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I - Problema terminológico
Conceito:
o O autor abre este ponto, chamando atenção para o fato de que não se
confunde disposições programáticas e princípio constitucionais. Para
tanto, ele aponta a distinção entre normas e princípios, a saber:
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- Quando a lei é criada, a norma deixa de ser programática, porque a lei lhe deu
concreção prática – desde que, realmente, a lei o tenha feito, pois pode acontecer que
a lei e igualmente tão abstrata que no fundo, não muda nada.
- Afirma o autor que a relevância das normas programáticas está no fato de que
elas apontam para fins futuros e servem de pauta de valores para movimentos que as
queiram ver aplicadas e cumpridas.
- O Poder Público tem obrigação de satisfazer aquele direito, e se este não for
satisfeito não se trata de programaticidade, mas de desrespeito ao direito, de
descumprimento da norma.
Jurisdicidade
Função e relevância
o O autor destaca que Pontes de Miranda admite que elas (as normas
programáticas) procuram dizer para onde e como se vai, buscando
atribuir fins ao Estado, esvaziado pelo liberalismo econômico. Essa
característica teleológica confere-lhes relevância e função de princípios
gerais de toda a ordem jurídica.
o Compelem o legislador a não seguir por via diversa a que nela exposta,
pois se assim o fizer, seria inconstitucional.
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o Tem sua eficácia mediante lei ordinária. Muitas podem ser aplicadas
independentemente de lei, mas pode meio de outras providências,
como aquelas que visam ao amparo da cultura pelo Estado.