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Jan Linhart1
Maria Nilda Faustina Batista2
Iranilza Cinesio Gomes Felix3
Paulo Roberto Palhano Silva4
Resumo
O artigo tem como objeto central o papel do Coletivo Pesquisa pela Valorização dos Saberes
Potiguara frente a deslegitimação dos conhecimentos indígenas efeituada pelo universalismo
cientifico. Já em termos de objetivos, o artigo pretende: a) verificar e acompanhar o ‘Coletivo
Pesquisa pela Valorização dos Saberes Potiguara’ criado em 2015 por indígenas Potiguara
tem realizados práticas educativas sendo espaço de formação de intelectuais orgânicos do
movimento indígena; b) verificar a aplicação do método da auto-etnografia, quanto ao
processo vivido de capacitação acadêmica e o auto-conhecimento dos intelectuais Potiguara.
Para tal, utiliza-se da pesquisa-ação e do método auto-etnográfico, pois ambos rompem com
os antigos paradigmas do objetivismos cartesiano e as suas dicotomias binárias entre
pesquisador e pesquisado, sujeito e objeto, eu e outro, identidade e alteridade, ciência e
política. A desvalorização dos conhecimentos dos povos indígenas e os seus impactos
sobretudo no campo político é temática atual uma vez que as ciências modernas representam
uma parte integral da conjuntura sócio-epistêmica chamada “modernidade” ou
“modernidade/colonialidade”, onde funcionam como aparelho de produção e legitimação de
um saber-poder hegemônico. Essa hegemonia é legitimada pelo enorme sucesso do método
científico em gerar conhecimentos aptos para dominar tecnicamente o mundo físico e
produzir tecnologias que geram lucro. Intelectuais indígenas sobre a questão do
deslegitimação dos conhecimentos a nível epistemológico como "não-científicos" juntamente
com as demandas políticas dos povos indígenas.
1.Introdução
Com cerca de 20.000 indivíduos, os Potiguara são o maior povo indígena do nordeste
brasileiro e um dos poucos povos que ainda habitam no local onde foram encontrados pelos
conquistadores europeus no ano 1501 (MOONEN & MAIA, 2008). Durante os últimos 500
anos, os Potiguara tiveram que enfrentar fortíssimas imposições da parte da sociedade
dominante. Uma das imposições mais fortes foi a hegemonia do saber dominante e a negação
1
Mestre em antropologia pela Universidade de Munique e Doutorando pela Universidade de Frankfurt Oder, Alemanha.
2
Indígena Potiguara, integrante do COLETIVO PESQUISA PELA VALORIZAÇÃO DOS SABERES POTIGUARA e
mestranda em Ciência da Religião – UFPB.
3
Indígena Potiguara, Pedagoga, professora na Escola Indígena da aldeia São Francisco, Baia da Traição, anciã do
Povo Potiguara, integrante do integrante do COLETIVO PESQUISA PELA VALORIZAÇÃO DOS SABERES e do
GEPeeeS-UFPB.
4
Sociólogo, PhD na Université Vincennes à Saint-Denis - Páris – França, líder do GEPeeeS e Professor Titular na
Universidade Federal da Paraíba.
sistemática dos seus saberes originários, da sua língua, da sua religião, da sua cultura, da sua
maneira de ser. Apesar da retórica humanista, a episteme moderna que veio substituir a
hegemonia católica, junto à entrada do capital e da indústria no vale do Mamanguape,
somente agravou a situação do povo Potiguara.
Preocupados com a desvalorização dos conhecimentos e valores do povo Potiguara, e
com o desafio de dar continuidade cultural nas futuras gerações, foi formado o Coletivo de
Pesquisa pela Valorização dos Saberes Potiguara. Esse grupo de acadêmicos indígenas
Potiguara e não-indígenas vinculados ao GEPeeeS/UFPB e UFCG desenvolve projetos de
pesquisa focando nas inter-relações desiguais entre os conhecimentos indígenas e as ciências
modernas que identificamos como uma das principais causas da deslegitimação e
desvalorização tanto da herança cultural quanto das demandas dos povos originários, e de
uma politica paternalista voltada para os povos originários (LINHART et al. 2016).
A recente experiência do Coletivo é intimamente relacionada à formação de um
crescente número de acadêmicos Potiguara e pelo processo de luta por reconhecimento do
território que tomou força com a emergência étnica a partir da década de 1980. (ARRUTI,
2006). Surge, assim, um grupo de intelectuais orgânicos (GRAMSCI, 1982) muitas vezes
com formação acadêmica e forte identidade Potiguara, que atuam na fronteira entre a cultura
dominante e a realidade do povo Potiguara (PALITOT, 2005). Foi entre estes intelectuais de
fronteira (RAPPAPORT, 2005) que procuramos interessados em participar na formação de
um grupo para realizar uma pesquisa com o objetivo de fortalecer o reconhecimento do
conhecimento Potiguara e abrir caminhos para uma melhor compreensão tanto dos próprios
saberes Potiguara, uma vez que na literatura e práticas é perceptível a existência de
mecanismos de deslegitimação científica dos conhecimentos indígenas em geral. Apesar do
caráter bastante abstrato e teórico da pesquisa voltada à questões epistemológicas do meta-
discurso cientifico, foi possível encontrar amplo apoio tanto entre as principais lideranças
Potiguara e entre os acadêmicos Potiguara.
Iniciado em 2015, o Coletivo possuía dez membros ativos, dentre os quais o doutor
honoris causas o Antônio Pessoa Gomes, o Cacique “Caboquinho”, a indígena Potiguara
Maria Nilda Faustina Batista, aldeia São Francisco, dois professores mestres, uma mestranda,
entre professores licenciados em educação indígena e graduados de outras áreas, além de
quatro assessores não-indígenas sendo 03 (três) do GEPeeeS-UFPB e 01 (hum) UFMG. Uma
grande ação foi construir pelo dialogo freireano os referencias característicos do Coletivo
gerador da condução estratégica. Em 2016 o Coletivo firmou-se com encontros sistemáticos
mensais. Como consequência, realizou 1o. Seminário sobre saberes potiguara conseguindo
reunir diversos jovens universitários, mestrandos e anciões. Em 2017 o Coletivo construiu
uma agenda que contempla a continuidade dos encontros mensais, além da pretensão de
realizar o 2o. Seminário tendo o tema: “Terra em males. Qual a visão Potiguara?”.
A cronologia revela um conjunto de atividades regulares, onde o núcleo central reside
na formação coletiva e individual dos sujeitos inseridos em sua realidade, onde o mundo
étnico Potiguara ganhou relevância interiorizada e exteriorizada da conduta educativa, onde
valores e princípios, instituídos nos mitos, ritos, musicalidade, ganham singualidades no
coletivo pela revelação do dialogo e do sentir espiritualmente.
2.Desenvolvimento
3. Discussão Teórica
Pode-se dizer que as ciências modernas produzem mais conhecimentos que qualquer
outra proposta epistemológica na história humana, e segundo a lógica do seu universalismo,
esse conhecimento será o suficiente e único valido para descrever e explicar o universo em
todos os seus aspectos. Porém, as ciências modernas demonstram dificuldades em explicar
certos fenômenos de forma coerente, e de integrar outros conhecimentos culturalmente
distintos para fazê-los acessíveis a uma compreensão científica mais ampla e profunda
(LINHART, 2008, 2012; LINHART et al. 2016; FEYERABEND, 1977; LYOTARD, 1986;
HUIZER, 1989, entre outros).
Por mais que esse tipo de postura romântica e essencialista já tenha sido criticada
inúmeras vezes, ela continua dominando as relações entre a sociedade dominante e os outros.
O seu paternalismo intrínseco é manifesto nos direitos internacionais, movimentos
indigenistas, nas políticas públicas a nível nacional (tutela dos índios; “papai” FUNAI), e na
representação do outro na mídia (dia do Índio; documentários sobre outros povos; terror
islâmico; etc.). Os outros continuam servindo como tela de projeção das nossas angustias e
dos nosso desejos. E a base para a construção do outro é a diferença entre a nossa e outras
visões de mundo, com a nossa ciência sendo vista como universal e objetiva, e os outros
saberes representando ao mesmo tempo o mundo encantado que nós perdemos e o tempo das
trevas que já superamos – de qualquer forma um tempo passado.
Existe, então, uma estreita ligação entre a deslegitimação dos saberes indígenas e o
paternalismo das politicas indigenistas; ou seja, enquanto outros saberes forem
desqualificados a priori como não científicos continuaremos não somente não
compreendendo os outros, mas também inferiorizando-os. Ou seja, não existirá igualdade
entre os povos antes que rompamos com a hegemonia do universalismo cientifico.
Obviamente, rótulos como o “Saber Potiguara” (no singular), ou ainda pior, o “Saber
Indígena” (visão pan-indigenista) são generalizações inadequadas (LINHART, 2008). Já, se
falarmos de “Saberes Potiguara” (no plural), sinalizamos a noção de diversos conhecimentos
que existem entre os Potiguara e que tanto o seu conteúdo quanto a sua distribuição pode
variar significativamente entre localidades, grupos e indivíduos dentro da comunidade
Potiguara. Mesmo assim, ainda resta o complexo problema de definir quais dos
conhecimentos que existem entre os Potiguara devem ser tidos por “Potiguara” e quais não?
Dizer que tudo que os Potiguara sabem faz parte do Saber Potiguara seria uma definição
simples e objetiva, porem, nem necessariamente muito útil dentro do atual contexto político.
Como no caso da maioria dos povos indígenas, a história dos 500 anos de contato
entre os Potiguara e os invasores Europeus é marcada por etno-genocidios, opressão,
exploração, perseguição violenta e negação cultural (PALITOT, 2005; MOONEN, 2008). Os
processos históricos levaram a mudanças conjunturais, e consequentemente, a mudanças nas
estratégias de resistência e luta dos povos indígenas. Durante muito tempo, muitos povos
permaneceram praticamente invisíveis, muitas vezes participando nas lutas camponesas e
sindicais. É justamente o indigeníssimo de cunho paternalista e romântico que levou ao novo
surgimento de muitos povos invisibilizados e que transformou a “cultura” em uma bandeira
de luta dos povos indígenas para defender os seus direitos (BLUM, 1993; LINHART 2008).
Porém, esse fato implica também a necessidade da construção de imaginários essencialistas
de uma “Cultura Indígena” e um “Saber Indígena” essencialmente diferente do “Saber
Ocidental” (igualmente um reducionismo insustentável). Essa essência cultural indígena
somente pode ser justificada através do seu enraizamento pré-colombino. Eis o dilema das
tendências essencialistas imortais no discurso indigenista. Barcellos (2012) ao aproximar-se
dos Potiguara anuncia a sabedoria: “O cuidado com essa ancestralidade, repassada de geração
a geração, é uma arte milenar que se perpetua na aldeia” (BARCELLOS, 2012, 181). Tendo
sido abordado esse zelo, podemos voltar à nossa questão referente a finalidade do nosso
conceito dos “Saberes Potiguara”.
Entende-se agora que definir, por exemplo, o saber dirigir um veiculo tipo moto ou
fazer cálculos matemáticos como “Saberes Potiguara”, pode ser problemático, mesmo que,
objetivamente dito, esses conhecimentos hoje façam parte dos conhecimentos com maior
distribuição entre os Potiguara. Enquanto, por exemplo, poucos Potiguara tem conhecimentos
aprofundados sobre a medicina tradicional praticado por pajés e curandeiros(as). Porém, o
último provavelmente entrará na definição de “Saberes Potiguara” e o primeiro não. A razão é
que os direitos dos povos indígenas são diretamente ligados às caraterísticas culturais que os
diferenciam da sociedade dominante. Consequentemente os “Saberes Potiguara” tem que ser
diferentes dos “Saberes Ocidentais” porque eles servem como diacríticos que demarcam a
identidade cultural, e assim, justificam o acesso aos direitos reservados aos povos indígenas e
as suas demais demandas politicas em geral.
Para muitos militantes e lideranças indígenas, entre os Potiguara e entre outros povos,
a sua cultura tem um significado muito além de um simples instrumento para acessar
recursos, e mesmo mais de que uma identidade que lhes oferece mais dignidade. Para eles, a
sua cultura ou cosmovisão representa o nexo com as suas raízes ancestrais e ao mesmo tempo
um sonho coletivo, uma utopia sócio-cultural e sobretudo espiritual para o seu povo
(RAPPAPORT, 2005; LINHART, 2008). Isso implica uma noção dos saberes considerados
“indígenas” ou “Potiguara” que engloba tanto as sua origem ancestral quanto o seu caráter
dinâmico (WARREN, 1998; MÜNZEL, 1986; LINHART, 2008). Para compreender essa
noção, deve-se levar em consideração o caráter oral desses saberes. Não existe uma
cosmologia ou cultura “Potiguara” no sentido de um conhecimento padronizado e
compartilhado entre todos os membros do grupo étnico. Trata-se mais de fragmentos de um
saber coletivo que se encontra em forma de interpretações individuais de mitos amplamente
conhecidos, e conhecimentos específicos distribuídos desigualmente entre os membros de um
coletivo de pessoas (e espíritos) reunidos por descendência familiar e por uma história
compartilhada (MÜNZEL, 1986; LINHART, 2008). Além dessa particularização que, em
termos gerais, é característica para qualquer cultura, no caso de muitos povos indígenas os
saberes “tradicionais” são restritos a um numero decrescente de anciões, ou “troncos velhos”,
como dizem os Potiguara.
Os “Saberes Potiguara” são, então, algo em construção, ou ainda por ser construído,
um acervo de valores, conhecimentos e práticas que precisão ser sistematizados e negociados
dentro de um processo dialogal entre os próprios Potiguara. É por essa razão que a construção
de um acervo de saberes “Potiguara” que possa servir como referencial para a identidade e
representação étnica do povo requer a pesquisa auto-etnográfica colaborativa conforme acima
descrita.
O antropólogo Mark Münzel (1986) critica que essa redução do mito ao seu conteúdo
ignora o seu caráter essencialmente artístico e performativo, e mais importante ainda, as
interpretações individuais de cada narrador. O narrador vai fazer uso de meios estilísticos e
teatrais para criar toda uma situação sinestésica e emotiva com o objetivo de repassar certas
experiências e sensações para os seus espectadores que preenchem o dito com significado,
com a facticidade da vivência. Segundo Münzel, é justamente o caráter performativo, a
pluralidade das interpretações artísticas dos vários narradores, a permutabilidade e
reflexibilidade resultante das perpetuas interpretações individuais pelas inúmeras gerações de
narradores que garante uma extrema adaptabilidade dos conhecimentos orais aos contextos
atuais.
Em outras palavras, a transcrição dos conhecimentos orais dos anciões pelos próprios
intelectuais indígenas implica inevitavelmente a sua transformação em conhecimentos
escritos; ou seja, o forma de comunicação e armazenamento do conhecimento leva a uma
mudança qualitativa, transforma o seu significado. Esse aspecto é de grande importância para
o processo de construção coletiva realizada pelos intelectuais indígenas. Consequentemente
não será o suficiente registrar e sistematizar os conhecimentos dos anciões em forma de textos
para garantir a sua permanência. Pois, os resultantes textos representariam uma outra
qualidade de conhecimento com significados diferentes. Somente o ininterrompido repasse
dos saberes orais de geração em geração por meio da narração e da vivencia garante a
continuidade (não a imutabilidade!) dos saberes orais (LINHART, 2016)
4. Conclusão
O presente artigo representa um relato de um pequena experiência ainda em estado
embrionário. Mas, o que se destaca, sobretudo, é que o trabalho realizado pelo Coletivo de
Pesquisa pela Valorização dos Saberes Potiguara acontece em um contexto extremamente
complexo e contraditório. Ameaçados pela negação massiva de direitos conquistados durante
décadas de lutas e com muitos sacrifícios, os Potiguara, junto com muitos outros povos, estão
no difícil caminho entre apropriação e continuidade, enfrentando o enorme desafio de
construir uma visão coletiva de um futuro enquanto povo originário frente as pressões
constantes da sociedade dominante. Esse desafio requer uma profunda reflexão sobre questões
de alta complexidade, tanto a nível teórico quanto prático. Mesmo empregando conceitos e
métodos que deixam os antigos conceitos objetivistas e essencialistas para trás, ainda restam
inúmeras questões para serem solucionadas.
A nível teórico nós defrontamos com a questão da construção de uma identidade e
uma visão, uma utopia coletiva, da revivência de uma tradição enraizada no passado, nos
ancestrais e na oralidade, e simultaneamente (re-)construída através de pesquisas
bibliográficas, intercâmbios com outros povos indígenas e pesquisas auto-etnográficas,
utilizando o método ocidental cientifica e a escrita. E além disso tudo, assumimos a difícil
tarefa de contribuir para a consolidação de um discurso acadêmico que realmente questione o
universalismo cientifico, levando a serio o meta-discurso crítico referente as limitações da
epistemologia moderna e do método cientifico, abrindo caminhos para um verdadeiro
reconhecimento de outras culturas enquanto visões diferentes, porém igualmente válidas, de
um só mundo.
A nível prático a situação talvez seja ainda mais desesperadora, considerando por
exemplo, a pressão exercida sobre os indígenas pelo do mercado capitalista efetuado a partir
das usinas açucareiras, das fruticultura irrigada, dos condomínios imobiliária, do treile
turístico, dos viveiros de camarão, onde as exigências do mercado de trabalho de uma
formação escolar e acadêmica, ou mesmo da frenética propaganda consumista, entre outros;
soma-se os impactos produzidos pelo Estado através da política partidária e politicas publicas
de natureza paternalistas e assistencialista; todos estes fatores e muitos outros fatores
promovem o individualismo, o consumismo, a divisão política e social, a padronização
cultural, que produz a aculturação e que vão conta a valorização da vida tradicional e do
campo, destruindo às estruturas coletivas, resultando em expulsar os jovens das aldeias para
os centros urbanos das cidades.
São essas questões que as pesquisadoras que o Coletivo assume com os seus projetos
de pesquisa. Talvez seja aqui o momento para mencionar o projeto de mestrado de Iranilza
Potiguara, integrante ativo do Coletivo, que visa avaliar os efeitos ambivalentes da formação
acadêmica aos estudantes Potiguara; ou seja, se a formação acadêmica contribui para a
identificação dos estudantes com o seu povo, com a sua cultura e cosmovisão, seus valores e a
suas lutas, ou se ocorrer ao contrário.
Com uma gama de tarefas literalmente infinitas, a nossa iniciativa tem um grande
potencial para servir como inicio de um processo de registros, ressignificações e
empoderamento, e ainda maior para fracassar. Mas, espera-se que a presente experiência sirva
como incubadora de futuras lideranças intelectuais do povo Potiguara. O projeto ora
apresentado possui a singularidade de ter “no comando” indígenas Potiguara, sendo voltado
para atender a “formação de indígenas potiguara” numa evidencia de sempre procurar novos
caminhos, e sobretudo, continuar a luta e leva-la para as futuras gerações.
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