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Engenheiro Coelho
2020
DANIEL CORRÊA GOMES
VENÂNCIO EVENSEN
Engenheiro Coelho
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2. CLASSIFICAÇÃO DO SOLO.....................................................................................4
3. CAPACIDADE DE SUPORTE (CBRPROJ)...................................................................7
4. DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO.................................................................9
4.1. ESPECIFICAÇÕES DO PROJETO.............................................................................9
4.1.1. VOLUME DIÁRIO MÉDIO...............................................................................10
4.2. COMPOSIÇÕES DE TRÁFEGO..............................................................................12
4.2.1. FATOR DE EQUIVALÊNCIA DE OPERAÇÕES..................................................13
4.2.2. FATOR DE PONDERAÇÃO (FP)......................................................................16
4.2.3. NÚMERO DE SOLICITAÇÕES..........................................................................17
5. ALTURAS EQUIVALENTES..................................................................................17
5.1.1. COEFICIENTE DE EQUIVALÊNCIA ESTRUTURAL..........................................18
5.1.2. ESPESSURA MÍNIMA DO REVESTIMENTO....................................................19
5.1.3. ESPESSURA DO PAVIMENTO.........................................................................20
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................23
3
1. INTRODUÇÃO
Com o crescimento das obras de pavimentação rodoviária, ocorreu uma grande
transferência de tecnologia referente ao assunto vindo de outros países para o Brasil, com
isto, surgiu a necessidade de normatizar e especificar as técnicas utilizadas, a fim de
garantir a qualidade no ensaio e execução. Diante de todos os trabalhos realizados foi
criado o Manual de pavimentação que teve algumas alterações no decorrer dos anos.
Este memorial tem como objetivo descrever dados para a locação do projeto, assim
como a metodologia adotada no projeto de pavimentação. O memorial aponta as etapas
do dimensionamento, com base no manual de pavimentação do DNIT (Brasil, 2006), com a
finalidade de determinar parâmetros durante a elaboração do projeto, tal qual mostrar,
materiais, normas e decisões seguidas no projeto. As especificações têm como função
reduzir ou eliminar eventuais questionamentos relacionado a execução do projeto em
estudo.
4
2. CLASSIFICAÇÃO DO SOLO
Amostra 1 – Trecho I
LL IP % Passando Peneira
Amostra 10 40 200
(%) (%)
(2mm) (0,42mm) (0,074mm)
1 51 17 98,35 97,35 89,85
Seguindo como base a tabela de classificação HRB é possível localizar o grupo no qual
a amostra 1 se adequa:
Faz parte do grupo do silto- argilosos, por conta da quantidade de material passante
na peneira 200 correspondendo a mais de 35%;
No limite de liquidez e índice de plasticidade faz parte do Grupo A-7, portanto, é
necessário analisar se este é A-7-5 ou A-7-6:
- Índice de grupo
a = 75 – 35 = 40
b = 55 – 15 = 40
c = 51 – 40 = 11
d = 17 – 10 = 7
A partir de 10 amostras de cada trecho foi realizado o ensaio para a análise de CBR,
com objetivo de certificar a capacidade de suporte do solo. Na tabela 4 a seguir, estão
definidos os valores de CBR e expansão de cada trecho.
Com os valores do CBR em mãos, é possível calcular o CBR de projeto (CBR P),
especificado dado pela expressão abaixo:
s x t 0,90
´
CBR P =CBR−
√n
Onde:
CBR: Média aritmética do CBR das amostras ensaiadas, obtido pela fórmula:
CBR i
CBR=∑
n
t0,90: Coeficiente encontrado por meio de tabela relativo ao intervalo de confiança de 90% (t-
Student); que pode ser aferido pela tabela 5 abaixo.
Tabela T- Student
n-1 t0,90 n-1 t0,90 n-1 t0,90
1 3,08 4 1,53 7 1,42
2 1,89 5 1,48 8 1,40
3 1,64 6 1,44 9 1,38
Fonte: t-student (t0,90).
Se o CBR do solo não atender a condição após a verificação dos valores de CBR máx e
CBRmín, a amostra deve ser descartada para cálculo de um novo desvio padrão. Cálculo de
CBR máximo e mínimo apresentado por:
1,29 x s
CBR máx =CBR+ + 0,68 x s
√n
1,29 x s
CBR mín =CBR− −0,68 x s
√n
O trecho I é utilizado para exemplo de cálculos de CBR de projeto como base para os
trechos subsequentes.
CBR MÉDIO
( 3−3,9 )2+ ( 2−3,9 )2 + ( 3−3,9 )2 + ( 5−3,9 )2+ ( 4−3,9 )2 + ( 5−3,9 )2+ (5−3,9 )2 + ( 4−3,9 )2 + ( 3−3,9 )2 +(5−3,9)²
s=
√ 10
s=1,04
CBRmáx e CBRmin
1,29 x 1,04
CBR máx =3,9+ + 0,68 x 1,044 →CBR máx =5,04
√10
1,29 x 1,04
CBR mín =3,9− −0,68 x 1,044 →CBR mín =2,76
√ 10
Novo CBRMÉDIO
Por não se enquadrar entre os intervalos do CBRmáx e CBRmín, a amostra número 2 foi
descartada.
( 3−4,11 )2 + ( 3−4,11 )2 + ( 5−4,11 )2+ ( 4−4,11 )2+ ( 5−4,11 )2+ (5−4,11 )2+ ( 4−4,11 )2+ ( 3−4,11 )2 +(5−4,11)
s=
√ 9
s=0,87
9
CBR de projeto
0,875 x 1,4
CBR P =4,11− → CBR P=3,68 ≅ 4
√ 9−1
Os valores do CBR e desvio padrão para cada trecho pode ser observado na tabela 6 a
seguir.
4. DIMENSIONAMENTO DO PAVIMENTO
Onde:
P: Período de projeto (Anos);
T: Taxa de crescimento do tráfego (%);
T0: Tráfego atual nos dois sentidos (veic./dia);
D: Porcentagem do tráfego no sentido mais solicitado (%);
CBR: Índice de suporte do solo (%);
FR: fator climático regional.
T0
VDM 0=
2
2000
VDM 0= → VDM 0=1000 veic ./dia
2
Para melhor compressão dos resultados, os valores de VDM 0 são mostrados na tabela
8 abaixo, referente a cada trecho.
11
VDM 0+ VDM F
VDM M =
2
900+1480
VDM M = → VDM M =1240 veic /dia
2
12
Trecho I – Tráfego A
Composição Carga por eixo Frequência (Pj)
Nº de eixos
(%) (tf) (%)
4 35
5 13
7 6
2 43
9 17
11 7
12 3
13 7
15 3
3 47
17 2
18 4
21 1
4 10
23 2
Tabela 11 – Composição do tráfego no trecho I.
Fonte: Autor (2020).
O fator de equivalência de operações pode ser obtido por meio do ábaco da figura 2.
P j x F EO
FC =∑
100
Onde:
Pj: Frequência
15
A tabela 14 traz os valores obtidos por meio do ábaco de fator de carga para o trecho I.
Onde:
P2: Porcentagem de veículos com 2 eixos
P3: Porcentagem de veículos com 3 eixos
P4: Porcentagem de veículos com 4 eixos
43 47 10
FE= x 2+ x 3+ x 4 → FE=2,67
100 100 100
Os veículos que solicitantes do pavimento ao longo de sua vida útil, são convertidos
em um número de operações/solicitações de um eixo rodoviário padrão. O eixo padrão
brasileiro é um eixo simples de rodas duplas e que transmite ao pavimento uma carga total
de 8,2 toneladas (80 kN). O número é expresso pelo cálculo:
N=365 x p x VDM M x FC x FE x FR
5. ALTURAS EQUIVALENTES
20
K SB = =5>3
4
19
K SB =1
9
K Ref = =2,25<3
4
K SB =0,71
O raciocínio é aplicado aos demais trechos. No no trecho III não será considerada a
camada de reforço do subleito. Os valores de K utilizados neste projeto podem ser
observados na tabela 19
Tabela 19 – Valores de K.
I II III
Trecho
a b a b a b
K
2 2 2 2 2 2
revestimento
K base 1 1,2 1 1,4 1 1,2
K Sub-base 1 1 0,77 0,77 0,77 0,77
K reforço 0,71 0,71 0,71 0 0 0
Fonte: Autor (2020).
I II III
Trecho
a b a b a b
N (solic.) 3,48 x 107 8,96 x 107 9,86 x 106 2,36 x 107 7,39 x 107 2,05 x 108
Espessura
10 12,5 7,5 10 12,5 12,5
(cm)
Fonte: Autor (2020).
Vale observar que, quando N>107, ao se utilizar a primeira inequação acima, deve-
se utilizar um fator de segurança de 1,2 multiplicando a espessura de proteção da sub-base
(H20).
−( 2 x 10 ) + ( 1,2 x 30 )
B=
1
B=16 cm
48−( 2 x 10 ) −( 1 x 16 )
h20=
1
12 cm=¿ mínimo 15 cm
78−( 2 x 10 )− (1 x 16 )−( 1 x 15 )
h n=
0,71
hn = 38 cm
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS