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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA CIDADE.

JOÃO DE TAL, casado, médico, residente e domiciliada na Rua


da X, nº. 0000, CEP 44555-666 Cidade, possuidor do CPF(MF) nº. 111.222.333-44, com
endereço eletrônico ficto@ficticio.com.br, ora intermediado por seu mandatário ao final
firmado – instrumento procuratório acostado –, esse com endereço eletrônico e profissional
inserto na referida procuração, o qual, em obediência à diretriz fixada no art. 106, inc. I c/c
art. 287, ambos do CPC, indica-o para as intimações que se fizerem necessárias, vem, com
o devido respeito à presença de Vossa Excelência, com suporte no art. 5º, inc. X da Carta
Política, bem como art. 187 c/c art. 927, art. 953, todos do Código Civil, a presente

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS


“COM PEDIDO DE PRECEITO COMINATÓRIO ”

contra PORTAL DE NOTÍCIAS DAS QUANTAS, pessoa jurídica de direito privado,


estabelecida na Av. K, nº. 0000, em Cidade – CEP nº. 11222-444, inscrito no CNPJ(MF) sob
o nº. 11.222.333/0001-44, endereço eletrônico desconhecido, assim como MANOEL DE
TAL, casado, jornalista, residente e domiciliado na Rua X, nº. 0000, nesta Cidade, inscrito no
1
CPF(MF) sob o nº. 333.444.555-66, endereço eletrônico desconhecido, em decorrência das
justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.

INTROITO

( a ) Quanto à audiência de conciliação (CPC, art. 319, inc. VII)

O Autor opta pela realização de audiência conciliatória (CPC,


art. 319, inc. VII), razão qual requer a citação da Promovida, por carta ( CPC, art. 247, caput)
para comparecer à audiência designada para essa finalidade (CPC, art. 334, caput c/c § 5º).

(1) – EM LINHAS INICIAIS

É oportuno destacar alígeras linhas acerca da legitimidade


passiva do jornalista, autor da matéria ofensiva em desfavor do Promovente.
]
O Superior Tribunal de Justiça já solidificou o tema nesse
enfoque, tanto que delimitou a súmula abaixo:

Súmula 221 (STJ) - São civilmente responsáveis pelo ressarcimento de dano,


decorrente de publicação pela imprensa, tanto o autor do escrito quanto o
proprietário do veículo de divulgação.

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Nesse passo, inescusável o litisconsórcio passivo definido nesta
peça vestibular. (CPC, art. 113, inc. I)

(2) – SÍNTESE DOS FATOS

O Autor é pessoa idônea, médico cirurgião conceituado, além de


muito bem quisto em sua cidade. Esse, entretanto, em que pese essas qualidades, sofrera
grave ataque à sua imagem, desmotivadamente.

O Promovente, motivado por ciúmes, agrediu sua esposa


Fulana das Tantas, fato esse ocorrido nos idos de 2001. (doc. 01) Em face disso, o
mesmo fora condenado à pena de 2(dois) anos e 7(sete) meses de reclusão, além de multa
de 100(cem) salários mínimos. (doc. 02) A pena restou totalmente cumprida. (doc. 03)

Esse fato ganhou destaque em todo o Estado, sendo divulgado


desde a agressão até a condenação judicial. ( docs. 04/19) Naquela ocasião a Ré também
noticiara em sua página na internet referida notícia, tanto quando do incidente assim como
no desfecho condenatório. (doc. 20/21)

No entanto, passado mais de uma década, o referido site de


notícias, ora Ré, ainda mantém as matérias jornalísticas então veiculadas. Comprova-se por
meio de Ata Notarial certificando a ocorrência desse episódio fático. (doc. 22)

Notificados a interromperem a publicação no site, os Réus


quedaram-se inertes. (docs. 23/24)
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Essa situação tem sido de extremo dissabor ao Promovente,
uma vez que um ocorrido há mais de uma década ainda é veiculado na imprensa. Nada se
alterou do acontecimento até hoje. No entanto, a mesmíssima página, publicada em
17/01/2001, ainda se encontra maculando a imagem do Autor.

Em conta disso, ainda persistem especulações no meio médico


e, mais grave, de seus pacientes. A clientela, por isso, regridiu drasticamente. Ademais,
seus familiares igualmente formulam questionamentos acerca da veracidade dos
acontecimentos.

Com efeito, sérios os constrangimentos sofridos pelo Autor em


face dos aludidos acontecimentos, reclamando a condenação judicial pertinente e nos
limites de sua agressão (CC, art. 944).

HOC IPSUM EST.

(3) – DO DIREITO

(3.1.) – A VIOLAÇÃO AO DIREITO DE IMAGEM E Á HONRA

Vê-se que o Autor cumprira sua pena já nos idos de 0000.


Passado mais de uma década desse acontecimento, é inadmissível que o Promovente ainda
permaneça com o estigma de criminoso. Inexiste motivo algum de interesse público ou
jornalístico, salvo denegrir a imagem do Autor. O acontecimento criminal tende a ser
desaparecido. E isso deve identicamente ocorrer em relação ao direito de informação.
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Desse modo, é inconteste o sagrado direito ao esquecimento
dos condenados que, inclusive, já cumpriram sua pena. E isso se dá, maiormente, quando a
notícia atual não traz nenhuma conexão com ocorrido há muito tempo. Não é possível que a
notícia seja eternizada.

Isso lhe causou situação de humilhação, vexatória,


desrespeitosa, bem assim clara ofensa à sua imagem, honra e moral, gerando-lhe danos
incontestáveis.

É consabido que a Constituição Federal prevê a inviolabilidade


da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem das pessoas, assegurando o direito à
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.

CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
[...]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
violação;

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Como se observa, a controvérsia se cinge à aparente colisão de
duas garantias constitucionais, quais sejam o direito à informação da empresa jornalística
demanda (CF, art. 220), o direito à imagem e a honra e à vida privada do Autor ( CF, art. 5º,
inc. X).

É consabido que o direito à liberdade de informação jornalística,


porém, como todo direito constitucional, não é absoluto, encontrando restrições em outros
direitos fundamentais. E é justamente aí que se encontrame o direito de imagem e da
personalidade.

Bem a propósito é o Enunciado 531 da VI Jornada de Direito


Civil, in litteris:

“A tutela da dignidade da pessoa humana na sociedade de informação inclui o


direito ao esquecimento.
esquecimento. “

Com esse enfoque, vejamos o magistério de Regina Maria


Macedo, verbo ad verbum:

“Desse modo, impossível aceitar que o direito à liberdade de expressão e o de


informação sejam absolutos, pois, como instrumento de realização pessoal e de
formação de opinião democrática, devem respeitar, dentre outros, o direito de
personalidade, o direito à imagem, ao bom nome e reputação, à intimidade
privada, principalmente porque a expressão ou informação falsa não recebe
proteção do sistema jurídico brasileiro, na medida em que, incorreta, possibilita
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influenciar a opinião pública e prejudicar o processo democrático. “ (FERRARI,
Regina Maria Macedo Nery. Direito constitucional. São Paulo: RT, 2011, p. 588)

De toda conveniência transcrever trecho do brilhante voto do


Ministro do STF Gilmar Mendes, quando, do julgamento do RE 511.961/SP, assim se
pronunciou:

Afirmou-se que as violações à honra, à intimidade, à imagem ou a outros direitos


da personalidade não constituiriam riscos inerentes ao exercício do jornalismo,
mas sim o resultado do exercício abusivo e antiético dessa profissão. Depois de
distinguir o jornalismo despreparado do abusivo, destacou-se que o último não
estaria limitado aos profissionais despreparados ou que não freqüentaram um
curso superior, e que as notícias falaciosas e inverídicas, a calúnia, a injúria e a
difamação configurariam um grave desvio de conduta, passível de
responsabilidade civil e penal, mas não solucionado na formação técnica do
jornalista. No ponto, afastou-se qualquer suposição no sentido de que os cursos
de graduação em jornalismo seriam desnecessários após a declaração de não-
recepção do art. 4º, V, do Decreto-lei 972/69, bem como se demonstrou a
importância desses cursos para o preparo técnico e ético dos profissionais.
Apontou-se que o jornalismo seria uma profissão diferenciada por sua estreita
vinculação ao pleno exercício das liberdades de expressão e informação,
constituindo a própria manifestação e difusão do pensamento e da informação de
forma contínua, profissional e remunerada, razão por que jornalismo e liberdade

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de expressão não poderiam ser pensadas e tratadas de forma separada . Por
isso, a interpretação do art. 5º, XIII, da CF, na hipótese da profissão de jornalista,
teria de ser feita, impreterivelmente, em conjunto com os preceitos do art. 5º,
IV, IX, XIV, e do art. 220, da CF,
CF, os quais asseguram as liberdades de expressão, de
informação e de comunicação em geral. “
(os destaques são nossos)

A hipótese em estudo, todavia, demonstra manifesto abuso de


direito. A matéria publicada é de um fato ocorrido há mais de uma década, não restando
qualquer interesse informativo atualmente. É dizer, um equívoco acontecido na vida da
pessoa não valida uma permissão para tornar isso eternamente público, sobretudo com as
consequências à imagem da pessoa.

Com efeito, dispõe a Legislação Substantiva Civil que:

Art. 21 - A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do


interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato
contrário a esta norma.

Ainda sob a ótica do Código Civil, sob a égide do abuso do


direito de informar, temos que:

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CÓDIGO CIVIL
Art. 187 - Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo,
excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social,
pela boa-fé ou pelos bons costumes.

Com esse prisma, é altamente ilustrativo transcrever os


seguintes julgados:

FERRAMENTA DE BUSCA NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES. DIVULGAÇÃO


DE SÍTIOS ELETRÔNICOS COM INFORMAÇÃO SOBRE CONDENAÇÃO CRIMINAL.
TUTELA DE REMOÇÃO DO ILÍCITO. POSSIBILIDADE. INVIOLABILIDADE DA
INTIMIDADE E DA VIDA PRIVADA. DIREITO AO ESQUECIMENTO. AUSÊNCIA DE
INTERESSE PÚBLICO ATUAL NA INFORMAÇÃO. Sentença penal condenatória que,
após a extinção da pena, não pode continuar a produzir efeitos extrapenais que
possam limitar o exercício de direitos fundamentais. Decisão interlocutória
reformada. Agravo provido. (TJSP; EDcl 2108414-39.2015.8.26.0000; Ac. 8584208;
Jales; Vigésima Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Alberto Gosson; Julg.
29/06/2015; DJESP 08/07/2015)

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLEITO DE EXCLUSÃO DE REPORTAGEM


VEICULADA EM SITE JORNALÍSTICO. INVESTIGAÇÃO POLICIAL SOBRE O AUTOR
ARQUIVADA HÁ MAIS DE DEZ ANOS. DIREITO AO ESQUECIMENTO DO
INVESTIGADO. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE PÚBLICO NA PERMANÊNCIA DA

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NOTÍCIA. NECESSIDADE DE ESTABILIZAÇÃO DOS FATOS PASSADOS.
PREVALÊNCIA, NO CASO, DA PROTEÇÃO DA DIGNIDADE D PESSOA HUMANA.
COLISÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. SOLUÇÃO MEDIANTE JUÍZO DE
PONDERAÇÃO.
Pedido julgado procedente, para determinar que a ré providencie a exclusão da
notícia impugnada de sua página na internet. Sentença mantida. Recurso
desprovido. (TJSP; APL 0141604-23.2012.8.26.0100; Ac. 8018036; São Paulo; Sexta
Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Paulo Alcides; Julg. 13/11/2014; DJESP
24/11/2014)

DANOS MORAIS. MATÉRIA JORNALÍSTICA. DIVULGAÇÃO DE SUPOSTO


SEQUESTRO DE MENOR PELO PAI. FATOS INVESTIGADOS EM INQUÉRITO
POLICIAL. CONTEÚDO INFORMATIVO. LIBERDADE DE IMPRENSA. DIREITO AO
ESQUECIMENTO. DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA. ENUNCIADO Nº 531 DA VI
JORNADA DE DIREITO CIVIL.
I. É improcedente o pedido de indenização por danos morais, tendo em vista que
o conteúdo das notícias jornalísticas, essencialmente informativas sobre tema de
interesse público. Suposto sequestro de menor pelo pai -, não violou os direitos da
personalidade do autor, considerada a liberdade de imprensa, que é garantia
constitucional, própria do estado democrático de direito. Arts. 1º e 220, § 1º, da
CF. II. Consoante o Enunciado nº 531 da VI jornada de direito civil. "A tutela da
dignidade da pessoa humana na sociedade de informação inclui o direito ao
esquecimento. " procedente pedido para retirada da notícia no site. III. Os fatos
foram noticiados em 26/02/07, mas ainda podiam ser lidos no site em 25/11/10,

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mais de três anos depois, embora o autor, em 20/10/08, tenha sido absolvido da
imputação que lhe foi feita. lV. A notícia dada pela ré não trata de fatos históricos,
cuja veiculação ainda nos dias de hoje teria algum interesse público. Em outras
palavras, os fatos noticiados pela ré não são excepcionados pelo direito à
memória ou à verdade histórica, devendo, portanto, ser retirados. V. Apelação
parcialmente provida. (TJDF; Rec 2010.01.1.215195-3; Ac. 772.390; Sexta Turma
Cível; Relª Desª Vera Andrighi; DJDFTE 02/04/2014; Pág. 464)

DIREITO CIVIL-CONSTITUCIONAL. LIBERDADE DE IMPRENSA E DE INFORMAÇÃO


VERSUS DIREITOS DA PERSONALIDADE. MATÉRIA PUBLICADA EM SITE
JORNALÍSTICO. INTERNET. NOTÍCIA DE PRISÃO EM FLAGRANTE DE SUSPEITO DE
CRIME. POSTERIOR ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL RESPECTIVO.
DIREITO AO ESQUECIMENTO DO INVESTIGADO. INEXISTÊNCIA DE INTERESSE
PÚBLICO NA PERMANÊNCIA DA NOTÍCIA. NECESSIDADE DE ESTABILIZAÇÃO DOS
FATOS PASSADOS. PREVALÊNCIA, NO CASO, DA PROTEÇÃO DA DIGNIDADE D
PESSOA HUMANA. COLISÃO DE DIREITOS FUNDAMENTAIS. SOLUÇÃO
MEDIANTE JUÍZO DE PONDERAÇÃO.
Pedido julgado procedente, para determinar que a ré providencie a exclusão da
notícia impugnada de sua página na internet. Sentença reformada. Recurso
provido. (TJSP; APL 0007766-17.2011.8.26.0650; Ac. 7554456; Valinhos; Sexta
Câmara de Direito Privado; Rel. Des. Paulo Alcides; Julg. 08/05/2014; DJESP
29/05/2014)

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Do exposto, é inescusável o dever de indenizar.

(2.2.) – “PRETIUM
“PRETIUM DOLORIS”
DOLORIS”

A Legislação Substantiva Civil estabeleceu regra clara que


aquele que for condenado a reparar um dano, deverá fazê-lo de sorte que a situação
patrimonial e pessoal do lesado seja recomposta ao estado anterior . Assim, o montante da
indenização não pode ser inferior ao prejuízo. Há de ser integral, portanto.

CÓDIGO CIVIL
Art. 944 – A indenização mede-se pela extensão do dano.

No caso em debate, ficou cabalmente demonstrada a ilicitude da


violação ao direito de imagem e da honra. Por esse norte, isso trouxe ao Autor forte
constrangimento, angústia e humilhação, capazes, por si só, de acarretar dano moral de
ordem subjetiva e objetiva.

O problema da quantificação do valor econômico, a ser reposto


ao ofendido, tem motivado intermináveis polêmicas e debates. Não houve uma projeção
pacífica, seja na órbita doutrinária ou jurisprudencial. De qualquer forma, há um norte
uníssino no sentido de que a fixação deve se dar com prudente arbítrio. Desse modo,
necessário que não haja enriquecimento à custa do empobrecimento alheio, mas também
para que o valor não seja irrisório.

17
Igualmente, a indenização deve ser aplicada de forma
casuística, supesando-se a proporcionalidade entre a conduta lesiva e o prejuízo enfrentado
pela parte ofendida. Assim sendo, maiormente em consonância com o princípio neminem
laedere, é inevitável que inocorra o lucuplemento da vítima quanto a cominação de pena. É
dizer, necessária uma condenação que não se mostre tão desarrazoada e que não coíba o
infrator de novos atos.

Com efeito, o valor da indenização pelo dano moral não se


configura um montante tarifado legalmente. A melhor doutrina reconhece que o sistema
adotado pela legislação pátria é o sistema aberto, no qual o Órgão Julgador pode levar em
consideração elementos essenciais, tais como as condições econômicas e sociais das
partes, a gravidade da lesão e sua repercussão e as circunstâncias fáticas . Assim, a
importância pecuniária deve ser capaz de produzir-lhe um estado tal de neutralização do
sofrimento impingido, de forma a "compensar a sensação de dor" experimentada e
representar uma satisfação, igualmente moral.

(2.3.) – PEDIDO COMINATÓRIO

Diante disso, o Autor vem pleitear, sem a oitiva prévia da parte


contrária (CPC, art. 9º
9º, inc. I c/c art. 300, § 2º), independente de caução (CPC, art. 300, §
1º), tutela de urgência antecipatória para que:

a) Seja deferida tutela provisória inibitória positiva de obrigação de


fazer (CPC, art. 497 c/c art. 537), no sentido de que determinar que os

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Réus se abstenham de publicar novas matérias jornalistas tratando do
tema aqui enfocado, máxime mencionando o nome do Autor;

b) pede, mais, seja os mesmos instados a excluírem a página de seu


site, no prazo de 24 horas, bem todo o conteúdo jornalístico que tenha
como propósito divulgar os fatos acima narrados;

c) sejam instando a não produzir qualquer outro conteúdo nas redes


sociais, ofensivo ou não, no qual conste o nome do Autor, direta ou
indiretamente;

d) em ambas as situações acima citadas (itens ´a´, ´b´ e ‘ c’), pede a


aplicação de multa diária de R$ 1.000,00(mil reais), em caso de
infração à ordem judicial. (CPC, art. 297, caput)

(3) – P E D I D O S e R E Q U E R I M E N T O S

POSTO ISSO,
como últimos requerimentos desta Ação Indenizatória, o Autor requer que Vossa Excelência
se digne de tomar as seguintes providências:

3.1. Requerimentos

(a) A parte Autora opta pela realização de audiência conciliatória (CPC, art. 319, inc.
VII), razão qual requer a citação da Promovida para comparecer à audiência designada
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para essa finalidade (CPC, art. 334, caput), todavia antes apreciando o pleito de tutela de
urgência formulado;

3.2. Pedidos

(a) pede, mais, sejam JULGADOS PROCEDENTES OS PEDIDOS FORMULADOS


NESTA AÇÃO, condenando solidariamente os Réus a pagarem indenização por danos
morais sofridos pelo Autor, nestes termos:

( i ) pleiteia a condenação dos Réus a pagarem, solidariamente, a título


de reparação de danos morais, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais);

( ii ) requer, outrossim, sejam os Réus instados a excluir toda e qualquer


página de seu site que visem noticiar os fatos aqui narrados ou outra
qualquer matéria jornalística acerca do caso em espécie, e, mais, seja
aplicado preceito cominatório aos mesmos, de sorte que sejam, por
definitivo, impedidos (condenados) de utilizar a imagem e o nome do
Autor, por ofensa ou não, direta ou indiretamente, sem a sua anuência,
sob pena de pagamento de multa diária de R$ 1.000,00(mil reais),
consoante a regras do art. 497 c/c art. 537, ambos do CPC;

( iii ) pleiteia que seja definida, por sentença, a extensão da obrigação


condenatória, o índice de correção monetária e seu termo inicial, os juros
moratórios e seu prazo inicial (CPC, art. 491, caput);
caput);

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Súmula 43 do STJ – Incide correção monetária sobre dívida por ato
ilícito a partir da data do efetivo prejuízo.

Súmula 54 do STJ – Os juros moratórios fluem a partir do evento


danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.

b) por fim, seja os Réus condenados em custas e honorários advocatícios, esses arbitrados
em 20%(vinte por cento) sobre o valor da condenação (CPC, art. 82, § 2º, art. 85 c/c art.
322, § 1º), além de outras eventuais despesas no processo (CPC, art. 84).

Protesta prova o alegado por todos os meios admissíveis em


direito, notadamente pelo depoimento do Réu, oitiva de testemunhas a serem arroladas
oportuno tempore, junta posterior de documentos como contraprova, perícia, tudo de logo
requerido.

Dá-se à causa o valor da pretensão condenatória de R$


10.000,00 (dez mil reais). (CPC, art. 292, inc. V)

Respeitosamente, pede deferimento.

Cidade, 00 de março do ano de 0000.

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