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Já de inicio o Autor deixa claro que o objetivo do texto é o plano da eficácia jurídica no
que tange a classificação das normas, ou seja, busca-se explicar a maneira com as
normas produzem efeito (atingem seu objetivo).
Logo, em sendo assim necessário se faz tratar do que vem a ser eficácia jurídica para
José Afonso da Silva. Senão vejamos:
Para José Afonso da Silva o caráter imperativo das normas jurídicas revela-se no
determinar uma conduta positiva ou uma omissão, um agir ou um não-agir; daí
distingue-se as normas jurídicas em preceptivas e em proibitivas. Conceituando-as da
seguinte forma:
PROIBITIVAS – as que impõe uma omissão, uma conduta omissiva, um não-atuar, não
fazer. (UM DEIXAR DE FAZER)
OBS: José Afonso chama a atenção para o fato de que é possível encontrar num
mesmo dispositivo as 02 (duas) espécies de normas jurídicas (preceptivas e
proibitivas). Ex: “é livre a manifestação do pensamento, [norma preceptiva] sendo
vedado o anonimato [norma proibitiva]” (art. 5. IV).
Segundo Jose Afonso da Silva citando Del Vecchio, as normas jurídicas preceptivas e
proibitivas são espécie de normas primárias, pois são suficientes por si mesmas, insto
é, exprimem diretamente uma regra obrigatória do agir. Diferenciando-se assim das
chamadas normas secundárias, que não são bastantes por si mesmas, mas dependem
de outras, a que devemos reportar-nos para compreender aquelas exatamente.
OBS: José Afonso chama a atenção para o fato de que a classificação das normas
jurídicas preceptivas e proibitivas em normas primárias, não quer dizer que elas são as
denominadas normas constitucionais auto-aplicáveis e as não auto-aplicáveis, “aquelas
bastante em si e estas não-bastantes em si”, eis que para DEL VECCHIO as normas
secundárias são as regras declarativas ou explicativas, excluindo de tal classificação as
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Assevera José Afonso, que a “clássica distinção das normas jurídicas sob o ponto de
vista da eficácia – a qual resume todas as outras - é que as separa em normas
coercitivas (ius cogens, normas cogentes, taxativas, na terminologia de Del Vecchio) e
normas dispositivas (ius dispositivum)”.
Segundo José Afonso, ao regime das constituições escritas ou rígidas pouco importa a
distinção entre leis constitucionais formais e materiais pois em tal regime são
indistintamente constitucionais todas as clausulas constantes da constituição, seja qual
for seu conteúdo ou natureza. Todos têm a mesma força.