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PROCESSO Nº TST-ED-Ag-RR-1603-49.2011.5.23.

0005

A C Ó R D Ã O
(5ª Turma)
GMBM/PHB/jr

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. VÍCIOS.
INEXISTÊNCIA. Não havendo, no acórdão
embargado, nenhum dos vícios
previstos nos arts. 897-A da CLT e
1.022 do CPC, devem ser rejeitados os
embargos de declaração. Embargos de
declaração rejeitados.

Vistos, relatados e discutidos estes autos de


Embargos de Declaração em Recurso de Revista n° TST-ED-Ag-RR-1603-
49.2011.5.23.0005, em que é Embargante FERNANDO DE ALMEIDA
CAVALCANTE e são Embargados INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E
DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA e MASSA FALIDA DE BSI DO
BRASIL LTDA.

Trata-se de embargos de declaração opostos em face


de acórdão desta Turma, no qual a parte sustenta terem ocorrido os
vícios previstos nos arts. 1.022 do CPC e 897-A da CLT.
É o relatório.

V O T O

1 - CONHECIMENTO

Preenchidos os pressupostos de admissibilidade,


conheço dos embargos de declaração.

2 – MÉRITO

A parte reclamante opõe embargos de declaração em


face do acórdão proferido por esta Turma, sustentando a existência
de vícios na decisão.

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Sustenta, em síntese que a decisão embargada


"incorre em omissão ao não enfrentar a temática trazida em sede de
Agravo interposto contra a decisão monocrática, relacionada a quem
incumbia o ônus de demonstrar que o tomador dos serviços fiscalizou
de forma adequada o contrato de prestação de serviço, de molde a se
delinear os limites objetivos da aludida decisão desatrelada da
questão do encargo probatório, mormente em se considerando a novel
decisão proferida pela Col. SBDI-1 nos autos do E-RR-925-
07.2016.5.05.0281 da SBDI-1, DJE 22.05.2020".
Ao exame.
Os embargos de declaração destinam-se a sanar
imperfeições intrínsecas porventura existentes no julgado, em casos
de obscuridade, contradição ou omissão, sendo inservíveis, portanto,
à reapreciação da matéria examinada (art. 897-A da CLT e 1.022 do
CPC/2015).
Constata-se, no caso, que nenhuma dessas hipóteses
restou configurada.
Com efeito, esta Turma consignou de forma expressa
as razões pelas quais concluiu não ser possível a responsabilização
subsidiária do integrante da Administração Pública, conforme se
extrai da ementa do julgado embargado:

AGRAVO. RECURSO DE REVISTA. JUÍZO DE RETRATAÇÃO


PREVISTO NO ARTIGO 1.030, II, DO CPC. ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. CULPA IN
VIGILANDO. TEMA Nº 246 DO STF. O Supremo Tribunal Federal, em
sede de repercussão geral, ao julgar o mérito do RE 760931/DF, fixou a
seguinte tese a respeito da impossibilidade de transferência automática da
responsabilidade subsidiária ao integrante da Administração Pública: "O
inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado
não transfere automaticamente ao Poder Público contratante a
responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou
subsidiário, nos termos do art. 71, § 1º, da Lei nº 8.666/93". Na hipótese
dos autos, a condenação teve por fundamento apenas o
inadimplemento das obrigações trabalhistas. Portanto, correta a decisão
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que excluiu a responsabilidade subsidiária atribuída ao integrante da


Administração Pública. Agravo não provido.

Depreende-se, portanto, que não há vícios a serem


sanados.
Destaco que a via eleita não se presta à
averiguação da correção da decisão embargada, razão pela qual
rejeito os embargos de declaração.

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Quinta Turma do Tribunal


Superior do Trabalho, por unanimidade, rejeitar os embargos de
declaração.
Brasília, 4 de novembro de 2020.

Firmado por assinatura digital (MP 2.200-2/2001)


BRENO MEDEIROS
Ministro Relator

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