando aumenta o preço de um bem, tudo o mais
constante (renda do consumidor e preços de outros bens constantes), o consumidor perde poder aquisitivo, e demanda
por esse produto diminui. Assim, embora seu salário monetário não tenha sofrido nenhuma alteração, seu salário real,
em termos de poder de compra, foi corroído.

c) Que outras variáveis afetam a demanda de um bem? Explique-as.

Efetivamente, a procura de uma mercadoria não é influenciada apenas por seu preço. Existe uma série de
outras variáveis que também afetam a procura. Para a maioria dos produtos, a procura será também afetada pela renda
dos consumidores, pelo preço dos bens substitutos (ou concorrentes), pelo preço dos bens complementares e pelas
preferências ou hábitos dos consumidores.

Se a renda dos consumidores aumenta e a demanda do produto também, temos um bem normal. Existe
também uma classe de bens que são chamados inferiores, cuja demanda, varia em sentido inverso as variações da
renda; por exemplo, se o consumidor ficar mais rico, diminuirá o consumo de carne de segunda e aumentará o consumo
de carne de primeira. Temos ainda o caso de bens de consumo saciado, quando a demanda do bem não é influenciada
pela renda dos consumidores (arroz, farinha, sal, etc).

A demanda de um bem ou serviço também pode ser influenciada pelos preços de outros bens e serviços.
Quando há uma relação direta entre preço de um bem e quantidade de outro, coeteris paribus, eles são chamados de
bens substitutos ou concorrentes, ou ainda sucedâneos. Por exemplo, um aumento no preço da carne deve elevar a
demanda de peixe, tudo o mais constante. Quando há uma relação inversa entre o preço de um bem e a demanda de
outro, eles são chamados de bens complementares.

Finalmente, a demanda de um bem ou serviço também sofre influência dos hábitos e preferências dos
consumidores. Os gastos em publicidade e propaganda objetivam justamente aumentar a procura de bens e serviços
influenciado suas preferências e hábitos.

3 – Sobre a Oferta:

a) Explique a Lei Geral da Oferta.

A LEI GERAL DA OFERTA, diz que: “a oferta de um bem, em determinado período de tempo, varia na razão
direta da variação de preços desse bem a partir de um nível de preços tal que seja suficiente para fazer face ao custo
de produção e até o limite superior de pleno emprego dos fatores”.

Pode-se conceituar oferta como as várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao mercado em
determinado período de tempo. Da mesma maneira que a demanda, a oferta depende de vários fatores; dentre eles, de
seu próprio preço, dos demais preços, dos preços dos fatores de produção, das preferências do empresário e da
tecnologia.

Diferentemente da função demanda, a função de oferta mostra uma correlação direta entre a quantidade
ofertada e nível de preços. É a chamada Lei Geral da Oferta.

b) Que fatores afetam a oferta de um bem?

Os desejos e necessidades das pessoas;


• O poder de compra;
• A disponibilidade dos serviços - concorrência;
• A capacidade das empresas de produzirem determinadas mercadorias com o nível tecnológico desejado.
Da mesma forma que a oferta exerce uma influência sobre a procura dos consumidores, a freqüência com que as
pessoas buscam determinados produtos também pode aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços.

4 – Sobre o Equilíbrio de Mercado:

a) O que se entende por equilíbrio de mercado?

O mercado de um produto encontra-se em equilíbrio quando as quantidades oferecidas desse produto são
iguais às quantidade procuradas. O preço para o qual as quantidades oferecidas vão ser iguais às quantidades
procuradas é o preço de equilíbrio. A quantidade de equilíbrio é a quantidade em que tanto a procura como a oferta são
iguais.

A interação das curvas de demanda e de oferta determina o preço e a quantidade de equilíbrio de um bem ou
serviço em um dado mercado.

b) O que acontece quando a quantidade ofertada se encontrar abaixo do ponto de equilíbrio?

c) E caso esteja acima do ponto de equilíbrio?


5 – Explique como o governo pode interferir no equilíbrio de mercado.

O governo intervém na formação de preços de mercado, a nível microeconômico , e quando fixa impostos e
subsídios, estabelecem critérios de reajustes do salário mínimo, fixa preços mínimos para produtos agrícolas decreta
tabelamentos ou ainda congelamento de preços e salários.

A) Estabelecimento de Impostos: É sabido que quem recolhe a totalidade do tributo é a empresa, mas isso não
quer dizer que é ela quem efetivamente paga. Assim, saber sobre quem recai efetivamente o ônus do tributo é uma
questão da maior importância na análise dos mercados.

Os tributos se dividem em impostos, taxas e contribuições de melhoria. O impostos dividem-se em:

Impostos Indiretos: impostos incidentes sobre o consumo ou sobre as vendas. Exemplo: Imposto sobre
Circulação de Mercadorias (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Impostos Diretos: Impostos incidentes sobre a renda. Exemplo: Imposto de Renda.

Entre os impostos indiretos destacamos:

Imposto Específico: Recai sobre a unidade vendida. Exemplo: para cada carro vendido, recolhe-se, a título de
imposto, R$ 5.000 ao governo (esse valor é fixo e independente do valor da mercadoria).

Imposto ad valorem: é um percentual (alíquota) aplicado sobre o valor de venda. Exemplo: supondo a alíquota
do IPI sobre automóveis de 10 %, se o valor do automóvel for de R$ 50.000, o valor do IPI será de R$ 5.000; se o valor
aumentar para R$ 60.000, o valor do IPI será de R$ 6.000. Assim, como se pode notar, a alíquota permanece inalterada
em 10%, enquanto o valor do imposto varia com o preço do automóvel.

Política de preços mínimos na agricultura: Trata-se de uma política que visa dar garantia de preços ao produtor
agrícola, com propósito de protegê-lo das flutuações dos preços no mercado, ou seja, ajudá-lo diante de uma possível
queda acentuada de preços e conseqüentemente da renda agrícola. O governo, antes do início do plantio, garante um
preço que ele pagará após a colheita do produto.

6 – Sobre Elasticidade:

a) Qual o conceito de elasticidade?

a elasticidade é a razão entre a variação percentual de uma variável e a variação percentual de outra variável.
A elasticidade é normalmente expressa como um número positivo (isto é, em valor absoluto) quando o sinal já estiver
claro no contexto.

b) O que se entende por Demanda Elástica? Dê exemplos

Uma demanda elástica é aquela para a qual a quantidade demandada é muito sensível às variações de preço.
Se você aumentar o preço em 1%, a quantidade demandada diminuirá em mais de 1%.
Em geral, a elasticidade de demanda de um bem depende de quantos substitutos esse bem tiver. Se um bem
tiver muitos bons substitutos, terá sua curva de demanda muito sensível às variações de preço. No entanto, se não
houver bons substitutos para um certo bem, então ele terá uma demanda inelástica.

Tome-se como exemplo o caso dos lápis azuis e vermelhos, supondo-se que sejam considerados substitutos
perfeitos. Então, se alguns lápis de cada cor forem comprados, os outros deverão ser vendidos ao mesmo preço. Agora,
imagine o que acontecerá à demanda de lápis vermelhos se o seu preço aumentar, com o preço dos lápis azuis
permanecendo constante. A demanda por lápis vermelho cairá até zero, porque existe um substituto perfeito, ou seja,
sua demanda é muito elástica.

c) O que se entende por Demanda Inelástica? Dê exemplos

Ocorre quando uma variação percentual no preço provoca uma variação percentual relativamente menor nas
quantidades procuradas, coeteris paribus, etc.

Exemplo: Epd = - 0,5

Nesse caso, uma redução, suponhamos, de 10% nos preços, provoca um aumento de 5% nas quantidades
procuradas. Os consumidores desse produto reagem pouco a variações dos preços, isto é, possuem baixa sensibilidade
ao que acontece com os preços de mercado.

d) Quais os fatores que influenciam a elasticidade-preço da demanda?

- Disponibilidade de bens substitutos;


- Essencialidade do bem;
- Importância do bem, quanto a seu gasto, no orçamento consumidor;

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