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“Quem domina a palavra, detém o poder”

A habilidade de falar em público de forma clara e objetiva é cada vez mais


poderosa na nossa sociedade. Ao dominarmos a palavra, conseguimos
informar, entreter mas sobretudo convencer e influenciar. É exatamente
sobre isto que venho falar aqui hoje. Mas primeiro irei referir como esta
arte da oratória surgiu, bem como a sua relevância ao longo da história.
Depois, explicarei o quão importante a mesma é na política, na sociedade e
no dia-a-dia.
De facto, a eloquência sempre esteve presente nas nossas civilizações mas
foi Aristóteles que impulsionou o estudo e o desenvolvimento desta arte.
Efetivamente foi na Grécia que a oratória passou a ganhar bastante
importância. Era o dom da palavra que permitia brilhar numa democracia
tão amplamente participada como a dos gregos, seja para apresentar
propostas e discuti-las com os outros cidadãos ou para acusar e defender
nos tribunais. Isto para dizer que a importância da eloquência não é algo
novo, mas sim algo que, ao longo da história, sempre permitiu conferir
poder àqueles que dominavam a palavra. Outra prova disto é o facto da
humanidade se ter frequentemente deparado com as desastrosas
consequências que um bom discurso político pode ter. Vários ditadores
como Hitler, Mussolini ou Stalin apenas subiram ao poder graças às suas
excelentes capacidades de oratória e de convencer a população que,
vulnerável e indefesa, viu-se obrigada a acreditar nas promessas de paz e
prosperidade por parte dos ditadores.
De facto, a palavra na política é bastante poderosa, com ela pode-se
afirmar, esconder, iludir e sobretudo convencer. É através de um discurso
confiante e bem estruturado que os políticos, por exemplo, convencem o
povo que eles próprios são os melhores candidatos a um determinado
cargo. A importância da oratória pode também ser comprovada na vida
quotidiana: se quisermos defender uma posição sobre um determinado tema
com os nossos colegas, apenas o conseguimos fazer se formos consistentes
no nosso discurso e apresentarmos argumentos válidos.
Contudo, muitas vezes assistimos ao uso da oratória para fins imorais e
gananciosos. É frequentemente na política que denotamos esta má
utilização da eloquência. Todos nós já certamente reparámos nos diversos
políticos que, ao condicionarem o uso da palavra, conseguem manipular os
cidadãos para obterem os seus votos, levando-os a acreditar em medidas
que acabam por não ser cumpridas. Dominar o sentido das palavras é,
assim, uma questão de poder visto que quem a utiliza pode usá-la em seu
benefício.
De um modo geral, a eloquência sempre será importante num mundo em
que aqueles que lideram são os que se conseguem fazer ouvir e que sabem
cativar os outros ao defenderem os seus pontos de vista.

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