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RESUMO DA MATÉRIA -
Uma análise de registros médicos revelou a existência de uma correlação direta entre os níveis
de vitamina D e a gravidade da COVID-19 em pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2
Baixos níveis de vitamina D normalmente ocorrem em pessoas de pele escura. Este pode ser um
dos fatores responsáveis pelas altas taxas de infecção e mortalidade da COVID-19
Muito antes do SARS-CoV-2 se tornar parte do nosso dia a dia, o Dr. Anthony Fauci, diretor do
Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NOAID) dos EUA, disse que as vitaminas C
e D eram estratégias importantes para fortalecer o sistema imunológico do corpo. Há quatro
anos, quando foi entrevistado por um repórter da revista Washingtonian sobre como evitar
doenças, ele mencionou que toma suplementos destas vitaminas.
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Anthony explicou sobre a importância de lavar as mãos, cortar as unhas e dormir de forma
adequada. Além disso, outra medida que ele mencionou foi o consumo de suplementos das
vitaminas C e D:
"Elas podem fortalecer as defesas do corpo contra micróbios. Eu tomo 1.000 miligramas por dia.
Muitas pessoas não consomem níveis adequados de vitamina D, a qual afeta várias funções do
corpo, então seria bom que elas tomassem também."
Em uma entrevista mais recente para a página RealClearPolitics, Anthony pareceu esconder sua
opinião sobre o assunto. Ele enfatizou a viabilidade da vitamina C como um antioxidante
"totalmente inofensivo, a não ser que você consuma quantidades absurdas". Mas quando
questionado sobre a capacidade da vitamina D de atenuar algumas infecções respiratórias,
Anthony disse que "não há provas definitivas". No entanto, ele complementou que você
provavelmente não vai perder nada por consumir mais vitamina D.
Ainda assim, suas respostas demostram uma falta de vontade de admitir que a vitamina D tem
um papel importante na prevenção e tratamento de doenças infecciosas. Será que o recuo de
Anthony sobre as vitaminas C e D está relacionado com o fato de que ele faz parte do Conselho
de Liderança do Plano de Ação Global para Vacinas da Fundação Bill & Melinda Gates? Anthony
descreveu que testes definitivos de segurança e eficiência estão atrelados a ensaios clínicos
controlados e randomizados:
"É por isso que eu digo várias e várias vezes que a melhor estratégia é conduzir um ensaio
controlado e randomizado para determinar o mais rápido possível se alguma coisa funciona, e se
funcionar, damos sequência ao projeto. Se não funcionar, o retiramos da mesa."
Em o que parece uma contradição à sua afirmação, Anthony disse que uma vacina pode ser
liberada nos próximos 12 a 18 meses. No entanto, o procedimento padrão para o
desenvolvimento de uma vacina "segura" leva, em média, cinco anos. Ele começa com dois a
quatro anos de pesquisas laboratoriais, seguidas de um a dois anos de estudos pré-clínicos, e
então pelos ensaios de Fase I, II e III.
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nível de vitamina D pode ajudar a prever os efeitos daPróximo
COVID-19
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Em 2017, foi publicada na BMJ uma revisão de ensaios clínicos duplo-cego, randomizados e
controlados por placebo utilizando as vitaminas D2 e D3. Os dados revelaram que a
suplementação da vitamina D era "segura e que protegia contra infecções agudas no trato
respiratório de forma geral". Também descobriram que as pessoas mais deficientes da vitamina
eram as que recebiam os maiores benefícios da suplementação.
No dia 3 de abril de 2020, foi anunciado um ensaio clínico com o objetivo de investigar a
eficácia da vitamina D contra a COVID-19. Dias depois, Mark Alipio — que não recebeu nenhum
financiamento pelo trabalho — publicou uma carta pré-impressana qual divulgou dados de uma
análise de 212 pessoas com COVID-19 confirmada em laboratório para as quais havia níveis
séricos de 25(OH)D disponíveis.
Utilizando uma classificação dos sintomas baseada em uma pesquisa anterior, Mark empregou
uma análise estatística para comparar os diferentes resultados clínicos com os níveis de
vitamina D dos pacientes. Das 212 pessoas, 49 tinham sintomas leves; 59 tinham sintomas
ordinários; 56 tinham sintomas graves e 48 tinham sintomas críticos.
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Neste grupo, 55 tinham níveis normais de vitamina D, o qual Mark definiu como acima de 30
ng/ml; 80 tinham níveis insuficientes, de 21 a 29 ng/ml, e 77 tinham níveis deficientes, de
menos de 20 ng/ml. Os níveis de vitamina D foram fortemente correlacionados à gravidade dos
sintomas sofridos.
Dos 49 com sintomas leves, 47 tinham níveis de vitamina D normais. Do conjunto de 104
pessoas com sintomas graves ou críticos, apenas 4 tinham níveis normais da vitamina. Então
Mark concluiu:
"... este estudo fornece informações substanciais para clínicos e formuladores de políticas de
saúde. A suplementação de vitamina D pode melhorar os resultados clínicos de pacientes
infectados com Covid-2019 com base no aumento das chances de resultados leves quanto maior
for o nível sérico de (OH)D. Pesquisas adicionais podem conduzir ensaios clínicos controlados e
randomizados e grandes estudos populacionais a avaliarem esta recomendação."
Então foi publicada na BMJ uma carta ao editor assinada por 30 cientistas do mundo inteiro,
incluindo Mark Alipio. Eles apontaram o número desproporcionalmente alto de indivíduos
negros, asiáticos e de minorias étnicas (BAME), ou daqueles que moram em casas de repouso
no Reino Unido que morrem pela COVID-19.
Eles também identificaram a obesidade como outro fator de risco, com condições comórbidas
como a diabetes e as doenças cardiovasculares. Cada grupo de pessoas — aquelas morando em
casas de repouso, minorias étnicas e obesos — também tendem a apresentar níveis mais
baixos de vitamina D.
Então levantaram a hipótese de que a vitamina D possui relevância clínica para a COVID-19,
podendo reduzir o número de fatalidades causadas pela doença. Embora não haja a
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deficiência generalizada de vitamina D, inclusive os grupos de risco mencionados
acima. Os
cientistas
Sharesderam uma razão pela qual as vitaminas são frequentemente ignoradas:
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"É da natureza humana que soluções simples para problemas complexos não sejam adotadas
rapidamente, como a vitamina C para o escorbuto e a higienização das mãos antes do parto de
um bebê; mas com certeza a escala e o impacto da pandemia da COVID-19 demandam que todas
as vias de abordagem sejam completamente exploradas; ainda mais quando ainda não existe
nenhuma outra estratégia de tratamento.
Outros associam a alta taxa de mortalidade das comunidades afro-estadunidenses com uma
maior prevalência da obesidade, diabetes e pressão alta, que são fatores de risco para o
aumento da gravidade da COVID-19.
No entanto, embora haja uma correlação entre a alta prevalência de problemas de saúde que
aumentam a gravidade da COVID-19 na população afro-estadunidense, também há uma alta
prevalência de insuficiência de vitamina D devido à produção reduzida. Pigmentações mais
escuras produzem menos vitamina D durante exposições à luz do sol.
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A vitamina D no tratamento
da COVID-19
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Descobertas do Estudo Longitudinal Irlandês sobre Envelhecimento (TILDA) e uma revisão
sobre a vitamina D publicada na revista Nutrients no dia 2 de abril de 2020 também sugerem
que a deficiência de vitamina D pode causar sérias complicações na COVID-19. É como foi
relatado na página Medical Xpress no dia 6 de abril de 2020:
"De acordo com o artigo 'Deficiência de vitamina D na Irlanda — Implicações para a COVID-19.
Resultados do Estudo Longitudinal Irlandês sobre Envelhecimento (TILDA)', a vitamina D é crucial
para a prevenção de infecções respiratórias, redução do uso de antibióticos e fortalecimento da
resposta imune a infecções.
Com um a cada oito irlandeses adultos com menos de 50 anos apresentando deficiência de
vitamina D, o estudo destaca a importância do aumento do consumo ... pesquisadores do TILDA
recomendam que adultos acima dos 50 devem tomar suplementos — e não apenas no inverno,
mas durante o ano inteiro, caso não se exponham o bastante à luz do sol...
A professora Rose Anne Kenny, investigadora principal do TILDA, disse: 'Temos evidências que
sustentam o papel da vitamina D na prevenção de infeções no peito, principalmente em adultos
mais velhos com baixos níveis da vitamina. Em um estudo, a vitamina D reduziu os riscos de
infecções no peito pela metade em pessoas que tomaram suplementos.
Embora não saibamos qual é o papel específico da vitamina D nas infecções da COVID, dadas
suas implicações mais amplas para melhorar respostas imunes ... as coortes em risco devem
garantir um consumo adequado de vitamina D.'"
O segundo artigo, publicado na revista Nutrients, possui o revelador título "Evidências de que a
suplementação de vitamina D é capaz de reduzir os riscos de infecções e morte por influenza e
COVID-19". De acordo com o resumo do artigo:
"Este artigo revisa o papel da vitamina D na redução dos riscos de infecções no trato respiratório,
conhecimentos sobre a epidemiologia da influenza e da COVID-19, e como a suplementação da
vitamina D pode ser uma medida útil para a redução dos riscos. Através de vários mecanismos, a
vitamina D é capaz de reduzir os riscos de infecções.
inflamação que danifica o revestimento dos pulmões, levando à pneumonia, além de aumentar as
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concentrações de citocinas anti-inflamatórias ...
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As evidências que sustentam a importância da vitamina D na redução dos riscos da COVID-19
incluem o fato de que o surto ocorreu no inverno do hemisfério norte, época na qual as
concentrações de 25-hidróxi-vitamina D (25(OH)D) estão reduzidas; além do fato de que o
número de casos no hemisfério sul até o final do verão era pequeno ...
Foi descoberto que a deficiência de vitamina D contribui para a síndrome respiratória aguda
grave; e ... taxas de fatalidade aumentam com a idade e comorbidades com doenças crônicas,
ambas as quais estão associadas à baixas concentrações de 25(OH)D.
Para reduzir o risco de infecção, recomenda-se que pessoas sob risco de influenza e/ou COVID-
19 considerem tomar 10.000 UI/d de vitamina D3 durante algumas semanas para aumentar
rapidamente suas concentrações de 25(OH)D, seguidas por 5.000 UI/d. O objetivo deve ser elevar
as concentrações de 25(OH)D para acima de 40-60 ng/mL (100-150 nmol/L). Para o tratamento
de pessoas infectadas com a COVID-19, doses mais altas de vitamina D3 podem ser úteis."
O nutricionista chefe da Public Health England está preocupado que talvez os britânicos não
estejam produzindo vitamina D o bastante através da luz do sol, pois estão passando mais
tempo dentro de casa. Eles aconselham aos cidadãos que embora uma quantidade adequada
de vitamina D não seja capaz de impedir uma infecção, ela proporciona benefícios, como a
melhora dos resultados da doença em pessoas deficientes do nutriente.
Ainda assim, apesar das mudanças radicais nas maneiras com que as pessoas estão vivendo
durante a pandemia, as orientações não mudaram nos EUA. O Instituto Nacional de Saúde dos
EUA recomenda que a maioria das pessoas adquiram seus nutrientes através de alimentos e
bebidas, inclusive alimentos fortificados. No entanto, o consumo da vitamina D através da
alimentação não é o suficiente para manter níveis saudáveis do nutriente.
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As agências de saúde dos EUA parecem pouco interessadas em ajudar o público a fortalecer
seus sistemas imunológicos através de uma nutrição saudável, mas apoiam o uso de
medicamentos e vacinas. Parece até que o foco do CDC não está na prevenção, mas sim no
processo da doença.
Nos EUA, o GrassrootsHealth torna a realização do teste bem fácil, pois oferece um kit de teste
de vitamina D barato, como parte de sua pesquisa patrocinada pelo consumidor. Toda a receita
desses kits vai diretamente para a GrassrootsHealth. Eu não obtenho lucro com a venda desses
kits, apenas os indico para a conveniência dos meus leitores.
Para mais informações sobre o fortalecimento do seu sistema imunológico, combate ao vírus
SARS-CoV-2 e nutracêuticos adicionais que demostraram efeitos positivos para o sistema
imunológico ou para o combate à infecções virais, leia o artigo "Quercetina e vitamina D —
Aliadas contra o coronavírus?"
+ Recursos e Referências
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de vitamina D coronavírus?
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