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PROTEÇÃO ANTICORROSIVA
BÁSICA
MAIO - 2007
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5.1. Introdução
O sistema de proteção catódica por corrente impressa é aquele que utiliza uma força
eletromotriz, proveniente de uma fonte de corrente contínua, para imprimir a corrente
necessária à proteção da estrutura considerada. Esta força eletromotriz pode provir de
baterias convencionais, baterias solares, termogeradores, conjuntos motor-gerador ou
retificadores de corrente. Os retificadores (Figura 5.2) constituem a fonte mais
freqüentemente utilizada, e através deles retifica-se uma corrente alternada, obtendo-se
uma corrente contínua que é injetada no circuito de proteção.
(a) (b)
Figura 5.2: Retificadores para sistema de proteção catódica – (a) para embarcações e
(b) para sistemas aterrados, em sítios e linhas férreas
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Como a diferença de potência de saída da fonte pode ser estipulada em valores baixos ou
elevados, a proteção catódica por corrente impressa aplica-se a estruturas situadas em
eletrólitos de baixa, média e alta resistividade. Também é aplicada onde se exige maiores
correntes, portanto, em estruturas de média para grande porte o que não impede o seu uso
em estruturas pequenas, quando houver conveniência.
Como alternativas aos retificadores, podem ser usadas baterias solares, termogeradores,
baterias convencionais, empregada onde não haja energia elétrica em corrente
alternada. Esses geradores, em geral, são de baixa potência, sendo, portanto, restritos a
locais de pouca exigência de corrente.
Os cabos para interligação dos anodos e ligação na estrutura devem ser cabos de cobre
com capacidade de condução adequada ao sistema e com isolamento de boa qualidade,
em geral de polietileno de alta densidade e alto peso molecular.
No sistema de proteção catódica por corrente impressa é necessário determinar qual a vida
útil do anodo ( VUCI , em anos) e o valor da corrente necessária para a proteção ( i, em
Ampère, A ). Estes fatores são função da massa de anodo utilizada (m, em kg), do desgaste
do anodo (DA, em kg/A.ano) ao longo do tempo e do fator de utilização do anodo (FU,
adimensional), que traduz o percentual de massa de anodo que é consumido ao longo do
tempo.
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m × FU
VUCI = (5.1)
DA × i
Nesta expressão adota-se, comumente, FU na faixa de 0,5 a 0,85, ou seja, admite-se que 50
a 85% da massa de anodo seja consumida, liberando corrente suficiente para manter a
estrutura metálica protegida. Quando os anodos usados apresentam a forma alongada, este
fator pode ser substituído por 0,90 (90%) (DUTRA & NUNES, 1999).
6000 × 0,9
VUCI = → VUCI = 27 anos
10 × 20
Portanto, o sistema terá duração de no máximo 27 anos, operando-se nas condições limites
estabelecidas no projeto. A vida útil de anodos está situada na faixa de 10 a 30 anos.
Portanto, a escolha dos parâmetros adotado para o sistema de proteção é adequada.
Evidentemente que o exemplo anterior nos mostra o cálculo da vida útil; porém, pode-se
determinar os outros fatores da expressão, em função do conhecimento das variáveis
independentes.
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A Figura 5.3 ilustra o uso do sistema de proteção catódica por corrente impressa, como
àquele citado no exemplo 01.
Rectificador
Figura 5.3: Sistema de proteção catódica por corrente impressa para tanques de
combustíveis enterrados
Como mostra a Figura 5.3, o sistema de proteção anticorrosiva é constituído pela estrutura
metálica enterrada (tanques de combustível), que é o catodo (local onde ocorre a reação de
redução eletroquímica), e a camada de anodos auxiliares que libera a corrente para o
eletrólito (solo). Nota-se que os anodos são envolvidos por uma camada de enchimento
condutor (normalmente feito de coque metalúrgico em pó) e compactado ao redor destes.
O retificador, após transformar a corrente alternada da rede de distribuição pública, fornece
a corrente contínua necessária a proteção da estrutura metálica, aplicando-a através do
anodo, fazendo com que este corroa preferencialmente à estrutura metálica.
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O sistema de proteção catódica galvânica ou por anodo de sacrifício é aquele que utiliza
uma força eletromotriz de natureza galvânica para imprimir a corrente necessária à
proteção da estrutura considerada. Esta força eletromotriz, dada pela tabela de potenciais
de redução (Figura 5.4.a), resulta da diferença entre o potencial natural do anodo e o
potencial da estrutura que se deseja proteger. É uma grandeza que depende das
características do anodo, do material que compõe a estrutura que se deseja proteger e, de
certa forma, do próprio eletrólito (Figura 5.4.b).
(a)
(b)
Figura 5.4: (a) Tabela de potenciais eletroquímicos típicos observados em solos neutro
e em água, medidos com referência ao eletrodo de sulfato de cobre
padrão (Cu/CuSO4) (*) e (b) Sistema de proteção catódica, para
tubulação enterrada, usando-se anodo de sacrifício
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Ao fazer a ligação do anodo com a estrutura, estando ambos em contato simultâneo com o
eletrólito (solo), forma-se uma pilha na qual a corrente que circula resulta da dissolução
eletroquímica do anodo. A circulação desta corrente no sistema dá origem a um processo
de polarização, fazendo com que os potenciais de ambos os componentes, anodo e catodo,
se desloquem em sentidos convergentes. Assim, o anodo sofrerá uma polarização anódica,
a qual, por princípio, deve ser muito pequena, e a estrutura (catodo) sofrerá uma acentuada
polarização catódica, de modo a atingir o potencial de imunidade, ou de estabilidade
termodinâmica do metal, ou liga, no meio considerado.
(a)
(b)
(c)
Figura 5.5: Tipos de anodos de sacrifício – (a) Tipo braçadeiras para tubulações
submersas, (b) para embarcações e (c) para tanques enterrados
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Como exemplo, cita-se o uso de chapas de aço carbono para proteção de peças de bronze,
latão ou cobre, em serviço na água do mar. À luz deste fenômeno, é fácil concluir-se que,
em última análise, o anodo galvânico representa uma certa quantidade de energia
acumulada, a qual será liberada paulatinamente, proporcionando uma corrente elétrica que
exercerá uma ação protetora sobre a superfície da estrutura (catodo).
(a) (b)
Figura 5.6: Usos de anodos de sacrifício – (a) Leme e carcaça de submarino e (b)
Leme de navio
sacrifício que deverão ser usados, afim de promover um sistema de proteção adequado ao
equipamento em uso.
No sistema de proteção catódica por anodo de sacrifício a vida útil do anodo ( VUAS , em
anos) e o valor da corrente necessária para a proteção ( i, em Ampère, A ), são fatores
preponderantes. Este fatores são função da massa de anodo utilizada (m, em kg), da
capacidade de corrente de anodo (C, em A.h/kg) ao longo do tempo e do fator de utilização
do anodo (FU, adimensional), que traduz o percentual de massa de anodo que é consumido
ao longo do tempo. A equação (5.2) apresenta a interação destas variáveis:
m × FU × C
VUAS = (5.2)
8760 × i
Nesta expressão adota-se, comumente, FU igual a 0,85, ou seja, admite-se que 85% da
massa de anodo seja consumida, liberando corrente suficiente para manter a estrutura
metálica protegida. Quando os anodos usados apresentam a forma alongada, este fator
pode ser substituído por 0,90 (90%) (DUTRA & NUNES, 1999). Ainda, o número 8760
representa o número total de horas em 1 ano.
Tabela V.1 – Proteção catódica por corrente impressa vs. anodo de sacrifício
Proteção catódica por corrente impressa Proteção catódica por anodo de sacrifício
A duração de um revestimento pode ser ampliada quando ele possui pigmentos inibidores,
como é o caso das tintas de fundo contendo zarcão, cromato de zinco, fosfato de zinco,
dentre outros, os quais conferem um mecanismo de inibição anódica. Outra forma de
ampliar a vida de um revestimento é quando ele possui um mecanismo adicional de
proteção denominado proteção catódica. Neste caso, forma-se uma pilha galvânica entre o
metal de base e o metal ou pigmento metálico do revestimento. Este fato ocorre quando se
utiliza revestimentos metálicos menos nobres que o metal a se proteger, ou tintas com
pigmentos de zinco.
5.3.1. Eletrólise
Os íons negativos são atraídos pelo pólo positivo (+, anodo), onde irão perder elétrons
(oxidação). Os elétrons cedidos ao pólo (+) migram através do circuito externo até o pólo
negativo (-, catodo). Lá, estes serão "ganhos" pelos íons positivos (redução).
Em 1832, Michael Faraday descobriu duas leis de importância fundamental sobre a relação
que existem entre a quantidade de eletricidade que passa através de uma solução, na cuba
eletrolítica, e a quantidade de matéria gerada nos eletrodos.
A primeira lei de Faraday da eletrólise estabelece que “os pesos das substâncias formadas
nos eletrodos durante a eletrólise são diretamente proporcionais à quantidade de
eletricidade que passa através do eletrólito (solução ou massa fundida)”. Por exemplo, se
1mol de elétrons (6,02x1023 elétrons) depositam 107,88g de prata (1mol de Ag), 2 moles
de elétrons ( 2 x 6,02x1023 elétrons) depositarão 2 x 107,88g de prata (2 moles de Ag).
A Segunda lei de Faraday da eletrólise estabelece que “as massas das diversas substâncias
formadas pela passagem da mesma quantidade de eletricidade são proporcionais aos pesos
equivalentes de cada substância”. Se uma dada quantidade de eletricidade provoca a
formação de 22,99g (1 equivalente Na) de sódio metálico, Na, na eletrólise do Na+Cl-
fundido, esta mesma quantidade de eletricidade provocará a formação de 63,54/2 = 31,77g
(1 equivalente de Cu) de cobre metálico, Cu, a partir de uma solução que contenha íons
Cu2+; ou, 26,98/3 = 8,99g (1 equivalente de Al) de alumínio metálico, Al, a partir de uma
massa fundida de Al2O3 contendo íons Al3+.
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PA × i × t
M Td = (5.3)
96500 × n
Md
ε P (%) = × 100 (5.4)
M Td
Onde se tem que Md é massa depositada. E, por fim, pode-se estimar a espessura teórica
( LTd ) e prática ( LPd ) do filme metálico depositado, como sendo:
M Td
LTd (teórico) = (5.5)
A T × ρMetal
Md
LPd (prático) = (5.6)
A T × ρMetal
LPd
ε P (%) = T × 100 (5.7)
Ld
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84000 × VM
Consumo energético (kWh / ton) = (5.8)
ε C (%)
Exemplo 03: Uma solução de sulfato de zinco foi submetida à eletrólise, nas condições
padrão, durante 3 horas, sob a passagem de uma densidade de corrente de
50 A/m2, em um eletrodo de área total igual a 1 m2. Nas condições padrão
admite-se que o zinco reduz-se da seguinte forma: Zn2+(aq) + 2 e- → Zn(s),
onde o potencial médio da reação é -0,760 V. Ao fim do processo depositou-
se sobre um eletrodo inerte cerca de 150 g de Zn. Determinar: (a) A massa
teórica depositada, (b) a eficiência do processo, (c) a espessura, teórica e
prática, do filme de óxido, (d) O consumo energético para a eficiência do
item (b) e (f) admitindo-se que cada (kWh) custa cerca de R$ 0,40 (quarenta
centavos de real), qual o custo total da operação de eletrólise?
65,37 × 50 × 3 × 3600
M Td = → M Td = 182,90 g
96500 × 2
150
ε P (%) = × 100 → ε P (%) = 82,0 %
182,90
16
182,9
LTd (teórico) = → LTd (teórico) = 0,00256 m = 2,56 mm
104 × 7,14
150
LPd (prático) = 4 → LPd (prático) = 0,00210 m = 2,10 mm
10 × 7,14
84000 × -0,760
Consumo energético (kWh / ton) = = 778,54
82
Custo = 778,54 kWh / ton × R$ 0,40 / kWh ∴ Custo = R$ 311,41 ton Zn depositado
(a)
(b)
Figura 5.9: Pintura industrial usada em (a) cascos de navios e (b) tubulações de
indústria petrolífera
Estes revestimentos devem possuir uma série de características para que possam cumprir as
suas finalidades. Dentre elas podem ser mencionadas: (a) boa e permanente aderência à
estrutura a ser pintada, (b) baixa taxa de absorção de água, (c) boa e permanente resistência
elétrica (resistividade elétrica), (d) boa resistência a água, vapor e produtos químicos, (e)
boa resistência mecânica, (f) boa estabilidade sob efeito de variação de temperatura, (g)
resistência a acidez, alcalinidade, sais e bactérias do solo (para tubos enterrados), (h) boa
flexibilidade de modo a permitir o manuseio dos tubos revestidos e as dilatações e
contrações do duto, (i) permitir fácil aplicação e reparo, (j) durabilidade e (k)
economicidade.
Figura 5.10: Foto ilustrativa das diversas camadas de pintura industrial e de proteção
anticorrosiva aplicada na carroceria do automóvel Renault
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(a)
(b)
Figura 5.11: Especificação técnica da pintura aeronáutica do Mirage 2000 – (a)
diagrama esquemático da espessura do filme de tinta e (b) Produto
final: superfície pintada
5.3.3.1. Anodização
(a) (b)
(c)
Figura 5.12: Produtos anodizados – (a) carroceira em alumínio do ônibus Dinossauro
(Viação Cometa S. A.), produzido pela CIFERAL, (b) partes metálicas
decorativas da motocicleta Harley Davidson V-Rod e (c) anodização
decorativa
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(a) (b)
Figura 5.13: Produtos cromatizados – (a) Partes metálicas decorativas da motocicleta
Kasinski Mirage Premier 250 e (b) Carroceria do BMW M3 ano 2003
(Canadá)
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5.3.3.3. Fosfatização
A teoria da fosfatização baseia-se no fato de que o ácido ortofosfórico (H3PO4) produz três
espécies de fosfatos, pela substituição total ou parcial do átomos de hidrogênio,
dissociáveis. Os fosfatos são solúveis na forma de sal primário, pouco solúveis como
secundários e praticamente insolúveis como terciários; o grau de solubilidade depende da
concentração.
Como mostra a Figura 5.14, a fosfatização também pode ser usada sobre superfícies
pintadas, aumentado ainda mais a aderência de outras camadas de tinta.
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Do ponto de vista da proteção contra a corrosão, pode-se dizer que o fosfato na protege a
superfície metálica o suficiente para justificar o custo da aplicação, como cita Silva (1981),
e que reproduzimos abaixo.
Tempo de
Revestimento do corpo de prova
exposição (h)
Esta tabela mostra que: (1) a camada de fosfato não protege contra a corrosão e (2) sua
aplicação aumenta significativamente a eficiência de outra proteção sobre ela aplicada, que
justifica o uso do fosfato como camada inicial de um sistema de proteção anticorrosiva.
Consistem na interposição de uma película metálica entre o meio corrosivo e o metal que
se quer proteger. Os mecanismos de proteção das películas metálicas podem ser: por
formação de produtos insolúveis, por barreira, por proteção catódica, dentre outros.
As películas mais anódicas podem ser imperfeitas porque elas conferem proteção catódica
à superfície do metal de base.
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5.3.4.1. Galvanoplastia/Galvanização
A tecnologia dos processos empregados na área de galvanoplastia, de forma geral, tem sido
consolidada na sua estruturação e procedimentos há já muito tempo. Com o aparecimento
das regulamentações ambientais, nestes últimos anos, tem se realizado uma revisão
fundamental de certas operações compreendidas no processo que podem estar causando
contaminações ao meio ambiente. Assim, tem-se sugerido e pesquisado modificações
quanto ao processo, o lay-out dos processos e também quanto ao tipo e concentrações dos
reagentes químicos usados.
(a) (b)
Figura 5.15: Aplicações de galvanoplastia – (a) chapas galvanizadas e (b) carretas de
transportes para barcos e afins
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(a) (b)
Figura 5.16: Galvanização a quente ou zincagem a quente – (a) Banho de imersão de
zinco e (b) estrutura cristalina da camada de galvanizado superficial
5.3.4.2. Eletrodeposição
objeto metálico poderá ser revestido com uma ou várias camadas de diferentes metais. De
modo geral, estas camadas são finas e aderentes.
- O banho condutor [ no caso da Figura 5.17, o nitrato de prata aquoso, AgNO3(aq) ], que
em casos especiais pode ser de sais fundidos, mas, de modo geral, é constituído por
soluções aquosas (eletrolíticas) de sais do metal a ser depositado, recebendo adições de
outros sais que melhorem as propriedades do banho.
As modernas soluções eletrolíticas para a deposição dos diferentes metais podem ser bem
complexas, recebendo aditivos que influenciam positivamente no melhor desempenho do
banho no processo de eletrodeposição, estes aditivos podem ser refinadores de grão,
niveladores, abrilhantadores, etc., e melhoram a aderência, textura e a refletividade do
revestimento.
(a)
(b)
Figura 5.18: (a) Cuba eletrolítica para deposição de cobre em laboratório e (b)
cilindro de laminação cromado submetido ao processo de
eletrodeposição
Indústrias Peças
Um dado meio pode torna-se menos corrosivo, quer pela retirada dos agentes agressivos,
quer pela adição de substâncias que rejam e eliminem estes agentes. Os principais
processos para modificação do meio corrosivo são dados na Tabela V.4.
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- Controle da temperatura
- Controle do pH-neutralização
Além dos inibidores que agem através do meio corrosivo há outras técnicas importantes de
modificação do meio, dentre elas vale destacar a desaeração e o controle do pH.
O controle de pH visa favorecer a passivação dos metais, que se tornam passivos com o pH
ligeiramente básico. Cuidados especiais deve-se ter com os metais anfóteros que perdem a
resistência à corrosão em meios muito básicos e com a precipitação de compostos de cálcio
e magnésio que se tornam insolúveis em pH elevado, podendo trazer problemas de
incrustação.
Estes dois métodos de aumento da resistência a corrosão são muito utilizados em sistemas
de água de refrigeração, água de caldeira, água de injeção em poços de petróleo, em fluidos
diversos como os de perfuração de poços de petróleo e os de complementação.
De modo geral, é difícil proteger uma estrutura metálica através da pintura (ou outro
tratamento de superfície) se ela for inadequadamente projetada sob o ponto de vista da
corrosão. Uma construção econômica é aquela que apresenta os menores custos totais ao
longo de sua vida. Custos de manutenção, particularmente a pintura de manutenção,
constituem parte importante do custo total. Assim, a construção mais barata pode não ser a
mais econômica.
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Um material pode ser mais resistente a um determinado meio corrosivo pelo fato de ser
quimicamente inerte, ou por ter menor tendência termodinâmica à corrosão, ou ainda por
ser passível, formando uma película protetora com os próprios resíduos de uma corrosão
incipiente. Com raras exceções, os materiais de melhor resistência à corrosão são também
mais caros e freqüentemente mais difíceis de trabalhar, soldar, etc. Os materiais resistentes
à corrosão, de mais alto preço, que têm uso corrente são os aços inoxidáveis austeníticos; o
emprego de materiais mais caros é excepcional e deve ser evitado sempre que possível,
recomendando-se o estudo de outros recursos de controle de corrosão.
Deve ser ressaltado, ainda, o efeito sinérgico de dois fatores ligados à preservação dos
recursos naturais e dos ecossistemas – a disponibilidade de matéria-prima e o potencial de
poluição. Neste último caso, deve ser indicado que dentro das regulamentações regidas
pelas Normas ISSO 14000, o “Ciclo de Vida” de um material virá se tornar o elemento
regulador do processo produtivo, regulando o potencial de uso do material para
determinados serviços.