Você está na página 1de 7

Resumos história 2º teste- O Modelo Romano

 Roma – origens
 No princípio
 Terá surgido em meados do século VIII a.C. (segundo a lenda, no
ano 753 a.C.)
 Situada no monte Palatino, na planície do Lácio, junto ao rio
Tibre
 Os Etruscos terão invadido esta cidade e engrandeceram-na,
governando-a através de um regime monárquico
 Os habitantes de Roma resultaram, assim, de uma fusão de
vários povos (etruscos, gregos e romanos)
 509 A.C.
 Os aristocratas romanos expulsam o último rei etrusco e instituem
uma república.
 Inicia-se a expansão de Roma primeiro por necessidades de
defesa e, depois, por sede de glória e riquezas.
 Estendeu-se pelas duas margens do mediterrâneo que unido pela
primeira vez na história, se tornou num lago interior que
favorecia as trocas comerciais e a qual os romanos intitulavam
de mare nostrum
 Para além disto, ocuparam também toda a Península Itálica, o
Norte de África, a Península Ibérica, a Britânia, o Egito, a
Península Balcânica, a Ásia Menor e a Europa central (Germânia)

 Um mundo de cidades – caráter urbano da civilização romana


 O Império romano era um mundo de cidades com instituições
governativas próprias, capazes de resolver localmente muitos dos
seus problemas.
 Roma, por outro lado, era a urbe por excelência impondo-se
como modelo a seguir, o centro de poder e o coração do
Império.
 O modo de viver romano estava assim intimamente ligado às
cidades e foi por isso que, após a conquista, foi preciso a
reorganização ou a criação de centros urbanos: na Grécia, os
romanos mantiveram as cidades com pequenas alterações, na
Gália ou na Península Ibérica, onde as cidades eram quase
inexistentes, os romanos apressaram-se a criar novos centros
urbanos.
 Das magistraturas republicanas ao poder do imperador
 Durante os primeiros séculos de conquistas
 Roma continuou a governar pelas antigas instituições – Senado,
Comícios e magistraturas – que, concebidas para um pequeno
território, não se adequavam às necessidades do vasto império
que se ia formando.
 Século I A.C.
 Foi assim que os Romanos mergulharam numa profunda crise
política marcada por sangrentas guerras civis
 Esta instabilidade política fez crescer o desejo de um chefe que
restaurasse a ordem e a estabilidade. Este chefe surgiu na figura
de Octávio que conseguiu, em poucos anos, eliminar os seus
rivais, fazer regressar a paz e ganhar a admiração do povo e do
Senado.
 27 A.C.
 Honrado, em 27 a.C., com o título de prínceps civitatis, Octávio
acumulou nas suas mãos as várias magistraturas, esvaziando-
as de poder.
 Assim, o imperador podia modificar a composição do Senado,
excluindo dele os elementos que lhe desagradassem e controlava
as magistraturas.
 Paralelamente, foram-se criando novos cargos e instituições
diretamente ligadas ao imperador como a Guarda Pretoriana e o
Conselho Imperial, nomeia também os Generais do exército, os
altos funcionários e os governadores das províncias imperiais.
 Unidade do mundo imperial
 O culto ao imperador
 Para além de ter sido proclamado prínceps civitatis, Octávio
aceitou também, das mãos do Senado, o título de Augusto,
tornando-se “filho de um deus”. Este era um título divino, até
aí reservado a certos deuses, para designar que eram
“engrandecedores”, criadores de algo novo e melhor.
 Este título, que foi passado para os seus sucessores, foi um
prenúncio da divinização do imperador.
 Contudo, Octávio não autorizou o culto à sua pessoa, mas sim,
a divinização das virtudes imperiais, isto é, dos benefícios que
o seu governo trouxera ao mundo romano: Vitória – Paz –
Liberdade – Justiça.
 Só em 14 d.C., quando Octávio morreu, é que o Senado lhe
atribuiu oficialmente o estatuto divino.
 O culto a Roma
 O culto a Roma apareceu, desde logo, associado ao culto
imperial
 Culto onde Roma aparecia personificada (deusa Roma),
representação da cidade e do povo romanos como uma força
superior de grande organização e prosperidade económica e
cultural, simbolizando a paz, liberdade e justiça.
 O culto a Roma e ao imperador tornou-se, assim, um importante
elemento de união politica, símbolo de respeito à autoridade
comum e apreço pelos benefícios da dominação romana,
constituindo uma verdadeira devoção cívica capaz de unir os
diversos povos do império.
 A codificação do direito
 O direito é um conjunto de normas jurídicas que rege a vida
quotidiana de um povo
 Os romanos criaram o direito de modo a que a administração do
seu vasto império e convivência pacífica das suas gentes fosse
possível. Ora, isto só foi possível através de um conjunto de leis
abrangente e organizado que definisse as normas a seguir nos
problemas da vida quotidiana.
 Inicialmente, todo o procedimento jurídico se baseava no costume,
sendo transmitido oralmente de geração em geração – Direito
Consuetudinário – que dava origem a normas vagas e imprecisas.
 Só no século V a.C., depois de uma revolta dos plebeus, é que se deu
forma escrita às leis correntes, dando origem ao primeiro código
do Direito – A Lei das XII Tábuas.
 Contudo, as leis contidas nas XII Tábuas rapidamente se mostraram
insuficientes e, como novas situações originavam novas leis, os
magistrados encarregados da justiça (os pretores), os
jurisconsultos, o Senado e até mesmo o próprio Imperador
encarregaram se de criar novas leis
 Os romanos redigiram, assim, um vasto conjunto de leis orientados
pelos princípios claros da justiça: “viver honradamente, atribuir a
cada um o que é seu, não prejudicar ninguém”, originando a obra
o Código de Justiniano.
 Esta imensa obra legislativa atuou como um importante fator de
pacificação e união dos povos do Império visto que estes não se
sentiam sujeitos a um poder discriminatório mas protegidos por leis
claras e justas
 O direito romano tem sido considerado como um dos principais
legados dos romanos à civilização ocidental
 A progressiva extensão da cidadania
 A plena cidadania romana implicava um conjunto de direitos civis
e políticos como:
 Direito de contrair matrimónio
 Direito de possuir propriedades
 Direito de proceder a atos jurídicos
 Direito de votar e ser eleito para as magistraturas
 Implicava também deveres como:
 Servir no exército como legionário
 Pagar impostos
 De início
 A cidadania plena romana estava reservada unicamente aos
homens livres naturais de Roma. Aos habitantes das restantes
cidades do Império, foi-lhes concedido o Direito Latino que,
embora semelhante ao Direito Romano, distinguia-se pelo facto
de que os cidadãos de Direito Latino estavam impedidos de
serem eleitos para as altas magistraturas.
 49 A.C.
 A cidadania plena romana estende-se a toda a Península Itálica
 Até 212 A.C.
 Excecionalmente, a cidadania romana era atribuída àqueles que
se destacavam pelo seu mérito ou pelos bons serviços prestados
a Roma
 212 A.C.
 O Imperador Caracala concede a plena cidadania romana a todos
os habitantes livres do Império, no Édito de Caracala
 Desta forma, o Estado Romano conseguiu estabelecer a igualdade
entre os povos conquistados e o povo conquistador visto que todos
possuíam agora os mesmos direitos e deveres. Este facto contribuiu
como nenhum outro para a unidade do mundo imperial.
 Conclusão: Assim, Roma representava um mundo
politicamente coeso, onde a vida urbana se mostrava o centro
do poder local e difusor da cultura romana; a divinização do
Imperador representava a autoridade do Estado, como garante
da paz e da prosperidade; e a Lei, igual para todos, deixava a
ideia geral em todo o povo romano, de equidade e justiça

 A cultura romana: pragmatismo e influência helênica


 A cultura romana pode ser caracterizada de pragmática, ou seja,
tinha um sentido prático naquilo que criava, privilegiava a utilidade
e a eficiência. Exemplos deste pragmatismo são o pavimento de
estradas, a construção de aquedutos e esgotos e especialmente a
sua obra jurídica.
 A cultura romana era também o resultado de influências várias,
que os Romanos souberam absorver e transformar de acordo com a
sua maneira de ser. De todas as influências recebidas, a mais
marcante foi, sem dúvida, a influência grega.
 Os Romanos eram grandes admiradores de cultura grega,
reconhecendo a sua originalidade e o seu brilhantismo. Foi por essa
razão que lhes imitaram a arte, a literatura, a filosofia e até a
religião.

 A padronização do urbanismo
 O modo de viver romano estava intimamente ligado às cidades: Á
medida que o Império crescia, foram-se criando novas cidades e
renovando-se as antigas
 A fundação de uma nova cidade implicava um cuidadoso
planeamento, seguindo a prático dos acampamentos militares e dos
ensinamentos do arquiteto grego Hipódamo, a cidade articulava-se
a partir de duas ruas principais, o cardo, com direção norte-sul, e
o decumanos, no sentido este-oeste. Era em torno deste cruzamento
que se articulavam as ruas e onde se situava o fórum – o
verdadeiro coração da cidade.
 Fórum
 Edifícios administrativos
 Cúria- onde se reunia o Senado
 Basílica- sala de reuniões e tribunal público
 Religiosos
 Templos- Capitólio que simbolizava a presença e o poder dos
Romanos
 Em Roma, os imperadores não só acrescentaram novas e
grandiosas construções ao primitivo fórum da cidade (fórum
romano), como também construíram no espaço circundante novas
praças – os fóruns imperiais.
 Junto ao fórum
 Bibliotecas
 Mercados públicos destinados ao abastecimento das cidades
 Termas (revelam o sentido utilitário do urbanismo)
 Anfiteatros como o Coliseu onde havia lutas com animais
selvagens ou entre gladiadores
 Circos onde havia corridas de cavalos e carros
 Teatros
 Casas de habitação
 Domus- dos cidadãos mais ricos
 Insula- prédios feitos de madeira e tijolo para os cidadãos mais
pobres
 Monumentalidade
 Embora estas construções tenham correspondido às necessidades
geradas pelo aumento da população urbana, elas refletem a
vontade de dotar Roma de um conjunto monumental que
espelhasse a glória da cidade e dos seus imperadores. Este
gosto pela monumentalidade está patente tanto em edifícios
utilitários (aquedutos, circos, anfiteatros) como em edifícios
meramente decorativos ou comemorativos (arcos do triunfo,
estátuas, colunas)
 As cidades romanas partilharam um padrão urbanístico comum.
Toda mostram o desejo de monumentalidade, seguindo sempre o
mesmo modelo: Roma, urbe por excelência, berço do Império.

 A arquitetura
 Influência helénica
 Os romanos deixaram-se influenciar pelos modelos gregos ao
adotarem as três ordens arquitetónicas, mas com nítida
preferência pela ordem coríntia. Usaram- nas, no entanto, com
maior liberdade do que os Gregos, sobrepondo-as no mesmo
edifício ou aglutinando os seus elementos de forma a criar a
ordem compósita.
 É nos templos que mais se evidencia esta influência helénica,
quer no alçado, que na simplicidade da planta.
 Monumentalidade
 Contudo, os Romanos realçaram a imponência do edifício
erguendo-o sobre uma plataforma elevada, o podium.
 Passaram a utilizar o arco de volta perfeita e as abóbadas de
berço que conferiam grande monumentalidade e beleza aos
edifícios romanos
 Construção de enormes cúpulas que permitiu a criação de
espaços interiores impressionantes
 Pragmatismo
 Muito mais livres e criativos que os seus colegas helénicos, os
arquitetos latinos souberam adotar materiais mais versáteis e
baratos, como o tijolo e o betão, de acordo com a natureza
utilitária do edifício.
 Os materiais mais pobres eram, no entanto, “escondidos” por
belos revestimentos de mármore e outras pedras, que
enriqueciam os edifícios.
 Caráter essencialmente urbano e utilitário
 Os romanos construem para a cidade e para os cidadãos: as
termas, os aquedutos e os mercados são exemplos destes edifícios
pragmáticos.
 Intenção propagandística,
 A imponência das construções espelha a grandeza de Roma,
impressiona quem a vê, enche de admiração os povos submetidos.
 Grandes construções comemorativas (monumentalidade e função
propagandística) como o arco do triunfo, as colunas e os pórticos
monumentais que, aparentemente desprovidas de qualquer utilidade,
comemoravam os feitos do imperador, enaltecendo as virtudes
imperiais.
 A escultura

Você também pode gostar