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UniFG – Noite – Boa vista

Aluno: Paulo Henrique Lopes da Silva

Rotinas de pessoal

(Prof. Mariana)
Seguro desemprego

O Seguro-Desemprego é um benefício integrante da seguridade social, garantido pelo art.7º

dos Direitos Sociais da Constituição Federal, e tem por finalidade prover assistência financeira

temporária ao trabalhador dispensado involuntariamente. O Portal Emprega Brasil está sendo

construído para facilitar o acesso do trabalhador a esse benefício.

Atualmente para encaminhar o Seguro-Desemprego o trabalhador precisa agendar o

comparecimento a um posto de atendimento do Sine, preencher um formulário e entregar a

documentação. O atendimento leva aproximadamente 15 minutos. Apenas depois de

comparecer ao Sine, começa a contar o prazo de 30 dias para recebimento do benefício.

Com a mudança que irá ocorrer a partir de 21 de novembro, assim que receber a

documentação para encaminhar o Seguro-Desemprego, o trabalhador poderá fazer o pedido

imediatamente pela internet, por onde ele já irá preencher o formulário que hoje é respondido

no Sine. O prazo de 30 dias para receber o benefício começará a contar a partir deste

momento.

O trabalhador ainda precisará comparecer a uma agência do Sine pessoalmente (procedimento

necessário para evitar fraudes). Mas o atendimento deve ser mais rápido já que a parte mais

demorada dos atendimentos presenciais é o preenchimento cadastral que já terá sido feito pelo

computador.

 Quem pode utilizar este serviço?

Trabalhadores formais que foram demitidos involuntariamente (sem justa causa) e que:

a) não possuem renda própria que seja suficiente à sua manutenção e de sua família.

b) receberam salários de pessoa jurídica ou de pessoa física a ela equiparada, relativos a:


· Pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de

dispensa, quando da primeira solicitação; ou

· Pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente anteriores à data de

dispensa, quando da segunda solicitação; ou

· Cada um dos 6 meses imediatamente anteriores à data de dispensa, quando das

demais solicitações

c) não recebem qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, com exceção do

auxílio-acidente, do auxílio suplementar e do abono de permanência em serviço.

Direitos trabalhistas

Os direitos trabalhistas são leis que regem a relação entre empregado e empregador. Em

novembro de 2017 foram feitas mudanças em alguns pontos, visando principalmente melhorar

a relação da empresa com seus profissionais.

A história do surgimento da lei da CLT

Foi em 1943 que o então presidente do Brasil Getúlio Vargas instituiu a Consolidação das Leis

Trabalhistas (CLT). Tendo como base o decreto 5.452, de 1 de maio de 1943, a CLT trouxe leis

que regulamentam os direitos trabalhistas, no vínculo empregado e empregador.

Ou seja, todos os profissionais contratados em regime CLT, por carteira assinada, possuem

direitos perante a lei, que precisam ser respeitados pela empresa.


É importante ressaltar que pessoas jurídicas realizam um trabalho independente, sem vínculo

empregatício com a empresa. Sendo assim, não entram no regime CLT.

O que mudou com a reforma trabalhista

A reforma dos direitos trabalhistas alterou alguns pontos, que agora abrem margem para

negociação entre empregado e empregador. Conheça quais são eles:

 Jornada de trabalho;

 Férias;

 Trabalho intermitente;

 Contribuição sindical;

 Grávidas e lactantes em ambiente insalubre;

 Home-office;

 Trabalho autônomo;

 Período de almoço

 Ações na justiça.

Se por um lado esses vários pontos dos direitos trabalhistas foram ajustados, alguns não

sofreram alterações. São eles:

 Salário mínimo;

 Salário família;

 13º Salário;

 Seguro-desemprego;

 Adicional de hora extra;

 Licença-maternidade e paternidade;
 Valores de depósitos e da indenização rescisória do FGTS;

 Benefícios previdenciários;

 Normas relativas à segurança e saúde do empregado;

 Repouso semanal remunerado

 Número de dias de férias devidos.

Prazos processuais no Direito do Trabalho

Os prazos processuais são um importante tema de qualquer área do Direito. Afinal, os

processos não podem se estender indefinidamente no tempo. E através dos prazos, então,

instigam-se a partes para que elas cumpram com seus deveres dentro do processo ou ajam

conforme seus interesses.

Um dos princípios do Direito do Trabalho é a celeridade processual. Embora este também seja

um princípio de todo o Direito – afinal, ninguém entra com um processo desejando que ele dure

anos -, no Direito do Trabalho, preza-se pela sua persecução. Isto porque, de modo geral,

trabalha-se com verbas que podem ser essenciais à manutenção da vida digna. Imagine-se,

por exemplo, um trabalhador que é demitido sem justa causa e precisa receber as verbas

rescisórias para se manter até que encontre outro emprego. Ademais, existe a questão da

hipossuficiência do trabalhador, também considerada na busca pela celeridade.

Os prazos processuais na Justiça do Trabalho, contudo, sofreram algumas modificações com o

advento do Novo CPC e da Reforma Trabalhista. Portanto, vale a pena conferir quais as

principais mudanças no tema.

Mudanças dos prazos no Novo CPC

Antes de analisar os prazos processuais na Consolidação das Leis Trabalhistas, é preciso

entender algumas modificações introduzidas com o advento do Novo CPC. Isto porque,

segundo o parágrafo 1º do art. 8º, CLT:

§ 1º O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.


Contagem dos prazos em dias úteis

A principal modificação do Novo CPC, portanto, é a contagem dos prazos em dias úteis. Desse

modo, dispõe o art. 219, Novo CPC:

Art. 219. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, computar-se-ão

somente os dias úteis.

Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se somente aos prazos processuais.

Assim, feriados (nacionais, estaduais ou municipais) e fins de semana devem ser excluídos da

contagem. No entanto, os prazos contados em meses e anos continuarão a ser contados em

dias corridos. E, como se verá, isto trouxe repercussões também à Justiça do Trabalho.

Exclusão do dia de começo do prazo e inclusão do último dia

No que concerne ao cômputo do primeiro e do último dia nos prazos processuais, o CPC/2015

não traz uma grande inovação em relação ao CPC/1973, mas reforça a interpretação já

vigente. O art. 224, Novo CPC, dessa maneira, reproduz a redação do art. 184, CPC/1973, e

dispõe que:

Art.224. Salvo disposição em contrário, os prazos serão contados excluindo o dia do começo e

incluindo o dia do vencimento.

§ 1º Os dias do começo e do vencimento do prazo serão protraídos para o primeiro dia útil

seguinte, se coincidirem com dia em que o expediente forense for encerrado antes ou iniciado

depois da hora normal ou houver indisponibilidade da comunicação eletrônica.


§ 2º Considera-se como data de publicação o primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização

da informação no Diário da Justiça eletrônico.

§ 3º A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação.

Suspensão dos prazos

Por fim, é preciso mencionar que o CPC/2015 prevê a suspensão dos prazos processuais entre

20 de dezembro de 20 de janeiro conforme o art. 220, Novo CPC. Nesse período, portanto, não

serão realizadas audiências nem sessões de julgamento.

Prazos processuais na CLT

Sobre os prazos na Consolidação das Leis Trabalhistas, é importante mencionar o art. 774, da

CLT. Dessa maneira, é a sua redação:

Art. 774 – Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Título contam-se, conforme

o caso, a partir da data em que for feita pessoalmente, ou recebida a notificação, daquela em

que for publicado o edital no jornal oficial ou no que publicar o expediente da Justiça do

Trabalho, ou, ainda, daquela em que for afixado o edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal.

Parágrafo único – Tratando-se de notificação postal, no caso de não ser encontrado o

destinatário ou no de recusa de recebimento, o Correio ficará obrigado, sob pena de

responsabilidade do servidor, a devolvê-la, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Tribunal

de origem.

O art. 774, CLT, portanto, trata da contagem inicial dos prazos processuais no Direito do

Trabalho. Inicia-se o cômputo dos prazos, então:

a partir da notificação (pessoal ou recebida);

a partir da publicação no jornal ou meio oficial de publicação do expediente da Justiça do

Trabalho;
a partir da afixação do edital na sede da Junta, Juízo ou Tribunal.

Mudança nos prazos com a Reforma Trabalhista

A Reforma Trabalhista, promovida pela Lei 13.467/2017, também trouxe algumas modificações

à contagem de prazos no Direito do Trabalho. E algumas delas, então, foram reflexos das

modificações verificadas no Novo CPC. É o caso, por exemplo, do art. 775 da CLT, e do art.

775-A, CLT. Dessa forma, eles preveem atualmente:

Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em dias úteis, com exclusão do

dia do começo e inclusão do dia do vencimento.

§ 1o Os prazos podem ser prorrogados, pelo tempo estritamente necessário, nas seguintes

hipóteses:

quando o juízo entender necessário;

em virtude de força maior, devidamente comprovada.

§ 2o Ao juízo incumbe dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios

de prova, adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à

tutela do direito.

Art. 775-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de

dezembro e 20 de janeiro, inclusive.

§ 1o Ressalvadas as férias individuais e os feriados instituídos por lei, os juízes, os membros

do Ministério Público, da Defensoria Pública e da Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça

exercerão suas atribuições durante o período previsto no caput deste artigo.

§ 2o Durante a suspensão do prazo, não se realizarão audiências nem sessões de julgamento.

Art. 775 da CLT – contagem do prazo em dias úteis no Direito do Trabalho


O caput do art. 775, CLT, é a primeira modificação a ser comentada. Segundo a antiga redação

do dispositivo, os prazos eram contados com a exclusão do dia de começo e a inclusão do dia

de vencimento. No entanto, eram contados em dias contínuos. O novo caput, portanto, adota a

modificação introduzida pelo Novo CPC em seu art. 219. E prevê, dessa forma, que os dias

serão, a partir da Reforma Trabalhista, também em dias úteis.

Seu parágrafo 1º, contudo, mantém a possibilidade, antes inclusa no caput, de prorrogação dos

prazos quando:

o juízo entender necessário;

em virtude de força maior, devidamente comprovada.

Inclui-se, entretanto, a possibilidade de dilatação dos prazos processuais e alteração da ordem

de produção dos meios de prova, conforme a necessidade do conflito. Assim, o parágrafo 2º

busca meios de efetivas a tutela do direito trabalhista.

Art. 775-A da CLT – suspensão dos prazo entre 20 de dezembro e 20 de janeiro no Direito do

Trabalho

Outra modificação dos prazos na Reforma Trabalhista, em reflexo às modificações decorrentes

do Novo CPC é suspensão do curso dos prazos processuais no recesso de final de ano. Assim,

tal qual previsto no art. 220, Novo CPC, conforme o novel art. 775-A, CLT (incluído na Reforma

Trabalhista), os prazos processuais de Direito do Trabalho ficam suspensos entre 20 de

dezembro e 20 de janeiro. A redação do art. 775-A, na verdade, reproduz a redação do artigo

do CPC/2015, inclusive em seus parágrafos.

Como acompanhar os prazos processuais

Enfim, é preciso estar atento às modificações nos prazos processuais. Afinal, a perda de um

prazo pode significar a perda de um importante momento no processo e implicar em situações


como revelia ou a preclusão. Para isso, por exemplo, pode-se utilizar uma planilha de

acompanhamentos processuais ou implementar um software jurídico no escritório de

advocacia. A escolha, por fim, dependerá do volume e das necessidades do escritório e do

profissional.

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