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DIRETORIA DE PROJETOS

MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE

ESTUDOS E PROJETOS RODOVIÁRIOS

VOLUME III

ESTUDOS E LEVANTAMENTOS TOPOGRÁFICOS

Belo Horizonte, Maio de 2019


DIRETORIA DE PROJETOS

DIRETOR GERAL: Eng.º Fabrício Torres Sampaio

VICE - DIRETOR GERAL: Eng.ª Maria da Conceição Pereira dos Reis

DIRETOR DE PROJETOS: Eng.º. Adalberto Bahia

ELABORAÇÃO:

Eng.º Sérgio Penido de Oliveira

Revisão:
Eng.º Diogo Miranda Amaral

Eng.º Luiz Fernando de Almeida

Belo Horizonte, Maio de 2019


MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDOS E PROJETOS DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA
Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

Apresentação

Este Manual visa à uniformização dos procedimentos na execução de estudos e


projetos de engenharia rodoviária.

Configura-se como importante ferramenta de trabalho para acompanhamento dos


serviços contratados ou elaborados pelo próprio DEER/MG.

Este Manual abrange todos os procedimentos a serem observados em cada fase do


estudo ou projeto e é composto pelos seguintes volumes:

Volume I Estudos de Tráfego, Capacidade e Níveis de Serviço

Volume II Estudos de Segurança de Trânsito

Volume III Estudos e Levantamentos Topográficos

Volume IV Estudos Geológicos e Geotécnicos

Volume V Estudos e Projeto de Meio-Ambiente

Volume VI Projeto Geométrico e de Terraplenagem

Volume VII Projeto de Drenagem

Volume VIII Projeto de Pavimentação

Volume IX Projeto de Sinalização e Segurança Viária

Volume X Projeto de Desapropriação

Volume XI Projeto de Obras de Arte Especiais

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MANUAL DE PROCEDIMENTOS PARA ELABORAÇÃO DE
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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

ÍNDICE
1. ORIGEM .............................................................................................................................. 5
2. OBJETIVO ........................................................................................................................... 5
3. CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................ 5
3.1. Procedimento .................................................................................................................. 6
3.1.1 Fase 1 ............................................................................................................................. 6
3.1.2 Fase 2 ............................................................................................................................. 7
3.1.3 Fase 3 ............................................................................................................................. 8
3.1.4 Fase 4 ........................................................................................................................... 11
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ............................................................................................ 11
4.1. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS CONVENCIONAIS ....................................................... 11
4.1.1 Primeira Fase dos Serviços Topográficos .............................................................. 12
4.1.2 Segunda Fase dos Serviços Topográficos ............................................................. 22
4.1.3 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais ...... 23
4.1.4 Serviços de locação de Sondagens, Tubulões e Pilares ...................................... 24
4.1.5 Apresentação dos Serviços Contratados ............................................................... 24
4.2. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS À LASER SCANNER .................................................. 25
4.2.1 Fase de Diagnóstico e Estudo de Traçado ............................................................. 25
4.2.2 Serviços Topográficos............................................................................................... 26
4.2.3 Segunda Fase dos Estudos Topográficos .............................................................. 41
4.2.4 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais ...... 43
4.2.5 Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares ..................................... 44
4.2.6 Apresentação dos Serviços Contratados ............................................................... 44
5. DEFINIÇÕES ..................................................................................................................... 45
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 48
ANEXO ..................................................................................................................................... 50

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

1. ORIGEM
Este Manual foi baseado em estudos e observações desenvolvidos por especialistas
na área, em atividade no DEER/MG, com o objetivo de orientar e sistematizar
critérios para os procedimentos técnicos a serem adotados nos Estudos e
Levantamentos Topográficos.
2. OBJETIVO
Tem por finalidade organizar e sistematizar os critérios fundamentais para
elaboração dos Estudos e Levantamentos Topográficos, necessários à
elaboração de projetos de engenharia rodoviária.
Foi desenvolvido em consonância com as normas do Subcomitê Executivo de
Engenharia Consultiva, do Programa Mineiro da Qualidade e Produtividade no
Habitat (PMQP-H), do Estado de Minas Gerais.
3. CONDIÇÕES GERAIS
Os órgãos rodoviários contratam, para execução de seus projetos, o serviço de
empresas particulares, as Consultorias, que os fiscalizam segundo as
especificações, normas técnicas, administrativas e cláusulas contratuais vigentes.
Não obstante a diversidade das funções, a do Consultor e a do Fiscal, estas não
devem ser antagônicas. Pelo contrário, devem ser exercidas em perfeita sinergia,
focando o mesmo objetivo, que deve ser a constante busca das melhores soluções
técnicas e econômicas, visando a adequada execução dos serviços, atentando para
as especificações e cronograma existentes.
A fiscalização não deve ser um obstáculo, mas um facilitador do processo. O Fiscal
deve observar, analisar, sugerir e exigir.
O bom entendimento Fiscal-Consultor facilita um melhor andamento dos projetos,
dentro dos padrões técnicos especificados, que é o objetivo maior do Contrato.
Preliminarmente, é importante que Consultor e Fiscal tenham estudado em todos os
seus pormenores, as normas técnicas vigentes, Edital e as cláusulas contratuais,
permitindo, assim, uma criteriosa e segura execução do serviço.
Uma boa equipe de fiscalização é aquela que consegue um serviço de boa
qualidade sem prejuízo da produção, colaborando, sem ser transigente.
Em suma, deve ter em foco as características apresentadas no Quadro I a seguir.

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QUADRO I
FASE DO TRABALHO DEVERES DA FISCALIZAÇÃO
Ser claro. Ser objetivo. Conhecer bem as especificações, normas,
PLANEJAMENTO
instruções e Contrato. Antecipar os problemas que possam surgir.
Ser claro, preciso e conciso. Emitir as ordens por escrito. Respeitar a
INSTRUÇÕES
hierarquia da Consultora. Evitar atrasos.
Cumprir com os prazos de analises acordados, para não prejudicar a
produção da Consultora. Manter Controle de Qualidade. Manter-se
EXECUÇÃO
entrosado com a Consultora. Atuar com segurança e autoridade,
sem ser autoritário. Ser ético.
Manter equipe de pessoal capaz e em quantidade necessária e
suficiente. Ter cortesia e desenvoltura. Manter registros. Controlar
FISCALIZAÇÃO
periodicamente os serviços executados, de forma a ser possível
cumprir os prazos determinados.
MEDIÇÃO Medir com precisão. Exigir o acompanhamento da Consultora.

3.1. Procedimento
O projeto deve ser desenvolvido de forma transparente e tecnicamente justificado,
com todos os detalhamentos necessários, para a execução da obra.
Ao final de cada evento descrito a seguir, deve ser elaborada Ata de Reunião,
relatando os assuntos abordados e as respectivas decisões tomadas, devidamente
ratificadas pelos presentes, sob responsabilidade dos Coordenadores de Projeto,
por parte da Contratada e da Contratante
3.1.1 Fase 1
Após a ordem de início do serviço, o Coordenador do Projeto deve convocar a
Consultora e disponibilizar os dados existentes para o trecho em estudo, informando
o que se espera no desenvolvimento do objeto contratual.
De posse da documentação necessária, os Coordenadores do Projeto pela
Contratante e Contratada, devem realizar VISITA TÉCNICA INICIAL ao local do
empreendimento, para avaliar e discutir in-loco: os aspectos técnicos e a concepção
do traçado, as eventuais correções, os pontos obrigatórios de passagem, as
possíveis alterações de traçado ou outras soluções técnicas, tendo como referência
a proposta da Contratada.
Conforme dito anteriormente, ao final da visita, deve ser elaborada a Ata da
Reunião, onde conste o escopo do projeto e a concepção geral do traçado da
rodovia, a ser detalhada na elaboração do diagnóstico.
A Contratada, de posse da Ata de Reunião referente à visita inicial, deve voltar ao
trecho para coleta de outras informações necessárias, visando complementar os
estudos preliminares, destinadas à elaboração do Diagnóstico e da Concepção do
Projeto.

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Esse diagnóstico deve se basear principalmente em: dados de tráfego, investigação
ambiental preliminar, avaliação das condicionantes da geometria da via,
desapropriação, segurança viária, terraplenagem, drenagem e pavimentação.
O Diagnóstico deve ser encaminhado ao Coordenador do Projeto para análise
prévia, acompanhado da concepção da obra a ser projetada, indicando as
alternativas propostas.
Após a análise, o Coordenador do Projeto deve convocar uma reunião com a equipe
da Consultora para discutir as propostas e conceder a Aprovação Preliminar,
visando à continuidade do projeto.
3.1.2 Fase 2
A Minuta do Projeto deve ser desenvolvida sobre as soluções escolhidas e
aprovadas na fase de Diagnóstico e Concepção do Projeto, de acordo com os
Termos de Referência do Edital e das instruções da Contratante.
Quando definida em Edital, deve ser utilizada a metodologia “Análise de Engenharia
de Valor”, para avaliação das soluções propostas. Nesta análise devem ser levados
em consideração, os principais itens dos serviços que interferem no valor global do
empreendimento, incluindo custo inicial, sua manutenção e operação, durante a vida
útil do patrimônio público construído.
Para aprovação da Minuta do Projeto, Contratada e Contratante devem realizar
VISITA TÉCNICA (de “Portaria”) conjunta de avaliação ao trecho, em cumprimento
ao disposto na Portaria DEER/MG nº 2145/06.
A visita deve ser realizada de posse da Minuta do Projeto analisada e, após a
locação do eixo e marcação dos “off sets” em campo, otimizada através de um
“check list”, gerando um Relatório de Visita Técnica.
A minuta deve ser entregue no prazo mínimo de 10 (dez) dias úteis antes da Visita
de Portaria.
Desta visita deve participar uma equipe multidisciplinar constituída por
representantes da Diretoria de Projetos, Diretoria de Infraestrutura e Diretoria de
Manutenção do DEER/MG, além dos Coordenadores Geral/Setoriais da Consultora.
A autorização para prosseguimento dos serviços deve ser precedida de reunião com
os Coordenadores do Projeto da Contratada e Contratante, envolvendo toda a
equipe gerencial responsável, de ambas as partes, para análise conjunta da Minuta
do Projeto corrigida, devendo este evento durar o tempo necessário para se esgotar
o assunto.
Depois de atendidas as correções por parte da Contratada, dá-se por encerrada a
fase de da elaboração da Minuta do Projeto.

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A apresentação na fase da Minuta do Projeto deve constar de:
 Volume 1 – Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo textos
descritivos e justificativos do projeto elaborado, de forma sucinta (3 vias);
 Volume 2 – Projeto de Execução (3 vias);
 Volume Anexo 3 B – Estudos Geotécnicos (2 vias);
 Volume Anexo 3 D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (1 via);
 Volume Anexo 3 E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (1 via);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
3.1.3 Fase 3
A Contratada deve apresentar o Projeto de Execução, desenvolvido com base nas
soluções aprovadas na Minuta do Projeto, para análise do Contratante, indicando as
soluções propostas, a memória de cálculo, o quadro de quantidades e o orçamento
final.
O Coordenador do Projeto deve avaliar se há concordância entre a Minuta do
Projeto e o Projeto de Execução, verificar se os quantitativos e o orçamento final
estão justificados e detalhados na memória de cálculo, visando evitar supressão de
itens na Planilha.
No caso de serem introduzidas alterações na Minuta do Projeto por recomendação
do Coordenador do Projeto (Contratante), devem ser feitas as correções no prazo
estipulado e deve ser reapresentada a Minuta corrigida, para aprovação. A
aprovação da nova Minuta de Projeto pelo Coordenador do Projeto deve ser
formalmente comunicada à Contratada.
Em reunião específica entre os Coordenadores do Projeto da Contratada e
Contratante, envolvendo toda a equipe gerencial responsável, deve ser feita análise
conjunta do Projeto de Execução apresentado, devendo este evento durar o tempo
necessário para se esgotar o assunto.
O Projeto de Execução deve conter o conjunto de elementos necessários e
suficientes à execução completa da obra, possibilitando a contratação por preço
global, contendo: o relatório de projeto, as especificações técnicas, os desenhos, as
notas de serviço, as memórias de cálculo, os resultados dos estudos e o orçamento
detalhado do custo global do empreendimento.
A variação máxima admitida para os quantitativos é de no máximo 10 % (em valor
contratual), para sua execução.

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A impressão definitiva do Projeto de Execução deve ser encaminhada ao
Coordenador do Projeto (Contratante) para aprovação final e a aceitação deve ser
oficialmente comunicada à Contratada.
A apresentação na fase de Projeto de Execução (impressão final) deve constar de:
 Volume 1 Relatório do Projeto e Documentos para Concorrência contendo resumo
do projeto elaborado (6 vias);
 Volume 2 Projeto de Execução (6 vias);
 Volume Anexo 3B – Estudos Geotécnicos (6 vias);
 Volume Anexo 3D – Notas de Serviço e Cálculo de Volume (6 vias);
 Volume Anexo 3E – Seções Transversais Gabaritadas, na escala 1:200 (2 vias);
Todos os volumes devem ser apresentados também em meio digital, em arquivos:
“.doc” ou “.docx”; “.dso” e/ou “.dwg”.
As cópias dos projetos em meio digital devem contemplar as diversas etapas do
projeto, incluindo todos os arquivos gerados no software “TopoGraph” ou similar,
relativos à poligonais, irradiação, planialtimetria, estaqueamento, greide, desenhos
dos projetos e seções transversais gabaritadas e arquivos relativos a todos os
serviços constantes do projeto.
O Projeto Planialtimétrico deve ser apresentado nas seguintes escalas:
Situação Referencial Escala
Planta Horizontal 1 : 2.000
Horizontal 1 : 2.000
Perfil Vertical 1 : 200
As interseções devem ser apresentadas em planta na escala 1:500 (H) e em perfil
1:1.000 (H) / 1: 100 (V).
Os projetos devem ser encadernados de acordo com os seguintes critérios:
Formato Papel Fonte
A3 Capa Papel couchê 180 g/m2, plastificado frente Arial tamanho 18 a 26
A3 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho >= 8
A4 Capa Papel couchê 180 g/m2, plastificado frente Arial tamanho 14 a 22
A4 Miolo Papel 75 g/m2, branco, impressão 1/0 Arial tamanho 12

As encadernações da Minuta de Projeto terão capa na cor branca. As


encadernações do Projeto de Execução terão capa na cor verde claro (“verde tahiti”)

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O modelo para capa de caderno em formato A - 3 é o seguinte:

Fonte Estilo Tamanho


GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 24
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE Arial Negrito 22
DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E ESTRADAS DE RODAGEM
Arial Negrito 20
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


Arial Negrito 22
MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO

RODOVIA :
TRECHO : Arial Negrito 16
SUBTRECHO: (quando for o caso)

Volume 2: PROJETO DE EXECUÇÃO Arial Negrito 18

MÊS/ANO Arial Normal 14

O modelo para capa de caderno em formato A - 4 é o seguinte:


Fonte Estilo Tamanho
GOVERNO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Arial Negrito 18
SECRETARIA DE ESTADO DE INFRAESTRUTURA E MOBILIDADE Arial Negrito 14
DEPARTAMENTO DE EDIFICAÇÕES E ESTRADAS DE RODAGEM Arial Negrito 14
DO ESTADO DE MINAS GERAIS

PROJETO DE ENGENHARIA RODOVIÁRIA DE


MELHORAMENTOS E PAVIMENTAÇÃO
Arial Negrito 14

RODOVIA :
SUBTRECHO: (quando for o caso) Arial Negrito 12

Anexo 3A – PROJETO DE DESAPROPRIAÇÃO Arial Negrito 14

MÊS/ANO Arial Normal 11

Na apresentação do Projeto de Execução, a Contratada deve apresentar


documento, assinado pelo Representante Legal e Responsável Técnico, declarando,
sob pena de lei: que o projeto de engenharia e os quantitativos apresentados

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obedecem rigorosamente aos termos do Edital de Licitação, as especificações
contidas em seus anexos, as normas técnicas vigentes e, que todos os elementos
disponíveis para a elaboração do projeto foram baseados em dados reais, coletados
em visitas “in loco”.
3.1.4 Fase 4
Deve ser realizada uma exposição do projeto para as empresas interessadas em
realizar a obra, com a participação dos Coordenadores de Projeto da Contratada e
do Contratante, e do Representante da Diretoria responsável pela contratação da
obra.
A Contratada deve apresentar a concepção e os detalhes do Projeto de Execução,
bem como as soluções definidas, os quantitativos previstos e as providências a
serem tomadas durante a execução das obras, principalmente em relação ao meio
ambiente e áreas a serem desapropriadas.
4. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS
4.1. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS CONVENCIONAIS
Após a aprovação do traçado devem ser desenvolvidos os serviços topográficos,
que devem constar de:
 Determinação das coordenadas geográficas e topográficas locais;
 Levantamento planialtimétrico, estabelecendo-se o alinhamento dos objetos
cadastrados e as variações de nível do terreno;
 Cadastro dos objetos encontrados, devidamente detalhados, especialmente em
relação às linhas de bordo da via, dos taludes, das bancadas, das saias de aterro,
das sarjetas, das ruas e das conformações do terreno.
Os serviços topográficos devem ser georreferenciados, utilizando-se coordenadas
verdadeiras (latitude e longitude) e altitudes geométricas, obtidas com o uso de
equipamentos “GNSS” de dupla frequência, com precisão igual ou menor do que 5
mm + 1 ppm.
Após este processo de georreferenciamento, as coordenadas geográficas (latitude e
longitude) devem ser transformadas em coordenadas planas (“UTM”), especificando-
se o fuso. As coordenadas “UTM” devem ser transformadas em coordenadas
topográficas, a fim de permitir tratamento geométrico plano retangular.
Na hipótese da existência de uma “Referência de Nível (RN)”, do IBGE, localizada
em um raio máximo de 20 km, deve-se optar pela determinação da Referência de
Nível do Marco Principal, a partir do RN (IBGE), através do Método Convencional de
Transporte de Cotas, com nível de precisão.
No caso de inexistência de marcos RN (IBGE), num raio máximo de 20 km, devem

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ser utilizadas as altitudes geométricas obtidas no levantamento “GNSS”,
transformadas em altitudes ortométricas, com a utilização do aplicativo
“MAPGEO2015”, ou versão mais atualizada.
Os serviços topográficos devem ser executados em duas fases (relacionadas a
seguir), não se aceitando o procedimento denominado “Exploração Locada”.
O eixo de locação deve ser definido, apoiado em levantamentos descritos na
Primeira Fase e sua materialização no campo deve ser realizada, conforme descrito
na Segunda Fase dos serviços descritos a seguir:
4.1.1 Primeira Fase dos Serviços Topográficos
A primeira fase dos serviços topográficos compreende os serviços de implantação
dos marcos geodésicos, poligonais de apoio e levantamento planialtimétrico
cadastral, conforme descrito a seguir:
4.1.1.1 Marcos Geodésicos
a. Implantação dos Marcos Geodésicos
Os marcos geodésicos devem ser georreferenciados ao “Sistema Geodésico
Brasileiro (SGB) ”, “Datum SIRGAS2000”. Eles constituem a principal base de
referência topográfica do projeto. Os marcos “GNSS” devem ser executados em
conformidade com o padrão definido pelo DEER/MG, descrito a seguir:
 Devem ser executados através da implantação de marcos monumentados com
chapa metálica cravada contendo: a sua codificação, o nome da empresa
responsável pelo serviço e técnica empregada;
 Deve ser escavada, no terreno natural, uma cava com dimensões de 0,40 m x 0,40
m x 0,40 m, para a implantação do marco de concreto;
 Os marcos devem ser implantados em pares intervisíveis, com distância mínima de
150 metros entre eles, devendo ainda estar distantes de, pelo menos, 40 metros do
futuro eixo de projeto;
 Os pares de marcos devem ser instalados no início e final do trecho a ser
levantado, admitindo-se um intervalo máximo de 5 km entre os mesmos. Assim, faz-
se necessário que todos os vértices entre os marcos façam parte de poligonais, cujo
erro de fechamento admissível está relacionado na Tabela I, a seguir:
Tabela I
Fechamento de Poligonais e Tolerâncias
Fechamento Tolerâncias
Linear 1: 20.000
Angular 20”.n 1/2
Nivelamento e = 20 mm (k)1/2

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Onde:
“n”, refere-se ao número de lados da poligonal;
“K”, é a extensão nivelada em quilômetro, medida em um único sentido.
b. Construção dos Marcos GPS
Para a confecção do monumento de concreto, deve ser adotado o traço 1:2:4
(mistura proporcional de cimento, areia e pedra). Para tanto, deve-se utilizar a pedra
britada n° 0 (zero) ou 1 (um).
O marco deve obedecer ao seguinte formato e dimensões (Vide Figura 1 A):
 Formato de tronco de pirâmide;
 Base quadrangular de 18 cm de lado;
 Topo quadrangular de 10 cm de lado;
 Altura de 40 cm.
Para a confecção deste tipo de marco deve-se utilizar uma forma metálica dotada de
alças laterais. A forma deve ter o mesmo formato do marco. (Vide Figura 1 B):
FIGURA 1A FIGURA 1B

Escala 1:10
Medidas em cm
c. Assentamento do Marco
 Abrir uma cava com 40 cm de lado até uma profundidade de 50 cm;
 Aterrar com argila fortemente compactada os primeiros 10 cm da vala;
 Assentar o marco sobre a cama de argila e preencher o restante da cava com a
mesma argila fortemente compactada até uma altura que diste verticalmente de 5
cm do bordo superior da cava;

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 Confeccionar o passeio lateral com concreto traço 1:2:4, nas dimensões 0,40 x
0,40 x 0,05 m, preenchendo com o concreto o restante da cava até facear o terreno
natural;
 Executar acabamento no concreto. (Vide Figuras 2 e 3)

FIGURA 2 FIGURA 3

Medidas em cm.

d. Chapa Metálica do Marco GPS


A chapa é uma peça metálica (bronze ou alumínio) que identifica a estação.
Define o ponto de referência (origem das coordenadas) da estação, quando se
encontra engastada no topo de superfície estável do marco.
As dimensões, formato e “lay out” da chapa devem estar de acordo com a Figura 4:
FIGURA 4

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A fixação da chapa no marco deve ser feita no momento da concretagem deste,
introduzindo-a através de um pino de 60 mm de comprimento e 10 mm de diâmetro
na massa de concreto.
Este pino deve apresentar um furo de 3 mm de diâmetro, distante 10 mm de sua
base, para a introdução de um outro pino metálico transversal, com diâmetro de 3
mm e comprimento mínimo de 100 mm, com o objetivo de maximizar sua fixação.
Para a confecção da chapa, devem ser observadas as especificações constantes na
Figura 4, onde estão cotadas as dimensões da chapa, tais como: diâmetro (60 mm),
altura do prato (8 mm /3 mm), dimensões da haste de suporte (60 mm de
comprimento e 10 mm de diâmetro) e, diâmetro do furo transversal à haste, para
trespasse do pino de segurança (= 3 mm).
e. Legendas
As estações devem ser identificadas, através de legendas estampadas, com
numerador de aço, de 6 mm e de 8 mm, na chapa metálica especificada, conforme
indicado na Figura 4, contendo: o nome DEERMG, o código do marco, o nome da
empresa executora e o furo delineado com um triângulo, para referência e
posicionamento dos equipamentos de topografia e GPS.
f. Posicionamento Físico dos Marcos Geodésicos
A posição do marco principal deve estar centralizada em relação à área do projeto e,
a partir dele devem ser implantados os marcos secundários.
Os marcos secundários devem ser distribuídos ao longo do trecho, observando-se
as condições topográficas locais, de modo que à distância de aproximadamente de 5
km exista pelo menos um par de marcos geodésicos, a serem utilizados como ponto
de partida e chegada de quaisquer levantamentos topográficos a serem realizados;
principalmente, os serviços de implantação das poligonais de apoio.
Recomenda-se que estes marcos sejam posicionados fora da área de ação das
máquinas de terraplenagem, observando-se um afastamento mínimo de 50 metros,
da diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se o local mais
adequado às condições de segurança, visibilidade e facilidade de utilização.
Devem ser observadas as condições de rastreio, de modo que o horizonte em torno
da antena receptora esteja desobstruído de quaisquer obstáculos, que dificultem a
captação de sinais dos satélites.
Também deve ser evitado instalar qualquer tipo de marco geodésico, em locais
próximos a estações de transmissão de microondas, radares, antenas
radiorrepetidoras e linhas de transmissão de alta tensão, por representarem fontes
de interferência para os sinais “GNSS”.

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g. Rastreamento dos Marcos Geodésicos (Levantamento “GNSS”)
Devem ser observadas as boas técnicas de posicionamento e rastreio, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS)”, do IBGE, de
modo a garantir a precisão de 5 mm + 1 ppm para o marco principal ou 5 a 10 mm +
1 ppm, para os marcos secundários, conforme o caso.
h. Análise e Processamento dos Dados do Marco Geodésico Principal
O georreferenciamento do marco principal deve ser feito através da técnica
denominada “Posicionamento Relativo Estático”, ajustada ao Sistema Geodésico
Brasileiro, a partir dos vértices da Rede Fundamental, definida anteriormente
conforme as “Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS) ”, do
IBGE.
Deve ser ajustado pelo “Método dos Mínimos Quadrados (MMQ) ”, com precisão de
1 sigma (1σ) e “Erro Médio Quadrático (RMS) ” igual ou menor do que 100 mm,
usando como injunções os pontos da Rede Fundamental.
i. Análise e Processamento dos Dados dos Marcos Geodésicos Secundários
Os marcos geodésicos secundários devem ser definidos, a partir do marco principal,
através do método denominado “Relativo Estático Clássico” ou “Relativo Estático
Rápido”, conforme a técnica de posicionamento e rastreio utilizada, levando-se em
consideração as especificações do equipamento utilizado e a distância entre o
marco principal e o marco secundário em implantação, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS) ”, do IBGE.
Devem ser utilizados receptores L1/L2, sendo que o comprimento da linha de base
pode ultrapassar 20 km, desde que atenda o nível de precisão recomendado para o
marco principal (5 mm + 1 ppm). Obrigatoriamente deve-se apresentar a fixação das
ambiguidades.
j. Relatórios dos Marcos Geodésicos
Os serviços de implantação de marcos geodésicos devem ser descritos em Relatório
Específico, contendo as seguintes informações:
 Descrição das operações de rastreamento, incluindo marca e tipo do equipamento
utilizado, tempo de rastreio, bases de referências e precisões obtidas;
 Duas (2) fotos de cada marco implantado com o respectivo aparelho instalado no
mesmo, sendo uma foto em detalhe e outra foto do tipo panorâmica local;
 Croquis de localização e descrição sucinta do acesso ao local;
 Anotações de data, horário, altura da antena e condições de rastreio;
 Arquivos eletrônicos em formato “RINEX”;

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Volume III – Estudos e Levantamentos Topográficos

 Memórias de cálculo, com indicação das precisões obtidas (monografia);


 Relatório de Processamento de cada marco geodésico de exportação do software
utilizado no pós-processamento (formato “pdf”).
k. Implantação dos Marcos Topográficos das Poligonais de Apoio
A partir dos marcos geodésicos, após o estabelecimento das coordenadas
topográficas, devem ser implantados outros vértices topográficos, intervisíveis entre
si, que devem complementar a poligonal de apoio do projeto.
Estes marcos podem ser coincidentes com os RNs implantados ou podem ser
implantados através de piquetes de madeira (“goiabão” ou similar, tratado em
autoclave), de 6 cm x 6 cm x 20 cm, cravados com segurança e identificados através
de estacas testemunhas de madeira, com dimensões de 4 cm x 2 cm x 40 cm,
devidamente pintadas na cor branca. Podem ainda ser utilizadas estacas de bambu
pintadas na cor branca.
Devem ser implantados com distanciamento de 100 a 500 m entre si, permitindo-se,
excepcionalmente, um distanciamento de 50 a 1.300 metros.
Admite-se um erro relativo de fechamento linear de E = 1:20.000 e erro de
fechamento angular e = 8" (n)1/2, sendo ‘n’ o número de vértices da poligonal,
obrigatoriamente fechada no mínimo, a cada 5 (cinco) km, em pares de marcos
“GNSS”.
Todos os pontos de apoio devem ser nivelados e contra nivelados geometricamente,
admitindo-se erro de fechamento altimétrico e = 20 mm (k)1/2, onde ‘K’ é a extensão
nivelada em quilômetro, medida em um único sentido. Devem ser obrigatoriamente
fechados a cada 5 (cinco) km nos marcos geodésicos.
Os posicionamentos das linhas base devem ser criteriosamente analisados,
devendo estas, estarem obrigatoriamente afastadas, a pelo menos 30 metros da
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se o local mais adequado
dentro da faixa topográfica.
Em casos especiais, como em trechos de vegetação densa, previamente autorizado
pelo DEER/MG, os vértices das poligonais podem estar localizados próximos ao eixo
projetado, desde que observado o seguinte procedimento:
 A cada 1 km de levantamento das poligonais, deve ser implantado um par de
marcos intervisíveis e equidistantes a, no mínimo, 30 metros do traçado horizontal
determinado;
 Esses marcos devem, obrigatoriamente, fazer parte da poligonal e nunca serem
implantados como simples amarrações;
 Para o cálculo das poligonais, as coordenadas obtidas no georreferenciamento,

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devem ser transformadas em coordenadas topográficas, informando-se o “Datum” e
o “Meridiano Central” utilizados.
As poligonais de apoio devem ser descritas em Relatório Específico, contendo as
seguintes informações:
 Método utilizado;
 Croquis de localização dos marcos;
 Memórias de cálculo das coordenadas dos marcos (N, E, Z);
 Respectivos fechamentos obtidos;
 Dados armazenados em arquivos eletrônicos de poligonais (dados brutos e
cadernetas calculadas).
l. Execução de Levantamento Planialtimétrico Cadastral
A partir dos vértices da poligonal de apoio deve ser realizado o levantamento
planialtimétrico e cadastral da faixa de interesse para implantação da rodovia, com
utilização de equipamentos eletrônicos do tipo estação total. Esta faixa deve ser
determinada a partir da diretriz da estrada, de acordo com as características da
rodovia e com o eixo do estudo de traçado aprovado previamente.
A faixa de levantamento deve coincidir com a faixa de domínio, com largura mínima
de 30 (trinta) metros para cada lado do eixo supracitado; exceto nas áreas de
interseção com cursos d’água, onde o levantamento deve se estender, dependendo
do porte do curso d’água, de forma a abranger, no mínimo, 30 centímetros de
diferença de nível de montante à jusante. Caso não seja atingido o desnível de 30
cm, o levantamento deve se estender até 100 metros para cada lado. Nos casos
onde a seção transversal de projeto ultrapassar, portanto, a largura de 60 metros, a
faixa mínima a ser levantada deve ser igual à largura do “off set”, mais 5 (cinco)
metros para cada lado.
Para a modelagem do terreno, devem ser feitas irradiações de pontos a partir dos
vértices das poligonais e das estações auxiliares, com o objetivo de formar uma
nuvem de pontos que caracterizem adequadamente a topografia local.
Quando os pontos das poligonais de apoio não oferecerem condições de visibilidade
suficiente para levantamento de áreas específicas é permitida a implantação de
pontos auxiliares (piquetes de madeira, com dimensões de 2 cm x 2 cm x 20 cm).
Estes pontos não estão sujeitos às restrições de localização. Entretanto, devem ser
implantados com o mesmo rigor de amarração e fechamento imposto às poligonais
de apoio (fechamento linear E = 1:20.000, angular e = 8" (n)1/2, sendo ‘n’ o número
de vértices e fechamento altimétrico e = 20 mm (k)1/2, onde ‘K’ é a extensão
nivelada em quilômetro, medida em um único sentido, fechada obrigatoriamente nos

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pontos da poligonal de apoio mais próxima. Em caráter de exceção, e apenas com
autorização da Diretoria de Projetos, podem ser aceitos pontos levantados a partir
de redes auxiliares de até 3 (três) unidades sequenciais, sem necessidade de
fechamento, amarração na poligonal principal ou secundária.
Devem ser cadastradas todas as incidências de interesse do projeto, no máximo de
20 em 20 metros, especialmente em:
 Rios e córregos (margens, fundos, barrancos e meandros);
 Nascentes d’água;
 Bueiros, pontes e viadutos;
 Grotas, cristas e fundos de talvegues;
 Início e fim de cada aclive ou declive e quebras do terreno;
 Vias de acesso e vias laterais;
 Cercas e divisas;
 Culturas e atividades econômicas;
 Imóveis e edificações próximas à via;
 Serviços de utilidade pública (postes, torres elétricas, rede de esgoto e água);
 Início e fim de áreas urbanas;
 Valas e erosões;
 As cristas e pés de taludes e bancadas;
 Pontos de passagem, Cortes/Aterros;
 Locais com escorregamento de taludes (cadastramento das trincas e sinais de
ruptura);
 Início e fim de cada segmento ou trecho;
 Espécies vegetais de grande porte ou de relevância para a flora e meio ambiente;
 Áreas especiais (áreas institucionais e áreas de reserva ambiental);
 Áreas de empréstimos e de ocorrência de materiais para pavimentação;
 Demais acidentes topográficos.
É vedado o uso de equipamentos de “GNSS RTK” para o levantamento de
poligonais, irradiações e/ou seções transversais; bem como, fica vedado também o
uso de “VANTs” ou “drones” para cadastro planialtimétrico, visto que este Manual
não abrange parâmetros de qualidade, nem limites de tolerância para erros
sistemáticos destes equipamentos, portanto não aceitos pelo DEER/MG.

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Devem ser atendidas também as necessidades relativas aos Projetos de Drenagem,
Obras Complementares, Projetos de Obras de Arte Especiais e Projeto de Meio
Ambiente, observando-se o seguinte:
l.1. Levantamento Cadastral para Projeto de Obras de Arte Correntes
Nos locais de assentamentos das obras de arte correntes devem ser feitas as
irradiações dos pontos e coletadas as informações básicas; assim como, os pontos
do perfil do fundo e das encostas do talvegue, a crista do talvegue, em relação ao
lado montante e jusante do eixo, suficiente para a perfeita caracterização do terreno
e locação do bueiro.
Devem ser elaborados os croquis elucidativos dos levantamentos efetuados,
conforme definido em planilha específica, contendo o seguinte:
 Coleta de informações: devem ser coletadas informações sobre os níveis máximos
observados, com indicação da data do evento, baseados nas informações dos
moradores locais e nos vestígios das ocorrências;
 Máximas cheias: os locais de máximas cheias devem ser nivelados, indicando-se
as posições nos croquis.
l.2. Cadastramento de Bueiros Existentes
O cadastramento das obras existentes (bueiros de grotas e de greide) deve ser feito
conforme documento específico do DEER/MG (vide Anexo).
Deve indicar o tipo de seção de bueiro, com a identificação de posição da obra
amarrada à poligonal básica e levantamento de todos os pontos de crista do aterro,
de pontos intermediários do talude, das extremidades (topo e fundo) e de quaisquer
outros pontos necessários.
Para auxiliar a visita do projetista, antes da locação do trecho, deve ser cravada uma
estaca testemunha em cada bueiro, com indicação do quilômetro referencial do
estudo para o projeto, posicionada em local visível e amarrada à poligonal.
Deve ser anotado o tipo de bueiro (simples ou múltiplo; tubular ou celular; de
concreto ou metálico), o diâmetro do tubo, se existem ou não alas e/ou caixa
coletora, a seção do tubo que realmente trabalha, bem como a medida da altura do
espaço livre.
Igualmente devem ser coletadas informações disponíveis sobre o funcionamento da
obra, ou seja, se a mesma trabalha afogada ou se é visivelmente insuficiente.
Devem ser utilizadas as seguintes abreviaturas para indicação do tipo da obra:

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Tabela II
Abreviaturas segundo o Tipo de Obra
Simples (BSTC)
Bueiro Tubular de Concreto Duplo (BDTC)
Triplo (BTTC)
Simples (BSTM)
Bueiro Tubular Metálico Duplo (BDTM)
Triplo (BTTM)
Simples (BSCC)
Bueiro Celular de Concreto Duplo (BDCC)
Triplo (BTCC)
l.3.Levantamento Cadastral para Projeto de Obra de Arte Especial
Os estudos topográficos necessários aos Projetos de Obras de Arte Especiais (OAE)
devem atender o seguinte procedimento:
Para os locais de assentamentos das obras de arte especiais, devem ser feitas as
irradiações e coletados os pontos do perfil do fundo do curso d’água, através de
levantamentos diretos ou batimétricos, conforme o caso, tanto à montante quanto à
jusante do eixo, para obtenção de informações suficientes para a perfeita
caracterização dos relevos do entorno e da linha d’água. É obrigatório o
levantamento das OAE existentes. Devem ser elaborados croquis elucidativos dos
levantamentos efetuados.
l.4.Nuvem de Pontos para Modelagem do Terreno
Além das exigências acima, no que tange aos levantamentos dos pontos de
interesse do projeto; especialmente no se refere às incidências para o
cadastramento de bueiros existentes, obras de arte correntes e obras de arte
especiais, devem ser observados os critérios de adensamento mínimo de pontos
para a modelagem do terreno e perfeita caracterização da topografia local, conforme
determina a Norma ABNT NBR 13.133/94:
 Terrenos Planos, que apresentem declividade transversal de até 5%:
adensamento mínimo de 170 pontos irradiados por hectare, com espaçamento
máximo de 20 metros entre pontos;
 Terrenos ondulados, que apresentem declividade transversal de 5% a 20%:
adensamento mínimo de 220 pontos por cada hectare, com espaçamento máximo
de 15 metros entre pontos;
 Terrenos Montanhosos, que apresentem declividade transversal maior que 20%:
adensamento mínimo de 300 pontos irradiados por cada hectare, com espaçamento
máximo de 10 metros entre pontos.
Os dados de levantamento acima devem ser compilados em seus respectivos

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arquivos eletrônicos e processados através de softwares topográficos, compatíveis
com o sistema adotado pelo DEER/MG, exigindo-se todos os dados brutos
originados das estações totais, níveis eletrônicos e “GPS” utilizados.
Esta base de dados deve ser utilizada para processamento, manuseio e definição do
eixo do projeto e da geometria da via.
4.1.2 Segunda Fase dos Serviços Topográficos
A segunda fase dos serviços topográficos consiste na locação, nivelamento e
contranivelamento geométrico do eixo de projeto.
Além da materialização do eixo locado exige-se complementarmente, a marcação de
“off set”, com colocação de piquetes, devidamente identificados por estacas
testemunhas, obedecendo-se os seguintes critérios:
 Devem ser locados todos os pontos notáveis do traçado geométrico (PC, PT, TS,
SC, CS e ST) e identificados os pontos de cruzamento com outras rodovias;
 O eixo de projeto deve ser piqueteado de 20 em 20 metros e de 10 em 10 metros,
nas curvas de raio menores do que 200 metros, nivelado e contra nivelado
geometricamente;
 Em todos os piquetes implantados devem ser colocadas estacas testemunhas. As
estacas devem ser constituídas de madeira de boa qualidade ou bambu (aprovados
pelo DEER/MG), pintadas na cor branca e identificadas com inscrições em vermelho,
escritas de cima para baixo, localizadas sempre à esquerda da diretriz da rodovia no
sentido crescente do estaqueamento, com a identificação voltada para o piquete;
 As estacas testemunhas devem ser previamente preparadas, pintadas e
identificadas;
 • Após a locação do eixo e de posse da seção tipo e da nota de serviço do projeto,
deve ser providenciada a marcação de “off sets”, através do Método de Locação por
Coordenadas, a partir de estação total;
 Para a realização deste serviço, devem ser cravados no solo, piquetes e estacas
testemunha, em conformidade com o padrão definido pelo DEER/MG. Nas estacas
testemunhas deve ser pintada com tinta vermelha, a inscrição da letra “A”, para
indicação de aterro e, da letra “C”, para indicação de corte, sem a necessidade de
inscrição de cota (corte/aterro);
 Os “off sets” devem ser materializados a cada 20 metros nas tangentes e, a cada
10 metros nas curvas com raios de curvatura menores que 200 metros;
 Devem ser implantadas referências de nível (RN), de 500 em 500 (quinhentos)
metros e nas obras de arte especiais. Na hipótese dos vértices de apoio (marcos
principais e secundários) não atenderem essa condição devem ser implantados

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novos marcos de concreto, amarrados à poligonal de apoio, para suprir essa
exigência;
 A tolerância de fechamento, correspondente à diferença máxima aceitável entre as
RNs deve ser: e = 20 mm. (K) ½, onde “k” é a extensão nivelada em quilômetros,
medida num único sentido;
 Os materiais a serem utilizados (piquetes, estacas e marcos de RN) devem estar
em conformidade com o padrão definido pelo DEER/MG (ver “Marcos Geodésicos”);
 Durante a locação de eixos e marcação de “off sets” deve ser feito o levantamento
das seções transversais a cada 20 metros nas tangentes e, a cada 10 metros nas
curvas com raios de curvaturas menores do que 200 metros;
 O levantamento das seções transversais deve ser realizado com a utilização de
Estação Total, pelo processo de irradiação de pontos, abrangendo uma faixa de
levantamento compatível com o projeto;
 O levantamento deve ser ortogonal ao eixo locado (estaqueamento de 20 em 20
metros em tangentes e, de 10 em 10 metros nas curvas de raio menores do que 200
metros), com largura equivalente à dimensão do “off set” (corte/aterro) de cada
estaca acrescida de 5 metros para cada lado. Deve-se considerar, portanto, as
determinações presentes na Nota de Serviço do projeto, ressaltando-se que o último
ponto irradiado para cada seção deve estar posicionado precisamente a 5 metros do
ponto de “off set”, materializado em ambos os lados;
 Somente devem ser irradiados pontos a partir dos vértices da poligonal (principal)
ou de vértices auxiliares (poligonais de secundárias), com o objetivo de formar uma
nuvem de pontos que caracterizem adequadamente e com a devida precisão a
topografia de cada seção transversal. Ressalta-se que devem ser cadastrados os
mesmos elementos da fase inicial dos estudos topográficos, citados no item
“Estudos Topográficos”;
 Após novo processamento, os arquivos do levantamento de seção transversal,
nivelamento e contranivelamento, devem ser incorporados ao projeto e ser
entregues à Diretoria de Projetos, em arquivos digitais, em formatos: “IRRAD” e
desenhos com extensões “dso” ou “dwg”.
4.1.3 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Os serviços topográficos destinados a obras civis e industriais possuem as mesmas
características e exigências técnicas observadas para as fases de diagnóstico e
implantação de marcos de apoio.
Entretanto, os levantamentos planialtimétricos cadastrais, possuem características e
exigências técnicas diferenciadas.

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4.1.3.1 Implantação de Marcos de Apoio para Levantamentos Topográficos
destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Para a implantação de marcos de apoio, destinados aos projetos de obras civis e
industriais, devem ser utilizados os mesmos recursos e deve ser observada a
mesma produtividade adotada para implantação de marcos de apoio para projetos
de rodovias.
4.1.3.2 Levantamento Planialtimétrico Cadastral para Obras Civis e Industriais
Aos levantamentos planialtimétricos cadastrais destinados a projetos de obras civis
e industriais, além das especificações adotadas para os levantamentos cadastrais
destinados a desenvolvimento de projetos rodoviários, deve-se acrescentar as
seguintes exigências:
 Detalhamento das vias de acesso existentes, incluindo: dimensões e tipos de
calçadas e meios-fios;
 Detalhamento das caixas coletoras de água e de esgoto, incluindo dimensões,
tipos de tampa, cota de topo e fundo, diâmetro e nível das geratrizes dos tubos de
entrada e saída existentes;
 Localização, tipo, espessura e altura dos postes de telefonia e eletricidade
existentes;
 Localização, tipo e dimensões de caixas de passagem e distribuição, quadros de
luz e sistemas de comunicação existentes;
 Detalhamento das divisas e muros, incluindo: tipo, comprimento, espessura, altura
e estado de conservação;
 Localização de dutos subterrâneos de: gás, energia elétrica e comunicação;
Levantamento das edificações residenciais, comerciais, industriais, eclesiásticas e
de serviços públicos existentes, incluindo: localização, tipo, dimensões horizontais e
verticais, cota do piso de entrada e estado de conservação.
4.1.4 Serviços de locação de Sondagens, Tubulões e Pilares
Os serviços de locação de furos de sondagens, tubulões e pilares, devem ser
executados com todas as exigências especificadas para os demais serviços
topográficos, anteriormente indicados.
4.1.5 Apresentação dos Serviços Contratados
Em cada uma das etapas dos serviços executados a Contratada deve apresentar
Relatórios Específicos, indicando os serviços executados em cada uma das fases,
acompanhados de arquivos digitais em “CD ROM” e plantas correspondentes.

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A empresa contratada para execução de serviço topográfico deve fornecer um
relatório completo, indicando:
 A produtividade média diária, baseadas nas condicionantes específicas;
 As características básicas dos serviços executados;
 Informações físicas do espaço geográfico;
 A equipe técnica e auxiliares utilizados na execução do serviço;
Os equipamentos e sistema (s) informatizado (s) utilizado (s) para execução do
serviço de topografia.
Para o Projeto Rodoviário, os Estudos Topográficos devem ser apresentados:
 No Volume 1 – Relatório de Projeto, de forma sucinta;
 No Volume 2 – Documentos para Concorrência, de forma sucinta;
 No Volume 3 – Memória Justificativa: devem ser apresentados todos os pontos de
levantamento, acompanhados de arquivos digitais em “CD ROM”, nas extensões
compatíveis com o “Sistema AutoCAD Civil” (Topográfico) e uma cópia em papel
“sulfite” ou similar.
4.2. SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS À “LASER SCANNER” (“Light Detection and
Ranging - LIDAR”)
4.2.1 Fase de Diagnóstico e Estudo de Traçado
Esta fase destina-se à determinação das áreas de execução da primeira fase dos
serviços topográficos, que devem subsidiar a elaboração dos projetos rodoviários.
A caracterização geométrica na fase de diagnóstico deve ser efetuada pelo
engenheiro responsável pelos estudos geométricos da rodovia, em visita ao campo,
utilizando “Receptor GPS de Navegação”, máquina fotográfica e demais
equipamentos que se fizerem necessários.
4.2.1.1 Atividades de Campo
Na visita ao trecho objeto do estudo, devem ser identificados os principais pontos
críticos, sejam de caráter horizontal ou vertical, indicando o ponto inicial e final,
assim como:
 As referências de fácil identificação para os estudos de traçado;
 As principais travessias;
 As interferências predominantes;
 O tipo de solo encontrado;

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 As ocorrências de jazidas ou materiais de construção, dentre outras.


 Feições urbanas, construções civis e unidades domiciliares.
As observações anotadas devem ser registradas em relatório específico que,
juntamente com as demais informações colhidas, tais como: mapas, carta
geográfica, fotografias aéreas, imagens de satélite (“Landsat”, “Google”, “RapidEye”
ou similar), informações vetoriais em escala cartográfica 1:50.000, do IBGE, ou IGA
e documentos públicos de interesse do empreendimento, devem servir de base para
orientação dos Estudos de Traçado.
4.2.1.2 Atividades de Escritório
Com base nas informações acima descritas, devem ser realizados em escritório, os
estudos de traçado que orientam os serviços de implantação de marcos, poligonais
de apoio e levantamentos planialtimétricos cadastrais.
É nesta fase que se determina o traçado básico, bem como a escolha de possíveis
variantes a serem incluídas na primeira fase dos levantamentos topográficos. Para o
aerolevantamento, é importante que durante as atividades de escritório sejam
determinados os vértices da área do projeto, assim como as coordenadas dos
pontos de controle (densificados), para permitir o planejamento do tempo de trabalho
em terra e do plano de voo.
O plano de voo deve levar em consideração os dados coletados durante a visita de
campo e deve ser elaborado em software específico, permitindo o cálculo da
altitude, superposição de faixas, velocidade, tempo de giro, número de passadas,
tamanho de faixa, frequência necessária do “laser”, frequência e ângulo de
escaneamento.
4.2.2 Serviços Topográficos
Após a aprovação do traçado e do plano de voo, devem ser desenvolvidos os
serviços topográficos, que devem constar de:
 Determinação das coordenadas geográficas e topográficas locais;
 Levantamento planialtimétrico, estabelecendo-se o alinhamento dos objetos
cadastrados e as variações de nível do terreno;
 Cadastro dos objetos encontrados, devidamente detalhados, especialmente em
relação às linhas de bordo da via, dos taludes, das bancadas, das saias de aterro,
das sarjetas, das ruas e das conformações do terreno.
Os serviços topográficos devem ser georreferenciados, utilizando-se coordenadas
verdadeiras (latitude e longitude) e altitudes geométricas, obtidas com o uso de
equipamentos “GNSS” de dupla frequência, com precisão igual ou menor do que 5
mm + 1 ppm.

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Após este processo de georreferenciamento, as coordenadas geográficas (latitude e
longitude) devem ser transformadas em coordenadas planas (“UTM”), especificando-
se o fuso.
Na hipótese da existência de uma “Referência de Nível (RN) ”, do IBGE, localizada
em um raio máximo de 20 km, deve-se optar pela determinação da Referência de
Nível do Marco Principal, a partir do RN (IBGE), através do Método Convencional de
Transporte de Cotas, com nível de precisão.
4.2.2.1 Primeira Fase dos Estudos Topográficos
A primeira fase dos serviços topográficos compreende os serviços de implantação
dos marcos geodésicos e o levantamento topográfico, utilizando escaneamento
“LIDAR”, conforme descrito a seguir:
a. Implantação dos Marcos Geodésicos
Os marcos geodésicos devem ser georreferenciados ao “Sistema Geodésico
Brasileiro (SGB) ”, “Datum SIRGAS2000”. Eles constituem a principal base de
referência topográfica do projeto. Os marcos “GNSS” devem ser executados em
conformidade com o padrão definido pelo DEER/MG, descrito a seguir:
 Devem ser executados através da implantação de marcos monumentados com
chapa metálica cravada contendo: a sua codificação, o nome da empresa
responsável pelo serviço e técnica empregada;
 Deve ser escavada, no terreno natural, uma cava com dimensões de 0,40 m x 0,40
m x 0,40 m, para a implantação do marco de concreto;
 Os marcos devem ser implantados em pares intervisíveis, com distância mínima de
150 metros entre eles, devendo ainda estar distantes de, pelo menos, 40 metros do
futuro eixo de projeto;
 Os pares de marcos devem ser instalados no início e final do trecho a ser
levantado, admitindo-se um intervalo máximo de 5 km entre os mesmos. Assim, faz-
se necessário que todos os vértices entre os marcos façam parte de poligonais, cujo
erro de fechamento admissível está relacionado na Tabela I, a seguir:
Tabela I
Fechamento de Poligonais e Tolerâncias
Fechamento Tolerâncias
Linear 1: 20.000
Angular 20”.n 1/2

Onde:
“n”, refere-se ao número de lados da poligonal,
‘K”, é a extensão nivelada em quilômetros, medida em um único sentido.

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b. Construção dos Marcos GPS
Para a confecção do monumento de concreto, deve ser adotado o traço 1:2:4
(mistura proporcional de cimento, areia e pedra). Para tanto, deve-se utilizar a pedra
britada n° 0 (zero) ou 1 (um).
O marco deve obedecer ao seguinte formato e dimensões (Vide Figura 1 A):
 Formato de tronco de pirâmide;
 Base quadrangular de 18 cm de lado;
 Topo quadrangular de 10 cm de lado;
 Altura de 40 cm.
Para a confecção deste tipo de marco deve-se utilizar uma forma metálica dotada de
alças laterais. A forma deve ter o mesmo formato do marco. (Vide Figura 1 B):

FIGURA 1A FIGURA 1B

Escala 1:10
Medidas em cm
c. Assentamento do Marco
 Abrir uma cava com 40 cm de lado até uma profundidade de 50 cm;
 Aterrar com argila fortemente compactada os primeiros 10 cm da vala;
 Assentar o marco sobre a cama de argila e preencher o restante da cava com a
mesma argila fortemente compactada, até uma altura que diste verticalmente de 5
cm do bordo superior da cava;
 Confeccionar o passeio lateral com concreto traço 1:2:4, nas dimensões 0,40 x

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0,40 x 0,05 m, preenchendo com o concreto o restante da cava, até facear o terreno
natural;
 Executar acabamento no concreto. (Vide Figuras 2 e 3)
FIGURA 2 FIGURA 3

Medidas em cm
d. Chapa Metálica do Marco GPS
A chapa é uma peça metálica (bronze ou alumínio) que identifica a estação.
Define o ponto de referência (origem das coordenadas) da estação, quando se
encontra engastada no topo de superfície estável do marco.
As dimensões, formato e “lay out” da chapa devem estar de acordo com a Figura 4:
FIGURA 4

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A fixação da chapa no marco deve ser feita no momento da concretagem deste,
introduzindo-a através de um pino de 60 mm de comprimento e 10 mm de diâmetro
na massa de concreto.
Este pino deve apresentar um furo de 3 mm de diâmetro, distante 10 mm de sua
base, para a introdução de um outro pino metálico transversal, com diâmetro de 3
mm e comprimento mínimo de 100 mm, com o objetivo de maximizar sua fixação.
Para a confecção da chapa devem ser observadas as especificações constantes na
Figura 4, onde estão cotadas as dimensões da chapa tais como, diâmetro (60 mm),
altura do prato (8 mm /3 mm), dimensões da haste de suporte (60 mm de
comprimento e 10 mm de diâmetro) e, diâmetro do furo transversal à haste para
trespasse do pino de segurança ( = 3 mm).
d. Legendas
As estações devem ser identificadas, através de legendas estampadas, com
numerador de aço, de 6 mm e de 8 mm, na chapa metálica especificada, conforme
indicado na Figura 4, contendo: o nome DEERMG, o código do marco, o nome da
empresa executora e o furo delineado com um triângulo, para referência e
posicionamento dos equipamentos de topografia e “GPS”.
f. Posicionamento Físico dos Marcos Geodésicos
A posição do marco principal deve estar centralizada em relação à área do projeto e,
a partir dele devem ser implantados os marcos secundários.
Os marcos secundários devem ser distribuídos ao longo do trecho, observando-se
as condições topográficas locais, de modo que à distância de aproximadamente 5
km exista pelo menos um par de marcos geodésicos, a ser utilizado como ponto de
partida e chegada de quaisquer levantamentos topográficos a serem realizados;
principalmente, os serviços de implantação das poligonais de apoio.
Recomenda-se que estes marcos sejam posicionados fora da área de ação das
máquinas de terraplenagem, observando-se afastamento mínimo de 50 metros, da
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se local mais adequado às
condições de segurança, visibilidade e facilidade de utilização.
Devem ser observadas as condições de rastreio, de modo que o horizonte em torno
da antena receptora esteja desobstruído de quaisquer obstáculos, que dificultem a
captação de sinais dos satélites.
Também, deve ser evitado instalar qualquer tipo de marco geodésico, em locais
próximos a estações de transmissão de microondas, radares, antenas
radiorrepetidoras e linhas de transmissão de alta tensão, por representarem fontes
de interferência para os sinais “GNSS”.

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g. Rastreamento dos Marcos Geodésicos
Devem ser observadas as boas técnicas de posicionamento e rastreio, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS) ”, do IBGE, de
modo a garantir a precisão de 5 mm + 1 ppm para o marco principal ou 5 a 10 mm +
1 ppm, para os marcos secundários, conforme o caso.
h. Análise e Processamento dos Dados do Marco Geodésico Principal
O georreferenciamento do marco principal deve ser feito através da técnica
denominada “Posicionamento Relativo Estático”, ajustada ao Sistema Geodésico
Brasileiro, a partir dos vértices da Rede Fundamental, definida anteriormente
conforme as “Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS) ”, do
IBGE.
Deve ser ajustado pelo “Método dos Mínimos Quadrados (MMQ) ”, com precisão de
1 sigma (1σ) e “Erro Médio Quadrático (RMS) ” igual ou menor do que 100 mm,
usando como injunções os pontos da Rede Fundamental.
i. Análise e Processamento dos Dados dos Marcos Geodésicos Secundários
Os marcos geodésicos secundários devem ser definidos, a partir do marco principal,
através do método denominado “Relativo Estático Clássico” ou “Relativo Estático
Rápido”, conforme a técnica de posicionamento e rastreio utilizada, levando-se em
consideração as especificações do equipamento utilizado e a distância entre o
marco principal e o marco secundário em implantação, conforme as
“Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS) ”, do IBGE.
Devem ser utilizados receptores L1/L2, sendo que o comprimento da linha de base
pode ultrapassar 20 km, desde que atenda o nível de precisão recomendado para o
marco principal (5 mm + 1 ppm). Obrigatoriamente, deve-se apresentar a fixação das
ambiguidades.
j. Relatórios dos Marcos Geodésicos
Os serviços de implantação de marcos geodésicos devem ser descritos em Relatório
Específico, contendo as seguintes informações:
 Descrição das operações de rastreamento, incluindo marca e tipo do equipamento
utilizado, tempo de rastreio, bases de referências e precisões obtidas;
 Duas (2) fotos de cada marco implantado com o respectivo aparelho instalado no
mesmo; sendo uma foto em detalhe e outra foto do tipo panorâmica local;
 Croquis de localização e descrição sucinta do acesso ao local;
 Anotações de data, horário, altura da antena e condições de rastreio;
 Arquivos eletrônicos em formato “RINEX”;

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 Memórias de cálculo, com indicação das precisões obtidas (monografia);


 Relatório de Processamento de cada marco geodésico de exportação do software
utilizado no pós-processamento (formato “pdf”).
k. Implantação dos Marcos Topográficos das Poligonais de Apoio
A partir dos marcos geodésicos, após o estabelecimento das coordenadas
topográficas, devem ser implantados outros vértices topográficos, intervisíveis entre
si, que devem complementar a poligonal de apoio do projeto.
Estes marcos podem ser coincidentes com os RNs implantados ou podem ser
implantados através de piquetes de madeira (“goiabão” ou similar, tratado em
autoclave), de 6 cm x 6 cm x 20 cm, cravados com segurança e identificados através
de estacas testemunhas de madeira, com dimensões de 4 cm x 2 cm x 40 cm,
devidamente pintadas na cor branca. Podem ainda ser utilizadas estacas de bambu
pintadas na cor branca.
Devem ser implantados com distanciamento de 100 a 500 m entre si, permitindo-se,
excepcionalmente, um distanciamento de 50 a 1.300 metros.
Admite-se um erro relativo de fechamento linear de E = 1:20.000 e erro de
fechamento angular e = 8" (n)1/2, sendo ‘n’ o número de vértices da poligonal,
obrigatoriamente fechada, no mínimo, a cada 5 (cinco) km, em pares de marcos
“GNSS”.
Todos os pontos de apoio devem ser nivelados e contra nivelados geometricamente,
admitindo-se erro de fechamento altimétrico e = 20 mm (k)1/2, onde ‘K’ é a extensão
nivelada em quilômetro, medida em um único sentido. Devem ser obrigatoriamente
fechados, a cada 5 (cinco) km, nos marcos geodésicos.
Os posicionamentos das linhas base devem ser criteriosamente analisados,
devendo estas, estarem obrigatoriamente afastadas, de pelo menos 30 metros, da
diretriz determinada no estudo de traçado, selecionando-se local mais adequado
dentro da faixa topográfica.
Em casos especiais, como em trechos de vegetação densa, desde que previamente
autorizado pelo DEER/MG, os vértices das poligonais podem estar localizados
próximos ao eixo projetado, desde que observado o seguinte procedimento:
 A cada 1 km de levantamento das poligonais, deve ser implantado um par de
marcos intervisíveis e equidistantes a, no mínimo, 30 metros do traçado horizontal
determinado;
 Esses marcos devem, obrigatoriamente, fazer parte da poligonal e nunca serem
implantados como simples amarrações;
 Para o cálculo das poligonais, as coordenadas obtidas no georreferenciamento

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devem ser transformadas em coordenadas topográficas, informando-se o “Datum” e
o “Meridiano Central” utilizados.
As poligonais de apoio devem ser descritas em Relatório Específico, contendo as
seguintes informações:
 Método utilizado;
 Croquis de localização dos marcos;
 Memórias de cálculo das coordenadas dos marcos (N, E, Z);
 Respectivos fechamentos obtidos;
 Dados armazenados em arquivos eletrônicos de poligonais (dados brutos e
cadernetas calculadas).
l. Nuvem de Pontos para Modelagem do Terreno
É exigida, especificamente para os produtos finais deste objeto, o pleno atendimento
ao Capítulo II, do Decreto nº. 89.817, de 20 de junho de 1984, que trata do controle
de qualidade do produto final, abrangendo a classificação de uma carta quanto à sua
exatidão, no que se refere à Classe A (Padrão de Exatidão Cartográfica A), para
uma escala de projetos rodoviários de 1:1. 000.
A varredura do aerolevantamento deve abranger uma faixa de 500 metros de
largura, ao longo da diretriz básica previamente aprovada pelo DEER/MG (250
metros para cada lado), podendo ser mais ampla, de acordo com o interesse do
cadastro a ser realizado. Devem ser restituídas todas as incidências importantes
para o projeto, especialmente em:
 Pontes e viadutos;
 Grotas, cristas e fundos de talvegues;
 Início e fim de cada aclive ou declive e quebras do terreno;
 Vias de acesso e vias laterais;
 Cercas e divisas;
 Culturas e atividades econômicas;
 Imóveis e edificações próximas à via;
 Serviços de utilidade pública (postes, torres elétricas);
 Sinalização viária horizontal;
 Construções e benfeitorias 1;
1
Em áreas sujeitas à desapropriação e nos locais de travessia de aglomerados urbanos, o levantamento

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topográfico deve ser estendido propiciando o cadastramento de todas as edificações e benfeitorias, cujas
remoções possam se fazer necessárias com a implantação do projeto. Deve ser feito levantamento de ocupação
ilegal da faixa de domínio, localizando-a e indicando a área ocupada.

 Início e fim de áreas urbanas;


 Valas e erosões;
 As cristas e pés de taludes e bancadas;
 Pontos de passagem, Cortes/Aterros;
 Início e fim de cada segmento ou trecho;
 Espécies vegetais de grande porte ou de relevância para a flora e meio ambiente;
 Demais acidentes topográficos.
Além das exigências anteriores relativas aos levantamentos dos pontos de interesse
do projeto (cadastro) devem ser observados os critérios de aerofotogrametria,
adensamento mínimo de pontos para a modelagem do terreno, para a perfeita
caracterização da topografia local, devendo atender aos seguintes parâmetros
estabelecidos pelo DEER/MG:
l.1) Cobertura Aerofotogramétrica Digital
A cobertura aerofotogramétrica deve ser executada em conformidade com o
planejamento constante no plano de voo, elaborado pela Contratada e, previamente
submetido à aprovação do DEER/MG ou fiscalização indicada. Além deste, outros
cuidados devem ser tomados, de forma a atender aos seguintes itens:
 A cobertura aerofotogramétrica digital deve ser executada de maneira a se obter
imagens aéreas na resolução geométrica de 15 cm, para uma faixa de 0,50 km
centrada no eixo diretriz;
 A aeronave a ser utilizada deve ser necessariamente de asa fixa (avião), estar
equipada com piloto automático e ter teto operacional mínimo capaz de suportar o
equipamento fotográfico e a tripulação, de forma a não interferir na tomada das fotos
e na sua qualidade técnica, além de possuir receptor “GPS” para orientação da
tomada das faixas de voo;
 Para melhor qualidade da geometria do voo, a câmera deve ser montada sobre
uma plataforma giro estabilizada, para compensação das oscilações do avião
durante o voo, de forma que os ângulos residuais de verticalidade do eixo ótico
sejam inferiores a 3º, sendo de 2º, a média por faixa. Além disso, deve corrigir
automaticamente o ângulo de deriva, uma vez que a plataforma deve funcionar
integrada ao sistema de gerenciamento de voo e o “GPS/IMU” (Unidade de Medição
Inercial);

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 A “Unidade de Medição Inercial (IMU) ” deve registrar continuamente os ângulos de


giros residuais da câmera (não absorvidos pela plataforma), a uma taxa mínima 200
Hz, com uma precisão melhor ou igual a 0,015º, pós-processado por meio de um
sistema triplo de giroscópios;
 O sistema também dotado de receptor “GNSS” geodésico de dupla frequência
L1/L2 deve adquirir os sinais da constelação de satélites, a uma taxa de 1 Hz, de tal
forma a possibilitar o processamento pós voo e obtenção da posição do centro
perspectivo da câmera (X, Y, Z, φ, ω, κ), no momento da tomada da foto;
 A câmera aérea deve ser instalada na aeronave, de forma tal que a objetiva não
seja atingida por respingos de óleos ou reflexos de raios solares. Caso haja vidros
fixos sob a objetiva, estes não devem apresentar distorções.
l.1.1) Câmera Aerofotogramétrica
Deve ser utilizada câmara aérea métrica equipada com sistema ótico para fins
cartográficos, não sendo admitida a utilização de câmeras de qualquer outro tipo.
Essa câmera métrica deve ser digital e deve atender os requisitos a seguir:
 O sistema de gerenciamento de voo deve permitir a visualização do voo em tempo
real, possibilitando a seleção das faixas e definição da melhor manobra para cada
entrada e saída de faixa, bem como a qualidade e continuidade dos dados
“GPS/IMU” e funcionamento da plataforma;
 A gravação dos dados “GPS/IMU” e demais informações sobre o voo
fotogramétrico deve ser gravado em unidade independente de memória, de tal forma
que permita a cópia posterior para processamento;
 Deve ter sistema de compensação de arraste “FMC”, de forma a propiciar uma
melhor qualidade das imagens;
 Deve ter sensor de arquitetura matricial, com quadro de exposição de largura
mínima de 12.000 pixels;
 Deve ser capaz de capturar, simultaneamente, as bandas “PAN”, “RGB” e “NIR”,
em sensores independentes;
 Deve ter resolução espectral mínima de 12 bits, em cada banda espectral.
l.1.2) Especificações Gerais
 O tempo de exposição deve ser tal que o arrastamento da imagem não seja
superior a 20 mícrons na escala das fotografias;
 Deve ser apresentado certificado de calibragem da câmera, com data de no
máximo 02 (dois) anos antes da data prevista para o voo, expedido pelo fabricante
do equipamento ou por órgão certificador devidamente habilitado;

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 A direção aproximada do voo deve ser a que melhor se adapte à faixa a ser
mapeada, visando-se obter o menor número possível de faixas de voo e fotografias;
 A altitude de voo deve ser tal que permita a obtenção de fotografias com “GSD” de
15 cm, com variação máxima na altura de voo de 5%, em relação ao plano médio do
terreno;
 A superposição lateral média entre as faixas contíguas deve ser de 30% (trinta por
cento), admitindo-se uma tolerância de ± 10% (dez por cento), salvo casos
específicos;
 A superposição longitudinal entre fotografias sucessivas de uma faixa deve ser de
pelo menos 60% (sessenta por cento), admitindo-se uma tolerância de ± 10% (dez
por cento) sobre a porcentagem adotada;
 A inclinação entre o eixo ótico da câmera aérea e a vertical do lugar não deve
ultrapassar 3 (três) graus em cada exposição, desde que a inclinação média em toda
a área não seja superior a 2 (dois) graus;
 A deriva máxima para fotos de uma faixa deve ser de 5 (cinco) graus; sendo que a
média da faixa não deve ser superior a 2 (dos) graus;
 De forma a minimizar o efeito das sombras, o voo deve ser realizado em horário
local, que atenda a exigência de altura solar mínima de 45 (quarenta e cinco) graus,
a partir do horizonte;
 O voo deve ser realizado em condições atmosféricas favoráveis, sem a incidência
de nuvens nas imagens;
 Em cada série de 3 (três) fotografias, a superposição comum não deve ser
reduzida a menos de 90% das dimensões laterais de cada foto, pelo efeito de
deslocamento devido à deriva;
 Na direção das faixas de voo, as fotografias extremas devem formar, no mínimo,
um modelo estereoscópico fora do limite da faixa de mapeamento;
 Havendo interrupção de tomada de fotografias em uma determinada faixa, o
reinício das operações deve estar condicionado à superposição dos 3 (três) últimos
pares estereoscópicos.
l.2) Aerotriangulação
Para a aerotriangulação devem ser empregadas estações digitais que garantam a
obtenção dos padrões de precisão e exatidão exigidos para cartas classe A, na
escala da restituição (1:1.000), desde que respeitados os limites de tolerância
definidos.

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O ajustamento da aerotriangulação deve ser realizado em programa computacional
de eficiência comprovada.
As cotas ortométricas dos pontos de apoio suplementar podem ser obtidas a partir
do conhecimento do desnível geoidal, interpolado do mapa geoidal relativo ou,
através, de nivelamento geométrico, que deve ter início e fim em referências de nível
da rede de primeira ordem do IBGE ou da Rede Planialtimétrica de Referência. O
transporte de cotas deve ser feito em circuitos fechados com erro máximo de
fechamento inferior a 8 mm k 1/2, onde “k”, é o comprimento do circuito expresso em
quilômetros.
Caso seja utilizado o Sistema Integrado de Orientação do Sensor, deve ser
apresentada uma relação contendo o nome das fotografias, com suas respectivas
orientações externas (x, y, z, ω, φ e К).
Todos os pontos que apresentarem erros, 2 (duas) vezes superiores aos indicados
acima, devem ser desconsiderados e acrescidos novos pontos, de forma que a
geometria não fique prejudicada.
Devem ser feitas as anotações dos dados das observações “GPS” e do nivelamento
geométrico em formulário apropriado.
l.3) Restituição Planimétrica
A restituição deve ser executada de forma digital, a partir da cobertura
aerofotogramétrica com “GSD” de 15 cm, com detalhamento compatível com a
elaboração posterior de planta na escala 1:1.000, devendo conter todos os detalhes
que possam ser visados, identificáveis e passíveis de interpretação a partir da
fotografia aérea, a saber:
l.4) Perfilamento à Laser
Os serviços de perfilamento à laser compreendem a varredura do corredor de 0,50
km de faixa, centrado no eixo da rodovia, com o sensor à laser aerotransportado,
para posterior elaboração de “Modelo Digital de Terreno (MDT) ” e obtenção de
curvas de nível a cada 1,0 m, representadas em níveis, em separado.
O perfilamento à laser deve ser realizado conforme especificações a seguir:
 Deve ser utilizada aeronave necessariamente de asa fixa (avião), devidamente
adaptada e homologada para operar com sensor à laser aerotransportado,
possuindo características de estabilidade, sustentação, teto de serviço, autonomia
de voo e equipamentos de orientação e navegação compatíveis com as prescrições
do voo a realizar;
 O sensor “laser” deve necessariamente ser multipulso e passar por processo de
calibração, previamente ou logo após a execução da cobertura aérea;

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 A execução da operação de varredura não deve ser efetuada em condições de


chuva, neblina ou com ocorrência de nuvens em altura inferior à prevista de voo;
 Durante a aquisição do conjunto de pontos devem ser registrados, por meio de um
“Sistema de Referência Inercial (IMU - Inertial Measurement Unit) ” e “Sistema de
Posicionamento Global (GPS) ”, os ângulos de inclinação e a posição da aeronave,
de modo que seja possível a determinação precisa da posição dos pontos
tridimensionais;
 Previamente à execução da cobertura aérea, deve ser realizado o alinhamento
entre o equipamento inercial e o “GPS”;
 Durante a operação de voo, não deve haver mudanças bruscas no rumo da
aeronave ou na sua inclinação, superior a 18° em relação ao plano horizontal;
 A Contratada deve associar as coordenadas dos dados adquiridos ao “Sistema
Geodésico Brasileiro (SGB) ”. Para tanto, devem ser realizados os apoios básicos
em campo, necessários para atingir a precisão e acurácia solicitada;
 A altura de voo deve ser definida em função da densidade de pontos requerida, da
abertura de varredura e da precisão desejada, permitindo a obtenção de fotografias
com resolução espacial no terreno de, no máximo 15 cm e, para o “laser” devem ser
obtidos, no mínimo, 2 (dois) pontos por metro quadrado;
 Deve ser considerada uma sobreposição de, pelo menos, 30% entre faixas de voo,
de modo a garantir a inexistência de vazios de levantamento;
 O plano de voo deve ser apresentado, previamente à execução da cobertura
aérea, pela Contratada ao DEER/MG ou à fiscalização indicada, devendo ser
observada a altitude máxima de 2.000 m (dois mil metros), para a realização do
levantamento e ângulo de varredura de 30º (trinta) graus;
 A precisão planialtimétrica das coordenadas dos pontos obtidos no perfilamento
deve ser de 0,15 m, ou melhor, considerando pontos ao nível do solo isentos de
vegetação e elementos não pertencentes ao solo (veículos, placas, postes, etc.),
para um intervalo de confiança de 2 σ (intervalo de confiança de 95%);
 Pós-processamento: correção, com utilização dos dados registrados durante a
aquisição (“IMU” e ““GPS””) das coordenadas tridimensionais dos pontos “laser”, a
fim de se obter a máxima precisão;
 Filtragem: realização de filtragem da nuvem de pontos “laser”, com o objetivo de
separá-los em pontos que tocaram a superfície terrestre (“MDT”) e, que tocaram
outros alvos terrestres.

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l.5) Considerações Adicionais
Os estudos topográficos devem ser elaborados através de perfilamento com “Laser
Scanner (LIDAR) ” e fotogrametria para a geração da base cartográfica digital a ser
utilizada na elaboração de projetos rodoviários.
Devem ser previstas quantas faixas de voo forem necessárias para cobrir toda a
área objeto, segundo a densidade de pontos especificada, altura de voo e abertura
de varredura. A varredura deve abranger uma faixa de 500 metros de largura ao
longo da diretriz básica, previamente aprovada pelo DEER/MG, podendo ser mais
ampla, de acordo com a necessidade do cadastro a ser realizado.
Deve ser utilizado equipamento perfilador, com frequência mínima de operação de
100 kHz, montado em aeronave homologada e preparada para operação com
sistemas “LIDAR”.
A “Unidade de Medição Inercial (IMU/GPS) ” deve registrar continuamente os
ângulos de giros residuais da câmera (não absorvido pela plataforma), a uma taxa
mínima de 100 Hz, com precisão melhor ou igual a 0,015 graus, pós-processado em
conjunto com receptor “GNSS” geodésico, de dupla frequência L1/L2, que grava os
sinais com taxa de 1 Hz.
A definição da abertura de varredura deve levar em conta a densidade de pontos no
terreno e a presença de vegetação, de forma a maximizar a penetração em regiões
densas de mata.
Quando houver a necessidade de recobrimento fotográfico paralelo ao perfilamento
à Laser, as fotografias aéreas devem ser tomadas em dias claros, sem nuvens e
durante a execução do recobrimento aéreo devem ser observados todos os critérios
necessários para a sua realização.
Durante a realização do processo de aquisição das nuvens de pontos e imagens de
alta resolução, devem ser implantados marcos de apoio e o uso de “GPS/RTK”, que
tem como objetivos: associar coordenadas do sistema com um referencial
conhecido, relacionar as coordenadas conhecidas ao sistema arbitrário do voo e
auxiliar a materialização do projeto futuro. Para obtenção das precisões esperadas
devem ser utilizados marcos de apoio, com uso de estação “GPS/RTK”, com
distância recomendada entre marcos de 5 km (e no máximo de 20 km), caso atenda
as precisões estabelecidas.
Os pontos da Rede de Apoio Geodésico devem apresentar coordenadas
planialtimétricas, determinadas de acordo com o Sistema Geodésico Brasileiro. O
referencial altimétrico do IBGE coincide com a superfície equipotencial, que contêm
o nível médio dos mares, definidos pelas observações maregráficas tomadas na
Baía de Imbituba (SC) e referencial planimétrico adotado para o cálculo deve ser o
“SIRGAS2000”.

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Devem ser atendidas também as necessidades relativas aos Projetos de Drenagem,
Obras Complementares, Projetos de Obras de Arte Especiais e Projeto de Meio
Ambiente, observando-se o seguinte:
l.5.1) Levantamento Cadastral para Projeto de Obras de Artes Correntes
Nos locais de assentamentos das obras de arte correntes devem ser feitas as
irradiações dos pontos e coletadas as informações básicas; assim como, os pontos
do perfil do fundo e das encostas do talvegue, a crista do talvegue, em relação ao
lado montante e jusante do eixo, suficiente para a perfeita caracterização do terreno
e locação do bueiro.
Devem ser elaborados os croquis elucidativos dos levantamentos efetuados,
conforme definido em planilha específica, contendo o seguinte:
 Coleta de informações: devem ser coletadas informações sobre os níveis máximos
observados, com indicação da data do evento, baseados nas informações dos
moradores locais e nos vestígios das ocorrências;
 Máximas cheias: os locais de máximas cheias devem ser nivelados, indicando-se
as posições nos croquis.
l.5.2) Cadastramento de Bueiros Existentes
O cadastramento das obras existentes (bueiros de grotas e de greide) deve ser feito
conforme documento específico do DEER/MG (vide Anexo).
Deve indicar o tipo de seção de bueiro, com a identificação de posição da obra
amarrada à poligonal básica e levantamento de todos os pontos de crista do aterro,
de pontos intermediários do talude, das extremidades (topo e fundo) e de quaisquer
outros pontos necessários.
Para auxiliar a visita do projetista, antes da locação do trecho, deve ser cravada uma
estaca testemunha em cada bueiro, com indicação do quilômetro referencial do
estudo para o projeto, posicionada em local visível e amarrada à poligonal.
Deve ser anotado o tipo de bueiro (simples ou múltiplo; tubular ou celular; de
concreto ou metálico), o diâmetro do tubo, se existem ou não alas e/ou caixa
coletora, a seção do tubo que realmente trabalha, bem como, a medida da altura do
espaço livre. Igualmente devem ser coletadas informações disponíveis sobre o
funcionamento da obra, ou seja, se a mesma trabalha afogada ou se é visivelmente
insuficiente.
Devem ser utilizadas as seguintes abreviaturas para indicação do tipo da obra:

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Tabela II
Abreviaturas segundo o Tipo de Obra
Simples (BSTC)
Bueiro Tubular de Concreto Duplo (BDTC)
Triplo (BTTC)
Simples (BSTM)
Bueiro Tubular Metálico Duplo (BDTM)
Triplo (BTTM)
Simples (BSCC)
Bueiro Celular de Concreto Duplo (BDCC)
Triplo (BTCC)
l.5.3) Levantamento Cadastral para Projeto de Obra de Arte Especial
Os estudos topográficos necessários aos Projetos de Obras de Arte Especiais (OAE)
devem atender o seguinte procedimento:
Para os locais de assentamento das obras de arte especiais devem ser feitas as
irradiações e coletados os pontos do perfil do fundo do curso d'água, através de
levantamentos diretos ou batimétricos, conforme o caso, tanto à montante quanto à
jusante do eixo, para obtenção de informações suficientes para a perfeita
caracterização dos relevos do entorno e da linha d’água.
É obrigatório o levantamento das OAE existentes. Devem ser elaborados croquis
elucidativos dos levantamentos efetuados.
4.2.3 Segunda Fase dos Estudos Topográficos
A segunda fase dos serviços topográficos consiste na locação, nivelamento e
contranivelamento geométrico do eixo de projeto.
Além da materialização do eixo locado exige-se, complementarmente, a marcação
de “off set”, com colocação de piquetes, devidamente identificados por estacas
testemunhas, obedecendo-se os seguintes critérios:
 Devem ser locados todos os pontos notáveis do traçado geométrico (PC, PT, TS,
SC, CS e ST) e, identificados os pontos de cruzamento com outras rodovias;
 O eixo de projeto deve ser piqueteado de 20 em 20 metros e de 10 em 10 metros,
nas curvas de raio menores do que 200 metros, nivelado e contra nivelado
geometricamente;
 Em todos os piquetes implantados devem ser colocadas estacas testemunhas. As
estacas devem ser constituídas de madeira de boa qualidade ou bambu (aprovadas
pelo DEER/MG), pintadas na cor branca e identificadas com inscrições em vermelho,
escritas de cima para baixo, localizadas sempre à esquerda da diretriz da rodovia,

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no sentido crescente do estaqueamento, com a identificação voltada para o piquete;
 As estacas testemunhas devem ser previamente preparadas, pintadas e
identificadas;
 Após a locação do eixo e de posse da seção tipo e da nota de serviço do projeto,
deve ser providenciada a marcação de “off set”, através do Método de Locação por
Coordenadas, a partir de estação total;
 Para a realização deste serviço devem ser cravados no solo, piquetes e estacas
testemunha, em conformidade com o padrão definido pelo DEER/MG. Nas estacas
testemunhas deve ser pintada com tinta vermelha, a inscrição da letra “A”, para
indicação de aterro e, da letra “C”, para indicação de corte, sem a necessidade de
inscrição de cota (corte/aterro);
 Os “off sets” devem ser materializados a cada 20 metros nas tangentes e, a cada
10 metros nas curvas com raios de curvatura menores que 200 metros;
 Devem ser implantadas referências de nível (RN), de 500 em 500 (quinhentos)
metros e, nas obras de arte especiais. Na hipótese dos vértices de apoio (marcos
principais e secundários) não atenderem essa condição devem ser implantados
novos marcos de concreto, amarrados à poligonal de apoio, para suprir essa
exigência;
 A tolerância de fechamento correspondente à diferença máxima aceitável entre as
RNs deve ser: e = 20 mm. (K) ½, onde “k” é a extensão nivelada em quilômetros,
medida num único sentido;
 Os materiais a serem utilizados (piquetes, estacas e marcos de RN) devem estar
em conformidade com o padrão definido pelo DEER/MG (ver “Marcos Geodésicos”);
 Durante a locação de eixos e marcação de “off sets” deve ser feito o levantamento
das seções transversais a cada 20 metros nas tangentes e, a cada 10 metros nas
curvas com raios de curvaturas menores do que 200 metros;
 O levantamento das seções transversais deve ser realizado com a utilização de
Estação Total, pelo processo de irradiação de pontos, abrangendo uma faixa de
levantamento compatível com o projeto;
 O levantamento deve ser ortogonal ao eixo locado (estaqueamento de 20 em 20
metros em tangentes e, de 10 em 10 metros nas curvas com raio menores do que
200 metros), com largura equivalente à dimensão do “off set” (corte/aterro) de cada
estaca, acrescida de 5 metros para cada lado. Deve-se considerar, portanto as
determinações presentes na Nota de Serviço do projeto, ressaltando-se que o último
ponto irradiado para cada seção deve estar posicionado precisamente a 5 metros do
ponto de “off set”, materializado em ambos os lados.

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 Somente devem ser irradiados pontos a partir dos vértices da poligonal (principal)
ou de vértices auxiliares (poligonais de secundárias), com o objetivo de formar uma
nuvem de pontos, que caracterizem adequadamente e, com a devida precisão, a
topografia de cada seção transversal. Ressalta-se que devem ser cadastrados os
mesmos elementos da fase inicial dos estudos topográficos, citados no item
“Estudos Topográficos”;
 Após novo processamento, os arquivos do levantamento de seção transversal,
nivelamento e contranivelamento, devem ser incorporados ao projeto e ser
entregues à Diretoria de Projetos em arquivos digitais, em formatos: “IRRAD” e
desenhos com extensões “dso” ou “dwg”.
4.2.4 Serviços Topográficos destinados a Projetos de Obras Civis e Industriais
Os serviços topográficos destinados a obras civis e industriais possuem as mesmas
características e exigências técnicas observadas para as fases de diagnóstico e
implantação de marcos de apoio.
Entretanto, os levantamentos planialtimétricos cadastrais, possuem características e
exigências técnicas diferenciadas.
a) Implantação de Marcos de Apoio para Levantamentos Topográficos,
destinados a Projetos de Obras Civis ou Industriais
Para a implantação de marcos de apoio, destinados aos projetos de obras civis ou
industriais, devem ser utilizados os mesmos recursos e deve ser observada a
mesma produtividade adotada para a implantação de marcos de apoio para projetos
de rodovias.
b) Levantamento Planialtimétrico Cadastral para Obras Civis ou Industriais
Aos levantamentos planialtimétricos cadastrais destinados a projetos de obras civis
ou industriais, além das especificações adotadas para os levantamentos cadastrais
destinados a desenvolvimento de projetos rodoviários, deve-se acrescentar as
seguintes exigências:
 Detalhamento das vias de acesso existentes, incluindo: dimensões e tipos de
calçadas e meios-fios;
 Detalhamento de caixas coletoras de águas e esgotos, incluindo dimensões, tipos
de tampa, cota de topo e fundo, diâmetro e nível das geratrizes dos tubos de entrada
e saída existentes;
 Localização, tipo, espessura e altura dos postes de telefonia e eletricidade
existentes;
 Localização, tipo e dimensões de caixas de passagem e distribuição, quadros de
luz e sistemas de comunicação existentes;

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 Detalhamento das divisas e muros, incluindo: tipo, comprimento, espessura, altura


e estado de conservação;
 Localização de dutos subterrâneos de: gás, energia elétrica e comunicação;
 Levantamento das edificações residenciais, comerciais, industriais, eclesiásticas e
de serviços públicos existentes, incluindo: localização, tipo, dimensões horizontais e
verticais, cota do piso de entrada e estado de conservação.
4.2.5 Serviços de Locação de Sondagens, Tubulões e Pilares
Os serviços de locação de furos de sondagens, tubulões e pilares, devem ser
executados com todas as exigências especificadas para os demais serviços
topográficos, anteriormente indicados.
4.2.6 Apresentação dos Serviços Contratados
Devem ser entregues os seguintes arquivos digitais referentes ao perfilamento a
“laser” e o voo aerofotogramétrico:
 Relatório técnico conclusivo dos trabalhos desenvolvidos na etapa de apoio
suplementar, contendo relação das coordenadas “UTM”, em “SIRGAS2000” e
altitude dos pontos de apoio;
 01 (uma) coleção, contendo os arquivos digitais das ortofotocartas, resolução
espacial de 15 cm (ou melhor), em formato “TIFF”, georreferenciado (“TFW”);
 Relatório de aerotriangulação, contendo as leituras dos pontos por modelo,
processamento dos cálculos, erros residuais, valores finais ajustados e “Lista de
Coordenadas UTM”, dos pontos determinados;
 Relatório Digital de Nivelamento e Contranivelamento e Relatório de Cálculo de
Poligonal.
 Monografias e descrições detalhadas das localizações e acessos aos vértices
implantados das “RN” e vértices empregados em campo;
 Relação das coordenadas “UTM”, dos pontos de apoio suplementar;
 01 (uma) coleção dos arquivos vetoriais planimétricos cadastrais, recortados em
folhas na escala 1:2.000 (ou inferior), no formato “shp” e “dwg”;
 01 (um) arquivo vetorial, com todos os arquivos planimétricos cadastrais da
restituição integrados (Base Única), nos formatos “shp” e “dwg”;
 1 (uma) coleção de arquivos digitais, contendo o “Modelo Digital do Terreno (MDT)
” e o “Modelo Digital de Elevação (MDE) ”, nos formatos vetorial “ASCII”, “Raster
Geotiff” e “dwg”, com resolução espacial de 0,5 metros;

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 A coleção de arquivos, contendo o “Modelo Digital do Terreno (MDT) ”, no formato


“dwg”, deve ter curva de nível com equidistância de 1 metro em formato vetorial,
“shp” e “dwg” e, não pode ser gerada automaticamente através de interpolação;
 Mapa de declividade, imagem de intensidade e imagens digitais Hipsométricas;
 Mapa Síntese de Desapropriação, contendo levantamento de construções ou
benfeitorias, ao longo da faixa de cadastro, incluindo vetorização do perímetro das
benfeitorias e áreas;
 O conjunto de arquivos digitais com toda a informação vetorial deve estar restituído
e organizado em camadas (“layers”), de acordo com as categorias restituídas,
contendo toda a área restituída, no formato “shp” e “dwg”, em versão definida pelo
DEER/MG.
Devem ser entregues em papel, os seguintes itens:
 Plantas no formato A3, compostas pela combinação de ortofotos, com curvas de
nível de 1 em 1 metro, com os elementos da faixa restituída na escala de 1:2000;
 Plantas no formato A3, compostas pela combinação de imagens hipsométricas e
de intensidade “laser” (registro da perda de intensidade do feixe “laser”). As imagens
hipsométricas devem ser geradas, tendo por base uma escala de cores relacionada
à variação da altitude dos pontos, em cada folha na escala de 1: 2.000.
5. DEFINIÇÕES
 Topografia: é a ciência e arte de caracterizar graficamente o relevo de uma
porção de terreno, baseado na trigonometria plana, obtida a partir do levantamento
com utilização de instrumento óptico de precisão, para medição angular e linear. A
topografia define com precisão as medidas de área, a variação dos níveis, o
alinhamento do objeto cadastrado, o eixo de locação, as seções transversais, o
cadastro do objeto e permite, ainda, definir volumes em geral;
 Estação Total: é o equipamento eletrônico de precisão utilizado para obtenção de
distâncias, coordenadas e ângulos horizontais e verticais. É capaz de armazenar os
dados, a serem posteriormente descarregados no sistema computacional, para
serem operados em software topográfico ou para serem armazenados e
transportados do campo para o escritório;
 Receptor “GNSS” de Precisão: é o equipamento eletrônico de precisão
geodésica, que recebe os sinais emitidos pelos diversos satélites que compõem o
“Global Navigation Satellite System (GNSS) ” e determina a posição espacial,
fornecendo coordenadas terrestres, através de técnicas diversas;
 Receptor “GPS” de Navegação: é o instrumento portátil ou de navegação
utilizado para posicionamento e obtenção de coordenadas de precisão adequadas,

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através do “Global Positioning System (GPS) ”, para diagnósticos iniciais e cadastros
expeditos de pontos de interesse;
 Nível de Precisão: é o instrumento para execução de nivelamentos geométricos;
 Teodolito: é o instrumento ótico com dispositivo para medição de ângulos
horizontais e verticais, destinado à execução de serviços topográficos
convencionais;
 Ecobatímetro: é o instrumento de precisão utilizado para levantamentos
batimétricos, fornecendo cotas submersas, através de ondas sonoras;
 Barco: é o acessório utilizado para serviços de batimetria em cursos d’água de
médio e grande porte;
 Softwares: são os aplicativos para coleta e processamento de dados de topografia
e desenvolvimento de projetos, dotados de módulos para processamento de
cálculos de coordenadas, volumes de terraplenagem, projetos e elaboração de notas
de serviço, possibilitando tratamento gráfico compatível e fornecimento de arquivo
digital em formato definido pelo Órgão Contratante;
 IBGE: é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Órgão da Administração
Pública Federal, responsável pela gestão do Sistema Geodésico Brasileiro, pelo
Banco de Dados Estatísticos do Território Nacional, dentre outras atividades;
 RBMC: é a Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo (Estações do IBGE), com
coordenadas conhecidas, dotadas de receptores “GNSS” monitorados
continuamente, cujas leituras são disponibilizadas para os usuários para ajustes de
seus posicionamentos;
 Marco Geodésico: é o marco de concreto, com pino de referência e placa
metálica de identificação, georreferenciado ao Sistema Geodésico Brasileiro, através
de receptores e técnicas “GNSS” de precisão. Tem como objetivo referenciar todos
os serviços topográficos de levantamento, demarcação, implantação e
acompanhamento de obras de engenharia em geral;
 Marco Principal: é o marco geodésico centralizado em relação à área do projeto e
ajustado ao Sistema Geodésico Brasileiro, através do Método Relativo Estático
Clássico, adotado pelo IBGE. Esse ajustamento é feito a partir dos vértices da Rede
Fundamental;
 Vértices da Rede Fundamental: são aqueles que compõem a Rede Ativa
RBMC/RIBaC (Rede INCRA de Bases Comunitárias) e as Redes Passivas “GNSS”,
homologadas pelo IBGE;

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 Marcos Geodésicos Secundários: são marcos geodésicos ajustados ao Marco


Principal através do Método Relativo Estático Clássico ou Estático Rápido, conforme
o caso;
 Altura Geométrica (h): é a distância de um ponto situado na superfície física
(topográfica) até a superfície elipsoidal, sendo também conhecida como altitude
geométrica. É a grandeza obtida diretamente pelo “GNSS”;
 Altura Ortométrica (H): é a distância de um ponto situado na superfície física
(topográfica) até a superfície geoidal (superfície equipotencial que mais se aproxima
ao nível médio não perturbado dos mares, prolongado sob os continentes, também
conhecido como Referência de Nível), conforme Figura 5. Está vinculada ao campo
de gravidade da Terra e tem, portanto, um comportamento não definido
matematicamente;

Figura 5
Relação entre as superfícies elipsoidal e geoidal .
Nota: Várias pesquisas vêm sendo realizadas no sentido de dotar o GNSS da capacidade de proporcionar
altitude ortométrica. Neste sentido o IBGE disponibiliza, em seu site, a versão MAPGEO2015, com acurácia da
ordem de 0,5 m, em grande parte do território brasileiro. Para o transporte de altitude por tecnologia GNSS, a
ondulação (N) deve ser obtida, a partir da interpolação do programa MAPGEO2015 ou àqueles recomendados
pelo IBGE. A Fórmula utilizada para este fim é: H= h-N

 Precisão: é o nível de consistência entre os valores observados, sua repetibilidade


ou grau de dispersão;
 Acurácia: é o grau de aproximação de uma grandeza ao seu valor verdadeiro;
exatidão de uma operação;
 RINEX (Receiver Independent Exchange Format): é o formato utilizado para
integrar dados de receptores de diferentes fabricantes;
 Multicaminho: é o recebimento de sinal vindo de vários caminhos diferentes, em
linguagem “GNSS”. Ocorre quando o sinal transmitido pelo satélite é refletido por

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superfícies interferentes, fazendo com que o receptor colete tanto as ondas
transmitidas diretamente pelos satélites, quanto àquelas vindas indiretamente;
 Ambiguidade (N): é o número inteiro de ciclos da onda imediatamente antes do
início do rastreio, em linguagem “GNSS”, cuja determinação requer tempo adicional
de observação;
 “Laser Scanner” 3D (LIDAR): método para a determinação de coordenadas
tridimensionais de pontos na superfície da terra. Seu funcionamento baseia-se na
utilização de um pulso de laser que é disparado na direção da superfície. Ao atingir a
superfície, parte do sinal emitido é refletida na direção do sensor. O sensor mede
tanto a intensidade do sinal de retorno, como também o tempo decorrido entre a
emissão e a captação do retorno, que é usado para calcular a distância sensor-
objeto, considerando que o pulso laser se propaga à velocidade da luz. Com base
na distância entre o sensor e a superfície da terra e a orientação do raio, é
determinada a posição tridimensional do local de onde o raio é refletido. Como a
varredura é efetuada a partir da aeronave, junto com a superfície do terreno outros
objetos acima da mesma, como a copa das árvores e telhados, são medidos. Esse
tipo de sistema também é chamado de “Light Detection and Ranging (LIDAR) ”.
6. REFERÊNCIAS
Este Manual fundamenta-se nas seguintes leis, decretos, regulamentos e portarias:
 Diretrizes Básicas para Elaboração de Estudos e Projetos Rodoviários (Escopos
Básicos/Instruções de Serviço), Publicação IPR 727, 2006;
 Recomendações para Levantamentos Relativos Estáticos (GPS), do IBGE;
 Norma ABNT NBR 13.133/94;
 Instruções de Serviço para Estudos Topográficos, para Projetos Executivos de
Engenharia nºs IS 204 e IS 205, do DNIT;
 Decreto-Lei nº. 1.177, de 21/06/1971, que dispõe sobre o Aerolevantamento em
Território Nacional;
 Decreto nº. 2278, de 17/07/1997, que regulamenta o Decreto Lei nº. 1.177;
 Portaria nº. 637 SC 6/FA 61, de 05/03/1998, que aprova as Instruções Reguladoras
de Aerolevantamento em Território Nacional;
 Resolução PR nº. 22, de 21/07/1983, IBGE, Especificações e Normas Gerais para
Levantamentos Geodésicos;
 Resolução PR nº. 05, de 31/03/1993, IBGE, Complementa a PR nº. 22, IBGE e
dispõe sobre Especificações e Normas Gerais para Levantamento GPS;

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 Resolução PR nº. 1, de 25/02/2005, IBGE, Altera a Caracterização do Sistema


Geodésico Brasileiro para o Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas
(SIRGAS);
 Recomendações para Levantamento Relativo Estático (GPS), do IBGE, abril/2008;
 Decreto n. º 89.817, de 20/06/1984, que estabelece as Instruções Reguladoras das
Normas Técnicas da Cartografia Nacional;
 Decreto nº. 5.334, de 06/01/2005, que dá nova redação ao artigo 21, do Decreto
nº. 89.817.
Obs.: Do ponto de vista da legislação pertinente às atividades de aerolevantamento
em território nacional, devem ser seguidos rigorosamente os procedimentos
necessários para obtenção de licença de aerolevantamento, junto ao Ministério da
Defesa.

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ANEXO

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