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Todos os dias são lançados milhões de opções e produzidos cada vez mais
artigos e produtos, uma imensa variedade de produtos, disponíveis em lojas físicas ou
web store, que visam satisfazer as necessidades e desejos de seus consumidores.
Antes, pensar em marketing era somente produzir propagandas mostrando os
preços dos produtos, marketing e venda eram praticamente um só conceito, onde o que
importava para as empresas era somente a quantidade de peças ou quantidade de
serviços vendidos. O preço era o cargo chefe retentor dos lucros de toda organização,
pois para estas empresas o lucro era igual aos custos menos o preço dos produtos.
Produtos com preços mais baixos era o que atraia os clientes e consumidores, os
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hábito da leitura, o respeito à faixa de pedestres, o hábito de não fumar ou beber, entre
outros.
Surgindo, ainda, como um pacote de conceitos contrastantes à proposta do
marketing comercial, que estabelece que as pessoas troquem, principalmente, tempo e
dinheiro por produtos ou serviços, o marketing social firma-se como uma abordagem
cuja essência volta-se à troca de esforços, por parte das pessoas, por melhorias em suas
vidas. Diante disso, busca-se a aceitação de uma ideia, e não de um produto ou serviço,
como pregado pelo primeiro tipo.
O Marketing Social começa de fora para dentro, ou seja, a partir das exigências e
necessidades dos clientes, do mercado e da sociedade. As organizações têm o papel de
produzir em seus colaboradores a conscientização para uma produção sustentável.
3 MARKETING SOCIAL
O marketing social pode ser dividido em vários tipos, onde cada um é pensado e
executado de uma forma diferente com estratégias diferentes. Segundo Melo Neto e
Froes (2001), existem várias formas de se utilizar marketing social, a saber:
4 RESPONSABILIDADE SOCIAL
enxergava os seus retornos. Era comum existir uma forte resistência das empresas
quanto aos trabalhos das questões de responsabilidade social, isto não fazia parte do
planejamento das organizações.
Os problemas sociais causados pelo crescimento das indústrias e do comércio
em geral foi causando um mal estar social, os consumidores passaram a exigir das
empresas uma nova postura, um novo olhar sobre os impactos da sua produção sejam
estes ao meio ambiente ou ao relacionamento entre as pessoas, assim em muitos lugares
tornou-se popular a abordagem da responsabilidade social. O papel de garantir os
direitos e deveres dos cidadãos e o bem estar da sociedade deixou de ser somente dos
órgãos públicos e passou a ser também de responsabilidade das organizações privadas.
Para Ashley (2002, p.98), a responsabilidade social pode ser definida como o
compromisso que uma organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de
atos e atitudes que a afetem positivamente, [...] agindo proativamente e coerentemente
no que tange a seu papel específico na sociedade e a sua prestação de contas para com
ela. A organização [...] assume obrigações de caráter moral, além das estabelecidas em
lei, mesmo que não diretamente vinculadas a suas atividades, mas que possam
contribuir para o desenvolvimento sustentável dos povos.
As empresas começaram a assumir compromissos com a sociedade, logo a
responsabilidade social foi ganhando espaço e as empresas começaram a enxergá-la
como um novo meio de captação de lucros, pois trabalhando com responsabilidade
social, a marca da empresa passa a ficar mais valorizada e fortalecida e não o produto
em si. É comum o apadrinhamento de praças públicas por empresas privadas, onde a
limpeza e conservação destes espaços ficam sob a responsabilidade destas organizações,
em Sobral este movimento é muito forte.
Agregar valor aos clientes é tema de reuniões, discussões e debates nos
corredores e salas de reuniões de muitas empresas. As organizações devem procurar
sempre desenvolver técnicas e metodologias de trabalho que sejam efetivamente
favoráveis em benefício de seus funcionários e de seus clientes. Tanto as grandes
organizações como as pequenas tem um papel fundamental nesta construção.
É preciso saber escolher bem que materiais serão utilizados em seus processos
produtivos. A questão social hoje é tão valorizada que as parcerias ou fusões ocorrem
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principalmente entre às empresas que são mantenedoras das atividades de cunho social.
Empresas clientes procuram empresas fornecedoras que trabalham e defendem às suas
mesmas causas sociais ou que pelo menos tenham uma estratégia de planejamento
voltada para atender às questões sociais.
Agradar não somente ao bolso, mas buscar uma consciência dos consumidores
de que adquirir um produto ou serviço de empresas que tem um papel social
responsável passou a ser obrigatoriedade, o marketing de responsabilidade social
apresenta-se como uma grande estratégia de planejamento facilitando a relação entre
empresa e todos os seus stakeholders.
seu segmento econômico” (Tachizawa, 2004) por este conceito entende-se que a
Responsabilidade Social deve ser vista como uma nova forma de gestão da corporação e
para tanto deve permear todos os setores, áreas e departamentos, estar incorporada na
cultura de todos os funcionários (permanentes e terceiros) e servir como um dos
critérios para realização de contratos com clientes e fornecedores.
Alonso, López e Castrucci (2006) definem responsabilidade social como sendo
uma tomada de consciência da empresa que a leva a assumir livremente atividades e
encargos em prol da sociedade em que está inserida. Manzano (2004) afirma que
responsabilidade social não é um programa finito no tempo e no espaço, mas sim um
processo contínuo que vai se aperfeiçoando com o tempo. Para que haja
responsabilidade social é fundamental a coerência entre ação e discurso. A filantropia
diminui os efeitos dos problemas; a responsabilidade social ataca suas causas. O Social
Marketing Institute (SMI, 2001), define marketing social como “o planejamento e a
implementação de programas desenvolvidos para gerar a mudança social, usando
conceitos de marketing comercial”.
Contudo este comportamento é questionável por alguns empresários, pois se por
um lado a atuação das empresas na promoção de ações sociais pode trazer benefício
pela conversão da boa imagem destas empresas em popularização e atração de novos
clientes, por outro o retorno destas ações muitas vezes não compensa o valor que foi
investido.
A responsabilidade social em alguns casos é uma obrigatoriedade dada por lei,
onde empresas e organizações devem cumprir legalmente o papel social principalmente
no que tange às questões ambientais.
Muitas são as formas de uma empresa ser considerada como uma empresa
socialmente responsável ou sustentável. Existem organizações voltadas para somente
mensurar e segregá-las categoricamente como é o caso da empresa ETHOS no qual
através de questionários que apontam as condições ideais de trabalho e serviço
aplicados dentro da organização, analisam se esta pode ou não ser considerada como
uma empresa socialmente responsável.
As empresas buscam certificados de aprovação como o ISO26000, ISSO9001,
INMETRO, ABRINQ, e outros, pois estes coligados à marca são sinônimos e garantia
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de qualidade.
A empresa que tem uma gestão socialmente responsável com o meio ambiente
por exemplo tem mais chances de atingir a eficiência e a eficácia na atividade
empresarial, mantendo a diversidade e a estabilidade no mercado. Zenone (2006, p. 170)
afirma que os investimentos em atividades ambientais realizadas pelas empresas estão
obtendo cada vez mais atenção por parte dos meios de comunicação, bem como pela
sociedade em geral. Em contrapartida, as empresas intensificam suas atividades
voltadas para as comunidades, firmando sua imagem de “ambientalmente responsável”,
pois já se deram conta do valor estratégico de uma gestão baseada em princípios
ecologicamente corretos, percebendo os resultados positivos obtidos, como a ampliação
de sua aceitabilidade e legitimidade organizacional.
O modelo de empresa socialmente responsável é uma construção, um processo
que vai evoluindo junto com a missão das organizações.
Como base para este estudo, a organização escolhida faz parte de um nicho
empresarial em grande ascensão. A empresa Grendene S/A é uma das maiores
indústrias localizadas na região, esta trabalha basicamente com o processamento de
plástico, transformando-o em um produto final, o calçado. Sua fundação remota desde
1971, iniciou as primeiras atividades produzindo telas de plásticos para garrafões de
vinho na cidade gaúcha de Farroupilha-RS, até que com o tempo mudou o seu ramo de
atuação produzindo peças de plástico para máquinas agrícolas e em 1979 passou a
produzir calçados a partir da matéria prima do plástico. Assim começava a dar os
primeiros passos para a sua vocação. A empresa se instalou neste município a convite
do Governo do estado que ofertou incentivos fiscais para garantir a sua vinda. E de lá
pra cá, vem contribuindo para o desenvolvimento desta cidade e da região. Hoje a
empresa conta com um quadro de aproximadamente 22.000 funcionários distribuídos
nas unidades do Sul e Nordeste do Brasil, retendo a maior parte na unidade de
Sobral-Ceará. Como sua principal matéria prima é o plástico, a Grendene vem sempre
inovando, pesquisando e produzindo calçados a partir de matérias primas que não sejam
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6 METODOLOGIA DA PESQUISA
Tabela 01: Programas de ações sociais podem ajudar a construir uma imagem
favorável para a empresa.
Variável Percentual
Sim 100%
Não 0%
Total 100%
Fonte: Pesquisa Direta – Agosto 2016
Variáveis Percentual
Sim 73%
Não 27%
Total 100%
Fonte: Pesquisa Direta – Agosto 2016
Variável Percentual
Item Percentual
Sim 74%
Não 26%
Total 100%
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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ASHLEY, Patrícia Almeida et al. Ética e Responsabilidade Social nos negócios. São
Paulo: Saraiva, 2002.
CAMARGO, Mariângela Franco; UEDA, Mery; SUZUKI, Fabiana Mayumi; et. al.
Gestão do terceiro setor no Brasil: Estratégias de captação de recursos para
organizações sem fins lucrativos. São Paulo: Futura, 2002.
COBRA, M. Marketing básico: uma abordagem brasileira, 4. ed. São Paulo: Atlas.
1997
LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing: conceitos, exercícios e casos. 3. ed. São
Paulo: Atlas, 1989.
MELO NETO, Francisco Paulo de; FROES, César. Gestão daresponsabilidade social
corporativa: o caso brasileiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.
MANZANO, N.T. Um procedimento que nunca se esgota. Gazeta Mercantil, São
Paulo, Relatório Responsabilidade Social, 2004.
ZENONE, Luiz Cláudio. Marketing social. São Paulo: Thomson Learning, 2006.
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1. Programas de ações sociais podem ajudar a construir uma imagem favorável para a
empresa.
( )Sim
( ) Não
( )Sim
( ) Não
( )Sim
( ) Não