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A diretriz básica para o cultivo de peixes em viveiros escavados apresentados neste trabalho,
aplicam-se ao cultivo do tambaqui (colossoma macropomum) e também servirá para outros
peixes regionais, ou seja, da Bacia Amazônica, alimentação. com algumas pequenas
adaptações principalmente quanto à
Neste trabalho trataremos da criação de peixes em duas formas diferentes, tanques escavados
o qual chamaremos de viveiros de barragem e açudes.
Esta atividade é, sem dúvida, a maneira mais econômica de se produzir alimento nobre, de alto
valor nutritivo e a baixo custo, uma vez que sua forma de cultivo pode variar bastante, inclusive
nas fontes de alimentação.
O peixe, pelo fato de viver na água, apresenta uma série de vantagens para sua criação, dentre
as quais se destacam os gastos de pouca energia para a manutenção da temperatura corporal,
respiração e locomoção. Daí ser um dos animais que mais aproveita os alimentos ingeridos.
Por outro lado, esse mesmo motivo apresenta uma série de dificuldades para o melhor
conhecimento de suas necessidades, pois não podemos vê-los sem que os capturemos.
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Nos primeiros séculos da era cristã, os registros sobre a piscicultura se deram através dos
romanos que fizeram grandes piscinas nas proximidades das praias, destinadas a armazenar
peixes.
Na Europa a piscicultura só começou a partir do século XIV, através dos monges que criavam
carpas nos mosteiros afim de consumi-las nos momentos de abstinência de carnes vermelhas.
Data desta época o registro das primeiras fecundações artificiais realizadas com óvulos de
truta, em mosteiros franceses e alemães.
A partir do século XX, a piscicultura teve grande evolução, passando por inúmeras
transformações formando um ramo de especialização dentro das Ciências Agrárias. Surgiram
nesta época as Estações de Piscicultura.
No Brasil, a piscicultura propriamente dita iniciou-se por volta de 1929. Nessa época, o cientista
Rodolfo Von Lhering estudou os peixes do Rio Mogi-Guaçu em Piracicaba - São Paulo,
utilizando pela primeira vez hipófise para provocar desova do Dourado (Salminus maxillorus).
Em 1939, surgiu a primeira estação de piscicultura do país em Pirassununga São Paulo.
Atualmente no Brasil, se cultiva peixe de várias espécies, do extremo sul ao extremo norte,
alcançando níveis de produtividade dos mais elevados em termos mundiais, inclusive em
alguns casos, exportando tecnologia.
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A produção da aqüicultura, que cresceu a uma taxa de 11% ao ano durante a última década, é
o setor de maior desenvolvimento na economia alimentícia mundial. Aumentando de 13
milhões de toneladas de peixes produzidos em 1990, para 31 milhões de toneladas em 1998
(no mundo), a piscicultura provavelmente ultrapassará a pecuária como fonte de alimentos, até
o fim desta década.
Este crescimento recorde da aqüicultura sinaliza uma mudança fundamental em nossa dieta.
Durante o último século, o mundo dependeu quase que exclusivamente de dois sistemas
naturais pesqueiros oceânicos e pastagens para satisfazer a demanda cada vez maior de
proteína animal, entretanto, essa era aproxima-se do fim quando ambos os sistemas atingem
seus limites produtivos.
Vistas todas essas informações, ainda podemos aliar o fato de estarmos localizados na região
que detém a maior parte da mais extensa bacia hidrográfica do mundo, com 6.112.000 Km2 e
que esta região tem o hábito alimentar de consumir peixes, sendo que um dos peixes mais
apreciados é o tambaqui (Colossoma macropomun), cuja tecnologia de reprodução e criação
em cativeiro é conhecida.
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O mercado de Boa Vista/RR consome atualmente 1.300 toneladas de peixe por ano, sendo 400
toneladas provenientes de criações em cativeiro, 700 toneladas importadas de outros estados e
200 toneladas capturadas nos estoques pesqueiros naturais. Essa demanda nos permite
calcular um consumo atual de aproximadamente 6,5 Kg por pessoa ao ano, porém sabe-se que
o consumo per capita em condições de oferta normal é de 8 kg/ano por pessoa.
Fato é que, sendo o consumo per capita de peixe em Boa Vista de 8Kg/ano e a população de
200.000 habitantes, chegamos a 1600 toneladas de consumo normal. Podemos concluir então,
que existe um déficit de 300 toneladas na oferta. As 700 toneladas hoje importadas de outros
Estados também podem ser substituídas por peixes produzidos em cativeiro no Estado de
Roraima e sabe-se também que a pesca nos estoques pesqueiros naturais, encontra-se em
decadência, abrindo espaço para a produção e fornecimento de mais 200 toneladas por ano
que são necessárias para atender o consumo.
Com base
De acordo com dados fornecidos pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação - FAO (Food and Agriculture Organization), considerando o consumo per capita
ideal de 20 Kg/ano por habitante, chegaremos a um número mais animador para os futuros
investidores, ou seja, 4.000 toneladas/ano ampliando o déficit na oferta para 2.700
toneladas/ano. Considerando que se importa 700 toneladas/ano poderemos produzir em
Roraima 3.400 toneladas de peixe, analisando-se tão somente o mercado de Boa Vista.
Ampliando a visão de mercado e considerando Manaus como parceiro comercial, visto que os
habitantes dessa cidade consomem 60 Kg de pescado/ano, chegamos a 90.000 toneladas o
consumo total anual, sendo 30% a 40% oriundo da pesca extrativista, fonte essa, que durante o
período da piracema (defeso) não pode
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Criação comercial de peixes em viveiros ou açudes ser utilizada, gerando um déficit muito
grande na oferta, chegando a quantidade de 9.000 toneladas.
Voltamos a ressaltar, que além de estarmos localizados na região que detém a maior parte da
maior bacia hidrográfica do mundo, possuímos um grande potencial de consumo de peixe.
Estados de Roraima e
O consumidor, tanto do Amazonas quanto de Roraima, tem o tambaqui como peixe de sua
preferência e o elegeu como peixe de primeira qualidade, consumindo também outras
espécies, como matrinxã, curimatã, jaraqui, pirarucu, tucunaré, pescada, etc.
Sendo eleito o tambaqui como o peixe ideal para criação em cativeiro e em 0função dos
motivos já expostos anteriormente, ainda tem-se a vantagem de poder adquirir alevinos em
diversas épocas do ano, em várias partes do Brasil a um preço bastante acessível. Atualmente
pode-se adquirir alevinos na estação de piscicultura de Boa Vista/RR, Usina de Balbina, em
Presidente Figueiredo/AM e em Natal/RN, além de algumas estações que estão em fase de
implantação tanto no Amazonas quanto em nosso estado, no município de Rorainópolis.
Os produtores de pescado para consumo, que abastecem o mercado de Boa Vista, estão
instalados nos municípios vizinhos de Alto Alegre e Bonfim.
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A grande maioria dos açudes construídos, tinha a finalidade de perenizar a água para o gado e
posteriormente houve o interesse na utilização destes para a criação de peixes.
Estima-se que o setor possui hoje, aproximadamente, 250 hectares de viveiros e 500 hectares
de açudes. Produzindo efetivamente, existem
2.1 Resumo da Oferta e Procura Consumo normal em Boa Vista Quantidade ofertada para
compra 1600 t/ano 1300 t/ano
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Normalmente, os produtores deixam para vender a maior parte da sua produção no período da
páscoa, e como a produção ainda é pequena, falta peixe logo após essa período.
3 LOCALIZAÇÃO
O empreendimento em piscicultura deverá ser de fácil acesso durante toda a época do ano e
estar localizado, de preferência, próximo ao mercado consumidor, próximo aos fornecedores de
ração, próximo da residência do proprietário.
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A infra-estrutura básica para se ter uma criação de peixes é, em primeiro lugar, os viveiros de
alevinagem e os viveiros ou açudes para engorda, com as devidas instalações de
abastecimento e esvaziamento.
Como infra-estrutura propriamente dita e para efeito de cálculo, consideraremos dois viveiros
de 50 x 100 ( 10.000 m ), para engorda e um de 20 x 50 ( 1.000 m ) para alevinagem, ou seja,
11.000 m , ou 1,1 ha de espelho d água. Para a criação em açude, também consideraremos
espelho d água de 1 ha com berçário1 de 1.000 m .
a - um barracão para guardar ração; b - rede de arrasto para despesca; c - tarrafa para analisar
o desenvolvimento dos peixes; d - meio de transporte; e e - equipamento para verificar a acidez
da água.
economicamente viável, depende das despesas totais, de maneira que o lucro da atividade
seja maior que os custos de manutenção, custeio e sobre a receita para amortizar parte do
investimento inicial.
Sabe-se que a receita financeira desejada é aquela em que a atividade piscícola produz e
suficiente para cobrir todos os gastos com a criação e ainda
Obs.: O berçário não será orçado neste caso, pois, pode variar muito o seu custo e em
algumas situações
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Criação comercial de peixes em viveiros ou açudes sobrar para reinvestir, portanto, definir uma
área ideal é extremamente importante, pois as condições e necessidades variam de produtor
para produtor.
O melhor seria que a piscicultura não fosse a única atividade em uma propriedade, mas que
fizesse parte de um contexto agropecuário.
3.3 Seleção da Área A escolha do local para implantação da piscicultura implicará na adequada
viabilização do projeto, onde se deve observar os aspectos ligados a atividade.
Esses aspectos referem-se à topografia da área de implantação, o tipo do solo, a avaliação
quantitativa e qualitativa da água para abastecimento dos tanques e açudes e a vegetação
local. Devem ser consideradas também, informações meteorológicas diárias disponíveis, como
temperatura do ar (máximas, mínimas e médias), umidade relativa do ar, chuvas, evaporação e
ventos. Além disso, o reconhecimento e seleção da área de implantação da piscicultura
deverão levar em consideração o tipo de projeto, o manejo a ser adotado e as facilidades de
comercialização do produto.
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Todos estes fatores são de suma importância para a atividade piscícola e serão descritos a
seguir, porém, são informações técnicas que devem ter acompanhamento de um profissional
habilitado para melhor interpretação e as devidas recomendações. Existem ainda outros
parâmetros que podem ser analisados, caso o responsável julgue necessário.
ideal de conforto térmico para crescimento e reprodução, sendo que a maioria delas encontra
um nível ótimo entre 25 e 28 graus centígrados. Aqui em nossa região a temperatura da água
varia de 24 a 30 graus centígrados.
Criação comercial de peixes em viveiros ou açudes uma placa de ferro pintada de branco e
preto presa em uma fita métrica e quando mergulhado deve desaparecer entre 15 e 30
centímetros de profundidade.
oxigênio dissolvido: é sem dúvida alguma, o fator mais limitante no
cultivo. Deve ser maior que 5 mg/litro; este resultado pode ser obtido através de análise em
laboratório ou com equipamentos portáteis.
também deverá ser avaliado em laboratório ou com equipamentos portáteis; teores acima de
50 mg/litro são letais aos peixes.
qual a acidez da água, níveis abaixo de 5 ou superior a 9 são tóxicos à maioria das espécies
cultivadas.
dissolvido. A amônia presente na água pode ter origem na decomposição da matéria orgânica,
poluição, nos excrementos dos organismos aquáticos e morte de algas.
O arranjo físico dos viveiros implica no melhor posicionamento para o aproveitamento racional
da área, facilitando o manejo.
No arranjo físico da área devemos observar o aproveitamento da maior área alagada possível
com a menor movimentação de terra, não esquecendo que o manejo também deve ser
considerado, pois após o peixamento, existirão atividades diárias que deverão ser facilitadas,
devendo-se prever também a entrada de caminhões de carga em época de despesca.
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A tecnologia de produção de peixes vem evoluindo desde que o homem pela primeira vez
capturou peixes e os manteve vivos para consumir em outros períodos, isto nada mais foi do
que o início da piscicultura.
Basicamente, podemos dizer que existem atualmente quatro métodos de cultivo de peixes, dos
quais tem origem a nossa tecnologia. São eles:
a) SISTEMA CHINÊS: fazem o policultivo com quatro ou mais espécies em duas faixas etárias
(idades diferentes), utilizam alimentação orgânica e grande número de trabalhadores;
b) SISTEMA EUROPEU: teve início com os romanos e desenvolveu-se a partir do século XIV,
baseado no cultivo da carpa comum e de linhagens selecionadas. O policultivo foi introduzido
na Europa nas últimos trinta anos. Os viveiros são de grande porte e a alimentação baseada
em milho;
c) SISTEMA JAPONÊS: surgiu inicialmente junto à cultura do arroz e evoluiu para a piscicultura
intensiva. Predomina o cultivo de uma só espécie com alto grau de mecanização, sem
utilização de estercos e baseado principalmente, no uso de ração balanceada rica em proteína.
Viveiros pequenos com renovação de água e aeração intensa;
d) SISTEMA ISRAELENSE: fazem policultivo intensivo, adubação orgânica na fase inicial, uso
de fontes de carboidratos (milho e sorgo) na fase intermediaria e ração balanceada na fase
final.
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Criação comercial de peixes em viveiros ou açudes O nosso sistema de criação ainda está em
fase de definição, mas existe uma tendência para as criações em sistema intensivo com a
utilização de viveiros berçário , para o desenvolvimento inicial e o povoamento, já com alevinos
avançados (maiores), a alimentação do berçário é baseada em plânctons e ração balanceada
com alto valor de proteína bruta (35%), ração balanceada com (28%) de proteína bruta para
crescimento, podendo baixar para (24%) na engorda.
O policultivo ainda é pouco utilizado, pois, a oferta de alevinos de outras espécies ainda tem
limitações de disponibilidade e preço, porém, é uma técnica que certamente fará parte do
nosso sistema de criação.
O tambaqui é um peixe que originalmente vive em rios e faz piracema para se reproduzir,
entretanto não se reproduz em viveiros. Sua reprodução, para obtenção de alevinos, é feita em
laboratório, através da indução da desova com hormônios.
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servir para muitos viveiros. São dois viveiros que medem 50x100m cada, o que é igual a 1 ha,
ou seja, 10.000 m2 de espelho d água.
Barragem
berçário
200 m
Viveiros
50 m Para a construção destes viveiros podemos calcular o valor desta obra da seguinte
maneira: R$ 100,00 a hora de um trator de esteira (modelo D 65) mais 10% para compactação.
Esses viveiros irão consumir 85 horas para serem construídos. Somadas as horas para
construção dos viveiros (serviço de escavação) de R$ 8.500,00 mais R$ 850,00 para a
compactação, o investimento para abertura dos viveiros totalizará R$ 9.350,00. Em seguida,
será feito o canal de abastecimento, que terá uma distância média de 50 metros com tubulação
de 100 mm. Para tal atividade o piscicultor necessitará de mão de obra, 10 barras de canos,
conexões e tela para filtro, totalizando R$ 200,00 a obra. Além disso, deve-se construir um
monge para escoamento da água no valor de R$ 1.000,00. Assim, chegamos a R$ 10.550,00,
o custo de investimento em infra-estrutura.
Nova adubação será feita conforme a necessidade determinar, podendose reservar R$ 500,00
para adubação durante o ano. A adubação química também poderá ser usada.
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O custo do berçário não será orçado aqui, pois sua utilização é variável em função do projeto.
Vale ressaltar que o custo de aquisição de 6.000 alevinos com peso de 3 gramas é de R$
300,00 e para atingirem o peso de 180 gramas terão como alimento: 85kg de ração nos 30 dias
iniciais, 190kg dos 30 aos 60 dias e 500kg dos 60 aos 90 dias, alcançando o peso desejado ao
consumirem ração igual a 775Kg.
Portanto, até os alevinos atingirem 180 gramas, os custos envolvidos serão os seguintes:
Na fase de berçário é necessário adquirir uma rede de despesca para alevinos, com o custo de
R$ 450,00.
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Considerando que os alevinos entraram para crescimento e engorda com 180 gramas e irão
sair com 2.300 gramas, em um ano, o peixe teve uma evolução na fase de crescimento de
2.120 gramas cada.
Essa diferença é o aumento de peso em nove meses.
Visto isso e sabendo-se que a conversão alimentar do tambaqui em nossa região é de 1,6 Kg
de ração para cada quilo de peixe vivo, teremos um consumo de 16.960 Kg de ração nesta
fase. Esse resultado é obtido através da seguinte operação: 2,12 kg por peixe x 1,6 kg de ração
x 5000 peixes. Os 16.960 Kg de ração irão custar R$ 11.872,00, ou seja, R$ 0,70 o quilo de
ração.
Para a despesca dos peixes será necessária uma rede que custa R$ 800,00, além da
contratação de mão-de-obra, ao custo de R$ 100,00.
Estes valores são calculados sobre o valor do Investimento Fixo, ou seja, R$ 11.800,00.
Tendo uma estimativa de produção de 11.500 Kg e preço de venda a R$ 2,80 por quilo, a
Receita Bruta será de R$ 32.200,00. Já no caso de venda direta ao consumidor, pode-se
alcançar até R$ 3,50 por quilo, o que eleva a receita bruta para R$ 40.250,00. 26
Os peixes durante sua captura sofrem morte lenta e considerável dano mecânico da pele,
dentro das redes.
1 Conservação por refrigeração: 1.1 Refrigeração com emprego de gelo; 1.2 Refrigeração pelo
emprego de líquido refrigerante; 1.3 Refrigeração por emprego de ar circulante; 1.4
Conservação por congelamento; 1.5 Congelamento pelo emprego de ar circulante; 1.6
Congelamento pelo emprego de líquidos frios; 1.8 Congelamento por contacto com superfícies
frias; e 1.9 Congelamento por imersão em líquido refrigerante em ebulição.
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Para se avaliar o método mais adequado à conservação, é necessário que seja feita uma
análise técnica da situação em questão, definindo-se o processo mais apropriado.
Apesar destas dificuldades, é possível criar tambaqui em açudes, porém, deve-se construir um
viveiro berçário para o peixamento do açude com alevinos avançados, pesando entre 150 e
180 gramas, pois, com este peso, estarão livres do ataque de predadores. O povoamento
deverá ser feito estimando-se 0,25 kg/m de peso final e a alimentação poderá incluir o uso de
alimentação alternativa, como mandioca, feijão, abóbora, milho e soja.
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Criação comercial de peixes em viveiros ou açudes A despesca deverá ser feita através de
retirada seletiva dos peixes maiores.
A produção neste sistema varia de 2.500 a 5000 kg/ha, enquanto que no sistema de viveiros
pode atingir 15.000 kg/ha/ano.
Quanto ao povoamento de açudes, ainda podemos sugerir o seguinte: feito o berçário faz-se a
compra de um terço do total de alevinos programado para o açude, coloca-os no berçário por
90 dias com ração balanceada e transfere-os para o açude, fazendo assim, mais duas vezes
com o restante. Esta forma de povoamento chama-se escalonado e para este sistema de
povoamento se fará a despesca seletiva após nove meses, retirando só os maiores.
4.4 Alimentação Para a criação em viveiros a alimentação fornecida será na forma de ração
balanceada que poderá ser extrusada ou peletizada e deverá ser fornecida conforme
cronograma pré-estabelecido.
10% a 3% da biomassa por dia até o primeiro mês; 3% a 2% da biomassa por dia durante o
segundo mês; 2,5% a 2% da biomassa por dia durante o terceiro mês (estes três
2% a 1,5% da biomassa por dia durante o quarto mês; 1,5% a 1% da biomassa por dia durante
o quinto mês; 1% da biomassa por dia do sexto mês até o décimo segundo.
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Criação comercial de peixes em viveiros ou açudes A ração deverá ser fornecida na forma
extrusada ou peletizada e deverá ser fornecida 5 vezes ao dia, no primeiro mês, passando para
3 vezes no segundo e terceiro mês e para 2 vezes a partir do quarto mês.
As composições variam um pouco de fórmula para fórmula em função da variação dos teores
de proteínas necessárias em cada fase de desenvolvimento. As fórmulas mais protéicas são
utilizadas no início e os ingredientes que mais fornecem proteína bruta são a farinha de carne e
farelo de soja. Portanto, as fórmulas com maior concentração desses nutrientes serão usadas
inicialmente.
Existem várias combinações de produtos para se formular rações. Estes são exemplos que
podem ser alterados conforme a disponibilidade de matéria-prima e conforme a fase de
desenvolvimento do peixe.
As formulações com altas quantidades de farinha de carne não devem ser estocadas por muito
tempo e devem ser utilizadas inicialmente.
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Peso Qde. De ração em relação Qde. de ração a ser Qde. de ração a ser fornecida por semana
(Kg) 0,5 5 15 30 45 55 65 85 100 130 170 195 220 260 310 360 410 460 530 600 670 710 760
810 850 900 15 10 8 7 7 7 7 7 4 3 3 3 2,5 2,5 2,5 2,5 2,0 2,0 2,0 2,0 -0,375 2,5 6,0 10,5 15,75
19,25 22,75 29,75 20,00 19,50 25,50 29,25 27,50 32,50 38,75 45,00 41,00 46,00 53,00 60,00
60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 2,625 17,50 42,00 73,50 110,25 134,75 159,25 208,75
140,00 136,50 178,50 204,75 192,50 227,50 271,25 315,00 287,00 322,00 371,00 420,00
420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 13ª 14ª 15ª
16ª 17ª 18ª 19ª 20ª 21ª 22ª 23ª 24ª 25ª 26ª Continua Continuação Tabela Anterior 950 -60,00
420,00 27ª Semana
inicial (g) ao peso dos peixes em (%) fornecida por dia (Kg)
Nota: A partir da 20ª semana os peixes terão atingido 600 gramas e a quantidade de ração
necessária será de
60Kg por hectare ao dia. Tal quantidade de ração ao dia é o limite da capacidade da água em
metabolizar o material orgânico gerado a partir da ração fornecida, portanto, a partir dessa
semana deverá ser fornecido 60Kg de ração ao dia até o final do ciclo. Estas informações estão
baseadas em dados obtidos na região de Roraima, na Embrapa de Manaus e junto ao Centro
de Pesquisas de Peixes Tropicais do Ibama em Pirasununga.
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1000 1050 1100 1150 1200 1250 1300 1350 1400 1450 1500 1550 1600 1650 1700 1800 1850
1900 1950 2000 2050 -60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00
60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 60,00 420,00 420,00 420,00 420,00
420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 420,00
420,00 420,00 420,00 420,00 420,00 28ª 29ª 30ª 31ª 32ª 33ª 34ª 35ª 36ª 37ª 38ª 39ª 40ª 41ª
42ª 43ª 44ª 45ª 46ª 47ª 48ª
Consumo total de ração durante todo o ciclo: 15.574,625Kg Produção total estimada: 10.250Kg
Conversão alimentar: 1,519Kg de ração para cada quilo de peixe vivo.
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5.1 Bacterioses
As bactérias podem provocar várias doenças, que muitas vezes causam grandes prejuízos
econômicos na piscicultura. As taxas de mortalidade são muitas elevadas, especialmente em
situações de estresse dos hospedeiros. Muitas dessas bactérias são de tratamento difícil e
pouco eficaz.
5.2 Parasitoses
Na maior parte dos casos, mais importante do que a ação terapêutica será a profilática,
devendo o piscicultor ter a consciência de que atingir as cargas máximas de peixes em um
determinado meio, nem sempre é a forma de conseguir uma exploração mais rentável. Um
especial cuidado deverá ser tomado com a origem dos animais comprados de outros projetos
de piscicultura. 33
Os fungos também são importantes agentes patogênicos para os peixes. São várias doenças
em que se manifestam, podendo causar infecções tegumentares ou branquiais, que são as
mais freqüentes e importantes, ou então de caráter sistêmico.
A transmissão dos fungos ocorre através dos esporos presentes na água. Essa transmissão é
muitas vezes facilitada pela má qualidade da água, temperatura, práticas inadequadas de
manejo, etc. O tratamento das micoses pode ser
relativamente fácil para algumas espécies, enquanto para outras é muito difícil, podendo até
não existir.
Desse modo, as medidas profiláticas são da maior importância, podendo ser resumidas a
seguir: manter a boa qualidade da água; evitar a introdução de exemplares infectados; manter
baixas densidades populacionais; e eliminar os peixes mortos, o mais rapidamente possível.
Para concluir, pode-se afirmar que o estado sanitário dos projetos de piscicultura deverá ser o
resultado da interação entre os peixes, os organismos patogênicos e o ambiente. Um bom
manejo do viveiro será aquele que, favorecendo o adequado e rentável desenvolvimento dos
peixes, não permita ou pelo menos minimize a proliferação dos organismos patogênicos, já que
não existe dúvida a respeito da forte relação existente entre as corretas técnicas de manejo e a
ausência de enfermidades.
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Apresentaremos a seguir algumas tabelas com lançamentos financeiros, que irão balizar o
empreendedor sobre os recursos necessários à implantação de um projeto de piscicultura. São
também inclusas nas tabelas, espaços para que o próprio empreendedor adeqüe, caso
necessário, os valores à realidade do seu empreendimento.
Nesse item, são lançadas as despesas referentes sobretudo, aos investimentos em infra-
estrutura da atividade piscícola.
Neste item, foram alocados o pessoal envolvido na atividade, os custos necessários para
manutenção, depreciação, conservação do empreendimento, dentre outros. Os Custos Fixos
serão os mesmos, independente das vendas em altas ou baixas temporadas.
200,00 6.127,00
6.4.1 Exemplo 1
Produção Total/Kg 11.500 Preço de Venda 2,80 R$1,00 Receita Operacional 32.200,00
6.4.2 Exemplo 2
Produção Total/Kg 11.500 Preço de Venda 3,50 R$1,00 Receita Operacional 40.250,00
36
O Ponto de Equilíbrio corresponde ao nível de faturamento que a empresa deverá obter para
cobrir seus custos.
Acima do ponto de equilíbrio, a empresa terá LUCRO e abaixo dele, incorrerá em PREJUÍZO.
Ponto de Equilíbrio:
37
Exemplo
PE =
PE = R$ 9.426,00
O Capital de Giro corresponde aos gastos regulares, que o produtor terá que arcar para cobrir
todo o ciclo de produção comercialização do pescado, mais uma reserva financeira para os
gastos imprevistos.
R$1,00 Item 1 2 2.1 2.2 3 4 5 Especificação Investimento Fixo Capital de Giro Custo Fixo Custo
Variável Subtotal (1 + 2) Reserva Técnica (10% sobre o item 3) TOTAL (3 + 4) Valor 11.800,00
20.221,00 6.127,00 14.094,00 32.021,00 3.202,00 35.223,00 Seus números
38
TR =
13.519,00 35.223,00
TR = 38,38%
6.9 Prazo de Retorno do Investimento
O Prazo de Retorno do Investimento é calculado, para que se possa saber em quanto tempo
será recuperado o Capital Inicial Investido.
Pr Ret =
35.223,00 13.519,00
7 LEGISLAÇÃO
A legalização da atividade de piscicultura é fator tão importante quanto qualquer outro fator
produtivo, pois viabilizará a finalização do processo, que é a comercialização.