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VOLUME III
ELABORAÇÃO:
Revisão:
Eng.º Diogo Miranda Amaral
Apresentação
ÍNDICE
1. ORIGEM .............................................................................................................................. 5
2. OBJETIVO ........................................................................................................................... 5
3. CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 5
3.1. Procedimento .................................................................................................................. 6
3.1.1 Fase 1 ............................................................................................................................. 6
3.1.2 Fase 2 ............................................................................................................................. 7
3.1.3 Fase 3 ............................................................................................................................. 8
3.1.4 Fase 4 ........................................................................................................................... 11
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 11
4.1. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS CONVENCIONAIS ....................................................... 11
4.1.1 Primeira Fase dos Serviços Topográficos .............................................................. 12
4.1.2 Segunda Fase dos Serviços Topográficos ............................................................. 22
4.1.3 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais ...... 23
4.1.4 Serviços de locação de Sondagens, Tubulões e Pilares ...................................... 24
4.1.5 Apresentação dos Serviços Contratados ............................................................... 24
4.2. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS À LASER SCANNER .................................................. 25
4.2.1 Fase de Diagnóstico e Estudo de Traçado ............................................................. 25
4.2.2 Serviços Topográficos............................................................................................... 26
4.2.3 Segunda Fase dos Estudos Topográficos .............................................................. 41
4.2.4 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais ...... 43
4.2.5 Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares ..................................... 44
4.2.6 Apresentação dos Serviços Contratados ............................................................... 44
5. DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 45
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 48
ANEXO ..................................................................................................................................... 50
1. ORIGEM
Este Manual foi baseado em estudos e observações desenvolvidos por especialistas
na área, em atividade no DEER/MG, com o objetivo de orientar e sistematizar
critérios para os procedimentos técnicos a serem adotados nos Estudos e
Levantamentos Topográficos.
2. OBJETIVO
Tem por finalidade organizar e sistematizar os critérios fundamentais para
elaboração dos Estudos e Levantamentos Topográficos, necessários à
elaboração de projetos de engenharia rodoviária.
Foi desenvolvido em consonância com as normas do Subcomitê Executivo de
Engenharia Consultiva, do Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade no
Habitat (PMQP-H), do Estado de Minas Gerais.
3. CONDIÇÕES GERAIS
Os órgãos rodoviários contratam, para execução de seus projetos, o serviço de
empresas particulares, as Consultorias, que os fiscalizam segundo as
especificações, normas técnicas, administrativas e cláusulas contratuais vigentes.
Não obstante a diversidade das funções, a do Consultor e a do Fiscal, estas não
devem ser antagônicas. Pelo contrário, devem ser exercidas em perfeita sinergia,
focando o mesmo objetivo, que deve ser a constante busca das melhores soluções
técnicas e econômicas, visando a adequada execução dos serviços, atentando para
as especificações e cronograma existentes.
A fiscalização não deve ser um obstáculo, mas um facilitador do processo. O Fiscal
deve observar, analisar, sugerir e exigir.
O bom entendimento Fiscal-Consultor facilita um melhor andamento dos projetos,
dentro dos padrões técnicos especificados, que é o objetivo maior do Contrato.
Preliminarmente, é importante que Consultor e Fiscal tenham estudado em todos os
seus pormenores, as normas técnicas vigentes, Edital e as cláusulas contratuais,
permitindo, assim, uma criteriosa e segura execução do serviço.
Uma boa equipe de fiscalização é aquela que consegue um serviço de boa
qualidade sem prejuízo da produção, colaborando, sem ser transigente.
Em suma, deve ter em foco as características apresentadas no Quadro I a seguir.
3.1. Procedimento
O projeto deve ser desenvolvido de forma transparente e tecnicamente justificado,
com todos os detalhamentos necessários, para a execução da obra.
Ao final de cada evento descrito a seguir, deve ser elaborada Ata de Reunião,
relatando os assuntos abordados e as respectivas decisões tomadas, devidamente
ratificadas pelos presentes, sob responsabilidade dos Coordenadores de Projeto,
por parte da Contratada e da Contratante
3.1.1 Fase 1
Após a ordem de início do serviço, o Coordenador do Projeto deve convocar a
Consultora e disponibilizar os dados existentes para o trecho em estudo, informando
o que se espera no desenvolvimento do objeto contratual.
De posse da documentação necessária, os Coordenadores do Projeto pela
Contratante e Contratada, devem realizar VISITA TÉCNICA INICIAL ao local do
empreendimento, para avaliar e discutir in-loco: os aspectos técnicos e a concepção
do traçado, as eventuais correções, os pontos obrigatórios de passagem, as
possíveis alterações de traçado ou outras soluções técnicas, tendo como referência
a proposta da Contratada.
Conforme dito anteriormente, ao final da visita, deve ser elaborada a Ata da
Reunião, onde conste o escopo do projeto e a concepção geral do traçado da
rodovia, a ser detalhada na elaboração do diagnóstico.
A Contratada, de posse da Ata de Reunião referente à visita inicial, deve voltar ao
trecho para coleta de outras informações necessárias, visando complementar os
estudos preliminares, destinadas à elaboração do Diagnóstico e da Concepção do
Projeto.
RODOVIA :
TRECHO : Arial Negrito 16
SUBTRECHO: (quando for o caso)
RODOVIA :
SUBTRECHO: (quando for o caso) Arial Negrito 12
Escala 1:10
Medidas em cm
c. Assentamento do Marco
Abrir uma cava com 40 cm de lado até uma profundidade de 50 cm;
Aterrar com argila fortemente compactada os primeiros 10 cm da vala;
Assentar o marco sobre a cama de argila e preencher o restante da cava com a
mesma argila fortemente compactada até uma altura que diste verticalmente de 5
cm do bordo superior da cava;
FIGURA 2 FIGURA 3
Medidas em cm.
Onde:
“n”, refere-se ao número de lados da poligonal,
‘K”, é a extensão nivelada em quilômetros, medida em um único sentido.
FIGURA 1A FIGURA 1B
Escala 1:10
Medidas em cm
c. Assentamento do Marco
Abrir uma cava com 40 cm de lado até uma profundidade de 50 cm;
Aterrar com argila fortemente compactada os primeiros 10 cm da vala;
Assentar o marco sobre a cama de argila e preencher o restante da cava com a
mesma argila fortemente compactada, até uma altura que diste verticalmente de 5
cm do bordo superior da cava;
Confeccionar o passeio lateral com concreto traço 1:2:4, nas dimensões 0,40 x
Medidas em cm
d. Chapa Metálica do Marco GPS
A chapa é uma peça metálica (bronze ou alumínio) que identifica a estação.
Define o ponto de referência (origem das coordenadas) da estação, quando se
encontra engastada no topo de superfície estável do marco.
As dimensões, formato e “lay out” da chapa devem estar de acordo com a Figura 4:
FIGURA 4
A direção aproximada do voo deve ser a que melhor se adapte à faixa a ser
mapeada, visando-se obter o menor número possível de faixas de voo e fotografias;
A altitude de voo deve ser tal que permita a obtenção de fotografias com “GSD” de
15 cm, com variação máxima na altura de voo de 5%, em relação ao plano médio do
terreno;
A superposição lateral média entre as faixas contíguas deve ser de 30% (trinta por
cento), admitindo-se uma tolerância de ± 10% (dez por cento), salvo casos
específicos;
A superposição longitudinal entre fotografias sucessivas de uma faixa deve ser de
pelo menos 60% (sessenta por cento), admitindo-se uma tolerância de ± 10% (dez
por cento) sobre a porcentagem adotada;
A inclinação entre o eixo ótico da câmera aérea e a vertical do lugar não deve
ultrapassar 3 (três) graus em cada exposição, desde que a inclinação média em toda
a área não seja superior a 2 (dois) graus;
A deriva máxima para fotos de uma faixa deve ser de 5 (cinco) graus; sendo que a
média da faixa não deve ser superior a 2 (dos) graus;
De forma a minimizar o efeito das sombras, o voo deve ser realizado em horário
local, que atenda a exigência de altura solar mínima de 45 (quarenta e cinco) graus,
a partir do horizonte;
O voo deve ser realizado em condições atmosféricas favoráveis, sem a incidência
de nuvens nas imagens;
Em cada série de 3 (três) fotografias, a superposição comum não deve ser
reduzida a menos de 90% das dimensões laterais de cada foto, pelo efeito de
deslocamento devido à deriva;
Na direção das faixas de voo, as fotografias extremas devem formar, no mínimo,
um modelo estereoscópico fora do limite da faixa de mapeamento;
Havendo interrupção de tomada de fotografias em uma determinada faixa, o
reinício das operações deve estar condicionado à superposição dos 3 (três) últimos
pares estereoscópicos.
l.2) Aerotriangulação
Para a aerotriangulação devem ser empregadas estações digitais que garantam a
obtenção dos padrões de precisão e exatidão exigidos para cartas classe A, na
escala da restituição (1:1.000), desde que respeitados os limites de tolerância
definidos.
Tabela II
Abreviaturas segundo o Tipo de Obra
Simples (BSTC)
Bueiro Tubular de Concreto Duplo (BDTC)
Triplo (BTTC)
Simples (BSTM)
Bueiro Tubular Metálico Duplo (BDTM)
Triplo (BTTM)
Simples (BSCC)
Bueiro Celular de Concreto Duplo (BDCC)
Triplo (BTCC)
l.5.3) Levantamento Cadastral para Projeto de Obra de Arte Especial
Os estudos topográficos necessários aos Projetos de Obras de Arte Especiais (OAE)
devem atender o seguinte procedimento:
Para os locais de assentamento das obras de arte especiais devem ser feitas as
irradiações e coletados os pontos do perfil do fundo do curso d'água, através de
levantamentos diretos ou batimétricos, conforme o caso, tanto à montante quanto à
jusante do eixo, para obtenção de informações suficientes para a perfeita
caracterização dos relevos do entorno e da linha d’água.
É obrigatório o levantamento das OAE existentes. Devem ser elaborados croquis
elucidativos dos levantamentos efetuados.
4.2.3 Segunda Fase dos Estudos Topográficos
A segunda fase dos serviços topográficos consiste na locação, nivelamento e
contranivelamento geométrico do eixo de projeto.
Além da materialização do eixo locado exige-se, complementarmente, a marcação
de “off set”, com colocação de piquetes, devidamente identificados por estacas
testemunhas, obedecendo-se os seguintes critérios:
Devem ser locados todos os pontos notáveis do traçado geométrico (PC, PT, TS,
SC, CS e ST) e, identificados os pontos de cruzamento com outras rodovias;
O eixo de projeto deve ser piqueteado de 20 em 20 metros e de 10 em 10 metros,
nas curvas de raio menores do que 200 metros, nivelado e contra nivelado
geometricamente;
Em todos os piquetes implantados devem ser colocadas estacas testemunhas. As
estacas devem ser constituídas de madeira de boa qualidade ou bambu (aprovadas
pelo DEER/MG), pintadas na cor branca e identificadas com inscrições em vermelho,
escritas de cima para baixo, localizadas sempre à esquerda da diretriz da rodovia,
Somente devem ser irradiados pontos a partir dos vértices da poligonal (principal)
ou de vértices auxiliares (poligonais de secundárias), com o objetivo de formar uma
nuvem de pontos, que caracterizem adequadamente e, com a devida precisão, a
topografia de cada seção transversal. Ressalta-se que devem ser cadastrados os
mesmos elementos da fase inicial dos estudos topográficos, citados no item
“Estudos Topográficos”;
Após novo processamento, os arquivos do levantamento de seção transversal,
nivelamento e contranivelamento, devem ser incorporados ao projeto e ser
entregues à Diretoria de Projetos em arquivos digitais, em formatos: “IRRAD” e
desenhos com extensões “dso” ou “dwg”.
4.2.4 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Os serviços topográficos destinados a obras civis e industriais possuem as mesmas
características e exigências técnicas observadas para as fases de diagnóstico e
implantação de marcos de apoio.
Entretanto, os levantamentos planialtimétricos cadastrais, possuem características e
exigências técnicas diferenciadas.
a) Implantação de Marcos de Apoio para Levantamentos Topográficos,
destinados a Projetos de Obras Civis ou Industriais
Para a implantação de marcos de apoio, destinados aos projetos de obras civis ou
industriais, devem ser utilizados os mesmos recursos e deve ser observada a
mesma produtividade adotada para a implantação de marcos de apoio para projetos
de rodovias.
b) Levantamento Planialtimétrico Cadastral para Obras Civis ou Industriais
Aos levantamentos planialtimétricos cadastrais destinados a projetos de obras civis
ou industriais, além das especificações adotadas para os levantamentos cadastrais
destinados a desenvolvimento de projetos rodoviários, deve-se acrescentar as
seguintes exigências:
Detalhamento das vias de acesso existentes, incluindo: dimensões e tipos de
calçadas e meios-fios;
Detalhamento de caixas coletoras de águas e esgotos, incluindo dimensões, tipos
de tampa, cota de topo e fundo, diâmetro e nível das geratrizes dos tubos de entrada
e saída existentes;
Localização, tipo, espessura e altura dos postes de telefonia e eletricidade
existentes;
Localização, tipo e dimensões de caixas de passagem e distribuição, quadros de
luz e sistemas de comunicação existentes;
Figura 5
Relação entre as superfícies elipsoidal e geoidal .
Nota: Várias pesquisas vêm sendo realizadas no sentido de dotar o GNSS da capacidade de proporcionar
altitude ortométrica. Neste sentido o IBGE disponibiliza, em seu site, a versão MAPGEO2015, com acurácia da
ordem de 0,5 m, em grande parte do território brasileiro. Para o transporte de altitude por tecnologia GNSS, a
ondulação (N) deve ser obtida, a partir da interpolação do programa MAPGEO2015 ou àqueles recomendados
pelo IBGE. A Fórmula utilizada para este fim é: H= h-N
ANEXO